Um soco na boca do estômago, por mostrar uma realidade que ainda é tão atual. O final do filme consegue resumir apenas através de imagens toda aquela discussão sobre a maioridade penal.
A cena em que a Marília Pêra amamenta o Pixote demonstra: o abandono, o sistema transformando uma criança, que ainda é criança, em um ser marginalizado pelo sistema. Sistema cruel.
E ainda tem gente que não reconhece a riqueza dos nossos filmes nacionais.
Gostei bastante dos jogos de câmera e da fotografia do filme, bem sinistra e ao mesmo tempo também elegante, as ruínas são mega bonitas e tétricas. Logo na primeira cena
Enquanto os gols do Brasil eram comemorados e o jingle era "vamos todos juntos, pra frente Brasil", pessoas eram torturadas e mortas do outro lado, o lado oculto e sombrio de um regime devastador pro país. A delicadeza na abordagem de um assunto tão sensível, através do olhar de uma criança, me emocionou muito! Tinha que ser o grande Cao Hamburguer!
O filme é incrível, sim! A naturalidade acaba sendo destacada, principalmente pelos 12 anos de gravação envolvido. A sutileza nas críticas referente a uma sociedade americana com diversos distúrbios
como nos presentes que o garoto ganha na adolescência: uma bíblia e uma arma, o que é super paradoxal. Ou sobre o machismo quando os meninos vão acampar, sobre a homofobia que é existente desde a pré adolescência ao citarem sobre o fato de uma professora ser lésbica, o bullying com o jovem com deficiência intelectual. Além da própria crítica de que na maioria das vezes a mulher que fica com toda a responsabilidade sobre os filhos, com um pai ausente que tenta recuperar o tempo perdido e que mais tarde reconhece que toda a responsabilidade pela boa instrução das crianças, foi por causa da mãe, que ainda diante de diversas dificuldades, conseguiu se formar.
São muitas coisas, afinal, se trata do que vemos durante a vida, até a velhice. E a sutileza foi o que mais me encantou nisso tudo. Merece 5 estrelas pelo excelente trabalho e por nos fazer não dispersar nem por um minuto, em 3 horas de filme.
Marlon Brando como Zapata não poderia ter ficado melhor. Que atuação! Tudo o que esse cara pegava pra fazer ele fazia com maestria. Se eu não me engano, foi o segundo filme da carreira dele, o que fica explícito que a maestria em atuar é inerente ao Brando. Como admiradora do incrível Zapata, não poderia ficar mais do que satisfeita com o Marlon Brando ter sido o ator escolhido para representá-lo. Um clássico com uma aula de história sobre uma revolução importantíssima pro México.
Excelente roteiro. Traz uma sensação de esquizofrenia, por conter alguns diálogos desconexos e fora dos eixos. E faz sentido. Ser explorado, ser desvalorizado, ser desumanizado com a justificativa pífia de um salário miserável, deixa qualquer um doente. Alguns, como o caso de Lulu antes de acontecer o acidente, não conseguem enxergar o motivo, porque sempre somos doutrinados a agradecer pelo emprego, por mais explorador que ele seja. Por mais que roube de nosso suor. Para alguns, questionar as irregularidades trabalhistas até soa como audácia. Petri foi realmente incrível com esse filme!
Um filme de extrema sensibilidade. Uma crítica profunda sobre como a sociedade lida com aqueles que vivem à margem. O tema permanece atual, infelizmente. Como diz na descrição: "terão que lutar contra a oposição da igreja, do patrão e toda a burocracia existente. "
Um clássico! Me lembrou um pouco os romances policiais de Agatha Christie, por parte da polícia que tenta descobrir quem é que mata de modo tão psicopata. E wow, que olhar medonho do Dr. Phibes!
Pela época em que foi feito, eu não esperava tanto, não esperava ficar tão envolvida pelos efeitos do filme, conforme o Scott começasse a encolher. Porém, fiquei muito envolvida, os efeitos são excelentes, - tinha horas que eu me perguntava "como fizeram isso NAQUELA época?!"- eu vibrava e torcia por ele nas situações de perigo,
como na cena do gato e da luta incrível com aquela aranha monstruosa!
Além disso, a reflexão que há por trás disso é realmente fantástica, a filosofia, a ciência, a adaptação do Scott a cada período em que diminui, a necessidade da sobrevivência, o instinto, a coragem, a inteligência de usar o que tiver ao redor para sobreviver no que antes era uma simples residência e que acaba por se tornar um lugar perigosíssimo pra alguém tão pequeno. A reflexão do final do filme causa arrepios também. Com certeza ficou na lista dos meus favoritos, fiquei encantada!
Aliás, li uma análise de um professor de Filosofia da USP, sobre o filme do Lynch. Análise sensacional, pra quem quer clarear a mente sobre o filme, vale a pena ler:
"Assim, na primeira parte do filme, vemos um Fred Madison atônito e suado tentando transar com Renée. As imagens são em câmara lenta para sublinhar o corpo como carne. Infelizmente, o resultado final será alguns tapinhas nas costas e um consolador: “It’s ok, it’s ok”. O chão se abre entre Fred e o gozo de seu objeto de desejo. Uma fenda tão grande quanto aquela que o separa definitivamente de si mesmo.
Mas esse não parece ser o problema de Pete. Ao contrário, como dirá o policial escalado para vigiá-lo: “Onde ele consegue arrumar tantas bucetas?”. Sim, ao contrário de Fred, Pete sabe como fazer. Ele sabe tão bem que acaba se apaixonando por aquela que é a mulher reduzida a sua mera condição instrumental: a atriz de filme pornográfico. Mulher reduzida à condição de suporte imaginário de fetiches. Só que esta mulher reduzida à sua própria imagem, sempre disponível em qualquer locadora e “prêt-à-jouir” será exatamente aquela que dirá: “Você nunca me terá”. Pete apaixonou-se por uma imagem que se esvai no deserto, assim como Fred não sabe o que fazer com a carne de mulher que ele tem nas mãos. Todas as duas os levaram para uma estrada perdida.
Nesse sentido, matar Dick Laurent nunca poderia levar Fred/Pete a alcançar aquilo que daria um pouco de estabilidade à sua procura. Pois este objeto é essencialmente vaporoso, trompe l’oeil feito de imagens e projeções. A Estrada Perdida conta assim a história da descoberta de quão opaco são os objetos aos quais o desejo teima em se vincular. Descoberta que nos leva a um encontro traumático com a impossibilidade de terminar o trajeto da viagem.Um encontro traumático com um destino que só pode se realizar como queda."
Pixote: A Lei do Mais Fraco
4.0 446Um soco na boca do estômago, por mostrar uma realidade que ainda é tão atual. O final do filme consegue resumir apenas através de imagens toda aquela discussão sobre a maioridade penal.
A cena em que a Marília Pêra amamenta o Pixote demonstra: o abandono, o sistema transformando uma criança, que ainda é criança, em um ser marginalizado pelo sistema. Sistema cruel.
E ainda tem gente que não reconhece a riqueza dos nossos filmes nacionais.
O Ciclo do Pavor
3.8 72Gostei bastante dos jogos de câmera e da fotografia do filme, bem sinistra e ao mesmo tempo também elegante, as ruínas são mega bonitas e tétricas. Logo na primeira cena
em que o médico chega no lugar em que vai ficar hospedado, a sensação que dá é que os hóspedes e funcionários estão dentro de um quadro.
Bronco Billy
3.3 34 Assista AgoraFilme leve, gracioso e divertido! Uma delícia!
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraWow. Sem mais. Deveria ter vencido vários Oscars. Mal compreendido, talvez? Vai ficar pra história.
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias
3.7 455Enquanto os gols do Brasil eram comemorados e o jingle era "vamos todos juntos, pra frente Brasil", pessoas eram torturadas e mortas do outro lado, o lado oculto e sombrio de um regime devastador pro país. A delicadeza na abordagem de um assunto tão sensível, através do olhar de uma criança, me emocionou muito! Tinha que ser o grande Cao Hamburguer!
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraTô até com falta de ar. Eu ficava dando leves pulinhos de desespero. Hahaha filmaço!
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraO filme é incrível, sim! A naturalidade acaba sendo destacada, principalmente pelos 12 anos de gravação envolvido. A sutileza nas críticas referente a uma sociedade americana com diversos distúrbios
como nos presentes que o garoto ganha na adolescência: uma bíblia e uma arma, o que é super paradoxal.
Ou sobre o machismo quando os meninos vão acampar, sobre a homofobia que é existente desde a pré adolescência ao citarem sobre o fato de uma professora ser lésbica, o bullying com o jovem com deficiência intelectual.
Além da própria crítica de que na maioria das vezes a mulher que fica com toda a responsabilidade sobre os filhos, com um pai ausente que tenta recuperar o tempo perdido e que mais tarde reconhece que toda a responsabilidade pela boa instrução das crianças, foi por causa da mãe, que ainda diante de diversas dificuldades, conseguiu se formar.
São muitas coisas, afinal, se trata do que vemos durante a vida, até a velhice. E a sutileza foi o que mais me encantou nisso tudo. Merece 5 estrelas pelo excelente trabalho e por nos fazer não dispersar nem por um minuto, em 3 horas de filme.
Rocco e Seus Irmãos
4.4 125Mil e um suspiros pro Alain Delon ❤️
Viva Zapata!
3.8 55 Assista AgoraMarlon Brando como Zapata não poderia ter ficado melhor. Que atuação! Tudo o que esse cara pegava pra fazer ele fazia com maestria. Se eu não me engano, foi o segundo filme da carreira dele, o que fica explícito que a maestria em atuar é inerente ao Brando. Como admiradora do incrível Zapata, não poderia ficar mais do que satisfeita com o Marlon Brando ter sido o ator escolhido para representá-lo. Um clássico com uma aula de história sobre uma revolução importantíssima pro México.
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraCantando na chuva é um filme gracioso, leve e que sempre consegue me arrancar sorrisos! Um encanto :)
A Classe Operária Vai ao Paraíso
4.1 60Excelente roteiro. Traz uma sensação de esquizofrenia, por conter alguns diálogos desconexos e fora dos eixos. E faz sentido. Ser explorado, ser desvalorizado, ser desumanizado com a justificativa pífia de um salário miserável, deixa qualquer um doente. Alguns, como o caso de Lulu antes de acontecer o acidente, não conseguem enxergar o motivo, porque sempre somos doutrinados a agradecer pelo emprego, por mais explorador que ele seja. Por mais que roube de nosso suor. Para alguns, questionar as irregularidades trabalhistas até soa como audácia. Petri foi realmente incrível com esse filme!
Chove Sobre Nosso Amor
3.7 30Um filme de extrema sensibilidade. Uma crítica profunda sobre como a sociedade lida com aqueles que vivem à margem. O tema permanece atual, infelizmente. Como diz na descrição: "terão que lutar contra a oposição da igreja, do patrão e toda a burocracia existente. "
Vidas em Fuga
3.9 45 Assista AgoraGente, o que é o Marlon Brando atuando? Impossível não ficar apaixonada por ele nesse filme!
O Abominável Dr. Phibes
4.0 126Um clássico! Me lembrou um pouco os romances policiais de Agatha Christie, por parte da polícia que tenta descobrir quem é que mata de modo tão psicopata. E wow, que olhar medonho do Dr. Phibes!
O Incrível Homem Que Encolheu
4.1 116 Assista AgoraPela época em que foi feito, eu não esperava tanto, não esperava ficar tão envolvida pelos efeitos do filme, conforme o Scott começasse a encolher. Porém, fiquei muito envolvida, os efeitos são excelentes, - tinha horas que eu me perguntava "como fizeram isso NAQUELA época?!"- eu vibrava e torcia por ele nas situações de perigo,
como na cena do gato e da luta incrível com aquela aranha monstruosa!
Anatomia de um Crime
4.1 133 Assista AgoraJames Stewart está sensacional, como sempre! Diálogos incríveis!
Django
3.9 202 Assista AgoraSensacional! Que clássico! <3
A Serbian Film: Terror Sem Limites
2.5 2,0KConclusão: nunca assine um contrato sem ler.
A Doce Vida
4.2 316 Assista AgoraExcelente análise do filme:
http://obviousmag.org/archives/2013/08/a_doce_vida_de_federico_fellini_a_liquidez_do_amor.html
Laura
4.1 132 Assista AgoraAté eu fiquei apaixonada por Laura. Aliás, por ela e pelo Mark. <3
A Noite dos Mortos-Vivos
4.0 549 Assista AgoraSensacional, um dos melhores que já vi do gênero! Wowwwwwwww! Romero mandou MUITO!
Estrada Perdida
4.1 469 Assista AgoraAliás, li uma análise de um professor de Filosofia da USP, sobre o filme do Lynch. Análise sensacional, pra quem quer clarear a mente sobre o filme, vale a pena ler:
"Assim, na primeira parte do filme, vemos um Fred Madison atônito e suado tentando transar com Renée. As imagens são em câmara lenta para sublinhar o corpo como carne. Infelizmente, o resultado final será alguns tapinhas nas costas e um consolador: “It’s ok, it’s ok”. O chão se abre entre Fred e o gozo de seu objeto de desejo. Uma fenda tão grande quanto aquela que o separa definitivamente de si mesmo.
Mas esse não parece ser o problema de Pete. Ao contrário, como dirá o policial escalado para vigiá-lo: “Onde ele consegue arrumar tantas bucetas?”. Sim, ao contrário de Fred, Pete sabe como fazer. Ele sabe tão bem que acaba se apaixonando por aquela que é a mulher reduzida a sua mera condição instrumental: a atriz de filme pornográfico. Mulher reduzida à condição de suporte imaginário de fetiches. Só que esta mulher reduzida à sua própria imagem, sempre disponível em qualquer locadora e “prêt-à-jouir” será exatamente aquela que dirá: “Você nunca me terá”. Pete apaixonou-se por uma imagem que se esvai no deserto, assim como Fred não sabe o que fazer com a carne de mulher que ele tem nas mãos. Todas as duas os levaram para uma estrada perdida.
Nesse sentido, matar Dick Laurent nunca poderia levar Fred/Pete a alcançar aquilo que daria um pouco de estabilidade à sua procura. Pois este objeto é essencialmente vaporoso, trompe l’oeil feito de imagens e projeções. A Estrada Perdida conta assim a história da descoberta de quão opaco são os objetos aos quais o desejo teima em se vincular. Descoberta que nos leva a um encontro traumático com a impossibilidade de terminar o trajeto da viagem.Um encontro traumático com um destino que só pode se realizar como queda."
Estrada Perdida
4.1 469 Assista AgoraMindfuck. Totalmente mindfuck.
Irma La Douce
4.0 75“Ser excessivamente honesto em um mundo desonesto é como depenar uma galinha contra o vento. Você acaba com a boca cheia de penas.”