Sinceramente não entendi qual é a reclamação de vcs com essa temporada de Black Mirror. Que temporada deliciosa! Acho que foi a primeira que consegui ver com prazer sem me sentir saturado pelo ritmo dos episódios. E olha que esses são mais extensos. Essa temporada pela primeira vez, quebrou o sentido de que a tecnologia é a vilã. Essa temporada mostra que o "mirror" do título se refere muito mais ao reflexo que ele exibe. Somos nós que somos os vilões. A tecnologia só faz refletir esse nosso impulso de ultrapassar os limites de humanidade ao virtual. "O problema não é a internet o celular e as redes socias. Os video games. O problema é o uso que damos a eles. O exagero que usamos eles. A tecnologia em si é sempre benéfica".
Outro ponto é o destaque feminino. Todos episódios tem protagonismo feminino e isso é sempre maravilhoso de constatar. Cada ep teve um gênero específico condutor: Drama, Ficção Científica, Terror, Terror psicológico, thriller, distopia.
USS Callister é um ep inventivo do ponto de vista de estudo de gênero. Uma ficção científica. Aliás, nesse ano eles fizeram muito isso. Se desvincularam do teor "tecnologia se voltando contra nós" e trouxeram diversidade de linguagem e narrativa onde o foco são as relações humanas e não a tecnologia. Nesse a busca por escape, o controle abusivo se apresenta. Mostrando que relações de poder são idênticas em avatares e em carne e osso. Um além da imaginação.
Arkangel, é um drama, a estrutura de roteiro mais solida das temporadas. O desenvolvimento de personagens se assemelha a um longa metragem. Jodie Foster ainda coloca ester egg sobre a própria projeção de seus personagens revoltados no final. Muito de psicanálise e novamente o controle exasperado que temos em relação ao amor de proteção se apresenta. O que era pra ser uma forma de preservação se torna causa de destruição. Relação abusiva familiar. A forma que o horror do mundo real tbm serve como imunidade.
Crocodilo é um thriller de suspense. O mais fora de contexto no sentido tecnologico (se torna irrelevante a tecnologia aqui), mas que possui um apelo sobre "as aparências enganam e as consequências dos atos transformam".
Hang the dj é uma quase distopia, com quê de Matrix e que atinge diretamente a questão dessa geração: jovens que buscamamor e relacionamento constante de forma voraz e desesperada e rapida. Relação perfeita. Episódio que é uma extensão do Tinder. Reflete o Match. E mostra que não importa o nivel de sistemas organizacionais. As escolhas humanas sobre seus feitos e caminhos ainda é o que determina relacionamentos. Não é afinidade se características mas de vivências. Confianças.
Metalhead é o melhor ate aqui. Um terror de ação e tensão crescente, com um visual inventivo e arriscado pra uma serie tão pop e mainstream. Que ta mais interessada no clima e na estetica do que na reflexão filosofica. É um ep que instiga o espectador a raciocinar sobre aquela realidade. Do que se passou naquele apocalipse. Traz referências a filmes de gênero dos anos 60 e 70 e pra mim só deveria ser mudo para fechar de forma otima. O final ainda apresenta uma leveza e um peso sobre humanidade que doi. (E os robôs serem um híbrido estético de baratas - que nós temos repulsa - e cães - melhores amigos do Homem, não é por acaso.
Black Museum realmente é o que melhor resgata o teor da série como um todo, alem de trazer um conexão de todo universo dela. Alem de oferecer uma critica social pertinente. A tecnologia aqui serve de forma dubia. Para o aparente bem e para o evidente mal. Aqui eles sintetizam essa forma de que a tecnologia ela sempre surge como ajuda. Suporte. Mas nas mãos do ser humano, logo ela se torna arma e maldição. Por culpa da soberba humana. É um terror psicológico intenso e que causa choque sobre as possibilidades.
Que temporada deliciosa! O correto seria analisar e resenhar cada ep individualmente (pq dessa vez eles estruturaram a narrativa de forma individual. A primeira temporada era como um filme enorme de 8 horas. Aqui eles condensaram um filme em cada ep), mas não vou rs
Basta dizer que eles deixaram as referências mais orgânicas inclusive com a moda oitentista que a primeira não conseguiu se ater tanto. E apesar de se passar em 84 (hello ET e Alien), o final foi trazido pra uma pegada pré noventa ja, no final dos anos 80. O baile foi uma sacada genial pra isso. Também pudera, os fofos estão entrando na Era Barrados no Baile e Grease. Os irmãos Duffer criaram um universo de potencial enorme pra continuar por no mínimo mais alguns anos. Tanto pela vastidão de material que os anos 80 oferecem pra fantasia, ficção científica, aventura e terror, quanto pela forma que expandiram o universo de forma gradual e coesa. A Kali é um exemplo de como aquilo tudo pode se transformar num potencial "era de x men" por exemplo. É conectar as formas num local só. O interessante é que se a primeira se concentrou em um problema fechado (achar o Will), aqui a preocupação é o desenvolvimento dos personagens. Espaço pra construir identidade profunda de cada um. E é curioso que eles fazem isso muito bem, ainda que os roteiros em especial do início dos anos 80 não tivesse essa preocupação tão grande. Notem que por exemplo na cena em que Eleven e Hooper brigam com janelas quebradas, é compreensível entender a motivação de cada um dos dois. Sem determinação de certo ou errado. Pq ambos possuem motivos e construções sólidas pra terem tais atitudes. Da mesma forma, Steve representa uma evolução pessoal que serve pra contrastar seu personagem com o de Jonathan. Assim, da mesma forma fica impossivel determinar "qual merece mais ficar com Nancy". Ambos possuem valores e demeritos equivalentes. Não existe o mocinho e o vilão completo (cuidado que tomaram ate mesmo com o "vilão" do caso humano pelo irmão da Max. Um cuzao mas por consequência). Dustin é a representação perfeita do tipico adolescente dos anos 80. Que mescla humor com chatice na mesma proporção que tenta se encaixar em dois mundos o nerd e o descolado. E acaba se tornando "um pé no saco" que de tanto ser a gente ama. Todos filmes dos anos 80 e começo dos 90 possuiam isso (Kevin de esqueceram de mim tem essa caracteristica peculiar por exemplo, Denis o pimentinha idem saca?) É um reflexo de roteiro daquela década e o ator mandou bem. Massa ver tbm como tabuleiros e rpg deram lugar a fliperamas e cameras de video. A tecnologia surgindo como algo fascinante e viciante mas potencialmente mais perigoso. E claro, Will fez um trampo genial. Poltergeist e Regan aplaudiriam o companheiro. Alias, é curioso que o protagonismo é dele aqui, apesar de Eleven permanecer segurando o dela da temporada anterior. Afinal assim como antes o Will moveu todo o role. Mas quem se choca a ele é Eleven. São duas personas que dividem a trama envolta de si. Mike é o elo que conecta isso tudo. A irmã do Lucas é sensacional haha já to ansioso por mais destaque dela. Alias, acho importante essa representatividade atípica que Lucas e a irmã deram. (E sim sobre madmax eu gritei na parte do carro em fúria. Genial).
Ritmo bom tbm. Nada cansativo pra quem sabe apreciar essas construções de identidade e cenas claro. Uma terceira temporada sera bem vinda. Abandonando a infância dessa vez, veremos se ha sustentação de apelo. Amei.
Sobre o mapa que o Will desenha, ali esta embutido algumas referências. A principal é de o Enigma do Outro Mundo (filmaço classicao que recomendo forte), que óbvio pelo nome ja se linka por si só com a serie, mas tbm explica o pq o Will desenha um mapa. A mente do Will esta conectada com todas as criaturas do mundo invertido. Ou seja, ele ve ao mesmo tempo tudo que aquelas centenas de bichos, cobras estranhas, plantas e o próprio devorador de mentes veem. Ao mesmo tempo. A visão dele por tanto se torna confusa. O que ele faz e pegar os flashes que enxerga e desenhar. E quando os desenhos são colocados juntos.. puff! Formam o enigma. Que bob fazendo referência aos próprios personagens que ja viveu em outros filmes como Goonies rs decifra. Afinal bob é o nerd mor da cidade. Ele fundou as nerdices todas e manja de sistemas gerais. Isso inclui entender de mapeamento. Saber onde uma linha cruzada conecta com outra. Sobre a Max e o Billy, eles estão ali por dois motivos. Um, instigar a puberdade do grupo, e servir como referência obvia a MadMax, e para aumentar a representatividade feminina no clube do bolinha ali. Alem de que o Billy, entra como o antagonista humano no lugar do pai da Eleven. É necessário que haja um humano monstruoso e não somente seres de outro mundo. No entanto, o roteiro construiu bob de forma complexa. Ele não é apenas um babaca, ele é a consequência de seu pai escroto. Ele é um cara com pai abusivo. E achei interessante as indiretas sobre a sexualidade desse bad boy poder ser mais aberta do que se imagina. O subtexto deixa isso solto (coisa recorrente nos anos 80. Reparem que todos filmes anos 80 ha piadas e falas sobre sexualidade). Sobre o episódio 7 que parece que geral não compreendeu ou não gostou (e aqui ok não gostar) ele existe por um motivo importate: desenvolver a Eleven. Eleven é uma garota criada em laboratório e órfã. Por tanto ela precisa completar a jornada de heroi dela (estrutura de roteiro isso) e fazer a caminhada de reconhecimento de quem ela é e quem ela quer ser e quem ela precisa ser. Pq na primeira temporada ela foi empurrada pras coisas. Ela não teve tempo de adquirir autonomia e compreender quem ela é como ser humano. Esse episódio serve pra isso em muito. Dar a ela o conhecimento sobre si. Ao mesmo tempo, o ep 7 é um dos melhores acertos da temporada pq abrem o universo da serie. Mostram um outro lado dos anos 80. Hj, se pensa em anos 80 como goonies e os caça fantasmas. Mas anos 80 tbm foi a decada de Os Estranhos por exemplo. De cidades violentas e juventude transviada. De brigas com canivetes e crimes a la robocoop. De jovens punk e drogados. Esse ep. Trouxe a tona isso. E a composição de arte dele é maravilhosa. Cor, contraste, luz, design... figurino. Alem de fazer um paralelo mais obvio com X Men por exemplo e tirar a ideia de que a eleven é uma heroina unica. Afinal ela é o numero 11 de uma serie de experimentos... toda serie que visa ampliar seu universo PRECISA de um ep "solto" assim. É regra rs Outro ponto que não vi reclamação (amem) mas é bacana atentar é a visibilidade dada ao Lucas e sua casa e familia. Os anos 80 em especial tinha a mania de mostrar familias e lares negros sempre pela perspectiva de violência ou trabalho. Notem, negros sempre eram mostrados trabalhando, como alivio cômico, como familia desajustada ou como policiais (combatendo crime/relacionados a crimes). Não ha essa representação cotidiana familiar normal e amorosa. Segura. E o plot do Lucas na casa dele e com a irmã trouxe isso. Pouco ainda, mas que bom. Que a irmã dele ganhe destaque no grupo e na serie pra ele deixar de ser o único representante ali. (E ele não ser preterido no final foi a cereja do bolo).
Vamos falar sobre "13 reasons why", (em português " os 13 porquês").
Terminei ontem a serie (justo ontem) e ela impactou de tal forma que ainda esta ressoando por aqui. Talvez de forma parecida com o modo que As vantagens de ser invisível à época bateu forte. Mesmo que eu não seja exatamente o público alvo da série (considerando-se minha idade). Digo isso, pq a serie tem toda uma estrutura que remete a series adolescentes dos anos 80, onde problemas juvenis estavam muito mais atrelados a problemas relacionados a vida adulta do que a qualquer outra coisa. Estupro, assedio, suicídio, crimes, gravidez, drogas. Assuntos que permeavam mais abertamente aquela juventude da época e que hoje em dia, pelas mudanças de padrões morais sociais, tem se evitado tratar ou falar. Assim, por mais que a discussão que a serie propõe seja destinada a adolescentes ou no máximo jovens adultos da faixa dos 14 aos 18 anos, a serie consegue flertar de maneira orgânica com o publico mais velho por conter elementos anacrônicos - e não falo somente da trilha sonora, ou das fitas tapes ou mesmo do carro e visual de certo personagem. A serie constantemente apresenta um visual que fica difícil lembrarmos ou percebermos que ela se passa em 2017 se não fosse a presença de celulares aqui e ali na narrativa. Todos sabem que admiro a forma de analise critica do critico de cinema Pablo Villaça, justamente por compartilhar de muito da escola dele da maneira de absorver e me relacionar com o cinema - tanto ele como industria, como ele em forma de comunicação social e arte. No entanto, dessa vez, gostaria de fazer um paralelo de divergências quase que totais quanto a analise dele de percepção dessa serie (e falo somente da serie pois não li o livro; e cito a analise dele apenas pq foi a unica que li após terminar a serie e que discordei o suficiente para me importar em apontar do pq discordo) A serie possui dois pontos de visão distintas. Uma masculina e outra feminina. obviamente o catalisador de tudo tem apelo na perspectiva feminina, de mostrar como que em suma uma estrutura social machista colabora e esta intrínseca em todas as principais manifestações de opressões e bullyings que principalmente mulheres sofrem. Ainda mais na adolescência, período caótico para todo ser humano pela própria caracterização de sua fase de mudanças e construção identitária, quanto pelas mudanças físicas e psicológicas/afetivas;emocionais que são expostas nessa fase da vida e que nos moldam pelo restante da nossa trajetória como adultos. Nos jamais fomos ou somos reflexo da criança que eramos. mas sim dos adolescentes que fomos. Pois é la que nossa construção social inteira ocorre. Para Pablo - que devemos lembrar que por mais empático que seja, é um homem cis hétero branco de classe social consideravelmente estável (media). E ele ser pai de uma menina ou ter sido casado(?) com uma mulher cis não impede que a construção dele seja feita pela perspectiva masculina da relação que o bullying e mesmo a depressão tem. Sim, ele é um sobrevivente da depressão também. Mas, temo que a depressão é uma doença que atinge homens e mulheres de maneira distintas e peculiarmente diferentes. Dependendo do contexto que lhes é atribuído o problema. Quando li a analise dele percebi que seu descontentamento ou percepção de 'erros ou equívocos' quanto a narrativa da serie se dá justamente pela não percepção de dois fatores essenciais: 1 ele é homem cis hétero branco. 2. ele não viveu a adolescência desse milênio. A experiencia adolescente que ele possui é de uma realidade completamente diferente da de hoje em dia. O que chamamos de bullying e que recebeu tal titulo recente, não é o mesmo em forma e força que de antes. Se antes tínhamos confrontos diretos, físicos e igualmente fatalistas - vide ''barrados no baile'', ou mesmo por que não, ''Carrie a estranha'' se pensarmos por esse viés-, hoje em dia esse bullying é massificado pela internet. Pela conexão virtual que transformou status em mascara social. Se antes o que ditava conduta de um jovem eram suas roupas, carro, pessoas que pegava. Hoje é tudo isso com o adicional de que tudo que valemos ao outro importa apenas de acordo com a visão que se cria de vc. Não importa se vc por exemplo é hétero. O que importa na sua vivencia é o quanto as pessoas acreditam que vc seja. E isso ditara cada resposta e experiencia de mundo que vc terá querendo ou não. Outro fator que a analise dele não leva em conta, é que ha uma construção familiar de conduta permitida ou simplesmente 'que se finge não ver' entre meninos e meninas no tratamento dos pais. Não por negligencia desses, mas pq a sociedade é moldada assim. De tal forma que um dos tópicos da analise dele, é que pra ele um pai e uma mãe comprometidos, ou tão rígidos como a mãe de Clay o protagonista, jamais permitiriam que seu filho adolescente ficasse calado escondendo algo que poderia ou não ter relação com o suicídio de uma jovem que não se sabe se foi violentada, que não se sabe o que ocorreu. A verdade é que sim, qualquer pai de menino, ainda mais numa sociedade como a americana onde jovens adolescentes possui uma independente bem mais distintas e díspares de seus pais do que a nossa brasileira, não iriam insistir em saber de algo de seu filho homem a esse respeito. Ainda mais quando consideramos que Clay não é apenas homem, mas um homem academicamente calmo e brilhante e com uma mãe sendo advogada. Com o plus do tema ser suicídio isso se agrava, pois sabemos que boa parte da sociedade foi criada para não falar sobre suicídio. E quando é obrigado a falar sobre, tendemos a culpar o suicida - pessoa fraca e covarde -, ou falamos de forma baixa, escondida como um segredo que ngm quer saber ou falar sobre. Assim para mim é extremamente verossímil a relação de Clay com seus pais sobre esse aspecto. da mesma forma que é extremamente verossímil para mim a intenção da serie em estabelecer o suicídio e o bullying como uma forma ali de vingança e culpa - da garota que se suicidou - e da forma como os elementos se juntam para explica-lo. Sim, a revelação final do ponto chave que a levou a tal ato é bem maior do que qualquer outro ato de babaquice anterior, mas elas não apagam a importância do que um acidente de carro, uma placa de 'stop' ou mesmo uma lista de objetificação de mulheres. Quem sofre depressão e ansiedade e quem sofreu ou sofre bullying e opressões sociais por ser mulher, por ser gay, por ser trans, por ser negro, por ser pobre, por ser diferente do padrão dominante do grupo ao redor que se esta inserido, sabe e sente que qualquer coisa, um olhar, uma palavra num tom diferente é o suficiente para desencadear e somar uma serie de violências e magoas irreversíveis algumas vezes. Em resumo, para mim, a serie tratou do tema de maneira coerente e coesa pros dias de hj, pois vejo de verdade nos comentários apos a serie uma reflexão que seja momentânea ou não, sobre o assunto, sobre a maneira que tratamos uns aos outros em busca de aceitação social. Numa época onde aceitação social é mais importante que nunca para a existência de jovens e adultos também, se admitindo isso ou não. A verdade é que O Born this away' de Gaga ou 'o Importante é ser vc' de Mascara da Pitty, tem uma força, é um hino de acalento a uma geração que quer conseguir lutar para impor suas diferentes de maneira igualitária no mundo. Mas a verdade é que a sociedade geral ainda possui uma regra obscura e invisível que dita regras e caminhas e condutas, e para sobreviver a ela todos nos, ansiamos por nos encaixarmos nesses moldes para não sofrer. Ser aceito é nossa maior busca diária seja da forma e na intensidade que for. E por ela uns cometem aquilo que em outros pode levar a algo sem volta. Com exceção de um personagem - o grande vilão da trama -, todos os outros bullyings se mostram como formas desses 'agressores' tentarem deixar de serem alvo para se tornarem quem atira, pois isso lhes dá força, segurança e poder. E o que a serie faz pensar ao final, é ate que ponto nos adultos ou adolescentes estamos atirando em pessoas espelhos, em pessoas que refletem nossas próprias inseguranças e medos, e falhas e problemas. Ate que ponto estamos subjugando um outro para nosso próprio bem. O mais importante acho, é que a serie não coloca de fato valores de maldade e bondade nos personagens., Todos eles se apresentam falhos - inclusive Hahhah, de uma maneira ou de outra, todos aqueles 13 jovens, todos aqueles pais e mães e professores, possuem a mesma falha do nosso seculo. E se uma serie que visa dialogar o que as escolas e o governo em geral se recusa a debater, seja de que forma for, isso é importante. Não vejo a serie como um ode as pessoas acharem que devem se matar para provocar dor em seus algozes. Não, pq acho - e aqui falo como um sobrevivente de depressão e ansiedade, de homofobias diárias e racismos diversos dentre outras opressões - que a serie não tenta deixar as vitimas se vitimizarem e buscarem vingança pós morte ou algo do tipo. Nem acho ruim que ela use a culpa como forma de conscientização onde deveria existir bom senso e humanidade (se a unica forma de alguém começar a cogitar não ser maldoso com outro ser humano por causa de uma garota morta e não pq ser mal com outro ser humano e ser vivo é desumano, se isso evitara tal violência, isso é valido por hora na urgência das coisas); pois o que ocorreu com Hannah não é bonito, não foi bonito e nem fácil, e mesmo diante de cada frase dita por ela onde me identifiquei ate mais do que gostaria - mesmo sendo homem cis - me fez muito mais entender sim sua decisão mas perceber que essa decisão dela não serve pra mim. Por enquanto ou indefinidamente. Não acho que jovens como Hannah assistirão a serie e pensarão em ser igual a ela. penso muito mais que eles irão tentar não criar hannah's, e os que já forem uma, tentarão perceber que um pedido de ajuda a alguém que esteja disposto a realmente ouvir, pode mudar tudo - resolver jamais resolverá dependendo do caso, isso é importante, alguém como hahhah jamais se curaria, nem com 20 nem com 80 anos. Tais marcas ficam em nos para sempre. Mas, o que aprendi com a depressão, é que ainda que ela não tenha cura de fato,, ainda que a angustia, a melancolia, o desamparo não tenha real remédio que faça sumir, ao menos possui uma fraqueza, ao qual cada um pode sim aprender a saber como enfraquecer e ir resistindo.
ps: eu sou do 'time' que não quer uma continuação. Ainda que eu perceba o gancho que deixaram para ter, e aqui talvez seja spoiler, mas esse gancho esta
no ultimo episodio, quando o jovem fotografo abri uma maleta contendo rifles e munição. Basta pensarmos um pouco e ja se entende o que a serie quer deixar de possibilidade de continuação de tema futuro.
Mas, quanto obra acho que poderiam fazer uma serie num outro universo para tratar disso talvez e não ser uma continuação dessa exatamente.
Recomendo e parabenizo a netflix e seus produtores por terem a percepção de incluírem um gancho TW (avisando antes do episodio que pode conter cenas que são perturbadores para algumas pessoas). Foi difícil assistir e 'ouvir' as fitas ate o fim, demorei tanto quanto o Clay, mas acho que foi necessário.
Obs: li em alguns textos e diálogos a problematização do livro (e da direção e produção geral) terem sido escritas e feitas por homens, ainda que haja na serie participação ativa de mulheres - incluindo ate algumas jovens como a Selena Gomes -. A problematização surgiu por acharem que isso torna em suma a trama nanequista (feita para nos levar as lagrimas de qualquer forma, sem sinceridade apenas para ganhar audiência e forçar a gente a gostar do material). Entendo a problematização e não invalido ela enquanto cineasta que sou. Pois entendo e percebo sim algumas decisões do projeto para segurar e trazer audiência. grana, fama e etc etc etc, mas como disse, pra mim pessoalmente a obra é tão necessária e urgente que não me importa a real intenção por trás dela desde que ela traga ajuda a quem precisa dela.
Obs2: Há um mini documentário sobre a serie logo após o termino dela (aviso para quem esta baixando e não possui a netflix) que se chama ''13 Reasons Why: Tentando Entender os Porquês'' (13 Reasons Why: Beyond the Reasons') que ajuda a entender muito das escolhas do projeto e inclui um canal aparentemente global - não verifiquei isso - de ajuda com o nome da serie para pessoas que precisam de ajuda e precisam faze-la de forma anonima.
Acabei de terminar os 10 primeiros episódios da série "This Is Us", que conta com Milo Ventimiglia (Jess de Gilmore Girls), Mandy Moore (de Um Amor Pra Recordar), e Sterling K. Brown (vencedor do Emmy por American Crime Story) no elenco. A série promete ter o total de 18 episódios em sua primeira temporada e esta atualmente em exibição em seu 11° ep.
É difícil falar sobre séries que ainda não tiveram sua temporada concluída, mas This Is Us é um deleite de dramaticidade. Daqueles que foram feitos pra te fisgar e emocionar capitulo a capitulo. Incluindo inumeros clichês e recursos para tal. No entanto, o que ele mais impressiona nem é exatamente sua dramaticidade. Mas sim, seus temas. Os temas que aborda.
This is Us é uma série que conta em seu piloto a história de um casal gravidos de trigêmeos num parto arriscado. A história de uma mulher obesa que luta diariamente para tentar sobreviver com sua identidade fora do padrão tentando emagrecer. De um ator padrão que está enterrado num programa de TV futil e que não lhe permite crescer profissionalmente. E um empresário negro bem sucedido que resolve ir em busca de seu pai biológico.
Não irei contar a trama da narrativa que permeia a serie toda pois estragaria a experiencia desse piloto. O que posso dizer é que essa premissa já anuncia a força do foco da série. Que é refletir e discutir sobre Racismo e a existência do negro na sociedade. Em tudo que ela comporta. Desde identidade a referência, ate a solidão, alem do esteriotipo de que somente o negro pobre sofre pela estrutura social. Ela lida com a forma da identidade física não padrão de pessoas gordas e obesas numa sociedade que relaciona saúde com estetica. A sobrevivencia psicologica e discriminante que principalmente mulheres gordas enfrentam aos olhos de fora e por seus próprios olhos em batalhas diarias e as vezes silenciosas contra depressão, suicídio e o proprio espelho. Lida de como a competição por se provar ser o destaque que se espera que se seja impera em pessoas que são privilegiadas de todas as formas possiveis (homem cis branco rico hetero) mesmo quando não parece conseguir encontrar em si mesmo essa identidade que lhe faça privilegiado. Ainda que seja. Como é complexa, dolorosa e exaustivo o processo familiar da adoção. Do abandono. Do papel da mulher em ser cobrada pra ser mãe. O como crianças em familias adotivas sempre acabam trilhando um caminho arduo e pessoal em busca de origem e como seus pais temem essa busca ao não compreende- la. Como se estabelece a rivalidade entre mulheres desde a infância pela aparência ainda que sejam entre mãe e filha. E a serie ainda aborda temas como orientação sexual em idades mais velhas, consumo de drogas e desmistificações de outras consideradas. Alem de traçar panoramas socio economicos no meio de tudo isso e claro, de psicanalises interpessoais. Como afeto e confiança.
É uma serie que tem me colocado numa montanha russa de emoções e identificações bem intensas, me levando às lagrimas ora por emoção, ora por tristeza.
Pq é latente a forma que aqueles personagens e situações são palpáveis a todos nós. E devo dizer que a linguagem escolhida através da montagem que a serie adotou é genial pra nos prender interessados em cada reviravolta e novidade.
É cedo pra dizer se ela mantera seu nivel diante de tudo isso. Mas, por enquanto, this is it. E recomendo muito. Novo vicio!
"o alegado entretenimento que está assistindo é lamentavelmente desagradável" "não é porque você não entende que não faz sentido."
G E N I A L!
(Primeira coisa: Não assista a essa série maratonando-a.)
Comecei a assistir "Desventuras em Série" nova produção Netflix baseada na obra de 13 livros de Lemony Snicket (pseudonimo de Daniel Handler) e que brilhantemente também assina o roteiro. O que faz toda a diferença. É perigoso, mas neste caso tal qual Game Of Thrones por exemplo, só somou. Dirigido - criado e produzido - por Barry Sonnenfeld (família adams 1 e 2 e, que retorna ao ambiente se considerarmos a similiaridade de seus absurdos e humor), "Desventuras em Série" é um deleite para quem ama artes visuais. Para quem ama filmes conceitos e principalmente para quem ama o sarcasmo e ironia dos livros classicos do autor. Isso por que a série consegue algo que o filme com Jim Carrey tentou e pavorosamente falhou. Conseguiu recriar a atmosfera dos livros. Tarefa dificil devido a estrutura literaria dessa obra que ainda que seja infantil, possui uma complexidade de temas e estrutura tão emaranhada quanto as obras classicas que faz referencia e cita ao longo de mais de 170 capitulos em seus 13 livros.
A serie ja começa entendendo essa dinâmica so ser estruturada em forma de mini filmes em pares de dois. Essa primeira temporada possui 8 episodios que adaptam exatos 4 primeiros livros da obra. Sendo que cada livro foi adaptado em dois episódios cada. Essa estrutura de o episódio 1 complementar o episódio 2 e vice e versa é incompatível com a dinamica de streaming da própria Netflix. Pq esse ritmo exige do espectador que não se assista todos os 8 eps. De uma só vez. Mas, que se assista de forma seriada literalmente. Talves um episódio por semana ou um a cada dois dias. Ou mesmo um por dia. Maratonar e ver tudo de uma só vez causa a sensação de repetição de temas e falas , que é a caracteristica mais forte da obra. Ela é construida pra ser assim devido a sua própria dinâmica sarcastica. Sem essas repetições os livros perdem sua força. A série idem. Por tanto a dica mais valiosa é aprender a assistir a serie de acordo com sua proposta que ironicamente ou não te exige um anacronismo de conduta rs.
Ironia pq Desvenduras em Serie se trata de uma espécie de Steampunk e uma mistura de pulp fiction com gótico. Mesma linha dos livros foi repassada pra série. Com um flerte aqui e ali ao expressionismo alemão. Assim, não é incomum uma semelhança nas lembranças a Tim Burton ou ate mesmo aos movimentos de câmera de Wes Anderson, entre o noir e o punk. Ambientado num universo Anacrônico e particular.
Assim, diga-se de passagem temos uma direção de arte, fotografia e figurinos e designer de produção repleto de detalhes que com certeza produzirão orgasmos nos cinéfilos atentos. É lindo notar a dinamica da logica daquele universo que a direção de arte e a fotografia compreendem. Como por exemplo em cenas em que parece que as crianças conseguirão ter um fio de esperança pros seus sofrimentos, suas roupas serem a única coisa colorida e viva em tela (vermelho, amarelo e azul) num emaranhado cinza e monocromático. Para no momento seguinte onde essa esperança se esvai, gradualmente a forografia assumir tons de sépia remontando a devassidão do sofrimento que elas se encontram. A construção dos personagens aqui possui algo que eu como escritor me apaixonei. A logica de diferença de adultos e crianças é evidente. Mas, o que mais me chamou atenção é o protagonismo. É como se as três crianças fossem um unico indivíduo repartido em 3. Não percebi destaque a mais a um ou a outro. E nesse aspecto isso funciona.
Ha espaço ate para nos lembrarmos dos personagens iconicos da Hannah Barbera a la Dick Vigarista percebam. Com trilha sonora do experiente James Newton Howard (de Jogos Vorazes, Malévola e Animais Fantásticos e Onde Habitam por exemplo) conseguimos perceber uma evocação constante à melancolia e desespero ou a ternura pelos acordes pontuais que ele transmite. Algo que os livros não possuem claro, mas que aqui é essencial para sentirmos a empatia necessária para aquela trama.
Com o auxílio da quebra da quarta parede constante nos possibilitando um aspecto de onipresença diante da trama através do narrador genial que é ninguém menos que a persona do próprio autor da obra, é curioso perceber que a série não se deixa perder um segundo da sua fonte. (Percebam a sutileza da tosse do Mrs. Poe por exemplo ou a crítica social dada a educação e as mazelas das classes sociais subvertidas entre vilania e bondade como algo intrínseco e não binário e dispar).
Assisti a 3 episódios e com certeza o que fica é que diferente da recomendação dada pela música de abertura, essas desventuras merecem ser contadas com afinco e fidelidade ate o final. Ainda que dê pra sentir o gosto agridoce de que não teremos um final feliz.
Definitivamente não sei lidar com finais. De nenhum modo. Não entendi ate agora esses últimos episódios. Mas, compreendi a intenção. E funcionou. Ando aprendendo que nada ocorre por acaso. Que pessoas, coisas, fatos, ideias surgem em nossas vidas não por coincidência ou destino, mas pq a vida usa isso pra nos mostrar algo que estamos deixando passar ou negligenciando. Coisas que precisamos lidar. Quando lembrei dessa série, estava desesperado. Um limbo interno. E de repente me enxerguei em cada frase, em cada personagem, principalmente o trio central Ben, Felicity e Noel. Seus dramas, erros, medos, escolhas. Pra agora no final, entender que não sou eles. Mas, isso é o que essa serie me fez, me fazer enxergar atraves de sua ficção minhas realidades. Já ficará marcada como uma daquelas mais que especiais. Cheia de sofrimento e graça mas, repleta de significados por isso mesmo. Uma das frases finais diz que é assustador completar ciclos, que é assustador encerrar as coisas. Principalmente quando nos apegamos a algo tão afincamente. Mas, é necessário. Somente o final de algo pode trazer novos começos. E talvez seja meu momento de recomeçar com este fim.
Mais uma serie original da Netflix, dirigido pelos irmãos Matt e Ross Duffer que pode ser classificada como um orgasmo latente aos fãs ou admiradores da década de 80.
Os Goonies, ET, Evil Dead, uma pegada de Poltergeist também (com direito ate a menininha parecida haha) me lembrou muito os filmes do John Carpenter também como O Enigma de Outro Mundo. Spielberg grita aqui.(sua fase boa ala ET - com direito ao mesmo barraco aos fundos da casa do Will, e até mesmo a icônica cena das bicicletas, mas com outro desfecho - e Contatos Imediatos de Terceiro Grau) com aquela vibe Alem da Imaginação, misturada com aspirações de Arquivo x e Stephen King. Trilha permeada por Bowie e The Clash para citar os mais evidentes. De Dungeons & Dragons a Senhor dos Anéis, brincadeiras de RPG e Star Wars e Star Trek. Sam Raimi não fica de fora com seu Evil Dead - em todas suas sequencias. Na direção de arte temos O Tubarão, Madonna, Millenium Falcon. Um emaranhado de referencias a cultura pop anos 80 (bebendo um pouco aqui e ali no final dos anos 70) onde a presença brilhante de Winona Ryder no elenco não é mero acaso, O que so reforça a nostalgia. No entanto não soa como copia ou repetição. Ainda que não haja nada de fato 'original'. A intenção é essa.
Desde a abertura a seus diálogos. Há muito de O Clube dos Cinco tbm e os filmes do John Hughes, no geral. É como se a Sessão da Tarde e o Cinema em Casa inteiro se fundissem numa trama nova e independente. (Há ate mesmo os clichês, há X Men.)
Toda a estrutura clássica esta lá. Grupo de jovens formado por uma amizade que rompe barreiras de esquisitos da escola: o líder, o engraçado, o cético, o sensível. O elemento sobrenatural. O monstro ou o problema. A menina perfeitinha que ama o popular da escola, que é seguido por babacas e patricinhas com sexualidade latente. O professor da escola nerd. Os pais que nunca sabem o que esta ocorrendo. A estrutura família americana de fachada. Os valentões. A conspiração governamental. A batalha de EUA contra os Russos. Ao contrario do que tenho lido, não acho que haja muito de Super 8 aqui. Por um único entendimento. Super 8 de JJ Abrans pretendia retomar os anos 80 pros anos 2000. Já Stranger Things é muito mais como uma revisita aquela década. Ha diferença entre as duas propostas.
Com os últimos episódios remetendo ate mesmo a Alien, a unica falha da serie talvez seja de ritmo. Isto é: são 8 episódios muito bem distribuídos em tempo de duração de cada episodio, mas que quando compilados, soam a partir do episodio 6 como uma especie de 'vamos enrolar um pouco a trama com assuntos e diálogos que não servem para muita coisa, para batermos a cota de duração da produção'' sabe? Claro, que os filmes dos anos 80 e 90 também sofriam do mesmo. E isso nunca importou. E o bem da verdade é que não importa fora da escala de analise técnica.
Palmas ao elenco que caiu como uma luva, como ja citada Winona renascendo diante de nós, onde somente a aparição dela em tela ja valeria qualquer coisa. Mas, o elenco infantil dá Show. Os quatro garotos - incluindo o que vive Will apesar de pouco tempo em tela - cumprem de forma primorosa a função de resgatar a inocência inteligente e de aventura cômica daquela juventude oitentista. Mas, minha consideração fica com a pequena expressiva Millie Bobby Brown que vive a hipnotizante Eleven. Com um quê de Natlie Portman em seus momentos frágeis e de Sigourney Weave em seus momentos mais "Jean Grey', a guria segura de forma convincente uma personagem trágica e intensa.
Seja pelo resgate, seja pela diversão ou emoção que trás, ou para os que não são da época, pela novidade de conhecerem uma das melhores décadas da cultura pop (a famosa minha época), a serie vale a pena. Muito. Grata surpresa.
Como nota, achei interessante como apesar do resgate oitentista, a concepção ideológica da trama é permeada de maneira bem velada com as atuais, se percebermos a força das mulheres aqui diante dos desafios que surgem, onde não ha 'a mocinha que é salva pelo mocinho'. Alias, pelo contrario. E ate mesmo a naturalidade que personagens negros surgem sem que sejam para estabelecer alivio cômico com sua etnia, ou ate mesmo a homossexualidade entrando no assunto de maneira orgânica, sem que seja tabu, foco ou exatamente demérito de nada. Ponto pra netflix mais uma vez.
Só uma coisa: Alguém mantenha esse diretor - Miguel Sapochnik (episódios 9 e 10 ) - definitivamente como diretor oficial dos episódios restantes POR FAVOR!
'Quando eu era jovem E com medo do mundo Minha mãe cantava uma canção pra mim Uma música que eu mantenho em um lugar sagrado Porque eu sei que minha vida não será longa Ela fala do lugar onde você vai Quando o seu tempo aqui na Terra acaba Um lindo lugar que chamamos de Céu É verdade?
Por favor, Deus, eu oro para que seja verdade! Porque uma vez que este lugar for o Céu na Terra Colinas verdes será tudo que se verá Mas agora é fuligem, aço e tijolos Por isso, se parece mais com o inferno para mim.
E cada dia traz mais e mais sofrimento E cada noite é o silêncio e medo E eu acordo ao som da sua voz Mas você não está aqui Por que não está aqui?
Então, agora eu me deito para dormir E Peço ao Senhor para ficar com a minha alma. Por favor, deixe-me morrer antes de acordar Para que o Senhor possa levar minha alma;
Então talvez eu possa finalmente encontrar você É a beleza do Paraíso! E você não vai cantar sobre morrer, mas sobre viver. Isso não seria bom? Isso não seria bom?''
(e eu to chorando ate agora inconsolável pq ainda não to sabendo lidar com o fim - mesmo aceitando que era a hora de ao menos a eterna Ms Ives encontrar sua redenção)
E chegamos ao final de uma das historias de terror e amor mais interessantes da TV. Penny Dreadful - cujo titulo alude à época que se vendiam pequenos contos de terror a bagatela de 1 penny - cerca de 1 centavo - para que fossem acessíveis à população mais carente - é antes de tudo uma historia sobre o horror e o amor de se viver e de se existir. De ser um ser neste mundo. Com uma espantosa inventividade de mesclar varias mitologias e lendas do horror e terror tais como Frankenstein, Drácula, Lobisomen, Vampiros, bruxas e ate mesmo Amonet - deusa egípcia -, Dorian Gray e Dr. Jekyll - de o Medico e O Monstro -, essa serie versava sobre a busca incessante de significado dentro do horror e beleza que é existir. Sem contudo perder a coesão e a verossimilhança, e principalmente o respeito ao ode as suas obras de referencias 'originais'. Ao longo de três temporadas e 27 episódios fomos apresentados a diversas facetas da humanidade e seus monstros, todos carregados por um paralelo a nossa realidade social e histórica, que faz jus ao por que de tais historias monstruosas nos promover fascínio por tantos seculos. Os monstros do cinema e da literatura e dos mitos e lendas sempre abrem questões que se assemelham ao nosso 'real'. Assim, é prazeroso notar como a serie conseguiu abordar o feminismo, machismos e o patriarcado, a fé e a religiosidade, a homossexualidade, as discriminações por etnias, raças e credos, e gêneros, e sexualidades, e padrões estéticos e classes sociais de maneira efusiva e quase linear, num ritmo que nunca se perdia entre seus universos - ainda que a um primeiro momento parecesse coisa demais para pouco espaço. Com personagens femininas marcantes e independentes, inclusive uma representação grata de uma travesti que não surge estereotipada ou apenas viabilizada pelas suas tragedias, mas forte e tal qual é: um ser; a serie encontrou seu eixo, base e alma em Eva Green. Alias, a fusão da referencia de Amunet e suas varias facetas e formas, com Vanessa Ives e todas suas inimagináveis camadas e pesos com a versatilidade e poder hipnotizantes de Eva Green formou aquele raro momento que vemos no cinema ou na TV onde a atriz e obra se fundem em algo que tende a sobreviver alem de sua própria obra. Penny Dreadful com o tempo pode ir perdendo a força, mas Vanessa Ives inevitavelmente se estendera como uma das coisas mais emblemáticas dos últimos tempos inclusive para seu gênero. Eva é Vanessa e Vanessa é Eva. Assim cremos e essa força é de um absurdo que só mesmo vendo e sentindo para entender. Ferida, arranhada, possuída, careca, aprisionada, alegre, amedrontada, assustadora, e ardente. Eva Green... só suspiros. Todo conto precisa ter um fim, e talvez como ressalva fique a sensação de que mesmo o núcleo de Vanessa merecia uma despedida mais demorada. Igual ao final, mas talvez com um pouco mais de tempo. Já abrindo o ultimo episodio com uma abertura temática com uma musica lamuriosa e linda, tal qual um réquiem como sua temporada foi, Penny Dreadful chega ao fim sem trair seu gênero e sua essência. Tal qual o terror e o amor, não poderia terminar de outra forma que não em sangue, dor, medo, tristeza e morte. Deixara saudades.
Se é pelas mãos, pelos pés eu não sei. O que sei, é que a serie me pegou de jeito. Construção otima de narrativa, a concepção de arte idem. Mas as atuações...em especial a de Eva Green merecem aplausos, pela dedição. Uma historia que possui suspense suficiente para nos prender em sua trama, que possui terror na medida certa para nos manter desconsertados, e que possui seu requinte e magia a ponto de nos fascinar. Porque o roteiro e a direção mostraram que o interesse não é tirar o sono, mas sim demonstrar a fragilidade dos inadequados no mundo em suas proprias historias de horror. E isso merece atenção. A resposta da Srta Ives eu não sei, mas a minha com certeza é: sim eu quero ver como sera essa continuação. Venha season 2, venha Mrs Chandler ( e ca entre nós, Mr Malcon e Dr. Frankenstein tbm pq..=X) que lhes espero <3
MEUS DEUS!!! PUTAQUEPARIU NO PASSO DA MISERICÓRDIA! Que serie desgraçadamente boa men! gente, to em crise hahaha
Fui assistir a serie de maneira despretensiosa. Inclusive, postei que foi por indicação e que peguei-a para passar o tempo, pura diversão. NO ENTANTO; me surpreendi. E da melhor e mais brusca maneira possível, ao constatar como ela evoluiu ironicamente naturalmente para uma complexa e eficaz trama narrativa que não só propõe um estudo de personagens e reflexão acerca da criação genética - e nessa, criar alegorias de analogias com nossas próprias vidas individuais, fragmentadas em prol de um padrão social que buscamos para criar aceitação aos olhos do Outro, - mas tbm consegue manter um ritmo coerente e sempre 'pra frente', sem se perder em clichês esperados alias, ou em soluções fáceis de gênero. Com isso temos um roteiro bem estruturado e com uma atuação INACREDITÁVEL de uma atriz desconhecida - por mim ao menos - mas que brilha, marca, impressiona, chega a assustar devido ao controle total que tem das varias personas que precisa assumir. dotando não só características emocionais e detalhistas particulares para cada uma, mas oferecendo uma atuação consistente e 'real' diante daquela ficção exposta.
Alias, creio que o maior mérito da serie tirando esses aparatos analíticos é justamente doar uma verossimilhança tão plausível aquela ficção, capaz de tornar real cada ação, cada situação, sem nunca questionarmos o fator 'isso é possível'? diante da trama. Tudo ali é palpavel. Aceitamos de imediato aquela realidade exposta, e isso é mérito das atuações e na elaboração sensacional de um roteiro e direção segura que compreende um conceito humano que a maioria das produções do gênero esquecem.
Mano, é de ficar na ponta do sofá a cada episodio, de rir de se acabar com as loucuras neuróticas da Allison, morrer de amores pela inteligencia descolada da Cosima, Torcer pela coragem de Sarah, vibrar pela anti heroína (daquelas FDP tipo Bellatrix Lestrange sabe?) que são uó mas a gente ama justamente por serem loucas e psicóticas, de rir de se acabar e se divertir pela bixa loca do Felix e seus comentários, ou mesmo se admirar pela Integridade do detetive Art, - ou ter orgasmos a cada aparição do 'tudibom' do Paul (em toda sua dualidade).
Uma serie que já me marcou, ja me conquistou e que to aguardando ansioso a 2° temporada. Sou um 'ORPHAN' TBM A PARTIR DE AGORA ^^
ps: Repararam que escolhi não analisar/fazer critica como geralmente faço, por tanto indico essa critica analitica com a qual concordei bastante >> http://omelete.uol.com.br/series-e-tv/orphan-black-1-temporada-critica/#.Uyc6E6hdUrI
True Detective como eu suspeitava desde o pilot(alias, não era suspeita, foi avaliação mesmo, afinal a base, a estrutura dele ja denunciava isso) é MUITO BOA, mas não, não é sensacional ou mega foda. O problema dela é se superestimar demais por vezes. Algo que convence o publico mas não vinga sempre. Porem o acerto dela é que ela por saber disso, que se elava a serio demais, é apresentada e conduzida muito bem em apenas 8 episódios, ou seja; não cansa, não chega a presunção e termina sem surpresas mas bem.
O melhor momento da serie ficou por conta do plano sequencia do episodio 4 ( que comentei ali >> https://www.facebook.com/will.augusto/posts/693807170657485?stream_ref=10 ) onde ela sintetize o que tem de melhor "estudar personagens''.
falar de atuação é desnecessário quando é visível a dedicação dos atores envolvidos - todos - principalmente de Matt e Woody e seus respectivos protagonistas Rust e Marty. O ponto negativo como já disse é a escolha de usar o dialogo (monologo) de Rust para tecer a base de pensamento da narrativa ao invés de confiar apenas nas imagens para isso. Em resumo ele tem momentos de voo pleno, mas que balançam por justamente ele sempre se lembrar que é um produto televisivo e não cinematográfico, em uma narrativa que tem características fortes de cinematografia. rs (a tal peruca de caracterização do Marty no passado me incomodou a jornada toda em que esteve ali impecável absurdamente. )
Mas no geral é sim uma boa serie que merece méritos por ter sido bem escrita e ter utilizado pontualmente artifícios bem singulares para compor a complexidade das ações, índole e manejos de seus personagens. Como disse no inicio >> https://www.facebook.com/will.augusto/posts/693335480704654?stream_ref=10 A serie não é sobre o assassinato e o possível serial killer, a serie versa sobre a luz e as trevas que cada um de nós possui, e sobre a estrutura moral da sociedade que se esconde atrás de conceitos de certo e errado, calcados entre Poder, (hierarquia) e Crença (Religião) mas ambas, ao invés de estarem submetidas a Justiça e Fé, acabam calcadas ate hoje sob a base do Medo. True detective fala sobre isso. O caso de assassinato pouco importa. As cenas de ação, pouco importam (mas são bem conduzidas), o que interessa é ate que ponto cada ser humano ali é totalmente inocente, sincero e 'de luz'.
Ando numa felicidade sem tamanho com a TV no sentido de suas obras audiovisuais produzidas. Há uma ousadia e liberdade que esta começando a ficar em falta no cinema mainstream. Que a TV continue assim e o cinema reaprenda a não involuir mais.
Existe Veda rosca, mas existem tbm VEDA VACA! geente faz dois anos que assisti a essa serie sensacional (estou para conferir o filme mas ainda não consegui ver) e não tem jeito cada vez que me lembro da historia um pensamento de odio surge: VEDA BITCH! acho que nunca tive tanta aversão a um personagem como tenho dela hahahahaha
Olha o Will (meu xará - em todos os sentidos =X ) e a Grace que me perdoem, mas: Karen >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>. Um Infinito todo >>>>>>> Jack >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Will & Grace.
Porque olha; não ha UMA cena da Karen que não rolo no chão de rir. ♥
alguem sabe de informações atualizadas sobre a estreia ou andamento das gravações dessa segunda temporada? como alguma data de estreia por exemplo, confirmação de elenco e tal? ansioso!
precisei escrever apenas observações sobre, para tentar manter a sanidade. Mas uma coisa consigo e preciso dizer: OBRIGADO! Obrigado Breaking Bad! E "Always Remember YOUR name" BITCH! s2 HISTÓRICO!
Minha postagem no meu blog com efeito, repito, apenas de observação e comentário de um fã e estudante de cinema que esta ainda maravilhado com o momento que presenciou na historia do Cinema e da TV do Mundial. http://criticofilia.blogspot.com.br/2013/09/breaking-bad-series-finale-felina.html
Já compartilhei, já dei a dica, já exaltei, já tentei de todas as formas demonstrar a importância do que esta acontecendo atualmente na televisão; uma mídia considerada inclusive por mim morta ou ao menos em estado de latência, de zumbificação, e que mostrou a 5 anos atrás que ela estava prestes a se transformar. Hoje chega ao fim o que muitos já consideram e inclusive eu, o fim da 3° Grande Era de Ouro da televisão Mundial. Mas ao mesmo tempo, se inicia uma verdadeira revolução não só na mídia televisiva, mas possivelmente nas mídias Virtuais e do própria cinema, inclusive como industria para suprir a demanda de qualidade que essa serie trouxe.
Sucesso de Critica e publico, que é de longe o menos importante para descreve-la. A TV mudou. E mostrou que não é mais uma inimiga do Cinema como demonstrou ser por anos. Mas hoje ela mostra o fim do que provou que ela se igualou em todos os sentidos a tela grande, ao Cinema com letra maiúscula, e que é uma aliada na evolução dessa Arte. Que só acontece quando se compreende ela e se respeita acima de tudo.
Hoje o dia amanheceu mais triste para mim e milhões de pessoas e profissionais da área de comunicação áudio visual, mas ao mesmo tempo to mega orgulhoso de poder fazer parte desse momento histórico de nosso tempo junto com o restante do Mundo.
Venha Breaking Bad, venha terminar sua Era, definir seu legado futuro e me fazer morrer de saudade e excitação como só vc fez em sua mídia a muito tempo.
Vem me fazer chorar e gritar, e me fazer confirmar mais uma vez: EU AMO CINEMA!
Neste penúltimo episodio da serie que ja se tornou marco na historia da televisão, podemos ver a desolação de um homem, em seus últimos vestígios como cidadão, e o inicio completo de sua transformação num monstro incalculável.
Chega a parecer injusto depois de Ozymandias este Granite State. Se no domingo passado vislumbramos os limites da tensão que uma serie pode causar ao mostrar a explosão de uma sucessão de dramas irremediáveis, aqui dessa vez experimentamos com coerência a Apreensão de tudo o que aprendemos a nos apegar caminhando para um final quase certo mas de proporções devastadoras. Fica claro o destino de Walter White, alias de Heisenberg. Creio que vimos um funeral nesse episodio, embebecido com whiske simples e puro numa taverna mal iluminada nos confins de gelo. Não ha mais o Novo México ensolarado. O que temos agora são camadas de frio e gelo num futuro próximo de dor, vingança, sangue e fim. E isso só prova mais uma vez a competência e excelência dessa serie fantástica. Seus criadores não só demonstraram que ao longo desses 5 anos entendem como funciona o cinema e sua arte como um todo, mas principalmente demonstraram com esse penúltimo episodio que antes de qualquer coisa, eles respeitam a sagacidade e mentalidade de seus telespectadores e admiradores. Coisa rara de ser ver na televisão global - inclusive a nacional-. Breaking Bad ao contrario de muitas coisas na televisão, não nos subestima, e só por esse feito, a sensação que fica é que não importa realmente como acabará esse marco áudio visual televisivo na próxima semana. Não importa realmente de que maneira se dará os créditos finais. Porque a certeza que se tem é que o respeito a arte se manterá, e só por isso, Breaking Bad merece todos os aplausos do mundo, de pé e com uivos de enaltecimento.
Que venha Felina dia 29 de setembro de 2013 às 22 horas da noite. Que venha. Ainda que eu ache que será um dos momentos mais chocantes que vimos ou veremos esse ano!
Restam apenas cinco episódios para o fim – e estes três últimos exibidos foram particularmente brilhantes – um momento difícil para criadores e fãs, mas ainda assim inevitável, nas palavras do próprio Vince Gilligan. Não é exagero dizer que ele deixará um legado no mesmo nível, ou ainda maior, do que David Chase fez com “The Sopranos”. A próxima década do audiovisual terá “Breaking Bad” no seu encalço, com comparações e lembranças, para o bem ou para o mal. Caberá aos estúdios, emissoras e criativos seguirem essa trilha, onde a ousadia é premiada com sucesso e a certeza de que os espectadores estão preparados para ela.
sensacional analise que remonta TODO AS as principais series de tv e afirma com razão: BREAKING BAD revolucionou a televisão mundial! http://www.brainstorm9.com.br/40337/entretenimento/breaking-bad-regras-televisao/?utm_source=feedly não ha spoilers fiquem tranquilos.
texto SENSACIONAL que não contem spoilers. que deixa claro de uma vez que mesmo analisando TODAS as principais series de tv ( da hbo. fx, warner, amc) BREAKING BAD transformou o nivel de televisão! vale a leitura >> http://www.brainstorm9.com.br/40337/entretenimento/breaking-bad-regras-televisao/?utm_source=feedly O fato é: Quando o último episódio da série for exibido, em 29 de setembro de 2013, não importa se você acompanhou ou não a saga de Walter White e sua família – e nem qual seja o aguardado destino dos personagens – o sarrafo das produções televisivas terá atingido o seu ápice. Pode-se até argumentar que muitos outros programas ainda estão em andamento, e tantos ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do show da AMC terá impactado as indústrias criativas de forma indelével.""
estamos vivendo a 3° grande Era de Ouro da televisão Mundial com Breaking Bad? SIM! texto sensacional que não contem nenhum spoiler! http://www.brainstorm9.com.br/40337/entretenimento/breaking-bad-regras-televisao/?utm_source=feedly
"Lá no primeiro parágrafo, eu disse que encheria um pouco mais o saco de quem ainda não assiste a série. Mas não quero fazer através dos argumentos desse longo texto. Eu poderia até dizer que é obrigação de quem trabalha com comunicação e nas indústrias criativas em geral e ponto final, mas não, não assista porque é rotulado de canônico, de fundamental ou de o melhor drama da TV.""
O fato é: Quando o último episódio da série for exibido, em 29 de setembro de 2013, não importa se você acompanhou ou não a saga de Walter White e sua família – e nem qual seja o aguardado destino dos personagens – o sarrafo das produções televisivas terá atingido o seu ápice. Pode-se até argumentar que muitos outros programas ainda estão em andamento, e tantos ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do show da AMC terá impactado as indústrias criativas de forma indelével.""
Todo mundo tem um amigo que um dia (ou todos os dias) repetiu exaustivamente que você deve assistir “Breaking Bad”. E não é uma simples recomendação, inclua aí doses de histeria: “assista logo!”, “é a melhor série!”, “quem não vê está por fora!”, “se você não assistir sua vida não terá sentido!”, e outras alegações do tipo. Um comportamento talvez, só talvez, um pouco exagerado, e que virou motivo de piada, tipo fã do Iron Maiden, mas que tem fundamento. Eu mesmo fui influenciado assim, e passei os últimos anos recomendando de forma pouco controlada para quem ainda não assistia/assiste, sem vergonha de ser chato. Peço desculpas se fui irritante, mas me dê licença para ampliar o discurso a partir de agora.
http://www.brainstorm9.com.br/40337/entretenimento/breaking-bad-regras-televisao/?utm_source=feedly texto sensacional que não contem nenhum spoiler!
puta texto sobre TODAS as principais e melhores series na evolução da tv que afirma ao perguntar: estamos vivendo a 3° grande Era de Ouro da televisão Mundial com Breaking Bad? SIM!
""Todo mundo tem um amigo que um dia (ou todos os dias) repetiu exaustivamente que você deve assistir “Breaking Bad”. E não é uma simples recomendação, inclua aí doses de histeria: “assista logo!”, “é a melhor série!”, “quem não vê está por fora!”, “se você não assistir sua vida não terá sentido!”, e outras alegações do tipo. Um comportamento talvez, só talvez, um pouco exagerado, e que virou motivo de piada, tipo fã do Iron Maiden, mas que tem fundamento. Eu mesmo fui influenciado assim, e passei os últimos anos recomendando de forma pouco controlada para quem ainda não assistia/assiste, sem vergonha de ser chato. Peço desculpas se fui irritante, mas me dê licença para ampliar o discurso a partir de agora.
O fato é: Quando o último episódio da série for exibido, em 29 de setembro de 2013, não importa se você acompanhou ou não a saga de Walter White e sua família – e nem qual seja o aguardado destino dos personagens – o sarrafo das produções televisivas terá atingido o seu ápice. Pode-se até argumentar que muitos outros programas ainda estão em andamento, e tantos ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do show da AMC terá impactado as indústrias criativas de forma indelével.""
texto sensacional que não contem nenhum spoiler! VALE A LEITURA! >> http://www.brainstorm9.com.br/40337/entretenimento/breaking-bad-regras-televisao/?utm_source=feedly
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista AgoraSinceramente não entendi qual é a reclamação de vcs com essa temporada de Black Mirror. Que temporada deliciosa! Acho que foi a primeira que consegui ver com prazer sem me sentir saturado pelo ritmo dos episódios. E olha que esses são mais extensos. Essa temporada pela primeira vez, quebrou o sentido de que a tecnologia é a vilã. Essa temporada mostra que o "mirror" do título se refere muito mais ao reflexo que ele exibe. Somos nós que somos os vilões. A tecnologia só faz refletir esse nosso impulso de ultrapassar os limites de humanidade ao virtual. "O problema não é a internet o celular e as redes socias. Os video games. O problema é o uso que damos a eles. O exagero que usamos eles. A tecnologia em si é sempre benéfica".
Outro ponto é o destaque feminino. Todos episódios tem protagonismo feminino e isso é sempre maravilhoso de constatar. Cada ep teve um gênero específico condutor: Drama, Ficção Científica, Terror, Terror psicológico, thriller, distopia.
USS Callister é um ep inventivo do ponto de vista de estudo de gênero. Uma ficção científica. Aliás, nesse ano eles fizeram muito isso. Se desvincularam do teor "tecnologia se voltando contra nós" e trouxeram diversidade de linguagem e narrativa onde o foco são as relações humanas e não a tecnologia. Nesse a busca por escape, o controle abusivo se apresenta. Mostrando que relações de poder são idênticas em avatares e em carne e osso. Um além da imaginação.
Arkangel, é um drama, a estrutura de roteiro mais solida das temporadas. O desenvolvimento de personagens se assemelha a um longa metragem. Jodie Foster ainda coloca ester egg sobre a própria projeção de seus personagens revoltados no final. Muito de psicanálise e novamente o controle exasperado que temos em relação ao amor de proteção se apresenta. O que era pra ser uma forma de preservação se torna causa de destruição. Relação abusiva familiar. A forma que o horror do mundo real tbm serve como imunidade.
Crocodilo é um thriller de suspense. O mais fora de contexto no sentido tecnologico (se torna irrelevante a tecnologia aqui), mas que possui um apelo sobre "as aparências enganam e as consequências dos atos transformam".
Hang the dj é uma quase distopia, com quê de Matrix e que atinge diretamente a questão dessa geração: jovens que buscamamor e relacionamento constante de forma voraz e desesperada e rapida. Relação perfeita. Episódio que é uma extensão do Tinder. Reflete o Match. E mostra que não importa o nivel de sistemas organizacionais. As escolhas humanas sobre seus feitos e caminhos ainda é o que determina relacionamentos. Não é afinidade se características mas de vivências. Confianças.
Metalhead é o melhor ate aqui. Um terror de ação e tensão crescente, com um visual inventivo e arriscado pra uma serie tão pop e mainstream. Que ta mais interessada no clima e na estetica do que na reflexão filosofica. É um ep que instiga o espectador a raciocinar sobre aquela realidade. Do que se passou naquele apocalipse. Traz referências a filmes de gênero dos anos 60 e 70 e pra mim só deveria ser mudo para fechar de forma otima. O final ainda apresenta uma leveza e um peso sobre humanidade que doi. (E os robôs serem um híbrido estético de baratas - que nós temos repulsa - e cães - melhores amigos do Homem, não é por acaso.
Black Museum realmente é o que melhor resgata o teor da série como um todo, alem de trazer um conexão de todo universo dela. Alem de oferecer uma critica social pertinente. A tecnologia aqui serve de forma dubia. Para o aparente bem e para o evidente mal. Aqui eles sintetizam essa forma de que a tecnologia ela sempre surge como ajuda. Suporte. Mas nas mãos do ser humano, logo ela se torna arma e maldição. Por culpa da soberba humana. É um terror psicológico intenso e que causa choque sobre as possibilidades.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KQue temporada deliciosa! O correto seria analisar e resenhar cada ep individualmente (pq dessa vez eles estruturaram a narrativa de forma individual. A primeira temporada era como um filme enorme de 8 horas. Aqui eles condensaram um filme em cada ep), mas não vou rs
Basta dizer que eles deixaram as referências mais orgânicas inclusive com a moda oitentista que a primeira não conseguiu se ater tanto. E apesar de se passar em 84 (hello ET e Alien), o final foi trazido pra uma pegada pré noventa ja, no final dos anos 80. O baile foi uma sacada genial pra isso. Também pudera, os fofos estão entrando na Era Barrados no Baile e Grease.
Os irmãos Duffer criaram um universo de potencial enorme pra continuar por no mínimo mais alguns anos. Tanto pela vastidão de material que os anos 80 oferecem pra fantasia, ficção científica, aventura e terror, quanto pela forma que expandiram o universo de forma gradual e coesa. A Kali é um exemplo de como aquilo tudo pode se transformar num potencial "era de x men" por exemplo. É conectar as formas num local só. O interessante é que se a primeira se concentrou em um problema fechado (achar o Will), aqui a preocupação é o desenvolvimento dos personagens. Espaço pra construir identidade profunda de cada um. E é curioso que eles fazem isso muito bem, ainda que os roteiros em especial do início dos anos 80 não tivesse essa preocupação tão grande. Notem que por exemplo na cena em que Eleven e Hooper brigam com janelas quebradas, é compreensível entender a motivação de cada um dos dois. Sem determinação de certo ou errado. Pq ambos possuem motivos e construções sólidas pra terem tais atitudes. Da mesma forma, Steve representa uma evolução pessoal que serve pra contrastar seu personagem com o de Jonathan. Assim, da mesma forma fica impossivel determinar "qual merece mais ficar com Nancy". Ambos possuem valores e demeritos equivalentes. Não existe o mocinho e o vilão completo (cuidado que tomaram ate mesmo com o "vilão" do caso humano pelo irmão da Max. Um cuzao mas por consequência). Dustin é a representação perfeita do tipico adolescente dos anos 80. Que mescla humor com chatice na mesma proporção que tenta se encaixar em dois mundos o nerd e o descolado. E acaba se tornando "um pé no saco" que de tanto ser a gente ama. Todos filmes dos anos 80 e começo dos 90 possuiam isso (Kevin de esqueceram de mim tem essa caracteristica peculiar por exemplo, Denis o pimentinha idem saca?) É um reflexo de roteiro daquela década e o ator mandou bem.
Massa ver tbm como tabuleiros e rpg deram lugar a fliperamas e cameras de video. A tecnologia surgindo como algo fascinante e viciante mas potencialmente mais perigoso. E claro, Will fez um trampo genial. Poltergeist e Regan aplaudiriam o companheiro. Alias, é curioso que o protagonismo é dele aqui, apesar de Eleven permanecer segurando o dela da temporada anterior. Afinal assim como antes o Will moveu todo o role. Mas quem se choca a ele é Eleven. São duas personas que dividem a trama envolta de si. Mike é o elo que conecta isso tudo.
A irmã do Lucas é sensacional haha já to ansioso por mais destaque dela. Alias, acho importante essa representatividade atípica que Lucas e a irmã deram. (E sim sobre madmax eu gritei na parte do carro em fúria. Genial).
Ritmo bom tbm. Nada cansativo pra quem sabe apreciar essas construções de identidade e cenas claro. Uma terceira temporada sera bem vinda. Abandonando a infância dessa vez, veremos se ha sustentação de apelo. Amei.
Sobre o mapa que o Will desenha, ali esta embutido algumas referências. A principal é de o Enigma do Outro Mundo (filmaço classicao que recomendo forte), que óbvio pelo nome ja se linka por si só com a serie, mas tbm explica o pq o Will desenha um mapa. A mente do Will esta conectada com todas as criaturas do mundo invertido. Ou seja, ele ve ao mesmo tempo tudo que aquelas centenas de bichos, cobras estranhas, plantas e o próprio devorador de mentes veem. Ao mesmo tempo. A visão dele por tanto se torna confusa. O que ele faz e pegar os flashes que enxerga e desenhar. E quando os desenhos são colocados juntos.. puff! Formam o enigma. Que bob fazendo referência aos próprios personagens que ja viveu em outros filmes como Goonies rs decifra. Afinal bob é o nerd mor da cidade. Ele fundou as nerdices todas e manja de sistemas gerais. Isso inclui entender de mapeamento. Saber onde uma linha cruzada conecta com outra.
Sobre a Max e o Billy, eles estão ali por dois motivos. Um, instigar a puberdade do grupo, e servir como referência obvia a MadMax, e para aumentar a representatividade feminina no clube do bolinha ali. Alem de que o Billy, entra como o antagonista humano no lugar do pai da Eleven. É necessário que haja um humano monstruoso e não somente seres de outro mundo. No entanto, o roteiro construiu bob de forma complexa. Ele não é apenas um babaca, ele é a consequência de seu pai escroto. Ele é um cara com pai abusivo. E achei interessante as indiretas sobre a sexualidade desse bad boy poder ser mais aberta do que se imagina. O subtexto deixa isso solto (coisa recorrente nos anos 80. Reparem que todos filmes anos 80 ha piadas e falas sobre sexualidade).
Sobre o episódio 7 que parece que geral não compreendeu ou não gostou (e aqui ok não gostar) ele existe por um motivo importate: desenvolver a Eleven.
Eleven é uma garota criada em laboratório e órfã. Por tanto ela precisa completar a jornada de heroi dela (estrutura de roteiro isso) e fazer a caminhada de reconhecimento de quem ela é e quem ela quer ser e quem ela precisa ser. Pq na primeira temporada ela foi empurrada pras coisas. Ela não teve tempo de adquirir autonomia e compreender quem ela é como ser humano. Esse episódio serve pra isso em muito. Dar a ela o conhecimento sobre si. Ao mesmo tempo, o ep 7 é um dos melhores acertos da temporada pq abrem o universo da serie. Mostram um outro lado dos anos 80. Hj, se pensa em anos 80 como goonies e os caça fantasmas. Mas anos 80 tbm foi a decada de Os Estranhos por exemplo. De cidades violentas e juventude transviada. De brigas com canivetes e crimes a la robocoop. De jovens punk e drogados. Esse ep. Trouxe a tona isso. E a composição de arte dele é maravilhosa. Cor, contraste, luz, design... figurino. Alem de fazer um paralelo mais obvio com X Men por exemplo e tirar a ideia de que a eleven é uma heroina unica. Afinal ela é o numero 11 de uma serie de experimentos... toda serie que visa ampliar seu universo PRECISA de um ep "solto" assim. É regra rs
Outro ponto que não vi reclamação (amem) mas é bacana atentar é a visibilidade dada ao Lucas e sua casa e familia. Os anos 80 em especial tinha a mania de mostrar familias e lares negros sempre pela perspectiva de violência ou trabalho. Notem, negros sempre eram mostrados trabalhando, como alivio cômico, como familia desajustada ou como policiais (combatendo crime/relacionados a crimes). Não ha essa representação cotidiana familiar normal e amorosa. Segura. E o plot do Lucas na casa dele e com a irmã trouxe isso. Pouco ainda, mas que bom. Que a irmã dele ganhe destaque no grupo e na serie pra ele deixar de ser o único representante ali. (E ele não ser preterido no final foi a cereja do bolo).
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraVamos falar sobre "13 reasons why", (em português " os 13 porquês").
Terminei ontem a serie (justo ontem) e ela impactou de tal forma que ainda esta ressoando por aqui. Talvez de forma parecida com o modo que As vantagens de ser invisível à época bateu forte. Mesmo que eu não seja exatamente o público alvo da série (considerando-se minha idade). Digo isso, pq a serie tem toda uma estrutura que remete a series adolescentes dos anos 80, onde problemas juvenis estavam muito mais atrelados a problemas relacionados a vida adulta do que a qualquer outra coisa. Estupro, assedio, suicídio, crimes, gravidez, drogas. Assuntos que permeavam mais abertamente aquela juventude da época e que hoje em dia, pelas mudanças de padrões morais sociais, tem se evitado tratar ou falar. Assim, por mais que a discussão que a serie propõe seja destinada a adolescentes ou no máximo jovens adultos da faixa dos 14 aos 18 anos, a serie consegue flertar de maneira orgânica com o publico mais velho por conter elementos anacrônicos - e não falo somente da trilha sonora, ou das fitas tapes ou mesmo do carro e visual de certo personagem. A serie constantemente apresenta um visual que fica difícil lembrarmos ou percebermos que ela se passa em 2017 se não fosse a presença de celulares aqui e ali na narrativa.
Todos sabem que admiro a forma de analise critica do critico de cinema Pablo Villaça, justamente por compartilhar de muito da escola dele da maneira de absorver e me relacionar com o cinema - tanto ele como industria, como ele em forma de comunicação social e arte. No entanto, dessa vez, gostaria de fazer um paralelo de divergências quase que totais quanto a analise dele de percepção dessa serie (e falo somente da serie pois não li o livro; e cito a analise dele apenas pq foi a unica que li após terminar a serie e que discordei o suficiente para me importar em apontar do pq discordo) A serie possui dois pontos de visão distintas. Uma masculina e outra feminina. obviamente o catalisador de tudo tem apelo na perspectiva feminina, de mostrar como que em suma uma estrutura social machista colabora e esta intrínseca em todas as principais manifestações de opressões e bullyings que principalmente mulheres sofrem. Ainda mais na adolescência, período caótico para todo ser humano pela própria caracterização de sua fase de mudanças e construção identitária, quanto pelas mudanças físicas e psicológicas/afetivas;emocionais que são expostas nessa fase da vida e que nos moldam pelo restante da nossa trajetória como adultos. Nos jamais fomos ou somos reflexo da criança que eramos. mas sim dos adolescentes que fomos. Pois é la que nossa construção social inteira ocorre.
Para Pablo - que devemos lembrar que por mais empático que seja, é um homem cis hétero branco de classe social consideravelmente estável (media). E ele ser pai de uma menina ou ter sido casado(?) com uma mulher cis não impede que a construção dele seja feita pela perspectiva masculina da relação que o bullying e mesmo a depressão tem. Sim, ele é um sobrevivente da depressão também. Mas, temo que a depressão é uma doença que atinge homens e mulheres de maneira distintas e peculiarmente diferentes. Dependendo do contexto que lhes é atribuído o problema. Quando li a analise dele percebi que seu descontentamento ou percepção de 'erros ou equívocos' quanto a narrativa da serie se dá justamente pela não percepção de dois fatores essenciais: 1 ele é homem cis hétero branco. 2. ele não viveu a adolescência desse milênio. A experiencia adolescente que ele possui é de uma realidade completamente diferente da de hoje em dia. O que chamamos de bullying e que recebeu tal titulo recente, não é o mesmo em forma e força que de antes. Se antes tínhamos confrontos diretos, físicos e igualmente fatalistas - vide ''barrados no baile'', ou mesmo por que não, ''Carrie a estranha'' se pensarmos por esse viés-, hoje em dia esse bullying é massificado pela internet. Pela conexão virtual que transformou status em mascara social. Se antes o que ditava conduta de um jovem eram suas roupas, carro, pessoas que pegava. Hoje é tudo isso com o adicional de que tudo que valemos ao outro importa apenas de acordo com a visão que se cria de vc. Não importa se vc por exemplo é hétero. O que importa na sua vivencia é o quanto as pessoas acreditam que vc seja. E isso ditara cada resposta e experiencia de mundo que vc terá querendo ou não. Outro fator que a analise dele não leva em conta, é que ha uma construção familiar de conduta permitida ou simplesmente 'que se finge não ver' entre meninos e meninas no tratamento dos pais. Não por negligencia desses, mas pq a sociedade é moldada assim. De tal forma que um dos tópicos da analise dele, é que pra ele um pai e uma mãe comprometidos, ou tão rígidos como a mãe de Clay o protagonista, jamais permitiriam que seu filho adolescente ficasse calado escondendo algo que poderia ou não ter relação com o suicídio de uma jovem que não se sabe se foi violentada, que não se sabe o que ocorreu.
A verdade é que sim, qualquer pai de menino, ainda mais numa sociedade como a americana onde jovens adolescentes possui uma independente bem mais distintas e díspares de seus pais do que a nossa brasileira, não iriam insistir em saber de algo de seu filho homem a esse respeito. Ainda mais quando consideramos que Clay não é apenas homem, mas um homem academicamente calmo e brilhante e com uma mãe sendo advogada. Com o plus do tema ser suicídio isso se agrava, pois sabemos que boa parte da sociedade foi criada para não falar sobre suicídio. E quando é obrigado a falar sobre, tendemos a culpar o suicida - pessoa fraca e covarde -, ou falamos de forma baixa, escondida como um segredo que ngm quer saber ou falar sobre. Assim para mim é extremamente verossímil a relação de Clay com seus pais sobre esse aspecto. da mesma forma que é extremamente verossímil para mim a intenção da serie em estabelecer o suicídio e o bullying como uma forma ali de vingança e culpa - da garota que se suicidou - e da forma como os elementos se juntam para explica-lo. Sim, a revelação final do ponto chave que a levou a tal ato é bem maior do que qualquer outro ato de babaquice anterior, mas elas não apagam a importância do que um acidente de carro, uma placa de 'stop' ou mesmo uma lista de objetificação de mulheres. Quem sofre depressão e ansiedade e quem sofreu ou sofre bullying e opressões sociais por ser mulher, por ser gay, por ser trans, por ser negro, por ser pobre, por ser diferente do padrão dominante do grupo ao redor que se esta inserido, sabe e sente que qualquer coisa, um olhar, uma palavra num tom diferente é o suficiente para desencadear e somar uma serie de violências e magoas irreversíveis algumas vezes. Em resumo, para mim, a serie tratou do tema de maneira coerente e coesa pros dias de hj, pois vejo de verdade nos comentários apos a serie uma reflexão que seja momentânea ou não, sobre o assunto, sobre a maneira que tratamos uns aos outros em busca de aceitação social. Numa época onde aceitação social é mais importante que nunca para a existência de jovens e adultos também, se admitindo isso ou não. A verdade é que O Born this away' de Gaga ou 'o Importante é ser vc' de Mascara da Pitty, tem uma força, é um hino de acalento a uma geração que quer conseguir lutar para impor suas diferentes de maneira igualitária no mundo. Mas a verdade é que a sociedade geral ainda possui uma regra obscura e invisível que dita regras e caminhas e condutas, e para sobreviver a ela todos nos, ansiamos por nos encaixarmos nesses moldes para não sofrer. Ser aceito é nossa maior busca diária seja da forma e na intensidade que for. E por ela uns cometem aquilo que em outros pode levar a algo sem volta. Com exceção de um personagem - o grande vilão da trama -, todos os outros bullyings se mostram como formas desses 'agressores' tentarem deixar de serem alvo para se tornarem quem atira, pois isso lhes dá força, segurança e poder. E o que a serie faz pensar ao final, é ate que ponto nos adultos ou adolescentes estamos atirando em pessoas espelhos, em pessoas que refletem nossas próprias inseguranças e medos, e falhas e problemas. Ate que ponto estamos subjugando um outro para nosso próprio bem. O mais importante acho, é que a serie não coloca de fato valores de maldade e bondade nos personagens., Todos eles se apresentam falhos - inclusive Hahhah, de uma maneira ou de outra, todos aqueles 13 jovens, todos aqueles pais e mães e professores, possuem a mesma falha do nosso seculo. E se uma serie que visa dialogar o que as escolas e o governo em geral se recusa a debater, seja de que forma for, isso é importante. Não vejo a serie como um ode as pessoas acharem que devem se matar para provocar dor em seus algozes. Não, pq acho - e aqui falo como um sobrevivente de depressão e ansiedade, de homofobias diárias e racismos diversos dentre outras opressões - que a serie não tenta deixar as vitimas se vitimizarem e buscarem vingança pós morte ou algo do tipo. Nem acho ruim que ela use a culpa como forma de conscientização onde deveria existir bom senso e humanidade (se a unica forma de alguém começar a cogitar não ser maldoso com outro ser humano por causa de uma garota morta e não pq ser mal com outro ser humano e ser vivo é desumano, se isso evitara tal violência, isso é valido por hora na urgência das coisas); pois o que ocorreu com Hannah não é bonito, não foi bonito e nem fácil, e mesmo diante de cada frase dita por ela onde me identifiquei ate mais do que gostaria - mesmo sendo homem cis - me fez muito mais entender sim sua decisão mas perceber que essa decisão dela não serve pra mim. Por enquanto ou indefinidamente. Não acho que jovens como Hannah assistirão a serie e pensarão em ser igual a ela. penso muito mais que eles irão tentar não criar hannah's, e os que já forem uma, tentarão perceber que um pedido de ajuda a alguém que esteja disposto a realmente ouvir, pode mudar tudo - resolver jamais resolverá dependendo do caso, isso é importante, alguém como hahhah jamais se curaria, nem com 20 nem com 80 anos. Tais marcas ficam em nos para sempre. Mas, o que aprendi com a depressão, é que ainda que ela não tenha cura de fato,, ainda que a angustia, a melancolia, o desamparo não tenha real remédio que faça sumir, ao menos possui uma fraqueza, ao qual cada um pode sim aprender a saber como enfraquecer e ir resistindo.
ps: eu sou do 'time' que não quer uma continuação. Ainda que eu perceba o gancho que deixaram para ter, e aqui talvez seja spoiler, mas esse gancho esta
no ultimo episodio, quando o jovem fotografo abri uma maleta contendo rifles e munição. Basta pensarmos um pouco e ja se entende o que a serie quer deixar de possibilidade de continuação de tema futuro.
Recomendo e parabenizo a netflix e seus produtores por terem a percepção de incluírem um gancho TW (avisando antes do episodio que pode conter cenas que são perturbadores para algumas pessoas). Foi difícil assistir e 'ouvir' as fitas ate o fim, demorei tanto quanto o Clay, mas acho que foi necessário.
Obs: li em alguns textos e diálogos a problematização do livro (e da direção e produção geral) terem sido escritas e feitas por homens, ainda que haja na serie participação ativa de mulheres - incluindo ate algumas jovens como a Selena Gomes -. A problematização surgiu por acharem que isso torna em suma a trama nanequista (feita para nos levar as lagrimas de qualquer forma, sem sinceridade apenas para ganhar audiência e forçar a gente a gostar do material). Entendo a problematização e não invalido ela enquanto cineasta que sou. Pois entendo e percebo sim algumas decisões do projeto para segurar e trazer audiência. grana, fama e etc etc etc, mas como disse, pra mim pessoalmente a obra é tão necessária e urgente que não me importa a real intenção por trás dela desde que ela traga ajuda a quem precisa dela.
Obs2: Há um mini documentário sobre a serie logo após o termino dela (aviso para quem esta baixando e não possui a netflix) que se chama ''13 Reasons Why: Tentando Entender os Porquês''
(13 Reasons Why: Beyond the Reasons') que ajuda a entender muito das escolhas do projeto e inclui um canal aparentemente global - não verifiquei isso - de ajuda com o nome da serie para pessoas que precisam de ajuda e precisam faze-la de forma anonima.
This Is Us (1ª Temporada)
4.7 779 Assista AgoraAcabei de terminar os 10 primeiros episódios da série "This Is Us", que conta com Milo Ventimiglia (Jess de Gilmore Girls), Mandy Moore (de Um Amor Pra Recordar), e Sterling K. Brown (vencedor do Emmy por American Crime Story) no elenco.
A série promete ter o total de 18 episódios em sua primeira temporada e esta atualmente em exibição em seu 11° ep.
É difícil falar sobre séries que ainda não tiveram sua temporada concluída, mas This Is Us é um deleite de dramaticidade. Daqueles que foram feitos pra te fisgar e emocionar capitulo a capitulo. Incluindo inumeros clichês e recursos para tal. No entanto, o que ele mais impressiona nem é exatamente sua dramaticidade. Mas sim, seus temas. Os temas que aborda.
This is Us é uma série que conta em seu piloto a história de um casal gravidos de trigêmeos num parto arriscado. A história de uma mulher obesa que luta diariamente para tentar sobreviver com sua identidade fora do padrão tentando emagrecer. De um ator padrão que está enterrado num programa de TV futil e que não lhe permite crescer profissionalmente. E um empresário negro bem sucedido que resolve ir em busca de seu pai biológico.
Não irei contar a trama da narrativa que permeia a serie toda pois estragaria a experiencia desse piloto. O que posso dizer é que essa premissa já anuncia a força do foco da série. Que é refletir e discutir sobre Racismo e a existência do negro na sociedade. Em tudo que ela comporta. Desde identidade a referência, ate a solidão, alem do esteriotipo de que somente o negro pobre sofre pela estrutura social. Ela lida com a forma da identidade física não padrão de pessoas gordas e obesas numa sociedade que relaciona saúde com estetica. A sobrevivencia psicologica e discriminante que principalmente mulheres gordas enfrentam aos olhos de fora e por seus próprios olhos em batalhas diarias e as vezes silenciosas contra depressão, suicídio e o proprio espelho.
Lida de como a competição por se provar ser o destaque que se espera que se seja impera em pessoas que são privilegiadas de todas as formas possiveis (homem cis branco rico hetero) mesmo quando não parece conseguir encontrar em si mesmo essa identidade que lhe faça privilegiado. Ainda que seja.
Como é complexa, dolorosa e exaustivo o processo familiar da adoção. Do abandono.
Do papel da mulher em ser cobrada pra ser mãe.
O como crianças em familias adotivas sempre acabam trilhando um caminho arduo e pessoal em busca de origem e como seus pais temem essa busca ao não compreende- la.
Como se estabelece a rivalidade entre mulheres desde a infância pela aparência ainda que sejam entre mãe e filha. E a serie ainda aborda temas como orientação sexual em idades mais velhas, consumo de drogas e desmistificações de outras consideradas. Alem de traçar panoramas socio economicos no meio de tudo isso e claro, de psicanalises interpessoais. Como afeto e confiança.
É uma serie que tem me colocado numa montanha russa de emoções e identificações bem intensas, me levando às lagrimas ora por emoção, ora por tristeza.
Pq é latente a forma que aqueles personagens e situações são palpáveis a todos nós. E devo dizer que a linguagem escolhida através da montagem que a serie adotou é genial pra nos prender interessados em cada reviravolta e novidade.
É cedo pra dizer se ela mantera seu nivel diante de tudo isso. Mas, por enquanto, this is it. E recomendo muito. Novo vicio!
Desventuras em Série (1ª Temporada)
3.9 600 Assista Agora"o alegado entretenimento que está assistindo é lamentavelmente desagradável"
"não é porque você não entende que não faz sentido."
G E N I A L!
(Primeira coisa: Não assista a essa série maratonando-a.)
Comecei a assistir "Desventuras em Série" nova produção Netflix baseada na obra de 13 livros de Lemony Snicket (pseudonimo de Daniel Handler) e que brilhantemente também assina o roteiro. O que faz toda a diferença. É perigoso, mas neste caso tal qual Game Of Thrones por exemplo, só somou.
Dirigido - criado e produzido - por Barry Sonnenfeld (família adams 1 e 2 e, que retorna ao ambiente se considerarmos a similiaridade de seus absurdos e humor), "Desventuras em Série" é um deleite para quem ama artes visuais. Para quem ama filmes conceitos e principalmente para quem ama o sarcasmo e ironia dos livros classicos do autor. Isso por que a série consegue algo que o filme com Jim Carrey tentou e pavorosamente falhou. Conseguiu recriar a atmosfera dos livros. Tarefa dificil devido a estrutura literaria dessa obra que ainda que seja infantil, possui uma complexidade de temas e estrutura tão emaranhada quanto as obras classicas que faz referencia e cita ao longo de mais de 170 capitulos em seus 13 livros.
A serie ja começa entendendo essa dinâmica so ser estruturada em forma de mini filmes em pares de dois. Essa primeira temporada possui 8 episodios que adaptam exatos 4 primeiros livros da obra. Sendo que cada livro foi adaptado em dois episódios cada. Essa estrutura de o episódio 1 complementar o episódio 2 e vice e versa é incompatível com a dinamica de streaming da própria Netflix. Pq esse ritmo exige do espectador que não se assista todos os 8 eps. De uma só vez.
Mas, que se assista de forma seriada literalmente. Talves um episódio por semana ou um a cada dois dias. Ou mesmo um por dia. Maratonar e ver tudo de uma só vez causa a sensação de repetição de temas e falas , que é a caracteristica mais forte da obra. Ela é construida pra ser assim devido a sua própria dinâmica sarcastica. Sem essas repetições os livros perdem sua força. A série idem.
Por tanto a dica mais valiosa é aprender a assistir a serie de acordo com sua proposta que ironicamente ou não te exige um anacronismo de conduta rs.
Ironia pq Desvenduras em Serie se trata de uma espécie de Steampunk e uma mistura de pulp fiction com gótico. Mesma linha dos livros foi repassada pra série. Com um flerte aqui e ali ao expressionismo alemão. Assim, não é incomum uma semelhança nas lembranças a Tim Burton ou ate mesmo aos movimentos de câmera de Wes Anderson, entre o noir e o punk. Ambientado num universo Anacrônico e particular.
Assim, diga-se de passagem temos uma direção de arte, fotografia e figurinos e designer de produção repleto de detalhes que com certeza produzirão orgasmos nos cinéfilos atentos.
É lindo notar a dinamica da logica daquele universo que a direção de arte e a fotografia compreendem. Como por exemplo em cenas em que parece que as crianças conseguirão ter um fio de esperança pros seus sofrimentos, suas roupas serem a única coisa colorida e viva em tela (vermelho, amarelo e azul) num emaranhado cinza e monocromático. Para no momento seguinte onde essa esperança se esvai, gradualmente a forografia assumir tons de sépia remontando a devassidão do sofrimento que elas se encontram.
A construção dos personagens aqui possui algo que eu como escritor me apaixonei. A logica de diferença de adultos e crianças é evidente. Mas, o que mais me chamou atenção é o protagonismo. É como se as três crianças fossem um unico indivíduo repartido em 3. Não percebi destaque a mais a um ou a outro. E nesse aspecto isso funciona.
Ha espaço ate para nos lembrarmos dos personagens iconicos da Hannah Barbera a la Dick Vigarista percebam.
Com trilha sonora do experiente James Newton Howard (de Jogos Vorazes, Malévola e Animais Fantásticos e Onde Habitam por exemplo) conseguimos perceber uma evocação constante à melancolia e desespero ou a ternura pelos acordes pontuais que ele transmite. Algo que os livros não possuem claro, mas que aqui é essencial para sentirmos a empatia necessária para aquela trama.
Com o auxílio da quebra da quarta parede constante nos possibilitando um aspecto de onipresença diante da trama através do narrador genial que é ninguém menos que a persona do próprio autor da obra, é curioso perceber que a série não se deixa perder um segundo da sua fonte. (Percebam a sutileza da tosse do Mrs. Poe por exemplo ou a crítica social dada a educação e as mazelas das classes sociais subvertidas entre vilania e bondade como algo intrínseco e não binário e dispar).
Assisti a 3 episódios e com certeza o que fica é que diferente da recomendação dada pela música de abertura, essas desventuras merecem ser contadas com afinco e fidelidade ate o final. Ainda que dê pra sentir o gosto agridoce de que não teremos um final feliz.
Recomendadissimo!
Felicity (4ª Temporada)
4.1 32Definitivamente não sei lidar com finais. De nenhum modo.
Não entendi ate agora esses últimos episódios. Mas, compreendi a intenção.
E funcionou.
Ando aprendendo que nada ocorre por acaso. Que pessoas, coisas, fatos, ideias surgem em nossas vidas não por coincidência ou destino, mas pq a vida usa isso pra nos mostrar algo que estamos deixando passar ou negligenciando. Coisas que precisamos lidar.
Quando lembrei dessa série, estava desesperado. Um limbo interno. E de repente me enxerguei em cada frase, em cada personagem, principalmente o trio central Ben, Felicity e Noel. Seus dramas, erros, medos, escolhas.
Pra agora no final, entender que não sou eles. Mas, isso é o que essa serie me fez, me fazer enxergar atraves de sua ficção minhas realidades.
Já ficará marcada como uma daquelas mais que especiais. Cheia de sofrimento e graça mas, repleta de significados por isso mesmo.
Uma das frases finais diz que é assustador completar ciclos, que é assustador encerrar as coisas. Principalmente quando nos apegamos a algo tão afincamente. Mas, é necessário.
Somente o final de algo pode trazer novos começos. E talvez seja meu momento de recomeçar com este fim.
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraMais uma serie original da Netflix, dirigido pelos irmãos Matt e Ross Duffer que pode ser classificada como um orgasmo latente aos fãs ou admiradores da década de 80.
Os Goonies, ET, Evil Dead, uma pegada de Poltergeist também (com direito ate a menininha parecida haha) me lembrou muito os filmes do John Carpenter também como O Enigma de Outro Mundo. Spielberg grita aqui.(sua fase boa ala ET - com direito ao mesmo barraco aos fundos da casa do Will, e até mesmo a icônica cena das bicicletas, mas com outro desfecho - e Contatos Imediatos de Terceiro Grau) com aquela vibe Alem da Imaginação, misturada com aspirações de Arquivo x e Stephen King. Trilha permeada por Bowie e The Clash para citar os mais evidentes.
De Dungeons & Dragons a Senhor dos Anéis, brincadeiras de RPG e Star Wars e Star Trek. Sam Raimi não fica de fora com seu Evil Dead - em todas suas sequencias. Na direção de arte temos O Tubarão, Madonna, Millenium Falcon.
Um emaranhado de referencias a cultura pop anos 80 (bebendo um pouco aqui e ali no final dos anos 70) onde a presença brilhante de Winona Ryder no elenco não é mero acaso, O que so reforça a nostalgia. No entanto não soa como copia ou repetição. Ainda que não haja nada de fato 'original'. A intenção é essa.
Desde a abertura a seus diálogos. Há muito de O Clube dos Cinco tbm e os filmes do John Hughes, no geral.
É como se a Sessão da Tarde e o Cinema em Casa inteiro se fundissem numa trama nova e independente.
(Há ate mesmo os clichês, há X Men.)
Toda a estrutura clássica esta lá. Grupo de jovens formado por uma amizade que rompe barreiras de esquisitos da escola: o líder, o engraçado, o cético, o sensível. O elemento sobrenatural. O monstro ou o problema. A menina perfeitinha que ama o popular da escola, que é seguido por babacas e patricinhas com sexualidade latente. O professor da escola nerd. Os pais que nunca sabem o que esta ocorrendo. A estrutura família americana de fachada. Os valentões. A conspiração governamental. A batalha de EUA contra os Russos.
Ao contrario do que tenho lido, não acho que haja muito de Super 8 aqui. Por um único entendimento. Super 8 de JJ Abrans pretendia retomar os anos 80 pros anos 2000. Já Stranger Things é muito mais como uma revisita aquela década. Ha diferença entre as duas propostas.
Com os últimos episódios remetendo ate mesmo a Alien, a unica falha da serie talvez seja de ritmo. Isto é: são 8 episódios muito bem distribuídos em tempo de duração de cada episodio, mas que quando compilados, soam a partir do episodio 6 como uma especie de 'vamos enrolar um pouco a trama com assuntos e diálogos que não servem para muita coisa, para batermos a cota de duração da produção'' sabe?
Claro, que os filmes dos anos 80 e 90 também sofriam do mesmo. E isso nunca importou. E o bem da verdade é que não importa fora da escala de analise técnica.
Palmas ao elenco que caiu como uma luva, como ja citada Winona renascendo diante de nós, onde somente a aparição dela em tela ja valeria qualquer coisa. Mas, o elenco infantil dá Show. Os quatro garotos - incluindo o que vive Will apesar de pouco tempo em tela - cumprem de forma primorosa a função de resgatar a inocência inteligente e de aventura cômica daquela juventude oitentista. Mas, minha consideração fica com a pequena expressiva Millie Bobby Brown que vive a hipnotizante Eleven. Com um quê de Natlie Portman em seus momentos frágeis e de Sigourney Weave em seus momentos mais "Jean Grey', a guria segura de forma convincente uma personagem trágica e intensa.
Seja pelo resgate, seja pela diversão ou emoção que trás, ou para os que não são da época, pela novidade de conhecerem uma das melhores décadas da cultura pop (a famosa minha época), a serie vale a pena. Muito. Grata surpresa.
Como nota, achei interessante como apesar do resgate oitentista, a concepção ideológica da trama é permeada de maneira bem velada com as atuais, se percebermos a força das mulheres aqui diante dos desafios que surgem, onde não ha 'a mocinha que é salva pelo mocinho'. Alias, pelo contrario. E ate mesmo a naturalidade que personagens negros surgem sem que sejam para estabelecer alivio cômico com sua etnia, ou ate mesmo a homossexualidade entrando no assunto de maneira orgânica, sem que seja tabu, foco ou exatamente demérito de nada. Ponto pra netflix mais uma vez.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KSó uma coisa: Alguém mantenha esse diretor - Miguel Sapochnik (episódios 9 e 10 ) - definitivamente como diretor oficial dos episódios restantes POR FAVOR!
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646 Assista Agora'Quando eu era jovem
E com medo do mundo
Minha mãe cantava uma canção pra mim
Uma música que eu mantenho em um lugar sagrado
Porque eu sei que minha vida não será longa
Ela fala do lugar onde você vai
Quando o seu tempo aqui na Terra acaba
Um lindo lugar que chamamos de Céu
É verdade?
Por favor, Deus, eu oro para que seja verdade!
Porque uma vez que este lugar for o Céu na Terra
Colinas verdes será tudo que se verá
Mas agora é fuligem, aço e tijolos
Por isso, se parece mais com o inferno para mim.
E cada dia traz mais e mais sofrimento
E cada noite é o silêncio e medo
E eu acordo ao som da sua voz
Mas você não está aqui
Por que não está aqui?
Então, agora eu me deito para dormir
E Peço ao Senhor para ficar com a minha alma.
Por favor, deixe-me morrer antes de acordar
Para que o Senhor possa levar minha alma;
Então talvez eu possa finalmente encontrar você
É a beleza do Paraíso!
E você não vai cantar sobre morrer, mas sobre viver.
Isso não seria bom?
Isso não seria bom?''
(e eu to chorando ate agora inconsolável pq ainda não to sabendo lidar com o fim - mesmo aceitando que era a hora de ao menos a eterna Ms Ives encontrar sua redenção)
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646 Assista AgoraE chegamos ao final de uma das historias de terror e amor mais interessantes da TV.
Penny Dreadful - cujo titulo alude à época que se vendiam pequenos contos de terror a bagatela de 1 penny - cerca de 1 centavo - para que fossem acessíveis à população mais carente - é antes de tudo uma historia sobre o horror e o amor de se viver e de se existir. De ser um ser neste mundo.
Com uma espantosa inventividade de mesclar varias mitologias e lendas do horror e terror tais como Frankenstein, Drácula, Lobisomen, Vampiros, bruxas e ate mesmo Amonet - deusa egípcia -, Dorian Gray e Dr. Jekyll - de o Medico e O Monstro -, essa serie versava sobre a busca incessante de significado dentro do horror e beleza que é existir. Sem contudo perder a coesão e a verossimilhança, e principalmente o respeito ao ode as suas obras de referencias 'originais'.
Ao longo de três temporadas e 27 episódios fomos apresentados a diversas facetas da humanidade e seus monstros, todos carregados por um paralelo a nossa realidade social e histórica, que faz jus ao por que de tais historias monstruosas nos promover fascínio por tantos seculos. Os monstros do cinema e da literatura e dos mitos e lendas sempre abrem questões que se assemelham ao nosso 'real'.
Assim, é prazeroso notar como a serie conseguiu abordar o feminismo, machismos e o patriarcado, a fé e a religiosidade, a homossexualidade, as discriminações por etnias, raças e credos, e gêneros, e sexualidades, e padrões estéticos e classes sociais de maneira efusiva e quase linear, num ritmo que nunca se perdia entre seus universos - ainda que a um primeiro momento parecesse coisa demais para pouco espaço. Com personagens femininas marcantes e independentes, inclusive uma representação grata de uma travesti que não surge estereotipada ou apenas viabilizada pelas suas tragedias, mas forte e tal qual é: um ser; a serie encontrou seu eixo, base e alma em Eva Green.
Alias, a fusão da referencia de Amunet e suas varias facetas e formas, com Vanessa Ives e todas suas inimagináveis camadas e pesos com a versatilidade e poder hipnotizantes de Eva Green formou aquele raro momento que vemos no cinema ou na TV onde a atriz e obra se fundem em algo que tende a sobreviver alem de sua própria obra. Penny Dreadful com o tempo pode ir perdendo a força, mas Vanessa Ives inevitavelmente se estendera como uma das coisas mais emblemáticas dos últimos tempos inclusive para seu gênero. Eva é Vanessa e Vanessa é Eva. Assim cremos e essa força é de um absurdo que só mesmo vendo e sentindo para entender. Ferida, arranhada, possuída, careca, aprisionada, alegre, amedrontada, assustadora, e ardente. Eva Green... só suspiros.
Todo conto precisa ter um fim, e talvez como ressalva fique a sensação de que mesmo o núcleo de Vanessa merecia uma despedida mais demorada. Igual ao final, mas talvez com um pouco mais de tempo.
Já abrindo o ultimo episodio com uma abertura temática com uma musica lamuriosa e linda, tal qual um réquiem como sua temporada foi, Penny Dreadful chega ao fim sem trair seu gênero e sua essência. Tal qual o terror e o amor, não poderia terminar de outra forma que não em sangue, dor, medo, tristeza e morte.
Deixara saudades.
Penny Dreadful (1ª Temporada)
4.3 1,0K Assista AgoraSe é pelas mãos, pelos pés eu não sei.
O que sei, é que a serie me pegou de jeito.
Construção otima de narrativa, a concepção de arte idem. Mas as atuações...em especial a de Eva Green merecem aplausos, pela dedição.
Uma historia que possui suspense suficiente para nos prender em sua trama, que possui terror na medida certa para nos manter desconsertados, e que possui seu requinte e magia a ponto de nos fascinar.
Porque o roteiro e a direção mostraram que o interesse não é tirar o sono, mas sim demonstrar a fragilidade dos inadequados no mundo em suas proprias historias de horror. E isso merece atenção.
A resposta da Srta Ives eu não sei, mas a minha com certeza é: sim eu quero ver como sera essa continuação.
Venha season 2, venha Mrs Chandler ( e ca entre nós, Mr Malcon e Dr. Frankenstein tbm pq..=X) que lhes espero <3
Orphan Black (1ª Temporada)
4.5 923 Assista AgoraMEUS DEUS!!! PUTAQUEPARIU NO PASSO DA MISERICÓRDIA!
Que serie desgraçadamente boa men!
gente, to em crise hahaha
Fui assistir a serie de maneira despretensiosa. Inclusive, postei que foi por indicação e que peguei-a para passar o tempo, pura diversão.
NO ENTANTO; me surpreendi. E da melhor e mais brusca maneira possível, ao constatar como ela evoluiu ironicamente naturalmente para uma complexa e eficaz trama narrativa que não só propõe um estudo de personagens e reflexão acerca da criação genética - e nessa, criar alegorias de analogias com nossas próprias vidas individuais, fragmentadas em prol de um padrão social que buscamos para criar aceitação aos olhos do Outro, - mas tbm consegue manter um ritmo coerente e sempre 'pra frente', sem se perder em clichês esperados alias, ou em soluções fáceis de gênero.
Com isso temos um roteiro bem estruturado e com uma atuação INACREDITÁVEL de uma atriz desconhecida - por mim ao menos - mas que brilha, marca, impressiona, chega a assustar devido ao controle total que tem das varias personas que precisa assumir. dotando não só características emocionais e detalhistas particulares para cada uma, mas oferecendo uma atuação consistente e 'real' diante daquela ficção exposta.
Alias, creio que o maior mérito da serie tirando esses aparatos analíticos é justamente doar uma verossimilhança tão plausível aquela ficção, capaz de tornar real cada ação, cada situação, sem nunca questionarmos o fator 'isso é possível'? diante da trama. Tudo ali é palpavel. Aceitamos de imediato aquela realidade exposta, e isso é mérito das atuações e na elaboração sensacional de um roteiro e direção segura que compreende um conceito humano que a maioria das produções do gênero esquecem.
Mano, é de ficar na ponta do sofá a cada episodio, de rir de se acabar com as loucuras neuróticas da Allison, morrer de amores pela inteligencia descolada da Cosima, Torcer pela coragem de Sarah, vibrar pela anti heroína (daquelas FDP tipo Bellatrix Lestrange sabe?) que são uó mas a gente ama justamente por serem loucas e psicóticas, de rir de se acabar e se divertir pela bixa loca do Felix e seus comentários, ou mesmo se admirar pela Integridade do detetive Art, - ou ter orgasmos a cada aparição do 'tudibom' do Paul (em toda sua dualidade).
Uma serie que já me marcou, ja me conquistou e que to aguardando ansioso a 2° temporada.
Sou um 'ORPHAN' TBM A PARTIR DE AGORA ^^
ps: Repararam que escolhi não analisar/fazer critica como geralmente faço, por tanto indico essa critica analitica com a qual concordei bastante >> http://omelete.uol.com.br/series-e-tv/orphan-black-1-temporada-critica/#.Uyc6E6hdUrI
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista AgoraTerminei haha Vamos as considerações finais:
True Detective como eu suspeitava desde o pilot(alias, não era suspeita, foi avaliação mesmo, afinal a base, a estrutura dele ja denunciava isso) é MUITO BOA, mas não, não é sensacional ou mega foda. O problema dela é se superestimar demais por vezes. Algo que convence o publico mas não vinga sempre. Porem o acerto dela é que ela por saber disso, que se elava a serio demais, é apresentada e conduzida muito bem em apenas 8 episódios, ou seja; não cansa, não chega a presunção e termina sem surpresas mas bem.
O melhor momento da serie ficou por conta do plano sequencia do episodio 4 ( que comentei ali >> https://www.facebook.com/will.augusto/posts/693807170657485?stream_ref=10 ) onde ela sintetize o que tem de melhor "estudar personagens''.
falar de atuação é desnecessário quando é visível a dedicação dos atores envolvidos - todos - principalmente de Matt e Woody e seus respectivos protagonistas Rust e Marty.
O ponto negativo como já disse é a escolha de usar o dialogo (monologo) de Rust para tecer a base de pensamento da narrativa ao invés de confiar apenas nas imagens para isso. Em resumo ele tem momentos de voo pleno, mas que balançam por justamente ele sempre se lembrar que é um produto televisivo e não cinematográfico, em uma narrativa que tem características fortes de cinematografia. rs
(a tal peruca de caracterização do Marty no passado me incomodou a jornada toda em que esteve ali impecável absurdamente. )
Mas no geral é sim uma boa serie que merece méritos por ter sido bem escrita e ter utilizado pontualmente artifícios bem singulares para compor a complexidade das ações, índole e manejos de seus personagens.
Como disse no inicio >> https://www.facebook.com/will.augusto/posts/693335480704654?stream_ref=10
A serie não é sobre o assassinato e o possível serial killer, a serie versa sobre a luz e as trevas que cada um de nós possui, e sobre a estrutura moral da sociedade que se esconde atrás de conceitos de certo e errado, calcados entre Poder, (hierarquia) e Crença (Religião) mas ambas, ao invés de estarem submetidas a Justiça e Fé, acabam calcadas ate hoje sob a base do Medo.
True detective fala sobre isso. O caso de assassinato pouco importa. As cenas de ação, pouco importam (mas são bem conduzidas), o que interessa é ate que ponto cada ser humano ali é totalmente inocente, sincero e 'de luz'.
Ando numa felicidade sem tamanho com a TV no sentido de suas obras audiovisuais produzidas. Há uma ousadia e liberdade que esta começando a ficar em falta no cinema mainstream. Que a TV continue assim e o cinema reaprenda a não involuir mais.
Mildred Pierce
4.2 168 Assista AgoraExiste Veda rosca, mas existem tbm VEDA VACA! geente faz dois anos que assisti a essa serie sensacional (estou para conferir o filme mas ainda não consegui ver) e não tem jeito cada vez que me lembro da historia um pensamento de odio surge: VEDA BITCH!
acho que nunca tive tanta aversão a um personagem como tenho dela hahahahaha
no mais: vou rever ♥
Will & Grace (2ª Temporada)
4.4 33Olha o Will (meu xará - em todos os sentidos =X ) e a Grace que me perdoem, mas:
Karen >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>. Um Infinito todo >>>>>>> Jack >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Will & Grace.
Porque olha; não ha UMA cena da Karen que não rolo no chão de rir. ♥
Orange Is The New Black (2ª Temporada)
4.4 877 Assista Agoraalguem sabe de informações atualizadas sobre a estreia ou andamento das gravações dessa segunda temporada? como alguma data de estreia por exemplo, confirmação de elenco e tal?
ansioso!
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista Agora((contem spoilers no link.))
precisei escrever apenas observações sobre, para tentar manter a sanidade.
Mas uma coisa consigo e preciso dizer: OBRIGADO! Obrigado Breaking Bad!
E "Always Remember YOUR name" BITCH! s2 HISTÓRICO!
Minha postagem no meu blog com efeito, repito, apenas de observação e comentário de um fã e estudante de cinema que esta ainda maravilhado com o momento que presenciou na historia do Cinema e da TV do Mundial. http://criticofilia.blogspot.com.br/2013/09/breaking-bad-series-finale-felina.html
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraJá compartilhei, já dei a dica, já exaltei, já tentei de todas as formas demonstrar a importância do que esta acontecendo atualmente na televisão; uma mídia considerada inclusive por mim morta ou ao menos em estado de latência, de zumbificação, e que mostrou a 5 anos atrás que ela estava prestes a se transformar. Hoje chega ao fim o que muitos já consideram e inclusive eu, o fim da 3° Grande Era de Ouro da televisão Mundial. Mas ao mesmo tempo, se inicia uma verdadeira revolução não só na mídia televisiva, mas possivelmente nas mídias Virtuais e do própria cinema, inclusive como industria para suprir a demanda de qualidade que essa serie trouxe.
Sucesso de Critica e publico, que é de longe o menos importante para descreve-la.
A TV mudou. E mostrou que não é mais uma inimiga do Cinema como demonstrou ser por anos. Mas hoje ela mostra o fim do que provou que ela se igualou em todos os sentidos a tela grande, ao Cinema com letra maiúscula, e que é uma aliada na evolução dessa Arte. Que só acontece quando se compreende ela e se respeita acima de tudo.
Hoje o dia amanheceu mais triste para mim e milhões de pessoas e profissionais da área de comunicação áudio visual, mas ao mesmo tempo to mega orgulhoso de poder fazer parte desse momento histórico de nosso tempo junto com o restante do Mundo.
Venha Breaking Bad, venha terminar sua Era, definir seu legado futuro e me fazer morrer de saudade e excitação como só vc fez em sua mídia a muito tempo.
Vem me fazer chorar e gritar, e me fazer confirmar mais uma vez: EU AMO CINEMA!
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraConsiderações breves:
Sobre Breaking Bad S05E15 - Granite State
Neste penúltimo episodio da serie que ja se tornou marco na historia da televisão, podemos ver a desolação de um homem, em seus últimos vestígios como cidadão, e o inicio completo de sua transformação num monstro incalculável.
Chega a parecer injusto depois de Ozymandias este Granite State. Se no domingo passado vislumbramos os limites da tensão que uma serie pode causar ao mostrar a explosão de uma sucessão de dramas irremediáveis, aqui dessa vez experimentamos com coerência a Apreensão de tudo o que aprendemos a nos apegar caminhando para um final quase certo mas de proporções devastadoras.
Fica claro o destino de Walter White, alias de Heisenberg. Creio que vimos um funeral nesse episodio, embebecido com whiske simples e puro numa taverna mal iluminada nos confins de gelo.
Não ha mais o Novo México ensolarado. O que temos agora são camadas de frio e gelo num futuro próximo de dor, vingança, sangue e fim.
E isso só prova mais uma vez a competência e excelência dessa serie fantástica. Seus criadores não só demonstraram que ao longo desses 5 anos entendem como funciona o cinema e sua arte como um todo, mas principalmente demonstraram com esse penúltimo episodio que antes de qualquer coisa, eles respeitam a sagacidade e mentalidade de seus telespectadores e admiradores.
Coisa rara de ser ver na televisão global - inclusive a nacional-. Breaking Bad ao contrario de muitas coisas na televisão, não nos subestima, e só por esse feito, a sensação que fica é que não importa realmente como acabará esse marco áudio visual televisivo na próxima semana. Não importa realmente de que maneira se dará os créditos finais. Porque a certeza que se tem é que o respeito a arte se manterá, e só por isso, Breaking Bad merece todos os aplausos do mundo, de pé e com uivos de enaltecimento.
Que venha Felina dia 29 de setembro de 2013 às 22 horas da noite. Que venha. Ainda que eu ache que será um dos momentos mais chocantes que vimos ou veremos esse ano!
Breaking Bad (4ª Temporada)
4.7 1,2K Assista AgoraRestam apenas cinco episódios para o fim – e estes três últimos exibidos foram particularmente brilhantes – um momento difícil para criadores e fãs, mas ainda assim inevitável, nas palavras do próprio Vince Gilligan. Não é exagero dizer que ele deixará um legado no mesmo nível, ou ainda maior, do que David Chase fez com “The Sopranos”. A próxima década do audiovisual terá “Breaking Bad” no seu encalço, com comparações e lembranças, para o bem ou para o mal. Caberá aos estúdios, emissoras e criativos seguirem essa trilha, onde a ousadia é premiada com sucesso e a certeza de que os espectadores estão preparados para ela.
sensacional analise que remonta TODO AS as principais series de tv e afirma com razão: BREAKING BAD revolucionou a televisão mundial!
http://www.brainstorm9.com.br/40337/entretenimento/breaking-bad-regras-televisao/?utm_source=feedly
não ha spoilers fiquem tranquilos.
Breaking Bad (1ª Temporada)
4.5 1,4K Assista Agoratexto SENSACIONAL que não contem spoilers. que deixa claro de uma vez que mesmo analisando TODAS as principais series de tv ( da hbo. fx, warner, amc) BREAKING BAD transformou o nivel de televisão! vale a leitura >> http://www.brainstorm9.com.br/40337/entretenimento/breaking-bad-regras-televisao/?utm_source=feedly
O fato é: Quando o último episódio da série for exibido, em 29 de setembro de 2013, não importa se você acompanhou ou não a saga de Walter White e sua família – e nem qual seja o aguardado destino dos personagens – o sarrafo das produções televisivas terá atingido o seu ápice. Pode-se até argumentar que muitos outros programas ainda estão em andamento, e tantos ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do show da AMC terá impactado as indústrias criativas de forma indelével.""
Breaking Bad (3ª Temporada)
4.6 839estamos vivendo a 3° grande Era de Ouro da televisão Mundial com Breaking Bad? SIM!
texto sensacional que não contem nenhum spoiler!
http://www.brainstorm9.com.br/40337/entretenimento/breaking-bad-regras-televisao/?utm_source=feedly
"Lá no primeiro parágrafo, eu disse que encheria um pouco mais o saco de quem ainda não assiste a série. Mas não quero fazer através dos argumentos desse longo texto. Eu poderia até dizer que é obrigação de quem trabalha com comunicação e nas indústrias criativas em geral e ponto final, mas não, não assista porque é rotulado de canônico, de fundamental ou de o melhor drama da TV.""
O fato é: Quando o último episódio da série for exibido, em 29 de setembro de 2013, não importa se você acompanhou ou não a saga de Walter White e sua família – e nem qual seja o aguardado destino dos personagens – o sarrafo das produções televisivas terá atingido o seu ápice. Pode-se até argumentar que muitos outros programas ainda estão em andamento, e tantos ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do show da AMC terá impactado as indústrias criativas de forma indelével.""
Breaking Bad (2ª Temporada)
4.5 775Todo mundo tem um amigo que um dia (ou todos os dias) repetiu exaustivamente que você deve assistir “Breaking Bad”. E não é uma simples recomendação, inclua aí doses de histeria: “assista logo!”, “é a melhor série!”, “quem não vê está por fora!”, “se você não assistir sua vida não terá sentido!”, e outras alegações do tipo. Um comportamento talvez, só talvez, um pouco exagerado, e que virou motivo de piada, tipo fã do Iron Maiden, mas que tem fundamento. Eu mesmo fui influenciado assim, e passei os últimos anos recomendando de forma pouco controlada para quem ainda não assistia/assiste, sem vergonha de ser chato. Peço desculpas se fui irritante, mas me dê licença para ampliar o discurso a partir de agora.
http://www.brainstorm9.com.br/40337/entretenimento/breaking-bad-regras-televisao/?utm_source=feedly
texto sensacional que não contem nenhum spoiler!
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista Agoraputa texto sobre TODAS as principais e melhores series na evolução da tv que afirma ao perguntar: estamos vivendo a 3° grande Era de Ouro da televisão Mundial com Breaking Bad? SIM!
""Todo mundo tem um amigo que um dia (ou todos os dias) repetiu exaustivamente que você deve assistir “Breaking Bad”. E não é uma simples recomendação, inclua aí doses de histeria: “assista logo!”, “é a melhor série!”, “quem não vê está por fora!”, “se você não assistir sua vida não terá sentido!”, e outras alegações do tipo. Um comportamento talvez, só talvez, um pouco exagerado, e que virou motivo de piada, tipo fã do Iron Maiden, mas que tem fundamento. Eu mesmo fui influenciado assim, e passei os últimos anos recomendando de forma pouco controlada para quem ainda não assistia/assiste, sem vergonha de ser chato. Peço desculpas se fui irritante, mas me dê licença para ampliar o discurso a partir de agora.
O fato é: Quando o último episódio da série for exibido, em 29 de setembro de 2013, não importa se você acompanhou ou não a saga de Walter White e sua família – e nem qual seja o aguardado destino dos personagens – o sarrafo das produções televisivas terá atingido o seu ápice. Pode-se até argumentar que muitos outros programas ainda estão em andamento, e tantos ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do show da AMC terá impactado as indústrias criativas de forma indelével.""
texto sensacional que não contem nenhum spoiler! VALE A LEITURA! >>
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