[spoiler][/spoiler] Me incomodou demais o fato de que a toda hora o Aksel arrumava uma forma de pressionar a Julie para ter filhos. E daí que ela é mulher cis? Ser mulher cis nos tempos atuais não é sinônimo de maternidade. E nesse filme, através da personagem do Aksel há a naturalização da maternidade compulsória. Julie apenas não encontrou o que quer fazer da vida, que carreira seguir. Mas isso não deveria ser problema pra absolutamente ninguém, mesmo que infelizmente seja considerado um problema diante do sistema econômico no qual vivemos. Se Julie queria terminar a relação é um direito dela. O fato de Aksel ter tido câncer depois disso não é nem de longe sinônimo de que Julie deveria voltar a falar com ele, mesmo como amiga, porque se assim fosse, existem pessoas que continuam amigos ou amigas mesmo depois de terminarem uma relação e mesmo sem doenças terminais envolvidas. Da mesma forma o câncer não é sinônimo de que deveriam voltar até porque isso seria obrigar Julie a ficar com uma pessoa com quem simplesmente ela não quer estar, mas que na cabeça da personagem do Aksel isso não importa: o fato de que a Julie não quer mais nada com ele. Julie é apenas uma mulher cis que simplesmente não acha natural a maternidade compulsória (e de fato não é), que apenas não quer ter filhos nem se vê como mãe, ponto. Sobre essa discussão indico a personagem Cristina Yang em Greys Anatomy sobre a qual esse tema é trabalhado através do olhar da própria personagem. No mais é isso, Julie apenas não tem maturidade suficiente pra sair de relações bosta como essa com o Aksel que é explicitamente machista, mulher cis que não se identifica com a maternidade e tudo bem quanto a isso, além de ainda não ter encontrado qual carreira seguir, até porque muitas pessoas na vida real passam a vida inteira sem de fato encontrar a tal identificação do que quer fazer, seguir, com qual carreira quer se dedicar e trabalhar e isso é muito triste até. Acredito que esse algo a mais é de fato justamente isso, encontrar um propósito, uma carreira pela qual você se apaixone, por mais que pareça fácil descobrir quando você tem pais com boa condição financeira, no filme vemos que mesmo assim, mesmo com o acolhimento da mãe, nada é tão simples como inicialmente ou visto de muito longe pareça ser.
Achei muito didático. Nesse sentido achei Bottoms muito superior porque em Bottoms a linguagem nonsense, o lúdico, o sarcasmo e o absurdo são tratados de forma magistral, no tom certo. É como se Barbie fosse um livro didático e Bottoms fosse um livro daqueles que você lê numa madrugada e nem percebe que virou a noite e o dia amanheceu. Infelizmente não tive essa sensação de "não ver o tempo passar" em Bárbie. Não sei se minhas expectativas já estavam altas antes ou se Bottoms elevou o nível e depois de Bottoms fiquei esperando algo tão primoroso quanto ou até melhor. Prefiro até mesmo Lady Bird. Mas enfim, fazer o que? Frustrações fazem parte da vida. E que fique destacado: NÃO é sobre o conteúdo que não gostei. Não! Mas a forma COMO foi abordado e essa abordagem foi muito didática, me senti lendo um livro didático e sempre achei um porre os livros didáticos, com exceção do livro de história. Enfim.
Sobre a eterna e diária re atualização da alegoria da caverna platônica. Sei que é real mas parece distópico, como se fosse um show de Truman só que na vida real. Fiquei com uma sensação de agonia e nojo. Bizarro.
Transgeneridade / cisgeneridade (falar transexualidade é como se falassemos 'cissexualidade'. Mas não né. Ninguém se refere as pessoas cis como cisexuais. Se praticamente ninguém faz isso (se referir às pessoas cis como cissexuais) por que razão fazem o contrário? Apenas uma reflexão.
Tudo nesse filme é impecável. Fotografia, arte, roteiro, atuação, figurino, direção, cenário, cenográfia, trilha sonora, etc. Roteiro forte e emocionante. Tem hora que você precisa escolher se sente muita raiva e ódio pelo machismo (e desigualdade de gênero) e moralismo ou se você chora de tristeza pela situação vivenciada pelas protagonistas. Que filme! Muito Forte! Chorei demais, lágrimas e mais lágrimas. Nossa!!!
Como mudaram exatamente jamais haverá ao certo como saber: mas será que "mudariam o mundo" se não fossem brancos, cis, possivelmente héteros e sem deficiência?
Eu saberia que levaria uma cebola pra cortar enquanto assistisse a este áudio-visual. Mas não imaginei que haveria de ser mais de uma ou que meus olhos tendessem a suar com tamanha alta temperatura. Necessito preservar minha ranzinzice interior!! Oras... Oras...
Queria entender o que seria esse 25% do ''amor''. Talvez seja sobre o Banquete, de Platão... Enfim. Há muitas referências no filme, que estão nas entrelinhas. No início eu não dei nada pro filme, mas ele vai prendendo aos poucos e quando você se dá conta, foi fisgado.
Oliver queria ficar com alguém e ficou. Acontece que Elio por ser adolescente acaba se apaixonando. Lembrem-se que o ano é de 1983 (acho), ou seja, nessa época ainda era bem difícil um cara se assumir. Mas provavelmente Oliver é um homem bissexual e provavelmente Elio seja homo e apesar da experiência com a garota se apaixona e tem seu primeiro amor que é Oliver. No início do filme o próprio Oliver avisa o Elio que não quer ir adiante, um ''vamos parar por aqui que eu não quero machucar você''. Enfim. Mas Elio quis mesmo e assim (pois ele precisava se descobrir gente, aff). É isso. Temos um primeiro amor adolescente que termina por questões de armário, ou, porque, não fora tão profundo assim para Oliver o quanto fora para Elio
Tanto quanto Galileu, Joana D'arc ou até mesmo Jesus, Hypatia provou do fruto do conhecimento e quebrou paradigmas. É uma lástima que o destino de todos eles tenha sido o mesmo de quem saísse da caverna de Platão e voltasse para lá, uma vez que os prisioneiros preferem as imagens repetidas... :/
Cara... Todo mundo tem que assistir esse filme pois ele levanta várias problemáticas. A questão do armário é bem complexa, mas o fator principal da sua existência é a falta de informação e empoderamento.
O armário em si é bem pesado, e, quem está dentro dele acaba por violentar a si mesmo e a quem gosta, como no caso da Sasha. O que não gostei foi a questão do abuso do carinha que era amigo dela ou se fingia de amigo pois gostava dela e esse ponto tem que ser melhor discutido, pois existem muitos caras héteros que estão tão acostumados com seus privilégios e com a heteronormatividade social que não enxergam que existem outras sexualidades vigentes e que não há nada de errado com isso, ou seja, mais uma vez o problema da falta de informação inclusive no meio escolar que deveria ser local para debater essas questões para que situações como essas não ocorressem. Agora o que gostei da parte dele é que ele assumiu a culpa da foto, pois foi ela quem mudou a foto, mas ele assumiu a culpa pois se arrependeu do que fez e infelizmente percebeu que o problema era bem maior e percebeu que de fato existem outras formas de sexualidade, tanto que ele passou a defender a ex colega, o que não justifica o que ele fez com ela e nem poderia apagar o abuso sexual, sabemos, mas não pude deixar de observar a mudança da personagem dele diante do conflito. Nesse sentido, o filme foi importante para destacar as nuances das personagens, de que ninguém é totalmente bom ou mal e de como todos acabam perdendo com o conservadorismo que é uma consequência da falta de informação crítica.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 601 Assista Agora[spoiler][/spoiler] Me incomodou demais o fato de que a toda hora o Aksel arrumava uma forma de pressionar a Julie para ter filhos. E daí que ela é mulher cis? Ser mulher cis nos tempos atuais não é sinônimo de maternidade. E nesse filme, através da personagem do Aksel há a naturalização da maternidade compulsória. Julie apenas não encontrou o que quer fazer da vida, que carreira seguir. Mas isso não deveria ser problema pra absolutamente ninguém, mesmo que infelizmente seja considerado um problema diante do sistema econômico no qual vivemos. Se Julie queria terminar a relação é um direito dela. O fato de Aksel ter tido câncer depois disso não é nem de longe sinônimo de que Julie deveria voltar a falar com ele, mesmo como amiga, porque se assim fosse, existem pessoas que continuam amigos ou amigas mesmo depois de terminarem uma relação e mesmo sem doenças terminais envolvidas. Da mesma forma o câncer não é sinônimo de que deveriam voltar até porque isso seria obrigar Julie a ficar com uma pessoa com quem simplesmente ela não quer estar, mas que na cabeça da personagem do Aksel isso não importa: o fato de que a Julie não quer mais nada com ele. Julie é apenas uma mulher cis que simplesmente não acha natural a maternidade compulsória (e de fato não é), que apenas não quer ter filhos nem se vê como mãe, ponto. Sobre essa discussão indico a personagem Cristina Yang em Greys Anatomy sobre a qual esse tema é trabalhado através do olhar da própria personagem. No mais é isso, Julie apenas não tem maturidade suficiente pra sair de relações bosta como essa com o Aksel que é explicitamente machista, mulher cis que não se identifica com a maternidade e tudo bem quanto a isso, além de ainda não ter encontrado qual carreira seguir, até porque muitas pessoas na vida real passam a vida inteira sem de fato encontrar a tal identificação do que quer fazer, seguir, com qual carreira quer se dedicar e trabalhar e isso é muito triste até. Acredito que esse algo a mais é de fato justamente isso, encontrar um propósito, uma carreira pela qual você se apaixone, por mais que pareça fácil descobrir quando você tem pais com boa condição financeira, no filme vemos que mesmo assim, mesmo com o acolhimento da mãe, nada é tão simples como inicialmente ou visto de muito longe pareça ser.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraAchei muito didático. Nesse sentido achei Bottoms muito superior porque em Bottoms a linguagem nonsense, o lúdico, o sarcasmo e o absurdo são tratados de forma magistral, no tom certo. É como se Barbie fosse um livro didático e Bottoms fosse um livro daqueles que você lê numa madrugada e nem percebe que virou a noite e o dia amanheceu. Infelizmente não tive essa sensação de "não ver o tempo passar" em Bárbie. Não sei se minhas expectativas já estavam altas antes ou se Bottoms elevou o nível e depois de Bottoms fiquei esperando algo tão primoroso quanto ou até melhor. Prefiro até mesmo Lady Bird. Mas enfim, fazer o que? Frustrações fazem parte da vida. E que fique destacado: NÃO é sobre o conteúdo que não gostei. Não! Mas a forma COMO foi abordado e essa abordagem foi muito didática, me senti lendo um livro didático e sempre achei um porre os livros didáticos, com exceção do livro de história. Enfim.
Alphaville - Do Lado de Dentro do Muro
3.5 21Sobre a eterna e diária re atualização da alegoria da caverna platônica. Sei que é real mas parece distópico, como se fosse um show de Truman só que na vida real. Fiquei com uma sensação de agonia e nojo. Bizarro.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraQue teaser foi aquele? NOSSA.... Enfim, quem ainda não viu, assista lá no youtube. Gente, que impacto!
Transversais
4.1 25Transgeneridade / cisgeneridade (falar transexualidade é como se falassemos 'cissexualidade'. Mas não né. Ninguém se refere as pessoas cis como cisexuais. Se praticamente ninguém faz isso (se referir às pessoas cis como cissexuais) por que razão fazem o contrário? Apenas uma reflexão.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraSensível e fofinho.
A Vida Invisível
4.3 642Tudo nesse filme é impecável. Fotografia, arte, roteiro, atuação, figurino, direção, cenário, cenográfia, trilha sonora, etc. Roteiro forte e emocionante. Tem hora que você precisa escolher se sente muita raiva e ódio pelo machismo (e desigualdade de gênero) e moralismo ou se você chora de tristeza pela situação vivenciada pelas protagonistas. Que filme! Muito Forte! Chorei demais, lágrimas e mais lágrimas. Nossa!!!
Como os Beatles Mudaram o Mundo
3.9 10Como mudaram exatamente jamais haverá ao certo como saber: mas será que "mudariam o mundo" se não fossem brancos, cis, possivelmente héteros e sem deficiência?
Secreto e Proibido
4.4 119Assisti em 2020. Lembro que chorei o tempo todo. Pausava pra poder chorar. Gente...
Alice Júnior
3.8 144Quero muito assistir!! ❤
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraEu saberia que levaria uma cebola pra cortar enquanto assistisse a este áudio-visual. Mas não imaginei que haveria de ser mais de uma ou que meus olhos tendessem a suar com tamanha alta temperatura. Necessito preservar minha ranzinzice interior!! Oras... Oras...
Amor Por Direito
4.0 459 Assista Agora:'(
Um Quarto em Roma
3.4 503Queria entender o que seria esse 25% do ''amor''. Talvez seja sobre o Banquete, de Platão... Enfim. Há muitas referências no filme, que estão nas entrelinhas. No início eu não dei nada pro filme, mas ele vai prendendo aos poucos e quando você se dá conta, foi fisgado.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraEm geral, achei o filme decepcionante. Clichê. A única coisa que salvou foi o olhar do do Antony Hopkins, sobre o qual eu me borrei de medo, sério.
Mulheres do Século XX
4.0 415 Assista AgoraQue filmezão da porra!! <3 '-'
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraOliver queria ficar com alguém e ficou. Acontece que Elio por ser adolescente acaba se apaixonando. Lembrem-se que o ano é de 1983 (acho), ou seja, nessa época ainda era bem difícil um cara se assumir. Mas provavelmente Oliver é um homem bissexual e provavelmente Elio seja homo e apesar da experiência com a garota se apaixona e tem seu primeiro amor que é Oliver. No início do filme o próprio Oliver avisa o Elio que não quer ir adiante, um ''vamos parar por aqui que eu não quero machucar você''. Enfim. Mas Elio quis mesmo e assim (pois ele precisava se descobrir gente, aff). É isso. Temos um primeiro amor adolescente que termina por questões de armário, ou, porque, não fora tão profundo assim para Oliver o quanto fora para Elio
A Incrível História de Adaline
3.7 1,5K Assista AgoraNão sei por que motivo mas eu nunca me canso de rever esse filme! Um dos meus preferidos... '-'
Alexandria
4.0 581 Assista AgoraTanto quanto Galileu, Joana D'arc ou até mesmo Jesus, Hypatia provou do fruto do conhecimento e quebrou paradigmas. É uma lástima que o destino de todos eles tenha sido o mesmo de quem saísse da caverna de Platão e voltasse para lá, uma vez que os prisioneiros preferem as imagens repetidas... :/
[spoiler][/spoiler]
First Girl I Loved
3.0 74Cara... Todo mundo tem que assistir esse filme pois ele levanta várias problemáticas. A questão do armário é bem complexa, mas o fator principal da sua existência é a falta de informação e empoderamento.
O armário em si é bem pesado, e, quem está dentro dele acaba por violentar a si mesmo e a quem gosta, como no caso da Sasha. O que não gostei foi a questão do abuso do carinha que era amigo dela ou se fingia de amigo pois gostava dela e esse ponto tem que ser melhor discutido, pois existem muitos caras héteros que estão tão acostumados com seus privilégios e com a heteronormatividade social que não enxergam que existem outras sexualidades vigentes e que não há nada de errado com isso, ou seja, mais uma vez o problema da falta de informação inclusive no meio escolar que deveria ser local para debater essas questões para que situações como essas não ocorressem. Agora o que gostei da parte dele é que ele assumiu a culpa da foto, pois foi ela quem mudou a foto, mas ele assumiu a culpa pois se arrependeu do que fez e infelizmente percebeu que o problema era bem maior e percebeu que de fato existem outras formas de sexualidade, tanto que ele passou a defender a ex colega, o que não justifica o que ele fez com ela e nem poderia apagar o abuso sexual, sabemos, mas não pude deixar de observar a mudança da personagem dele diante do conflito. Nesse sentido, o filme foi importante para destacar as nuances das personagens, de que ninguém é totalmente bom ou mal e de como todos acabam perdendo com o conservadorismo que é uma consequência da falta de informação crítica.
ToY
3.3 9Esse filme é forte. Levanta altas questões e reflexões!!! Demais!!!
Below Her Mouth
2.9 162Dallas S2