Tem até alguns momentos engraçados, mas outros acabam casando as situações de humor que tentam ser hilário, mas soa gritado, com interpretações mais do mesmo dos atores.
Sanguinolento e voraz, "Halloween Kills: O Terror Continua" não só aumenta o grau de carnificina na nova fase da franquia, como também proporciona homenagens aos outros filmes da série original, recriando cenas e ainda fazendo uma volta no tempo, trazendo a composição clássica de John Carpenter e mostrando um novo caminho que liga o filme de 2018 com o primeiro filme de 1978 até chegar nessa continuação e, assim, nos fazendo compreender melhor o porquê de terem ignorado o segundo filme da saga original ("Halloween II - O Pesadelo Continua" de 1981).
Um ponto interessante, e positivo dele, é o fato dos atores tomarem os personagens para si e se levarem a sério. Eles dizem "Eu vou lá e vou fazer isso!" com propriedade, elenco empenhado, dando um vigor a história de maneira gratificante.
A obra não é redonda, tem seus furos, sequências cômodas e situações estrahas, mas são casos isolados, pouca coisa que não desmerecem em nada a qualidade que o filme carrega durante boa parte da produção. Algumas até podem ser justificadas, se formos pegar as referências do passado.
A cena do bar, onde Tommy Doyle faz um discurso para apresentar ele e os personagens sobreviventes da história de 1978 é um tanto quanto esquisita, mas talvez tenha sido feita para apresentar eles as novas gerações que desconhecem a obra original. E a cena onde a filha da Laurie, Karen, sem motivo, volta ao andar de cima da casa e acaba sendo morta por Michael, essa parte é a reencenação de sequências típicas de slashers de outrora, onde momentos do tipo eram criadas para dar fim a personagens fadados a morrer.
"Halloween Kills" faz seu trajeto com bastante vítimas e mostrando um Michael não só sobre-humano, como também cruel. Não há meio termo, aqui ele pura maldade.
Que venha "Halloween Ends" pra fechar esse ciclo de uma franquia que, depois de tantos percalços com continuações ruins como "Halloween 6: A Última Vingança" e "Halloween - Ressurreição" (se salvando o ótimo "Halloween H20", espremido entre essas duas bombas) e prequelas desnecessárias como "Halloween - O Início" e "Halloween 2" de 2009, merecia ressurgir das cinzas com produções dignas.
A Natalie Portman chegou a comentar que aceitou fazer filmes mais 'leves' após "Cisne Negro" para poder se livrar um pouco da carga intensa que Nina tinha deixado nela, já que a sua entrega para a personagem foi bastante exaustiva. É louvável da parte dela ter essa atitude, mas não há como negar que ver ela fazendo um filme tão "méh!" como esse é constrangedor.
A impressão que dá é que a Natalie tá numa festa estranha com gente esquisita, é uma obra tão inferior ao que ela é como atriz. É impressionante como ela tem um preparo em cena excelente, das cenas mais simples até as que precisam de mais drama, a Natalie Portman é ótima atuando, mas ela estar dando vida a uma personagem que pode ser facilmente jogada nos braços de atrizes como Katherine Heigl e Elizabeth Banks causa uma certa vergonha. E pra piorar, ela ainda divide o protagonismo com o Ashton Kutcher, que parece estar sempre debochando em cena em qualquer filme que ele faça.
Mais uma daquelas comédias românticas apelativas, sem graça e bobas que fazem a gente esquecer do que acabou de assistir segundos após o seu fim.
Se o primeiro não foi lá essas coisas, aqui a continuação cai na armadilha da obviedade, onde é fácil prever o que vai acontecer e os clichês acabam dando as caras de maneira não muito atrativa.
Os efeitos especiais são bons, o humor é o fermento para fazer o bolo crescer, mas o enredo deixa sempre a sensação de que falta alguma coisa, aquela impressão de que não consegue chegar a um momento pungente.
Sobre as atuações, Tom Hardy com a mesma cara de porre em todas as cenas, numa interpretação fraca, Woody Harrelson quase ultrapassa a linha do caricato com Cletus, fica ali no limite, Michelle Williams até tem seus momentos interessantes, mas é pouco aproveitada, agora são é o desenvolvimento dos personagens de Naomie Harris e Reid Scott que acabam se sobressaindo entre os outros.
No final, além da clara percepção de que o filme é mais curto do que se imaginava (o que no caso dele é bom, porque quando uma coisa não anda bem, não adianta enrolar), quase que sacramenta a noção de que Venom é só mais um no meio da multidão das adaptações cinematográficas da Marvel. Não chega a ser a pior coisa do mundo, mas também não vai perdurar muito na lembrança.
Animação da Blue Sky Studios mais madura do que a maioria das produções que a empresa criava.
Uma aventura sobre seres da natureza que se mistura com a trama de conexões entre a juventude e os mais velhos, seja da ligação que a filha quer ter com o pai, como a de um jovem que quer ter mais liberdade e menos pressão para a sua vida.
Os gráficos da obra são muito bem feitos, e a concepção entre o meio ambiente e as referências a monarquia são interessantes.
Ele dá a impressão de ser um genérico da DreamWorks Animation, mas com gráficos sem muito cuidado e uma história fraca.
Agora, o que é mais estranho nele é o fato dos personagens terem os olhos tão pequenos que faltam sumir na cara deles, chega a causar um certo incômodo.
Um filme sobre a luta contra o vício mostrada de forma menos pesada.
A história é simples: Uma mulher alcoólatra precisa cumprir um período em uma clínica de reabilitação após se envolver em um acidente e vai tendo que se adaptar ao lugar. Diferente dos filmes habituais sobre a temática, ele não mostra a sua protagonista como uma pessoa em completa degradação, um ambiente hostil, coadjuvantes totalmente humilhados e afins. Aqui, o modo como o enredo aborda o problema do alcoolismo é colocado de maneira menos tensa em boa parte do tempo, sem grandes alardes e momentos de extrema repulsa, ele tem seus momentos intensos, claro! Mas nada tão grotesco.
Uma concepção que flerta com a comédia e o romance em pingadas partes, mas que se equilibra mais no drama.
É louvável como Sandra Bullock tenta levar Gwen na sua trajetória, mas em certas sequências ela passa um certo ar de artificialidade na atuação, pode ser culpa da direção, mas é visível o quanto ela evoluiu em interpretação daqueles tempos pra cá.
Vale a conferida por ser um jeito mais digerível de acompanhar a construção de um tema que por muitas vezes é exibido sem muitas sutilezas em outras obras.
O trabalho de stop motion é bem rústico, em algumas cenas é possível ver os fios que sustentam os bonecos e a transição de um movimento para o outro parece travado, mas isso não quer dizer que ele seja ruim, é um trabalho que satisfaz, e a história é legal, apesar de que alguns momentos haver uma leve diminuída no ritmo, mas ainda sim gera simpatia.
Curioso ver tantos personagens clássicos do terror reunidos nessa festa divertida, não faltou ninguém! Do Conde Drácula ao Dr. Jekyll e Mr. Hyde de "O Médico e o Monstro".
As partes musicais são boas, composições agradáveis e uma das canções chega até a citar a música brasileira.
Fica altamente perceptiva a forma como ele foi referência para obras cinematográficas mais recentes como "A Noiva Cadáver", "O Estranho Mundo de Jack" e "Frankenweenie" do Tim Burton, e a mais clara de todas as inspirações, a franquia "Hotel Transilvânia".
É um filme descontraído! Não é excelente, mas garante um bom divertimento.
Que coisa bizarra ver bebês se movimentando e se comportando como se fossem mini adultos, com direito a uma sequência em que um bebê aparece caminhando pelas ruas com um charuto na boca. Sem contar o enredo que é uma das histórias mais sem graça que se pode ter como passatempo.
E é de causar surpresa encontrar os nomes de Kathleen Turner e Christopher Lloyd envolvidos nisso.
"Bebês Geniais" é um misto de medo e vergonha alheia.
Boa confluência entre o terror e a crítica que o roteiro faz ao racismo na sociedade.
"Candyman" é uma figura sanguinária surgida justamente em decorrência da crueldade que os negros tiveram (e em alguns casos, ainda tem!) com relação ao preconceito. Sua vingança é fruto da barbárie que, mesmo com anos de história, ainda acontece.
O bacana do filme é que ele se liga ao personagem de maneira respeitosa, não ignora o seu passado noventista e ainda traz um frescor ao enredo que gratifica.
A qualidade da produção também merece boas referências, seja no visual, quanto na trilha sonora. Agora fica o lembrete: vamos entender que o Jordan Peele não é o diretor do filme, ele é o produtor, então antes de nos basearmos em análises em comparativo com os filmes de renome dele como "Corra!" e "Nós", é preciso compreender que, aqui, estamos diante da visão da Nia DaCosta, e que o modo de criação dela tem suas próprias características, e ela entregou um filme muito bom.
Elenco afiado e trama interessante fazem de "A Lenda de Candyman" uma obra compensadora!
O cinema terror francês não é de se conter no que se refere a violência gráfica, suas produções muitas vezes não poupam o espectador de cenas impactantes, e "Martyrs" é um exemplo disso!
Do começo ao fim, a obra pega pesado nas sequências de brutalidade, a crueldade com os personagens é bastante desconfortante, não só pela questão física, mas também pela psicológica, e isso também é entregue para nós, onde alguns momentos de tortura são acompanhados de uma trilha sonora delicadamente mórbida, que faz com que o sentimento de pena e incômodo sejam potencializadas.
Lucie carrega um trauma tão grande que isso a desestruturou de tal maneira que ela ganha ares de selvageria, onde suas atitudes transitam entre a raiva, o medo, o ódio, a tristeza, a perturbação. Lucie perde qualquer traço de consciência para se transformar em um ser descontrolado em fúria e loucura, e nós conseguimos sentir toda essa carga dentro dela por conta de toda a maldade em que ela foi exposta.
A entrega do elenco foi fundamental para garantir as fortes emoções durante a história, principalmente a de Mylène Jampanoï.
Angústia é uma palavra que pode resumi-lo bem. Então, pra quem é mais sensível com sequências de agressão e sofrimento, esse filme não é recomendado!
Uma aventura que consegue tocar na alma da criança que vive dentro da gente. Cada garoto e garota da trama tem a sua particularidade que, se não esteve em nós, foi visto em algum amigo ou amiga da nossa juventude, e que com suas características individuais conseguem formar um grupo que demonstrar um bem precioso, a valorização da amizade, isso em meio a uma trama que logo adentra em uma história divertida e carismática em busca de um tesouro.
E que produção primorosa! O detalhismo de todos os cenários é tão bacana. Os efeitos especiais que só os anos 80 podiam proporcionar, época em que o trabalho se empenhava em levar credibilidade com a recriação de tudo de forma palpável, real, e não com a invasão visual de computação gráfica pra tudo quanto é lado.
É é muito bom ver como tudo se encaixa na obra, da música-tema da Cyndi Lauper, "The Goonies 'R' Good Enough", um clássico oitentista, aos seus realizadores, que conta com a direção do mestre Richard Donner, do icônico "Superman" de 1978, o roteiro de Chris Columbus, que mais tarde seria o responsável por filmes como "Esqueceram de Mim", "Uma Babá Quase Perfeita", "O Homem Bicentenário", "Harry Potter e a Pedra Filosofal" entre outros, e a produção capitaneada por Steven Spielberg, que dispensa comentários.
Filme que fica guardado dentro da nossa memória afetiva de uma maneira calorosa.
O enredo é interessante, falando sobre superação, e a abordagem dele, indo mais pro lado do humor é até bacana, mas ele deixa a sensação de que falta alguma coisa, é como se ele não conseguisse atingir um grau de satisfação completo.
A atuação do Taron Egerton parece meio caricata no início, mas depois a gente percebe que Eddie era realmente daquele jeito e vai simpatizando com ele, ainda mais depois das constantes tentativas de pessoas que cruzam o caminho dele de menosprezá-lo e que tentam impedir que ele realize seu sonho.
Vale lembrar que anos depois, o diretor Dexter Fletcher e o ator Taron Egerton fariam mais uma parceria no cinema no musical "Rocketman".
Não é à toa que a produção é considerada uma das obras-primas do Fellini. Não tem como não sentir compaixão por Cabíria!
Uma prostituta que constantemente passa por desilusões, que na ânsia para encontrar o amor da sua vida acaba vendo seu sonho se perder em cada tentativa. É aquela realidade cruel, onde o amor em versos, prosas e música é perfeito, mas que no dia a dia nem sempre é compartilhada por todos. A procura por ele pode levar a caminhos errados, mas Cabíria mostra que, mesmo em momentos que parecem esmagar o seu coração, nunca se deve parar de olhar o mundo e se emocionar.
Interessante também como o enredo faz a analogia do arrebatamento religioso com a sequência do show de hipnose, e como isso se casa com o que a história propõe, afinal, o amor arrebata a gente e por vezes nos faz tomar atitudes que não percebemos.
O final é realmente tocante! Giulietta Masina resume com os olhos todo o sentimento que sua personagem tem dentro de si.
Visualmente, o filme é interessante, tem uma estética suja, agressiva, alguns enquadramentos bacanas, efeitos de iluminação curiosos, lembra uma mistura de "Mad Max" com "O Massacre da Serra Elétrica 2", mas o enredo parece confuso, muito por conta da montagem, que é um pouco embaralhada, sem contar alguns erros no roteiro.
"Amazônia - Planeta Verde" consegue provocar no espectador diferentes pontos de vista de uma maneira curiosa.
Se ele for assistido sem a dublagem a obra se mostra um mergulho contemplativo na beleza da fauna e da flora amazônica vista pela ótica de um animal selvagem que foi domesticado, já se for conferido com a dublagem de Lúcio Mauro Filho e Isabelle Drummond ela fica parecendo uma aventura na selva feita por um macaco criado fora daquele ambiente. É como se, sem a dublagem, estivéssemos diante de um documentário intimamente ligado aos seres da floresta, enquanto com a dublagem, vira um filme no estilo Sessão da Tarde, com bichos falantes aprontando "mil e umas".
Então, se você é adulto e não se incomoda em ver uma obra em que apenas os sons da natureza se fazem presente, essa é uma boa pedida! Já se você quer colocar ele pra criançada conferir, assisti-lo na versão dublada é a mais recomendada, pois Lúcio e Isabelle dão até um tom mais infantil ao conteúdo.
Mas, independente da forma como ele for visto, uma coisa é evidente: A Amazônia é um espetáculo visual!
Destinos que se cruzam em um motel a beira de estrada, numa noite chuvosa em que tramas paralelas aos poucos vão se formando e traçando o caminho de cada um dos personagens.
Na metade do filme a historia fica um pouco confusa, mas é proposital, já que vamos percebendo que produção faz uma mescla entre o que é coerente e o que parece sem lógica, e o final faz uma costura de tudo isso de modo curioso. E é notório que o filme bebeu na fonte de "Psicose".
A versão sul-coreana de um enredo de novela mexicana em nível hard!
Os primeiros k-dramas da emissora da Coreia do Sul JTBC tinham um aspecto bem diferente das produções do gênero mais atuais. Elas tinham um visual e uma construção de roteiro mais parecidos com as das telenovelas ocidentais do que com as de séries, e não é à toa que muitos as consideram como "novelas coreanas", e "A Lenda: Um Luxo de Sonhar" é um desses exemplos.
Além da questão da imagem, a obra segue à risca a cartilha de uma típica trama de folhetins, que no caso do Brasil o público já é mais familiarizado com essa concepção por conta das produções nacionais e do México, muito parecidas entre si, com o detalhe de que as produções mexicanas exageram nos dramas e nas reviravoltas, e "A Lenda" acaba ficando mais próxima do lado mexicano no que se refere a esses quesitos. Uma protagonista que é um poço de bondade e inocência, e que por isso sofre que nem uma condenada, um romance que vai passar por umas duzentas aprovações até finalmente ser concretizado, vilãs que vão fazer de tudo pra atrapalhar a vida da mocinha, um protagonista que vai ser ludibriado, vai virar herói, vai ficar decepcionado, vai estar apaixonado, vai cometer injustiça, e tudo quanto é sentimento misturado durante a sua trajetória, e por aí vai.
Essa estrutura novelesca é até atraente para o público que já acompanha obras do tipo, mas no caso de "A Lenda", se o espectador for começar a analisar ela com mais apuro vai ver que esse k-drama tem uma história com desenvolvimento quase surreal, é tudo muito cômodo e feito de maneira anômala. Se o roteiro seguisse uma trajetória mais coerente com a realidade, as coisas poderiam ser resolvidas de modo natural e crível, mas o enredo aqui faz de tudo para atrasar e estender certos momentos para continuar dando gás a história e a incoerência fica evidente. As personagens sabem o que tá errado, quem tá errado, tem a chance de mudarem aquilo, de mostrarem a verdade, mas vão tentando tapar o sol com a peneira e ficam enrolando a situação por um bom tempo para adiar ao máximo a sua solução. É uma história onde pessoas aceitam os infortúnios que vão aparecendo na sua vida sabe-se lá porquê?
Quem gosta de melodrama bem carregado vai curtir, mas não espere um enredo muito coeso, pois as chances de aparecer na sua mente um "é isso mesmo?" enquanto você acompanha a produção são grandes.
Visualmente, a estética da série é bem ruim, a criação dos dinossauros e dos cenários fica muito aquém de uma boa qualidade, porém ele compensa com o enredo, simples mas bacana.
Vale por um saudosismo de outros tempos, com uma história mais ingênua.
Um exemplo de um filme que ganhou status por conta de trilha sonora, que se tornou clássica, mas se for se atentar ao roteiro, a obra se mostra bem fraca.
Personagens que geram uma certa antipatia, principalmente Jenny, que é de uma arrogância irritante, história repleta de clichês que acabam decepcionando e uma produção que não é nada de mais.
Os momentos finais até tentam conseguir um pouco de apego por conta do drama, mas isso não salva a trajetória do enredo como um todo.
É estranho ver uma série com elementos fantásticos que poderiam agradar as crianças parecendo uma obra tão sem sal.
Não sei se é o ritmo meio lento, ou a concepção dos personagens, ou a história com falta de ânimo, mas "Valentins" passa longe de ser uma produção entusiasmante, gratificante. Sem contar o mau aproveitamento de Cláudia Abreu e Guilherme Weber na trama.
Com uma estética pop, altamente influenciada pela internet, misturando o 3D dos personagens e cenários, com um visual 2D propositalmente rabiscado para ilustrar a mente criativa da protagonista Katie, "A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas" é uma produção muito boa.
Tendo como abordagem a relação de pais e filhos na adolescência e a absorção cada vez maior do universo tecnológico no dia a dia da sociedade, o filme cria uma história que é engraçada e comovente. Aliado a isso, a obra tem uma arte muito bem realizada, a criação visual de todos os elementos é um trabalho bonito, colorido, alegre, atrativo.
Uma produção altamente simpática, com uma mensagem bacana e com referências divertidas dos tempos atuais.
Interessante suspense que conseguiu dentro de um único cenário desenvolver uma história de tensão e neurose.
É curioso ver como os elementos da trama vão até Anna, pois o fato dela ser uma agorafóbica limita o seu trânsito por áreas externas e uma aproximação mais desenvolta com os outros, porém é instigante acompanhar os personagens e as situações invadirem o espaço físico e mental da protagonista.
Amy Adams dispensa comentários sobre sua performance, ótima como sempre! E o modo como ela personifica Anna é muito boa. A maneira como se comporta, em que parece acanhada mesmo dentro de sua própria casa, a forma como se veste, usando camisolas largas, dando um ar de envelhecimento, a sua aparência, denotando um desleixo consigo mesma. Anna é prisioneira de sua fobia e se comporta como uma detenta.
Com um elenco de coadjuvantes estelar, é claro que fica a vontade de ter visto eles ganharem um pouco mais de espaço em cena, mas como seus personagens tem ações específicas no transcorrer da obra, suas participações são gratificantes.
A Casa Caiu - Um Cassino na Vizinhança
2.8 107Um tanto quanto forçado!
Tem até alguns momentos engraçados, mas outros acabam casando as situações de humor que tentam ser hilário, mas soa gritado, com interpretações mais do mesmo dos atores.
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 683 Assista AgoraSanguinolento e voraz, "Halloween Kills: O Terror Continua" não só aumenta o grau de carnificina na nova fase da franquia, como também proporciona homenagens aos outros filmes da série original, recriando cenas e ainda fazendo uma volta no tempo, trazendo a composição clássica de John Carpenter e mostrando um novo caminho que liga o filme de 2018 com o primeiro filme de 1978 até chegar nessa continuação e, assim, nos fazendo compreender melhor o porquê de terem ignorado o segundo filme da saga original ("Halloween II - O Pesadelo Continua" de 1981).
Um ponto interessante, e positivo dele, é o fato dos atores tomarem os personagens para si e se levarem a sério. Eles dizem "Eu vou lá e vou fazer isso!" com propriedade, elenco empenhado, dando um vigor a história de maneira gratificante.
A obra não é redonda, tem seus furos, sequências cômodas e situações estrahas, mas são casos isolados, pouca coisa que não desmerecem em nada a qualidade que o filme carrega durante boa parte da produção. Algumas até podem ser justificadas, se formos pegar as referências do passado.
A cena do bar, onde Tommy Doyle faz um discurso para apresentar ele e os personagens sobreviventes da história de 1978 é um tanto quanto esquisita, mas talvez tenha sido feita para apresentar eles as novas gerações que desconhecem a obra original. E a cena onde a filha da Laurie, Karen, sem motivo, volta ao andar de cima da casa e acaba sendo morta por Michael, essa parte é a reencenação de sequências típicas de slashers de outrora, onde momentos do tipo eram criadas para dar fim a personagens fadados a morrer.
"Halloween Kills" faz seu trajeto com bastante vítimas e mostrando um Michael não só sobre-humano, como também cruel. Não há meio termo, aqui ele pura maldade.
Que venha "Halloween Ends" pra fechar esse ciclo de uma franquia que, depois de tantos percalços com continuações ruins como "Halloween 6: A Última Vingança" e "Halloween - Ressurreição" (se salvando o ótimo "Halloween H20", espremido entre essas duas bombas) e prequelas desnecessárias como "Halloween - O Início" e "Halloween 2" de 2009, merecia ressurgir das cinzas com produções dignas.
Sexo Sem Compromisso
3.3 2,2K Assista AgoraA Natalie Portman chegou a comentar que aceitou fazer filmes mais 'leves' após "Cisne Negro" para poder se livrar um pouco da carga intensa que Nina tinha deixado nela, já que a sua entrega para a personagem foi bastante exaustiva. É louvável da parte dela ter essa atitude, mas não há como negar que ver ela fazendo um filme tão "méh!" como esse é constrangedor.
A impressão que dá é que a Natalie tá numa festa estranha com gente esquisita, é uma obra tão inferior ao que ela é como atriz. É impressionante como ela tem um preparo em cena excelente, das cenas mais simples até as que precisam de mais drama, a Natalie Portman é ótima atuando, mas ela estar dando vida a uma personagem que pode ser facilmente jogada nos braços de atrizes como Katherine Heigl e Elizabeth Banks causa uma certa vergonha. E pra piorar, ela ainda divide o protagonismo com o Ashton Kutcher, que parece estar sempre debochando em cena em qualquer filme que ele faça.
Mais uma daquelas comédias românticas apelativas, sem graça e bobas que fazem a gente esquecer do que acabou de assistir segundos após o seu fim.
Venom: Tempo de Carnificina
2.7 636 Assista AgoraSe o primeiro não foi lá essas coisas, aqui a continuação cai na armadilha da obviedade, onde é fácil prever o que vai acontecer e os clichês acabam dando as caras de maneira não muito atrativa.
Os efeitos especiais são bons, o humor é o fermento para fazer o bolo crescer, mas o enredo deixa sempre a sensação de que falta alguma coisa, aquela impressão de que não consegue chegar a um momento pungente.
Sobre as atuações, Tom Hardy com a mesma cara de porre em todas as cenas, numa interpretação fraca, Woody Harrelson quase ultrapassa a linha do caricato com Cletus, fica ali no limite, Michelle Williams até tem seus momentos interessantes, mas é pouco aproveitada, agora são é o desenvolvimento dos personagens de Naomie Harris e Reid Scott que acabam se sobressaindo entre os outros.
No final, além da clara percepção de que o filme é mais curto do que se imaginava (o que no caso dele é bom, porque quando uma coisa não anda bem, não adianta enrolar), quase que sacramenta a noção de que Venom é só mais um no meio da multidão das adaptações cinematográficas da Marvel. Não chega a ser a pior coisa do mundo, mas também não vai perdurar muito na lembrança.
Reino Escondido
3.4 475 Assista AgoraAnimação da Blue Sky Studios mais madura do que a maioria das produções que a empresa criava.
Uma aventura sobre seres da natureza que se mistura com a trama de conexões entre a juventude e os mais velhos, seja da ligação que a filha quer ter com o pai, como a de um jovem que quer ter mais liberdade e menos pressão para a sua vida.
Os gráficos da obra são muito bem feitos, e a concepção entre o meio ambiente e as referências a monarquia são interessantes.
Bom filme!
A Força de um Sorriso
2.6 3Um docudrama televisivo bem sem sal.
A história dos personagens é até interessante, mas a forma capenga como a produção vai encenando ela não surte quase nenhum efeito.
Quadrado, artificial e apático.
Cara, Cadê o Dragão?
2.5 5 Assista AgoraEle dá a impressão de ser um genérico da DreamWorks Animation, mas com gráficos sem muito cuidado e uma história fraca.
Agora, o que é mais estranho nele é o fato dos personagens terem os olhos tão pequenos que faltam sumir na cara deles, chega a causar um certo incômodo.
28 Dias
3.2 271 Assista AgoraUm filme sobre a luta contra o vício mostrada de forma menos pesada.
A história é simples: Uma mulher alcoólatra precisa cumprir um período em uma clínica de reabilitação após se envolver em um acidente e vai tendo que se adaptar ao lugar.
Diferente dos filmes habituais sobre a temática, ele não mostra a sua protagonista como uma pessoa em completa degradação, um ambiente hostil, coadjuvantes totalmente humilhados e afins. Aqui, o modo como o enredo aborda o problema do alcoolismo é colocado de maneira menos tensa em boa parte do tempo, sem grandes alardes e momentos de extrema repulsa, ele tem seus momentos intensos, claro! Mas nada tão grotesco.
Uma concepção que flerta com a comédia e o romance em pingadas partes, mas que se equilibra mais no drama.
É louvável como Sandra Bullock tenta levar Gwen na sua trajetória, mas em certas sequências ela passa um certo ar de artificialidade na atuação, pode ser culpa da direção, mas é visível o quanto ela evoluiu em interpretação daqueles tempos pra cá.
Vale a conferida por ser um jeito mais digerível de acompanhar a construção de um tema que por muitas vezes é exibido sem muitas sutilezas em outras obras.
A Festa do Monstro Maluco
3.9 50Bacana!
O trabalho de stop motion é bem rústico, em algumas cenas é possível ver os fios que sustentam os bonecos e a transição de um movimento para o outro parece travado, mas isso não quer dizer que ele seja ruim, é um trabalho que satisfaz, e a história é legal, apesar de que alguns momentos haver uma leve diminuída no ritmo, mas ainda sim gera simpatia.
Curioso ver tantos personagens clássicos do terror reunidos nessa festa divertida, não faltou ninguém! Do Conde Drácula ao Dr. Jekyll e Mr. Hyde de "O Médico e o Monstro".
As partes musicais são boas, composições agradáveis e uma das canções chega até a citar a música brasileira.
Fica altamente perceptiva a forma como ele foi referência para obras cinematográficas mais recentes como "A Noiva Cadáver", "O Estranho Mundo de Jack" e "Frankenweenie" do Tim Burton, e a mais clara de todas as inspirações, a franquia "Hotel Transilvânia".
É um filme descontraído! Não é excelente, mas garante um bom divertimento.
Bebês Geniais
2.1 175 Assista AgoraEsse filme é o vale da estranheza!
Que coisa bizarra ver bebês se movimentando e se comportando como se fossem mini adultos, com direito a uma sequência em que um bebê aparece caminhando pelas ruas com um charuto na boca. Sem contar o enredo que é uma das histórias mais sem graça que se pode ter como passatempo.
E é de causar surpresa encontrar os nomes de Kathleen Turner e Christopher Lloyd envolvidos nisso.
"Bebês Geniais" é um misto de medo e vergonha alheia.
A Lenda de Candyman
3.3 506 Assista AgoraBoa confluência entre o terror e a crítica que o roteiro faz ao racismo na sociedade.
"Candyman" é uma figura sanguinária surgida justamente em decorrência da crueldade que os negros tiveram (e em alguns casos, ainda tem!) com relação ao preconceito. Sua vingança é fruto da barbárie que, mesmo com anos de história, ainda acontece.
O bacana do filme é que ele se liga ao personagem de maneira respeitosa, não ignora o seu passado noventista e ainda traz um frescor ao enredo que gratifica.
A qualidade da produção também merece boas referências, seja no visual, quanto na trilha sonora. Agora fica o lembrete: vamos entender que o Jordan Peele não é o diretor do filme, ele é o produtor, então antes de nos basearmos em análises em comparativo com os filmes de renome dele como "Corra!" e "Nós", é preciso compreender que, aqui, estamos diante da visão da Nia DaCosta, e que o modo de criação dela tem suas próprias características, e ela entregou um filme muito bom.
Elenco afiado e trama interessante fazem de "A Lenda de Candyman" uma obra compensadora!
Mártires
3.9 1,6KO cinema terror francês não é de se conter no que se refere a violência gráfica, suas produções muitas vezes não poupam o espectador de cenas impactantes, e "Martyrs" é um exemplo disso!
Do começo ao fim, a obra pega pesado nas sequências de brutalidade, a crueldade com os personagens é bastante desconfortante, não só pela questão física, mas também pela psicológica, e isso também é entregue para nós, onde alguns momentos de tortura são acompanhados de uma trilha sonora delicadamente mórbida, que faz com que o sentimento de pena e incômodo sejam potencializadas.
Lucie carrega um trauma tão grande que isso a desestruturou de tal maneira que ela ganha ares de selvageria, onde suas atitudes transitam entre a raiva, o medo, o ódio, a tristeza, a perturbação. Lucie perde qualquer traço de consciência para se transformar em um ser descontrolado em fúria e loucura, e nós conseguimos sentir toda essa carga dentro dela por conta de toda a maldade em que ela foi exposta.
A entrega do elenco foi fundamental para garantir as fortes emoções durante a história, principalmente a de Mylène Jampanoï.
Angústia é uma palavra que pode resumi-lo bem. Então, pra quem é mais sensível com sequências de agressão e sofrimento, esse filme não é recomendado!
Os Goonies
4.1 1,3K Assista AgoraUma produção com a essência de infância boa!
Uma aventura que consegue tocar na alma da criança que vive dentro da gente. Cada garoto e garota da trama tem a sua particularidade que, se não esteve em nós, foi visto em algum amigo ou amiga da nossa juventude, e que com suas características individuais conseguem formar um grupo que demonstrar um bem precioso, a valorização da amizade, isso em meio a uma trama que logo adentra em uma história divertida e carismática em busca de um tesouro.
E que produção primorosa! O detalhismo de todos os cenários é tão bacana. Os efeitos especiais que só os anos 80 podiam proporcionar, época em que o trabalho se empenhava em levar credibilidade com a recriação de tudo de forma palpável, real, e não com a invasão visual de computação gráfica pra tudo quanto é lado.
É é muito bom ver como tudo se encaixa na obra, da música-tema da Cyndi Lauper, "The Goonies 'R' Good Enough", um clássico oitentista, aos seus realizadores, que conta com a direção do mestre Richard Donner, do icônico "Superman" de 1978, o roteiro de Chris Columbus, que mais tarde seria o responsável por filmes como "Esqueceram de Mim", "Uma Babá Quase Perfeita", "O Homem Bicentenário", "Harry Potter e a Pedra Filosofal" entre outros, e a produção capitaneada por Steven Spielberg, que dispensa comentários.
Filme que fica guardado dentro da nossa memória afetiva de uma maneira calorosa.
Voando Alto
3.8 173O enredo é interessante, falando sobre superação, e a abordagem dele, indo mais pro lado do humor é até bacana, mas ele deixa a sensação de que falta alguma coisa, é como se ele não conseguisse atingir um grau de satisfação completo.
A atuação do Taron Egerton parece meio caricata no início, mas depois a gente percebe que Eddie era realmente daquele jeito e vai simpatizando com ele, ainda mais depois das constantes tentativas de pessoas que cruzam o caminho dele de menosprezá-lo e que tentam impedir que ele realize seu sonho.
Vale lembrar que anos depois, o diretor Dexter Fletcher e o ator Taron Egerton fariam mais uma parceria no cinema no musical "Rocketman".
Noites de Cabíria
4.5 382 Assista AgoraNão é à toa que a produção é considerada uma das obras-primas do Fellini. Não tem como não sentir compaixão por Cabíria!
Uma prostituta que constantemente passa por desilusões, que na ânsia para encontrar o amor da sua vida acaba vendo seu sonho se perder em cada tentativa.
É aquela realidade cruel, onde o amor em versos, prosas e música é perfeito, mas que no dia a dia nem sempre é compartilhada por todos. A procura por ele pode levar a caminhos errados, mas Cabíria mostra que, mesmo em momentos que parecem esmagar o seu coração, nunca se deve parar de olhar o mundo e se emocionar.
Interessante também como o enredo faz a analogia do arrebatamento religioso com a sequência do show de hipnose, e como isso se casa com o que a história propõe, afinal, o amor arrebata a gente e por vezes nos faz tomar atitudes que não percebemos.
O final é realmente tocante! Giulietta Masina resume com os olhos todo o sentimento que sua personagem tem dentro de si.
Fellini incrível!
O Corte da Navalha
3.0 52Visualmente, o filme é interessante, tem uma estética suja, agressiva, alguns enquadramentos bacanas, efeitos de iluminação curiosos, lembra uma mistura de "Mad Max" com "O Massacre da Serra Elétrica 2", mas o enredo parece confuso, muito por conta da montagem, que é um pouco embaralhada, sem contar alguns erros no roteiro.
Amazônia - Planeta Verde
3.4 53"Amazônia - Planeta Verde" consegue provocar no espectador diferentes pontos de vista de uma maneira curiosa.
Se ele for assistido sem a dublagem a obra se mostra um mergulho contemplativo na beleza da fauna e da flora amazônica vista pela ótica de um animal selvagem que foi domesticado, já se for conferido com a dublagem de Lúcio Mauro Filho e Isabelle Drummond ela fica parecendo uma aventura na selva feita por um macaco criado fora daquele ambiente.
É como se, sem a dublagem, estivéssemos diante de um documentário intimamente ligado aos seres da floresta, enquanto com a dublagem, vira um filme no estilo Sessão da Tarde, com bichos falantes aprontando "mil e umas".
Então, se você é adulto e não se incomoda em ver uma obra em que apenas os sons da natureza se fazem presente, essa é uma boa pedida! Já se você quer colocar ele pra criançada conferir, assisti-lo na versão dublada é a mais recomendada, pois Lúcio e Isabelle dão até um tom mais infantil ao conteúdo.
Mas, independente da forma como ele for visto, uma coisa é evidente: A Amazônia é um espetáculo visual!
Identidade
3.8 869 Assista AgoraBem interessante!
Destinos que se cruzam em um motel a beira de estrada, numa noite chuvosa em que tramas paralelas aos poucos vão se formando e traçando o caminho de cada um dos personagens.
Na metade do filme a historia fica um pouco confusa, mas é proposital, já que vamos percebendo que produção faz uma mescla entre o que é coerente e o que parece sem lógica, e o final faz uma costura de tudo isso de modo curioso.
E é notório que o filme bebeu na fonte de "Psicose".
Vale a conferida!
A Lenda: Um Luxo De Sonhar
3.7 22A versão sul-coreana de um enredo de novela mexicana em nível hard!
Os primeiros k-dramas da emissora da Coreia do Sul JTBC tinham um aspecto bem diferente das produções do gênero mais atuais. Elas tinham um visual e uma construção de roteiro mais parecidos com as das telenovelas ocidentais do que com as de séries, e não é à toa que muitos as consideram como "novelas coreanas", e "A Lenda: Um Luxo de Sonhar" é um desses exemplos.
Além da questão da imagem, a obra segue à risca a cartilha de uma típica trama de folhetins, que no caso do Brasil o público já é mais familiarizado com essa concepção por conta das produções nacionais e do México, muito parecidas entre si, com o detalhe de que as produções mexicanas exageram nos dramas e nas reviravoltas, e "A Lenda" acaba ficando mais próxima do lado mexicano no que se refere a esses quesitos.
Uma protagonista que é um poço de bondade e inocência, e que por isso sofre que nem uma condenada, um romance que vai passar por umas duzentas aprovações até finalmente ser concretizado, vilãs que vão fazer de tudo pra atrapalhar a vida da mocinha, um protagonista que vai ser ludibriado, vai virar herói, vai ficar decepcionado, vai estar apaixonado, vai cometer injustiça, e tudo quanto é sentimento misturado durante a sua trajetória, e por aí vai.
Essa estrutura novelesca é até atraente para o público que já acompanha obras do tipo, mas no caso de "A Lenda", se o espectador for começar a analisar ela com mais apuro vai ver que esse k-drama tem uma história com desenvolvimento quase surreal, é tudo muito cômodo e feito de maneira anômala. Se o roteiro seguisse uma trajetória mais coerente com a realidade, as coisas poderiam ser resolvidas de modo natural e crível, mas o enredo aqui faz de tudo para atrasar e estender certos momentos para continuar dando gás a história e a incoerência fica evidente. As personagens sabem o que tá errado, quem tá errado, tem a chance de mudarem aquilo, de mostrarem a verdade, mas vão tentando tapar o sol com a peneira e ficam enrolando a situação por um bom tempo para adiar ao máximo a sua solução. É uma história onde pessoas aceitam os infortúnios que vão aparecendo na sua vida sabe-se lá porquê?
Quem gosta de melodrama bem carregado vai curtir, mas não espere um enredo muito coeso, pois as chances de aparecer na sua mente um "é isso mesmo?" enquanto você acompanha a produção são grandes.
O Elo Perdido (1ª Temporada)
3.8 22Visualmente, a estética da série é bem ruim, a criação dos dinossauros e dos cenários fica muito aquém de uma boa qualidade, porém ele compensa com o enredo, simples mas bacana.
Vale por um saudosismo de outros tempos, com uma história mais ingênua.
Love Story: Uma História de Amor
3.4 207 Assista AgoraUm exemplo de um filme que ganhou status por conta de trilha sonora, que se tornou clássica, mas se for se atentar ao roteiro, a obra se mostra bem fraca.
Personagens que geram uma certa antipatia, principalmente Jenny, que é de uma arrogância irritante, história repleta de clichês que acabam decepcionando e uma produção que não é nada de mais.
Os momentos finais até tentam conseguir um pouco de apego por conta do drama, mas isso não salva a trajetória do enredo como um todo.
"Love Story" tá mais pra "Boring Story"!
Valentins (1ª Temporada)
3.8 2É estranho ver uma série com elementos fantásticos que poderiam agradar as crianças parecendo uma obra tão sem sal.
Não sei se é o ritmo meio lento, ou a concepção dos personagens, ou a história com falta de ânimo, mas "Valentins" passa longe de ser uma produção entusiasmante, gratificante. Sem contar o mau aproveitamento de Cláudia Abreu e Guilherme Weber na trama.
Sem graça!
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
4.0 494Com uma estética pop, altamente influenciada pela internet, misturando o 3D dos personagens e cenários, com um visual 2D propositalmente rabiscado para ilustrar a mente criativa da protagonista Katie, "A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas" é uma produção muito boa.
Tendo como abordagem a relação de pais e filhos na adolescência e a absorção cada vez maior do universo tecnológico no dia a dia da sociedade, o filme cria uma história que é engraçada e comovente. Aliado a isso, a obra tem uma arte muito bem realizada, a criação visual de todos os elementos é um trabalho bonito, colorido, alegre, atrativo.
Uma produção altamente simpática, com uma mensagem bacana e com referências divertidas dos tempos atuais.
Sony Animation mandando muito bem!
A Mulher na Janela
3.0 1,1K Assista AgoraInteressante suspense que conseguiu dentro de um único cenário desenvolver uma história de tensão e neurose.
É curioso ver como os elementos da trama vão até Anna, pois o fato dela ser uma agorafóbica limita o seu trânsito por áreas externas e uma aproximação mais desenvolta com os outros, porém é instigante acompanhar os personagens e as situações invadirem o espaço físico e mental da protagonista.
Amy Adams dispensa comentários sobre sua performance, ótima como sempre! E o modo como ela personifica Anna é muito boa. A maneira como se comporta, em que parece acanhada mesmo dentro de sua própria casa, a forma como se veste, usando camisolas largas, dando um ar de envelhecimento, a sua aparência, denotando um desleixo consigo mesma. Anna é prisioneira de sua fobia e se comporta como uma detenta.
Com um elenco de coadjuvantes estelar, é claro que fica a vontade de ter visto eles ganharem um pouco mais de espaço em cena, mas como seus personagens tem ações específicas no transcorrer da obra, suas participações são gratificantes.
Bom filme!