É muito bacana ver um filme seguir a cartilha do noir e fazer um trabalho correto como esse!
Tem um clima de suspense sutil e classudo, com uma femme fatale fria e manipuladora, com personagens masculinos que, hoje, poderíamos categoriza-los como anti-heróis, e tudo isso envolto em relacionamentos escusos e, em algumas partes, parecendo até doentios.
A atuação do elenco é o seu grande trunfo! Van Heflin, Barbara Stanwyck, Lizabeth Scott e Kirk Douglas fazem um trabalho ótimo com seus personagens. Cada um contribui para que a trama não deixe a peteca cair.
O senão fica por conta de certas situações cômodas que são colocadas na história para ela seguir um rumo com destino certo, digamos assim.
Curiosamente, "The Mommy" (o filme dentro do filme) conseguem ser mais interessante do que a versão da "realidade", ou sendo mais claro, do que acontece no cinema onde as pessoas estão vendo "The Mommy".
A sanguinolência e a trama do filme dentro do filme são boas, as interpretações de Michael Lerner e Zelda Rubinstein compensam, mas quando a história entra na sequência "fora das telas" parece que o ritmo da obra fica irregular, dá a impressão de que o enredo demora mais tempo para se desenrolar, mesmo tendo alguns momentos chaves bacanas.
O final confuso também não encerra a trama de maneira gratificante, parecendo deslocado.
Fico imaginando como seria esse curta se ele tivesse sido lançado na época em que foi planejado, lá nos anos 40?
Já nesses tempos recentes, com a nossa moderna tecnologia dos dias atuais, ver a concepção da arte de Salvador Dalí na mistura de 2D com 3D produzida pela Disney é fascinante!
A história do amor de Chronos por Dahlia ganha ares de surrealismo que só Dalí poderia imaginar. E tudo recriado pela equipe da Disney de modo que não perde a essência de seu criador.
Apesar da produção de cenários e figurinos retratarem a época de maneira satisfatória, o enredo não é tão empolgante quanto se esperava. Acredito que muito disso se deve a atuação de Chay Suede, que tem uma interpretação digna de uma porta, onde depois do início canastrão seduzindo a câmera em primeira pessoa, vai do meio para o final tentando dar um ar de dramaticidade, mas não consegue derramar lágrimas e já aparece com os olhos molhados (no artifício do colírio), Gabriel Leone vai quase no mesmo rumo, e só Malu Rodrigues consegue salvar, dando vida a Wanderléa com dignidade, uma pena ela ser tão pouco aproveitada. Fora o trio, Isabela Garcia adiciona bons momentos em cena. O diretor Lui Faria deu um jeito de colocar até a esposa, a cantora Paula Toller, na obra, mas numa participação curta, já que dá pra notar que ela não tem vocação pra atuação.
Outro ponto negativo é a saturação de imagem de Bianca Comparato, que deixa a impressão de ser reaproveitada constantemente durante o tempo.
Apesar de fugir de algumas polêmicas, como a relação Erasmo/Roberto/Tim Maia, a história fez reforçar a antipatia por Carlos Imperial, que na trama vemos que era um verdadeiro calhorda.
Começa parecendo uma confusão nonsense, pela metade vira um misto de comédia e ação e termina fazendo uma análise da vida de modo emocionante.
É um roteiro que vive em metamorfose, se transformando a cada etapa das viagens entre os multiversos, e o que chama a atenção nele é que os personagens são pessoas comuns que, ao ganharem habilidades, conseguem chegar ao nível de super humanos, mas com emoções, com consciência mais natural.
É curioso os sentimentos que ele vai provocando no espectador: da dúvida ao drama, do riso a reflexão. E os efeitos especiais para recriar toda essa atmosfera são muito bem feitos, com um qualidade que gratifica.
As atuações estão no ponto certo, a forma como as interpretações casam umas com as outras funcionam num encaixe excelente. Um personagem consegue dar o suporte ao outro, bem interessante!
O filme é um surrealismo com sentido, uma viagem entre as possibilidades da nossa existência e, como diz o título, com "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo".
Carregando a fórmula de filmes slashers de outrora, "Assassinatos na Fraternidade Secreta" tem referências que vão desde "Noite do Terror" de 1974, a "Sexta-feira 13" de 1980, onde a produção consegue criar um instigante clima de suspense, aliado as boas sequências de mortes.
Bacana ver na cena dos créditos iniciais um trajeto pelo ambiente da fraternidade, onde ele é praticamente um resumo do que é aquele ambiente estudantil tipicamente americano, e a partir dali a gente vai notando a que a obra tem um bom trato visual, que se segue ao decorrer do filme.
Curiosa a maneira como a bengala da Sra. Slater ganha destaque na história, vira uma parte da obra.
A trilha sonora, numa parte logo no início da trama, quase se tornava uma cópia da composição do filme "Terror em Amityville" de 79, mas com algumas diferenças de arranjo, mas depois a trilha do filme ganha uma cara própria.
O final parece um pouco bagunçado, meio perdido, mas nada de tão grave.
Se olharmos ele pelas cenas de mortes, bem sangrentas e intensas, ele fica bem na foto, agora, se formos nos atentar ao roteiro, aí a coisa fica feia porque o enredo é ALTAMENTE FORÇADO (em letras maiúsculas), com situações sem noção pra dar e vender.
A pessoa torce o tornozelo, decidi ir cuidar do problema num pronto-socorro? Não! Vai se consultar num hospício.
Um psicopata mata uma mulher na frente do teatro e ainda pode ter se escondido no local. Você encerra o ensaio e manda todo mundo em segurança pra casa? Não! Retoma o ensaio com parte do elenco, tranca o teatro e manda esconder a chave.
Uma atriz tá sendo morta a facadas no palco, você vai correndo ajudá-la e tentar impedir que o assassino continue a esfaqueando? Não! Fica vendo a outra sendo morta por vários segundos e só depois que o cara vai embora e deixa a outra ensanguentada no palco é que as pessoas decidem ir até ela.
E pra piorar, os erros de continuidade nas sequências são grosseiros, feito nas coxas.
O pessoal se esconde em um camarim e decide sair pra procurar a chave numa outra parte do teatro, uma das sobreviventes fala que está com o tornozelo doendo muito e que não dá pra andar, dois deles decidem sair e os três restantes ficam no local, aí quando um rapaz que estava com ela é morto e os dois que tinham ido atrás da chave retornam, todos optam por sair do camarim e a garota com o tornozelo doendo consegue caminhar com a ajuda de outra moça e minutos depois, após todos os outros atores terem sido mortos, ela milagrosamente deixa de sentir dor e vaga pelo teatro como se nunca tivesse torcido o tornozelo.
Sinceramente, "O Pássaro Sangrento" é uma daquelas obras que, mesmo com um visual intenso nas partes de matança, a surrealidade da trama acaba por ser mais um teste para saber o quanto o espectador atura tanta falta de lógica.
Bom trabalho de direção de arte, o detalhismo dos cenários é bem bacana, as composições da trilha sonora são agradáveis (legal ver que até na versão dublada fizeram uma boa roupagem das músicas), o enredo diverte, mas não é tão esfuziante como o roteiro de outros filmes dos Muppets.
Quem rouba a cena aqui são os ratos turistas, que garantem os momentos de humor mais notáveis da produção.
Curioso saber que o seriado nasceu da ideia de se fazer pra TV algo parecido com "A Hard Day's Night", filme dos Beatles, e a ideia deu certo!
E a ficção se tornou realidade, já que o quarteto era formado por garotos que não eram cantores, apenas encenariam e cantariam para a série, mas o sucesso acabou levando eles para o mundo da música de verdade.
Produção com um humor agradável, por vezes ingênuo, e que funciona muito bem para aqueles tempos de efervescência juvenil vinda da Beatlemania.
É um filme simpático, uma comédia romântica extremamente característica dos anos 80, tanto no visual quanto na trilha sonora, mas a de se convir que, não é uma produção memorável!
Pela sinopse, e pelo próprio início da história, levava a crer que o enredo tomaria um rumo mais intenso, mas ele vai num caminho leve e, mesmo quando a trama ganha ares mais tensos, quando o computador se torna enciumado, não chega a ser algo pesado. Talvez essa expectativa tenha criado uma ideia de ver uma coisa, quando na verdade a abordagem era outra.
A animação que o filme passa nos primeiros momentos logo vai perdendo a força no decorrer do tempo, não é algo tão fraco ao ponto de abandoná-la, mas se dissipa gradualmente, voltando a nos puxar nos minutos finais.
Sem dúvida nenhuma, a marca dele é o visual da tecnologia oitentista e a sua trilha sonora, feita pelo icônico mago do pop eletrônico da época, Giorgio Moroder, que inclusive produz a música tema, que tem Philip Oakey no vocal, do grupo The Human League (banda marcante da década de 80).
Bom também para ver a Virginia Madsen no início da carreira, no seu segundo filme.
Pra quem não sabe sobre os bastidores do prêmio de Hollywood, existem filmes feitos sob encomenda para ganharem indicações ao Oscar, como foi o caso de "Babel" de 2006, porém, diferente do filme de Alejandro González Iñárritu que, além de um bom elenco, tem um roteiro bem construído e atrativo, "Trapaça" só ganha mérito por parte do seu elenco (mais especificamente o feminino) e pela recriação de época, porque a história está longe de ser excelente, já que por vezes fica arrastada e encostada na monotonia.
Podemos dizer que David O. Russell foi pego no colo pelos membros da Academia naqueles tempos pois, se "O Lado Bom da Vida" já não é era essa maravilha de produção quando foi nomeado a 8 prêmios no ano anterior (ganhando apenas o questionável Oscar de Melhor Atriz pra Jennifer Lawrence), sua obra seguinte deixou claro que, ele poderia fazer o filme que fosse que o Oscar ia indicar ele nas categorias da premiação, e foi o que aconteceu! E o resultado foi esse: 10 indicações e nenhum Oscar ganho. Prova de que ele estava ali para cumprir tabela. E dois anos depois lá estava ele de novo, agora com o seu mais fraco ainda "Joy: O Nome do Sucesso" com a Jennifer Lawrence sendo, novamente, nomeada ao Oscar de Melhor Atriz.
"Trapaça" 'tropeça' em vários momentos e sua trama é desregulada nos sentimentos, ora curioso, ora chato, como se o filme tentasse pegar no tranco em certas partes.
É uma obra bem enfeitada por fora, mas sem grandes ornamentações por dentro.
A trama é interessante e, as sequências de mortes são bem realizadas.
Protagonizado por Linda Blair, a eterna Regan de "O Exorcista", Peter Barton, que teve como papel mais marcante pro público no cinema em "Sexta-feira 13: Parte 4 - Capítulo Final", Suki Goodwin e Vince Van Patten, que não tiveram uma carreira de grande repercussão na sétima arte.
É claro que como um típico slasher dos anos 80, ele tem algumas situações que ficam claras que acontecem para poder fazer a história render mais um tempo e dar cabo em alguns personagens, o que não é problema se formos analisar o contexto de filmes do gênero da época. Como também o seu ápice, que não traz nada fora do comum, vai no caminho óbvio e entretêm de maneira compensatória.
"Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" proporciona uma diversão de 2 horas com satisfação.
Ágil, bem produzido, com um roteiro sagaz, efeitos visuais excelentes, pitadas de humor no texto e ainda dando um toque de terror em certas sequências que dão um gás na trama que agrada bastante.
É fato que, para entender mais fácil alguns entrechos do enredo, conferir o primeiro "Doutor Estranho" e a série da Disney+ "WandaVision" é uma boa dica, mas mesmo que você não tenha assistido eles, a história ainda sim não deixa você boiando, dá pra vê-lo e compreender seu desenvolvimento sem grandes problemas.
Sam Raimi ainda consegue colocar referências da sua filmografia dentro do próprio filme sem parecer cópia de si mesmo ou falta de criatividade. Coisa de quem é craque na direção!
Trama interessante e que prende o espectador e, o que me chamou a atenção foram as cenas fortes de algumas mortes, algo que não era tão comum de ver nos filmes do James Bond.
É claro que, se falando de 007, algumas surrealidades em momentos de ação são notórios, mas acabam sendo divertidos no final das contas. E a escolha das Bond Girls é um caso à parte, aqui contando com as belas Carey Lowell e Talisa Soto abrilhantando a tela.
Surpresa foi ver Benicio del Toro no início da carreira, participando do seu segundo filme.
Eu acho que o Timothy Dalton fez um bom trabalho como James Bond, apresentado um personagem mais humano, e curioso o fato dele só ter feito 2 filmes da franquia (sendo substituído pelo Pierce Brosnan nos anos 90). Mas soube que foi o próprio que decidiu não dar mais vida ao agente por conta de problemas com a realização de um novo filme após "Permissão Para Matar".
O modo como a animação retrata a infância e o seu universo imaginativo é fascinante!
As meninas protagonistas dessa história são a melhor exemplificação de como é uma criança de verdade: elas são agitadas, alegres, gritalhonas, se sujam, são curiosas, por vezes são mimadas, arteiras, doces... O jeito delas é tão natural, tão parecido com o de garotas e garotos da idade delas da vida real que não tem como assistir essa obra e não sentir um grande carisma pelas duas. E o enredo ainda coloca elementos que poderiam ser facilmente levados pelo caminho mais sombrio, mas que por elas, e até pelos adultos, são enfrentados de maneira afável e corajosa, onde o que dá temor não é o desconhecido, e sim a perda daqueles que amamos.
E os espíritos da floresta, que aqui são tratados de modo lúdico, simpático, encantador, fazendo uma relação com a imaginação de toda criança, que viajam na criatividade, onde podem sonhar com as mais diferentes criaturas e se divertirem muito com elas.
É uma produção para aquecer o coração! Quando se entende a delicadeza, a sutileza da sua trama, a gente termina de conferi-lo com um sorriso no rosto e querendo voltar a infância para ver o mundo pelo olhar que só uma criança pode enxergar.
Pode-se dizer que o filme do começo até a metade segue o caminho do nonsense, com os personagens com ações exageradas e caricatas, o problema é que esse tipo de comportamento não é só visto naqueles que desacreditam, mas até mesmo aqueles que deveriam ser mais os mais centrados acabam perdendo um pouco o rumo, em atitudes exacerbadas. Dá pra entender que o diretor quis usar esse tipo de abordagem para levar a trama num caminho mais cômico, mas acabava ficando destoado, com todo mundo sem noção dos excessos comportamentais, soou uma coisa sem prumo. Porém, da metade para o final, pareceu que o filme conseguiu se encaixar, onde ficou mais equilibrado e assim, com uma dinâmica mais interessante.
Produções com um elenco recheado nem sempre são sinônimos de qualidade, exemplos de obras abarrotadas de grandes estrelas onde, se não é uma história fraca, é a falta de desenvolvimento de certos personagens que tornam elas decepcionantes é o que não faltam! Mas em "Não Olhe Para Cima" o enredo e a evolução da maioria dos personagens é bem desenvolvida. Tirando o tom exacerbado do início e o personagem Quentin do Timothée Chalamet, que não agrega muito a história, o resto faz um bom trajeto.
No final, sai um resultado bem satisfatório! Nada excepcional, mas gratifica pela dramédia e pelo notório empenho da Netflix em entregar uma obra com uma boa qualidade visual.
A questão da sobrevivência em meio a marginalização olhada pelo ponto de vista de cães e gatos abandonados, que precisam conseguir o alimento e a proteção com o pouco que tem.
É curioso como o filme é fluído, você confere ele de uma maneira tranquila, apesar de algumas cenas serem até de um pouco fortes, mas ainda sim é uma produção sem tropeços.
Um acerto na versão dublada foi a participação de cantores conhecidos cantando as músicas da trilha sonora, como Léo Jaime, Paulo Ricardo, Adriana Calcanhotto, Rosana, entre outros, uma pena eles não terem aproveitado esses mesmos músicos para fazer as vozes dos personagens, mas dá pra entender porque, na época, não era comum ver artistas famosos fazendo a dublagem de animações, como é hoje em dia.
Pode não ser a animação da Disney mais marcante, mas é uma obra prazerosa de se conferir.
O filme é uma grande tiração de sarro com eles mesmos, onde podemos ver logo no início que eles querem se divertir brincando com a própria produção, como na conversa entre Caco, Fozzie e Gonzo na cena dos créditos iniciais.
Comparado com o seu antecessor, ele se apoia menos na aventura, mas cai perfeitamente na comédia e faz isso de maneira muito boa.
Pra conferir despretensiosamente e dar umas algumas risadas com os Muppets e o seu humor jocoso.
A ironia de ver um filme de heavy metal ser "leve"!
Uma produção que tem aquela essência dos filmes de rock de antigamente em que a diversão e o descompromisso é o que valem. Uma história simples, mas bem bacana, com uma produção digna e, o mais animador, a trilha sonora, repleta de músicas que entusiasmam no primeiro acorde.
O enredo se apega no humor descontraído, mas ele também se dá a oportunidade de flertar com o drama, principalmente na questão dos conflitos de Emily, mas sem que isso fique dominando a trama, a abordagem é rápida e agradável.
É um filme adolescente pra se desligar dos problemas e relaxar de uma maneira divertida, ao som de boa música e dando umas risadas. É quase uma obra de "Sessão da Tarde", só não consegue ficar nessa categoria porque tem alguns palavrões e uma sequência mais "adulta", mas nada explícito.
Vale destacar que a produção executiva dele é do Tom Morello, guitarrista do Rage Against the Machine.
Revendo o filme, é muito bacana ver uma produção que consegue aliar comédia com elementos de terror se tornar tão gratificante pra gente!
A concepção de pegar um personagem gracioso, carismático como o Gizmo e transformar outras espécies dele em seres com personalidades fortes e logo em seguida em monstros sinistros, e tudo isso transitando entre o humor e horror, mas sem que o último seja colocado como algo pesado, tenso, mais como um adicionamento na comédia que ele se propõe é uma sacada perfeita!
Se for notar, os cenários dele são geralmente pequenos, mas a qualidade nos efeitos faz toda a diferença, não só no trabalho realizado com os gremlins, mas também nas sequências de ataques e transformações. E a construção dos personagens é aquela que atinge justamente o seu objetivo em fisgar o espectador (o protagonista gente boa que adora o seu cão, a garota linda e simpática que trabalha junto com ele, a senhora antipática e grosseira que logo ganha a alcunha de vilã e cria antipatia na gente, o pai esforçado que, apesar das tentativas fracassadas de suas invenções, ainda persiste no seu objetivo, etc). E ele ainda se dava a liberdade de adicionar certas situações que, só naqueles tempos, era possível ver com tanta naturalidade, como a versão monstruosa dos seres bebendo, fumando e arrumando briga.
A obra ainda é cheio de detalhes que fazem referências a outras produções, indo de clássicos da ficção científica como "A Máquina do Tempo" de 1960,
Nessa cena, inclusive, Steven Spielberg (produtor do filme) faz uma participação no estilo Alfred Hitchcock em seus filmes, dirigindo um das invenções da convenção de inventores...
Até a encenação de uma sequência de dança de "Flashdance - Em Ritmo de Embalo". É uma farofa de homenagens muito divertida!
E não dá pra deixar de comentar sobre a trilha sonora feita pelo compositor Jerry Goldsmith, que virou uma das trilhas clássicas daquela década.
"Gremlins" é uma daquelas produções que mostravam como os anos 80 conseguiam fazer filmes jocosos e bizarros ao mesmo tempo, e faziam isso de uma maneira muito legal.
Uma história de aventura, tesouro e perseguição sem grandes pretensões, seguindo uma fórmula já conhecida e que cumpre a sua função de levar entretenimento descompromissado. Só dá a impressão de que poderia ter uma duração mais enxuta, 2 horas que poderiam ser reduzidas editando certas partes que aparecem na trama.
Se comparado a outros filmes com a mesma temática, fica um pouco atrás, mas longe de ser péssimo.
Atuações gratificantes, produção satisfatória, uma obra pra desligar o cérebro e acompanhar o enredo de maneira descontraída.
Uma história que mostra como as escolhas da nossa vida podem influenciar o nosso futuro. É muito interessante como o filme se debruça sobre cada possibilidade e como isso reflete no caminhar da trama, porém, me pareceu que o filme se dividiu em dois, onde uma parte dele faz um curioso percurso sobre as questões das natureza humana em decorrência dessas escolhas em meio a análises, e a outra parte fica no drama e romance, mostrando como os relacionamentos do protagonista são projetados, e nessas sequências sobre os relacionamentos me deu a impressão de que o enredo perde um pouco a carga dele, entrando num melodrama que não funciona tão bem com a parte mais analítica.
Sem contar que a obra parece interminável, com recorrentes usos de flashbacks e com muitas divisões de possibilidades e, aliando isso ao roteiro um tanto quanto complicado de entender, acaba por torná-lo cansativo em certos pontos.
Temos que fazer boas menções ao ótimo trabalho da equipe de direção de arte, fotografia e maquiagem, muito bons!
Confuso, instigante, mas com menos tempo e um pouco mais poda no roteiro ele teria ficado melhor.
O Tempo Não Apaga
3.9 29 Assista AgoraÉ muito bacana ver um filme seguir a cartilha do noir e fazer um trabalho correto como esse!
Tem um clima de suspense sutil e classudo, com uma femme fatale fria e manipuladora, com personagens masculinos que, hoje, poderíamos categoriza-los como anti-heróis, e tudo isso envolto em relacionamentos escusos e, em algumas partes, parecendo até doentios.
A atuação do elenco é o seu grande trunfo! Van Heflin, Barbara Stanwyck, Lizabeth Scott e Kirk Douglas fazem um trabalho ótimo com seus personagens. Cada um contribui para que a trama não deixe a peteca cair.
O senão fica por conta de certas situações cômodas que são colocadas na história para ela seguir um rumo com destino certo, digamos assim.
Vale a conferida!
Os Olhos da Cidade são Meus
3.6 73Curiosamente, "The Mommy" (o filme dentro do filme) conseguem ser mais interessante do que a versão da "realidade", ou sendo mais claro, do que acontece no cinema onde as pessoas estão vendo "The Mommy".
A sanguinolência e a trama do filme dentro do filme são boas, as interpretações de Michael Lerner e Zelda Rubinstein compensam, mas quando a história entra na sequência "fora das telas" parece que o ritmo da obra fica irregular, dá a impressão de que o enredo demora mais tempo para se desenrolar, mesmo tendo alguns momentos chaves bacanas.
O final confuso também não encerra a trama de maneira gratificante, parecendo deslocado.
Destino
4.3 283 Assista AgoraFico imaginando como seria esse curta se ele tivesse sido lançado na época em que foi planejado, lá nos anos 40?
Já nesses tempos recentes, com a nossa moderna tecnologia dos dias atuais, ver a concepção da arte de Salvador Dalí na mistura de 2D com 3D produzida pela Disney é fascinante!
A história do amor de Chronos por Dahlia ganha ares de surrealismo que só Dalí poderia imaginar. E tudo recriado pela equipe da Disney de modo que não perde a essência de seu criador.
Muito interessante!
Minha Fama de Mau
3.2 123É um filme que, de algum modo, não entusiasma!
Apesar da produção de cenários e figurinos retratarem a época de maneira satisfatória, o enredo não é tão empolgante quanto se esperava. Acredito que muito disso se deve a atuação de Chay Suede, que tem uma interpretação digna de uma porta, onde depois do início canastrão seduzindo a câmera em primeira pessoa, vai do meio para o final tentando dar um ar de dramaticidade, mas não consegue derramar lágrimas e já aparece com os olhos molhados (no artifício do colírio), Gabriel Leone vai quase no mesmo rumo, e só Malu Rodrigues consegue salvar, dando vida a Wanderléa com dignidade, uma pena ela ser tão pouco aproveitada. Fora o trio, Isabela Garcia adiciona bons momentos em cena.
O diretor Lui Faria deu um jeito de colocar até a esposa, a cantora Paula Toller, na obra, mas numa participação curta, já que dá pra notar que ela não tem vocação pra atuação.
Outro ponto negativo é a saturação de imagem de Bianca Comparato, que deixa a impressão de ser reaproveitada constantemente durante o tempo.
Apesar de fugir de algumas polêmicas, como a relação Erasmo/Roberto/Tim Maia, a história fez reforçar a antipatia por Carlos Imperial, que na trama vemos que era um verdadeiro calhorda.
Regular, sem muito ânimo.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraComeça parecendo uma confusão nonsense, pela metade vira um misto de comédia e ação e termina fazendo uma análise da vida de modo emocionante.
É um roteiro que vive em metamorfose, se transformando a cada etapa das viagens entre os multiversos, e o que chama a atenção nele é que os personagens são pessoas comuns que, ao ganharem habilidades, conseguem chegar ao nível de super humanos, mas com emoções, com consciência mais natural.
É curioso os sentimentos que ele vai provocando no espectador: da dúvida ao drama, do riso a reflexão. E os efeitos especiais para recriar toda essa atmosfera são muito bem feitos, com um qualidade que gratifica.
As atuações estão no ponto certo, a forma como as interpretações casam umas com as outras funcionam num encaixe excelente. Um personagem consegue dar o suporte ao outro, bem interessante!
O filme é um surrealismo com sentido, uma viagem entre as possibilidades da nossa existência e, como diz o título, com "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo".
Assassinatos na Fraternidade Secreta
3.2 72Bom filme!
Carregando a fórmula de filmes slashers de outrora, "Assassinatos na Fraternidade Secreta" tem referências que vão desde "Noite do Terror" de 1974, a "Sexta-feira 13" de 1980, onde a produção consegue criar um instigante clima de suspense, aliado as boas sequências de mortes.
Bacana ver na cena dos créditos iniciais um trajeto pelo ambiente da fraternidade, onde ele é praticamente um resumo do que é aquele ambiente estudantil tipicamente americano, e a partir dali a gente vai notando a que a obra tem um bom trato visual, que se segue ao decorrer do filme.
Curiosa a maneira como a bengala da Sra. Slater ganha destaque na história, vira uma parte da obra.
A trilha sonora, numa parte logo no início da trama, quase se tornava uma cópia da composição do filme "Terror em Amityville" de 79, mas com algumas diferenças de arranjo, mas depois a trilha do filme ganha uma cara própria.
O final parece um pouco bagunçado, meio perdido, mas nada de tão grave.
Merece a atenção!
O Pássaro Sangrento
3.5 85Se olharmos ele pelas cenas de mortes, bem sangrentas e intensas, ele fica bem na foto, agora, se formos nos atentar ao roteiro, aí a coisa fica feia porque o enredo é ALTAMENTE FORÇADO (em letras maiúsculas), com situações sem noção pra dar e vender.
A pessoa torce o tornozelo, decidi ir cuidar do problema num pronto-socorro? Não! Vai se consultar num hospício.
Um psicopata mata uma mulher na frente do teatro e ainda pode ter se escondido no local. Você encerra o ensaio e manda todo mundo em segurança pra casa? Não! Retoma o ensaio com parte do elenco, tranca o teatro e manda esconder a chave.
Uma atriz tá sendo morta a facadas no palco, você vai correndo ajudá-la e tentar impedir que o assassino continue a esfaqueando? Não! Fica vendo a outra sendo morta por vários segundos e só depois que o cara vai embora e deixa a outra ensanguentada no palco é que as pessoas decidem ir até ela.
E pra piorar, os erros de continuidade nas sequências são grosseiros, feito nas coxas.
O pessoal se esconde em um camarim e decide sair pra procurar a chave numa outra parte do teatro, uma das sobreviventes fala que está com o tornozelo doendo muito e que não dá pra andar, dois deles decidem sair e os três restantes ficam no local, aí quando um rapaz que estava com ela é morto e os dois que tinham ido atrás da chave retornam, todos optam por sair do camarim e a garota com o tornozelo doendo consegue caminhar com a ajuda de outra moça e minutos depois, após todos os outros atores terem sido mortos, ela milagrosamente deixa de sentir dor e vaga pelo teatro como se nunca tivesse torcido o tornozelo.
Sinceramente, "O Pássaro Sangrento" é uma daquelas obras que, mesmo com um visual intenso nas partes de matança, a surrealidade da trama acaba por ser mais um teste para saber o quanto o espectador atura tanta falta de lógica.
Os Muppets na Ilha do Tesouro
3.3 32 Assista AgoraInteressante!
Bom trabalho de direção de arte, o detalhismo dos cenários é bem bacana, as composições da trilha sonora são agradáveis (legal ver que até na versão dublada fizeram uma boa roupagem das músicas), o enredo diverte, mas não é tão esfuziante como o roteiro de outros filmes dos Muppets.
Quem rouba a cena aqui são os ratos turistas, que garantem os momentos de humor mais notáveis da produção.
The Monkees (1ª Temporada)
4.2 7Bem divertido!
Curioso saber que o seriado nasceu da ideia de se fazer pra TV algo parecido com "A Hard Day's Night", filme dos Beatles, e a ideia deu certo!
E a ficção se tornou realidade, já que o quarteto era formado por garotos que não eram cantores, apenas encenariam e cantariam para a série, mas o sucesso acabou levando eles para o mundo da música de verdade.
Produção com um humor agradável, por vezes ingênuo, e que funciona muito bem para aqueles tempos de efervescência juvenil vinda da Beatlemania.
Os Corruptos
4.1 51 Assista AgoraUm noir interessante, que entrega um trabalho bom, com atuações gratificantes e produção satisfatória.
Não tem tanto requinte na direção de arte e fotografia e o enredo não traz tantas surpresas, vai num caminho mais reto, digamos assim.
Pode ser considerado um dos trabalhos mais modestos de Fritz Lang!
Amores Eletrônicos
3.3 44 Assista AgoraÉ um filme simpático, uma comédia romântica extremamente característica dos anos 80, tanto no visual quanto na trilha sonora, mas a de se convir que, não é uma produção memorável!
Pela sinopse, e pelo próprio início da história, levava a crer que o enredo tomaria um rumo mais intenso, mas ele vai num caminho leve e, mesmo quando a trama ganha ares mais tensos, quando o computador se torna enciumado, não chega a ser algo pesado. Talvez essa expectativa tenha criado uma ideia de ver uma coisa, quando na verdade a abordagem era outra.
A animação que o filme passa nos primeiros momentos logo vai perdendo a força no decorrer do tempo, não é algo tão fraco ao ponto de abandoná-la, mas se dissipa gradualmente, voltando a nos puxar nos minutos finais.
Sem dúvida nenhuma, a marca dele é o visual da tecnologia oitentista e a sua trilha sonora, feita pelo icônico mago do pop eletrônico da época, Giorgio Moroder, que inclusive produz a música tema, que tem Philip Oakey no vocal, do grupo The Human League (banda marcante da década de 80).
Bom também para ver a Virginia Madsen no início da carreira, no seu segundo filme.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraPra quem não sabe sobre os bastidores do prêmio de Hollywood, existem filmes feitos sob encomenda para ganharem indicações ao Oscar, como foi o caso de "Babel" de 2006, porém, diferente do filme de Alejandro González Iñárritu que, além de um bom elenco, tem um roteiro bem construído e atrativo, "Trapaça" só ganha mérito por parte do seu elenco (mais especificamente o feminino) e pela recriação de época, porque a história está longe de ser excelente, já que por vezes fica arrastada e encostada na monotonia.
Podemos dizer que David O. Russell foi pego no colo pelos membros da Academia naqueles tempos pois, se "O Lado Bom da Vida" já não é era essa maravilha de produção quando foi nomeado a 8 prêmios no ano anterior (ganhando apenas o questionável Oscar de Melhor Atriz pra Jennifer Lawrence), sua obra seguinte deixou claro que, ele poderia fazer o filme que fosse que o Oscar ia indicar ele nas categorias da premiação, e foi o que aconteceu! E o resultado foi esse: 10 indicações e nenhum Oscar ganho. Prova de que ele estava ali para cumprir tabela.
E dois anos depois lá estava ele de novo, agora com o seu mais fraco ainda "Joy: O Nome do Sucesso" com a Jennifer Lawrence sendo, novamente, nomeada ao Oscar de Melhor Atriz.
"Trapaça" 'tropeça' em vários momentos e sua trama é desregulada nos sentimentos, ora curioso, ora chato, como se o filme tentasse pegar no tranco em certas partes.
É uma obra bem enfeitada por fora, mas sem grandes ornamentações por dentro.
Noite Infernal
3.0 64 Assista AgoraBom filme!
A trama é interessante e, as sequências de mortes são bem realizadas.
Protagonizado por Linda Blair, a eterna Regan de "O Exorcista", Peter Barton, que teve como papel mais marcante pro público no cinema em "Sexta-feira 13: Parte 4 - Capítulo Final", Suki Goodwin e Vince Van Patten, que não tiveram uma carreira de grande repercussão na sétima arte.
É claro que como um típico slasher dos anos 80, ele tem algumas situações que ficam claras que acontecem para poder fazer a história render mais um tempo e dar cabo em alguns personagens, o que não é problema se formos analisar o contexto de filmes do gênero da época. Como também o seu ápice, que não traz nada fora do comum, vai no caminho óbvio e entretêm de maneira compensatória.
Saldo positivo com "Noite Infernal".
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraSam Raimi, esse é um diretor que você respeita!
"Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" proporciona uma diversão de 2 horas com satisfação.
Ágil, bem produzido, com um roteiro sagaz, efeitos visuais excelentes, pitadas de humor no texto e ainda dando um toque de terror em certas sequências que dão um gás na trama que agrada bastante.
É fato que, para entender mais fácil alguns entrechos do enredo, conferir o primeiro "Doutor Estranho" e a série da Disney+ "WandaVision" é uma boa dica, mas mesmo que você não tenha assistido eles, a história ainda sim não deixa você boiando, dá pra vê-lo e compreender seu desenvolvimento sem grandes problemas.
Sam Raimi ainda consegue colocar referências da sua filmografia dentro do próprio filme sem parecer cópia de si mesmo ou falta de criatividade. Coisa de quem é craque na direção!
Muito bom!
Obs.: O filme tem cenas pós-créditos.
007: Permissão Para Matar
3.4 150 Assista AgoraBom filme!
Trama interessante e que prende o espectador e, o que me chamou a atenção foram as cenas fortes de algumas mortes, algo que não era tão comum de ver nos filmes do James Bond.
É claro que, se falando de 007, algumas surrealidades em momentos de ação são notórios, mas acabam sendo divertidos no final das contas. E a escolha das Bond Girls é um caso à parte, aqui contando com as belas Carey Lowell e Talisa Soto abrilhantando a tela.
Surpresa foi ver Benicio del Toro no início da carreira, participando do seu segundo filme.
Eu acho que o Timothy Dalton fez um bom trabalho como James Bond, apresentado um personagem mais humano, e curioso o fato dele só ter feito 2 filmes da franquia (sendo substituído pelo Pierce Brosnan nos anos 90). Mas soube que foi o próprio que decidiu não dar mais vida ao agente por conta de problemas com a realização de um novo filme após "Permissão Para Matar".
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraO modo como a animação retrata a infância e o seu universo imaginativo é fascinante!
As meninas protagonistas dessa história são a melhor exemplificação de como é uma criança de verdade: elas são agitadas, alegres, gritalhonas, se sujam, são curiosas, por vezes são mimadas, arteiras, doces... O jeito delas é tão natural, tão parecido com o de garotas e garotos da idade delas da vida real que não tem como assistir essa obra e não sentir um grande carisma pelas duas. E o enredo ainda coloca elementos que poderiam ser facilmente levados pelo caminho mais sombrio, mas que por elas, e até pelos adultos, são enfrentados de maneira afável e corajosa, onde o que dá temor não é o desconhecido, e sim a perda daqueles que amamos.
E os espíritos da floresta, que aqui são tratados de modo lúdico, simpático, encantador, fazendo uma relação com a imaginação de toda criança, que viajam na criatividade, onde podem sonhar com as mais diferentes criaturas e se divertirem muito com elas.
É uma produção para aquecer o coração!
Quando se entende a delicadeza, a sutileza da sua trama, a gente termina de conferi-lo com um sorriso no rosto e querendo voltar a infância para ver o mundo pelo olhar que só uma criança pode enxergar.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraPode-se dizer que o filme do começo até a metade segue o caminho do nonsense, com os personagens com ações exageradas e caricatas, o problema é que esse tipo de comportamento não é só visto naqueles que desacreditam, mas até mesmo aqueles que deveriam ser mais os mais centrados acabam perdendo um pouco o rumo, em atitudes exacerbadas. Dá pra entender que o diretor quis usar esse tipo de abordagem para levar a trama num caminho mais cômico, mas acabava ficando destoado, com todo mundo sem noção dos excessos comportamentais, soou uma coisa sem prumo.
Porém, da metade para o final, pareceu que o filme conseguiu se encaixar, onde ficou mais equilibrado e assim, com uma dinâmica mais interessante.
Produções com um elenco recheado nem sempre são sinônimos de qualidade, exemplos de obras abarrotadas de grandes estrelas onde, se não é uma história fraca, é a falta de desenvolvimento de certos personagens que tornam elas decepcionantes é o que não faltam! Mas em "Não Olhe Para Cima" o enredo e a evolução da maioria dos personagens é bem desenvolvida. Tirando o tom exacerbado do início e o personagem Quentin do Timothée Chalamet, que não agrega muito a história, o resto faz um bom trajeto.
No final, sai um resultado bem satisfatório! Nada excepcional, mas gratifica pela dramédia e pelo notório empenho da Netflix em entregar uma obra com uma boa qualidade visual.
Oliver e Sua Turma
3.7 132 Assista AgoraA versão animal da história de Oliver Twist!
A questão da sobrevivência em meio a marginalização olhada pelo ponto de vista de cães e gatos abandonados, que precisam conseguir o alimento e a proteção com o pouco que tem.
É curioso como o filme é fluído, você confere ele de uma maneira tranquila, apesar de algumas cenas serem até de um pouco fortes, mas ainda sim é uma produção sem tropeços.
Um acerto na versão dublada foi a participação de cantores conhecidos cantando as músicas da trilha sonora, como Léo Jaime, Paulo Ricardo, Adriana Calcanhotto, Rosana, entre outros, uma pena eles não terem aproveitado esses mesmos músicos para fazer as vozes dos personagens, mas dá pra entender porque, na época, não era comum ver artistas famosos fazendo a dublagem de animações, como é hoje em dia.
Pode não ser a animação da Disney mais marcante, mas é uma obra prazerosa de se conferir.
A Grande Farra dos Muppets
3.4 9 Assista AgoraO filme é uma grande tiração de sarro com eles mesmos, onde podemos ver logo no início que eles querem se divertir brincando com a própria produção, como na conversa entre Caco, Fozzie e Gonzo na cena dos créditos iniciais.
Comparado com o seu antecessor, ele se apoia menos na aventura, mas cai perfeitamente na comédia e faz isso de maneira muito boa.
Pra conferir despretensiosamente e dar umas algumas risadas com os Muppets e o seu humor jocoso.
Metal Lords
3.5 309 Assista AgoraA ironia de ver um filme de heavy metal ser "leve"!
Uma produção que tem aquela essência dos filmes de rock de antigamente em que a diversão e o descompromisso é o que valem.
Uma história simples, mas bem bacana, com uma produção digna e, o mais animador, a trilha sonora, repleta de músicas que entusiasmam no primeiro acorde.
O enredo se apega no humor descontraído, mas ele também se dá a oportunidade de flertar com o drama, principalmente na questão dos conflitos de Emily, mas sem que isso fique dominando a trama, a abordagem é rápida e agradável.
É um filme adolescente pra se desligar dos problemas e relaxar de uma maneira divertida, ao som de boa música e dando umas risadas. É quase uma obra de "Sessão da Tarde", só não consegue ficar nessa categoria porque tem alguns palavrões e uma sequência mais "adulta", mas nada explícito.
Vale destacar que a produção executiva dele é do Tom Morello, guitarrista do Rage Against the Machine.
Gremlins
3.5 862 Assista AgoraRevendo o filme, é muito bacana ver uma produção que consegue aliar comédia com elementos de terror se tornar tão gratificante pra gente!
A concepção de pegar um personagem gracioso, carismático como o Gizmo e transformar outras espécies dele em seres com personalidades fortes e logo em seguida em monstros sinistros, e tudo isso transitando entre o humor e horror, mas sem que o último seja colocado como algo pesado, tenso, mais como um adicionamento na comédia que ele se propõe é uma sacada perfeita!
Se for notar, os cenários dele são geralmente pequenos, mas a qualidade nos efeitos faz toda a diferença, não só no trabalho realizado com os gremlins, mas também nas sequências de ataques e transformações. E a construção dos personagens é aquela que atinge justamente o seu objetivo em fisgar o espectador (o protagonista gente boa que adora o seu cão, a garota linda e simpática que trabalha junto com ele, a senhora antipática e grosseira que logo ganha a alcunha de vilã e cria antipatia na gente, o pai esforçado que, apesar das tentativas fracassadas de suas invenções, ainda persiste no seu objetivo, etc). E ele ainda se dava a liberdade de adicionar certas situações que, só naqueles tempos, era possível ver com tanta naturalidade, como a versão monstruosa dos seres bebendo, fumando e arrumando briga.
A obra ainda é cheio de detalhes que fazem referências a outras produções, indo de clássicos da ficção científica como "A Máquina do Tempo" de 1960,
Nessa cena, inclusive, Steven Spielberg (produtor do filme) faz uma participação no estilo Alfred Hitchcock em seus filmes, dirigindo um das invenções da convenção de inventores...
Até a encenação de uma sequência de dança de "Flashdance - Em Ritmo de Embalo".
É uma farofa de homenagens muito divertida!
E não dá pra deixar de comentar sobre a trilha sonora feita pelo compositor Jerry Goldsmith, que virou uma das trilhas clássicas daquela década.
"Gremlins" é uma daquelas produções que mostravam como os anos 80 conseguiam fazer filmes jocosos e bizarros ao mesmo tempo, e faziam isso de uma maneira muito legal.
Uncharted: Fora do Mapa
3.1 451 Assista AgoraÉ quase uma produção de "Sessão da Tarde"!
Uma história de aventura, tesouro e perseguição sem grandes pretensões, seguindo uma fórmula já conhecida e que cumpre a sua função de levar entretenimento descompromissado. Só dá a impressão de que poderia ter uma duração mais enxuta, 2 horas que poderiam ser reduzidas editando certas partes que aparecem na trama.
Se comparado a outros filmes com a mesma temática, fica um pouco atrás, mas longe de ser péssimo.
Atuações gratificantes, produção satisfatória, uma obra pra desligar o cérebro e acompanhar o enredo de maneira descontraída.
Sr. Ninguém
4.3 2,7KUma história que mostra como as escolhas da nossa vida podem influenciar o nosso futuro. É muito interessante como o filme se debruça sobre cada possibilidade e como isso reflete no caminhar da trama, porém, me pareceu que o filme se dividiu em dois, onde uma parte dele faz um curioso percurso sobre as questões das natureza humana em decorrência dessas escolhas em meio a análises, e a outra parte fica no drama e romance, mostrando como os relacionamentos do protagonista são projetados, e nessas sequências sobre os relacionamentos me deu a impressão de que o enredo perde um pouco a carga dele, entrando num melodrama que não funciona tão bem com a parte mais analítica.
Sem contar que a obra parece interminável, com recorrentes usos de flashbacks e com muitas divisões de possibilidades e, aliando isso ao roteiro um tanto quanto complicado de entender, acaba por torná-lo cansativo em certos pontos.
Temos que fazer boas menções ao ótimo trabalho da equipe de direção de arte, fotografia e maquiagem, muito bons!
Confuso, instigante, mas com menos tempo e um pouco mais poda no roteiro ele teria ficado melhor.
Amor Ao Primeiro Filho
3.2 24 Assista AgoraÉ um filme que não faz mal à ninguém mas, parece uma coisa tão insossa que logo desaparece da nossa lembrança quando a gente termina de ver.
Não é péssimo, mas é meio sem graça.