Recentemente, a terceira temporada de Castlevania estreou e eu resolvi rever a série do início pra poder ficar com a história fresca na minha cabeça. Após terminar de rever a primeira temporada, acabei me lembrando de quando o anime estreou na Netflix em 2017. Na época, eu vi apenas o primeiro episódio, e não dei mais atenção para ele. Em seguida, me lembrei de quando a segunda temporada saiu, e eu fui convencido a assistir o restante da primeira para poder contemplar a mesma. Hoje, após terminar de rever a segunda, me lembrei também de como eu não me arrependo nem um pouco disso.
Definitivamente, Castlevania é um exemplo de que é possível fazer uma adaptação decente de um jogo. A primeira temporada, embora pequena, já funcionava por servir como uma introdução para algo maior que está por vir. E a segunda temporada simplesmente não decepciona, porque consegue atender à todas as expectativas que foram criadas, e ainda vai além.
A animação é ainda mais bonita do que na primeira temporada, trazendo mais planos abertos dos cenários, e o roteirista Warren Elis nos entrega um universo expandido, com um Drácula mais complexo, personagens bem desenvolvidos e uma trama articulada. Uma produção brilhante da Netflix, que infelizmente, me parece não estar entre as mais conhecidas da plataforma, as quais em grande maioria, ficam famosas mesmo sendo medíocres. O destaque fica para o episódio 7, que é um espetáculo à parte.
Obs: A batalha travada ao som de Bloody Tears por Trevor, Sypha e Adrian quando eles entram no castelo do Drácula, é uma das melhores cenas de toda a série.
Série ambientada no Bronx dos anos 70 que utiliza de forma brilhante o nascimento da cultura hip-hop como cenário para falar sobre diversos assuntos, desde as questões intimistas e familiares vividas por cada personagem, até as questões sociais, raciais, políticas e econômicas do contexto onde eles vivem.
Algumas coisas me incomodaram, como por exemplo, a relação entre Mylene e Books. O casal composto pelos dois não funciona pra mim, visto que Mylene age praticamente o tempo inteiro como se estivesse disposta a criar problemas na relação, e Books, por sua vez, é um garoto muito inteligente, mas acaba por se submeter à todas as projeções de controle de Mylene, continuando a correr atrás de uma pessoa que aparenta não respeitar os seus sonhos ou entender os seus dilemas.
Mas, em suma, a história é muito cativante e tem as suas potenciais falhas compensadas com momentos bastante decisivos, e que muitas vezes proporcionam reflexões importantes de forma natural, algo que nos faz perceber que estamos diante de um trabalho sensível e representativo, mas que não foi executado de forma pretensiosa para isso. Destaque também para a primorosa trilha sonora.
É realmente lamentável que tenha sido cancelada. A série claramente tinha sido projetada para seguir por um caminho que foi interrompido, sendo esta a principal razão para a notável inferioridade da "segunda temporada", que me aparenta ser nada mais que uma reunião do restante do material que já tinha sido produzido, editado de maneira a entregar aquele suposto "final". Por fim, acaba sendo uma experiência um pouco frustrante, já que temos uma primeira temporada que vale a pena ser vista, ao mesmo tempo em que não nos foi entregue um desfecho que faça jus à mesma.
Fiquei impressionado por ter assistido a série até aqui sem saber que o Steve Carell iria sair. Quando iniciei essa temporada, eu ainda estava achando que o mesmo iria voltar após alguns episódios, até que acabei lendo que o contrato dele realmente havia acabado na sétima temporada.
Claramente a falta do Michael Scott é sentida na série, e não só por parte do espectador. A produção também acabou sendo afetada por isso, já que podemos ver aqui uma temporada inteira onde o problema "Quem vai substituir o Steve Carell?" não foi solucionado, e a constante falta de definição de quem é/vai ser o novo gerente é sentida mesmo que, supostamente, o escolhido para ocupar o seu lugar na série tenha sido o Andy, interpretado pelo Ed Helms.
Entre os novos atores, quem se destaca é o James Spader, que já havia roubado a cena desde os últimos 2 episódios da temporada anterior. O arco de seu personagem, Robert California, começa melhor do que termina, visto que aos poucos, o seu ar misterioso e enigmático (que talvez seja a sua característica mais marcante), vai se enfraquecendo. Mas ainda assim, o personagem se mantém no tom adequado, já que essa mudança ocorre de forma natural ao longo dos episódios.
No fim das contas, é possível notar algo positivo em meio à tudo isto. Embora tenha decaído, a série ainda continua executando de forma apropriada algumas de suas outras características, fato este que muito se deve ao restante do elenco principal, que como sempre se sai muito bem, e consequente, acaba por provar que a riqueza em The Office não está resumida unicamente à presença do Steve.
Que obra-prima. É de uma sensibilidade e de uma agressividade simultânea que fica difícil falar sobre. Finalmente podemos ver uma obra entregando um retrato coerente e palpável da nova geração, escancarando na tela todos os detalhes e complexidades da realidade com a qual a juventude do século 21 se relaciona. Mais uma produção primorosa da HBO, com direção de arte, fotografia, trilha sonora e atuações impecáveis.
Castlevania (2ª Temporada)
4.2 188Recentemente, a terceira temporada de Castlevania estreou e eu resolvi rever a série do início pra poder ficar com a história fresca na minha cabeça. Após terminar de rever a primeira temporada, acabei me lembrando de quando o anime estreou na Netflix em 2017. Na época, eu vi apenas o primeiro episódio, e não dei mais atenção para ele. Em seguida, me lembrei de quando a segunda temporada saiu, e eu fui convencido a assistir o restante da primeira para poder contemplar a mesma. Hoje, após terminar de rever a segunda, me lembrei também de como eu não me arrependo nem um pouco disso.
Definitivamente, Castlevania é um exemplo de que é possível fazer uma adaptação decente de um jogo. A primeira temporada, embora pequena, já funcionava por servir como uma introdução para algo maior que está por vir. E a segunda temporada simplesmente não decepciona, porque consegue atender à todas as expectativas que foram criadas, e ainda vai além.
A animação é ainda mais bonita do que na primeira temporada, trazendo mais planos abertos dos cenários, e o roteirista Warren Elis nos entrega um universo expandido, com um Drácula mais complexo, personagens bem desenvolvidos e uma trama articulada. Uma produção brilhante da Netflix, que infelizmente, me parece não estar entre as mais conhecidas da plataforma, as quais em grande maioria, ficam famosas mesmo sendo medíocres. O destaque fica para o episódio 7, que é um espetáculo à parte.
Obs: A batalha travada ao som de Bloody Tears por Trevor, Sypha e Adrian quando eles entram no castelo do Drácula, é uma das melhores cenas de toda a série.
The Get Down (1ª Temporada)
4.5 417 Assista AgoraSérie ambientada no Bronx dos anos 70 que utiliza de forma brilhante o nascimento da cultura hip-hop como cenário para falar sobre diversos assuntos, desde as questões intimistas e familiares vividas por cada personagem, até as questões sociais, raciais, políticas e econômicas do contexto onde eles vivem.
Algumas coisas me incomodaram, como por exemplo, a relação entre Mylene e Books. O casal composto pelos dois não funciona pra mim, visto que Mylene age praticamente o tempo inteiro como se estivesse disposta a criar problemas na relação, e Books, por sua vez, é um garoto muito inteligente, mas acaba por se submeter à todas as projeções de controle de Mylene, continuando a correr atrás de uma pessoa que aparenta não respeitar os seus sonhos ou entender os seus dilemas.
Mas, em suma, a história é muito cativante e tem as suas potenciais falhas compensadas com momentos bastante decisivos, e que muitas vezes proporcionam reflexões importantes de forma natural, algo que nos faz perceber que estamos diante de um trabalho sensível e representativo, mas que não foi executado de forma pretensiosa para isso. Destaque também para a primorosa trilha sonora.
É realmente lamentável que tenha sido cancelada. A série claramente tinha sido projetada para seguir por um caminho que foi interrompido, sendo esta a principal razão para a notável inferioridade da "segunda temporada", que me aparenta ser nada mais que uma reunião do restante do material que já tinha sido produzido, editado de maneira a entregar aquele suposto "final". Por fim, acaba sendo uma experiência um pouco frustrante, já que temos uma primeira temporada que vale a pena ser vista, ao mesmo tempo em que não nos foi entregue um desfecho que faça jus à mesma.
The Office (8ª Temporada)
4.0 301Fiquei impressionado por ter assistido a série até aqui sem saber que o Steve Carell iria sair. Quando iniciei essa temporada, eu ainda estava achando que o mesmo iria voltar após alguns episódios, até que acabei lendo que o contrato dele realmente havia acabado na sétima temporada.
Claramente a falta do Michael Scott é sentida na série, e não só por parte do espectador. A produção também acabou sendo afetada por isso, já que podemos ver aqui uma temporada inteira onde o problema "Quem vai substituir o Steve Carell?" não foi solucionado, e a constante falta de definição de quem é/vai ser o novo gerente é sentida mesmo que, supostamente, o escolhido para ocupar o seu lugar na série tenha sido o Andy, interpretado pelo Ed Helms.
Entre os novos atores, quem se destaca é o James Spader, que já havia roubado a cena desde os últimos 2 episódios da temporada anterior. O arco de seu personagem, Robert California, começa melhor do que termina, visto que aos poucos, o seu ar misterioso e enigmático (que talvez seja a sua característica mais marcante), vai se enfraquecendo. Mas ainda assim, o personagem se mantém no tom adequado, já que essa mudança ocorre de forma natural ao longo dos episódios.
No fim das contas, é possível notar algo positivo em meio à tudo isto. Embora tenha decaído, a série ainda continua executando de forma apropriada algumas de suas outras características, fato este que muito se deve ao restante do elenco principal, que como sempre se sai muito bem, e consequente, acaba por provar que a riqueza em The Office não está resumida unicamente à presença do Steve.
Euphoria (1ª Temporada)
4.3 891Que obra-prima. É de uma sensibilidade e de uma agressividade simultânea que fica difícil falar sobre.
Finalmente podemos ver uma obra entregando um retrato coerente e palpável da nova geração, escancarando na tela todos os detalhes e complexidades da realidade com a qual a juventude do século 21 se relaciona. Mais uma produção primorosa da HBO, com direção de arte, fotografia, trilha sonora e atuações impecáveis.
Ah, e só para destacar:
Todos estão falando da Zendaya e com total razão, mas a performance do Jacob Elordi na cena em que o Nate briga com o pai é uma coisa de outro mundo.