O filme é surpreendente! Inicie com uma expectativa e fui totalmente surpreendida ao longo da trama. Lydia Tár (Cat Blanchett) pode até ser um personagem fictício, mas que ele representa centenas de profissionais com alter ego, sobretudo, no mundo das artes não é brincadeira.
Eu detestei o personagem até o último ponto. E adorei a utilização da música clássica como um fio condutor da história. A música, clássica, é elitista, por vezes, misógina e aquela que, infelizmente, determina classes sociais. Aceitemos ou não.
Vejo no Brasil uma força de vontade enorme de inserir este estilo musical no mainstream, mas ainda existem controvérsias ao respeito.
Voltando ao longa, ele me fez refletir muito sobre espaços de poder, aqui representado pela Tár sendo uma maestro, com poderes de escolha, definição, e, principalmente, de estima. Repito, o alter ego é capaz de muitas coisas e dentre elas é a sua própria destruição. Um exemplo disso,
é a caixinha de reportagens em que ela guardava as matérias que reconheciam seus feitos. Ou seja, massageava o seu ego. Agora as notícias e críticas ao seu temperamento e, posteriormente, a divulgação das denúncias. Ela foi incapaz de ver, acompanhar, ter curiosidade ao menos para se defender.
na necessidade de se reinventar dentro da profissão
me veio a reflexão sobre: até quando nos definiremos a partir das nossas profissões? e por que elas, sejam quais forem, são capazes de dominar os outros diversos papéis que desempenhamos? como filhos, aprendizes, que gostam de cinema, que tem manias? É um filme bem filosófico. Mas, para extrair muito do que ele diz é preciso se lançar a ele. Primeiro, sem a preocupação com o tempo, que aliás, dentro do cinema nem deveria ser pauta de discussão. Em segundo lugar sem deixar a temática da música ser um limitador ao invés de um novo mundo de possibilidade. Depois dessas duas barreiras quebradas só resta a prestigiar a atuação magistral da Cate é de tirar o fôlego mesmo.
A arte é feita para inquietar e The Banshees of Inisherin é um excelente exemplo disso! A história se passa na Irlanda, datando 1923, mas poderia ser o retrato de 2022.
Ao longo de todo o filme eu estava com modernidade líquida de Bauman na cabeça e as lágrimas nos olhos. Toda a extensão do mar representou isso a todo momento: a imensidão de começos e fins.
Que obra, roteiro, fotografia, diálogo! Esses, aliás, pareciam navalhas!!
Até onde o egoísmo pode levar a si e aos outros? Por que nós, sempre, nos apegamos àquilo que falta em detrimento do que nos une? É o mal da nossa era?
Fantástico!!!
Edit: Fiquei martelando na cabeça o filme até que me lembrei de outro filme, que tem um roteiro distinto, mas ao mesmo tempo traz muitas semelhanças com este longa do Martin McDonagh: Ondas do Destino do Lars Von Trier. Gosto muito da direção do Lars e muitos elementos são semelhantes da filmografia dele. Fica a dica ;)
O Sétimo Selo estava na minha lista para assistir fazem bons longos anos. Eu acredito que os clássicos precisam de um espaço-tempo específico para serem apreciados e, por isso, demoro tanto para assisti-los.
O que me deixa contente é após o término do filme saber que era exatamente a história que eu precisava no momento.
Este filme honra todos os elogios que carrega ao longo de tantas décadas! Que roteiro incrível, fotografia soberba, que atuação dos personagens! Bergman apresenta uma abordagem sobre a teologia, de forma, que rompe gerações.
Aqui a fervorosidade da religião ampliada pelo medo da morte foi apresentada de forma tão simples e corriqueira, que não me surpreende algumas pessoas não terem entendido o filme ou até mesmo achado ele tedioso e lento. Bergman utilizou do cotidiano para demonstrar de forma simples o que muitos têm a dificuldade de entender, para quem acredita, na existência de um Deus-Criador. No filme o Cavaleiro Max tem uma incessante busca por esse Deus, ele renuncia a sua vida e suas paixões para encontrá-lo. Mas, ao invés de encontrar Deus, ele encontra a Morte. Em o Sétimo Selo, essa Morte é mais presente do que o próprio Deus. Em um período histórico onde os homens provavam a sua honra matando uns aos outros e a peste negra alastrava-se com o vento, a morte cercava à todos. Porém, isso não era capaz de criar compaixão. Ao contrário, as mulheres que cultivavam a sua liberdade, ainda eram crucificadas e tratadas como bruxas. Como uma sociedade queria que Deus os ouvissem sem ser capaz de ouvir o seu semelhante? Quando Max pergunta para a "bruxa" onde está o diabo, já que ela seria queimada, segundo os religiosos, por ter contato com o Diabo. Ela diz a Max "olhe nos meus olhos" e ele diz " eu sou vejo temor e medo". Revela o quão o ser humano é limitado em seus sentidos, de como é necessário 'ver para crer'. As vezes gestos simples nos provam muito mais que palavras, símbolos, sons. O que para mim ficou representado isso foi no casal de atores: a esperança simbolizada pelo pequeno Mike, o amor nutrido pelo casal e o desejo pela vida.
Eu amei os diálogos, eles são simples e profundos. Existenciais. Calorosos. Mas, que só fazem sentido em conjunto do olhar da morte e o olhar da vida, simbolizada pelos personagens que fugiam a todo instante. Me peguei pensando sobre o por que a Morte é tão assombrosa e me vi no ator que diz: "- agora não, eu tenho tantas coisas para fazer".
Eu queria poder apagar a memória desse filme, para assim, poder assisti-lo e sentir tudo de novo.
Inception, para mim, é o clássico da minha geração. Pelo roteiro, genialidade das cenas, os efeitos, o casting, o cenário. Tudo é incrível e crível, ao mesmo tempo. Nolan conseguiu tornar sonhos em realidade. A ideia da extração e "implante" de ideias é fantástico.
A habilidade de criar e filmar um filme dentro do outro praticamente não é para qualquer um rs. Aqueles que não gostam desse filme é das duas uma: assistiu errado ou não entendeu, não vejo lógica por não gostar.
A história de Cobb é comovente, a princípio ele ser um "fora lei" e foragido parece ser resultado da sua profissão como extrator de ideias da mente das pessoas. Aos poucos vamos descobrindo sobre o seu passado, mediante a apresentação das suas habilidades dentro dos sonhos das pessoas. Outro ponto interessante: não sabemos se ele está sonhando ou não. Visto que ele estava em "transe" com os sonhos e a realidade.
Eu acho fantástico a ideia de "seguranças" da mente, que combatem possíveis intrusos, como ocorre na mente de Fischer (Cilian Murphy), com certeza, eu preciso de umas 4 dúzias de seguranças militarizados para minha urgente haushaush. As cenas de ação, suspense são muito, mas muito boas. Enfim, é um dos meus filmes favoritos da vida!
Quero ver o que nos reserva em Oppenheimer em 2023.
O filme do ano! Não esperava menos da atuação do Pattinson, que entrega! <3 De fato entregou o melhor Batman de todos. Final da sessão foi regada por sorrisos e muitas palmas!
Definitivamente Ridley Scott precisava ter assistido a este filme assim, que teve a ideia de filmar House of Gucci. Isso não significa que Jalil Lespert se insenta de furos, mas porque ele conseguiu traçar a vida, ou os pontos principais da carreira, de Yves Saint Laurent. A biografia dele se confunde com o seu talento nato: desenhar o futuro, nas palavras da minha mãe: inventar moda!
Franco-argelino que conquistou primeiro Cristian Dior para rapidamente impactar o mundo com suas linhas, traços, cores, formatos embreados com uma curiosa timidez. Estilista que revolucionou a moda, o guarda roupa feminino foi o primeiro a contar com um casting de modelos negras na passarela, vestiu a mulher com Smokings combinando com o uso de calças.
O filme não deixa de imprimir na tela que nem tudo foram flores e corações para Yves, enfrentou a depressão, o vício de cocaína, a vida entre a timidez e a depravação. Foi humano. Teve sua incrível criatividade afetada por uma convocação militar e o filme não deixou de abordar esse declive. Em contrapartida, evidenciou como é descartáveis as pessoas quando elas estão frágeis. Yves teve a sorte de contar com um grande amor que lhe deu força, otimismo e, principalmente, vazão para a sua arte e seus demônios. Apesar da marca YSL ser o que é hoje: sinônima de luxo, riqueza e poder. Ela conta com uma grande história de amor e superação.
Iniciar 2022 com este filme, esta história e com tais impressões e ter mais um entusiasmo para a realização de sonhos, que não envelhecem JAMAIS!
Homem Aranha (2002) foi o primeiro filme que eu assisti no cinema. Ele carregará essa marca para sempre. "Sem volta para casa" foi nostálgico, único, maravilhoso. Tom Holland nunca te critiquei haha
O diretor e roteirista Scott Z. Burns contribui para a divulgação do polêmico Relatório dos procedimentos especiais realizados com homens capturados por terem uma suposta ligação com a Al Qaeda e, consequentemente, com o Osama Bin Laden, o homem mais procurado do início do século XXI. Este filme pode ser visto em dobradinha com o filme Sniper Americano (Clint Eastwood, 2015), que conta a história heróica do atirador de elite de operações especiais, Chris Kyle. Neste filme, Clint introduz o contexto histórico em que o roteiro de The Report irá se debruçar na tela.
Burns coloca o telespectador em face ao bastidores entre a disputa pela verdade na narração do seguinte fato: " a CIA baseou-se em frágeis, para não dizer que não foi inpsirado em evidências científicas, para colocar em prática um método de interrogatório aos possíveis envolvidos nos atentados as torres gêmeas de 11 de setembro, de 2001." Ao fazer uma varredura no Afeganistão, país de origem da Al Qadea, liderado por Bin Laden. Os americanos, afim de, capturar Osama, começou uma intensa caçada àqueles, que poderiam dar infomações sobre o paradeiro do seu "mestre" ou detalhar possíveis novos ataques aos EUA ou aos aliados. Acontece que tudo isso aconteceu motivado pelo desejo de vingança, então, não foram pensadas e articuladas ações de proteção aos americanos, mas uma tentativa de recomposição de poder militar que os EUA tinha desde a II Guerra Mundial.
Essa tentativa foi feita a partir da tortura de, aproximadamente, 119 homens afegãos, que segundo a CIA tinham ligações com o chefe da Al Qadea. Neste ponto, The Report nos apresenta como a Câmara de Deputados, Os membros do Executivo e a CIA travaram um grande processo de investigação dos arquivos do período para comprovar que a prática foi em vão. Ao adotarem essa prática, os americanos assumiram o desespero e despreparo para lidar racionalmente como seus inimigos. Eu achei a (re)construção desses fatos magistral pelo diretor, porque aqui ele revela ao mundo, o medo incrustado na sua nação de assumir erros, além de situações comuns ao jogo político, mas que os países tentam omitir a todo momento: culpabilizar os investigadores, o embate de ideias, o favorecimento de partidos no jogo político, a violação de acordos.
Daniel Jones desempenhou uma pesquisa incrível. Achei surreal a forma de contornar algumas situações e que faro investigativo e fôlego ele teve para a construção do relatório, mesmo com as incertezas a respeito da sua divulgação e, consequente, punição dos envolvidos. O filme contribui tanto para ressaltar o documento quanto para a sua divulgação. Adorei o fato do processo ter sido levado em frente por uma senadora! Foi de muita coragem e persistência dela e de seu gabinete!
Fiquei me perguntando, porque eu demorei tanto para assistir este filme!
Sangue Negro é uma daqueles filmes que, aparentemente, tem uma história clichê: o pai que cria seu filho sozinho e vence na vida diante de tantas diversidades. A típica história americana. Bom, em parte a história é essa, mas ela não termina bem assim. Paul Thomas Anderson nos apresenta um ganancioso senhor, que tem como uma religião a extração de petróleo.
O filme aborda com propriedade os percursos de extratores civis de petróleo, desde o "descobrimento" de uma terra que fértil com este composto a sua venda para refinarias. O título não é atoa. Sangue Negro era, literalmente, o sangue de Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis). Ao longo do desenvolvimento do personagem podemos observar como ele tinha mais adoração ao petróleo do qualquer outra coisas, apesar de sermos convencidos sobre o amor que ele demonstra por seu filho, em certa medida.
A construção do personagem é incrível, na medida, em que ele ganha ascensão econômica. Ao fazer uma grande apostas de novos poços de petróleo sobre vários terrenos, que eram propriedades privadas, ele vai vendo seus negócios decolarem. Mas, o personagem é tão solitário que o dinheiro não lhe era o suficiente, ele precisava estar na ativa, ver acontecer, ser parte daquilo. A sua forma de lidar com a religiosidade, ou melhor dizendo, com a falta dela é um dos pontos altos do filme, essa intensa relação com o pastor Eli Sunday (Paul Dano) é surreal de se ver. É o verdadeiro encontro de profanos. Um já convicto e outro sob o escuda da palavra de Deus.
Eu fiquei com este filme durante dias na cabeça é uma história forte! Com atuações magistrais e, depois de assistir uma reportagem sobre a extração de petróleo na Síria recordei-me novamente deste filme. Ele foi muito fidedigno na sua construção e desenvolvimento.
Que arrependimento de não ter assistido no cinema, apenas isso!
Ridley Scott, que filme é este! (?) Os filmes medievais não são os meus preferidos, mas a minha curiosidade e interesse histórico sempre me fazem assisti-los. The Last Duel me impressionou logo pelo banner de divulgação: duas espadas e uma mulher entre elas. Não imaginava, que a história fosse originada por causa de uma mulher, ou melhor dizendo, a partir da violência sofrida por uma mulher, sobretudo, naquela época.
É triste ver nos comentários várias referências sobre a história ser contada em três atos, sob a perspectiva dos três personagens principais, diante de toda a historicidade, contrapontos, referências e inferências que o filme provoca.
Essa forma de montagem do filme e sua divisão sobre os três pontos de vista, para mim foi primordial. Primeiro porque a divisão já aponta algo incrustado no ceio social: a voz da mulher é a última diante da palavra do homem e Ridley já aponta isso de cara. Primeiro temos a voz do marido de Marguerite de Carrouges (Jodie Comer), o controverso Jean Couruge (Matt Damon) depois do escudeiro bajulador Jacques LeGris (Adam Driver) e, apenas por último, a vítima, Marguerite. Este simbolismo não pode ser perdido, porque essa lógica perdura até hoje, no século XXI.
Sobre o roteiro achei perfeito na medida certa. Temos destacado os conflitos sociais, apesar da monarquia estar em plena ascensão, já vemos os primeiros passos da política, o domínio do clero, a corrupção, o papel da mulher dentro dessa sociedade.
Na história a lady Marguerite, para mim, foi o meio de vingança entre dois desafetos. Tratada como uma propriedade em que ambos os cavaleiros disputaram um pedaço e o "direito" de usufruir tal como quisesse. Mas, para a surpresa de todos, foi forte e corajosa em denunciar o estuprador! Hoje em dia é fácil vermos julgamentos hostis contra a vítima, imagina naquela época em uma sociedade, que considerava a violação do corpo feminino normal?
Apesar do jeito controverso de Jean, eu tive pena dele, um cavaleiro de alta bravura, sendo vítima de um ganancioso escudeiro. Aquele pior amigo de um homem: o que conhece suas fraquezas e ataca pelas beiradas, que ódio senti de LeGris. O trabalho do Adam Driver é surreal de bom, não canso de exaltar o trabalho dele. No filme, ele consegue em menos de 60 min apresentar um personagem encantador e, imediatamente, se mostrar totalmente desprezível, o Óscar está perto! O Matt Damon também é surreal.
Com a produção de Alex Moratto, Os 7 Prisioneiros venceu na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira do Festival Internacional de Cinema de Veneza. Olha, não foi atoa este feito.O filme conta com a nossa prata brasileira, Rodrigo Santoro dando vida ao personagem Luca, um homem boa praça, "bem relacionado", que cuida da mãe e sua família
às custas do trabalho escravo de jovens do interior de São Paulo e imigrantes
. No primeiro momento, este fato não fica claro, porque somos apresentados a estes jovens sonhadores indo em rumo ao sonho de ter conquistado um bom emprego na capital de São Paulo. Mateus (Sérgio Malheiros) e seus amigos não sabiam que caminhavam para uma emboscada. Dali em diante, os sete amigos, que têm uma vida em comum, passam a desconhecer um ao outro. A condução da história é o que mais me marcou e me chocou ao mesmo tempo, porque Moratto denuncia
o financiamento de uma organização criminosa que sobrevive escravizando pessoas, seres humanos, trabalhadores dentro da capital de SP. Na vida real, isso ocorre, geralmente, no interior, em fazendas, mas, aqui temos uma realidade indigesta. Além disso, o filme aborda a coordenação dessa organização sendo feita por político, que por meio do seu poder de decisão e contato alicia homens sonhadores tais como Luca e Mateus para viverem a real "liberdade" de poder ser quem quiser ser com altas quantias de dinheiro ganhas através do suor de outrem.
Cruel. Desumano. O filme é por, justamente, provocar diversas reflexões de como essa prática ainda subsiste em nossa sociedade; O final, achei corajoso em expor como a individualidade sobrepõe o coletivo, às vezes, somos ingênuos em pensar que o coletivo sempre virá primeiro. Neste filme ele provoca e nos mostra que não.
Primeiro não sei é um spoiler, mas não vou marcá-lo como tal, fiquei decepcionada por não ser Anya (Sandie) a protagonista. Poxa, como assim? Pois é, ela é uma coadjuvante de luxo da Thomasin McKenzie (Eloise) . Anya compõe o enredo da protagonista, que sai do interior da Inglaterra, para se tornar estilista. Um sonho de infância que fora, também, de sua mãe. Desde o início Eloise é envolta de segredos, ora não sabemos se eles serão aprofundados ou não. No caso, eles não foram revelados e ficaram no ar. HUAHSUhaushUAHSuhas
O que eu gostei do filme foi a atmosfera de Londres anos 60, as músicas, os dilemas, os figurinos. É tudo muito fiel à época e instigante de ver. O arco narrativo acompanha de forma confusa esses elementos, porque eles foram mal explorados. Eu senti que tudo acontece de forma automática, quase se o telespectador soubesse o que estava acontecendo, mas as respostas ficaram todas para o final e acredito que ele não deu conta de responder a todas. Apesar disso, eu acreditei na condução da história e foi nisso que ela me pegou.
Fui totalmente surpreendida. Achei fantástica a força da história feminina como uma "vingança" de um passado que foi doloroso. Os filmes da temporada (House of Gucci/Spencer) têm destacado muito isso: o sofrimento feminino em face aos seus sonhos. Last Night in Soho não fugiu a essa regra. O thriller é desconcertante, porque toca em cheio nessa ferida. Não estamos acostumados com isso, porque é simples. Ao invés de grandes efeitos, o desenvolvimento é simples, mas a história não.
Claro que há clichês dispensáveis como retratar o grupo de amigas "patricinhas" na faculdade que tiram sarro da menina do interior. Acho que já chegou o tempo dos roteiros superarem esse clichê.
Poxa Jarmusch eu pensei que o filme seria do mesmo nível de Paterson (2016). Mas, olha, passou muito longe rs
Não sei qual gênero ele quis atingir, mas eu não consegui nem achar graça, para descrevê-lo como comedia. The Dead Dont' die, para mim é uma sátira da perda de vida que a sociedade, sobretudo, as pessoas que a compõe perdem para "conquistar" seja bens materiais, status, cargos. Eu só cheguei a essa conclusão, porque no final
Ridley Scott na sua ousadia de estrear dois filmes na mesma temporada, passou despercebido com o épico O Último Duelo, mas não teve como manter a descrição com House of Gucci.
A história que conduz o longa, não permite este feito. Um dos filmes mais aguardados do anos, estreou com um elenco de peso, trazendo uma forte história de um dos crimes mais instigantes do mundo da moda: o assassinato de Maurizio Gucci, que estava à frente dos negócios da empresa mais desejada de todas: Gucci.
O filme tem um problema: ele é uma bagunça, acontece muita coisa ao mesmo tempo, e a linha cronológica dos fatos não é feita de forma marcada. No segundo ato ela se perde e virar uma mistura de muita coisa. Acho que em parte se deve pela história, que é grande. Em outra eu achei que houve equívocos de montagem do filme. Ele é cômico em alguns momentos, sobretudo, nas cenas do Paolo Gucci (Jared Letto), mas eu achei o filme triste.
Uma família desunida, com fome de poder e dinheiro que tinha a faca e o queijo na mão: a criatividade, o dom de transformar o couro em peças incríveis, o de encantar o mundo através da moda. Mas, não soube ter o manejo disso tudo e ao invés de administrar tamanho império, acabaram sendo alvos da própria soberba.
Bom, todos estavam curiosos para conhecer Patrizia Reggiane (Lady Gaga), a então viúva negra, mandante do assassinato do último herdeiro da marca, Maurizio Gucci, sob a interpretação da Gaga. Eu adorei, vai ter aqueles que não gostaram, outros que irão detestar, mas acho que ela foi incrível. Ela pode ter sido tudo, mas ela foi muito importante para o Maurizicio se tornar aquilo que ele chegou a ser para a marca. Ela fez valer o ditado: ao lado de um grande homem sempre há uma grande mulher.
O filme foi perfeito para renovar as minhas fichas com o Adam Driver, que ator! No terceiro ato ele simplesmente rouba a cena, uns irão achar que não, mas para mim ele cresceu ao longo do filme ao mostrar a verdadeira face de seu personagem.
Apesar do Pablo Larrain ter uma vasta filmografia, Spencer é o primeiro filme que assisto do cineasta. Inclusive, esta obra não figurava entre os meus mais esperados da temporada de 2021.
Me surpreendi positivamente com a Kristen Stewart, como a Lady Di, achei que ela fez uma grande entrega dando vida, ou melhor, nos revelando os sofrimentos da Diana. Apesar do papel ser confortável para ela, visto que, em sua filmografia conta com interpretações, que tendem a ser de papéis bucólicos, tristes e outrora deslocados; Mas, aqui temos um amadurecimento incrível dela enquanto atriz ao apresentar cenas fortes apenas com suas expressões.
A vida "real" sempre foi muito especulada por filmes e séries e sempre trouxe o lado sombrio dessa família secular. Mas, neste filme fiquei chocada ao ver como os funcionários da realeza se comportavam diante dessas regras. O mordomo Major Alistair Gregory (Timothy Leonard Spall ) era praticamente um vigia dos hóspedes. Convenhamos, quanta regra chata e boba!
O roteiro do Steven Knight foi cirúrgico, por privilegiar Diana como a mãe, a menina, a mulher traída que amava seu marido. Ele a retratou como uma mulher comum, mas que estava à frente do seu tempo, que não se rendia as convenções apenas para mostrar que tudo estava bem. Ao contrário, ela fazia questão que todos soubessem do seu descontentamento, de sua tristeza, sua dor. Fiquei pensando no quanto ela sofreu apenas por ter o peso de ser uma "princesa". Poxa, sufocante.
No mais a trilha sonora é perfeita e a fotografia é soberba.
Spencer se tornou meu filme preferido da temporada com grande maestria.
Não me lembro de ter assistindo um filme do Di Caprio que eu tenha gostado tanto quanto desse filme. Inclusive, a atuação dele está maravilhosa.
A Ilha do Medo conta a história de um investigador, Teddy Daniels (Leonardo Di Caprio) que vai até uma ilha de alta detenção para solucionar o caso de uma paciente que fugiu misteriosamente de um quarto de detenção. O lugar é sombrio e, aparentemente, a prova de fugas. Nela encontra-se pacientes com distúrbios psicológicos e, por isso, seguem-se dois métodos de trabalho: um humanista baseado nos estudos do Dr. John Cawley (Ben Kingsley) para acolher, entender a mente do paciente e possibilitar alternativas para a sua melhora e outro que é, por meio da prática do Dr. Jeremia (Max Von Sydow) lobotomia método invasivo da época usado para de pacientes com distúrbios e demais doenças psicológicas.
Na medida que o mistério da paciente vai avançando, Teddy começa a sofrer algumas interferências como dores de cabeça, que o leva a ser medicado tal como os pacientes do internato. Várias situações estranhas vão ocorrendo que ajudam a provocar a instabilidade de Teddy.
Isso que é fantástico no filme, porque na medida que ele vai chegando perto do desfecho do caso. O filme ganha uma reviravolta sem precedentes. Fiquei sem fôlego rs Assisti sem ter o menor conhecimento sobre o filme e fui totalmente surpreendida!! Filmaço
Mulholland Dr. é daqueles filmes que tiveram uma tradução do título sofrível e totalmente comprometedora para a experiência do filme . Se bem que em partes, porque eu fui completamente surpreendida pela história.
Me senti totalmente desafiada pela história dessa mulher, Rita (Laura Harring) sedutora que se apresenta, como indefesa, traumatizada em busca de ajuda. Com certeza, foi um dos maiores plot que já assisti. Tudo na história parece ser sobre essa mulher. Lynch é genial demais. Porque ele inebriou todos os nossos sentidos para acreditar nisso. Tenho que levar para a vida: desconfiar sempre do que ouço e vejo, porque ainda assim, não pode ser real rs.
O filme traz uma crítica sobre a fantasiosa Hollywood ao revelar, por meio dos personagens o quão esse mundo é mantido sob muito sacrífico, injustiças e falta de reconhecimento para com aqueles que tem o sonho de ser uma estrela de cinema. Para mim, a história é tão trágica, porque mescla o sucesso e o fracasso, de forma nua e crua ao apresentar essas diversas nuances que a construção de uma carreira de aclamação e sucesso exige, mas através de uma trama mental de seus personagens!
Apesar do filme ser dirigido pelo David Lowery, a forma como ele foi colocado em tela me lembrou muito aos filmes do Tim Burton. Acredito que tenha sido referência para o filme.
A história é baseada no livro Sir Gawain and the Green Knight, um romance datado, ainda do século XIV. Aqui temos a lenda de um cavaleiro incomum e isso foi o que mais me prendeu e chamou atenção, porque rompe com estórias de bravura, combate, honrarias que as histórias sobre a temática carregam.
David Patel abrilhanta na pele do personagem, o Sir Gawain, sobrinho do Rei Arthur. Boêmio e sem muitos planos para a sua vida, ele se vê em meio a um grande desafio: Encontrar o Cavaleiro Verde e assim cumprir a profecia que foi firmada. É neste ponto, que a condução do filme torna-se genial, porque somos apresentados aos dilemas que essa escolha do personagem enfrenta: o medo, a relutância, as armadilhas que sua mente cria para fugir daquilo. A fotografia do filme é belíssima. A trilha sonora também não deixa a desejar.
Achei o filme simples, mais complexo, por trazer as nuances como o misticismo, o imaginário, a loucura, o irreal. Mas, em plena sintonia com a natureza dos personagens e, também, daquela que habita o lugar. Este filme chegou sem muitos alardes e sem criar muitas expectativas e, para mim, foi um dos grandes filmes lançados até o momento em 2021.
Essa semana me deu vontade de rever este filme. Na primeira vez em que assisti estava fazendo uma maratona dos filmes do Robert Pattinson que neste filme interpreta o “filhinho de papai” Tyler Hawkins. Allen Coulter nos apresenta duas perspectivas familiares com algo em comum: o conflito familiar.
Enquanto Ally (Amy Rosoff) estava constantemente sob os cuidados, exagerados, do pai, Neil Craig (Chris Cooper). Tyler quase implorava por um pouco de atenção. A princípio ele clama por sua irmã caçula, que ao contrário dele não podia lidar com tamanha rejeição e falta de consideração do pai, Charles Hawkins(Pierce Brosnan) que só tinha tempo para manter seu negócio de sucesso. A desculpa por mantê-los era constante e desoladora para Tyler que renegava os luxos que poderia usufruir do pai . Com esses dois núcleos familiares Ally e Tyler formam um casal que se completam. Os dois são geniosos e aos poucos vão nutrindo um carinho, afeto e compreensão. Parece um romance “clichê”. Se não fosse pelas cenas finais, que para mim tem um peso, uma carga emocional maior do que todo o romance que foi construído ao longo do filme. As cenas são determinantes para essa desconstrução, porque fala tanto sobre afeto, possibilidades, destino, desgraça, amor, arrependimento do que qualquer roteiro que objetiva especificamente para alcançar essas questões.
Assistir Remember Me nessa semana que o fatídico 11 de setembro completa 20 anos é lembrar daquele dia, que além de chocar o mundo pela face do horror causado pelo terrorismo. Como lembrar de cada vida, familiar, sonhos, amores, paixões que foram interrompidas naquele dia.
Por isso, acho que este filme é um longa sensível e emblemático por trazer essa tragédia de forma tão inesperada, tal como ela foi realmente. Quem sabe o que pode acontecer amanhã, na próxima tarde, no fim do ano? Não temos esse controle. Ainda mais quando vivemos sob a ameaça constante do obscurantismo, do sofrimento e do terror.
Spike Lee foi muito sagaz em produzir e lançar este filme em meio ao início do obscurantismo que foi se formando, após Trump assumir a Casa Branca. Em tempos em que seitas criminosas com o KKK ganhou notoriedade, força e mais adeptos. Eu achei o filme PER-FEI-TO a tensão construída no filme mostra o quão bizarro, triste e cruel é a mente de pessoas que se julgam superiores as outras a troco de nada. Eu amei as cenas em que isso é desconstruído pelos personagens.
Por ser uma história real, porque o filme é baseado no livro do Ron Stallworth(John David Washington), gera ainda mais indignação e revolta. Por outro lado, eu achei fantástica a atitude dos dois policiais que permitiram que Ron entrasse na corporação. Foi histórico e revolucionário dado o preconceito e intolerância local na época. Achei sincero quando Ron não sabia se estava de um lado ou do outro, porque a sociedade ao mesmo tempo, que ele tentava lutar pela sua causa realizando o seu sonho de pertencer e trabalhar com a segurança. Ele sentia que estava a traindo. Esse conflito do personagem foi muito bem construído e explorado. Mas, não só ele! Os personagens que são membros e simpatizantes do KKK foram extremamente convincentes.
Acredito eu que se todo o material recolhido por Ron e seu agente infiltrado, no filme com o nome de Flip Zimmerman(Adam Driver), mas que nunca teve o nome revelado, para a sua própria segurança. Tivessem sido expostos à mídia ou sido tomadas medidas cabíveis teria acabado com o mal pela raiz. Este erro permitiu que convivamos sob a ameaça do fortalecimento e eclosão de um movimento como este, infelizmente.
Oppenheimer
4.0 1,1KMAGISTRAL !!!! 🥰
Oppenheimer
4.0 1,1KAnsiooosa!!
Tár
3.7 394 Assista AgoraO filme é surpreendente! Inicie com uma expectativa e fui totalmente surpreendida ao longo da trama. Lydia Tár (Cat Blanchett) pode até ser um personagem fictício, mas que ele representa centenas de profissionais com alter ego, sobretudo, no mundo das artes não é brincadeira.
Eu detestei o personagem até o último ponto. E adorei a utilização da música clássica como um fio condutor da história. A música, clássica, é elitista, por vezes, misógina e aquela que, infelizmente, determina classes sociais. Aceitemos ou não.
Vejo no Brasil uma força de vontade enorme de inserir este estilo musical no mainstream, mas ainda existem controvérsias ao respeito.
Voltando ao longa, ele me fez refletir muito sobre espaços de poder, aqui representado pela Tár sendo uma maestro, com poderes de escolha, definição, e, principalmente, de estima. Repito, o alter ego é capaz de muitas coisas e dentre elas é a sua própria destruição. Um exemplo disso,
é a caixinha de reportagens em que ela guardava as matérias que reconheciam seus feitos. Ou seja, massageava o seu ego. Agora as notícias e críticas ao seu temperamento e, posteriormente, a divulgação das denúncias. Ela foi incapaz de ver, acompanhar, ter curiosidade ao menos para se defender.
Na cena em que ela
debochou da morte da vizinha foi o ápice da crueldade do personagem
na necessidade de se reinventar dentro da profissão
Pinóquio
4.2 542 Assista AgoraPrimoroso! <3
Os Banshees de Inisherin
3.9 568 Assista AgoraA arte é feita para inquietar e The Banshees of Inisherin é um excelente exemplo disso!
A história se passa na Irlanda, datando 1923, mas poderia ser o retrato de 2022.
Ao longo de todo o filme eu estava com modernidade líquida de Bauman na cabeça e as lágrimas nos olhos. Toda a extensão do mar representou isso a todo momento: a imensidão de começos e fins.
Que obra, roteiro, fotografia, diálogo! Esses, aliás, pareciam navalhas!!
Até onde o egoísmo pode levar a si e aos outros? Por que nós, sempre, nos apegamos àquilo que falta em detrimento do que nos une? É o mal da nossa era?
Fantástico!!!
Edit: Fiquei martelando na cabeça o filme até que me lembrei de outro filme, que tem um roteiro distinto, mas ao mesmo tempo traz muitas semelhanças com este longa do Martin McDonagh: Ondas do Destino do Lars Von Trier. Gosto muito da direção do Lars e muitos elementos são semelhantes da filmografia dele. Fica a dica ;)
O Sétimo Selo
4.4 1,0KO Sétimo Selo estava na minha lista para assistir fazem bons longos anos. Eu acredito que os clássicos precisam de um espaço-tempo específico para serem apreciados e, por isso, demoro tanto para assisti-los.
O que me deixa contente é após o término do filme saber que era exatamente a história que eu precisava no momento.
Este filme honra todos os elogios que carrega ao longo de tantas décadas! Que roteiro incrível, fotografia soberba, que atuação dos personagens! Bergman apresenta uma abordagem sobre a teologia, de forma, que rompe gerações.
Aqui a fervorosidade da religião ampliada pelo medo da morte foi apresentada de forma tão simples e corriqueira, que não me surpreende algumas pessoas não terem entendido o filme ou até mesmo achado ele tedioso e lento. Bergman utilizou do cotidiano para demonstrar de forma simples o que muitos têm a dificuldade de entender, para quem acredita, na existência de um Deus-Criador. No filme o Cavaleiro Max tem uma incessante busca por esse Deus, ele renuncia a sua vida e suas paixões para encontrá-lo. Mas, ao invés de encontrar Deus, ele encontra a Morte. Em o Sétimo Selo, essa Morte é mais presente do que o próprio Deus. Em um período histórico onde os homens provavam a sua honra matando uns aos outros e a peste negra alastrava-se com o vento, a morte cercava à todos. Porém, isso não era capaz de criar compaixão. Ao contrário, as mulheres que cultivavam a sua liberdade, ainda eram crucificadas e tratadas como bruxas. Como uma sociedade queria que Deus os ouvissem sem ser capaz de ouvir o seu semelhante? Quando Max pergunta para a "bruxa" onde está o diabo, já que ela seria queimada, segundo os religiosos, por ter contato com o Diabo. Ela diz a Max "olhe nos meus olhos" e ele diz " eu sou vejo temor e medo". Revela o quão o ser humano é limitado em seus sentidos, de como é necessário 'ver para crer'. As vezes gestos simples nos provam muito mais que palavras, símbolos, sons. O que para mim ficou representado isso foi no casal de atores: a esperança simbolizada pelo pequeno Mike, o amor nutrido pelo casal e o desejo pela vida.
Eu amei os diálogos, eles são simples e profundos. Existenciais. Calorosos. Mas, que só fazem sentido em conjunto do olhar da morte e o olhar da vida, simbolizada pelos personagens que fugiam a todo instante. Me peguei pensando sobre o por que a Morte é tão assombrosa e me vi no ator que diz: "- agora não, eu tenho tantas coisas para fazer".
A Origem
4.4 5,9K Assista AgoraEu queria poder apagar a memória desse filme, para assim, poder assisti-lo e sentir tudo de novo.
Inception, para mim, é o clássico da minha geração. Pelo roteiro, genialidade das cenas, os efeitos, o casting, o cenário. Tudo é incrível e crível, ao mesmo tempo. Nolan conseguiu tornar sonhos em realidade. A ideia da extração e "implante" de ideias é fantástico.
A habilidade de criar e filmar um filme dentro do outro praticamente não é para qualquer um rs. Aqueles que não gostam desse filme é das duas uma: assistiu errado ou não entendeu, não vejo lógica por não gostar.
A história de Cobb é comovente, a princípio ele ser um "fora lei" e foragido parece ser resultado da sua profissão como extrator de ideias da mente das pessoas. Aos poucos vamos descobrindo sobre o seu passado, mediante a apresentação das suas habilidades dentro dos sonhos das pessoas. Outro ponto interessante: não sabemos se ele está sonhando ou não. Visto que ele estava em "transe" com os sonhos e a realidade.
Eu acho fantástico a ideia de "seguranças" da mente, que combatem possíveis intrusos, como ocorre na mente de Fischer (Cilian Murphy), com certeza, eu preciso de umas 4 dúzias de seguranças militarizados para minha urgente haushaush. As cenas de ação, suspense são muito, mas muito boas. Enfim, é um dos meus filmes favoritos da vida!
Quero ver o que nos reserva em Oppenheimer em 2023.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraO filme do ano!
Não esperava menos da atuação do Pattinson, que entrega! <3 De fato entregou o melhor Batman de todos.
Final da sessão foi regada por sorrisos e muitas palmas!
Yves Saint Laurent
3.5 175Definitivamente Ridley Scott precisava ter assistido a este filme assim, que teve a ideia de filmar House of Gucci. Isso não significa que Jalil Lespert se insenta de furos, mas porque ele conseguiu traçar a vida, ou os pontos principais da carreira, de Yves Saint Laurent. A biografia dele se confunde com o seu talento nato: desenhar o futuro, nas palavras da minha mãe: inventar moda!
Franco-argelino que conquistou primeiro Cristian Dior para rapidamente impactar o mundo com suas linhas, traços, cores, formatos embreados com uma curiosa timidez. Estilista que revolucionou a moda, o guarda roupa feminino foi o primeiro a contar com um casting de modelos negras na passarela, vestiu a mulher com Smokings combinando com o uso de calças.
O filme não deixa de imprimir na tela que nem tudo foram flores e corações para Yves, enfrentou a depressão, o vício de cocaína, a vida entre a timidez e a depravação. Foi humano. Teve sua incrível criatividade afetada por uma convocação militar e o filme não deixou de abordar esse declive. Em contrapartida, evidenciou como é descartáveis as pessoas quando elas estão frágeis. Yves teve a sorte de contar com um grande amor que lhe deu força, otimismo e, principalmente, vazão para a sua arte e seus demônios. Apesar da marca YSL ser o que é hoje: sinônima de luxo, riqueza e poder. Ela conta com uma grande história de amor e superação.
Iniciar 2022 com este filme, esta história e com tais impressões e ter mais um entusiasmo para a realização de sonhos, que não envelhecem JAMAIS!
Recomendo! Recomendo! Recomendo!
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraApenas, perfeito!
Homem Aranha (2002) foi o primeiro filme que eu assisti no cinema. Ele carregará essa marca para sempre.
"Sem volta para casa" foi nostálgico, único, maravilhoso.
Tom Holland nunca te critiquei haha
Dafoe, te quero como o próximo Coringa!
Só agradeço.
O Relatório
3.5 111 Assista AgoraO diretor e roteirista Scott Z. Burns contribui para a divulgação do polêmico Relatório dos procedimentos especiais realizados com homens capturados por terem uma suposta ligação com a Al Qaeda e, consequentemente, com o Osama Bin Laden, o homem mais procurado do início do século XXI. Este filme pode ser visto em dobradinha com o filme Sniper Americano (Clint Eastwood, 2015), que conta a história heróica do atirador de elite de operações especiais, Chris Kyle. Neste filme, Clint introduz o contexto histórico em que o roteiro de The Report irá se debruçar na tela.
Burns coloca o telespectador em face ao bastidores entre a disputa pela verdade na narração do seguinte fato: " a CIA baseou-se em frágeis, para não dizer que não foi inpsirado em evidências científicas, para colocar em prática um método de interrogatório aos possíveis envolvidos nos atentados as torres gêmeas de 11 de setembro, de 2001." Ao fazer uma varredura no Afeganistão, país de origem da Al Qadea, liderado por Bin Laden. Os americanos, afim de, capturar Osama, começou uma intensa caçada àqueles, que poderiam dar infomações sobre o paradeiro do seu "mestre" ou detalhar possíveis novos ataques aos EUA ou aos aliados. Acontece que tudo isso aconteceu motivado pelo desejo de vingança, então, não foram pensadas e articuladas ações de proteção aos americanos, mas uma tentativa de recomposição de poder militar que os EUA tinha desde a II Guerra Mundial.
Essa tentativa foi feita a partir da tortura de, aproximadamente, 119 homens afegãos, que segundo a CIA tinham ligações com o chefe da Al Qadea. Neste ponto, The Report nos apresenta como a Câmara de Deputados, Os membros do Executivo e a CIA travaram um grande processo de investigação dos arquivos do período para comprovar que a prática foi em vão. Ao adotarem essa prática, os americanos assumiram o desespero e despreparo para lidar racionalmente como seus inimigos. Eu achei a (re)construção desses fatos magistral pelo diretor, porque aqui ele revela ao mundo, o medo incrustado na sua nação de assumir erros, além de situações comuns ao jogo político, mas que os países tentam omitir a todo momento: culpabilizar os investigadores, o embate de ideias, o favorecimento de partidos no jogo político, a violação de acordos.
Daniel Jones desempenhou uma pesquisa incrível. Achei surreal a forma de contornar algumas situações e que faro investigativo e fôlego ele teve para a construção do relatório, mesmo com as incertezas a respeito da sua divulgação e, consequente, punição dos envolvidos. O filme contribui tanto para ressaltar o documento quanto para a sua divulgação. Adorei o fato do processo ter sido levado em frente por uma senadora! Foi de muita coragem e persistência dela e de seu gabinete!
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista AgoraFiquei me perguntando, porque eu demorei tanto para assistir este filme!
Sangue Negro é uma daqueles filmes que, aparentemente, tem uma história clichê: o pai que cria seu filho sozinho e vence na vida diante de tantas diversidades. A típica história americana. Bom, em parte a história é essa, mas ela não termina bem assim. Paul Thomas Anderson nos apresenta um ganancioso senhor, que tem como uma religião a extração de petróleo.
O filme aborda com propriedade os percursos de extratores civis de petróleo, desde o "descobrimento" de uma terra que fértil com este composto a sua venda para refinarias. O título não é atoa. Sangue Negro era, literalmente, o sangue de Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis). Ao longo do desenvolvimento do personagem podemos observar como ele tinha mais adoração ao petróleo do qualquer outra coisas, apesar de sermos convencidos sobre o amor que ele demonstra por seu filho, em certa medida.
A construção do personagem é incrível, na medida, em que ele ganha ascensão econômica. Ao fazer uma grande apostas de novos poços de petróleo sobre vários terrenos, que eram propriedades privadas, ele vai vendo seus negócios decolarem. Mas, o personagem é tão solitário que o dinheiro não lhe era o suficiente, ele precisava estar na ativa, ver acontecer, ser parte daquilo. A sua forma de lidar com a religiosidade, ou melhor dizendo, com a falta dela é um dos pontos altos do filme, essa intensa relação com o pastor Eli Sunday (Paul Dano) é surreal de se ver. É o verdadeiro encontro de profanos. Um já convicto e outro sob o escuda da palavra de Deus.
Eu fiquei com este filme durante dias na cabeça é uma história forte! Com atuações magistrais e, depois de assistir uma reportagem sobre a extração de petróleo na Síria recordei-me novamente deste filme. Ele foi muito fidedigno na sua construção e desenvolvimento.
Filmaço!
O Último Duelo
3.9 326Que arrependimento de não ter assistido no cinema, apenas isso!
Ridley Scott, que filme é este! (?) Os filmes medievais não são os meus preferidos, mas a minha curiosidade e interesse histórico sempre me fazem assisti-los. The Last Duel me impressionou logo pelo banner de divulgação: duas espadas e uma mulher entre elas. Não imaginava, que a história fosse originada por causa de uma mulher, ou melhor dizendo, a partir da violência sofrida por uma mulher, sobretudo, naquela época.
É triste ver nos comentários várias referências sobre a história ser contada em três atos, sob a perspectiva dos três personagens principais, diante de toda a historicidade, contrapontos, referências e inferências que o filme provoca.
Essa forma de montagem do filme e sua divisão sobre os três pontos de vista, para mim foi primordial. Primeiro porque a divisão já aponta algo incrustado no ceio social: a voz da mulher é a última diante da palavra do homem e Ridley já aponta isso de cara. Primeiro temos a voz do marido de Marguerite de Carrouges (Jodie Comer), o controverso Jean Couruge (Matt Damon) depois do escudeiro bajulador Jacques LeGris (Adam Driver) e, apenas por último, a vítima, Marguerite. Este simbolismo não pode ser perdido, porque essa lógica perdura até hoje, no século XXI.
Sobre o roteiro achei perfeito na medida certa. Temos destacado os conflitos sociais, apesar da monarquia estar em plena ascensão, já vemos os primeiros passos da política, o domínio do clero, a corrupção, o papel da mulher dentro dessa sociedade.
Na história a lady Marguerite, para mim, foi o meio de vingança entre dois desafetos. Tratada como uma propriedade em que ambos os cavaleiros disputaram um pedaço e o "direito" de usufruir tal como quisesse. Mas, para a surpresa de todos, foi forte e corajosa em denunciar o estuprador! Hoje em dia é fácil vermos julgamentos hostis contra a vítima, imagina naquela época em uma sociedade, que considerava a violação do corpo feminino normal?
Apesar do jeito controverso de Jean, eu tive pena dele, um cavaleiro de alta bravura, sendo vítima de um ganancioso escudeiro. Aquele pior amigo de um homem: o que conhece suas fraquezas e ataca pelas beiradas, que ódio senti de LeGris. O trabalho do Adam Driver é surreal de bom, não canso de exaltar o trabalho dele. No filme, ele consegue em menos de 60 min apresentar um personagem encantador e, imediatamente, se mostrar totalmente desprezível, o Óscar está perto! O Matt Damon também é surreal.
Filmaço!
7 Prisioneiros
3.9 318Com a produção de Alex Moratto, Os 7 Prisioneiros venceu na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira do Festival Internacional de Cinema de Veneza. Olha, não foi atoa este feito.O filme conta com a nossa prata brasileira, Rodrigo Santoro dando vida ao personagem Luca, um homem boa praça, "bem relacionado", que cuida da mãe e sua família
às custas do trabalho escravo de jovens do interior de São Paulo e imigrantes
No primeiro momento, este fato não fica claro, porque somos apresentados a estes jovens sonhadores indo em rumo ao sonho de ter conquistado um bom emprego na capital de São Paulo. Mateus (Sérgio Malheiros) e seus amigos não sabiam que caminhavam para uma emboscada. Dali em diante, os sete amigos, que têm uma vida em comum, passam a desconhecer um ao outro.
A condução da história é o que mais me marcou e me chocou ao mesmo tempo, porque Moratto denuncia
o financiamento de uma organização criminosa que sobrevive escravizando pessoas, seres humanos, trabalhadores dentro da capital de SP. Na vida real, isso ocorre, geralmente, no interior, em fazendas, mas, aqui temos uma realidade indigesta. Além disso, o filme aborda a coordenação dessa organização sendo feita por político, que por meio do seu poder de decisão e contato alicia homens sonhadores tais como Luca e Mateus para viverem a real "liberdade" de poder ser quem quiser ser com altas quantias de dinheiro ganhas através do suor de outrem.
O filme é por, justamente, provocar diversas reflexões de como essa prática ainda subsiste em nossa sociedade; O final, achei corajoso em expor como a individualidade sobrepõe o coletivo, às vezes, somos ingênuos em pensar que o coletivo sempre virá primeiro. Neste filme ele provoca e nos mostra que não.
Noite Passada em Soho
3.5 735 Assista AgoraPrimeiro não sei é um spoiler, mas não vou marcá-lo como tal, fiquei decepcionada por não ser Anya (Sandie) a protagonista. Poxa, como assim? Pois é, ela é uma coadjuvante de luxo da Thomasin McKenzie (Eloise) . Anya compõe o enredo da protagonista, que sai do interior da Inglaterra, para se tornar estilista. Um sonho de infância que fora, também, de sua mãe. Desde o início Eloise é envolta de segredos, ora não sabemos se eles serão aprofundados ou não. No caso, eles não foram revelados e ficaram no ar. HUAHSUhaushUAHSuhas
O que eu gostei do filme foi a atmosfera de Londres anos 60, as músicas, os dilemas, os figurinos. É tudo muito fiel à época e instigante de ver. O arco narrativo acompanha de forma confusa esses elementos, porque eles foram mal explorados. Eu senti que tudo acontece de forma automática, quase se o telespectador soubesse o que estava acontecendo, mas as respostas ficaram todas para o final e acredito que ele não deu conta de responder a todas. Apesar disso, eu acreditei na condução da história e foi nisso que ela me pegou.
Fui totalmente surpreendida. Achei fantástica a força da história feminina como uma "vingança" de um passado que foi doloroso. Os filmes da temporada (House of Gucci/Spencer) têm destacado muito isso: o sofrimento feminino em face aos seus sonhos. Last Night in Soho não fugiu a essa regra. O thriller é desconcertante, porque toca em cheio nessa ferida. Não estamos acostumados com isso, porque é simples. Ao invés de grandes efeitos, o desenvolvimento é simples, mas a história não.
Claro que há clichês dispensáveis como retratar o grupo de amigas "patricinhas" na faculdade que tiram sarro da menina do interior. Acho que já chegou o tempo dos roteiros superarem esse clichê.
Os Mortos Não Morrem
2.5 465 Assista AgoraPoxa Jarmusch eu pensei que o filme seria do mesmo nível de Paterson (2016). Mas, olha, passou muito longe rs
Não sei qual gênero ele quis atingir, mas eu não consegui nem achar graça, para descrevê-lo como comedia. The Dead Dont' die, para mim é uma sátira da perda de vida que a sociedade, sobretudo, as pessoas que a compõe perdem para "conquistar" seja bens materiais, status, cargos. Eu só cheguei a essa conclusão, porque no final
quando os zumbis, que são chamados de mortos, retornam para a cidade, eles ficam repetindo as atividades que eles faziam. Isso eu achei bem bizarro
Quando o Adam disse:
"isso vai acabar mal, eu li o roteiro"
Casa Gucci
3.2 706 Assista AgoraRidley Scott na sua ousadia de estrear dois filmes na mesma temporada, passou despercebido com o épico O Último Duelo, mas não teve como manter a descrição com House of Gucci.
A história que conduz o longa, não permite este feito. Um dos filmes mais aguardados do anos, estreou com um elenco de peso, trazendo uma forte história de um dos crimes mais instigantes do mundo da moda: o assassinato de Maurizio Gucci, que estava à frente dos negócios da empresa mais desejada de todas: Gucci.
O filme tem um problema: ele é uma bagunça, acontece muita coisa ao mesmo tempo, e a linha cronológica dos fatos não é feita de forma marcada. No segundo ato ela se perde e virar uma mistura de muita coisa. Acho que em parte se deve pela história, que é grande. Em outra eu achei que houve equívocos de montagem do filme. Ele é cômico em alguns momentos, sobretudo, nas cenas do Paolo Gucci (Jared Letto), mas eu achei o filme triste.
Uma família desunida, com fome de poder e dinheiro que tinha a faca e o queijo na mão: a criatividade, o dom de transformar o couro em peças incríveis, o de encantar o mundo através da moda. Mas, não soube ter o manejo disso tudo e ao invés de administrar tamanho império, acabaram sendo alvos da própria soberba.
Bom, todos estavam curiosos para conhecer Patrizia Reggiane (Lady Gaga), a então viúva negra, mandante do assassinato do último herdeiro da marca, Maurizio Gucci, sob a interpretação da Gaga. Eu adorei, vai ter aqueles que não gostaram, outros que irão detestar, mas acho que ela foi incrível. Ela pode ter sido tudo, mas ela foi muito importante para o Maurizicio se tornar aquilo que ele chegou a ser para a marca. Ela fez valer o ditado: ao lado de um grande homem sempre há uma grande mulher.
O filme foi perfeito para renovar as minhas fichas com o Adam Driver, que ator! No terceiro ato ele simplesmente rouba a cena, uns irão achar que não, mas para mim ele cresceu ao longo do filme ao mostrar a verdadeira face de seu personagem.
Eu esperava mais dos figurinos, muito mais aliás!
Spencer
3.7 569 Assista AgoraApesar do Pablo Larrain ter uma vasta filmografia, Spencer é o primeiro filme que assisto do cineasta. Inclusive, esta obra não figurava entre os meus mais esperados da temporada de 2021.
Me surpreendi positivamente com a Kristen Stewart, como a Lady Di, achei que ela fez uma grande entrega dando vida, ou melhor, nos revelando os sofrimentos da Diana. Apesar do papel ser confortável para ela, visto que, em sua filmografia conta com interpretações, que tendem a ser de papéis bucólicos, tristes e outrora deslocados; Mas, aqui temos um amadurecimento incrível dela enquanto atriz ao apresentar cenas fortes apenas com suas expressões.
A vida "real" sempre foi muito especulada por filmes e séries e sempre trouxe o lado sombrio dessa família secular. Mas, neste filme fiquei chocada ao ver como os funcionários da realeza se comportavam diante dessas regras. O mordomo Major Alistair Gregory (Timothy Leonard Spall ) era praticamente um vigia dos hóspedes. Convenhamos, quanta regra chata e boba!
O roteiro do Steven Knight foi cirúrgico, por privilegiar Diana como a mãe, a menina, a mulher traída que amava seu marido. Ele a retratou como uma mulher comum, mas que estava à frente do seu tempo, que não se rendia as convenções apenas para mostrar que tudo estava bem. Ao contrário, ela fazia questão que todos soubessem do seu descontentamento, de sua tristeza, sua dor. Fiquei pensando no quanto ela sofreu apenas por ter o peso de ser uma "princesa". Poxa, sufocante.
No mais a trilha sonora é perfeita e a fotografia é soberba.
Spencer se tornou meu filme preferido da temporada com grande maestria.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraPattinson vai assinar o seu nome com um dos melhores Batman's de todos os tempos!
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraNão me lembro de ter assistindo um filme do Di Caprio que eu tenha gostado tanto quanto desse filme. Inclusive, a atuação dele está maravilhosa.
A Ilha do Medo conta a história de um investigador, Teddy Daniels (Leonardo Di Caprio) que vai até uma ilha de alta detenção para solucionar o caso de uma paciente que fugiu misteriosamente de um quarto de detenção. O lugar é sombrio e, aparentemente, a prova de fugas. Nela encontra-se pacientes com distúrbios psicológicos e, por isso, seguem-se dois métodos de trabalho: um humanista baseado nos estudos do Dr. John Cawley (Ben Kingsley) para acolher, entender a mente do paciente e possibilitar alternativas para a sua melhora e outro que é, por meio da prática do Dr. Jeremia (Max Von Sydow) lobotomia método invasivo da época usado para de pacientes com distúrbios e demais doenças psicológicas.
Na medida que o mistério da paciente vai avançando, Teddy começa a sofrer algumas interferências como dores de cabeça, que o leva a ser medicado tal como os pacientes do internato. Várias situações estranhas vão ocorrendo que ajudam a provocar a instabilidade de Teddy.
Isso que é fantástico no filme, porque na medida que ele vai chegando perto do desfecho do caso. O filme ganha uma reviravolta sem precedentes. Fiquei sem fôlego rs
Assisti sem ter o menor conhecimento sobre o filme e fui totalmente surpreendida!!
Filmaço
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraMulholland Dr. é daqueles filmes que tiveram uma tradução do título sofrível e totalmente comprometedora para a experiência do filme . Se bem que em partes, porque eu fui completamente surpreendida pela história.
Me senti totalmente desafiada pela história dessa mulher, Rita (Laura Harring) sedutora que se apresenta, como indefesa, traumatizada em busca de ajuda. Com certeza, foi um dos maiores plot que já assisti. Tudo na história parece ser sobre essa mulher. Lynch é genial demais. Porque ele inebriou todos os nossos sentidos para acreditar nisso. Tenho que levar para a vida: desconfiar sempre do que ouço e vejo, porque ainda assim, não pode ser real rs.
O filme traz uma crítica sobre a fantasiosa Hollywood ao revelar, por meio dos personagens o quão esse mundo é mantido sob muito sacrífico, injustiças e falta de reconhecimento para com aqueles que tem o sonho de ser uma estrela de cinema. Para mim, a história é tão trágica, porque mescla o sucesso e o fracasso, de forma nua e crua ao apresentar essas diversas nuances que a construção de uma carreira de aclamação e sucesso exige, mas através de uma trama mental de seus personagens!
Que filme! Gostei muito.
A Lenda do Cavaleiro Verde
3.6 475 Assista AgoraApesar do filme ser dirigido pelo David Lowery, a forma como ele foi colocado em tela me lembrou muito aos filmes do Tim Burton. Acredito que tenha sido referência para o filme.
A história é baseada no livro Sir Gawain and the Green Knight, um romance datado, ainda do século XIV. Aqui temos a lenda de um cavaleiro incomum e isso foi o que mais me prendeu e chamou atenção, porque rompe com estórias de bravura, combate, honrarias que as histórias sobre a temática carregam.
David Patel abrilhanta na pele do personagem, o Sir Gawain, sobrinho do Rei Arthur. Boêmio e sem muitos planos para a sua vida, ele se vê em meio a um grande desafio: Encontrar o Cavaleiro Verde e assim cumprir a profecia que foi firmada. É neste ponto, que a condução do filme torna-se genial, porque somos apresentados aos dilemas que essa escolha do personagem enfrenta: o medo, a relutância, as armadilhas que sua mente cria para fugir daquilo. A fotografia do filme é belíssima. A trilha sonora também não deixa a desejar.
Achei o filme simples, mais complexo, por trazer as nuances como o misticismo, o imaginário, a loucura, o irreal. Mas, em plena sintonia com a natureza dos personagens e, também, daquela que habita o lugar. Este filme chegou sem muitos alardes e sem criar muitas expectativas e, para mim, foi um dos grandes filmes lançados até o momento em 2021.
Lembranças
3.7 2,7KEssa semana me deu vontade de rever este filme. Na primeira vez em que assisti estava fazendo uma maratona dos filmes do Robert Pattinson que neste filme interpreta o “filhinho de papai” Tyler Hawkins. Allen Coulter nos apresenta duas perspectivas familiares com algo em comum: o conflito familiar.
Enquanto Ally (Amy Rosoff) estava constantemente sob os cuidados, exagerados, do pai, Neil Craig (Chris Cooper). Tyler quase implorava por um pouco de atenção. A princípio ele clama por sua irmã caçula, que ao contrário dele não podia lidar com tamanha rejeição e falta de consideração do pai, Charles Hawkins(Pierce Brosnan) que só tinha tempo para manter seu negócio de sucesso. A desculpa por mantê-los era constante e desoladora para Tyler que renegava os luxos que poderia usufruir do pai
.
Com esses dois núcleos familiares Ally e Tyler formam um casal que se completam. Os dois são geniosos e aos poucos vão nutrindo um carinho, afeto e compreensão. Parece um romance “clichê”. Se não fosse pelas cenas finais, que para mim tem um peso, uma carga emocional maior do que todo o romance que foi construído ao longo do filme.
As cenas são determinantes para essa desconstrução, porque fala tanto sobre afeto, possibilidades, destino, desgraça, amor, arrependimento do que qualquer roteiro que objetiva especificamente para alcançar essas questões.
Assistir Remember Me nessa semana que o fatídico 11 de setembro completa 20 anos é lembrar daquele dia, que além de chocar o mundo pela face do horror causado pelo terrorismo. Como lembrar de cada vida, familiar, sonhos, amores, paixões que foram interrompidas naquele dia.
Por isso, acho que este filme é um longa sensível e emblemático por trazer essa tragédia de forma tão inesperada, tal como ela foi realmente. Quem sabe o que pode acontecer amanhã, na próxima tarde, no fim do ano? Não temos esse controle. Ainda mais quando vivemos sob a ameaça constante do obscurantismo, do sofrimento e do terror.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraQue filme necessário!!
Spike Lee foi muito sagaz em produzir e lançar este filme em meio ao início do obscurantismo que foi se formando, após Trump assumir a Casa Branca. Em tempos em que seitas criminosas com o KKK ganhou notoriedade, força e mais adeptos.
Eu achei o filme PER-FEI-TO a tensão construída no filme mostra o quão bizarro, triste e cruel é a mente de pessoas que se julgam superiores as outras a troco de nada. Eu amei as cenas em que isso é desconstruído pelos personagens.
Por ser uma história real, porque o filme é baseado no livro do Ron Stallworth(John David Washington), gera ainda mais indignação e revolta. Por outro lado, eu achei fantástica a atitude dos dois policiais que permitiram que Ron entrasse na corporação. Foi histórico e revolucionário dado o preconceito e intolerância local na época. Achei sincero quando Ron não sabia se estava de um lado ou do outro, porque a sociedade ao mesmo tempo, que ele tentava lutar pela sua causa realizando o seu sonho de pertencer e trabalhar com a segurança. Ele sentia que estava a traindo. Esse conflito do personagem foi muito bem construído e explorado. Mas, não só ele! Os personagens que são membros e simpatizantes do KKK foram extremamente convincentes.
Acredito eu que se todo o material recolhido por Ron e seu agente infiltrado, no filme com o nome de Flip Zimmerman(Adam Driver), mas que nunca teve o nome revelado, para a sua própria segurança. Tivessem sido expostos à mídia ou sido tomadas medidas cabíveis teria acabado com o mal pela raiz. Este erro permitiu que convivamos sob a ameaça do fortalecimento e eclosão de um movimento como este, infelizmente.
Este filme já nasceu clássico! Filmaço!