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Últimas opiniões enviadas

  • August Melo

    [spoiler][/spoiler] Me incomodou demais o fato de que a toda hora o Aksel arrumava uma forma de pressionar a Julie para ter filhos. E daí que ela é mulher cis? Ser mulher cis nos tempos atuais não é sinônimo de maternidade. E nesse filme, através da personagem do Aksel há a naturalização da maternidade compulsória. Julie apenas não encontrou o que quer fazer da vida, que carreira seguir. Mas isso não deveria ser problema pra absolutamente ninguém, mesmo que infelizmente seja considerado um problema diante do sistema econômico no qual vivemos. Se Julie queria terminar a relação é um direito dela. O fato de Aksel ter tido câncer depois disso não é nem de longe sinônimo de que Julie deveria voltar a falar com ele, mesmo como amiga, porque se assim fosse, existem pessoas que continuam amigos ou amigas mesmo depois de terminarem uma relação e mesmo sem doenças terminais envolvidas. Da mesma forma o câncer não é sinônimo de que deveriam voltar até porque isso seria obrigar Julie a ficar com uma pessoa com quem simplesmente ela não quer estar, mas que na cabeça da personagem do Aksel isso não importa: o fato de que a Julie não quer mais nada com ele. Julie é apenas uma mulher cis que simplesmente não acha natural a maternidade compulsória (e de fato não é), que apenas não quer ter filhos nem se vê como mãe, ponto. Sobre essa discussão indico a personagem Cristina Yang em Greys Anatomy sobre a qual esse tema é trabalhado através do olhar da própria personagem. No mais é isso, Julie apenas não tem maturidade suficiente pra sair de relações bosta como essa com o Aksel que é explicitamente machista, mulher cis que não se identifica com a maternidade e tudo bem quanto a isso, além de ainda não ter encontrado qual carreira seguir, até porque muitas pessoas na vida real passam a vida inteira sem de fato encontrar a tal identificação do que quer fazer, seguir, com qual carreira quer se dedicar e trabalhar e isso é muito triste até. Acredito que esse algo a mais é de fato justamente isso, encontrar um propósito, uma carreira pela qual você se apaixone, por mais que pareça fácil descobrir quando você tem pais com boa condição financeira, no filme vemos que mesmo assim, mesmo com o acolhimento da mãe, nada é tão simples como inicialmente ou visto de muito longe pareça ser.

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  • August Melo

    O roteiro é ótimo. O conteúdo nem se fala. O único porém é que ficou muito didático, muito explícito. Se ela utilizasse entrelinhas, metáforas e deixasse mais ficcional. Mas ficou muito mastigado, beirando um tom de documentário e quando isso acontece, perde a graça, porque fica muito na cara, professoral, didático. Vou dar um exemplo: a fuga das galinhas, o primeiro filme. A fuga das galinhas é sobre consciência de classe, a união da classe trabalhadora, a sobrevivência de um grupo. O objetivo principal na fuga das galinhas é uma melhor qualidade de vida. Só que em momento nenhum isso é falado no filme, não de forma explícita ou didática. É como quando alguém está narrando o que vai fazer pra que o expectador entenda a cena, mas acontece que nem tudo precisa ser dito ao pé da letra numa cena. Esse curta da Manu, se tivesse uma outra abordagem tinha tudo pra ficar de fato ótimo. Queria que quem produzisse roteiro ou dirigisse tivesse isso em mente: que não dá pra você deixar a ficção parecida demais com a realidade, caso contrário vira documentário e olha que até documentário é um subtipo de ficção.

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  • August Melo

    Achei muito didático. Nesse sentido achei Bottoms muito superior porque em Bottoms a linguagem nonsense, o lúdico, o sarcasmo e o absurdo são tratados de forma magistral, no tom certo. É como se Barbie fosse um livro didático e Bottoms fosse um livro daqueles que você lê numa madrugada e nem percebe que virou a noite e o dia amanheceu. Infelizmente não tive essa sensação de "não ver o tempo passar" em Bárbie. Não sei se minhas expectativas já estavam altas antes ou se Bottoms elevou o nível e depois de Bottoms fiquei esperando algo tão primoroso quanto ou até melhor. Prefiro até mesmo Lady Bird. Mas enfim, fazer o que? Frustrações fazem parte da vida. E que fique destacado: NÃO é sobre o conteúdo que não gostei. Não! Mas a forma COMO foi abordado e essa abordagem foi muito didática, me senti lendo um livro didático e sempre achei um porre os livros didáticos, com exceção do livro de história. Enfim.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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