O diretor Pablo Trapero acerta em nos colocar dentro da intimidade da familia Puccio, de forma que o espectador se torna quase um intruso observando de perto tudo que acontece, trazendo assim a tona uma narrativa que sabiamente não aponta o dedo pra nenhum personagem, com excessão talvez do pai Arquimedes, a câmera do diretor aqui não é usada para julgar ninguém, ele deixa esse papel para o público, e é sempre bom quando isso acontece. Tecnicamente o filme é muito bom, o uso da música é excelente e evoca uma carga de energia que contrasta de forma interessante com o tom mais seco e duro do filme, é um filme pesado mais que graças a direção estilizada, não cai em momento nenhum pra morbidez típica de filmes sobre crimes desse tipo... Outro fator que chama a atenção na hora de avaliar esse filme é a forma como a Argentina daquela época é retratada, parece de verdade um filme feito nos anos 80, e não um filme atual retratando o passado. Guillermo Francella esta muito bem como o pai, mais o show aqui foi do Peter Lanzani como Alejandro, o personagem vive uma dicotomia terrivel e esse peso que ele carrega pode ser visto no olhar do ator durante todo o filme, o final abrupto e pessimista sintetiza isso de forma perfeita.. Nota: 8,4
O diretor Pablo Trapero acerta em nos colocar dentro da intimidade da familia Puccio, de forma que o espectador se torna quase um intruso observando de perto tudo que acontece, trazendo assim a tona uma narrativa que sabiamente não aponta o dedo pra nenhum personagem, com excessão talvez do pai Arquimedes, a câmera do diretor aqui não é usada para julgar ninguém, ele deixa esse papel para o público, e é sempre bom quando isso acontece. Tecnicamente o filme é muito bom, o uso da música é excelente e evoca uma carga de energia que contrasta de forma interessante com o tom mais seco e duro do filme, é um filme pesado mais que graças a direção estilizada, não cai em momento nenhum pra morbidez típica de filmes sobre crimes desse tipo... Outro fator que chama a atenção na hora de avaliar esse filme é a forma como a Argentina daquela época é retratada, parece de verdade um filme feito nos anos 80, e não um filme atual retratando o passado. Guillermo Francella esta muito bem como o pai, mais o show aqui foi do Peter Lanzani como Alejandro, o personagem vive uma dicotomia terrivel e esse peso que ele carrega pode ser visto no olhar do ator durante todo o filme, o final abrupto e pessimista sintetiza isso de forma perfeita.. Nota: 8,4