Uma câmera estática flagra, em tempo real, uma cena urbana, seguindo as reações de um grupo de pessoas a uma tragédia em plena rua, em espaço público. Pessoas param, olham, intervêm. Ou não percebem nada, continuando sua rotina inalterada. A espera de providências, o vai-e-vem, a curiosidade, a surpresa, a exasperação, os sons da rua, a expectativa, tudo isso entra na composição de um filme que se identifica com a onipresença e a impessoalidade de uma câmera de segurança, mas cuja intencionalidade flagra de longe mas de maneira profundamente reveladora um estado de coisas de uma grande cidade, de um país e de uma época.