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29 years, Porto Alegre (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Andrew Zandona

    Confesso ter sido surpreendido pela má-recepção do publico ao filme. Um thriller psicológico de certa forma raso, mas eficiente na proposta principal do cinema, entretenimento.

    Um garoto com dificuldades busca através da analise do comportamento das pessoas a inserção a sociedade, mas acaba em seus estudos filmados secretamente registrando um assassinato que o coloca como principal suspeito pela policia.

    Vejo como ponto mais positivo do longa as atuações de Tye Sheridan (Bart) e Ana De Armas (Andrea). Tye em particular traz uma performance muito consistente, entregando uma ingenuidade genuína com um tom perceptível de desespero por aceitação, ele apesenta trejeitos ao personagem que ajudam a narrativa, ao passo que Ana representa uma garota misteriosa de comportamento doce porém suspeito, não permitindo que por boa parte do longa entendamos as motivações e intenções de sua personagem, o que é condizente a proposta. Tye em particular, eu havia acompanhado uma única vez pelo que me recordo, no filme Amor Bandido (recomendado), ainda um ator mirim, mas mesmo com a pouca idade destacou-se. Foi muito bom vê-lo novamente em uma atuação madura como esta. O restante do elenco de apoio esta igualmente competente, mas sem grande destaque.

    Quero exaltar o ritmo do filme, que encaixou de forma orgânica a mim. Trata-se de uma obra curta, aos padrões, mas que se desenrola de forma competente sem transmitir uma sensação de pressa por parte do roteiro, permitindo que o espectador crie empatia, principalmente por Bart. É louvável quando toma-se a decisão de não esticar uma trama, os realizadores precisam entender o que tem em mãos e adaptar-se as necessidades da obra e não do mercado. Os rumos da história mantiveram-se fiéis a proposta, digo isso visto que poderia facilmente descambar a um suspense policial perdendo qualquer mínimo tom de originalidade.

    Toda equipe técnica faz um trabalho competente, nada chega a surpreender, mas entrega o necessário para condução da trama. Um ponto que cabe critica é a fotografia, por exemplo nos momentos em que somos apresentados a imagens gravadas por Bart em preto e branco, onde optaram pela nitidez da imagem aos espectadores, o que tirou a imersão de tais cenas, visto que claramente as mesmas não foram gravadas por um cinegrafista amador, ou no caso, um stalker como Bart, se assim o podemos classificar.

    Outra pequena falha que me alertei no filme, foram algumas incoerências de tempo na trama, cito uma muito evidente abaixo:

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Já no ato final do filme, quando Bart dispara a arma e somos privados de ver o que realmente acontecera, a mãe dele corre a porta que esta trancada. Logo em seguida vemos a policia chegando a residência para buscar o garoto, porém quando adentram ao ambiente, nos é revelado que ele atirou em um dos monitores e saiu de casa. Então a cena é cortada para Bart no shopping, o problema é que os atos acontecem de forma simultânea visto que novamente somos devolvidos a cena da policia em seu quarto. Como em tão pouco tempo ele se deslocou ao shopping? Ou ainda, como sua mãe não o viu sair de casa? Mesmo que vivendo em uma espécie de porão com saída independente a rua, supõem-se que ele foi ao shopping de carro.

    De forma alguma estas incoerências estragam a experiência, que teve um saldo muito positivo. Sou totalmente adepto da máxima que o filme soara diferente a cada um dados as circunstancias em que foi assistido, talvez isto tenha contribuído a minha real surpresa a qualidade do longa.

    Enfim, temos um filme consistente, com um roteiro coerente, contando com algumas reviravoltas, nada muito original, exceto o fato de apresentar um personagem principal com deficiência que se mostra capaz de defender-se ao mundo que o cerca, mesmo em situações de claro conflito emocional. Apresentou performances muito consistentes para um elenco apoiado em jovens atores, porém sem grandes brilhos em relação a parte técnica da obra. Uma grata surpresa por parte da Netflix.

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  • Andrew Zandona

    Um gênio, um monstro (muito propicio) sagrado do cinema de gênero, mas de forma alguma limitando sua influencia pela arte, ela transcende o escopo do terror. John Carpenter merece todos os reconhecimentos.

    Reassistir a tal clássico permitiu entender melhor a genialidade por trás da obra, em tempos tão remotos quanto os de hoje.

    Em Halloween acompanhamos a história de Michael Myers que ainda criança assassinara sua irmã dentro de casa em uma noite das bruxas. Internado durante 15 anos, ele foge para retomar seu desejo reprimido por sangue em sua cidade natal.

    Começo obviamente admitindo que o filme apresenta subterfúgios narrativos facilitadores para o desenrolar da trama (como decisões estupidas por parte dos personagens, por exemplo), mas mesmo quando isto poderia ser um ponto baixo na obra, acabou por se tornar um manual seguido a risca pelos filmes de gênero nos anos seguintes. Entendendo o período de realização da obra, não vou negar que decisões muito burras me incomodam, mas facilmente podemos nos divertir com elas. Ao assistir ao longa devemos nos inserir no contexto histórico de realização, onde a ingenuidade por parte do publico da época era imensamente superior a de hoje, não comentando isto como demérito, mas somos de certa forma "abençoados" pela facilidade de acesso a informação que a tecnologia nos proporciona (claro que nem todos usufruem de forma produtiva da mesma). Por alguns instantes tente fazer o exercício de se inserir na década de 70 e assistir a um filme onde adolescentes que buscam desesperadamente por sexo casual são mortos de forma brutal. Porém engana-se quem pensa que o filme atingiu todo seu reconhecimento baseado apenas nas polemicas que gerou.

    O longa apresenta uma filmagem por muitas vezes na perspectiva de primeira pessoa, ou então em terceira pessoa com a câmera muito próxima dos personagens. Isto traz mais intimismo ao espectador, tornando-o, por que não, quase um cumplice do que esta assistindo. Esta opção técnica casou perfeitamente com a proposta e necessidade do filme que não dispunha de grande verba para realização.

    Carpenter se cerca de diversas pessoal tão competentes quanto em sua equipe, mas destaco principalmente Dean Cudey, diretor de fotografia (posteriormente fez outros filmes de grande sucesso como De Volta Para o Futuro e Jurassic Park para citar alguns). O trabalho no geral é muito competente, mas algumas cenas são realmente marcantes, trazendo um charme ao filme... cito duas que gostei muito abaixo como spoiler, porém não acreditando que possa estragar a experiência de quem ainda não viu a obra:

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    A cena da chegada do Dr. Loomis em uma noite de chuva e escuridão igualmente densas revelam através dos faróis do carro a situação do hospício/manicômio, mostrando todos aqueles prisioneiros em roupas brancas caminhando de forma desorientada pelo campo escuro.

    A outra em especifico já é muito clássica. Myers olhando Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) pela janela em meio aos lençóis pendurados no varal com o vento batendo nos mesmos. Criou uma composição de cena assustadoramente marcante.

    Por parte do elenco temos atuações competentes, com Jamie Lee Curtis como a final girl, e Donald Pleasence (Dr. Loomis) que traz a maior carga de conhecimento acerca da ameaça e consequentemente apresenta os diálogos mais expositivos do filme. Porém gostaria de destacar Nancy Kyes (Annie) que faz um trabalho muito convincente dentro da proposta de sua personagem. Fica aqui um ponto a se refletir... como os adolescentes da época não tinham o maior pudor ou respeito, indiferente do local, o importante era transar.

    A trilha sonora composta por Carpenter é uma obra de arte, caberia tranquilamente uma análise individual da mesma, mas me contentarei apenas com um breve paragrafo, classificando-a como genial, um hino ao cinema de gênero.

    A presença de Myers na narrativa é constante e não poderia ser diferente, mas é feita de forma eficiente. Ele é corpulento, sem qualquer tipo de emoção aparente, perfeitamente amedrontador. Gosto de como por grande parte do filme apenas é criado tensão, quase que como "cozinhando os espectadores em águas mornas", até que estejam distraídos o suficiente para serem surpreendidos.

    Enfim, temos aqui uma obra prima que deve ser respeitada não somente por sua evidente influencia ao longo dos anos, mas também por sua tecnicidade apresentada. É incrível como os elementos técnicos exaltados anteriormente se destacam individualmente, mas ao mesmo tempo conversam entre si em perfeita harmonia. Claro que para os mais novos, principalmente acostumados a nova vertente de terror (no formato James Wan), possa não agradar, mas precisam entender e respeitar sua importância.

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  • Andrew Zandona

    Esse filme me trouxe muitas sensações distintas ao longa da jornada, um misto entre pontos interessantes e péssimas decisões de roteiro, mas que com certeza tende a gerar opiniões interessantes a serem debatidas.

    Começarei com uma breve sinopse, passando pelos pontos positivos, caminhando pelo terreno negativo, culminando em um balanço geral. Vou tentar estruturar a analise de tal forma que traga organização e uma linha de pensamento coerente, algo que o roteiro do filme poderia ter tentado.

    Acompanhamos Marla (Rosamund Pike) uma empresaria bem-sucedida ou caminhando para tal sucesso a passos largos e escrúpulo com certeza não é uma palavra presente no vocabulário da personagem para atingir seus objetivos. Ela coordena uma empresa de curatela de idosos, até que sua grande oportunidade surge, mas ela não sabe exatamente com quem esta se metendo.

    De longe os pontos mais positivos do longa são suas partes técnicas (fotografia, montagem e trilha sonora) que contribuem em grande parte para minha avaliação acima da média ao filme, afinal estamos falando de arte, tais aspectos são cruciais ao cinema. A fotografia saturada permeia grande parte da narrativa, com cores muito vibrantes de inicio, que dão lugar a tons mais pasteis com o desenrolar dos eventos, que sim conversa muito bem com a narrativa. A trilha sonora me remeteu a um misto entre o eletrônico contemporâneo e os anos 80, me recordando de imediato a um filme que sou grande fã (Corrente Do Mal)... de forma alguma comparo ambas as obras, porém os estilos se assemelham. Já a montagem por sua vez é dinâmica, ágil com grandes contrastes, mostrando a derrocada de alguns personagens e a ascensão de outros simultaneamente, muito eficiente.

    As atuações, convincentes... Rosamund Pike é o maior destaque, é impressionante a antipatia que as personagens normalmente interpretadas por ela trazem ao expectador, é algo quase instantâneo... isto é sinal de que seu trabalho foi bem feito. Peter Dinklage que seria o outro astro de maior destaque no elenco, entrega uma performance ok, nada memorável ou digno de grande destaque, um personagem bem caricato. O restante do elenco cumpre o papel designado, nada relevante.

    Entramos agora em alguns dos pontos que mais me incomodaram, começando pelo desenvolvimento dos personagens para não perdermos o foco do ultimo item mencionado. Com o desenrolar da trama descambam quase que para um freakshow, pouquíssimo convincentes, não por causa dos atores, mas sim pelos arcos de história, nada críveis para uma trama que se apresentava como "pé no chão" de inicio.

    O grande problema do longa esta sem duvidas roteiro, que utiliza de resoluções fáceis de problemas supostamente complicados, como ele mesmo sugeriu, para trazer uma enormidade de reviravoltas totalmente sem nexo, fugindo e muito de qualquer proximidade da realidade. Veja bem, não seria um problema enorme a fuga da realidade se fosse estabelecido isto ou pelo menos sugerido ao longo do primeiro terço de filme, mas a virada acontece de forma muito brusca. Vou comentar uma passagem do filme em spoiler abaixo, onde realmente o longa me perdeu:

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    A médica que falsificou o diagnostico da mãe de Roman (Peter Dinklage) é assassinada a mando do próprio como punição, o que reforça realmente a ameaça que tal personagem representa. Porém quando o mesmo sequestra Marla e se vê de frente a ela tomando a decisão de mata-la, tudo é feito de forma muito amadora, sem contar obviamente a conveniência de a personagem acordar logo antes de todo o plano ser completado. Isto acabou com qualquer credibilidade do personagem que vinha sendo construído até então. Não torne seus personagens burros para proporcionar "grandes viradas" de roteiro, faça isso de forma inteligente.

    O final do filme caminha para uma mensagem perigosa (acredito que realmente a transmitiu), mas que em seus últimos momentos corrige parcialmente o curso, apresentando mais um ponto de grande virada na trama, que felizmente, foi a única que funcionou, ainda assim em partes somente.

    Enfim, temos um obra muito competente em aspectos técnicos, porém com um roteiro completamente bagunçado, personagens com arcos de desenvolvimento nenhum pouco convincentes, pontos de viradas mirabolantes que causam enorme frustração e uma mensagem perigosa ("corrigida" em partes). Uma obra totalmente esquecível, a não ser pelas propostas artísticas contidas no mesmo.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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