Idealizadora de um modelo progressista e pioneiro na educação pública brasileira, os Ginásios Vocacionais, instalados na década de 60 em São Paulo, Batatais e Americana, a educadora Maria Nilde Mascellani (1931-1999) procurava a formação multidisciplinar de alunos que fossem, também, sujeitos de sua história. Para isso, as escolas funcionavam sob uma filosofia que unia projetos interdisciplinares e viagens de estudo, promovendo uma intensa participação dos alunos, sempre estimulados a se expressarem sobre todas as questões. Brutalmente interrompida pela ditadura de 1964, que perseguiu e chegou a prender também a educadora que a criou, a experiência das escolas vocacionais é relembrada e reavaliada por seus antigos professores e alunos, entre eles, o próprio diretor do filme, Toni Venturi.