Brad Pitt absorvendo uma persona à lá Robert Redford. De quebra, embates com seymour Hoffman, se a fita não agradar a massa, a mim agrada. Sou fã assíduo de grandes personificações. E Pitt é sempre foi um intérprete vivaz. Acima de cruise e baixo de Di Caprio. Great Fact.
Primeiramente localize-se em uma projeção Pós-guerra. Na sua realidade temporal. E avistarás que não trata-se de uma película “datada”. Assim como Ladrões de Bicicleta, estamos num período primordial da História e do cinema. Policiais corruptos da idade moderna eram os Al Capone’s e Jesse James da vida, em outrora. Well... Bradando vigorosamente em “som e fúria”: Olhe mãe estou no topo do mundo. O Cod Jarret de Cagney atinge a cúpula de seu desejos, ou melhor, de sua mãe. E como se saiu? Nada bem. Da ascendência a decadência em microssegundos somos impelidos a um carrossel de fases temporais neste famigerado fecho apoteótico, tal apoteose acerca das derradeiras é peculiaridade na filmografia de Raoul Walsh, onde seus finais lineares só acentua a grandeza de sua películas. Ainda assim, a morte é significativa e trabalha em pró da fuga e amparo de suas vidas. Ao final, transbordando histericismo da psique atordoada, Jarret e seu imortal bordão-clímax jogou de ponta-cabeça os remates, dando ponto de partida naqueles “finais de ópera inenarráveis”, num mainstream onde; Carlito’s way, Scarface’s, Departed, ... Só adentra de supetão. Trata-se de uma storyline em tom de semi-documentário, ilustrando a dubiedade da psico de Cod Jarret, em casa o herói da mamãe, nas ruas sua street cred insana, deixa-o rotulado pela alcunha de Inimigo publico. A espinha dorsal de White Heat é James Cagney. Sua performance cheia de visceralidade e histrionismo é o puro sopro de vida ao gangsterismo personificado. Bem... É flertes incessantes do histrionismo e a verossimilhança haibituais no cinema da Old Hollywodd. É gangster-movie-noir em seu estado mais abrutado. É fita de gangsterimo compatível as lentes do P&B. finalizando, é Walsh arquitetando final de ópera.
Esqueça Citizen Kane, Academy awards não é sinônimo de justiça.
“Anos-luz do western,” John ford vai ao cerne do gênero cabalmente da mesma forma. E dá-nos outra dádiva cinematográfica. Cinema de purissímo deleite, coibido de fotogramas com roupagem onírica, entretanto, a familia idealista, o melodrama por excelência, as seqüências agridoces, é só a cereja do bolo, tratando-se de onirismo. Toda pieguice é préstima. John Ford, em sua onisciência exerceu a difusão de gêneros em outrora. Tal dicotomia é sinistra. Contemplei-o no grandioso TCM , pena o Rubens... na temporada do Oscar eu já programo sem áudio, pois o que mais interessa-me são os mash-ups. Ao final, misterpiece como qualquer outro western de sua filmografia. A plasticidade do onisciente ford passeando em gêneros exala com distinção o potencial do cara na Old Hollyhood. Ladies an gentlemens, Ford é daquele páreo de Hawks, Scorsese, Ray, Stevens, Kubrick,... Enfim, quando How Green Was My Valley dar aquele laço na garganta, pelo sentimentalismo e o pieguismo , àquele lugar-comum do melodrama, os numeros musicais agridoces e merecedores de um musical soberbaço daqueles, Toda a técnica de Ford, fará um desmedido sentido.
Os Coens patentearam e salientaram a ‘TragiComédia’ com “Raising arizona”, e com grandiloqüencia o congênere “Big Lebowski” definiu este, injetando a famigerada aura escalafobética na camada do verniz de humor-negro refinado. Filtrando uma porrade de índices que veneram o Cinema em sua vastidão, sendo justapostos de peculiares “insights sobre a 7° Arte” da filmografia dos Coens. Nessa acepção, “Big Lebowski” é a obra-prima dos Coens. Toda a habitual fórmula de passear por gêneros é cabal. Uma sinergia que sucede na carreira dos dois brothers. Desfilando uma congruência de gêneros. Seja retorcendo-os, subvertendo-os e estabelecendo-os um outro patamar respectivamente. Costurado por um roteiro, chovendo Obras de Raymond Chandler e a elite dos noir’s – encaixado nos moldes Coenianos. Provavelmente algumas conversações ficará martelando em minha cachola-afetiva eternamente. ... nothing changes.
Em plena LA[capital do “cinema industrial” onde a meca Hollywoodiana se encontra], Big lebowski é rodado. Mas é a velha questão, cinema é “Arte” ou “Industria”? É Industria. E sempre foi em outrora desde os Brothers Lumière, entretanto, às execeções ocorre. Crêr que, películas tem que exibir “pedigree” – bulshit - é a maneira do pateta apreciá-la. Tratando-se de uma fita com ecos provinciano do famigerado western e perdura ao longo da obra pela narração em off – ou em on? –, cristalizado no vocal bizarro de Sam Eliott. A steadicam Coeniana percorre a terra ianque árida do velho oeste e desvenda o o complexo urbano, no qual situa-se o “microcosmo meio que hippie de Lebowski”. Eis as duas terras yankees. E a idiossincrasia antagônica. Nada de critica mordaz a América, a propósito, até que somos impelidos a um discurso frouxo de Walther quanto à velha terra norte-americana, entretanto, agora encontra-se sem voz de autoridade quanto à violência. A falência da América orfã de todo e qualquer discurso. Mas é claro é neo-liberalismo. Nada como cutucar as mazelas politícas em pró do escárnio da desgraça vivida. A fita inicia o ganho de "corpo cômico" com essa teoria de: “anti-América”. Todavia, sem nenhum quote de seriedade.
Sustentado por um mural de colagens monumentais os tributos vai se alastrando em Big Lebowski. Ora por narrativa emaranhada e caótica com armação de “Fargo”. Ou então, os maneirismos de “Easy Riders”. Extraindo o verniz das Shit Happens tarantinescas. Somos compelidos a fetiches Kubrickianos, que remete lá em Lolita. Two Femme fatales. Ben Gazarra com roupagem de “Boomaker Chinês”. Uma fita que sustenta-se, em paridade do próprio chafariz de “Pulp Fiction”. ‘The dude’, uma de minhas personas cinematográficas prediletas. Brigdes com seu cara “bon vivant” até a medula, sendo o derradeiro dos hippies não se contenta em absorver a personalidade do cara, em uma performance documental. A Cada devaneio hipongo, as cenas de antologia Coeniana é vista em amplitude.
Por fim, Big Lebowski é a vertice do cinema dos Coens e os Brothers é a vertice do humor-negro. Bem, é steadicam frenética deslizando em pista vintage de bowling. É cinema de outro patamar. É strike na filmografia Coeniana. “Nobody fuck with the Coens”
conversações deste naipe, ficará martelando em minha filmoteca-afetiva eternamente. Um Sopro de vida Scorseseano que permanece intacto no cinema de seu discípulo, Tarantino. Um dos maiores gritos de gangster movie indie na new Hollywood. Marromeno a spin-off em diálogos e soundtrack rocki'n de Reservoir Dogs.
Johnny Boy: Hey, why don't you lower the jukebox, I can't hear nothin'. 'Clams': Hey, the girls like the music loud. Johnny Boy: Girls. You call those skanks girls? Joey 'Clams' Scala: [to Charlie] Hey, what's a matter with this kid, huh? Johnny Boy: Hey, there ain't nothin' wrong with me my friend, I'm feelin' fine. Charlie: Keep your mouth shut. Johnny Boy: You tell me that in front of this asshole? Joey 'Clams' Scala: Alright, alright, we're not gonna pay. We're not playing. Jimmy: But why? Joey, we just said we were gonna have a drink. Joey 'Clams' Scala: [Joey interupts] We're not payin', because this guy, this guy's a fuckin' mook. Jimmy: But I didn't say nothin'. Joey 'Clams' Scala: And we don't pay mooks. Jimmy: Mook? I'm a mook? Joey 'Clams' Scala: Yeah Jimmy: What's a mook? Johnny Boy: A mook, what's a mook? Tony DeVienazo: I don't know... Johnny Boy: What's a mook? Jimmy: You can't call me a mook! Joey 'Clams' Scala: I can't? Jimmy: No... Joey 'Clams' Scala: [pause] I'll give you mook! [punches Jimmy in the face]
Toda a idiossincrasia do Frankenstein ao pathos é "quebrado" num dos grandes momentos da antologia do cinema e no gênero horror. No momento, em que Boris Karloff com seu imortal Frankenstein, avista o espectro da noiva à primeira em espécie de algo matrimonial. Seqüencia estarrecedora, ensurdecedora... Elsa lanchester em caracterização sinistra desde o "voice e overactinc de birds" aos cabelos egípicio que - sem direito a flerte [risos] -, ao vê-lo ela sente repugnância. Verdadeiros icones do trash gótico.
... Como dito logo acima. Como um bom horror o tempo só transformou-o em uma fita burlesca."
A seqüência do episódio "Be Black, Baby" com uma atmosfera teatral brechiana, arrepia. Comprova a meutter-en-scène depalmaniana. Em totalidade, a verossímilhança histérica do drama em flerte com o teor cômico. O melhor da projeção é esse episódio, um experimento da teoria inter-racial. O white torna-se black.
Frisando que é algo bem primordial. De tudo mesmo. Injeta-se Hitchcock, um tanto quanto inverossímil e um pouco frouxo, mas quem se importa? A pelicula é Verossímil. De Palma, tough guy. Desce a barra de rolagem e verás: De Niro EM PONTO DE PARTIDA DE SUAS PERFORMANCES VIVAZES.
“Crônica de Olphüs à fronteira do amor platônico, a paixão arrebatadora, o autêntico amor desditoso. E no conjunto dessa história cinematográfica.”
Gênero malhado à beça o melodrama, não? Porque? Pelos extensos clichês na duradoura história do cinema, sobre o amor. Quem disse que o amor não é clichê? Todos nós amamos ou amaremos. Contudo, há uma fita de Olphüs que não podem malhar, “Letter From an Unknown Woman”. Um misterpiece em qualquer acepção: Seja artisticamente, ou tecnicamente esquiva-se em qualquer aspecto de defeitos, furos...
A câmera de Max em momentos da adolescência de Lisa – especialmente - é subjetiva. Closes idem. Para compor os longínquos passeios imaginários e fantasiosos no pais das maravilhas dessa paixão idealizada de Lisa. Pura ILUSÂO. Enquanto Stefan tem todas sob redor, Lisa sofre amargamente. A estilografia de Olphüs em sua narrativa: Com flashbacks elegantíssimos é vibrante, é hipnótica, é concisa é muito mais.
A pungente cena da Lisa fantasmagórica atrás daquela “porta-com-efeito-dejà-vu” – mais um dos objetos - dejà-vu dessa trama - estará desde já em nossas filmotecas afetivas. Melodrama por excelência. Uma tristeza sem melô. Um Nó garganta daqueles. A síntese do verdadeiro amor nas mãos de Olphüs.
Scorsese, eu e uma miríade de cinéfilos tem como um dos filmes preferidos.
“Ode ás duas bandas maravilhosas visualmente instigante”
Cliente : Aqui cheira a merda! Lourenço : É do Ralo ali. Cliente : Não é não... Lourenço É?! O cheiro vem do ralo ali. Cliente : O cheiro vem de você! Lourenço : Não amigo, é que tô com um problema no banheiro aqui, oh! Cliente : E quem usa esse banheiro? Lourenço : Eu. Cliente : Quem mais? LOURENÇO : “Só eu.” Cliente : Então... De onde vem o cheiro?!
Lourenço fede. E teme. Pois, literalmente ele é um “king of shit”. Esse tal cheiro do ralo é odor em concomitância de suas ações. Em jargão lacaniano ele esta na categoria mais baixa – cunho anal, diria Freud. Uma persona arrogante, gananciosa, fria e sua ótica de hobby na vida é a metonímia: “Bunda-estranha-sem-nome-que-vale-money”. Um reizinho de merda, que só pelo fato de adquirir para sua loja de artigos usados, itens contendo valores pessoais do povinho – pro Lourenço -, que valem nada mais que míseros merréis. Tudo e todos tornam-se barganha, na cachola de Lourenço. E por pensar que tem ares superiores aos outros profere merda. Só merda – pejorativamente mesmo. Verborragia transformou-se em cheiro de ralo do Lourenço. Ostracismo nele? Não, nós temos um Lourenço em nosso lado obscuro, acredite. Um cara escrotaço de tudo, não? Sim. Todavia, “O Cheiro do ralo” grita em um tom nivelado ao lado das cinematografias Lynchiana. Acerca de, nós meros humanos, com desejos pra lá de insalubres,... Insalubridade essa que contém uma “carga hardcore”, (não diria digna) de Abel Ferrara.
“HUMOR NEGRO DE DHALIA VS. CARGA HARDCORE DE FERRARA E LYNCH”
Em dado momento somos impelidos em uma das cenas mais constrangedoras de nosso cinema nacional. Lourenço vê-se em solidão, e, seus desejos a flor-da-pele, gritando por uma punhetagem com a mulher-diabo - risos. Poderia, com facilidade equiparar-se àquela carga hardcore de Ferrara em “Vicio frenético”, no qual Harvey Keitel em êxtase do inferno em sua vida parte para um “5 a 1”. Onanismo baixo. Contudo, eis uma ‘cena hardcore, sendo atropelado por um humor-negro habitual de Dhalia’. Salva-se Dhalia de baixaria, e, em vez de nos sentirmos coagidos, soltamos sonoras gargalhadas. É aquele antigo e bom jeito de dizer a verdade na brincadeira, no cinema não foge à risca. Ou Melhor, Dhalia não foge a risca.
Lourenço requer um sentido em sua vida, e como um mendaz do nível de Frank Abganale ‘monta’ um pai-pastiche: “O Frankenstein de Lourenço”, com intuito de compreender seus primórdios, esse escroto de mente-ácida pensa que ‘a mentira muitas vezes dita, torna-se verdade’. Tudo pra busca de um sentido em sua vida.
A estética é ode visual, assim como a bunda-sem-nome. Dhalia conhecido por caprichar no audiovisual de suas projeções. Nos oferece uma fotografia com ambiente à lá 70’s, verdadeiro e puro deleite pros olhos. Em pró do naipe cinematográfico da New Hollywood. Tão instigante em sentido visual quanto o que adotaste em "Nina" dos comics. Figurinos invejáveis... Sagacidade nos diálogos dignos dos indies Tarantino e coen’s. Tudo nos eixos. Um tour-de-fource de mise-em-scène do Heitor Dhalia e de nosso cinema. Selton Mello, trafega entre o elegante e o doentio com destreza.
Stop. Coffee? Yeah! ... “A lenda?” Então, diz a lenda que o enredo é similar aos anos dourados de Holywood. Ou seja, bem-classudo. Sabendo disso, fica fácil assimilar a ótica de Mann sob suas fitas de ação - Vide “Miami Vice”, uma projeção com os moldes da nossa era, com a nossa sensibilidade. Enfim, essa lenda diz que Brando e Sinatra antecipa em um dialogo em “Guys and Dolls” o tal encontro entre Pacino e De Niro em “Heat”. E, Essa mesma lenda exprime-se que a Old Hollywood era ostentada por: John Ford, Howard Hawks e Huston, e seus anti-herois tinham as mesmas virtudes que seus mocinhos. Melville, Kubrick e afins entra no rol dessa lenda, onde o estudo da psicologia dos personagens aproveitava-se para dar um tom humano, esmiuçava-os até seus romances passados. Sobejamente falando, sobra até pra De Palma – quem diz que o mestre é plagiador? -, e seu “Carlito’s way”, seja pela tentativa de fuga que resulta em fracasso extremo, ou um romance passado.
A filosofia de ser alguém do anti-herói Neal de De Niro pertence a Frank Costelo. Em “Departed” de Scorsese, em uma espécie de monólogo do gangster Costello, ouvimos: Quando decide ser alguém voçê consegue. Isso não dizem na Igreja. Diziam que podíamos ser policiais ou criminosos. Hoje eu digo o seguinte: “Com uma arma apontada pra você, que diferença faz?”. Daí a intensidade em suas profissões de igual-pra-igual com o policial de Pacino. Policiais e homens-fora-da-lei, tornou-se “deuses”. Até aperto de mão somos compelidos a ver na morte de Neal. Algo, que só poderia ser representado com visceralidade por Al Pacino e De niro.
o Police cai tão bem quanto luva para Al Pacino, Rei do overacting mais verossímil do cinema. Esbanja gestos aleatórios e frases curtas, gesticula, fala demasiadamente em horas inoportunas. Um policial descontrolado. Complicado de moderar suas emoções e tais intuições em cada investigação. Oposto é Robert De Niro, Rei das risadas viscerais. Mestre em equilibrar e conter suas emoções. Cada detalhe é preparado minuciosamente. Mais um sociopata meticuloso em sua filmografia.
Mistepiece de Mann. Somando todas suas cinematografias e as cenas que entram para antologia não daria todas as cenas antológicas de "Heat". Um eletrizante épico criminal as vísceras da "Old Hollywood". Com direito a De Niro e Al Pacino dividindo o mesmo quadro num momento mítico.
What the fuck is that? Jim Sheridan, vergonha alheia.
Sabe aquela velha lei entre os cantores, não imita minha música porque eu tenho direitos autorais. Agora, o campo não é música e sim cinema, foda-se os direitos autorais, lhe mando essa porque estou com inveja, e quero plagiar: "Biografia-nada-assumida-plagiando-meu-amigo-e-seu-8 Mile".
Sob a “ótica” - literalmente – de Bauby, uma persona insolente ao extremo. Sendo assim, Schnabel traduz com primor o que seria o “quadro” de um paciente na desgraça, e ainda por cima com um derrame que o deixa paralisado, onde só se salva a pálpebra esquerda. Ofuscando totalmente a noção de tempo (juntamente com Bauby!), a película de Schnabel nos depara com duas personas: o Bauby arrogante e o Bauby frágil. O Bauby da arrogância é puro “status”, esteve na boemia porque ela representava mais que sua família... E desceu, mais desceu, e caiu na queda onde status e boemia eram palavras que nunca mais representaria mais que sua família. De bonito e idílico, só a imersão com o escafandro ou a tal buterfly, não? Já sabemos que isso era sua fuga da desgraça em que ele vivia.
O trabalho mais meticuloso da tal enfant terrible: o francês Julian Schnabel. E por esse pelliculle, seu nome entra para o hall dos maiores cineastas franceses em atividade. Vai por mim, de olho nesse nome!
"Space Odissey" figura entre as maiores aberturas do cinema: única e possivel. A Aurora humana, o ínicio de tudo. Em seguida um dos cortes mais revolucionário do cinema. Vamos da pré para a pós-história; o osso e a estação espacial e a tal revelação... O homem "transcendendo" e indo ao encontro de si mesmo.
Em outras palavras eu diria o seguinte a essa abertura de Kubrick: "Como Bullets na agulha, para tais explicações da Aurora humana".
Vai ser soberbo assim lá no espaço! Kubrick não tem páreo.
“Blade Runner” emite o cinema minucioso de Kubrick. Cada frame é uma porrada visual, barbariza nossos olhos. E não é só essa tal de identidade visual de Scott, que tem toda uma essência por trás dela, que nos vem a memória ao comentarmos sobre a projeção. Todavia, o hit de Vangelis, com uma soundtrack eletronic de arrepiar, casando com aquela atmosfera High-tech... Estará em nossa mente desde já.
Outro mainstrean das ficções cientificas, um “tech noir” que dá inveja em Cameron e seu também precursor no Tech-noir; “Terminator”. Cada frame de "Blade Runner" é carregado de elementos noir’s. Aquela chuva incessante e um tanto ácida, é um flerte com “Le samourai”. Ou então, o néon futurístico de Scott, quase cruza a mesma via daqueles Scorseseanos. Para complementar o delírio estético temos um toque de Fritz Lang e seu “Metropolis”, as formas dos edifícios, ou seja os cenários um tanto gótico. Culpa de Syd Mead, com uma direção de arte pós-apocaliptica, suprema. O detetive de Ford exala os anos de ouro, onde as personas na tela era comandada por Bogart, Loure, Robinson, Chandler... E por ai segue o seleto. Seu Rick Deckard é Nietzscheniano, permeia a película com o uma curiosidade extrema da tal excessividade/demasia da sociedade não se basta e o super-homem, ou melhor ‘Ulbermensch’ é escalado em sua extrema potência. Por fim, o homem e além do homem comfrontam-se. E quem obter o êxito sobre o outro é relativo. Como dito logo acima; curiosidade extrema, que da uma atmosfera pra lá de “Paranóica’ em “Blade Runner”, pela constante paranóia de Deckard.
Ridley Scott pincela “Blade Runner” como uma critica mordaz sobre nós, a sujidade, as influencias culturais mistas, a decadência social, o high-tech ao alcance de todo e qualquer ser que se move – risos -, repleta de fantasias e simbolismos – sobra até pra Deus e seus seguidores. Sim, Deus, temos até representação subliminar sobre a crucificação. Nos tempos politicamente correto de hoje “Blade Runner” é um “freak” profético. Nunca esteve tão atual!
Um misterpiece dos sci-fi. Um misterpiece de Scott e Cia. A melhor visão de um cineasta sobre uma obra de Philip K. Dick, nas telonas. Uma obra-primassa para qualquer ângulo. Que venha 50 anos!
Isso é Scorsese e com o cinema da maior qualidade! Sua visão é mais estilística em violência que em “Goodfellas”, talvez por isso bebeu da própria fonte. A “Spin-off ” de “Casino” à “Godfellas” é claríssima, e é pra lá de proposital. “Casino” é a obra “imã” de “Goodfellas”. Mas, como mestre dos gangstermovies, ele compõe mais uma faceta. Aqui o neon prevalece, assim como em “Ny, Ny”, contudo, não esqueçam é Las Vegas e não NY, e ainda assim Scorsese ampliou o dicionário dessa Disneylândia, onde cineastas renomados passearam por ela.
Scorsa aumenta MAIS um ângulo do submundo dos gangsters. Tudo apresentado em “Goodfellas” é ampliado em “Casino”, porque? Não, a duração nem fez a mínima, pelo menos pra mim. Soando um tom documental para a visão de Rosthein sob seu redor, ou seja, o seu mundo: o cassino, e suas manias de vasculhar os ambientes para interromper em detalhes que lhe pareça suspeito. Agora vem o porque da ampliação; todo esse tom documental traz Scorsese arquitetando cenas já vistas em “Goodfellas”, porém, não tão esmiuçadas. Scorsese pincela em tela de dimensões incalculáveis “Casino”. Cortes abruptos, Congelamentos, imagens sumindo... Tudo para a visão de Rosthein e sua demasiada elegância, ou melhor, sua superficialidade pura. É isso ai tudo é superficial para Rosthein: Femme Fatale ( até isso é superficial! Mas que soou uma femme fatale soou), Cassino... E nada melhor que Scorsa explorar isso em 3 horas.
Tudo isso com a força da “turma” Scorseseana: Thelma, De Niro e Pesci. Robert De Niro injeta um “Bogart vivaz” em Rosthein. Já Pesci aproveita e conhece melhor seu personagem anterior de “Goodfellas”. A melhor perfomance de Stone está aqui, com sua superficial Femme fatale, ela sai bem até em cena de speedball.
Gangstermovie épico. Sem trocadilhos infames, isso é que eu chamo de “Ás” na mão, para um visionário volátil como Scorsese. Até a soundtrack de “Casino” tem uma nova versão para “Gimme Shelter”...
Scorsa cômpos uma verdadeira “Disneylândia-Babilônica.”
Revi pela trocentésima vez “Apocalipse Now”. Só a “Back+Projection” – se preferir: sobreposição de imagens – na abertura ao som dos Doors, traduz o "boomerang" que Coppola nos concede! Vai do idílico ao “infernal” na velocidade de uma Steadicam; suavemente sórdido. Coppola brinda-nos na abertura. “Ladies and gentlemens welcome to apocalypse.”
Poucos diretores conseguiram esclarecer seu estilo em uma prèmiere. Todavia, “Blood Simple” é a prèmiere que definiu o “naipe dos Coens”. Alcançaram o rol dos alucinados e posteriormente tornaram-se "faixas-preta em subverter gêneros", deixando o espectador com os olhos saltados -, vide o hipotético gangstermovie; “Miller’s Crossing” ou a tragicomédia; “Rasing Arizona” onde bebês não é acéfala... E por ai vai.
“Blood Simple” os Coens subverte todo o molde do policial-noir, onde o papel de gato e rato confundem-se. Aqui está um dos “código Coens”: a "marcação do tempo", em “Miller’s Crossing” é o chapéu. “Barton Fink” o papel de parede despencando progressivamente. E por fim, aqui são os peixes.
Figuras; canastrões e marginais, câmera com movimentos arquitetados em ações mirabolantes, reviravoltas no roteiro, digna das “shit Happens” de Tarantino...Isso é coens e suas megalomanias. Ah, é claro talvez o único final dos Coens junto com “Big Lebowski” em que não contém cliffhangers.
Nem vou falar das tiradas escancaradas de Hitchcock e Peckinpah em “Blood Simple”!
Um filme televisivo, que reside uma personificação conexa da grande Glenn Close (uma das melhores!). Sua personagem é uma versão feminina de “Milk”, pela empatia que os seus atores alcançam. Faltou alguns ajustes, por ressaltar muito os valores da compreensão e talz, e torna-se clichê...Mas na telinha não machuca!
Eu Te Amo, Cara
3.3 659 Assista AgoraNeste aqui o Segel não necessitou de apresentar seu braúlio pra ser hilário! Só a face de pateta dele serviu!
Picardias Estudantis
3.3 182 Assista Agora"The best work of Heckerling!" Sean Penn, o maior de sua geração!
O Homem que Mudou o Jogo
3.7 931 Assista AgoraBrad Pitt absorvendo uma persona à lá Robert Redford. De quebra, embates com seymour Hoffman, se a fita não agradar a massa, a mim agrada. Sou fã assíduo de grandes personificações. E Pitt é sempre foi um intérprete vivaz. Acima de cruise e baixo de Di Caprio. Great Fact.
Bananas
3.5 184 Assista AgoraQuem se lembra da aparição desempregada do Stalonne?
Fúria Sanguinária
4.2 56 Assista AgoraPrimeiramente localize-se em uma projeção Pós-guerra. Na sua realidade temporal. E avistarás que não trata-se de uma película “datada”. Assim como Ladrões de Bicicleta, estamos num período primordial da História e do cinema. Policiais corruptos da idade moderna eram os Al Capone’s e Jesse James da vida, em outrora. Well... Bradando vigorosamente em “som e fúria”: Olhe mãe estou no topo do mundo. O Cod Jarret de Cagney atinge a cúpula de seu desejos, ou melhor, de sua mãe. E como se saiu? Nada bem. Da ascendência a decadência em microssegundos somos impelidos a um carrossel de fases temporais neste famigerado fecho apoteótico, tal apoteose acerca das derradeiras é peculiaridade na filmografia de Raoul Walsh, onde seus finais lineares só acentua a grandeza de sua películas. Ainda assim, a morte é significativa e trabalha em pró da fuga e amparo de suas vidas. Ao final, transbordando histericismo da psique atordoada, Jarret e seu imortal bordão-clímax jogou de ponta-cabeça os remates, dando ponto de partida naqueles “finais de ópera inenarráveis”, num mainstream onde; Carlito’s way, Scarface’s, Departed, ... Só adentra de supetão. Trata-se de uma storyline em tom de semi-documentário, ilustrando a dubiedade da psico de Cod Jarret, em casa o herói da mamãe, nas ruas sua street cred insana, deixa-o rotulado pela alcunha de Inimigo publico. A espinha dorsal de White Heat é James Cagney. Sua performance cheia de visceralidade e histrionismo é o puro sopro de vida ao gangsterismo personificado. Bem... É flertes incessantes do histrionismo e a verossimilhança haibituais no cinema da Old Hollywodd. É gangster-movie-noir em seu estado mais abrutado. É fita de gangsterimo compatível as lentes do P&B. finalizando, é Walsh arquitetando final de ópera.
Como Era Verde Meu Vale
4.1 152 Assista AgoraEsqueça Citizen Kane, Academy awards não é sinônimo de justiça.
“Anos-luz do western,” John ford vai ao cerne do gênero cabalmente da mesma forma. E dá-nos outra dádiva cinematográfica. Cinema de purissímo deleite, coibido de fotogramas com roupagem onírica, entretanto, a familia idealista, o melodrama por excelência, as seqüências agridoces, é só a cereja do bolo, tratando-se de onirismo. Toda pieguice é préstima. John Ford, em sua onisciência exerceu a difusão de gêneros em outrora. Tal dicotomia é sinistra. Contemplei-o no grandioso TCM , pena o Rubens... na temporada do Oscar eu já programo sem áudio, pois o que mais interessa-me são os mash-ups. Ao final, misterpiece como qualquer outro western de sua filmografia. A plasticidade do onisciente ford passeando em gêneros exala com distinção o potencial do cara na Old Hollyhood. Ladies an gentlemens, Ford é daquele páreo de Hawks, Scorsese, Ray, Stevens, Kubrick,... Enfim, quando How Green Was My Valley dar aquele laço na garganta, pelo sentimentalismo e o pieguismo , àquele lugar-comum do melodrama, os numeros musicais agridoces e merecedores de um musical soberbaço daqueles, Toda a técnica de Ford, fará um desmedido sentido.
O Grande Roubo do Trem
3.8 185E sucedeu que... Get to live the rest of my life like a schnook! [risos]
O Grande Lebowski
3.9 1,1K Assista Agora"A-vértice-Coeniana-e-do-humor-negro"
Os Coens patentearam e salientaram a ‘TragiComédia’ com “Raising arizona”, e com grandiloqüencia o congênere “Big Lebowski” definiu este, injetando a famigerada aura escalafobética na camada do verniz de humor-negro refinado. Filtrando uma porrade de índices que veneram o Cinema em sua vastidão, sendo justapostos de peculiares “insights sobre a 7° Arte” da filmografia dos Coens. Nessa acepção, “Big Lebowski” é a obra-prima dos Coens. Toda a habitual fórmula de passear por gêneros é cabal. Uma sinergia que sucede na carreira dos dois brothers. Desfilando uma congruência de gêneros. Seja retorcendo-os, subvertendo-os e estabelecendo-os um outro patamar respectivamente. Costurado por um roteiro, chovendo Obras de Raymond Chandler e a elite dos noir’s – encaixado nos moldes Coenianos. Provavelmente algumas conversações ficará martelando em minha cachola-afetiva eternamente. ... nothing changes.
Em plena LA[capital do “cinema industrial” onde a meca Hollywoodiana se encontra], Big lebowski é rodado. Mas é a velha questão, cinema é “Arte” ou “Industria”? É Industria. E sempre foi em outrora desde os Brothers Lumière, entretanto, às execeções ocorre. Crêr que, películas tem que exibir “pedigree” – bulshit - é a maneira do pateta apreciá-la. Tratando-se de uma fita com ecos provinciano do famigerado western e perdura ao longo da obra pela narração em off – ou em on? –, cristalizado no vocal bizarro de Sam Eliott. A steadicam Coeniana percorre a terra ianque árida do velho oeste e desvenda o o complexo urbano, no qual situa-se o “microcosmo meio que hippie de Lebowski”. Eis as duas terras yankees. E a idiossincrasia antagônica. Nada de critica mordaz a América, a propósito, até que somos impelidos a um discurso frouxo de Walther quanto à velha terra norte-americana, entretanto, agora encontra-se sem voz de autoridade quanto à violência. A falência da América orfã de todo e qualquer discurso. Mas é claro é neo-liberalismo. Nada como cutucar as mazelas politícas em pró do escárnio da desgraça vivida. A fita inicia o ganho de "corpo cômico" com essa teoria de: “anti-América”. Todavia, sem nenhum quote de seriedade.
Sustentado por um mural de colagens monumentais os tributos vai se alastrando em Big Lebowski. Ora por narrativa emaranhada e caótica com armação de “Fargo”. Ou então, os maneirismos de “Easy Riders”. Extraindo o verniz das Shit Happens tarantinescas. Somos compelidos a fetiches Kubrickianos, que remete lá em Lolita. Two Femme fatales. Ben Gazarra com roupagem de “Boomaker Chinês”. Uma fita que sustenta-se, em paridade do próprio chafariz de “Pulp Fiction”. ‘The dude’, uma de minhas personas cinematográficas prediletas. Brigdes com seu cara “bon vivant” até a medula, sendo o derradeiro dos hippies não se contenta em absorver a personalidade do cara, em uma performance documental. A Cada devaneio hipongo, as cenas de antologia Coeniana é vista em amplitude.
Por fim, Big Lebowski é a vertice do cinema dos Coens e os Brothers é a vertice do humor-negro. Bem, é steadicam frenética deslizando em pista vintage de bowling. É cinema de outro patamar. É strike na filmografia Coeniana. “Nobody fuck with the Coens”
Caminhos Perigosos
3.6 255 Assista Agoraconversações deste naipe, ficará martelando em minha filmoteca-afetiva eternamente. Um Sopro de vida Scorseseano que permanece intacto no cinema de seu discípulo, Tarantino. Um dos maiores gritos de gangster movie indie na new Hollywood. Marromeno a spin-off em diálogos e soundtrack rocki'n de Reservoir Dogs.
Johnny Boy: Hey, why don't you lower the jukebox, I can't hear nothin'.
'Clams': Hey, the girls like the music loud.
Johnny Boy: Girls. You call those skanks girls?
Joey 'Clams' Scala: [to Charlie] Hey, what's a matter with this kid, huh?
Johnny Boy: Hey, there ain't nothin' wrong with me my friend, I'm feelin' fine.
Charlie: Keep your mouth shut.
Johnny Boy: You tell me that in front of this asshole?
Joey 'Clams' Scala: Alright, alright, we're not gonna pay. We're not playing.
Jimmy: But why? Joey, we just said we were gonna have a drink.
Joey 'Clams' Scala: [Joey interupts] We're not payin', because this guy, this guy's a fuckin' mook.
Jimmy: But I didn't say nothin'.
Joey 'Clams' Scala: And we don't pay mooks.
Jimmy: Mook? I'm a mook?
Joey 'Clams' Scala: Yeah
Jimmy: What's a mook?
Johnny Boy: A mook, what's a mook?
Tony DeVienazo: I don't know...
Johnny Boy: What's a mook?
Jimmy: You can't call me a mook!
Joey 'Clams' Scala: I can't?
Jimmy: No...
Joey 'Clams' Scala: [pause] I'll give you mook!
[punches Jimmy in the face]
Os Bons Companheiros
4.4 1,2K Assista AgoraWhat the fucking matter with you, Martin?
"Robert De Niro"
A Noiva de Frankenstein
3.9 146"Como um bom vinho só melhora com o tempo...
Toda a idiossincrasia do Frankenstein ao pathos é "quebrado" num dos grandes momentos da antologia do cinema e no gênero horror. No momento, em que Boris Karloff com seu imortal Frankenstein, avista o espectro da noiva à primeira em espécie de algo matrimonial. Seqüencia estarrecedora, ensurdecedora... Elsa lanchester em caracterização sinistra desde o "voice e overactinc de birds" aos cabelos egípicio que - sem direito a flerte [risos] -, ao vê-lo ela sente repugnância. Verdadeiros icones do trash gótico.
... Como dito logo acima. Como um bom horror o tempo só transformou-o em uma fita burlesca."
Karatê Kid 2: A Hora da Verdade Continua
3.2 258 Assista AgoraVi a fita em consideração ao PAT MORITA. Pois, logo veio uma "enxurrada" de continuações.
Olá, Mamãe!
3.4 35 Assista Agora"BE-BLACK-BABY-COMPROVA-O-CINEMA-VÉRITÉ-DEPALMANIANO-E-DAI-QUEM-É-PLAGIADOR-my friends?"
A seqüência do episódio "Be Black, Baby" com uma atmosfera teatral brechiana, arrepia. Comprova a meutter-en-scène depalmaniana. Em totalidade, a verossímilhança histérica do drama em flerte com o teor cômico. O melhor da projeção é esse episódio, um experimento da teoria inter-racial. O white torna-se black.
Frisando que é algo bem primordial. De tudo mesmo. Injeta-se Hitchcock, um tanto quanto inverossímil e um pouco frouxo, mas quem se importa? A pelicula é Verossímil. De Palma, tough guy. Desce a barra de rolagem e verás: De Niro EM PONTO DE PARTIDA DE SUAS PERFORMANCES VIVAZES.
Primordial com prazer.
Carta de uma Desconhecida
4.2 59 Assista Agora“Crônica de Olphüs à fronteira do amor platônico, a paixão arrebatadora, o autêntico amor desditoso. E no conjunto dessa história cinematográfica.”
Gênero malhado à beça o melodrama, não? Porque? Pelos extensos clichês na duradoura história do cinema, sobre o amor. Quem disse que o amor não é clichê? Todos nós amamos ou amaremos. Contudo, há uma fita de Olphüs que não podem malhar, “Letter From an Unknown Woman”. Um misterpiece em qualquer acepção: Seja artisticamente, ou tecnicamente esquiva-se em qualquer aspecto de defeitos, furos...
A câmera de Max em momentos da adolescência de Lisa – especialmente - é subjetiva. Closes idem. Para compor os longínquos passeios imaginários e fantasiosos no pais das maravilhas dessa paixão idealizada de Lisa. Pura ILUSÂO. Enquanto Stefan tem todas sob redor, Lisa sofre amargamente. A estilografia de Olphüs em sua narrativa: Com flashbacks elegantíssimos é vibrante, é hipnótica, é concisa é muito mais.
A pungente cena da Lisa fantasmagórica atrás daquela “porta-com-efeito-dejà-vu” – mais um dos objetos - dejà-vu dessa trama - estará desde já em nossas filmotecas afetivas. Melodrama por excelência. Uma tristeza sem melô. Um Nó garganta daqueles. A síntese do verdadeiro amor nas mãos de Olphüs.
Scorsese, eu e uma miríade de cinéfilos tem como um dos filmes preferidos.
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista Agora“Ode ás duas bandas maravilhosas visualmente instigante”
Cliente : Aqui cheira a merda!
Lourenço : É do Ralo ali.
Cliente : Não é não...
Lourenço É?! O cheiro vem do ralo ali.
Cliente : O cheiro vem de você!
Lourenço : Não amigo, é que tô com um problema no banheiro aqui, oh!
Cliente : E quem usa esse banheiro?
Lourenço : Eu.
Cliente : Quem mais?
LOURENÇO : “Só eu.”
Cliente : Então... De onde vem o cheiro?!
Lourenço fede. E teme. Pois, literalmente ele é um “king of shit”. Esse tal cheiro do ralo é odor em concomitância de suas ações. Em jargão lacaniano ele esta na categoria mais baixa – cunho anal, diria Freud. Uma persona arrogante, gananciosa, fria e sua ótica de hobby na vida é a metonímia: “Bunda-estranha-sem-nome-que-vale-money”. Um reizinho de merda, que só pelo fato de adquirir para sua loja de artigos usados, itens contendo valores pessoais do povinho – pro Lourenço -, que valem nada mais que míseros merréis. Tudo e todos tornam-se barganha, na cachola de Lourenço. E por pensar que tem ares superiores aos outros profere merda. Só merda – pejorativamente mesmo. Verborragia transformou-se em cheiro de ralo do Lourenço. Ostracismo nele? Não, nós temos um Lourenço em nosso lado obscuro, acredite. Um cara escrotaço de tudo, não? Sim. Todavia, “O Cheiro do ralo” grita em um tom nivelado ao lado das cinematografias Lynchiana. Acerca de, nós meros humanos, com desejos pra lá de insalubres,... Insalubridade essa que contém uma “carga hardcore”, (não diria digna) de Abel Ferrara.
“HUMOR NEGRO DE DHALIA VS. CARGA HARDCORE DE FERRARA E LYNCH”
Em dado momento somos impelidos em uma das cenas mais constrangedoras de nosso cinema nacional. Lourenço vê-se em solidão, e, seus desejos a flor-da-pele, gritando por uma punhetagem com a mulher-diabo - risos. Poderia, com facilidade equiparar-se àquela carga hardcore de Ferrara em “Vicio frenético”, no qual Harvey Keitel em êxtase do inferno em sua vida parte para um “5 a 1”. Onanismo baixo. Contudo, eis uma ‘cena hardcore, sendo atropelado por um humor-negro habitual de Dhalia’. Salva-se Dhalia de baixaria, e, em vez de nos sentirmos coagidos, soltamos sonoras gargalhadas. É aquele antigo e bom jeito de dizer a verdade na brincadeira, no cinema não foge à risca. Ou Melhor, Dhalia não foge a risca.
Lourenço requer um sentido em sua vida, e como um mendaz do nível de Frank Abganale ‘monta’ um pai-pastiche: “O Frankenstein de Lourenço”, com intuito de compreender seus primórdios, esse escroto de mente-ácida pensa que ‘a mentira muitas vezes dita, torna-se verdade’. Tudo pra busca de um sentido em sua vida.
A estética é ode visual, assim como a bunda-sem-nome. Dhalia conhecido por caprichar no audiovisual de suas projeções. Nos oferece uma fotografia com ambiente à lá 70’s, verdadeiro e puro deleite pros olhos. Em pró do naipe cinematográfico da New Hollywood. Tão instigante em sentido visual quanto o que adotaste em "Nina" dos comics. Figurinos invejáveis... Sagacidade nos diálogos dignos dos indies Tarantino e coen’s. Tudo nos eixos. Um tour-de-fource de mise-em-scène do Heitor Dhalia e de nosso cinema. Selton Mello, trafega entre o elegante e o doentio com destreza.
9,5
Fogo Contra Fogo
4.0 662 Assista Agora“Coffe and Cigarettes” e os “Godfather’s”
Stop. Coffee? Yeah! ... “A lenda?” Então, diz a lenda que o enredo é similar aos anos dourados de Holywood. Ou seja, bem-classudo. Sabendo disso, fica fácil assimilar a ótica de Mann sob suas fitas de ação - Vide “Miami Vice”, uma projeção com os moldes da nossa era, com a nossa sensibilidade. Enfim, essa lenda diz que Brando e Sinatra antecipa em um dialogo em “Guys and Dolls” o tal encontro entre Pacino e De Niro em “Heat”. E, Essa mesma lenda exprime-se que a Old Hollywood era ostentada por: John Ford, Howard Hawks e Huston, e seus anti-herois tinham as mesmas virtudes que seus mocinhos. Melville, Kubrick e afins entra no rol dessa lenda, onde o estudo da psicologia dos personagens aproveitava-se para dar um tom humano, esmiuçava-os até seus romances passados. Sobejamente falando, sobra até pra De Palma – quem diz que o mestre é plagiador? -, e seu “Carlito’s way”, seja pela tentativa de fuga que resulta em fracasso extremo, ou um romance passado.
A filosofia de ser alguém do anti-herói Neal de De Niro pertence a Frank Costelo. Em “Departed” de Scorsese, em uma espécie de monólogo do gangster Costello, ouvimos: Quando decide ser alguém voçê consegue. Isso não dizem na Igreja. Diziam que podíamos ser policiais ou criminosos. Hoje eu digo o seguinte: “Com uma arma apontada pra você, que diferença faz?”. Daí a intensidade em suas profissões de igual-pra-igual com o policial de Pacino. Policiais e homens-fora-da-lei, tornou-se “deuses”. Até aperto de mão somos compelidos a ver na morte de Neal. Algo, que só poderia ser representado com visceralidade por Al Pacino e De niro.
o Police cai tão bem quanto luva para Al Pacino, Rei do overacting mais verossímil do cinema. Esbanja gestos aleatórios e frases curtas, gesticula, fala demasiadamente em horas inoportunas. Um policial descontrolado. Complicado de moderar suas emoções e tais intuições em cada investigação. Oposto é Robert De Niro, Rei das risadas viscerais. Mestre em equilibrar e conter suas emoções. Cada detalhe é preparado minuciosamente. Mais um sociopata meticuloso em sua filmografia.
Mistepiece de Mann. Somando todas suas cinematografias e as cenas que entram para antologia não daria todas as cenas antológicas de "Heat". Um eletrizante épico criminal as vísceras da "Old Hollywood". Com direito a De Niro e Al Pacino dividindo o mesmo quadro num momento mítico.
9,0
Fique Rico ou Morra Tentando
3.3 218 Assista AgoraWhat the fuck is that? Jim Sheridan, vergonha alheia.
Sabe aquela velha lei entre os cantores, não imita minha música porque eu tenho direitos autorais. Agora, o campo não é música e sim cinema, foda-se os direitos autorais, lhe mando essa porque estou com inveja, e quero plagiar: "Biografia-nada-assumida-plagiando-meu-amigo-e-seu-8 Mile".
Sou mais "8 mile" do que 50 centavos.
O Escafandro e a Borboleta
4.2 1,2KSob a “ótica” - literalmente – de Bauby, uma persona insolente ao extremo. Sendo assim, Schnabel traduz com primor o que seria o “quadro” de um paciente na desgraça, e ainda por cima com um derrame que o deixa paralisado, onde só se salva a pálpebra esquerda. Ofuscando totalmente a noção de tempo (juntamente com Bauby!), a película de Schnabel nos depara com duas personas: o Bauby arrogante e o Bauby frágil. O Bauby da arrogância é puro “status”, esteve na boemia porque ela representava mais que sua família... E desceu, mais desceu, e caiu na queda onde status e boemia eram palavras que nunca mais representaria mais que sua família. De bonito e idílico, só a imersão com o escafandro ou a tal buterfly, não? Já sabemos que isso era sua fuga da desgraça em que ele vivia.
O trabalho mais meticuloso da tal enfant terrible: o francês Julian Schnabel. E por esse pelliculle, seu nome entra para o hall dos maiores cineastas franceses em atividade. Vai por mim, de olho nesse nome!
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista Agora"Space Odissey" figura entre as maiores aberturas do cinema: única e possivel. A Aurora humana, o ínicio de tudo. Em seguida um dos cortes mais revolucionário do cinema. Vamos da pré para a pós-história; o osso e a estação espacial e a tal revelação... O homem "transcendendo" e indo ao encontro de si mesmo.
Em outras palavras eu diria o seguinte a essa abertura de Kubrick: "Como Bullets na agulha, para tais explicações da Aurora humana".
Vai ser soberbo assim lá no espaço! Kubrick não tem páreo.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista Agora“Tech-Noir-de-Scott-no-maior-nível-do-High-tech-é-de-dar-inveja-em-um-tal-de-James-Cameron”
“Blade Runner” emite o cinema minucioso de Kubrick. Cada frame é uma porrada visual, barbariza nossos olhos. E não é só essa tal de identidade visual de Scott, que tem toda uma essência por trás dela, que nos vem a memória ao comentarmos sobre a projeção. Todavia, o hit de Vangelis, com uma soundtrack eletronic de arrepiar, casando com aquela atmosfera High-tech... Estará em nossa mente desde já.
Outro mainstrean das ficções cientificas, um “tech noir” que dá inveja em Cameron e seu também precursor no Tech-noir; “Terminator”. Cada frame de "Blade Runner" é carregado de elementos noir’s. Aquela chuva incessante e um tanto ácida, é um flerte com “Le samourai”. Ou então, o néon futurístico de Scott, quase cruza a mesma via daqueles Scorseseanos. Para complementar o delírio estético temos um toque de Fritz Lang e seu “Metropolis”, as formas dos edifícios, ou seja os cenários um tanto gótico. Culpa de Syd Mead, com uma direção de arte pós-apocaliptica, suprema. O detetive de Ford exala os anos de ouro, onde as personas na tela era comandada por Bogart, Loure, Robinson, Chandler... E por ai segue o seleto. Seu Rick Deckard é Nietzscheniano, permeia a película com o uma curiosidade extrema da tal excessividade/demasia da sociedade não se basta e o super-homem, ou melhor ‘Ulbermensch’ é escalado em sua extrema potência. Por fim, o homem e além do homem comfrontam-se. E quem obter o êxito sobre o outro é relativo. Como dito logo acima; curiosidade extrema, que da uma atmosfera pra lá de “Paranóica’ em “Blade Runner”, pela constante paranóia de Deckard.
Ridley Scott pincela “Blade Runner” como uma critica mordaz sobre nós, a sujidade, as influencias culturais mistas, a decadência social, o high-tech ao alcance de todo e qualquer ser que se move – risos -, repleta de fantasias e simbolismos – sobra até pra Deus e seus seguidores. Sim, Deus, temos até representação subliminar sobre a crucificação. Nos tempos politicamente correto de hoje “Blade Runner” é um “freak” profético. Nunca esteve tão atual!
Um misterpiece dos sci-fi. Um misterpiece de Scott e Cia. A melhor visão de um cineasta sobre uma obra de Philip K. Dick, nas telonas. Uma obra-primassa para qualquer ângulo. Que venha 50 anos!
Cassino
4.2 650 Assista AgoraIsso é Scorsese e com o cinema da maior qualidade! Sua visão é mais estilística em violência que em “Goodfellas”, talvez por isso bebeu da própria fonte. A “Spin-off ” de “Casino” à “Godfellas” é claríssima, e é pra lá de proposital. “Casino” é a obra “imã” de “Goodfellas”. Mas, como mestre dos gangstermovies, ele compõe mais uma faceta. Aqui o neon prevalece, assim como em “Ny, Ny”, contudo, não esqueçam é Las Vegas e não NY, e ainda assim Scorsese ampliou o dicionário dessa Disneylândia, onde cineastas renomados passearam por ela.
Scorsa aumenta MAIS um ângulo do submundo dos gangsters. Tudo apresentado em “Goodfellas” é ampliado em “Casino”, porque? Não, a duração nem fez a mínima, pelo menos pra mim. Soando um tom documental para a visão de Rosthein sob seu redor, ou seja, o seu mundo: o cassino, e suas manias de vasculhar os ambientes para interromper em detalhes que lhe pareça suspeito. Agora vem o porque da ampliação; todo esse tom documental traz Scorsese arquitetando cenas já vistas em “Goodfellas”, porém, não tão esmiuçadas. Scorsese pincela em tela de dimensões incalculáveis “Casino”. Cortes abruptos, Congelamentos, imagens sumindo... Tudo para a visão de Rosthein e sua demasiada elegância, ou melhor, sua superficialidade pura. É isso ai tudo é superficial para Rosthein: Femme Fatale ( até isso é superficial! Mas que soou uma femme fatale soou), Cassino... E nada melhor que Scorsa explorar isso em 3 horas.
Tudo isso com a força da “turma” Scorseseana: Thelma, De Niro e Pesci. Robert De Niro injeta um “Bogart vivaz” em Rosthein. Já Pesci aproveita e conhece melhor seu personagem anterior de “Goodfellas”. A melhor perfomance de Stone está aqui, com sua superficial Femme fatale, ela sai bem até em cena de speedball.
Gangstermovie épico. Sem trocadilhos infames, isso é que eu chamo de “Ás” na mão, para um visionário volátil como Scorsese. Até a soundtrack de “Casino” tem uma nova versão para “Gimme Shelter”...
Scorsa cômpos uma verdadeira “Disneylândia-Babilônica.”
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraRevi pela trocentésima vez “Apocalipse Now”. Só a “Back+Projection” – se preferir: sobreposição de imagens – na abertura ao som dos Doors, traduz o "boomerang" que Coppola nos concede! Vai do idílico ao “infernal” na velocidade de uma Steadicam; suavemente sórdido. Coppola brinda-nos na abertura. “Ladies and gentlemens welcome to apocalypse.”
Gosto de Sangue
3.9 158Poucos diretores conseguiram esclarecer seu estilo em uma prèmiere. Todavia, “Blood Simple” é a prèmiere que definiu o “naipe dos Coens”. Alcançaram o rol dos alucinados e posteriormente tornaram-se "faixas-preta em subverter gêneros", deixando o espectador com os olhos saltados -, vide o hipotético gangstermovie; “Miller’s Crossing” ou a tragicomédia; “Rasing Arizona” onde bebês não é acéfala... E por ai vai.
“Blood Simple” os Coens subverte todo o molde do policial-noir, onde o papel de gato e rato confundem-se. Aqui está um dos “código Coens”: a "marcação do tempo", em “Miller’s Crossing” é o chapéu. “Barton Fink” o papel de parede despencando progressivamente. E por fim, aqui são os peixes.
Figuras; canastrões e marginais, câmera com movimentos arquitetados em ações mirabolantes, reviravoltas no roteiro, digna das “shit Happens” de Tarantino...Isso é coens e suas megalomanias. Ah, é claro talvez o único final dos Coens junto com “Big Lebowski” em que não contém cliffhangers.
Nem vou falar das tiradas escancaradas de Hitchcock e Peckinpah em “Blood Simple”!
Servindo em Silêncio
3.4 20Um filme televisivo, que reside uma personificação conexa da grande Glenn Close (uma das melhores!). Sua personagem é uma versão feminina de “Milk”, pela empatia que os seus atores alcançam. Faltou alguns ajustes, por ressaltar muito os valores da compreensão e talz, e torna-se clichê...Mas na telinha não machuca!