Segunda mídia vista em occitano foi essa animação inglesa, dublada na língua. Faz com que o público seja lembrado da força do coletivo, tão facilmente subestimada hoje em dia. Aos interessados na dublagem occitana, que possui legendas em francês, aqui está:
Encantou-me, sobretudo vê-lo em occitano (a quem se interessar: https://player.vimeo.com/video/854926341 ). É de uma delicadeza e de uma profundidade de sentido tão ausente nos filmes que tomam as bilheterias hoje em dia... Certamente, ter-me-ia feito refletir sobre minha própria relação com meu pai, que me lembrou um pouco o pai do menino...
25/03/2022: Já tinha ouvido falar, mas esquecido assim como as coisas das quais ouvimos falar, mas que perdem a relevância da novidade em meio às experiências e novas memórias que vamos construindo com a vida. Tive novo acesso à sua existência hoje, 25 de março de 2022, durante a aula de Cinema Galego, pela USP (que desde já recomendo para quem se interessar pela Galícia, pela língua galega e, claro, pelo cinema galego). O professor exibiu um trecho e isso foi suficiente (abondo, em galego) para me instigar, baixar e ver por conta própria.
Trata-se de um filme alemão de 1920, da época que ainda não havia som (apesar de estranhamente ouvirmos as músicas de suspense). É um filme de mistério, suspense e tema psicológico. Muito, muito interessante! É simplesmente incrível que naquela época já se produzisse um filme com tamanha estrutura narrativa! Absolutamente fantástico e, sem dúvidas, revolucionário para a época! Coloquei logo nos meus favoritos porque realmente merece. Talvez, seja o filme mais antigo que eu já vi na vida. Minto! Ainda na aula, vimos Miss Ledyia, de 1916, um filme galego, que não entendi muito bem e vou voltar para (re)ver.
Mas sobre o doutor Caligari... É uma história dentro de uma história com todo aquele ar que só os filmes antigos possuem. Sem o som de vozes, somos convidados a ler as legendas que representam as falas dos personagens. Em se tratar de um filme altamente expressivo, o visual ou não-verbal contam e/ou adicionam muito aos significados que vamos construindo ao longo do longa, de modo que, em alguns momentos, por sabermos do que se trata, nem legenda possuem e somos deixados para interpretar o que pode ter sido dito entre os personagens. Quem tiver interesse de ver não vai precisar se preocupar com incompreensão, uma vez que o contexto permite a comunicação dos vários sentidos que emanam dessa obra fílmica.
Falei, falei, falei e não falei da história: é um homem chamado de doutor, certamente não por ter doutorado (não se revela isso), Caligari que se apresenta num parque de diversões com uma atração incomum: um sonâmbulo que conhece o passado e prediz o futuro. Há todo um mistério por trás desse homem e daquele que ele desperta para apresentar. Para saber qual, sugiro que vejam para apreciar essa obra do cinema clássico. Obrigado por ler! ^^
01/04/2021: The Long Road Home é um episódio especial da série Supernatural (2005-2020) no formato de documentário, que conta com comentários dos intérpretes de alguns dos personagens principais e outros igualmente memoráveis, como Jensen Ackles (Dean Winchester), Jared Padalecki (Sam Winchester), Samantha Smith (Mary Winchester), Misha Collins (Castiel), Rowena (Ruth Connell), Jim Beaver (Bobby Singer), Alexander Calvert (Jack), entre outros, além do criador da série, Eric Kripke. Eles comentam acerca de muitos pontos, eu diria, sobre os principais pontos que envolvem/compõem o universo de Supernatural: os irmãos, os monstros, os anjos, alguns dos convidados etc.
Um dos comentários que fazem e do qual ninguém pode discordar a respeito da série é justamente o fato de que a série tem um solo tão, tão fértil que de tudo era possível fazer, e eles fizeram: terror com comédia, com drama, com romance, com música, com referências a filmes, outras séries etc. A gente revê muito disso nesse especial. Além disso, citam também o fato de que Kripke tem/tinha muita fascinação com a meta-história, o metaenredo (história dentro de uma história que revela parte de como construído fora essa ou aquela história; no caso da série, revela as câmeras, os scripts, os atores nos bastidores etc.), que é justamente muito do que ele explora naqueles episódios que se passam em estúdios de TV, como o Hollywood Babylon (S02E18), o (hilário e meu favorito dos três) Changing Channels (S05E08) e o French Mistake (S06E15). Ademais, eles mencionam também o episódio em formato de anime, Scoobynatural, que é tão, tão massa! Há um comentário, não me recordo se de Misha, dizendo que, por ele, haveria toda uma temporada assim com um feat desse entre Scooby-Doo e Supernatural. Seria meu sonho? Poderiam investir não só porque seria sucesso, mas principalmente porque spin-offs estão aí pra explorar universos possíveis produzidos pelas séries de hoje em dia. *-*
Achei pouco tempo, não vou mentir, para falar de tanto, tanto que a série exibiu e que continua em algum lugar da nossa memória. Acho que os fãs fiéis da série vão amar assistir esse especial lindo e vão achar nostálgico e emocionante, tal como eu achei e me fez sentir. Faz-nos também sentir muita saudade das primeiras tramas, do clima e ritmo dos primeiros episódios, assim como das primeiras temporadas. Entretanto, atenção: há alguns comentários e cenas que são spoilers da 15ª temporada, então se forem assistir antes de verem a última temporada, já fiquem com esse aviso. Superentendo quem não vai sentir falta, quem já não via a hora de acabar (como se continuar ou acabar fizesse alguma diferença em suas vidas) e quem se deixa levar por um aborrecimento de as coisas não terem saído como queriam, mas para muita gente que encontrava um alento, um abraço, uma perspectiva diferente pela qual considerar o mundo entediante de hoje em dia, para pessoas assim, comigo incluso, vai fazer falta e nada vai conseguir substituir porque nenhuma outra série tem o que Supernatural tem: de tudo. Preciso dizer que recomendo? *0*
01/04/2021: Gostei. Foi uma boa temporada, embora não tenha superado a anterior. Ainda bem que Michael não durou muito. Esses anjos assim... Ai, ai... Não gosto muito. Prefiro que estejam bem longe. Amei o episódio em que eles se reúnem em família. Já não era sem tempo, depois de trazerem tantos outros, de trazerem John de volta. Achei a morte de Mary desnecessária, e tão, tão... pouco justificada, mas entendi que puxou a reta-final da temporada e a volta de Chuck. Que bicho escroto! Não gostei. É do tipo de pessoa que nos vê arrumando algo, vai lá e desarruma tudo! Mas já estou sabendo que o que é dele está guardado. Assim espero.
01/04/2021: Simplesinho, né? O conflito se desenrola todo em torno da relação de Brauen e Cartwright, que estão guardando cientistas em criogenia para que acordem quando o ar se torne respirável novamente. Eles são, para isso, acordados a cada seis meses para manutenção do lugar. No entanto, um dia, um incêndio corrói a cama/câmara/eu não tenho ideia do nome daquilo, onde um deles dorme, e aí se inicia a busca por um extra nos outros bunkers que rodeiam (porque são vários lugares assim na situação deles), mas descobrem que todos morreram há anos e parece que só eles sobraram. Apenas uma vez o exterior é mostrado/explorado, enquanto tudo se passa entre as salas escuras desse lugar misterioso. É interessante, não vou mentir, mas esperava que fosse um pouco mais complexo/massa, para um filme de ficção científica. Acho que exploraram pouca coisa, mas não chego a odiar, como alguns comentários abaixo. Estamos muito habituados a filmes do gênero com muito mais ação, duração e com uma aventura mais futurística, de fato, com armas do futuro, paisagens do futuro etc., tudo de mais complexo que vemos vendo em outros filmes com a temática.
15/03/2021: A gente tem que consumir mais cultura de vez em sempre. Se ele tivesse visto a versão original, será que ele teria o mesmo fim? Passado. Esperem. Xô organizar as ideias. Trata-se de um remake do clássico de 1973, The Wicker Man (O Homem de Palha), mas diferente do original este com Nicolas Cage é mais leve, pelo menos durante boa parte do filme, e não é aquela pornô toda que tem no original. lol
E retomo a crítica que fiz na página do original: como é perigoso deixar nas mãos de uma só pessoa, de um ser (des)humano, a crença de tudo que deve nos guiar em toda nossa vida. Como garantir que algum dia não usarão a crença que nos fazem acreditar para fazer com que façamos mal aos outros? Como garantir que o que nos fazem crer é para o bem de todos e não apenas para o bem de alguns? Torno a repetir: como é perigoso acreditar em tudo que é proferido pela boca de uma única pessoa e de ver o mundo apenas com os olhos dessa pessoa. É um risco demasiado grande e que põe em perigo a vida de muita gente. Porventura, que valor é ensinado que têm as pessoas que não seguem as nossas crenças? O que se diz, por exemplo, nas igrejas acerca de quem não vai à igreja? E como o amor por essas pessoas é ensinado? É ensinado algum/qualquer amor por gente assim? Conheço algumas respostas a essa pergunta a partir de alguns grupos religiosos que visitei. É triste pensar que, se fosse aqui no Brasil, existem certas pessoas que se deixariam convencer tão facilmente de que a vida dos outros nada vale... Já pensaram o estrago que uma coisa assim, como a alienação, pode fazer? Agora, imaginem só se usassem isso para eleger um genocida, inimigo da vida dos outros. A analogia é intencional. Recomendo que vejam para refletirem sobre as crenças mais profundas que cultivamos...
15/03/2021: Preciso dizer que é terrível? Agora, eu sei, ou pelo menos tenho uma ideia, de qual é a fonte de onde bebem filmes como Pânico na Floresta etc. Enquanto pesquisava, descobri que The Wicker Man se tornou um filme cult, um filme tomado como único, pioneiro e original. Tinha até um comentário de Christopher Lee, dizendo que foi o melhor filme que ele já fez em toda sua vida. Amado??? Eu não vejo como queimar uma pessoa viva possa ser algo bom (em nenhum dos contextos possíveis de encaixar uma coisa como essas). :| Vamos ter cultura diferente, mas vamos respeitar a vida dos outros, né?
É terrível o que uma crença cega pode fazer, né? E a gente crente que isso só tinha acontecido na Idade Média ou no tempo de Hitler, mas não. Sempre tem gente sem orientação, quase como se só estivesse esperando para que alguém a convença de fazer uma barbaridade... Porventura, não foi isso que fizeram nas eleições de 2018, convencendo 57 milhões de que valia a pena votar pela morte dos outros? Podem ver: muitos ainda hoje não veem a loucura na qual embarcaram... Outros, por outro lado, não veem assim e só acreditariam se rolasse o sangue solto, a barbárie de uma guerra civil, afinal as armas eram pra matar. Nunca vi pedreiro com arma para construir nada nem profissão alguma usando arma pra construir. Mas nossa pequena demonstração de barbárie está aí: a pandemia, que muitos estão com a vida dos outros nas mãos e agem como? Como fanáticos que matam por diversão. Sinceramente, espero nunca mais ter que viver numa situação dessa. O filme recomendo pra reflexão, mas também não pretendo rever, é demasiado forte.
14/03/2021: Eu achei bem melhor do que a temporada anterior! Gostei muito dos episódios que foram em outra dimensão, sobretudo aquele episódio que é mais mulheres, as caçadoras da trama, do que homens. Um episódio, no entanto, que muito me chamou a atenção e não me esquecerei jamais é o Scoobynatural. Mano! Eles escolheram de Scooby-Doo, cadê você? Para quem não sabe ou não lembra esse é o clássico Scooby-Doo dos anos 60-70, por aí. E eu amo esses episódios! São os que chegam mesmo a assustar, por mais que as coisas se ajeitem sempre no final. Aff. Amo muito essa versão e vejo sempre que posso! Inclusive, penso que a verei quando terminar Sakura CardCaptors. *0* Mas voltando... >< Amei esse episódio e desejei tanto que tivesse outros assim, ou ainda toda um spin-off assim com os dois universos se misturando... *-* Seria meu sonho?
Eu gostei muito do fato de que Rowena não morreu, e ainda escolheu ajudar os rapazes. A bicha é má, mas sabe ser boa, e eu gosto tanto. *0* Gostei também da volta de personagens antigos, mas, sobretudo, gostei (amém, já não era sem tempo) do final do anjo caído. Lamento profundamente essa ou aquela perda (não disse do quê) durante a série, mas fico feliz por ter sido melhor do que a anterior.
14/03/2021: Essa foi a temporada mais tensa e talvez a que eu mais me identifiquei com Korra: é uma temporada dura na qual temos que lidar com o fracasso da protagonista. Sabemos que cada pessoa reage de uma forma frente às derrotas da vida. E às vezes é bem difícil de focar em outras coisas, de ver o lado bom do que nos machucou. O trauma, presente em tantas outras mídias de nosso tempo, parece ter sido uma “herança” do pós-guerra, explorado bastante desde a segunda metade do século passado (década de 1960 pra cá). E é mais uma vez a nossa realidade: inúmeras pessoas convivem hoje em dia com as marcas do passado, os traumas, essas feridas psicológicas que nos tiram a paz a todo instante e nos impedem de avançar. Korra passa por isso antes de voltar para o caminho do equilíbrio. Não acreditar em si, estar no fundo do poço... Nem todo mundo sabe como reagir a isso, mas é preciso. A vida não acaba aí no fracasso, por mais dura que sido tenha a lição é preciso nos reerguermos, primeiramente por nós e, em segundo lugar, pelos outros, aqueles que amamos.
Não posso deixar de mencionar que odiei Kuvira. Que bicha odiosa! Ela chegava a ser bem mais repugnante que os vilões das temporadas passadas. Que mulher prepotente! Mais uma pessoa com aquele discurso que conhecemos, que favorece uns e desfavorece outros, que pretende unificar o país, o povo, a nação etc. Tudo discursinho de tirano. Ainda bem que Korra acabou com a raça dela, ou quase, né. Certas coisas eu não esperava. O final foi espetacular. Agora entendo de onde saiu a história de que ela é do Vale. Achei muito lindo o final e a comparação com o casamento de Zhu Li e Varick, mas gostei ainda mais quando Zhu Li finalmente exigiu que fosse tratada como igual por Varick (Jane Eyre feelings), esse aproveitador.
Então, recomendo toda a série não apenas por cada link com a realidade que conhecemos e cada lição que Korra aprende, mas sobretudo para que vejam que mesmo o Avatar pode ser falho como nós somos, e que, mesmo sabendo disso, muita gente ainda deixa a compreensão de lado para lhe apontar o dedo e condená-la. Sim, ela tem uma personalidade difícil e explosiva às vezes, mas ela é menos digna de compreensão por isso? Quem se qualificar para julgar isso, pode dizer. Mas aí, fica o questionamento: se o relacionamento que nós temos com os outros é um reflexo do nosso relacionamento conosco (de nós para nós mesmos), então o que faríamos se nos achássemos nos exatos lugares de erro que a Avatar esteve ao longo dessas 4 temporadas (, mas sem nossos pontos de vista)? Fica aí a reflexão. ó/
14/03/2021: Foi uma temporada bastante tensa, né? Amei que surgiram mais mestres do ar e que o Templo do Ar foi reconstruído. Amei também o fato de que novos personagens e personagens antigos reaparecem aqui. Acho muito importante sobre todos os aspectos esse contato com o que passou. Mas foi, né, uma temporada que dizia muito respeito sobre o mal que dele não podemos fugir para sempre e que o melhor é afrontá-lo, enfrenta-lo de cabeça erguida, estando, claro, para isso preparados. Porém não só isso: é preciso entender também que às vezes a gente perde e é preciso sentir a derrota, o sentimento; é preciso nos permitirmos de sentir o sentimento para que ele vá embora depois. É preciso lembrar, assim como nas temporadas passadas, que sempre vai ter um tirano querendo ser eleito e ele vai tentar legitimar sua opinião de várias formas, seja com frases compreensíveis, seja com discursos simples, mas que comportam uma base maléfica, que exclui, que pretende separar, matar etc. Tudo que foge do amor ao próximo beira o extremismo, logo se o candidato quer ser eleito através do que fere o amor pelos outros não tem a mínima chance de ser um bom representante. Assim foi na primeira temporada, na segunda e também na terceira, tal como estamos observando no mundo, inclusive aqui no que resta desse país..., mas eu recomendo que vejam com seus próprios olhos, tá? ó/
14/03/2021: O mundo é sempre cheio de gente ruim, gente sem poder para fazer grandes maldades e causar enormes catástrofes. A gente nunca espera encontrar uma pessoa assim em nossas vidas, mas muitos de nós temos encontrado desde as eleições de 2018. Foi bem assim que eu vi essa temporada. Korra não esperava que o próprio tio fosse tão fascista a ponto de querer receber um espírito diabólico para destruir o mundo. Foi uma temporada bem interessante de conexão com o próprio ser, de estar sempre se examinando e se conhecendo para entender os próprios limites, mas também a própria beleza de ser. Entendi a proposta, sobretudo a perseguição e oposição ao que é naturalmente diverso e existente, como fora conduzida pelo vilão.
Mas podemos tirar um momento para apreciar a história do primeiro Avatar? Socorro! Que história massa! Eu realmente amei saber mais sobre, como começou, o que constitui um ser extraordinário como esse e tudo mais. Essa mitologia toda do que precede o mundo moderno de Korra foi muito bem retratada! Fiquei morrendo de vontade de assistir uma série toda disso, contando de cada ser, de cada cidade etc. Foi bem resumido, mas pense como foi bem feito! Outra Avatar que tenho muita curiosidade é aquela que precede Aang, parece, uma que o rosto é branco e é uma mulher, se não me engano. Queria muito saber sua história, por que assim se veste, quem enfrentou em seu tempo e de que males livrou o mundo que conhecia... Não só por isso, mas principalmente pelo fato de que conosco devemos estar, cada vez mais e sempre, conectados com nós mesmos é a razão pela qual recomendo essa temporada [e a série como um todo, (por mais que muitos dos comentários não reconheçam essa importância...)]. ó/
14/03/2021: Gostei muito de ter visto uma Avatar mulher, jovem aprendiz, com muito ainda a saber, como é o caso da maioria das pessoas ao longo de sua vida. Gostei também das conexões variadas e numerosas que a série animada teve com a realidade, além do supracitado, refiro-me também à conversa de unificação que o vilão dessa temporada teve, igualzinho muitos tiranos fascistas que vemos hoje em dia no mundo todo. Ainda não entendo o que as pessoas não gostaram nessa temporada. Ficam o tempo todo comparando com Aang. Diferentemente dele, ela não cresceu cerca de monges não, gente. E bem sabemos que monge é essa gente engraçada (refiro-me dentro do universo do anime) e, sobretudo, tranquila, zen, como chamam, coisa que Korra não teve a oportunidade de adquirir quando criança. Além disso, Korra erra muito e sempre para relembrar algo que nunca devemos esquecer uns sobre os outros: que somos humanos imperfeitos e sempre sujeitos a errar. Vejo muita ponte disso com a desconstrução selvagem de hoje em dia que aponta tanto o erro e condena as pessoas que é como se elas estivessem estragadas e sem conserto. Vamos olhar pra Korra com mais empatia? Recomendo! ó/
16/02/2021: O filme estava em minha lista há um bom tempo por causa do título (Lost in Translation quer literalmente dizer, em inglês, ‘Perdido(a) na Tradução’), e eu, enquanto tradutor e estudioso dessa área tão instigadora, achei que ia encontrar altas demonstrações do que vinha estudando ambientadas, por exemplo, numa cultura diferente. Foi quase isso, mas quando li a sinopse eu fiquei com uma má impressão, com uma expectativa de que não ia gostar de algo que o resumo falara que aconteceria.
Mas do que trata, né? Charlotte (Scarlett Johansson) está no Japão com seu marido, fotógrafo, que está fazendo ensaios e tem que ficar trabalhando o tempo todo. Ela, por outro lado, não consegue se adequar ao fuso horário, ficando acordada à noite, sentindo-se mais estrangeira que tudo naquele país, onde ela não entendia nada. Gente rica tinha que parar de passar vergonha e aprender os idiomas dos lugares de vez em sempre. Parei. Mas é!
Do outro lado do filme (, mas bem do lado de Charlotte), uma outra narrativa toma espaço, a de Robert (Bill Murray), ator, estadunidense que nem ela, que também está no Japão a trabalho, mas que passa pelos mesmos problemas dela, a exceção de que vez ou outra ele possui uma intérprete. Então, Robert e Charlotte se conhecem e passam a sair de noite ou quando têm vontade para ir se divertir e matar o tempo por mais que nada compreendam do que as pessoas falam. Eles se tornam amigos, dividem seus problemas, tristezas e situações das quais não sabem como sair ou o que fazer. Ele, mais velho e ela, mais jovem. Por se sentirem aproximadamente da mesma forma, eles se entendem e isso é especial para os dois enquanto estiverem naquele local.
O tempo todo, quando não há quem interprete, somos colocados para não entender nada também (nem a dublagem nem as legendas fornecem tradução praqueles momentos), assim como os personagens, para, talvez, que sintamos o efeito de estar num lugar e nada entender e nem uma só palavra capturar para firmar/construir significado. Até os gestos (por serem conjuntos de signos constituídos por gente de uma cultura diferente e cuja carga semântica, portanto, difere dos gestos conhecidos por Charlotte e Robert) não são suficientes para apreender muito do significado que lhes é comunicado.
E, ao mesmo tempo em que eles não conseguem compreender o mundo de palavras e caracteres que os rodeia, ainda assim, eles são levados a formular significados, encontrando, inclusive, referências possíveis a seus próprios problemas, tal como Charlotte que pensa em seu casamento quando vê recém-casados num templo de Kyoto, ou Robert, ao perceber os resultados de sua última noite quanto a seu próprio casamento.
O filme também saca um mistério à la Machado de Assis, “traíram ou não traíram?” ao propor que os personagens se despeçam um do outro, ao final do filme, com beijos bem próximos da boca e, também de um mais direto. Eu, contudo, não acho que fora traição. Foi de despedida, despedida de amigos que se gostaram muito, mas que farão falta um ao outro. Esse foi meu receio ao ter lido a sinopse: achei que o filme, vencedor de altos prêmios em sua época, cairia na mesmice de romantizar traição em cima dos sentimentos de alguém desavisado para construir o romance dos personagens principais. Já deu, né, filmes que romantizam a cultura da traição? A gente pode ser e fazer melhor do que isso, e ainda ser honesto com o coleguinha de vez em sempre.
Eu gostei muito do filme, especialmente de todo contato estrangeiro que tiveram, seja com a língua e a cultura japonesa, seja com a língua alemã, que eu observei, sim, na sauna onde Robert aparece em mais uma situação de incompreensão: acompanhado, mas sozinho? Charlotte também. Ainda acho, no entanto, que a curiosidade os salvou e muito durante o enredo porque sair para viver, sair para ver com os próprios olhos, curiar, saciar os olhos com coisas diferentes; tudo isso, eu acho que foi essencial para que eles se conhecessem e para que fugissem desse mundo de incompreensão no qual tinham que ficar por um determinado tempo. E amei o abraço que deram na despedida, em que os gestos falaram amplamente mais alto do que qualquer palavra: eu baixo filme é para ver isso mesmo, essas atitudes de humanidade que tanto me alimentam a alma, me trazem a emoção bem aos olhos e me ajudam a enfrentar nosso país de hoje em dia e essa gente que fica o tempo todo falando que o país está uma maravilha, quando estamos à beira da ruína e sendo forçados a nos acostumarmos com a morte dos outros. Sinto-me completamente estrangeiro próximo dessa gente, e quero desesperadamente encontrar mais e mais quem me compreenda nisso aqui. Recomendo! ^^
16/02/2021: É... Até que foi legal, mas não superou a temporada anterior a ela. Gostei muito de vários episódios e de vários monstros, mas não gostei nada dos homens de letras britânicos, aqueles canalhas (e aquelas mulheres terríveis? Tá repreendido! Gostei de nenhuma, mas saberia bem em quem teriam votado se fossem daqui...). Só Mick, né, personagem do Adam Fergus, aquele bichão. Até que comecei a gostar. Eu sempre simpatizo com alguém que pensa fora da caixinha e demonstra sentimentos por aquilo ou aqueles que fora ensinado a matar ou tratar mal. Só queria um final diferente para esse personagem. Acho que o desperdiçaram com o final que teve...
Gostei de Mary ter voltado. O combo sempre pode ser maior, mas não trouxeram John também. É uma pena que alguns caçadores tenham tido que morrer, sobretudo... Ai, ai... Eu lamentei muito por algumas mortes, principalmente pelas que teve no último episódio. =\
Os criadores de série deveriam entender que matar o personagem não é o melhor jeito de manter o público assistindo. Plot twists são sempre bem-vindos, inclusive entradas inesperadas, mas matar personagens... Ai, ai... Pior jeito de mexer com o psicológico de alguém.
Entendi qual foi a do final, mas... fica aí o questionamento: aquilo que nasceu foi mesmo o filho do anjo caído, foi o ator dos novos filmes de IT, foi aquele monstro () dos olhos verdes de Senhor dos Anéis (ou seria do Hobbit?), ou ainda terá sido Grendel, de A Lenda de Beowulf? Será que, finalmente, Supernatural vai enfrentar um monstro da literatura inglesa? LOL! Estou ansioso pra saber. ><
14/02/2021: Foi uma boa temporada. Eu gostei muito do desenvolvimento das histórias paralelas, as das caças com a história de Amara. Ela era bem audaciosa e questionadora, né? Eu lembro de alguns momentos em que ela questionava os personagens na trama e eram questionamentos bem pertinentes, que não ouço nem de religiosos nem de quem se diz cristão, mas enfim.
Amei ter revisto personagens de outras temporadas (alguns dos quais não deveriam nem ter morrido), bem como novos personagens como Amara, que me lembrou muito Virgínia ou Verônica (?), aquela do orfanato das Chiquititas, mas da primeira versão, dos anos 90; e Billie, la faucheuse (a ceifadora), interpretada por uma atriz negra muito, muito talentosa, de nome Lisa Berry. Amei terem feito uso da visibilidade para artistas como ela, a quem não é dado chances de brilhar também, e para mim, ela simplesmente arrasou: que texto deram pra ela e que interpretação ela fez dele! Melhor ceifadora que já vi na série toda. Nem Tessa (das temporadas iniciais, 2 e 5, se eu não me engano) chegou a ser tão boa!
Gostei muito também de ter visto novos monstros e lendas das minhas favoritas. Amei que os roteiristas estão deixando um pouco de lado, apesar de não totalmente, essa história de anjo e tal, o que deixou as 4ª e 5ª temporadas meio meh..., mas que souberam costurar bem com os demais elementos que chegaram ao enredo desta temporada.
Não posso me esquecer de duas coisas: (1) Rowena, cujas aparições eu gosto muito e queria que ela fosse um pouco mais regular na série; e (2) a junção de forças que os representantes do bem e do mal fizeram no final da temporada. Foi simplesmente magnífico e me lembrou que, apesar de pensarmos diferentemente, ainda podemos nos unir todos contra o fascismo no nosso país...
10/01/2021: Quel film magnifique ! Eu já conhecia a sinopse, mas havia esquecido a ordem e as consequências de certas cenas/decisões dos personagens. Estou passado que Regina George era Ines, literalmente: até mal-humorada ela era. >< Enquanto escritor, eu amei ter visto esse filme que nos leva aos tempos de alguns dos autores que conhecemos hoje em dia por clássicos, como Hemingway, Fitzgerald, entre outros intelectuais da época, como Dalí, Picasso, Gertrude Stein, Peter Cole etc. Não vou me esquecer de que é em Paris que se passa o filme e é uma cidade muito linda, fantástica, principalmente na chuva!
Claro que, apesar de ter escritores na trama, o filme também se estende para o que se convencionou chamar de a Bela Época (la Belle Époque), que se refere ao período do fim do século XIX (1890, por aí) até pouco antes ou por volta dos anos 20, 1920. É muito inspirador não só as conversas e passeios que eles fazem, como também o modo como as histórias, paralelas, se entrelaçam através de Gil, o personagem principal, interpretado por Owen Wilson, aquele bichão. Eu teria amado muito ter tido a oportunidade que ele teve de conversar com seus ídolos intelectuais preferidos. Seria meu sonho conversar com Edgar Allan Poe, Guy de Maupassant (muita falta do qual eu senti, afinal de contas o filme se passa em Paris e ele foi um grande escritor francês, inclusive da Belle Époque, mas como era um filme norte-americano, né, trouxeram mais celebridades estadunidenses da época...), Machado de Assis, José Lins do Rego, Beyoncé! Parei, mas não deixa de ser uma personalidade que me inspira muito!
Para escritores, o filme é um prato cheio, e eu gostaria muito de assistir outros para escritores, mas bem mais focado em escritores, escrita, ideias, imaginação etc. Certamente, eu ia amar. Ah, e este eu super-recomendo! ^^
02/01/2021: É encantadora! Que produção interessantíssima! Fez muito, muito jus ao romance, apesar de algumas adaptações, como o jogo de... aquele dos espíritos, que não está no livro de Charlotte Brontë. Mas eu amei o fato de que pegaram muitas partes importantes e decisivas. Senti, claro, falta de algumas coisas, mas a atuação me pareceu compensar a falta de pequenos elementos. Foi muito bem produzida e deu pra comparar muita coisa com o original. A aparência dos personagens também foi algo bem marcante e apenas um ou outro foram diferentes do que pensei. Espero poder ver outras produções diferentes para com essa comparar.
29/12/2020: De cara o nome me chamou a atenção porque, né, Holmes eu já ligo com detetive, com mistério e investigação: tudo que eu não gosto (pra não dizer o contrário). Sendo série chinesa e portando uma referência a um dos maiores personagens literários que amei conhecer só restava-me ver com meus próprios olhos de que se tratava Maiden Holmes (少女大人). E já adianto: amei e recomendo! É uma história muito linda e fofa! Eu tinha começado a ver, mas descobri que estavam lançando e a frequência com que eu assistia excedia a frequência de atualização dos episódios. Foi por isso que decidi ver The Princess Weiyoung (锦绣未央) (2016) primeiro e depois recomecei essa. Ainda tinha visto, eu acho, nenhuma série tão recente como esta, lançada entre agosto e setembro deste ano.
Mas sobre o que é? Su Ci (素瓷) é uma oficial (大人) do serviço de investigação a quem comumente é atribuída a missão de resolver crimes que os demais oficiais não conseguem decifrar. Num desses casos, logo no início, ela conhece Pei Zhao (裴昭), quem ela não faz ideia de quem é: seu ídolo, que anos atrás salvou sua vida e de quem ela conhece muitas histórias sobre, sobretudo porque, na realidade, ele é Príncipe Qi (齐王). Juntos, os dois participarão da resolução de muitos casos juntamente com Dong Rongshuang (董如双), quem eles salvam de ser sacrificada, Xie Beiming (谢北溟), que a salva e por ela se apaixona, e com Fei Yuan (飞鸢), que trabalha para Príncipe Qi. Com a resolução dos casos, eles descobrem que tudo estava conectado com graves problemas do passado e com uma surpresa do futuro: os atos de corrupção de Príncipe Yun (云王), que é tio imperial (皇叔) de Pei Zhao e de seu irmão, o imperador (皇帝). Isso tudo regado com muita comédia, romance, mistério, suspense etc.
Eu lamentei pelo fato de só ter 32 episódios e todos curtos, menos de 40min, mas mais ainda por ter acabado. É muito fofa, gente! Vocês precisam ver: Su Ci se disfarça de homem (não é um segredo da trama: desde o começo vemos claramente que ela é uma jovem mulher), afinal, né, para trabalhar com investigadora num tempo onde mulheres não eram esperadas de ocupar posições sociais que tradicionalmente eram apenas de homens seria um ultraje, um absurdo, e se fosse às custas de enganar o imperador, então, seria um crime punível com morte... Mas o que tem de fofo nisso? Não é essa a parte fofa, gente: é o fato de que Pei Zhao começa a gostar de Su Ci antes mesmo que ele saiba que ela é uma mulher. Como era fácil se fingir de mulher naquele tempo. A simples falta de uma barba (ou assim saem fazendo crer em vários dos dramas chineses) era suficiente para confundir o gênero de alguém. Então, apesar de ser casal nos moldes tradicionais (homem e mulher), tem todo um subtexto homossexual que possibilita uma leitura de como se fossem dois homens descobrindo sentimentos um pelo outro, e isso é feito de uma forma tão fofa que chega a ser engraçado.
A trilha sonora também é muito linda. Há duas músicas que eu gosto muito, a de abertura e a de encerramento. A primeira é Sou ou Não Sou Eu/Pode ou Não Ser Eu (是我非我), que eu vejo muita conexão com a questão identitária de alguém vivendo uma vida onde surgem questionamentos existenciais. É muito profunda! Um trecho é esse, “Quem eu fui anos atrás? Quem reconhecerá meu rosto? Aquele que vocês conheceram Será que sou eu ou por quem eu estou vivendo?” *0* A segunda se chama Esperando pelo Teu Retorno/Esperando pelo Retorno de Alguém (望归人). Muito linda, mas também muito triste porque não se sabe se eles se reencontram no final (da música, sim, aqueles que a cantam e lamentam, com saudades, estarem longe um do outro). ;( A trilha sonora completa pode ser conferida neste link ( https://www.youtube.com/watch?v=W-ouVv8rmyM&t=548s ). As duas músicas mencionadas são as duas primeiras.
Lamento novamente o fato de que só teve uma temporada curta, mas segue meu sentimento de que tenha uma segunda temporada, como algumas séries chinesas chegam a ter. Amei do começo ao fim e não vejo a hora de rever!! Super-recomendo!! *0*
Quem quiser assistir pode conferir de graça neste link aqui (as legendas são em inglês) de onde assisti: https://www.youtube.com/playlist?list=PLMX26aiIvX5r0EGy10Kzoy-OrNolAHUY3
28/12/2020: Eu quase assisti essa série no ano passado, mas não me recordo o que me fez pensar duas vezes (ou três, né, como eles dizem na China: sim, no ditado deles eles dizem ‘três’ ao invés do nosso ‘dois’.) Mas sobre a série: É MAGNÍFICA, esplêndida! Amplamente completa, com tudo que tem direito e um bocado mais: um verdadeiro prato chinês cativante de vários sabores, pois de tudo tem. Tem ação, aventura, drama, romance, suspense, mistério, guerra, vingança, estratégia, sabedoria etc.
Li Weiyoung (李未央) é uma princesa da dinastia Liang do Norte (北凉朝), atacada e destruída, sendo ela (mais ou menos) a única que consegue escapar da emboscada com vida. Salva duas vezes por Tuoba Jun (拓跋俊), ela por ele se apaixona, mas é impedida de viver esse amor não só porque a mais bela da casa está por ele interessada, mas principalmente devido ao fato de que a família real (皇族) dele é quem está por trás do assassinato da família dela, e é justamente para lhes vingar que ela assume uma identidade que não lhe pertence e se aproxima cada vez mais da família real da dinastia Wei do Norte (北魏朝), isso se a própria família dentro da qual ela se infiltrou não acabar tirando-a do caminho primeiro! Tem vários outros personagens cujas construções são bem interessantes, pertinentes e que convencem maestralmente, como Li Changle (李长乐), Li Changru (李常茹), Tuoba Yu (拓跋余) e Chi Yunnan (叱云南), esse bichão interpretado pelo lindo Jin Han (金瀚). Os bonitos são todos do mal, já vou avisando. Kkk
É uma série longa, possuindo 54 episódios, com todas intrigas muito bem distribuídas, bem como suas resoluções e/ou consequências. Todos os atores pareceram novos para mim. Não registrei nenhum que já conhecera de dramas chineses passados. E foi maravilhoso saber que Tiffany Tang (唐嫣) e Luo Jin (罗晋), que interpretam os principais, são casados na vida real! *0* Li em algum lugar (ai, essa vida de fã) que eles se apaixonaram durante as gravações. Own. Você percebe o quão entrosados eles se mostram durante todas as cenas em que aparecem. Dá pra sentir o feeling, sabe, a sensação de que há algo mais ali de tão bem que eles se deram. 他们的关系太好了! (A relação deles é muito boa!). *-*
Não posso me esquecer de citar as músicas! Essa série tem uma trilha sonora maravilhosa! Amo muito a abertura, cantada por A Lin (黄丽玲), que se chama Se o Céu Amasse/Estivesse Apaixonado (天若有情). Outra linda, cantada pelos principais é Presente Celeste (天赋), um verdadeiro tributo ao bem que pode ser feito através do amor, o amor enquanto cura para feridas, bem como para o despertar de uma jornada interior; muito, muito linda! Outra que gosto muito é Outra Vida (来生), ou Próxima Vida, cuja voz é de Li Qi (李琦), em que o eu-lírico expressa seu pesar por se ver sem seu amor, perguntando-se o que fará da vida e a ausência de medo tanto da vida quanto da morte: “Se houver outra vida Eu espero pela tua persistência Por quem exatamente é que a mariposa está vivendo? Ela não tem medo da vida nem da morte”. Emocionante! ;( A última música que citarei, que é a quarta que gostei, chama-se Este Destino é Por Minha Causa (缘因我), interpretada pelo ator e cantor Jin Han (金瀚). Cada música citada encontra-se abaixo na ordem em que mencionei e com legendas em inglês, possuindo o primeiro e o terceiro vídeos cenas desse drama maravilhoso:
Ai, ai... O que dizer mais? Eu amei. Emocionei-me muito no/com o final! Tornou-se um dos meus dramas chineses favoritos e vou querer reassistir The Princess Weiyoung (锦绣未央) logo! Inspirou-me de inúmeras maneiras e me fez ver a vida diferentemente, que quando a gente ama, e é recíproco, a gente luta mesmo, passa por cima de inúmeras barreiras para salvarmos o relacionamento lindo que temos com alguém que nos faz tão, tão bem. Amei ter conhecido a história (que possui um plano de fundo histórico muito bem estruturado e que sentido faz dentro das conjunturas fictícias às quais fora adaptada), ter conhecido os atores, suas vozes maravilhosas e inesquecíveis, bem como as lições que essa tremenda narrativa me aportou. Sinto-me honrado, e desejo sempre que tenha continuação kkk (não vou mentir). Preciso dizer que/se super-recomendo? *-* Obrigado por ler! ^^
24/12/2020: Que filme lindo, maravilhoso e perfeito! Eu realmente amei do início ao fim! E no meio, enquanto assistia, que eu fui atrás dos atores e descobri que eles são casados! Aaaaaaaa *-* Tão lindos juntos dentro e fora do set de gravação. *0* Mesmo quando se viram pela primeira vez (em verdade, eles se conheciam dos tempos de escola, sim, os personagens, Hugo e Patrick) eu já estava shippando porque eu sou desses! Haha
Amei, como citaram nos comentários abaixo, as várias piadas/indiretas/trocadilhos/referências a coisas de duplo sentido, mas sem pretensão alguma. Diferentemente de muitos filmes gays que já vi, esse não tem sexo, mas não deixa de ser menos incrível por isso. É lindo e fabuloso! Tem de tudo um pouco, drama, romance (afinal, é uma comédia romântica, mas mais romântica que comédia, pra você suspirar mesmo), mistério etc. Amei também o fato de eles viverem num tempo mais tolerável, onde a homofobia não aparece, apesar de sabermos que ela infelizmente ainda existe, mas que lindo que é. Imaginem só: viver em um lugar onde as pessoas que você ama te amam de volta sem restrições ou impedimentos e que te respeitam por você ser quem é. Seria meu sonho? Nós sabemos que homofobia é um tema muito frequente em filmes nos quais figuram personagens LGBTQIAP+ (espero não ter me esquecido de nenhuma letra; kkk), como nós, mas fiquei feliz por termos um filme sem homofobia. Pelo contrário, temos gays em busca de suas paixões, perseguindo seus sonhos e sendo bem-sucedidos, apesar de sua sexualidade. É bom, sim, termos em vista a realidade que vivemos, mas também é maravilhoso (e da vida faz parte!) sonhar com um dia em que nossa sexualidade não mais será um impedimento pro que quer que seja, acadêmico, afetivo, emocional, profissional etc.
Não posso deixar de mencionar o resgate histórico que ocorre na narrativa, recordando que antes de nós já houve um tempo em que segurar as mãos para uma simples foto, esse simples gesto, não era permitido/respeitado/bem visto etc. Além do fato, né, de que se estamos aqui tendo o proveito e a chance de aproveitarmos essa liberdade maior de sermos quem somos é e sempre será porque antes de nós outras pessoas marginalizadas lutaram para terem os direitos que não adquiriram em vida, mas que, olha nós aqui aproveitando desse presente deles... Isso me lembra muito de nunca nos deixarmos esquecer de nossa própria história, de estarmos sempre cientes de que falam através das coisas que podemos fazer hoje aqueles que um dia desejaram (e morreram) por essas coisas que a gente nem para pra agradecer pelo fato de que alguém, algum dia no passado, fez de tudo pra que a gente pudesse aproveitar algo que eles puderam apenas sonhar...
Para mim, foi imensamente significante ter assistido esse filme porque é com isso que eu sonho, um verdadeiro amor, alguém que se interesse por mim de verdade, em saber mais de mim, que faça eu me sentir incrível, sortudo, único e amado; alguém que se sinta incrível por estar ao meu lado e torça por mim e me apoie nos meus projetos, alguém com quem construir uma vida juntos. All I Want for Christmas, que chama? Mas me deixe citar algo mais: em uma certa cena do filme, Patrick pede para Hugo cantar e encoraja-o a fazê-lo. Que lindo! Houve, um dia, alguém que por mim fez o mesmo e, eu não vou mentir, mal posso esperar para que faça de novo em caso de nosso reencontro, se Deus quiser... Pelo tanto que fiquei encantado, preciso dizer que recomendo? Feliz Natal a todos!!! *-*
22/12/2020: Amei, amei!!! Já adianto meu lamento pelo cancelamento da série (sim, eu soube): Netflix, a canceladora, ataca novamente! Mas! Pelo menos, dessa vez, o final da série, em sua 3ª temporada, meio que pareceu um final mesmo, sem deixar aqueles fios/mistérios para uma futura temporada, que não teve, né...
Ainda assim, não deixou de deixar, né, tipo, a história dos índios não contou tudo. Não falou o que mais aconteceu com o resto deles, com os pais da menina, a escola conservadora (conservadores sempre atrasando o progresso e desenvolvimento das coisas com suas práticas opressoras!), bem como a própria indiazinha, tadinha. =\
Preciso dizer que amei a revolta dos estudantes, os protestos, bem como a denúncia de Anne pelo jornal. Que arraso! A gente deveria ser mais progressista assim! Ter mais empatia com os outros, suas dores e descer o ferro quente nos fascistas! Quem viu a série e não souber do que estou falando, lamento informar, mas viu errado, favor ver novamente!
É uma história de liberdade, de amor, de conhecimento, de descobertas, de educação e de muita responsabilidade emocional. Eu simplesmente amei! E fiquei muito grato pelas aproximações que a história teve com meu primeiro romance (que ainda vai ser escrito): o amor prevaleceu no final. Realmente, achei que todos aqueles desencontros, desencorajamentos etc. fossem determinar o que eles estavam sentindo separadamente um pelo outro, mas felizmente... aconteceu. *-*
Amei também as referências literárias de cada temporada. Para quem não soube, os títulos de cada temporada são citações de três grandes obras da literatura inglesa: Jane Eyre, de Charlotte Brontë (1ª temporada); Middlemarch, de George Elliot (sim, é o pseudônimo de uma mulher: Mary Ann Evans) (2ª temporada); e (a obra do meu TCC) Frankenstein, de Mary Shelley (3ª temporada). Eu também amei que eles usaram citações ao longo das frases dos personagens. Deveria haver mais séries que “bebessem” dessa maneira, ou de maneiras mais profundas, de grandes obras literárias, resgatando o poder de encantamento e reflexão que a literatura clássica assumiu em sua época. Ai, ai... *-* Preciso dizer que recomendo? *0*
11/12/2020: Primeiramente, comentarei que amei a definição em HD que a série adquiriu a partir dessa temporada! *-* Deixou tudo tão mais vivo! O Canadá (onde a série se passa) é tão lindo, tão cheio de paisagens de tirar o fôlego ou de nos manter contemplando por horas. *0*
Segundamente, preciso dizer que temporada da hora! A história toma dimensões cada vez mais profundas, toca em assuntos de hoje em dia, bebe da onda de desconstrução que estamos vivenciando e isso é tão consistente e necessário!
Terceiramente, amei que finalmente apareceram, ou foram mais explorados, né, os personagens LGBTQIAP+. Deviam haver mais séries assim, especialmente com protagonistas marginalizados. Estou amando, mas, ao mesmo tempo, lamentando que já vou terminar de tão curta que é essa série tão linda e preciosa. *-* D;
11/12/2020: Sem palavras! Desde o primeiro episódio, a série me ganhou. É muito cativante e dá muita, muita vontade de andar com Anne por todas as paisagens de Green Gables (ce sont des pignons verts qu’on les appelle ?). Que menina intensa! E que visão profunda sobre as coisas da vida numa idade tão prematura! Fiquei com muita vontade de ler Anne of Green Gables. Ah, não posso deixar de dizer que amei as referências a Jane Eyre, grande obra de Charlotte Brontë, que é também uma obra de desenvolvimento pessoal. Histórias de crescimento pessoal são inspiradoras e dão um ar tão grande de, “Ah, eu já passei por isso antes”, ou ainda, “será que vai ser assim quando chegar minha vez?”. Simplesmente amo! Só lamento por ter sido tão curta a temporada e também por ter sido cancelada. Mais uma vez a Netflix deixando pela metade séries tão boas... =\
Superverme
5.0 1Segunda mídia vista em occitano foi essa animação inglesa, dublada na língua. Faz com que o público seja lembrado da força do coletivo, tão facilmente subestimada hoje em dia. Aos interessados na dublagem occitana, que possui legendas em francês, aqui está:
https://player.vimeo.com/video/873991370
O Menino da Floresta
3.9 38Encantou-me, sobretudo vê-lo em occitano (a quem se interessar: https://player.vimeo.com/video/854926341 ). É de uma delicadeza e de uma profundidade de sentido tão ausente nos filmes que tomam as bilheterias hoje em dia... Certamente, ter-me-ia feito refletir sobre minha própria relação com meu pai, que me lembrou um pouco o pai do menino...
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 524 Assista Agora25/03/2022: Já tinha ouvido falar, mas esquecido assim como as coisas das quais ouvimos falar, mas que perdem a relevância da novidade em meio às experiências e novas memórias que vamos construindo com a vida. Tive novo acesso à sua existência hoje, 25 de março de 2022, durante a aula de Cinema Galego, pela USP (que desde já recomendo para quem se interessar pela Galícia, pela língua galega e, claro, pelo cinema galego). O professor exibiu um trecho e isso foi suficiente (abondo, em galego) para me instigar, baixar e ver por conta própria.
Trata-se de um filme alemão de 1920, da época que ainda não havia som (apesar de estranhamente ouvirmos as músicas de suspense). É um filme de mistério, suspense e tema psicológico. Muito, muito interessante! É simplesmente incrível que naquela época já se produzisse um filme com tamanha estrutura narrativa! Absolutamente fantástico e, sem dúvidas, revolucionário para a época! Coloquei logo nos meus favoritos porque realmente merece. Talvez, seja o filme mais antigo que eu já vi na vida. Minto! Ainda na aula, vimos Miss Ledyia, de 1916, um filme galego, que não entendi muito bem e vou voltar para (re)ver.
Mas sobre o doutor Caligari... É uma história dentro de uma história com todo aquele ar que só os filmes antigos possuem. Sem o som de vozes, somos convidados a ler as legendas que representam as falas dos personagens. Em se tratar de um filme altamente expressivo, o visual ou não-verbal contam e/ou adicionam muito aos significados que vamos construindo ao longo do longa, de modo que, em alguns momentos, por sabermos do que se trata, nem legenda possuem e somos deixados para interpretar o que pode ter sido dito entre os personagens. Quem tiver interesse de ver não vai precisar se preocupar com incompreensão, uma vez que o contexto permite a comunicação dos vários sentidos que emanam dessa obra fílmica.
Falei, falei, falei e não falei da história: é um homem chamado de doutor, certamente não por ter doutorado (não se revela isso), Caligari que se apresenta num parque de diversões com uma atração incomum: um sonâmbulo que conhece o passado e prediz o futuro. Há todo um mistério por trás desse homem e daquele que ele desperta para apresentar. Para saber qual, sugiro que vejam para apreciar essa obra do cinema clássico. Obrigado por ler! ^^
Supernatural: The Long Road Home
4.2 401/04/2021: The Long Road Home é um episódio especial da série Supernatural (2005-2020) no formato de documentário, que conta com comentários dos intérpretes de alguns dos personagens principais e outros igualmente memoráveis, como Jensen Ackles (Dean Winchester), Jared Padalecki (Sam Winchester), Samantha Smith (Mary Winchester), Misha Collins (Castiel), Rowena (Ruth Connell), Jim Beaver (Bobby Singer), Alexander Calvert (Jack), entre outros, além do criador da série, Eric Kripke. Eles comentam acerca de muitos pontos, eu diria, sobre os principais pontos que envolvem/compõem o universo de Supernatural: os irmãos, os monstros, os anjos, alguns dos convidados etc.
Um dos comentários que fazem e do qual ninguém pode discordar a respeito da série é justamente o fato de que a série tem um solo tão, tão fértil que de tudo era possível fazer, e eles fizeram: terror com comédia, com drama, com romance, com música, com referências a filmes, outras séries etc. A gente revê muito disso nesse especial. Além disso, citam também o fato de que Kripke tem/tinha muita fascinação com a meta-história, o metaenredo (história dentro de uma história que revela parte de como construído fora essa ou aquela história; no caso da série, revela as câmeras, os scripts, os atores nos bastidores etc.), que é justamente muito do que ele explora naqueles episódios que se passam em estúdios de TV, como o Hollywood Babylon (S02E18), o (hilário e meu favorito dos três) Changing Channels (S05E08) e o French Mistake (S06E15). Ademais, eles mencionam também o episódio em formato de anime, Scoobynatural, que é tão, tão massa! Há um comentário, não me recordo se de Misha, dizendo que, por ele, haveria toda uma temporada assim com um feat desse entre Scooby-Doo e Supernatural. Seria meu sonho? Poderiam investir não só porque seria sucesso, mas principalmente porque spin-offs estão aí pra explorar universos possíveis produzidos pelas séries de hoje em dia. *-*
Achei pouco tempo, não vou mentir, para falar de tanto, tanto que a série exibiu e que continua em algum lugar da nossa memória. Acho que os fãs fiéis da série vão amar assistir esse especial lindo e vão achar nostálgico e emocionante, tal como eu achei e me fez sentir. Faz-nos também sentir muita saudade das primeiras tramas, do clima e ritmo dos primeiros episódios, assim como das primeiras temporadas. Entretanto, atenção: há alguns comentários e cenas que são spoilers da 15ª temporada, então se forem assistir antes de verem a última temporada, já fiquem com esse aviso. Superentendo quem não vai sentir falta, quem já não via a hora de acabar (como se continuar ou acabar fizesse alguma diferença em suas vidas) e quem se deixa levar por um aborrecimento de as coisas não terem saído como queriam, mas para muita gente que encontrava um alento, um abraço, uma perspectiva diferente pela qual considerar o mundo entediante de hoje em dia, para pessoas assim, comigo incluso, vai fazer falta e nada vai conseguir substituir porque nenhuma outra série tem o que Supernatural tem: de tudo. Preciso dizer que recomendo? *0*
Sobrenatural (14ª Temporada)
4.0 141 Assista Agora01/04/2021: Gostei. Foi uma boa temporada, embora não tenha superado a anterior. Ainda bem que Michael não durou muito. Esses anjos assim... Ai, ai... Não gosto muito. Prefiro que estejam bem longe. Amei o episódio em que eles se reúnem em família. Já não era sem tempo, depois de trazerem tantos outros, de trazerem John de volta. Achei a morte de Mary desnecessária, e tão, tão... pouco justificada, mas entendi que puxou a reta-final da temporada e a volta de Chuck. Que bicho escroto! Não gostei. É do tipo de pessoa que nos vê arrumando algo, vai lá e desarruma tudo! Mas já estou sabendo que o que é dele está guardado. Assim espero.
Sem Ar
2.1 106 Assista Agora01/04/2021: Simplesinho, né? O conflito se desenrola todo em torno da relação de Brauen e Cartwright, que estão guardando cientistas em criogenia para que acordem quando o ar se torne respirável novamente. Eles são, para isso, acordados a cada seis meses para manutenção do lugar. No entanto, um dia, um incêndio corrói a cama/câmara/eu não tenho ideia do nome daquilo, onde um deles dorme, e aí se inicia a busca por um extra nos outros bunkers que rodeiam (porque são vários lugares assim na situação deles), mas descobrem que todos morreram há anos e parece que só eles sobraram. Apenas uma vez o exterior é mostrado/explorado, enquanto tudo se passa entre as salas escuras desse lugar misterioso. É interessante, não vou mentir, mas esperava que fosse um pouco mais complexo/massa, para um filme de ficção científica. Acho que exploraram pouca coisa, mas não chego a odiar, como alguns comentários abaixo. Estamos muito habituados a filmes do gênero com muito mais ação, duração e com uma aventura mais futurística, de fato, com armas do futuro, paisagens do futuro etc., tudo de mais complexo que vemos vendo em outros filmes com a temática.
O Sacrificio
2.0 64515/03/2021: A gente tem que consumir mais cultura de vez em sempre. Se ele tivesse visto a versão original, será que ele teria o mesmo fim? Passado. Esperem. Xô organizar as ideias. Trata-se de um remake do clássico de 1973, The Wicker Man (O Homem de Palha), mas diferente do original este com Nicolas Cage é mais leve, pelo menos durante boa parte do filme, e não é aquela pornô toda que tem no original. lol
E retomo a crítica que fiz na página do original: como é perigoso deixar nas mãos de uma só pessoa, de um ser (des)humano, a crença de tudo que deve nos guiar em toda nossa vida. Como garantir que algum dia não usarão a crença que nos fazem acreditar para fazer com que façamos mal aos outros? Como garantir que o que nos fazem crer é para o bem de todos e não apenas para o bem de alguns? Torno a repetir: como é perigoso acreditar em tudo que é proferido pela boca de uma única pessoa e de ver o mundo apenas com os olhos dessa pessoa. É um risco demasiado grande e que põe em perigo a vida de muita gente. Porventura, que valor é ensinado que têm as pessoas que não seguem as nossas crenças? O que se diz, por exemplo, nas igrejas acerca de quem não vai à igreja? E como o amor por essas pessoas é ensinado? É ensinado algum/qualquer amor por gente assim? Conheço algumas respostas a essa pergunta a partir de alguns grupos religiosos que visitei. É triste pensar que, se fosse aqui no Brasil, existem certas pessoas que se deixariam convencer tão facilmente de que a vida dos outros nada vale... Já pensaram o estrago que uma coisa assim, como a alienação, pode fazer? Agora, imaginem só se usassem isso para eleger um genocida, inimigo da vida dos outros. A analogia é intencional. Recomendo que vejam para refletirem sobre as crenças mais profundas que cultivamos...
O Homem de Palha
4.0 483 Assista Agora15/03/2021: Preciso dizer que é terrível? Agora, eu sei, ou pelo menos tenho uma ideia, de qual é a fonte de onde bebem filmes como Pânico na Floresta etc. Enquanto pesquisava, descobri que The Wicker Man se tornou um filme cult, um filme tomado como único, pioneiro e original. Tinha até um comentário de Christopher Lee, dizendo que foi o melhor filme que ele já fez em toda sua vida. Amado??? Eu não vejo como queimar uma pessoa viva possa ser algo bom (em nenhum dos contextos possíveis de encaixar uma coisa como essas). :| Vamos ter cultura diferente, mas vamos respeitar a vida dos outros, né?
É terrível o que uma crença cega pode fazer, né? E a gente crente que isso só tinha acontecido na Idade Média ou no tempo de Hitler, mas não. Sempre tem gente sem orientação, quase como se só estivesse esperando para que alguém a convença de fazer uma barbaridade... Porventura, não foi isso que fizeram nas eleições de 2018, convencendo 57 milhões de que valia a pena votar pela morte dos outros? Podem ver: muitos ainda hoje não veem a loucura na qual embarcaram... Outros, por outro lado, não veem assim e só acreditariam se rolasse o sangue solto, a barbárie de uma guerra civil, afinal as armas eram pra matar. Nunca vi pedreiro com arma para construir nada nem profissão alguma usando arma pra construir. Mas nossa pequena demonstração de barbárie está aí: a pandemia, que muitos estão com a vida dos outros nas mãos e agem como? Como fanáticos que matam por diversão. Sinceramente, espero nunca mais ter que viver numa situação dessa. O filme recomendo pra reflexão, mas também não pretendo rever, é demasiado forte.
Sobrenatural (13ª Temporada)
4.0 144 Assista Agora14/03/2021: Eu achei bem melhor do que a temporada anterior! Gostei muito dos episódios que foram em outra dimensão, sobretudo aquele episódio que é mais mulheres, as caçadoras da trama, do que homens. Um episódio, no entanto, que muito me chamou a atenção e não me esquecerei jamais é o Scoobynatural. Mano! Eles escolheram de Scooby-Doo, cadê você? Para quem não sabe ou não lembra esse é o clássico Scooby-Doo dos anos 60-70, por aí. E eu amo esses episódios! São os que chegam mesmo a assustar, por mais que as coisas se ajeitem sempre no final. Aff. Amo muito essa versão e vejo sempre que posso! Inclusive, penso que a verei quando terminar Sakura CardCaptors. *0* Mas voltando... >< Amei esse episódio e desejei tanto que tivesse outros assim, ou ainda toda um spin-off assim com os dois universos se misturando... *-* Seria meu sonho?
Eu gostei muito do fato de que Rowena não morreu, e ainda escolheu ajudar os rapazes. A bicha é má, mas sabe ser boa, e eu gosto tanto. *0* Gostei também da volta de personagens antigos, mas, sobretudo, gostei (amém, já não era sem tempo) do final do anjo caído. Lamento profundamente essa ou aquela perda (não disse do quê) durante a série, mas fico feliz por ter sido melhor do que a anterior.
Avatar: A Lenda de Korra (4ª Temporada)
4.2 19214/03/2021: Essa foi a temporada mais tensa e talvez a que eu mais me identifiquei com Korra: é uma temporada dura na qual temos que lidar com o fracasso da protagonista. Sabemos que cada pessoa reage de uma forma frente às derrotas da vida. E às vezes é bem difícil de focar em outras coisas, de ver o lado bom do que nos machucou. O trauma, presente em tantas outras mídias de nosso tempo, parece ter sido uma “herança” do pós-guerra, explorado bastante desde a segunda metade do século passado (década de 1960 pra cá). E é mais uma vez a nossa realidade: inúmeras pessoas convivem hoje em dia com as marcas do passado, os traumas, essas feridas psicológicas que nos tiram a paz a todo instante e nos impedem de avançar. Korra passa por isso antes de voltar para o caminho do equilíbrio. Não acreditar em si, estar no fundo do poço... Nem todo mundo sabe como reagir a isso, mas é preciso. A vida não acaba aí no fracasso, por mais dura que sido tenha a lição é preciso nos reerguermos, primeiramente por nós e, em segundo lugar, pelos outros, aqueles que amamos.
Não posso deixar de mencionar que odiei Kuvira. Que bicha odiosa! Ela chegava a ser bem mais repugnante que os vilões das temporadas passadas. Que mulher prepotente! Mais uma pessoa com aquele discurso que conhecemos, que favorece uns e desfavorece outros, que pretende unificar o país, o povo, a nação etc. Tudo discursinho de tirano. Ainda bem que Korra acabou com a raça dela, ou quase, né. Certas coisas eu não esperava. O final foi espetacular. Agora entendo de onde saiu a história de que ela é do Vale. Achei muito lindo o final e a comparação com o casamento de Zhu Li e Varick, mas gostei ainda mais quando Zhu Li finalmente exigiu que fosse tratada como igual por Varick (Jane Eyre feelings), esse aproveitador.
Então, recomendo toda a série não apenas por cada link com a realidade que conhecemos e cada lição que Korra aprende, mas sobretudo para que vejam que mesmo o Avatar pode ser falho como nós somos, e que, mesmo sabendo disso, muita gente ainda deixa a compreensão de lado para lhe apontar o dedo e condená-la. Sim, ela tem uma personalidade difícil e explosiva às vezes, mas ela é menos digna de compreensão por isso? Quem se qualificar para julgar isso, pode dizer. Mas aí, fica o questionamento: se o relacionamento que nós temos com os outros é um reflexo do nosso relacionamento conosco (de nós para nós mesmos), então o que faríamos se nos achássemos nos exatos lugares de erro que a Avatar esteve ao longo dessas 4 temporadas (, mas sem nossos pontos de vista)? Fica aí a reflexão. ó/
Avatar: A Lenda de Korra (3ª Temporada)
4.4 16814/03/2021: Foi uma temporada bastante tensa, né? Amei que surgiram mais mestres do ar e que o Templo do Ar foi reconstruído. Amei também o fato de que novos personagens e personagens antigos reaparecem aqui. Acho muito importante sobre todos os aspectos esse contato com o que passou. Mas foi, né, uma temporada que dizia muito respeito sobre o mal que dele não podemos fugir para sempre e que o melhor é afrontá-lo, enfrenta-lo de cabeça erguida, estando, claro, para isso preparados. Porém não só isso: é preciso entender também que às vezes a gente perde e é preciso sentir a derrota, o sentimento; é preciso nos permitirmos de sentir o sentimento para que ele vá embora depois. É preciso lembrar, assim como nas temporadas passadas, que sempre vai ter um tirano querendo ser eleito e ele vai tentar legitimar sua opinião de várias formas, seja com frases compreensíveis, seja com discursos simples, mas que comportam uma base maléfica, que exclui, que pretende separar, matar etc. Tudo que foge do amor ao próximo beira o extremismo, logo se o candidato quer ser eleito através do que fere o amor pelos outros não tem a mínima chance de ser um bom representante. Assim foi na primeira temporada, na segunda e também na terceira, tal como estamos observando no mundo, inclusive aqui no que resta desse país..., mas eu recomendo que vejam com seus próprios olhos, tá? ó/
Avatar: A Lenda de Korra (2ª Temporada)
4.1 214 Assista Agora14/03/2021: O mundo é sempre cheio de gente ruim, gente sem poder para fazer grandes maldades e causar enormes catástrofes. A gente nunca espera encontrar uma pessoa assim em nossas vidas, mas muitos de nós temos encontrado desde as eleições de 2018. Foi bem assim que eu vi essa temporada. Korra não esperava que o próprio tio fosse tão fascista a ponto de querer receber um espírito diabólico para destruir o mundo. Foi uma temporada bem interessante de conexão com o próprio ser, de estar sempre se examinando e se conhecendo para entender os próprios limites, mas também a própria beleza de ser. Entendi a proposta, sobretudo a perseguição e oposição ao que é naturalmente diverso e existente, como fora conduzida pelo vilão.
Mas podemos tirar um momento para apreciar a história do primeiro Avatar? Socorro! Que história massa! Eu realmente amei saber mais sobre, como começou, o que constitui um ser extraordinário como esse e tudo mais. Essa mitologia toda do que precede o mundo moderno de Korra foi muito bem retratada! Fiquei morrendo de vontade de assistir uma série toda disso, contando de cada ser, de cada cidade etc. Foi bem resumido, mas pense como foi bem feito! Outra Avatar que tenho muita curiosidade é aquela que precede Aang, parece, uma que o rosto é branco e é uma mulher, se não me engano. Queria muito saber sua história, por que assim se veste, quem enfrentou em seu tempo e de que males livrou o mundo que conhecia... Não só por isso, mas principalmente pelo fato de que conosco devemos estar, cada vez mais e sempre, conectados com nós mesmos é a razão pela qual recomendo essa temporada [e a série como um todo, (por mais que muitos dos comentários não reconheçam essa importância...)]. ó/
Avatar: A Lenda de Korra (1ª Temporada)
4.2 333 Assista Agora14/03/2021: Gostei muito de ter visto uma Avatar mulher, jovem aprendiz, com muito ainda a saber, como é o caso da maioria das pessoas ao longo de sua vida. Gostei também das conexões variadas e numerosas que a série animada teve com a realidade, além do supracitado, refiro-me também à conversa de unificação que o vilão dessa temporada teve, igualzinho muitos tiranos fascistas que vemos hoje em dia no mundo todo. Ainda não entendo o que as pessoas não gostaram nessa temporada. Ficam o tempo todo comparando com Aang. Diferentemente dele, ela não cresceu cerca de monges não, gente. E bem sabemos que monge é essa gente engraçada (refiro-me dentro do universo do anime) e, sobretudo, tranquila, zen, como chamam, coisa que Korra não teve a oportunidade de adquirir quando criança. Além disso, Korra erra muito e sempre para relembrar algo que nunca devemos esquecer uns sobre os outros: que somos humanos imperfeitos e sempre sujeitos a errar. Vejo muita ponte disso com a desconstrução selvagem de hoje em dia que aponta tanto o erro e condena as pessoas que é como se elas estivessem estragadas e sem conserto. Vamos olhar pra Korra com mais empatia? Recomendo! ó/
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista Agora16/02/2021: O filme estava em minha lista há um bom tempo por causa do título (Lost in Translation quer literalmente dizer, em inglês, ‘Perdido(a) na Tradução’), e eu, enquanto tradutor e estudioso dessa área tão instigadora, achei que ia encontrar altas demonstrações do que vinha estudando ambientadas, por exemplo, numa cultura diferente. Foi quase isso, mas quando li a sinopse eu fiquei com uma má impressão, com uma expectativa de que não ia gostar de algo que o resumo falara que aconteceria.
Mas do que trata, né? Charlotte (Scarlett Johansson) está no Japão com seu marido, fotógrafo, que está fazendo ensaios e tem que ficar trabalhando o tempo todo. Ela, por outro lado, não consegue se adequar ao fuso horário, ficando acordada à noite, sentindo-se mais estrangeira que tudo naquele país, onde ela não entendia nada. Gente rica tinha que parar de passar vergonha e aprender os idiomas dos lugares de vez em sempre. Parei. Mas é!
Do outro lado do filme (, mas bem do lado de Charlotte), uma outra narrativa toma espaço, a de Robert (Bill Murray), ator, estadunidense que nem ela, que também está no Japão a trabalho, mas que passa pelos mesmos problemas dela, a exceção de que vez ou outra ele possui uma intérprete. Então, Robert e Charlotte se conhecem e passam a sair de noite ou quando têm vontade para ir se divertir e matar o tempo por mais que nada compreendam do que as pessoas falam. Eles se tornam amigos, dividem seus problemas, tristezas e situações das quais não sabem como sair ou o que fazer. Ele, mais velho e ela, mais jovem. Por se sentirem aproximadamente da mesma forma, eles se entendem e isso é especial para os dois enquanto estiverem naquele local.
O tempo todo, quando não há quem interprete, somos colocados para não entender nada também (nem a dublagem nem as legendas fornecem tradução praqueles momentos), assim como os personagens, para, talvez, que sintamos o efeito de estar num lugar e nada entender e nem uma só palavra capturar para firmar/construir significado. Até os gestos (por serem conjuntos de signos constituídos por gente de uma cultura diferente e cuja carga semântica, portanto, difere dos gestos conhecidos por Charlotte e Robert) não são suficientes para apreender muito do significado que lhes é comunicado.
E, ao mesmo tempo em que eles não conseguem compreender o mundo de palavras e caracteres que os rodeia, ainda assim, eles são levados a formular significados, encontrando, inclusive, referências possíveis a seus próprios problemas, tal como Charlotte que pensa em seu casamento quando vê recém-casados num templo de Kyoto, ou Robert, ao perceber os resultados de sua última noite quanto a seu próprio casamento.
O filme também saca um mistério à la Machado de Assis, “traíram ou não traíram?” ao propor que os personagens se despeçam um do outro, ao final do filme, com beijos bem próximos da boca e, também de um mais direto. Eu, contudo, não acho que fora traição. Foi de despedida, despedida de amigos que se gostaram muito, mas que farão falta um ao outro. Esse foi meu receio ao ter lido a sinopse: achei que o filme, vencedor de altos prêmios em sua época, cairia na mesmice de romantizar traição em cima dos sentimentos de alguém desavisado para construir o romance dos personagens principais. Já deu, né, filmes que romantizam a cultura da traição? A gente pode ser e fazer melhor do que isso, e ainda ser honesto com o coleguinha de vez em sempre.
Eu gostei muito do filme, especialmente de todo contato estrangeiro que tiveram, seja com a língua e a cultura japonesa, seja com a língua alemã, que eu observei, sim, na sauna onde Robert aparece em mais uma situação de incompreensão: acompanhado, mas sozinho? Charlotte também. Ainda acho, no entanto, que a curiosidade os salvou e muito durante o enredo porque sair para viver, sair para ver com os próprios olhos, curiar, saciar os olhos com coisas diferentes; tudo isso, eu acho que foi essencial para que eles se conhecessem e para que fugissem desse mundo de incompreensão no qual tinham que ficar por um determinado tempo. E amei o abraço que deram na despedida, em que os gestos falaram amplamente mais alto do que qualquer palavra: eu baixo filme é para ver isso mesmo, essas atitudes de humanidade que tanto me alimentam a alma, me trazem a emoção bem aos olhos e me ajudam a enfrentar nosso país de hoje em dia e essa gente que fica o tempo todo falando que o país está uma maravilha, quando estamos à beira da ruína e sendo forçados a nos acostumarmos com a morte dos outros. Sinto-me completamente estrangeiro próximo dessa gente, e quero desesperadamente encontrar mais e mais quem me compreenda nisso aqui. Recomendo! ^^
Sobrenatural (12ª Temporada)
4.0 199 Assista Agora16/02/2021: É... Até que foi legal, mas não superou a temporada anterior a ela. Gostei muito de vários episódios e de vários monstros, mas não gostei nada dos homens de letras britânicos, aqueles canalhas (e aquelas mulheres terríveis? Tá repreendido! Gostei de nenhuma, mas saberia bem em quem teriam votado se fossem daqui...). Só Mick, né, personagem do Adam Fergus, aquele bichão. Até que comecei a gostar. Eu sempre simpatizo com alguém que pensa fora da caixinha e demonstra sentimentos por aquilo ou aqueles que fora ensinado a matar ou tratar mal. Só queria um final diferente para esse personagem. Acho que o desperdiçaram com o final que teve...
Gostei de Mary ter voltado. O combo sempre pode ser maior, mas não trouxeram John também. É uma pena que alguns caçadores tenham tido que morrer, sobretudo... Ai, ai... Eu lamentei muito por algumas mortes, principalmente pelas que teve no último episódio. =\
Os criadores de série deveriam entender que matar o personagem não é o melhor jeito de manter o público assistindo. Plot twists são sempre bem-vindos, inclusive entradas inesperadas, mas matar personagens... Ai, ai... Pior jeito de mexer com o psicológico de alguém.
Entendi qual foi a do final, mas... fica aí o questionamento: aquilo que nasceu foi mesmo o filho do anjo caído, foi o ator dos novos filmes de IT, foi aquele monstro () dos olhos verdes de Senhor dos Anéis (ou seria do Hobbit?), ou ainda terá sido Grendel, de A Lenda de Beowulf? Será que, finalmente, Supernatural vai enfrentar um monstro da literatura inglesa? LOL! Estou ansioso pra saber. ><
Sobrenatural (11ª Temporada)
4.1 351 Assista Agora14/02/2021: Foi uma boa temporada. Eu gostei muito do desenvolvimento das histórias paralelas, as das caças com a história de Amara. Ela era bem audaciosa e questionadora, né? Eu lembro de alguns momentos em que ela questionava os personagens na trama e eram questionamentos bem pertinentes, que não ouço nem de religiosos nem de quem se diz cristão, mas enfim.
Amei ter revisto personagens de outras temporadas (alguns dos quais não deveriam nem ter morrido), bem como novos personagens como Amara, que me lembrou muito Virgínia ou Verônica (?), aquela do orfanato das Chiquititas, mas da primeira versão, dos anos 90; e Billie, la faucheuse (a ceifadora), interpretada por uma atriz negra muito, muito talentosa, de nome Lisa Berry. Amei terem feito uso da visibilidade para artistas como ela, a quem não é dado chances de brilhar também, e para mim, ela simplesmente arrasou: que texto deram pra ela e que interpretação ela fez dele! Melhor ceifadora que já vi na série toda. Nem Tessa (das temporadas iniciais, 2 e 5, se eu não me engano) chegou a ser tão boa!
Gostei muito também de ter visto novos monstros e lendas das minhas favoritas. Amei que os roteiristas estão deixando um pouco de lado, apesar de não totalmente, essa história de anjo e tal, o que deixou as 4ª e 5ª temporadas meio meh..., mas que souberam costurar bem com os demais elementos que chegaram ao enredo desta temporada.
Não posso me esquecer de duas coisas: (1) Rowena, cujas aparições eu gosto muito e queria que ela fosse um pouco mais regular na série; e (2) a junção de forças que os representantes do bem e do mal fizeram no final da temporada. Foi simplesmente magnífico e me lembrou que, apesar de pensarmos diferentemente, ainda podemos nos unir todos contra o fascismo no nosso país...
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista Agora10/01/2021: Quel film magnifique ! Eu já conhecia a sinopse, mas havia esquecido a ordem e as consequências de certas cenas/decisões dos personagens. Estou passado que Regina George era Ines, literalmente: até mal-humorada ela era. >< Enquanto escritor, eu amei ter visto esse filme que nos leva aos tempos de alguns dos autores que conhecemos hoje em dia por clássicos, como Hemingway, Fitzgerald, entre outros intelectuais da época, como Dalí, Picasso, Gertrude Stein, Peter Cole etc. Não vou me esquecer de que é em Paris que se passa o filme e é uma cidade muito linda, fantástica, principalmente na chuva!
Claro que, apesar de ter escritores na trama, o filme também se estende para o que se convencionou chamar de a Bela Época (la Belle Époque), que se refere ao período do fim do século XIX (1890, por aí) até pouco antes ou por volta dos anos 20, 1920. É muito inspirador não só as conversas e passeios que eles fazem, como também o modo como as histórias, paralelas, se entrelaçam através de Gil, o personagem principal, interpretado por Owen Wilson, aquele bichão. Eu teria amado muito ter tido a oportunidade que ele teve de conversar com seus ídolos intelectuais preferidos. Seria meu sonho conversar com Edgar Allan Poe, Guy de Maupassant (muita falta do qual eu senti, afinal de contas o filme se passa em Paris e ele foi um grande escritor francês, inclusive da Belle Époque, mas como era um filme norte-americano, né, trouxeram mais celebridades estadunidenses da época...), Machado de Assis, José Lins do Rego, Beyoncé! Parei, mas não deixa de ser uma personalidade que me inspira muito!
Para escritores, o filme é um prato cheio, e eu gostaria muito de assistir outros para escritores, mas bem mais focado em escritores, escrita, ideias, imaginação etc. Certamente, eu ia amar. Ah, e este eu super-recomendo! ^^
Jane Eyre
4.4 6002/01/2021: É encantadora! Que produção interessantíssima! Fez muito, muito jus ao romance, apesar de algumas adaptações, como o jogo de... aquele dos espíritos, que não está no livro de Charlotte Brontë. Mas eu amei o fato de que pegaram muitas partes importantes e decisivas. Senti, claro, falta de algumas coisas, mas a atuação me pareceu compensar a falta de pequenos elementos. Foi muito bem produzida e deu pra comparar muita coisa com o original. A aparência dos personagens também foi algo bem marcante e apenas um ou outro foram diferentes do que pensei. Espero poder ver outras produções diferentes para com essa comparar.
Maiden Holmes
3.9 429/12/2020: De cara o nome me chamou a atenção porque, né, Holmes eu já ligo com detetive, com mistério e investigação: tudo que eu não gosto (pra não dizer o contrário). Sendo série chinesa e portando uma referência a um dos maiores personagens literários que amei conhecer só restava-me ver com meus próprios olhos de que se tratava Maiden Holmes (少女大人). E já adianto: amei e recomendo! É uma história muito linda e fofa! Eu tinha começado a ver, mas descobri que estavam lançando e a frequência com que eu assistia excedia a frequência de atualização dos episódios. Foi por isso que decidi ver The Princess Weiyoung (锦绣未央) (2016) primeiro e depois recomecei essa. Ainda tinha visto, eu acho, nenhuma série tão recente como esta, lançada entre agosto e setembro deste ano.
Mas sobre o que é? Su Ci (素瓷) é uma oficial (大人) do serviço de investigação a quem comumente é atribuída a missão de resolver crimes que os demais oficiais não conseguem decifrar. Num desses casos, logo no início, ela conhece Pei Zhao (裴昭), quem ela não faz ideia de quem é: seu ídolo, que anos atrás salvou sua vida e de quem ela conhece muitas histórias sobre, sobretudo porque, na realidade, ele é Príncipe Qi (齐王). Juntos, os dois participarão da resolução de muitos casos juntamente com Dong Rongshuang (董如双), quem eles salvam de ser sacrificada, Xie Beiming (谢北溟), que a salva e por ela se apaixona, e com Fei Yuan (飞鸢), que trabalha para Príncipe Qi. Com a resolução dos casos, eles descobrem que tudo estava conectado com graves problemas do passado e com uma surpresa do futuro: os atos de corrupção de Príncipe Yun (云王), que é tio imperial (皇叔) de Pei Zhao e de seu irmão, o imperador (皇帝). Isso tudo regado com muita comédia, romance, mistério, suspense etc.
Eu lamentei pelo fato de só ter 32 episódios e todos curtos, menos de 40min, mas mais ainda por ter acabado. É muito fofa, gente! Vocês precisam ver: Su Ci se disfarça de homem (não é um segredo da trama: desde o começo vemos claramente que ela é uma jovem mulher), afinal, né, para trabalhar com investigadora num tempo onde mulheres não eram esperadas de ocupar posições sociais que tradicionalmente eram apenas de homens seria um ultraje, um absurdo, e se fosse às custas de enganar o imperador, então, seria um crime punível com morte... Mas o que tem de fofo nisso? Não é essa a parte fofa, gente: é o fato de que Pei Zhao começa a gostar de Su Ci antes mesmo que ele saiba que ela é uma mulher. Como era fácil se fingir de mulher naquele tempo. A simples falta de uma barba (ou assim saem fazendo crer em vários dos dramas chineses) era suficiente para confundir o gênero de alguém. Então, apesar de ser casal nos moldes tradicionais (homem e mulher), tem todo um subtexto homossexual que possibilita uma leitura de como se fossem dois homens descobrindo sentimentos um pelo outro, e isso é feito de uma forma tão fofa que chega a ser engraçado.
A trilha sonora também é muito linda. Há duas músicas que eu gosto muito, a de abertura e a de encerramento. A primeira é Sou ou Não Sou Eu/Pode ou Não Ser Eu (是我非我), que eu vejo muita conexão com a questão identitária de alguém vivendo uma vida onde surgem questionamentos existenciais. É muito profunda! Um trecho é esse, “Quem eu fui anos atrás? Quem reconhecerá meu rosto? Aquele que vocês conheceram Será que sou eu ou por quem eu estou vivendo?” *0* A segunda se chama Esperando pelo Teu Retorno/Esperando pelo Retorno de Alguém (望归人). Muito linda, mas também muito triste porque não se sabe se eles se reencontram no final (da música, sim, aqueles que a cantam e lamentam, com saudades, estarem longe um do outro). ;( A trilha sonora completa pode ser conferida neste link ( https://www.youtube.com/watch?v=W-ouVv8rmyM&t=548s ). As duas músicas mencionadas são as duas primeiras.
Lamento novamente o fato de que só teve uma temporada curta, mas segue meu sentimento de que tenha uma segunda temporada, como algumas séries chinesas chegam a ter. Amei do começo ao fim e não vejo a hora de rever!! Super-recomendo!! *0*
Quem quiser assistir pode conferir de graça neste link aqui (as legendas são em inglês) de onde assisti: https://www.youtube.com/playlist?list=PLMX26aiIvX5r0EGy10Kzoy-OrNolAHUY3
The Princess Wei Young
4.4 2028/12/2020: Eu quase assisti essa série no ano passado, mas não me recordo o que me fez pensar duas vezes (ou três, né, como eles dizem na China: sim, no ditado deles eles dizem ‘três’ ao invés do nosso ‘dois’.) Mas sobre a série: É MAGNÍFICA, esplêndida! Amplamente completa, com tudo que tem direito e um bocado mais: um verdadeiro prato chinês cativante de vários sabores, pois de tudo tem. Tem ação, aventura, drama, romance, suspense, mistério, guerra, vingança, estratégia, sabedoria etc.
Li Weiyoung (李未央) é uma princesa da dinastia Liang do Norte (北凉朝), atacada e destruída, sendo ela (mais ou menos) a única que consegue escapar da emboscada com vida. Salva duas vezes por Tuoba Jun (拓跋俊), ela por ele se apaixona, mas é impedida de viver esse amor não só porque a mais bela da casa está por ele interessada, mas principalmente devido ao fato de que a família real (皇族) dele é quem está por trás do assassinato da família dela, e é justamente para lhes vingar que ela assume uma identidade que não lhe pertence e se aproxima cada vez mais da família real da dinastia Wei do Norte (北魏朝), isso se a própria família dentro da qual ela se infiltrou não acabar tirando-a do caminho primeiro! Tem vários outros personagens cujas construções são bem interessantes, pertinentes e que convencem maestralmente, como Li Changle (李长乐), Li Changru (李常茹), Tuoba Yu (拓跋余) e Chi Yunnan (叱云南), esse bichão interpretado pelo lindo Jin Han (金瀚). Os bonitos são todos do mal, já vou avisando. Kkk
É uma série longa, possuindo 54 episódios, com todas intrigas muito bem distribuídas, bem como suas resoluções e/ou consequências. Todos os atores pareceram novos para mim. Não registrei nenhum que já conhecera de dramas chineses passados. E foi maravilhoso saber que Tiffany Tang (唐嫣) e Luo Jin (罗晋), que interpretam os principais, são casados na vida real! *0* Li em algum lugar (ai, essa vida de fã) que eles se apaixonaram durante as gravações. Own. Você percebe o quão entrosados eles se mostram durante todas as cenas em que aparecem. Dá pra sentir o feeling, sabe, a sensação de que há algo mais ali de tão bem que eles se deram. 他们的关系太好了! (A relação deles é muito boa!). *-*
Não posso me esquecer de citar as músicas! Essa série tem uma trilha sonora maravilhosa! Amo muito a abertura, cantada por A Lin (黄丽玲), que se chama Se o Céu Amasse/Estivesse Apaixonado (天若有情). Outra linda, cantada pelos principais é Presente Celeste (天赋), um verdadeiro tributo ao bem que pode ser feito através do amor, o amor enquanto cura para feridas, bem como para o despertar de uma jornada interior; muito, muito linda! Outra que gosto muito é Outra Vida (来生), ou Próxima Vida, cuja voz é de Li Qi (李琦), em que o eu-lírico expressa seu pesar por se ver sem seu amor, perguntando-se o que fará da vida e a ausência de medo tanto da vida quanto da morte: “Se houver outra vida Eu espero pela tua persistência Por quem exatamente é que a mariposa está vivendo? Ela não tem medo da vida nem da morte”. Emocionante! ;( A última música que citarei, que é a quarta que gostei, chama-se Este Destino é Por Minha Causa (缘因我), interpretada pelo ator e cantor Jin Han (金瀚). Cada música citada encontra-se abaixo na ordem em que mencionei e com legendas em inglês, possuindo o primeiro e o terceiro vídeos cenas desse drama maravilhoso:
( https://www.youtube.com/watch?v=xkVMfQqj1Oo
https://www.youtube.com/watch?v=4TxQqNj0Qoc
https://www.youtube.com/watch?v=fZXCkHW6pcE
https://www.youtube.com/watch?v=OWkuLgyOmeA )
Ai, ai... O que dizer mais? Eu amei. Emocionei-me muito no/com o final! Tornou-se um dos meus dramas chineses favoritos e vou querer reassistir The Princess Weiyoung (锦绣未央) logo! Inspirou-me de inúmeras maneiras e me fez ver a vida diferentemente, que quando a gente ama, e é recíproco, a gente luta mesmo, passa por cima de inúmeras barreiras para salvarmos o relacionamento lindo que temos com alguém que nos faz tão, tão bem. Amei ter conhecido a história (que possui um plano de fundo histórico muito bem estruturado e que sentido faz dentro das conjunturas fictícias às quais fora adaptada), ter conhecido os atores, suas vozes maravilhosas e inesquecíveis, bem como as lições que essa tremenda narrativa me aportou. Sinto-me honrado, e desejo sempre que tenha continuação kkk (não vou mentir). Preciso dizer que/se super-recomendo? *-* Obrigado por ler! ^^
Encontro de Natal
3.4 39 Assista Agora24/12/2020: Que filme lindo, maravilhoso e perfeito! Eu realmente amei do início ao fim! E no meio, enquanto assistia, que eu fui atrás dos atores e descobri que eles são casados! Aaaaaaaa *-* Tão lindos juntos dentro e fora do set de gravação. *0* Mesmo quando se viram pela primeira vez (em verdade, eles se conheciam dos tempos de escola, sim, os personagens, Hugo e Patrick) eu já estava shippando porque eu sou desses! Haha
Amei, como citaram nos comentários abaixo, as várias piadas/indiretas/trocadilhos/referências a coisas de duplo sentido, mas sem pretensão alguma. Diferentemente de muitos filmes gays que já vi, esse não tem sexo, mas não deixa de ser menos incrível por isso. É lindo e fabuloso! Tem de tudo um pouco, drama, romance (afinal, é uma comédia romântica, mas mais romântica que comédia, pra você suspirar mesmo), mistério etc.
Amei também o fato de eles viverem num tempo mais tolerável, onde a homofobia não aparece, apesar de sabermos que ela infelizmente ainda existe, mas que lindo que é. Imaginem só: viver em um lugar onde as pessoas que você ama te amam de volta sem restrições ou impedimentos e que te respeitam por você ser quem é. Seria meu sonho? Nós sabemos que homofobia é um tema muito frequente em filmes nos quais figuram personagens LGBTQIAP+ (espero não ter me esquecido de nenhuma letra; kkk), como nós, mas fiquei feliz por termos um filme sem homofobia. Pelo contrário, temos gays em busca de suas paixões, perseguindo seus sonhos e sendo bem-sucedidos, apesar de sua sexualidade. É bom, sim, termos em vista a realidade que vivemos, mas também é maravilhoso (e da vida faz parte!) sonhar com um dia em que nossa sexualidade não mais será um impedimento pro que quer que seja, acadêmico, afetivo, emocional, profissional etc.
Não posso deixar de mencionar o resgate histórico que ocorre na narrativa, recordando que antes de nós já houve um tempo em que segurar as mãos para uma simples foto, esse simples gesto, não era permitido/respeitado/bem visto etc. Além do fato, né, de que se estamos aqui tendo o proveito e a chance de aproveitarmos essa liberdade maior de sermos quem somos é e sempre será porque antes de nós outras pessoas marginalizadas lutaram para terem os direitos que não adquiriram em vida, mas que, olha nós aqui aproveitando desse presente deles... Isso me lembra muito de nunca nos deixarmos esquecer de nossa própria história, de estarmos sempre cientes de que falam através das coisas que podemos fazer hoje aqueles que um dia desejaram (e morreram) por essas coisas que a gente nem para pra agradecer pelo fato de que alguém, algum dia no passado, fez de tudo pra que a gente pudesse aproveitar algo que eles puderam apenas sonhar...
Para mim, foi imensamente significante ter assistido esse filme porque é com isso que eu sonho, um verdadeiro amor, alguém que se interesse por mim de verdade, em saber mais de mim, que faça eu me sentir incrível, sortudo, único e amado; alguém que se sinta incrível por estar ao meu lado e torça por mim e me apoie nos meus projetos, alguém com quem construir uma vida juntos. All I Want for Christmas, que chama? Mas me deixe citar algo mais: em uma certa cena do filme, Patrick pede para Hugo cantar e encoraja-o a fazê-lo. Que lindo! Houve, um dia, alguém que por mim fez o mesmo e, eu não vou mentir, mal posso esperar para que faça de novo em caso de nosso reencontro, se Deus quiser... Pelo tanto que fiquei encantado, preciso dizer que recomendo? Feliz Natal a todos!!! *-*
Anne com um E (3ª Temporada)
4.6 571 Assista Agora22/12/2020: Amei, amei!!! Já adianto meu lamento pelo cancelamento da série (sim, eu soube): Netflix, a canceladora, ataca novamente! Mas! Pelo menos, dessa vez, o final da série, em sua 3ª temporada, meio que pareceu um final mesmo, sem deixar aqueles fios/mistérios para uma futura temporada, que não teve, né...
Ainda assim, não deixou de deixar, né, tipo, a história dos índios não contou tudo. Não falou o que mais aconteceu com o resto deles, com os pais da menina, a escola conservadora (conservadores sempre atrasando o progresso e desenvolvimento das coisas com suas práticas opressoras!), bem como a própria indiazinha, tadinha. =\
Preciso dizer que amei a revolta dos estudantes, os protestos, bem como a denúncia de Anne pelo jornal. Que arraso! A gente deveria ser mais progressista assim! Ter mais empatia com os outros, suas dores e descer o ferro quente nos fascistas! Quem viu a série e não souber do que estou falando, lamento informar, mas viu errado, favor ver novamente!
É uma história de liberdade, de amor, de conhecimento, de descobertas, de educação e de muita responsabilidade emocional. Eu simplesmente amei! E fiquei muito grato pelas aproximações que a história teve com meu primeiro romance (que ainda vai ser escrito): o amor prevaleceu no final. Realmente, achei que todos aqueles desencontros, desencorajamentos etc. fossem determinar o que eles estavam sentindo separadamente um pelo outro, mas felizmente... aconteceu. *-*
Amei também as referências literárias de cada temporada. Para quem não soube, os títulos de cada temporada são citações de três grandes obras da literatura inglesa: Jane Eyre, de Charlotte Brontë (1ª temporada); Middlemarch, de George Elliot (sim, é o pseudônimo de uma mulher: Mary Ann Evans) (2ª temporada); e (a obra do meu TCC) Frankenstein, de Mary Shelley (3ª temporada). Eu também amei que eles usaram citações ao longo das frases dos personagens. Deveria haver mais séries que “bebessem” dessa maneira, ou de maneiras mais profundas, de grandes obras literárias, resgatando o poder de encantamento e reflexão que a literatura clássica assumiu em sua época. Ai, ai... *-* Preciso dizer que recomendo? *0*
Anne com um E (2ª Temporada)
4.6 443 Assista Agora11/12/2020: Primeiramente, comentarei que amei a definição em HD que a série adquiriu a partir dessa temporada! *-* Deixou tudo tão mais vivo! O Canadá (onde a série se passa) é tão lindo, tão cheio de paisagens de tirar o fôlego ou de nos manter contemplando por horas. *0*
Segundamente, preciso dizer que temporada da hora! A história toma dimensões cada vez mais profundas, toca em assuntos de hoje em dia, bebe da onda de desconstrução que estamos vivenciando e isso é tão consistente e necessário!
Terceiramente, amei que finalmente apareceram, ou foram mais explorados, né, os personagens LGBTQIAP+. Deviam haver mais séries assim, especialmente com protagonistas marginalizados. Estou amando, mas, ao mesmo tempo, lamentando que já vou terminar de tão curta que é essa série tão linda e preciosa. *-* D;
Anne com um E (1ª Temporada)
4.6 759 Assista Agora11/12/2020: Sem palavras! Desde o primeiro episódio, a série me ganhou. É muito cativante e dá muita, muita vontade de andar com Anne por todas as paisagens de Green Gables (ce sont des pignons verts qu’on les appelle ?). Que menina intensa! E que visão profunda sobre as coisas da vida numa idade tão prematura! Fiquei com muita vontade de ler Anne of Green Gables. Ah, não posso deixar de dizer que amei as referências a Jane Eyre, grande obra de Charlotte Brontë, que é também uma obra de desenvolvimento pessoal. Histórias de crescimento pessoal são inspiradoras e dão um ar tão grande de, “Ah, eu já passei por isso antes”, ou ainda, “será que vai ser assim quando chegar minha vez?”. Simplesmente amo! Só lamento por ter sido tão curta a temporada e também por ter sido cancelada. Mais uma vez a Netflix deixando pela metade séries tão boas... =\