É uma boa história, mantém os mesmos problemas de continuidade e cortes estranhos dos filmes de Kung Fu dos anos 70 mas ainda assim é bom. A história tem um roteiro interessante e as coleografias são muito boas, mas não vejo como o melhor do gênero e nem fica no top dez. Apenas uma questão para ressaltar: se tiver a opção de ver legendado ou dublado em português confie, as duas opções são muito melhores do que a péssima dublagem norte americana.
Eu realmente não gosto do Steven Seagal, filme batido e de baixo calibre quando comparado com outros de ação. Vai ganhar uma estrela pela corridinha cômica.
Embora tenha belas cenas de luta o filme peca no que trata do roteiro. O que poderia ter sido uma história divertida de lutas de rua simplesmente se transforma em uma vitrine de boas cenas de ação. O que não é de todo ruim mas desperdiça ótimos atores do gênero dando pouco espaço para se desenvolverem e com tramas secundárias dispensáveis. Um bom exemplo é a briga furada do personagem de Jet Li com uma gange local, o conflito se estende para mais dois atos o que toma tempo mais que suficiente para desenvolver a relação do principal com os outros personagens. Pelo menos continua tendo ótimas cenas coleografadas, em uma época que o senhor Li ainda não exagerava em atos de ação que ficam muito bobas de se ver. É divertido? É. Vale a pena? Acho que não, fica melhor em um vídeo desses de "grandes lutas do cinema".
Um dos grandes clássicos do cinema de Kung Fu, A Guilhotina Voadora apresenta uma trama bem amarrada por mais que mantenha o péssimo hábito dos Shaw Brothers de finais rápidos e vagos. Repleto de ação, o filme capricha no trabalho com dublês. É um bom filme para se assitir, não é dos melhores do gênero mas entendo o porquê de ser tão aclamado. Inclusive, as cenas de uso da guilhotina continuam muito bem feitas.
Para começar é bom deixar claro que não costumo ser muito fã de filmes Scifi. Não que o tema não seja bom mas geralmente obras do gênero são adaptadas para as telas em uma versão de ação da mesma, isso para mim mata a história já que geralmente o ponto é a interação humana e o desvelar da sociedade e não correria e explosões com máquinas. Pois bem, por mais que aqui a parte das máquinas não seja tão crucial o que vemos é justamente mais um filme de ação que aposta nas correrias e brigas para prender o público sem dar muito espaço para as discussões que acabam ficando em segundo plano. Não há muitos questionamentos sobre a abordagem do sistema, o cativeiro de três personagens ou a vida humana, tudo é deixado pra trás em prol da ação. Talvez eu esteja sendo chato, mas para mim não valeu as quase duas horas e meia, ser um filme do Spielberg nem sempre é sinônimo de trabalho interessante.
Esse filme veio para mim como uma surpresa, e que boa surpresa. Enquanto procurava filmes de artes marciais do tipo que só Hong Kong sabe fazer apareceu entre as dicas essa obra. Me admira que não tenha visto antes já que pelo visto costumo assistir muitos trabalhos do diretor. O Rapaz e o Monstro é um trabalho que consegue equilibrar comédia com momentos dramáticos, onde as artes marciais são apenas um plano de fundo junto com a fantasia para um outro tema, a relação entre as pessoas. Somos convidados a visitar essa divertida história onde encontramos um rapaz mal educado e um "monstro" arrogante que em comum tem nos seus defeitos a solidão e a falta de apoio como causadoras. Não vejo muito mais o que dizer, apenas assista o filme e participe da esperiencia.
Eu desisti dos especiais de natal do porta. Talvez eu esteja sendo chato demais mas as piadas não andam funcionando bem e a temática meio que patina todo ano mas não deslancha.
Então, pra mim pelo menos é aí que começa o problema. Eu não sei porque mas com o tempo os especiais de natal do porta ficaram fracos. As piadas ficaram escrachadas demais e o enredo fraco. Mas tudo bem, tem mais coisa divertida da equipe.
É divertido, bem sessão da tarde. Mas é isso, bons atores mas roteiro desconexo, poderia ter sido melhor explorado. Eu realmente tô pedindo tanto assim de um filme sessão da tarde?
Bom, uma das primeiras coisas que li sobre o filme é como romantizam a chegada dos imigrantes japoneses ao Brasil. Pessoalmente não vi muito disso, me parece que muitas pessoas confundiram romantização com a linguagem cinematográfica da época de filmagem da obra. Pois bem, Gaijin é uma obra que está na minha lista para assistir já faz alguns anos e nunca tive tempo para poder parar e ver. Me arrependo profundamente de ter demorado tanto. O filme aborda com muita sensibilidade a chegada dos imigrantes japoneses nestas terras e principalmente as relações entre os personagens com o ambiente inóspito que vão viver. Inóspito não por ser uma região rural mas pelas dificuldades em desbravar a cultura brasileira e se relacionar pelo problema da língua. Entre eles ainda se encontram outros grupos de imigrantes de origem italiana e emigrantes do norte do país. A medida que as relações se amarram fica cada vez mais clara as dificuldades enfrentadas pelo povo principalmente por falsas promessas veiculadas além mar. Sem querer dar spoiler, mas já falando um pouco sobre o trabalho, é um ótimo filme para reflexão da construção da nossa sociedade e dos caminhos disbravados para construir essa cultura.
Acho muito difcil tecer comentários sobre esse filme então falarei sobre o que me levou até ele. Estou a alguns meses, desde que a peste cinza chegou ao mundo, adiantando leituras e minha lista de filmes. Entre eles eu comecei a dar mais espaço para os quadrinhos nacionais, acreditando que seriam tão ricos e versáteis quanto a literatura. Ês que me surge Mutarelli na coletânea Capa Preta. Queria dizer que me envergonhei de não conhecer previamente alguém tão importante pro quadrinho nacional mas estaria mentindo, eu não me prendo a esse dogmatismo de ter que conhecer cada grande nome e grande clássico pra dizer que você entende algo de um tema. Pois bem, foi muito "gostoso" a leitura da obra e me deixou mais interessado em conhecer o autor e foi nesse interesse que conheci o filme. Entre entrevistas que assisti ele comentou sobre seu passado nos quadrinhos, sua história na literatura e as adaptações pro cinema. Felizmente achei este filme na internet e, meu Deus como esse autor não cansa da escatologia e podridão. Mas acho que é isso que gosto nele, como ele consegue construir uma loucura surrealista para do meio ao fim lincar com uma reflexão sobre a vida ou as relações humanas. Adorei ver nesse trabalho a interpretação de Mutarelli sobre a relação com o dinheiro e poder, e como ele cega a todos nas mais diferentes camadas, sem ver classe ou gênero. Mesmo uma pequena parcela desse perfume pode virar um veneno. Acho que encontrei um novo autor pra seguir, rs.
Trabalho muito interessante, a falta de opções de moradia nas grandes cidades tem se tornado cada dia um dos principais empecilhos de gestão pública e acesso social para muitas pessoas. A situação é mais complicada quando vemos o descaso do governo federal e dos estaduais e municipais com os imigrantes e refugiados, prometem um lugar seguro e oportunidade mas deixam no relento assim como já fazem com os nossos. Muito bacana mesmo, deu vontade de estudar mais sobre o movimento.
Forte. Singleton nos mostra um retrato da realidade que se estende na comunidade negra norte americana do fim dos anos noventa. Cru e realista, o filme nos mostra como a violência e o consumo de entorpecentes se instaura em uma comunidade de tal forma que se torna mera conveniência em uma realidade já desligada do real (ou talvez mais real do que poderia ser). O sistema procura de várias formas segregar e acabar com aqueles que incomodam seus líderes, construindo esquemas cada vez mais complexos que se passam pela "vida comum". Primeiro tiram a possibilidade de educação, depois de crescimento financeiro, constroem um meio onde famílias se degradam, onde lares podem ser tomados da noite pro dia e por fim nublam as mentes do povo com drogas e futilidades, deixando os mesmos a mercê de seu meio e com uma mentalidade de revanchismo contra os seus. O que mais dói não é saber como isso permanece atual, mas sim vê que essa realidade se estende por todas as Américas. Onde mesmo latinos se dividem pelos seus tons de pele, esquecendo completamente de suas origens mestiças "por que sim". Vi muito do meu Rio de Janeiro ali, e dos meus amigos que se foram, os que foram pro crime, seus filhos e eu, que consegui ir pra faculdade. Tudo que penso entre uma aula e outra é o que eu poderia fazer e o que deveria estar fazendo.
Tocante e libertador são as palavras para este filme. O que temos aqui não é a história de uma jovem perdida entre conflitos em seu país, é um verdadeiro ensaio sobre amor e desejo. Ao longo de sua uma hora e meia de duração somos convidados a presenciar as relações que se fazem entre os personagens e os desejos que são estimulados entre os encontros. Não falo de desejo da carne propriamente dito, todos que nesse filme são inseridos travam batalhas internas quanto as possibilidades de dar asas a suas paixões e o quanto isso afetaria suas vidas. De enamorados que por convenções sociais se separam, outros dois que tem seu futuro estilhaçado pelo medo, amizades por um fio por erros do passado e até mesmo a fé sendo posta em meio a corte por uma má interpretação de seus preceitos. Babette por muito se mostra não um alguém calmo e sim quase pálido, em uma cidade pálida com pessoas pálidas. Mas uma noite de liberdade é o suficiente para mostrar suas verdadeiras cores e dar vida novamente a todos que sentaram a mesa com ela. Sim, com ela, pois o que aparece em nossa visão e muito mais que um desenrolar de situações físicas e materiais, é um momento catarsico que se desenrola pelas experiências e ligações dos corações. Babette não tenta nos ensinar nada, está mais para um aviso. Um aviso pesado de que podemos estar desperdiçando nossas vidas por medo do desconhecido. Mas também um aviso leve, onde por mais que os grilhões do tempo nos puxe para seu encontro nunca é tarde para ouvir o sopro de vida que sai de sua alma e dar a oportunidade que cada um merece.
Embora não aborde sua genialidade Wilde é um filme singular que dá valor a figura do escritor. Focado em suas desilusões amorosas e "no florescer" de seus desejos, o filme tenta retratar um Oscar Wilde mais humano e deslocado de seu meio (seja a sociedade ou mesmo entre amigos e amantes). Como já mencionaram faltou mostrar mais do lado artístico e genial do poeta e dramaturgo, mas fico feliz de poder ver uma homenagem tão bonita e delicada. Por fim, é muito bom ter o prazer de ver na mesma telas tantos atores talentosos como o próprio Stephen Fry e Jude Law.
Gostei muito da premissa, interessante as críticas articuladas com uma comédia mais pastelão (que inclusive, quem reclama disso com toda certeza não conhece os atores). Claro, muita coisa se perde ao longo do filme por conta de um roteiro um pouco corrido mas ainda assim entrega o que promete. É divertido e "inteligente" a sua maneira.
Eu não tenho muita certeza do que dizer, é um filme divertido com um roteiro engraçado. Quando vi a sinopse pela primeira vez me pareceu ser uma paródia de filmes slashers mas foi melhor que pensei. Vai, é engraçado, não tem mais muito o que comentar.
Não esperava muito desse filme mas mesmo assim saio dele decepcionado. O que aparenta ser mais um filme slasher comum, ou melhor mais uma das tentativas de recriação do gênero no começo dos 2000, se mostra um suspense barato e com roteiro fraco. Já começa que a mocinha é sem sal, mas até aí muitos heróis do terror também são, mas piora já que o filme tenta botar ela como alguém que enfrenta as situações de terror mas acaba aparecendo apenas uma menina assustada. Fora isso, temos o problema do vilão que praticamente não existe. Digo isso porque não temos nenhuma prova concreta de que algo está acontecendo deixando para vermos só nos minutos finais, especificamente quando não nos importamos com nada do que está rolando mais. O mais triste nem é o tempo desperdiçado e sim o mal uso de um ator tão bom quanto Tommy Flanagan. Eu não vou ficar chutando cachorro morto, tem filmes muito melhores do gênero para assistir.
Lembro que enquanto estava nos primeiros anos do curso de história Umberto Eco foi um nome muito mencionado por professores e palestrantes. Agradeço de coração a meus mestres pelo que me foi passado e ainda mais por me introduzir a essa obra. O nome da rosa vai além de uma ficção histórica, é um relato claro ou pelo menos bem próximo das relações sociais de um período não tão distante do nosso mundo. A discussão aparente do perigo da fé toma outras formas enquanto conhecemos os personagens, vemos que o mal não está na religião e sim na má interpretação do homem. Talvez essa seja justamente a maior discussão aqui, já que a sabedoria nos é apresentada de diversas formas e pelos mais diferentes personagens. Temos a sabedoria estampada na boca de alguns padres mas também nos costumes do povo que os cerca, mostrando claramente o conhecimento que se apresenta não só em livros e entre acadêmicos mas também no popular e na vivência. Vemos inclusive o perigo das crenças e como as deturpações afligem até homens de estudo. O mais interessante nisso tudo é o vislumbre que se dá ao que cerca as imediações. Como em um pequeno convento habitado por poucos monges e uma população pequena ao seu redor consegue tão claramente mimetizar o todo de uma cultura de pavor e enfrentamentos sociais? Sem dúvida alguma irei ler o livro, obrigado mais uma vez queridos professores.
Rotineiramente Van Damme entrega filmes meia boca que apenas existem para ser mais uma obra de ação nas prateleiras, mas de vez em quando algo de interessante aparece e é o caso desse filme. O roteiro não é dos melhores, eu sei, mas também não espero isso de um filme de brucutus, tudo que eu quero é uma certa linearidade e boas cenas de ação e nesse caso o filme entregue e muito. A ambientação não faz muita diferença mas cativa o público e os personagens até que são interessantes. Vi muita gente reclamando de ser mais um filme com os clichês que VD tanto explora... mas não é por isso que estamos aqui? Ou vocês realmente não esperavam ele abrir um espacate, usar frases de efeito e ficar com a garota? É claro que é clichê mas é justamente isso que é divertido. Enfim, curti muito e mais um pra lista dos poucos filmes bons do Jean Claude.
Bom, a premissa me interessou de primeira quando achei para assistir e a princípio a trama me levava com ela. Mas depois dos trinta primeiros minutos me parece que tudo se perdia em falta de coesão. A obra traz discussões interessantes, as relações de poder na sociedade mesmo em áreas tão distantes dos centros urbanos, a cultura do estupro mesmo que ainda seja algo difícil para mim entender, a vida difícil do povo e a mesma como justificativa para alguns atos tenebrosos. Realmente o filme tem muitos pontos interessantes e mais ainda atores que não precisam de comentarios, suas tragetorias já falam por si só. Mas infelizmente a trama não é bem amarrada e algo que poderia ser um filme muito divertido de se ver (divertido aqui digo como uma obra que prende) se torna apenas interessante.
Os Sete Grandes Mestres
3.7 6É uma boa história, mantém os mesmos problemas de continuidade e cortes estranhos dos filmes de Kung Fu dos anos 70 mas ainda assim é bom. A história tem um roteiro interessante e as coleografias são muito boas, mas não vejo como o melhor do gênero e nem fica no top dez. Apenas uma questão para ressaltar: se tiver a opção de ver legendado ou dublado em português confie, as duas opções são muito melhores do que a péssima dublagem norte americana.
Visto em: 04/01/2021
Difícil de Matar
2.9 125 Assista AgoraEu realmente não gosto do Steven Seagal, filme batido e de baixo calibre quando comparado com outros de ação. Vai ganhar uma estrela pela corridinha cômica.
Visto em: 03/01/2021
O Mestre
3.5 22Embora tenha belas cenas de luta o filme peca no que trata do roteiro. O que poderia ter sido uma história divertida de lutas de rua simplesmente se transforma em uma vitrine de boas cenas de ação. O que não é de todo ruim mas desperdiça ótimos atores do gênero dando pouco espaço para se desenvolverem e com tramas secundárias dispensáveis. Um bom exemplo é a briga furada do personagem de Jet Li com uma gange local, o conflito se estende para mais dois atos o que toma tempo mais que suficiente para desenvolver a relação do principal com os outros personagens. Pelo menos continua tendo ótimas cenas coleografadas, em uma época que o senhor Li ainda não exagerava em atos de ação que ficam muito bobas de se ver. É divertido? É. Vale a pena? Acho que não, fica melhor em um vídeo desses de "grandes lutas do cinema".
Visto em: 02/01/2021
A Guilhotina Voadora
3.4 19Um dos grandes clássicos do cinema de Kung Fu, A Guilhotina Voadora apresenta uma trama bem amarrada por mais que mantenha o péssimo hábito dos Shaw Brothers de finais rápidos e vagos. Repleto de ação, o filme capricha no trabalho com dublês. É um bom filme para se assitir, não é dos melhores do gênero mas entendo o porquê de ser tão aclamado. Inclusive, as cenas de uso da guilhotina continuam muito bem feitas.
Visto em: 02/01/2021
Minority Report: A Nova Lei
3.7 750 Assista AgoraPara começar é bom deixar claro que não costumo ser muito fã de filmes Scifi. Não que o tema não seja bom mas geralmente obras do gênero são adaptadas para as telas em uma versão de ação da mesma, isso para mim mata a história já que geralmente o ponto é a interação humana e o desvelar da sociedade e não correria e explosões com máquinas. Pois bem, por mais que aqui a parte das máquinas não seja tão crucial o que vemos é justamente mais um filme de ação que aposta nas correrias e brigas para prender o público sem dar muito espaço para as discussões que acabam ficando em segundo plano. Não há muitos questionamentos sobre a abordagem do sistema, o cativeiro de três personagens ou a vida humana, tudo é deixado pra trás em prol da ação. Talvez eu esteja sendo chato, mas para mim não valeu as quase duas horas e meia, ser um filme do Spielberg nem sempre é sinônimo de trabalho interessante.
Visto em: 29/12/2020
O Rapaz e o Monstro
4.2 141 Assista AgoraEsse filme veio para mim como uma surpresa, e que boa surpresa. Enquanto procurava filmes de artes marciais do tipo que só Hong Kong sabe fazer apareceu entre as dicas essa obra. Me admira que não tenha visto antes já que pelo visto costumo assistir muitos trabalhos do diretor. O Rapaz e o Monstro é um trabalho que consegue equilibrar comédia com momentos dramáticos, onde as artes marciais são apenas um plano de fundo junto com a fantasia para um outro tema, a relação entre as pessoas. Somos convidados a visitar essa divertida história onde encontramos um rapaz mal educado e um "monstro" arrogante que em comum tem nos seus defeitos a solidão e a falta de apoio como causadoras. Não vejo muito mais o que dizer, apenas assista o filme e participe da esperiencia.
Visto em: 29/12/2020
Teocracia em Vertigem
3.5 147Eu desisti dos especiais de natal do porta. Talvez eu esteja sendo chato demais mas as piadas não andam funcionando bem e a temática meio que patina todo ano mas não deslancha.
Visto em: 15/12/2020
A Primeira Tentação de Cristo
3.0 345Então, pra mim pelo menos é aí que começa o problema. Eu não sei porque mas com o tempo os especiais de natal do porta ficaram fracos. As piadas ficaram escrachadas demais e o enredo fraco. Mas tudo bem, tem mais coisa divertida da equipe.
Visto em: 2019
Se Beber, Não Ceie
3.3 93 Assista AgoraTodo ano preciso rever esse especial. Provavelmente é o melhor dos de natal do porta e sem dúvida melhor que os atuais.
Visto em: 2018
Michael: Anjo e Sedutor
2.8 89 Assista AgoraÉ divertido, bem sessão da tarde. Mas é isso, bons atores mas roteiro desconexo, poderia ter sido melhor explorado. Eu realmente tô pedindo tanto assim de um filme sessão da tarde?
Visto em: 28/12/2020
Oddball e os Pinguins
3.6 6Não tem muito o que dizer, um filme sensível e divertido como todo filme para crianças deveria ser.
Visto em: 25/12/2020
Gaijin - Caminhos da Liberdade
3.3 10Bom, uma das primeiras coisas que li sobre o filme é como romantizam a chegada dos imigrantes japoneses ao Brasil. Pessoalmente não vi muito disso, me parece que muitas pessoas confundiram romantização com a linguagem cinematográfica da época de filmagem da obra. Pois bem, Gaijin é uma obra que está na minha lista para assistir já faz alguns anos e nunca tive tempo para poder parar e ver. Me arrependo profundamente de ter demorado tanto. O filme aborda com muita sensibilidade a chegada dos imigrantes japoneses nestas terras e principalmente as relações entre os personagens com o ambiente inóspito que vão viver. Inóspito não por ser uma região rural mas pelas dificuldades em desbravar a cultura brasileira e se relacionar pelo problema da língua. Entre eles ainda se encontram outros grupos de imigrantes de origem italiana e emigrantes do norte do país. A medida que as relações se amarram fica cada vez mais clara as dificuldades enfrentadas pelo povo principalmente por falsas promessas veiculadas além mar. Sem querer dar spoiler, mas já falando um pouco sobre o trabalho, é um ótimo filme para reflexão da construção da nossa sociedade e dos caminhos disbravados para construir essa cultura.
Visto em: 24/12/2020
Durval Discos
3.7 335 Assista AgoraInteressante, começa monótono e muda repentinamente no meio. Mas é so isso mesmo, não sei porque tanta gente gosta.
Visto em: 12/12/2020
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista AgoraAcho muito difcil tecer comentários sobre esse filme então falarei sobre o que me levou até ele. Estou a alguns meses, desde que a peste cinza chegou ao mundo, adiantando leituras e minha lista de filmes. Entre eles eu comecei a dar mais espaço para os quadrinhos nacionais, acreditando que seriam tão ricos e versáteis quanto a literatura. Ês que me surge Mutarelli na coletânea Capa Preta. Queria dizer que me envergonhei de não conhecer previamente alguém tão importante pro quadrinho nacional mas estaria mentindo, eu não me prendo a esse dogmatismo de ter que conhecer cada grande nome e grande clássico pra dizer que você entende algo de um tema. Pois bem, foi muito "gostoso" a leitura da obra e me deixou mais interessado em conhecer o autor e foi nesse interesse que conheci o filme. Entre entrevistas que assisti ele comentou sobre seu passado nos quadrinhos, sua história na literatura e as adaptações pro cinema. Felizmente achei este filme na internet e, meu Deus como esse autor não cansa da escatologia e podridão. Mas acho que é isso que gosto nele, como ele consegue construir uma loucura surrealista para do meio ao fim lincar com uma reflexão sobre a vida ou as relações humanas. Adorei ver nesse trabalho a interpretação de Mutarelli sobre a relação com o dinheiro e poder, e como ele cega a todos nas mais diferentes camadas, sem ver classe ou gênero. Mesmo uma pequena parcela desse perfume pode virar um veneno. Acho que encontrei um novo autor pra seguir, rs.
Visto em: 11/12/2020
Era o Hotel Cambridge
4.2 99Trabalho muito interessante, a falta de opções de moradia nas grandes cidades tem se tornado cada dia um dos principais empecilhos de gestão pública e acesso social para muitas pessoas. A situação é mais complicada quando vemos o descaso do governo federal e dos estaduais e municipais com os imigrantes e refugiados, prometem um lugar seguro e oportunidade mas deixam no relento assim como já fazem com os nossos. Muito bacana mesmo, deu vontade de estudar mais sobre o movimento.
Visto em: 02/12/2020
Boyz'n the Hood: Os Donos da Rua
4.0 247 Assista AgoraForte. Singleton nos mostra um retrato da realidade que se estende na comunidade negra norte americana do fim dos anos noventa. Cru e realista, o filme nos mostra como a violência e o consumo de entorpecentes se instaura em uma comunidade de tal forma que se torna mera conveniência em uma realidade já desligada do real (ou talvez mais real do que poderia ser). O sistema procura de várias formas segregar e acabar com aqueles que incomodam seus líderes, construindo esquemas cada vez mais complexos que se passam pela "vida comum". Primeiro tiram a possibilidade de educação, depois de crescimento financeiro, constroem um meio onde famílias se degradam, onde lares podem ser tomados da noite pro dia e por fim nublam as mentes do povo com drogas e futilidades, deixando os mesmos a mercê de seu meio e com uma mentalidade de revanchismo contra os seus. O que mais dói não é saber como isso permanece atual, mas sim vê que essa realidade se estende por todas as Américas. Onde mesmo latinos se dividem pelos seus tons de pele, esquecendo completamente de suas origens mestiças "por que sim". Vi muito do meu Rio de Janeiro ali, e dos meus amigos que se foram, os que foram pro crime, seus filhos e eu, que consegui ir pra faculdade. Tudo que penso entre uma aula e outra é o que eu poderia fazer e o que deveria estar fazendo.
Visto em: 29/11/2020
A Festa de Babette
4.0 243Tocante e libertador são as palavras para este filme. O que temos aqui não é a história de uma jovem perdida entre conflitos em seu país, é um verdadeiro ensaio sobre amor e desejo. Ao longo de sua uma hora e meia de duração somos convidados a presenciar as relações que se fazem entre os personagens e os desejos que são estimulados entre os encontros. Não falo de desejo da carne propriamente dito, todos que nesse filme são inseridos travam batalhas internas quanto as possibilidades de dar asas a suas paixões e o quanto isso afetaria suas vidas. De enamorados que por convenções sociais se separam, outros dois que tem seu futuro estilhaçado pelo medo, amizades por um fio por erros do passado e até mesmo a fé sendo posta em meio a corte por uma má interpretação de seus preceitos. Babette por muito se mostra não um alguém calmo e sim quase pálido, em uma cidade pálida com pessoas pálidas. Mas uma noite de liberdade é o suficiente para mostrar suas verdadeiras cores e dar vida novamente a todos que sentaram a mesa com ela. Sim, com ela, pois o que aparece em nossa visão e muito mais que um desenrolar de situações físicas e materiais, é um momento catarsico que se desenrola pelas experiências e ligações dos corações. Babette não tenta nos ensinar nada, está mais para um aviso. Um aviso pesado de que podemos estar desperdiçando nossas vidas por medo do desconhecido. Mas também um aviso leve, onde por mais que os grilhões do tempo nos puxe para seu encontro nunca é tarde para ouvir o sopro de vida que sai de sua alma e dar a oportunidade que cada um merece.
Assistido em: 25/11/2020
Wilde – O Primeiro Homem Moderno
3.7 91Embora não aborde sua genialidade Wilde é um filme singular que dá valor a figura do escritor. Focado em suas desilusões amorosas e "no florescer" de seus desejos, o filme tenta retratar um Oscar Wilde mais humano e deslocado de seu meio (seja a sociedade ou mesmo entre amigos e amantes). Como já mencionaram faltou mostrar mais do lado artístico e genial do poeta e dramaturgo, mas fico feliz de poder ver uma homenagem tão bonita e delicada. Por fim, é muito bom ter o prazer de ver na mesma telas tantos atores talentosos como o próprio Stephen Fry e Jude Law.
Assistido em: 24/11/2020
A Comédia dos Pecados
2.9 128 Assista AgoraGostei muito da premissa, interessante as críticas articuladas com uma comédia mais pastelão (que inclusive, quem reclama disso com toda certeza não conhece os atores). Claro, muita coisa se perde ao longo do filme por conta de um roteiro um pouco corrido mas ainda assim entrega o que promete. É divertido e "inteligente" a sua maneira.
Visto em: 22/11/2020
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraEu não tenho muita certeza do que dizer, é um filme divertido com um roteiro engraçado. Quando vi a sinopse pela primeira vez me pareceu ser uma paródia de filmes slashers mas foi melhor que pensei. Vai, é engraçado, não tem mais muito o que comentar.
Visto em: 21/11/2020
Quando um Estranho Chama
2.9 649 Assista AgoraNão esperava muito desse filme mas mesmo assim saio dele decepcionado. O que aparenta ser mais um filme slasher comum, ou melhor mais uma das tentativas de recriação do gênero no começo dos 2000, se mostra um suspense barato e com roteiro fraco. Já começa que a mocinha é sem sal, mas até aí muitos heróis do terror também são, mas piora já que o filme tenta botar ela como alguém que enfrenta as situações de terror mas acaba aparecendo apenas uma menina assustada. Fora isso, temos o problema do vilão que praticamente não existe. Digo isso porque não temos nenhuma prova concreta de que algo está acontecendo deixando para vermos só nos minutos finais, especificamente quando não nos importamos com nada do que está rolando mais. O mais triste nem é o tempo desperdiçado e sim o mal uso de um ator tão bom quanto Tommy Flanagan. Eu não vou ficar chutando cachorro morto, tem filmes muito melhores do gênero para assistir.
Assistido em: 21/11/2020
O Nome da Rosa
3.9 775 Assista AgoraLembro que enquanto estava nos primeiros anos do curso de história Umberto Eco foi um nome muito mencionado por professores e palestrantes. Agradeço de coração a meus mestres pelo que me foi passado e ainda mais por me introduzir a essa obra. O nome da rosa vai além de uma ficção histórica, é um relato claro ou pelo menos bem próximo das relações sociais de um período não tão distante do nosso mundo. A discussão aparente do perigo da fé toma outras formas enquanto conhecemos os personagens, vemos que o mal não está na religião e sim na má interpretação do homem. Talvez essa seja justamente a maior discussão aqui, já que a sabedoria nos é apresentada de diversas formas e pelos mais diferentes personagens. Temos a sabedoria estampada na boca de alguns padres mas também nos costumes do povo que os cerca, mostrando claramente o conhecimento que se apresenta não só em livros e entre acadêmicos mas também no popular e na vivência. Vemos inclusive o perigo das crenças e como as deturpações afligem até homens de estudo. O mais interessante nisso tudo é o vislumbre que se dá ao que cerca as imediações. Como em um pequeno convento habitado por poucos monges e uma população pequena ao seu redor consegue tão claramente mimetizar o todo de uma cultura de pavor e enfrentamentos sociais? Sem dúvida alguma irei ler o livro, obrigado mais uma vez queridos professores.
Assistido em: 18/11/2020
Timecop: O Guardião do Tempo
2.8 132 Assista AgoraRotineiramente Van Damme entrega filmes meia boca que apenas existem para ser mais uma obra de ação nas prateleiras, mas de vez em quando algo de interessante aparece e é o caso desse filme. O roteiro não é dos melhores, eu sei, mas também não espero isso de um filme de brucutus, tudo que eu quero é uma certa linearidade e boas cenas de ação e nesse caso o filme entregue e muito. A ambientação não faz muita diferença mas cativa o público e os personagens até que são interessantes. Vi muita gente reclamando de ser mais um filme com os clichês que VD tanto explora... mas não é por isso que estamos aqui? Ou vocês realmente não esperavam ele abrir um espacate, usar frases de efeito e ficar com a garota? É claro que é clichê mas é justamente isso que é divertido. Enfim, curti muito e mais um pra lista dos poucos filmes bons do Jean Claude.
Visto em: 17/11/2020
Baixio das Bestas
3.5 397Bom, a premissa me interessou de primeira quando achei para assistir e a princípio a trama me levava com ela. Mas depois dos trinta primeiros minutos me parece que tudo se perdia em falta de coesão. A obra traz discussões interessantes, as relações de poder na sociedade mesmo em áreas tão distantes dos centros urbanos, a cultura do estupro mesmo que ainda seja algo difícil para mim entender, a vida difícil do povo e a mesma como justificativa para alguns atos tenebrosos. Realmente o filme tem muitos pontos interessantes e mais ainda atores que não precisam de comentarios, suas tragetorias já falam por si só. Mas infelizmente a trama não é bem amarrada e algo que poderia ser um filme muito divertido de se ver (divertido aqui digo como uma obra que prende) se torna apenas interessante.
Assistido em: 16/11/2020