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Nagisa Ōshima

Nomes Alternativos: 大島渚

183Número de Fãs

Nascimento: 31 de Março de 1932 (80 years)

Falecimento: 15 de Janeiro de 2013

Kyoto - Japão

Nagisa Oshima foi um diretor e roteirista japonês, de família descendente de samurais originários de Tsushima. Passou a primeira infância em Okayama, no Mar Interior do Japão. Com a morte do pai, em 1939, instalou-se com a mãe e a irmã na casa dos avós maternos em Kyoto. Seu interesse literário e teórico, que mais tarde iria caracterizá-lo como cineasta "intelectual", começou em casa, onde dedicou-se à leitura da vasta biblioteca herdada do pai. No ginásio, participou de grupos de teatro amador e atividades literárias.

Em 1950, ingressou na tradicional Faculdade de Direito da Universidade de Kyoto, onde continuou atuando em grupos de teatro como ator e diretor, além de integrar o Zengakuren, centro acadêmico estudantil, na época sob influência do Partido Comunista. Em 1954, logo após formar-se, ingressou na Shoshiku como assistente de direção, trabalhando com Hideo Ohba, Yoshitaro Nomura, Masaki Kobayashi. Enquanto aguardava a oportunidade de tornar-se diretor, fundou com outros companheiros a revista "Sete Pessoas" (Shinchinin) e a seguir "Roteiros" (Shinariosu), na qual jovens assistentes de direção publicavam seus roteiros de filmes.

Exercitava-se também na crítica, publicando artigos na revista "Crítica de Cinema" (Eiga hihyo). Em 1959, dirigiu seu primeiro filme de ficção, "Cidade do Amor e da Esperança". Os três filmes seguintes, "Juventude Desenfreada", "Túmulo do Sol" e "Noite e Névoa do Japão", de forte conteúdo político, desagradou a direção da Shoshiku, e Oshima, depois de um rompimento ruidoso com a empresa, fundou com outros colegas a produtora independente Sozosha.

Na mesma época, casou-se com a atriz Akiko Koyama, intérprete em muitos de seus filmes. Apesar das dificuldades econômicas, manteve uma produção contínua de obras originais e de conteúdo polêmico, seja pelos ataques à sociedade japonesa, como "O Enforcamento" ou "Cerimônias", seja pelas ousadias no campo erótico, como "Maníaco à Luz do Dia" e "Canções Lascivas do Japão".

Em 1960, Oshima lança "Juventude Desenfreada", a partir desse filme sua obra passa a ser comparada com obras estrangeiras. Foi estabelecido um paralelo entre a nouvelle vague francesa e os filmes dos novos diretores japoneses que haviam acabado de surgir. Relação coerente já que realmente ambos cinemas apresentam características parecidas sendo cinema de autor (em são deixados de lado os velhos formatos e gêneros, impostos pelas grandes produtoras), subvertendo os cânones formais e campo temático. Especificando mais tecnicamente, são características comuns: Montagem descontínua (cortes bruscos, elipses narrativas), pouca profundidade no perfil psicológico dos personagens, diálogos rápidos e ações dinâmicas.

Oshima absorve a idéia de cinema de autor , mas com uma concepção própria. Ele desenvolve um método chamado "negação de si", que consiste em: Se o segundo filme for feito com método igual ao utilizado no primeiro, então estes não serão mais subjetivos - ativos, ele estará apenas repetindo métodos já inventados. Portanto, estes agora não são mais naturais e sim, rígidos e impessoais e com isso , passa a não haver mais diálogo entre o autor e o espectador.

Para Oshima, todo autor deve manter um contato com a realidade de modo a influir nela e deixar-se influenciar por ela. Seguindo essa linha de raciocínio ainda completa que quando há num roteiro, forte confronto com a realidade são descobertas novas imagens.

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