Julie é uma personagem fascinante e caótica. É o retrato de uma jovem adulta perdida, mas um retrato orgânico e muito espirituoso. A direção é muito habilidosa e consegue tornar a história ainda mais atrativa. É engraçado, porque pra mim a segunda relação dela soava mais leve do que a primeira, e ela, pelo visto, não se deu conta. Mas, afinal, isso são as vivências, cada um tem sua própria concepção de amor. O filme é uma delícia, mas na meia hora final pesa um pouco a mão no melodrama e destoa do resto, porém, nada que tire o brilho desta sensível produção.
Um Robert Altman em estado de glória, com uma gama de personagens, característica do diretor, mas aqui contando uma história incrível e em que todos possuem relevância. Acho este trabalho magnífico, só perdendo para o fascinante Short Cuts. O filme vai do cômico ao trágico e, embora tenha uma narrativa lenta que pode afastar muitos, tem execução impecável na direção de Altman e no roteiro maravilhoso de Joan Tewkesbury. As músicas são ótimas, mas o destaque vai para a oscarizada e belíssima canção I'm Easy de Keith Carradine. O elenco dispensa comentários.
Divertido e olha que eu esperava uma bomba. O filme tem atrativos e a história prende a atenção, embora o resultado seja meio caricato. A atuação de Lady Gaga é muito boa, mas o mesmo não pode ser dito de Jared Leto, que está péssimo.
Inicia de forma promissora, sendo bem empolgante até determinado ponto. A cena da operação policial que dá a guinada do filme é estupenda, pena que depois disso o longa vire um clichê morno. Joaquin Phoenix defende o papel com seu talento habitual. Destaque também para Eva Mendes, muito bem como Amada.
Um épico elegante, uma trama bem estruturada sobre uma nobreza anacrônica. O protagonista está deslocado do contexto sociohistórico e Burt Lancaster o encarna com propriedade. O filme não é para todos os públicos, não tem clímax, mas certamente quem o apreciar irá se deleitar com uma produção impecável e assertiva.
Eficiente suspense de Sam Raimi, "Um Plano Simples" traz uma narrativa tensa e bem amarrada. Grandes atuações de Bill Paxton e Billy Bob Thorton. O filme não inventa a roda, mas tem resultado satisfatório e cumpre as expectativas.
Todos os créditos e elogios ao trabalho desenvolvido pelos diretores e roteirista aqui, é um filmaço. Mas, realmente, Os Infiltrados é levemente superior, pegou um material incrível e aprimorou. A ambiguidade dos protagonistas, por exemplo, funciona melhor no filme dirigido por Scorsese, assim como a construção dos personagens e a tensão. Mas Conflitos Internos é um filme de qualidade notória e que merece ser mais valorizado, uma vez que forneceu o material para o Oscarizado filme de Scorsese.
Tinha boas expectativas para esse filme, mas ele é bem morno e, á exceção de Catherine, todos os personagens são chatos ou desinteressantes. O filme é digno de nota pela direção caprichada de Bob Rafelson e o talento de Nicholson em segurar um filme, aqui em papel mais dramático que de costume, pois mesmo em dramas, costuma flertar com a comédia.
Típico filme de comédia dos anos 80, bastante divertido, mas com "piadas" que jamais passariam hoje. É um prazer ver Tom Hanks em início de carreira, exalando carisma como sujeito comum se envolvendo em situações bizarras.
Filmaço dirigido de forma esplêndida por Roland Joffé. Imagens arrebatadoras, grandes interpretações e um retrato preciso e oportuno do colonialismo e do genocídio de indígenas. Um filme necessário.
O gênero de cinebiografias precisa de uma renovada, o trabalho aqui mostra sinais de cansaço da fórmula. Gosto dos integrantes, que também são coprodutores do longa, também, se desnudarem, mas o resultado é pouco impactante. Nenhum dos atores se destaca, embora não estejam ruim, apenas não há uma performance digna de nota. O filme diverte e é bem curioso, mas a abordagem é pouco impactante, mesmo tratando de assuntos polêmicos.
É o tipo de filme que vai crescendo dentro da gente após assistir a primeira vez. Se em um primeiro momento parece algo mais banal, aos poucos vamos percebendo a profundidade da narrativa e as camadas do filme. É sobre luto, sobre empatia, um enriquecedor estudo de personagens que jamais opta pelo óbvio, tudo é construído com consistência. O roteiro do também diretor Ryusuke Hamaguchi e de Takamasa Oe é um deleite. Acho que o filme poderia ter uns 25 minutos a menos e olha que não sou do time que reclama de longa duração, mas entendo que é uma estratégia para maior imersão na jornada.
Um drama consistente, com um bom plot twist, mas sem brilho, embora quase tudo funcione. Sandra Bullock está muito bem, Viola Davis sempre gigante, reviravoltas que prendem interesse, falta um pouco de consistência na direção e olha que Nora Fingscheidt fez um trabalho incrível na condução de "Transtorno Explosivo".
Bem divertido, embora hoje nem tudo funcione no filme, mas também não envelheceu tão mal assim. A risada e o entretenimento são garantidos, especialmente pelo fabuloso elenco, com destaque para Bill Murray, Sigourney Weaver e Rick Moranis.
Um clássico que traz uma visão do imaginário feminino bastante peculiar e instiga o espectador. A protagonista, vivida com primor pela estonteante Catherine Deneuve, é uma mulher complexa e fascinante, é muito curioso conhecer um pouco de seus anseios (e devaneios). Não existem respostas fáceis e o final não faz nenhuma questão de ser compreensível. Muito diferente do Buñuel que conheci no primoroso "Os Esquecidos", mas ainda provocativo e incrível.
Thomas Vinterberg é, sem dúvidas, um dos grandes diretores da contemporaneidade e esse trabalho, com as características do Dogma 95, é mais uma prova disso. Uma reunião familiar cheia de ressentimentos e cinismo, sem medo de colocar o dedo em feridas sociais. Um conto pessimista, bem similar às histórias de seu contemporâneo e colega de Dogma 95, Lars Von Trier. Grande interpretação de Ulrich Thomsen como o protagonista.
Belo drama, uma história familiar e edificante, valorizada pelas belas atuações de Henry Fonda e Katharine Hepburn, ambos em estado de glória. A participação de Jane Fonda e Doug McLean também são dignas de crédito. Um filme comovente e que trata de forma cativante sobre a chamada terceira idade.
James Dean está excelente, assim como Jo Van Fleet, mas Vidas Amargas, que inicia de forma tensa e grandiosa, não consegue segurar o rojão por toda a produção. A segunda metade, especialmente, uma vez que as cenas finais, extrapolam na dose de melodrama. Mas o filme tem cenas memoráveis e uma trama digna de nota.
Telefilme que poderia ser mais um entre tantos exemplares das décadas anteriores, mas que se destaca pela força do argumento, pela ótima interpretação de Farrah Fawcett e pela intensidade das cenas. As sequências da prisão e do julgamento têm menos impacto, mas o resultado é acima da média.
Eletrizante e emocionante, um incrível filme de prisioneiros. Steve Mcqueen e Dustin Hoffman formam uma dupla improvável, mas com química de milhões, ambos estão ótimos em suas composições. A fotografia é um primor e valoriza as belas paisagens da trama. O filme tem cenas inesquecíveis como as passagens na ilha dos leprosos, por exemplo.
Chocado, não esperava por isso, não. O filme parece uma coisa, depois surpreende e vai por outro caminho. Gostei, achei original para o cinema brasileiro, é bem feito. Gostei até do tom musical, visto que a escolha de uma trilha meio nonsense parece proposital. É muito bom ter esse respiro de originalidade no cinema nacional, com estilos que não são comumente usados. A protagonista, vi que é uma atriz portuguesa, não conhecia e ela é boa. A presença da Marjorie Estiano é intrigante.
Convencional, mas bem feito, Respect mostra um certo desgaste do gênero, mas emociona e tem boas cenas. Jennifer está muito bem e, como era de esperar, canta muito.
Além de tratar de paternidade negra de forma singela, o filme também é um retrato comovente de cowboys negros, da resistência, algo pouco abordado pelo cinema. Trazer esse retrato é muito importante, são pouco falados pela sociedade. A dinâmica entre Idris Elba e Caleb McLaughlin, como pai e filho, é incrível, Jharrel Jerome também se sai muito bem como Smush, aliás, o elenco todo é ótimo. Um filme muito honesto e que trata de questões bem pertinentes.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 602 Assista AgoraJulie é uma personagem fascinante e caótica. É o retrato de uma jovem adulta perdida, mas um retrato orgânico e muito espirituoso. A direção é muito habilidosa e consegue tornar a história ainda mais atrativa.
É engraçado, porque pra mim a segunda relação dela soava mais leve do que a primeira, e ela, pelo visto, não se deu conta. Mas, afinal, isso são as vivências, cada um tem sua própria concepção de amor.
O filme é uma delícia, mas na meia hora final pesa um pouco a mão no melodrama e destoa do resto, porém, nada que tire o brilho desta sensível produção.
Nashville
3.9 63Um Robert Altman em estado de glória, com uma gama de personagens, característica do diretor, mas aqui contando uma história incrível e em que todos possuem relevância.
Acho este trabalho magnífico, só perdendo para o fascinante Short Cuts. O filme vai do cômico ao trágico e, embora tenha uma narrativa lenta que pode afastar muitos, tem execução impecável na direção de Altman e no roteiro maravilhoso de Joan Tewkesbury.
As músicas são ótimas, mas o destaque vai para a oscarizada e belíssima canção I'm Easy de Keith Carradine. O elenco dispensa comentários.
Casa Gucci
3.2 706 Assista AgoraDivertido e olha que eu esperava uma bomba. O filme tem atrativos e a história prende a atenção, embora o resultado seja meio caricato. A atuação de Lady Gaga é muito boa, mas o mesmo não pode ser dito de Jared Leto, que está péssimo.
Os Donos da Noite
3.5 163 Assista AgoraInicia de forma promissora, sendo bem empolgante até determinado ponto. A cena da operação policial que dá a guinada do filme é estupenda, pena que depois disso o longa vire um clichê morno.
Joaquin Phoenix defende o papel com seu talento habitual. Destaque também para Eva Mendes, muito bem como Amada.
O Leopardo
4.2 105 Assista AgoraUm épico elegante, uma trama bem estruturada sobre uma nobreza anacrônica. O protagonista está deslocado do contexto sociohistórico e Burt Lancaster o encarna com propriedade.
O filme não é para todos os públicos, não tem clímax, mas certamente quem o apreciar irá se deleitar com uma produção impecável e assertiva.
Um Plano Simples
3.8 93Eficiente suspense de Sam Raimi, "Um Plano Simples" traz uma narrativa tensa e bem amarrada. Grandes atuações de Bill Paxton e Billy Bob Thorton. O filme não inventa a roda, mas tem resultado satisfatório e cumpre as expectativas.
Conflitos Internos
4.0 111Todos os créditos e elogios ao trabalho desenvolvido pelos diretores e roteirista aqui, é um filmaço. Mas, realmente, Os Infiltrados é levemente superior, pegou um material incrível e aprimorou.
A ambiguidade dos protagonistas, por exemplo, funciona melhor no filme dirigido por Scorsese, assim como a construção dos personagens e a tensão.
Mas Conflitos Internos é um filme de qualidade notória e que merece ser mais valorizado, uma vez que forneceu o material para o Oscarizado filme de Scorsese.
Cada Um Vive Como Quer
3.7 78 Assista AgoraTinha boas expectativas para esse filme, mas ele é bem morno e, á exceção de Catherine, todos os personagens são chatos ou desinteressantes.
O filme é digno de nota pela direção caprichada de Bob Rafelson e o talento de Nicholson em segurar um filme, aqui em papel mais dramático que de costume, pois mesmo em dramas, costuma flertar com a comédia.
A Última Festa de Solteiro
3.4 179 Assista AgoraTípico filme de comédia dos anos 80, bastante divertido, mas com "piadas" que jamais passariam hoje. É um prazer ver Tom Hanks em início de carreira, exalando carisma como sujeito comum se envolvendo em situações bizarras.
A Missão
3.8 225Filmaço dirigido de forma esplêndida por Roland Joffé. Imagens arrebatadoras, grandes interpretações e um retrato preciso e oportuno do colonialismo e do genocídio de indígenas. Um filme necessário.
The Dirt - Confissões do Mötley Crue
3.8 285 Assista AgoraO gênero de cinebiografias precisa de uma renovada, o trabalho aqui mostra sinais de cansaço da fórmula. Gosto dos integrantes, que também são coprodutores do longa, também, se desnudarem, mas o resultado é pouco impactante.
Nenhum dos atores se destaca, embora não estejam ruim, apenas não há uma performance digna de nota. O filme diverte e é bem curioso, mas a abordagem é pouco impactante, mesmo tratando de assuntos polêmicos.
Drive My Car
3.8 383 Assista AgoraÉ o tipo de filme que vai crescendo dentro da gente após assistir a primeira vez. Se em um primeiro momento parece algo mais banal, aos poucos vamos percebendo a profundidade da narrativa e as camadas do filme.
É sobre luto, sobre empatia, um enriquecedor estudo de personagens que jamais opta pelo óbvio, tudo é construído com consistência. O roteiro do também diretor Ryusuke Hamaguchi e de Takamasa Oe é um deleite.
Acho que o filme poderia ter uns 25 minutos a menos e olha que não sou do time que reclama de longa duração, mas entendo que é uma estratégia para maior imersão na jornada.
Imperdoável
3.6 521 Assista AgoraUm drama consistente, com um bom plot twist, mas sem brilho, embora quase tudo funcione. Sandra Bullock está muito bem, Viola Davis sempre gigante, reviravoltas que prendem interesse, falta um pouco de consistência na direção e olha que Nora Fingscheidt fez um trabalho incrível na condução de "Transtorno Explosivo".
Os Caça-Fantasmas
3.7 733 Assista AgoraBem divertido, embora hoje nem tudo funcione no filme, mas também não envelheceu tão mal assim. A risada e o entretenimento são garantidos, especialmente pelo fabuloso elenco, com destaque para Bill Murray, Sigourney Weaver e Rick Moranis.
A Bela da Tarde
4.1 341 Assista AgoraUm clássico que traz uma visão do imaginário feminino bastante peculiar e instiga o espectador. A protagonista, vivida com primor pela estonteante Catherine Deneuve, é uma mulher complexa e fascinante, é muito curioso conhecer um pouco de seus anseios (e devaneios).
Não existem respostas fáceis e o final não faz nenhuma questão de ser compreensível. Muito diferente do Buñuel que conheci no primoroso "Os Esquecidos", mas ainda provocativo e incrível.
Festa de Família
4.2 396 Assista AgoraThomas Vinterberg é, sem dúvidas, um dos grandes diretores da contemporaneidade e esse trabalho, com as características do Dogma 95, é mais uma prova disso.
Uma reunião familiar cheia de ressentimentos e cinismo, sem medo de colocar o dedo em feridas sociais. Um conto pessimista, bem similar às histórias de seu contemporâneo e colega de Dogma 95, Lars Von Trier.
Grande interpretação de Ulrich Thomsen como o protagonista.
Num Lago Dourado
3.9 77 Assista AgoraBelo drama, uma história familiar e edificante, valorizada pelas belas atuações de Henry Fonda e Katharine Hepburn, ambos em estado de glória.
A participação de Jane Fonda e Doug McLean também são dignas de crédito. Um filme comovente e que trata de forma cativante sobre a chamada terceira idade.
Sexta-Feira 13: Parte 2
3.4 406 Assista AgoraLevemente melhor que o anterior, mas ainda assim fraco e previsível.
Vidas Amargas
4.2 176 Assista AgoraJames Dean está excelente, assim como Jo Van Fleet, mas Vidas Amargas, que inicia de forma tensa e grandiosa, não consegue segurar o rojão por toda a produção.
A segunda metade, especialmente, uma vez que as cenas finais, extrapolam na dose de melodrama. Mas o filme tem cenas memoráveis e uma trama digna de nota.
Cama Ardente
3.5 44Telefilme que poderia ser mais um entre tantos exemplares das décadas anteriores, mas que se destaca pela força do argumento, pela ótima interpretação de Farrah Fawcett e pela intensidade das cenas. As sequências da prisão e do julgamento têm menos impacto, mas o resultado é acima da média.
Papillon
4.2 324 Assista AgoraEletrizante e emocionante, um incrível filme de prisioneiros. Steve Mcqueen e Dustin Hoffman formam uma dupla improvável, mas com química de milhões, ambos estão ótimos em suas composições.
A fotografia é um primor e valoriza as belas paisagens da trama. O filme tem cenas inesquecíveis como as passagens na ilha dos leprosos, por exemplo.
As Boas Maneiras
3.5 648 Assista AgoraChocado, não esperava por isso, não. O filme parece uma coisa, depois surpreende e vai por outro caminho.
Gostei, achei original para o cinema brasileiro, é bem feito. Gostei até do tom musical, visto que a escolha de uma trilha meio nonsense parece proposital. É muito bom ter esse respiro de originalidade no cinema nacional, com estilos que não são comumente usados.
A protagonista, vi que é uma atriz portuguesa, não conhecia e ela é boa. A presença da Marjorie Estiano é intrigante.
Respect: A História de Aretha Franklin
3.4 59 Assista AgoraConvencional, mas bem feito, Respect mostra um certo desgaste do gênero, mas emociona e tem boas cenas. Jennifer está muito bem e, como era de esperar, canta muito.
Alma de Cowboy
3.3 31 Assista AgoraAlém de tratar de paternidade negra de forma singela, o filme também é um retrato comovente de cowboys negros, da resistência, algo pouco abordado pelo cinema.
Trazer esse retrato é muito importante, são pouco falados pela sociedade. A dinâmica entre Idris Elba e Caleb McLaughlin, como pai e filho, é incrível, Jharrel Jerome também se sai muito bem como Smush, aliás, o elenco todo é ótimo.
Um filme muito honesto e que trata de questões bem pertinentes.