É possível, bem no fundo, que filmes de “horror” sejam meus tipos prediletos. O último que havia me deixado com ambígua receptividade foi o brasileiro “As Fábulas Negras”. Nele, inclusive, consegue na derradeira estória, o vórtice necessário para pô-lo como um positivo incomodo filme desse eixo. Aliás, poucos minutos de um conjunto que se fez mais instigante que tudo ocorrido em “A Bruxa” - Quem assistiu aos dois entenderá a referência. Entretanto, é muito atraente esse filme. Além de ter uma ambientação bem alçada no ambiente imaginário religioso e dualista que serviu de paranoia ao núcleo não pagão de parte retrograda da humanidade, também é bem intencionado em sua proposição, por ter em si, uma essência próxima de uma realidade indicativa em cima do assunto. Por outro lado, jamais o recomendaria para alguém que procura o gênero pelo caráter sanguinário de outros arremedos, o intuito aqui é o revés psicológico onde a parte sugestiva é mais forte que a demonstração descarada. Pena, no entanto, que o roteiro de Robert Eggers não acompanhe o nível do seu lado idealizador como diretor. Senti como cúmplice da “fabula”, a necessidade de uma crescente mais linear para que as situações não saíssem quase banais mesmo agindo em prol do contexto. No geral o resultado é fraco, mas ainda interessante.
No ano de 1991, “O Escaravelho do diabo” era o “romance” obrigatório da antiga quarta série do ensino fundamental menor na escola em que estudei. Por coincidência, além de ter sido o livro que retirou minha virgindade, lembro-me que no seu término, foi justamente em filme que minha mente infanto-juvenil lhe havia imaginado. Aliás, o cinema brasileiro sempre se alimentou de nossa literatura, e seria bem oportuno que os produtores lançassem um olhar especial sobre os livros da série vaga-lume. Não à toa, sempre os considerei como produtos ávidos para esse fim. Por ter o Edmundo (Marcos Rey 1925-1999) Donato, como um dos que mais li - salvo engano, ele se fez roteirista de algumas pérolas do nosso cinema - Assim acredito que não seria uma ideia ruim, se uma sequência cinematográfica de seus escritos fossem iniciadas por meio de “O mistério do cinco estrelas”. Só esclareço que “Escaravelho...” está longe de sedimentar um sonho cinematográfico de infância, mas obriguei minha ida ao cinema por extrema curiosidade. Por outro lado, livro é livro e adaptações muitas vezes deixam a desejar. Isso ocorre aqui, visto que alguma coisa se perdeu pelo caminho na mesma proporção em que decrescia minha expectativa. O elenco está ok, mas sem a devida importância como peças importantes de um quebra-cabeça. Muito por conta disso, não conseguem juntos com seu cauteloso diretor, entregar um final interessante... esse saiu bem chocho na verdade. Faço valer o seguinte: Não sei se hoje em dia esse tipo de leitura ainda pode ser aplicada para pré-adolescentes de 10 e 11 anos de idade. Afinal, é um tema pesado mesmo que seja empregado de maneira suavizada, e essa foi minha sensação o tempo todo no filme. Ou seja, que o diretor pensou manter-se conectado com o tom pueril. E mesmo que tenha atingido uma censura para os 12 anos, o problema é que não gera apelo nenhum para essa faixa etária e, tão pouco, um pai induzirá o filho a esse tipo de proposta como passatempo rasteiro. Por isso, caso saiam outros derivados dessa seara, evitem fazê-lo para o adolescente que só leu e sim para aquele que também já cresceu. Talvez assim, invés de gerar frustração gere um pouco de frio na barriga.
Apesar de hoje em dia Star Wars não cingir nenhum efeito sobre minha pessoa, a trilogia original, mesmo com os chatos ‘revisionismos’ de seu criador, ainda é memorável para minha infância. Até esperava odiar esse filme, mas não conseguir. E olhe que qualificações pejorativas não lhe faltariam: desnecessário, incoerente, repetitivo, burro cientificamente... Mas, como um produto de proposição incompleta, automaticamente ativou meu sentido de paciência. É possível também, que sua áurea mitológica lhe gere algum tipo blindagem saudosista - só espero que a franquia não cometa o erro de tentar sobreviver sem um legítimo Skywalker. Aliás, sem fazer 'spoiler', sua aparição é o único momento verdadeiramente grandioso do filme, o resto por enquanto fica como uma enganação tolerável.
A novela gráfica “O Cavaleiro das Trevas” de Frank Miller, sempre que é citada por meio de sua qualidade, vem seguida de comentários que enaltecem a teoria da superioridade intelectual do Bruce Wayne perante o Clark Kent. Quero dizer que ainda não li a obra, mas sua sinopse e presunção antecedem o próprio ato em si, até para os mais leigos nesse tipo de cultura. O problema para mim sempre foi aceitar tal disparate... Sinceramente eu nunca soube que o poder meta humano do Batman fosse ter um QI extraordinário como algo que vá além de sua conta bancária, ou, que amenamente, o forçoso tom pueril nos obrigasse a ver o Supermam como um possível herói acefálico. Além do quê, se a medida lógica é feita por desigualdade de força, é natural que a parte mais fraca arquitete no mínimo uma trapaça para forjar uma equidade na disputa. É isso que o Lex Luthor tenta fazer até hoje. Por outro lado, deve ser considerado o consenso contrário ao Superman, quando este se faz centrado em seu teor anacrônico de virtuosidade, muito oriundo de uma analogia messiânica como um salvador involuntário da humanidade. Detalhe esse, questionado pelo processo de “desencantamento do mundo” por qual estacionou parte pessimista dessa mesma humanidade. Ou seja, na atualidade torna-se crível questionar homens “categoricamente éticos” e até Deus. Pior então, quando esse Deus encontra-se materializado. É quando o sentido do imaginário perde totalmente seu foco pelo imediato. Nesse aspecto vejo uma amplitude discursiva por várias correntes teóricas. Mas é aí que o filme encontra seu principal obstáculo: o impasse do quê ele pode ser, com aquilo que o mundo quer que ele seja em meio a tudo o que seu universo particular possui para ser contado. E dentro de meu desejo pessoal para ir vê-lo, pensei: Seria esse filme assim imperdível? Infelizmente agora devo dizer que não é. Mas como eu sou um senhor de 36 anos, são nesses lapsos que compreendo porque até hoje eu nunca cresci. Ver o Superman em ação ativa minha infantilidade de maneira inacreditável. E como ele quase foi usado como um coadjuvante de luxo, o que seria um bom motivo para não ter gostado. Digo: mesmo sabendo que o conflito entre os dois é algo inexistente e alimentado apenas por fãs... seria um alento se tudo fizesse muito sentido. Repito que o pontapé político teórico é bem pertinente, mas não quando transformam o Batman em um pateta movido pelo seu egocentrismo (é evidente que sou da turma do escoteiro anacrônico), mas a justificativa para o desconforto de ambos é ridícula. De tal maneira, que o apaziguamento deles se faz com esperteza é verdade, mas frágil como todo resto. O roteiro é muito ruim. Eles condensam de maneira equivocada duas fases à parte dos heróis em uma, de maneira vergonhosa. A ação nem conta tanto porque é pouca e com tudo acontecendo por meio de uma edição desordenada. Além disso, tem herói que deve permanecer relegado ao seu universo de origem. E nem me refiro a aparição pífia do Aquaman na história, pois o que a Mulher-maravilha dá em acréscimo por sensualidade retira na mesma proporção em credibilidade. Por último, é um arremedo que não possui a intensidade que prometeu, porque o diretor se perder em sua própria ambição como porta voz corriqueiro de fantasias cinematográficas.
Realmente me satisfez como um produto descaradamente sacana e repetitivamente auto-reflexivo. Apenas acho que os vários momentos geniais (e o filme tem isso), não deixam ilesa a estória bem enfadonha na verdade. O vai e vem narrativo não dão o respaldo necessário para uma justificativa motivacional a nenhum dos personagens no filme, e, por mais que faça o esforço, a sensação é sempre de algo visto pela metade. Mesmo assim, ele consegue ser original no comparativo com outras coisas do gênero, ou subgênero... É o que eu posso dizer de algo que é infantil, mas que não serve para crianças.
Algo estranho me ocorreu na sessão de O REGRESSO. Se por um lado não consigo avaliá-lo abaixo das 4 estrelas, já que é um excelente filme, por outro, não consegui admirá-lo. Considero esse muito mais cinema que BIRDMAN, por exemplo, mas em momento nenhum me alarguei em cumplicidade com o protagonista. Aliás, vi mais sentido nos objetivos do Fitzgerald do que no do próprio Glass. Por isso, mesmo gostando muito de todos os trabalhos do diretor, acho que me perdi aqui em suas pretensões. Fiquei sem saber se ele quer separar Deus, homem, natureza ou se na verdade quer unificar tudo como uma coisa só, sabe-se lá! Enfim, nota dez pela beleza da obra, porém, enfraquecida por minha limitação contemplativa.
Como a média deste filme aqui é baixa (fato que até compreendo), vou defendê-lo por ter me conquistado. "Simpatizei" e me divertir com essa historia batida, e ainda o achei mais consistente que outras coisas mais alardeadas, do gênero, lançadas por ai em exaustão.
Confesso que Rocky é um dos meus filmes prediletos dentro de meu passado onírico e romântico. Ele é um produto cafona, tosco, mas tortuosamente edificante. É verdade que sempre se fez como o “tente outra vez” do Stallone, mas em uma vasta cinematográfica tão grande de picaretagens contínuas, entre todas, é a que se fez mais coerente. Afinal, onde mais poderíamos imaginar, dentro e fora das telas, o fim e o início de uma alegoria completando-se de maneira tão ímpar. E o público americano sabe disso. Não à toa, compraram a ideia de um sexagenário subindo ao ringue novamente em 2006 e dez anos depois agora com CREED. Calma que aqui Rocky é só o coadjuvante. E nada melhor que o respeito à senilidade alheia para mudar a mente das pessoas. Não só havia uma boa torcida por ele no Globo de Ouro, como lhe deram a preferência na fila. Sua vitória foi recebida com tamanho grado, visto os longos aplausos feitos de pé, que não será um espanto se ele realmente for contemplado com o Oscar. É o cinema americano em puro estado de autocontemplação. Mas Stallone é inegavelmente a alma desse novo filme. Vê-lo caindo sem ser por causa de socos é quase chocante de tão surpreendente. Só queria ter aceitado melhor a superestimação dada a CREED como um ótimo filme, já que o achei apenas ok. Na verdade ele é graúdo por causa do elenco que lhe engrandece. A estória não vai além do básico, e por pouco não se torna uma refilmagem do que a parte cinco deveria ter sido. Por isso, lamento que a relação do novo herói com a mãe comece bem, mas se torne descartável; que o romance, apesar da fragilização física da mocinha numa qualificação que lhe assemelha a Adrian, não funcione; e que a cena de sua corrida “solo”, mesmo bem filmada, seja meio canhestra. Evidente que não há como desmerecer o esforço do diretor em entregar o melhor de si e do elenco, a cena da primeira luta e a relação entre Rocky e Adonis são tão reais, por beirarem a perfeição, que não precisava de outro final combativo. É nesse momento que toda tentativa de firmação da marca Creed, quase põe o resultado de tudo que foi trabalhado no lixo. Sabemos quem é o protagonista do filme e que seu interprete conseguiu algo notável. Não sei se funcionaria fora da mitologia Rocky, mas seria ideal que não se estenda o que de honesto se obteve aqui com pífias continuações como já estão formulando. Para mim só resta a mensagem: Aposente-se em paz Stallone, pois você conseguiu superar sua fase de bibelô pomposo da era Reagan com muito louvor.
Quentin Tarantino é um dos poucos cineastas hollywoodiano que me rende ainda muito apreço. E isso não é nenhum mérito intelectivo, justamente pelo incrível lastro de popularidade que ele conseguiu com apenas oito longas em sua historia. Sua força é tão grande que conseguiu até unir amigos de outrora, hoje muito distintos(parte pessoal). Dentre os que lotaram a sala do cinema, inicialmente pensei tratar-se de um contingente proporcionado por uma falta optativa para o horário, em especial, pelo excesso de mulheres sem homens lhes acompanhando. Tal pensamento me foi negado na pós-sessão por causa do contentamento geral, e associação ao filme como um rebento que sai à cara do pai. “Tarantino é assim mesmo” – justificou uma amiga para outra. Quero lembrar que filme é um produto assexuado, mas esse aqui é para cabra-macho mesmo! Não só pela narrativa arrastada em algo com mais de duas horas de duração, como também pelo embrutecimento estético e involuntariamente misógino dos homens – a não ser que a aparição do Channing Tatum sirva para algumas como um alento. Mas filmes de Tarantino são reconhecíveis até por não cinéfilos de plantão. Como um cineasta autoral, isso é maravilhoso. Principalmente porque longe de fazer arte para agradar só a si mesmo, ele objetiva um retorno agradável da platéia, que por sinal, compra ingresso para obter, acredito eu, um prazer momentâneo. O problema é que ser fiel consigo mesmo pode lhe proporcionar também muita repetição. E todo gênio sabe disso. Considero KILL BIL vol. II como a sua obra-prima, por ser o ápice de seu maneirismo como um contador “revolucionário” de estórias. Talvez por isso meu desagrado com seus filmes posteriores. Como disse, aqui é inegável a sua marca, mas assim como "BASTARDOS e DJANGO", que possuem uma tentativa de eloquência mais abrangente, também minimizam a grandeza anterior de seus diálogos bobos e notórios por serem corriqueiramente realistas. OS OITO ODIADOS estaria no meio termo disso. E as pessoas vão elogiar os "discursos". Aliás, não é à toa que atores subjugados se saem bem em suas mãos, afinal, diálogos simples e reais são mais fáceis de serem transmitidos com sinceridade. Pena ter que desmerecer o conjunto deste filme, por considerá-lo forçoso nas motivações conflituosas. A sensação é que o único recurso apelativo intencional está só na potencialização da violência. Nesse caso nem Sam Peckinpah ou Sergio Leoni, e sim Sam Raimi é quem morreria de inveja. Misture qualquer Faroeste ao original EVIL DEAD, que lhe será dado o melhor “spoiler” controverso que existe. Concordo com que ver a lentidão meio inativa da primeira parte, como essencial para a ambientação em adequação ao cenário, mas discordo disso como positivo para a construção dos personagens, a não ser que todos fossem usados com a mesma medida, o que não foi. Gosto mais da primeira metade. Isso, em particular, implica uma cisma para com o título do filme: Seria ele fazendo uma analogia sarcástica contra possíveis detratores, se é que existe, de sua arte? Bom, no final das contas, fica a respostas dada a minha esposa ao perguntar sobre o que seria o filme... E isso importa? é Tarantino baby!
Uma das coisas que pensava em frente da telona, era na dificuldade que teria para comentar a trama sem cair no risco de entregá-la. Tanto porque, o enredo tende a ser o foco já que tecnicamente o filme se sai bem corriqueiro. Evidente que o maior problema das continuações estaria no nível altíssimo deixado pelo James Cameron nos dois primeiros filmes. A sensação que me dá é que quanto mais se adentra no futuro, apenas referenciado por ele, mais chatinho o filme fica... Justamente porque muito do seu encanto estaria no fator imaginário, sem contar, no risco de acabar com a áurea messiânica contida na figura do John Connor - Afinal, o filme existe para ele. Como disse, é difícil criticar a historia sem entregar, mas o filme peca no seu espírito revisionista ao apostar num protagonismo romântico de Sarah Connor, deixando os “exterminadores” como coadjuvantes mesmo. Situação que havia sido muito bem dosada na parte dois. E olhe que a presença de Schwarzenegger está igualmente justificada. Aliás, sua presença é o que mais vale a pena no filme, de tal modo, que já o forjaram (JASON X?) numa futura continuidade. Levando em conta sua importância mítica, que assim seja...
Não vou e nem preciso entrar no mérito ou demérito de qualquer respaldo que instiguem discursos apologéticos, ou não, sobre a política externa norte-americana para poder avaliar negativamente esse filme - e até existe um distanciamento narrativo que apontaria para certa neutralidade. Mas, mesmo que tenha o Clint Eastwood como ótimo contador histórias, eu vou resumir seu trabalho aqui apenas como correto. Sua opção por uma narração simultânea, dentro de uma proposta de conexão entre vida privada e profissional do referido soldado, me desobriga de qualquer escopo pretendido. Infelizmente, quando em “guerra” é muito pungente, mas inconvincente nos lapsos dramáticos.
Ávido por algo que me resgate do atual estágio de apatia, e movido por comentários que o apontaram como um divisor do “gênero”... Então, fui ao cinema. Como filme revolucionário penso que o aponte seja exagero, mas concordarei com seu viés qualitativo. O conceito visual atingido é espetacular, os planos e a montagem nos proporcionam um vislumbre muito legível do que realmente está acontecendo em cada tomada, ou seja, não existe a picaretagem de cortes rápidos para esconder a fragilidade do roteiro. O filme é o que é. Não existem variações na estória e sim a repetição da mesma coisa o tempo todo, só que em nível altíssimo - Talvez por isso não tenha considerado nenhuma cena grandiosa que o indicasse para mim como uma experiência particular. Mesmo assim, nenhum segundo do filme é desperdiçado pelo diretor e esse mérito já basta para separá-lo do resto. Li sobre reclamações machistas e não negarei que certa relevância ao apanhado feminino cause um estranhamento, em especial, porque deixar confuso a ideia de um protagonista. Em sua defesa farei uso da ausência de perspectiva do próprio herói que dá nome ao filme. De resto, tenho o MAD MAX II como um de meus filmes preferidos de infância, e sempre considerei sua sequência final o ápice da trilogia, e, julgando o que se ver aqui, me parece que o George Miller também. E se tiver alguém que merece elogios é ele, pois conseguiu atualizar um produto retrogrado hollywoodiano retomando com austeridade aquilo que sempre foi de sua autoria.
Só hoje eu consigo mensurar o quão maléfico foram as continuações dos Rockys e Rambos da vida... Mesmo sendo um produto que preconize a adrenalina do espectador, confesso que fui munido de muito coração (que justifico pela construção traumática em que se concluiu o filme), mas... sinceramente não dá para gostar de algo que descaradamente tenta lhe impor um atestado de estupidez no meio da testa... realmente não dá!
Nunca criei expectativas em cima deste filme, justamente por incluí-lo em todo o balaio de fanfarronada hollywoodiana. Se bem que detestar é quase impossível quando se tem boas cenas de ação que disfarçam uma "historinha" rasteira - e o filme existe para isso. O seu maior problema está no universo cinematográfico, em paralelo, que não podem ser ignorados. Não dá para ver esse filme sem levar em consideração a fantasia solo de cada um, pois sua consistência fica rarefeita e acaba gerando diálogos tolos e situações constrangedoras nessa insistência de conexão, exemplo: Na mitologia do universo Marvel o Capitão América, mesmo sem o seu apelo popular, sempre foi tratado como um semi Deus e é o verdadeiro líder dos vingadores. Como ele é representado pelo Chris Evans, que mesmo sendo palatável nessa incorporação, não consegue expressar confiança para sustentar esse "cargo", ele acaba tendo uma participação pífia no enredo. Aliás, quase todos estão nessa situação, exceto o Homem de Ferro, que vem a se tornar o verdadeiro protagonista. Ou seja, talvez quem o tiver como preferência penda a adorar o filme, mas não é o meu caso.
Esse filme me desconcertou... Se por um lado me divertiu bastante - diante de uma necessidade dobrada de atenção. Por outro, me deixou ávido a um resultado com mais concretude, principalmente porque a descrição das motivações pessoais e estruturais é evasiva. É como se os diálogos estivessem em ritmo diferenciado. Desta forma, a erudição do filme até pode surpreender ou fundir a cuca de alguns, mas no geral ela é bem básica. Mesmo assim, é o seu grande trunfo e retira do filme qualquer ensaio de monotonia. Talvez a alta densidade do tema se esgote na longa duração do filme, que nem precisava – já que nem sempre encontra respaldo em uma ou outra cena desinteressante, por exemplo: a forma como idealizaram o encontro final entre Pai e filha. Acho que o filme merece um pouco de atenção sim, só vejo como exagero lançá-lo ao patamar de obra prima.
Com certo receio diante do fenômeno a que atingiu esse produto cultural dentro imaginário mundial, ficava pensando o que de novo ele teria para o universo onírico feminino, pois enquanto filme regular nem mereceria tanto esforço. Será que elas nunca ouviram falar de “NOVE E MEIA SEMANAS DE AMOR” dos anos 80. Sempre brinquei com outros ícones do romance como “UMA LINDA MULHER”, por exemplo, por causa dos condicionantes que fundamentavam o entendimento das mulheres acerca de seu homem ideal, ou seja, bonito e rico apenas subtendido como um detalhe básico?! Aliás, não achava necessário ver esse filme porque arquitetava um comentário muito próximo do que já havia feito sobre “UM AMOR PARA RECORDAR”, por causa de seu debate em cima da capacidade feminina de enquadrar, o “seu” par, de maneira utópica. Mas, para minha surpresa, achei “50 TONS...” muito realista por sinal. Melhor, retire toda infantilidade e relevância que é dada ao masoquismo e ao contrato insistentemente mencionado, que as motivações dos personagens ficam dentro do plausível. É possível que o apelo sensível para mulher se construa em cima da figura de um “príncipe” (um pouco mais sujinho é verdade), mas no fundo o que funciona, são os mecanismos naturais de todo animal que no fundo objetiva uma cópula. Evidente que para os seres humanos tudo é mais complicado pelos impulsos pré-idealizados, no entanto, os elementos estão lá: o macho que quer seduzir a fêmea e a fêmea que, em contrapartida, induz ao macho uma sedução. Digo que humanamente falando esse tipo de jogo é corriqueiro no cotidiano, vai do milionário que busca a mulher de helicóptero depois do trabalho, ao que paga um hambúrguer de 3 reais com uma nota de 100 precisamente para encantar a “mocinha”. E é justamente no fantasiar a mudança de um homem, que a mulher absorve o que ela entende como romantismo no filme. Desta vez não vou me apoiar em Schopenhauer, justamente porque ele sabiamente credita à mulher o poder da escolha. Por isso, pretensiosamente e como forma de alerta, vou resumir da seguinte forma: Não é o Christian Grey que se apresenta como especial já que existem muitos dele por ai. Especial no filme seria a figura feminina... Ela transcende objeto puramente sexual me fazendo observar algo que até então não havia compreendido: A mulher nunca esteve em busca de um príncipe encantado. Seu desejo é um caminho contrario a essa vertente, no fundo ela só quer uma coisa: que um homem lhe veja como princesa.
Em meados de 1996 uma extinta revista de cinema e vídeo, trazia como matéria de capa, os 100 filmes mais famosos de todos os tempos. Baseando-se muito em resultados de bilheteria, entre eles estava o BATMAN de Tim Burton. Cada comentário curioso, acerca dos filmes, era sempre em cima de sua influência em contraponto a possibilidade de o mesmo não ter existido. Segundo a revista, sem o citado filme de 1989, “Michael Keaton ainda estaria em sua merecida insignificância”. Na época achei o comentário equivocado, mas passível de entendimento, justamente porque se o considero até hoje o melhor Batman, o faço mais por uma estima involuntária. Sei que soa oportunista elogiá-lo no momento e, embora mereça com louvor, não farei. Mas o engraçado é que todos os trejeitos habituais (leiam-se, suas técnicas de interpretação) estão todos presentes em BIRDMAN, ou seja, acredito que mais do que um aprimoramento individual, muito tem haver com um bom resultado de ocasião, ele está grandioso porque assim foi exigido. É um filme de conceito obrigatório, pena não ter uma linguagem mais ampla, a geração “redes sociais” pode não se enxergar, por exemplo. Talvez, por fomentar um tipo de metalinguagem autocrítica da arte de se intencionar arte, fique bem especifico. Sem ter a capacidade de mensurar meramente o quanto a farsa consegue alimentar-se da realidade, ou, que isso se der no inverso, afirmo que me sentir ofendido enquanto pretensioso comentarista de filme. Assim, tudo será sempre passivo de um relativismo, e às vezes somos tão cruéis quando emitimos uma opinião... Quando será que começamos a achar normal desqualificar algo de que se gosta tanto? Assistir esse filme até justificaria meu desgosto com a banalização da arte num sentido geral. Mas como são muitos os “críticos de merda” que não existem como eu, serei mais humano com quem ao menos se realiza por tentar. BIRDMAN é mais que um objeto fílmico, é o prelúdio sentimental de uma nulidade estrutural que agonia toda a humanidade...
Considero o filme muito bem elaborado. Ou seja, analisando-o quadro por quadro, consigo tecer elogios: O enredo é simplista, mas tem certa originalidade, o elenco está afiado, a direção é minuciosa. Agora, olhando todo conjunto, seu desenvolvimento fica a desejar... Talvez o título muito pretensioso tenha criado uma perspectiva mais exigente...
Fiquei muito tentado a dar cinco estrelas aqui no Filmow, infelizmente as alternâncias temporais em cima do pai da personagem, embora fundamentais para o entendimento, soam tão falsas. Fora isso, tudo é bem grandioso...
Não sei quanto aos outros, mas as adaptações da série CREPÚSCULO me deixaram arredio com filmes que chegam até mim pelo mesmo caminho. O bom disso se dá pela ausência de perspectiva positiva. Por esperar um lixo, acabei gostando, embora, não tenha despertado curiosidade quanto as suas sequências – A história é sempre um fiapo de idealismo messiânico com ensejos mega estruturais (é incrível como um pedacinho de localidade consegue sintetizar uma conjuntura mundial). Enfim, não chega a ser péssimo, mas dentro de uma fórmula populista, é só mais uma variação de JOGOS VORAZES, DOADOR DE MEMÓRIAS, A HOSPEDEIRA...
Achei o filme, com o perdão da palavra, brochante. Muito também por conta da ausência de vigor do protagonista (vou isentar os feitios aberrantes da Meryl Streep e Jeff Bridges). Há uma critica aos paradigmas de sociedade orgânica dentro de uma alegoria totalitária, porém, de forma estéril e bem previsível. Além de o filme ter a opção inicial fotográfica, em preto e branco, mais mal usada da história. Muitas presunções para pouco desenvolvimento. Até gosto de filmes curtos, mas não por estar apostando em continuações. Pareeeece inteligente, mas não é!
Se não estiver enganado, o filme original de 68 se passa no ano de 3978. Ou seja, com essa longitude temporal fica fácil assimilar uma re–evolução símia por conseqüência de uma catástrofe nuclear. Por isso, aceitar “origem e confronto” me parece mais um atestado de estupidez. Levando em conta também que a capacidade teleológica e cognitiva dos macacos é de causar inveja às minhas próprias limitações como humano. Brincadeira à parte, até queria dar mais que duas estrelas e meia, mas não consigo. Pelo sentimento dúbio que me causa quanto a qualidade, sei que é mais equilibrado que o anterior de 2011, mas está estruturado em um conceito que não me satisfaz. Se o roteiro fosse mais corajoso em enquadrar os humanos apenas de forma ilustrativa, uma vez que a batalha fica entre seres da mesma espécie, talvez fizesse minha cabeça.
O filme tem um bom nível técnico, a direção é segura, montagem bem elaborada. No entanto, o enredo mesmo compreensível se faz confuso por não encontrar apoio em personagens afetados demais. Seu teor de faroeste moderno ao final é até interessante, pena que desproporcional olhando todo o conjunto.
Quando vi o trailer de Guardiões pela primeira vez, imaginei logo que o filme seria um fracasso – talvez pela falta de popularidade do grupo, do protagonista... Uns seis meses depois o filme se consolida como a maior bilheteria em solo americano. Se merece tanto, não sei. Mas assim como em OS VINGADORES o clima juvenil e as personagens funcionam que é uma beleza, ou seja, bobinho enquanto filme, mas ótimo passatempo vendo-o com crianças.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraÉ possível, bem no fundo, que filmes de “horror” sejam meus tipos prediletos. O último que havia me deixado com ambígua receptividade foi o brasileiro “As Fábulas Negras”. Nele, inclusive, consegue na derradeira estória, o vórtice necessário para pô-lo como um positivo incomodo filme desse eixo. Aliás, poucos minutos de um conjunto que se fez mais instigante que tudo ocorrido em “A Bruxa” - Quem assistiu aos dois entenderá a referência. Entretanto, é muito atraente esse filme. Além de ter uma ambientação bem alçada no ambiente imaginário religioso e dualista que serviu de paranoia ao núcleo não pagão de parte retrograda da humanidade, também é bem intencionado em sua proposição, por ter em si, uma essência próxima de uma realidade indicativa em cima do assunto. Por outro lado, jamais o recomendaria para alguém que procura o gênero pelo caráter sanguinário de outros arremedos, o intuito aqui é o revés psicológico onde a parte sugestiva é mais forte que a demonstração descarada. Pena, no entanto, que o roteiro de Robert Eggers não acompanhe o nível do seu lado idealizador como diretor. Senti como cúmplice da “fabula”, a necessidade de uma crescente mais linear para que as situações não saíssem quase banais mesmo agindo em prol do contexto. No geral o resultado é fraco, mas ainda interessante.
O Escaravelho do Diabo
2.6 335No ano de 1991, “O Escaravelho do diabo” era o “romance” obrigatório da antiga quarta série do ensino fundamental menor na escola em que estudei. Por coincidência, além de ter sido o livro que retirou minha virgindade, lembro-me que no seu término, foi justamente em filme que minha mente infanto-juvenil lhe havia imaginado. Aliás, o cinema brasileiro sempre se alimentou de nossa literatura, e seria bem oportuno que os produtores lançassem um olhar especial sobre os livros da série vaga-lume. Não à toa, sempre os considerei como produtos ávidos para esse fim. Por ter o Edmundo (Marcos Rey 1925-1999) Donato, como um dos que mais li - salvo engano, ele se fez roteirista de algumas pérolas do nosso cinema - Assim acredito que não seria uma ideia ruim, se uma sequência cinematográfica de seus escritos fossem iniciadas por meio de “O mistério do cinco estrelas”. Só esclareço que “Escaravelho...” está longe de sedimentar um sonho cinematográfico de infância, mas obriguei minha ida ao cinema por extrema curiosidade. Por outro lado, livro é livro e adaptações muitas vezes deixam a desejar. Isso ocorre aqui, visto que alguma coisa se perdeu pelo caminho na mesma proporção em que decrescia minha expectativa. O elenco está ok, mas sem a devida importância como peças importantes de um quebra-cabeça. Muito por conta disso, não conseguem juntos com seu cauteloso diretor, entregar um final interessante... esse saiu bem chocho na verdade. Faço valer o seguinte: Não sei se hoje em dia esse tipo de leitura ainda pode ser aplicada para pré-adolescentes de 10 e 11 anos de idade. Afinal, é um tema pesado mesmo que seja empregado de maneira suavizada, e essa foi minha sensação o tempo todo no filme. Ou seja, que o diretor pensou manter-se conectado com o tom pueril. E mesmo que tenha atingido uma censura para os 12 anos, o problema é que não gera apelo nenhum para essa faixa etária e, tão pouco, um pai induzirá o filho a esse tipo de proposta como passatempo rasteiro. Por isso, caso saiam outros derivados dessa seara, evitem fazê-lo para o adolescente que só leu e sim para aquele que também já cresceu. Talvez assim, invés de gerar frustração gere um pouco de frio na barriga.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraApesar de hoje em dia Star Wars não cingir nenhum efeito sobre minha pessoa, a trilogia original, mesmo com os chatos ‘revisionismos’ de seu criador, ainda é memorável para minha infância. Até esperava odiar esse filme, mas não conseguir. E olhe que qualificações pejorativas não lhe faltariam: desnecessário, incoerente, repetitivo, burro cientificamente... Mas, como um produto de proposição incompleta, automaticamente ativou meu sentido de paciência. É possível também, que sua áurea mitológica lhe gere algum tipo blindagem saudosista - só espero que a franquia não cometa o erro de tentar sobreviver sem um legítimo Skywalker. Aliás, sem fazer 'spoiler', sua aparição é o único momento verdadeiramente grandioso do filme, o resto por enquanto fica como uma enganação tolerável.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraA novela gráfica “O Cavaleiro das Trevas” de Frank Miller, sempre que é citada por meio de sua qualidade, vem seguida de comentários que enaltecem a teoria da superioridade intelectual do Bruce Wayne perante o Clark Kent. Quero dizer que ainda não li a obra, mas sua sinopse e presunção antecedem o próprio ato em si, até para os mais leigos nesse tipo de cultura. O problema para mim sempre foi aceitar tal disparate... Sinceramente eu nunca soube que o poder meta humano do Batman fosse ter um QI extraordinário como algo que vá além de sua conta bancária, ou, que amenamente, o forçoso tom pueril nos obrigasse a ver o Supermam como um possível herói acefálico. Além do quê, se a medida lógica é feita por desigualdade de força, é natural que a parte mais fraca arquitete no mínimo uma trapaça para forjar uma equidade na disputa. É isso que o Lex Luthor tenta fazer até hoje. Por outro lado, deve ser considerado o consenso contrário ao Superman, quando este se faz centrado em seu teor anacrônico de virtuosidade, muito oriundo de uma analogia messiânica como um salvador involuntário da humanidade. Detalhe esse, questionado pelo processo de “desencantamento do mundo” por qual estacionou parte pessimista dessa mesma humanidade. Ou seja, na atualidade torna-se crível questionar homens “categoricamente éticos” e até Deus. Pior então, quando esse Deus encontra-se materializado. É quando o sentido do imaginário perde totalmente seu foco pelo imediato. Nesse aspecto vejo uma amplitude discursiva por várias correntes teóricas. Mas é aí que o filme encontra seu principal obstáculo: o impasse do quê ele pode ser, com aquilo que o mundo quer que ele seja em meio a tudo o que seu universo particular possui para ser contado. E dentro de meu desejo pessoal para ir vê-lo, pensei: Seria esse filme assim imperdível? Infelizmente agora devo dizer que não é. Mas como eu sou um senhor de 36 anos, são nesses lapsos que compreendo porque até hoje eu nunca cresci. Ver o Superman em ação ativa minha infantilidade de maneira inacreditável. E como ele quase foi usado como um coadjuvante de luxo, o que seria um bom motivo para não ter gostado. Digo: mesmo sabendo que o conflito entre os dois é algo inexistente e alimentado apenas por fãs... seria um alento se tudo fizesse muito sentido. Repito que o pontapé político teórico é bem pertinente, mas não quando transformam o Batman em um pateta movido pelo seu egocentrismo (é evidente que sou da turma do escoteiro anacrônico), mas a justificativa para o desconforto de ambos é ridícula. De tal maneira, que o apaziguamento deles se faz com esperteza é verdade, mas frágil como todo resto. O roteiro é muito ruim. Eles condensam de maneira equivocada duas fases à parte dos heróis em uma, de maneira vergonhosa. A ação nem conta tanto porque é pouca e com tudo acontecendo por meio de uma edição desordenada. Além disso, tem herói que deve permanecer relegado ao seu universo de origem. E nem me refiro a aparição pífia do Aquaman na história, pois o que a Mulher-maravilha dá em acréscimo por sensualidade retira na mesma proporção em credibilidade. Por último, é um arremedo que não possui a intensidade que prometeu, porque o diretor se perder em sua própria ambição como porta voz corriqueiro de fantasias cinematográficas.
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraRealmente me satisfez como um produto descaradamente sacana e repetitivamente auto-reflexivo. Apenas acho que os vários momentos geniais (e o filme tem isso), não deixam ilesa a estória bem enfadonha na verdade. O vai e vem narrativo não dão o respaldo necessário para uma justificativa motivacional a nenhum dos personagens no filme, e, por mais que faça o esforço, a sensação é sempre de algo visto pela metade. Mesmo assim, ele consegue ser original no comparativo com outras coisas do gênero, ou subgênero... É o que eu posso dizer de algo que é infantil, mas que não serve para crianças.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraAlgo estranho me ocorreu na sessão de O REGRESSO. Se por um lado não consigo avaliá-lo abaixo das 4 estrelas, já que é um excelente filme, por outro, não consegui admirá-lo. Considero esse muito mais cinema que BIRDMAN, por exemplo, mas em momento nenhum me alarguei em cumplicidade com o protagonista. Aliás, vi mais sentido nos objetivos do Fitzgerald do que no do próprio Glass. Por isso, mesmo gostando muito de todos os trabalhos do diretor, acho que me perdi aqui em suas pretensões. Fiquei sem saber se ele quer separar Deus, homem, natureza ou se na verdade quer unificar tudo como uma coisa só, sabe-se lá! Enfim, nota dez pela beleza da obra, porém, enfraquecida por minha limitação contemplativa.
Pesadelos do Passado
2.7 199 Assista AgoraComo a média deste filme aqui é baixa (fato que até compreendo), vou defendê-lo por ter me conquistado. "Simpatizei" e me divertir com essa historia batida, e ainda o achei mais consistente que outras coisas mais alardeadas, do gênero, lançadas por ai em exaustão.
Creed: Nascido para Lutar
4.0 1,1K Assista AgoraConfesso que Rocky é um dos meus filmes prediletos dentro de meu passado onírico e romântico. Ele é um produto cafona, tosco, mas tortuosamente edificante. É verdade que sempre se fez como o “tente outra vez” do Stallone, mas em uma vasta cinematográfica tão grande de picaretagens contínuas, entre todas, é a que se fez mais coerente. Afinal, onde mais poderíamos imaginar, dentro e fora das telas, o fim e o início de uma alegoria completando-se de maneira tão ímpar. E o público americano sabe disso. Não à toa, compraram a ideia de um sexagenário subindo ao ringue novamente em 2006 e dez anos depois agora com CREED. Calma que aqui Rocky é só o coadjuvante. E nada melhor que o respeito à senilidade alheia para mudar a mente das pessoas. Não só havia uma boa torcida por ele no Globo de Ouro, como lhe deram a preferência na fila. Sua vitória foi recebida com tamanho grado, visto os longos aplausos feitos de pé, que não será um espanto se ele realmente for contemplado com o Oscar. É o cinema americano em puro estado de autocontemplação. Mas Stallone é inegavelmente a alma desse novo filme. Vê-lo caindo sem ser por causa de socos é quase chocante de tão surpreendente. Só queria ter aceitado melhor a superestimação dada a CREED como um ótimo filme, já que o achei apenas ok. Na verdade ele é graúdo por causa do elenco que lhe engrandece. A estória não vai além do básico, e por pouco não se torna uma refilmagem do que a parte cinco deveria ter sido. Por isso, lamento que a relação do novo herói com a mãe comece bem, mas se torne descartável; que o romance, apesar da fragilização física da mocinha numa qualificação que lhe assemelha a Adrian, não funcione; e que a cena de sua corrida “solo”, mesmo bem filmada, seja meio canhestra. Evidente que não há como desmerecer o esforço do diretor em entregar o melhor de si e do elenco, a cena da primeira luta e a relação entre Rocky e Adonis são tão reais, por beirarem a perfeição, que não precisava de outro final combativo. É nesse momento que toda tentativa de firmação da marca Creed, quase põe o resultado de tudo que foi trabalhado no lixo. Sabemos quem é o protagonista do filme e que seu interprete conseguiu algo notável. Não sei se funcionaria fora da mitologia Rocky, mas seria ideal que não se estenda o que de honesto se obteve aqui com pífias continuações como já estão formulando. Para mim só resta a mensagem: Aposente-se em paz Stallone, pois você conseguiu superar sua fase de bibelô pomposo da era Reagan com muito louvor.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraQuentin Tarantino é um dos poucos cineastas hollywoodiano que me rende ainda muito apreço. E isso não é nenhum mérito intelectivo, justamente pelo incrível lastro de popularidade que ele conseguiu com apenas oito longas em sua historia. Sua força é tão grande que conseguiu até unir amigos de outrora, hoje muito distintos(parte pessoal). Dentre os que lotaram a sala do cinema, inicialmente pensei tratar-se de um contingente proporcionado por uma falta optativa para o horário, em especial, pelo excesso de mulheres sem homens lhes acompanhando. Tal pensamento me foi negado na pós-sessão por causa do contentamento geral, e associação ao filme como um rebento que sai à cara do pai. “Tarantino é assim mesmo” – justificou uma amiga para outra. Quero lembrar que filme é um produto assexuado, mas esse aqui é para cabra-macho mesmo! Não só pela narrativa arrastada em algo com mais de duas horas de duração, como também pelo embrutecimento estético e involuntariamente misógino dos homens – a não ser que a aparição do Channing Tatum sirva para algumas como um alento. Mas filmes de Tarantino são reconhecíveis até por não cinéfilos de plantão. Como um cineasta autoral, isso é maravilhoso. Principalmente porque longe de fazer arte para agradar só a si mesmo, ele objetiva um retorno agradável da platéia, que por sinal, compra ingresso para obter, acredito eu, um prazer momentâneo. O problema é que ser fiel consigo mesmo pode lhe proporcionar também muita repetição. E todo gênio sabe disso. Considero KILL BIL vol. II como a sua obra-prima, por ser o ápice de seu maneirismo como um contador “revolucionário” de estórias. Talvez por isso meu desagrado com seus filmes posteriores. Como disse, aqui é inegável a sua marca, mas assim como "BASTARDOS e DJANGO", que possuem uma tentativa de eloquência mais abrangente, também minimizam a grandeza anterior de seus diálogos bobos e notórios por serem corriqueiramente realistas. OS OITO ODIADOS estaria no meio termo disso. E as pessoas vão elogiar os "discursos". Aliás, não é à toa que atores subjugados se saem bem em suas mãos, afinal, diálogos simples e reais são mais fáceis de serem transmitidos com sinceridade. Pena ter que desmerecer o conjunto deste filme, por considerá-lo forçoso nas motivações conflituosas. A sensação é que o único recurso apelativo intencional está só na potencialização da violência. Nesse caso nem Sam Peckinpah ou Sergio Leoni, e sim Sam Raimi é quem morreria de inveja. Misture qualquer Faroeste ao original EVIL DEAD, que lhe será dado o melhor “spoiler” controverso que existe. Concordo com que ver a lentidão meio inativa da primeira parte, como essencial para a ambientação em adequação ao cenário, mas discordo disso como positivo para a construção dos personagens, a não ser que todos fossem usados com a mesma medida, o que não foi. Gosto mais da primeira metade. Isso, em particular, implica uma cisma para com o título do filme: Seria ele fazendo uma analogia sarcástica contra possíveis detratores, se é que existe, de sua arte? Bom, no final das contas, fica a respostas dada a minha esposa ao perguntar sobre o que seria o filme... E isso importa? é Tarantino baby!
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraUma das coisas que pensava em frente da telona, era na dificuldade que teria para comentar a trama sem cair no risco de entregá-la. Tanto porque, o enredo tende a ser o foco já que tecnicamente o filme se sai bem corriqueiro. Evidente que o maior problema das continuações estaria no nível altíssimo deixado pelo James Cameron nos dois primeiros filmes. A sensação que me dá é que quanto mais se adentra no futuro, apenas referenciado por ele, mais chatinho o filme fica... Justamente porque muito do seu encanto estaria no fator imaginário, sem contar, no risco de acabar com a áurea messiânica contida na figura do John Connor - Afinal, o filme existe para ele. Como disse, é difícil criticar a historia sem entregar, mas o filme peca no seu espírito revisionista ao apostar num protagonismo romântico de Sarah Connor, deixando os “exterminadores” como coadjuvantes mesmo. Situação que havia sido muito bem dosada na parte dois. E olhe que a presença de Schwarzenegger está igualmente justificada. Aliás, sua presença é o que mais vale a pena no filme, de tal modo, que já o forjaram (JASON X?) numa futura continuidade. Levando em conta sua importância mítica, que assim seja...
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraNão vou e nem preciso entrar no mérito ou demérito de qualquer respaldo que instiguem discursos apologéticos, ou não, sobre a política externa norte-americana para poder avaliar negativamente esse filme - e até existe um distanciamento narrativo que apontaria para certa neutralidade. Mas, mesmo que tenha o Clint Eastwood como ótimo contador histórias, eu vou resumir seu trabalho aqui apenas como correto. Sua opção por uma narração simultânea, dentro de uma proposta de conexão entre vida privada e profissional do referido soldado, me desobriga de qualquer escopo pretendido. Infelizmente, quando em “guerra” é muito pungente, mas inconvincente nos lapsos dramáticos.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraÁvido por algo que me resgate do atual estágio de apatia, e movido por comentários que o apontaram como um divisor do “gênero”... Então, fui ao cinema. Como filme revolucionário penso que o aponte seja exagero, mas concordarei com seu viés qualitativo. O conceito visual atingido é espetacular, os planos e a montagem nos proporcionam um vislumbre muito legível do que realmente está acontecendo em cada tomada, ou seja, não existe a picaretagem de cortes rápidos para esconder a fragilidade do roteiro. O filme é o que é. Não existem variações na estória e sim a repetição da mesma coisa o tempo todo, só que em nível altíssimo - Talvez por isso não tenha considerado nenhuma cena grandiosa que o indicasse para mim como uma experiência particular. Mesmo assim, nenhum segundo do filme é desperdiçado pelo diretor e esse mérito já basta para separá-lo do resto. Li sobre reclamações machistas e não negarei que certa relevância ao apanhado feminino cause um estranhamento, em especial, porque deixar confuso a ideia de um protagonista. Em sua defesa farei uso da ausência de perspectiva do próprio herói que dá nome ao filme. De resto, tenho o MAD MAX II como um de meus filmes preferidos de infância, e sempre considerei sua sequência final o ápice da trilogia, e, julgando o que se ver aqui, me parece que o George Miller também. E se tiver alguém que merece elogios é ele, pois conseguiu atualizar um produto retrogrado hollywoodiano retomando com austeridade aquilo que sempre foi de sua autoria.
Velozes e Furiosos 7
3.8 1,7K Assista AgoraSó hoje eu consigo mensurar o quão maléfico foram as continuações dos Rockys e Rambos da vida... Mesmo sendo um produto que preconize a adrenalina do espectador, confesso que fui munido de muito coração (que justifico pela construção traumática em que se concluiu o filme), mas... sinceramente não dá para gostar de algo que descaradamente tenta lhe impor um atestado de estupidez no meio da testa... realmente não dá!
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraNunca criei expectativas em cima deste filme, justamente por incluí-lo em todo o balaio de fanfarronada hollywoodiana. Se bem que detestar é quase impossível quando se tem boas cenas de ação que disfarçam uma "historinha" rasteira - e o filme existe para isso. O seu maior problema está no universo cinematográfico, em paralelo, que não podem ser ignorados. Não dá para ver esse filme sem levar em consideração a fantasia solo de cada um, pois sua consistência fica rarefeita e acaba gerando diálogos tolos e situações constrangedoras nessa insistência de conexão, exemplo: Na mitologia do universo Marvel o Capitão América, mesmo sem o seu apelo popular, sempre foi tratado como um semi Deus e é o verdadeiro líder dos vingadores. Como ele é representado pelo Chris Evans, que mesmo sendo palatável nessa incorporação, não consegue expressar confiança para sustentar esse "cargo", ele acaba tendo uma participação pífia no enredo. Aliás, quase todos estão nessa situação, exceto o Homem de Ferro, que vem a se tornar o verdadeiro protagonista. Ou seja, talvez quem o tiver como preferência penda a adorar o filme, mas não é o meu caso.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraEsse filme me desconcertou... Se por um lado me divertiu bastante - diante de uma necessidade dobrada de atenção. Por outro, me deixou ávido a um resultado com mais concretude, principalmente porque a descrição das motivações pessoais e estruturais é evasiva. É como se os diálogos estivessem em ritmo diferenciado. Desta forma, a erudição do filme até pode surpreender ou fundir a cuca de alguns, mas no geral ela é bem básica. Mesmo assim, é o seu grande trunfo e retira do filme qualquer ensaio de monotonia. Talvez a alta densidade do tema se esgote na longa duração do filme, que nem precisava – já que nem sempre encontra respaldo em uma ou outra cena desinteressante, por exemplo: a forma como idealizaram o encontro final entre Pai e filha. Acho que o filme merece um pouco de atenção sim, só vejo como exagero lançá-lo ao patamar de obra prima.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraCom certo receio diante do fenômeno a que atingiu esse produto cultural dentro imaginário mundial, ficava pensando o que de novo ele teria para o universo onírico feminino, pois enquanto filme regular nem mereceria tanto esforço. Será que elas nunca ouviram falar de “NOVE E MEIA SEMANAS DE AMOR” dos anos 80. Sempre brinquei com outros ícones do romance como “UMA LINDA MULHER”, por exemplo, por causa dos condicionantes que fundamentavam o entendimento das mulheres acerca de seu homem ideal, ou seja, bonito e rico apenas subtendido como um detalhe básico?! Aliás, não achava necessário ver esse filme porque arquitetava um comentário muito próximo do que já havia feito sobre “UM AMOR PARA RECORDAR”, por causa de seu debate em cima da capacidade feminina de enquadrar, o “seu” par, de maneira utópica. Mas, para minha surpresa, achei “50 TONS...” muito realista por sinal. Melhor, retire toda infantilidade e relevância que é dada ao masoquismo e ao contrato insistentemente mencionado, que as motivações dos personagens ficam dentro do plausível. É possível que o apelo sensível para mulher se construa em cima da figura de um “príncipe” (um pouco mais sujinho é verdade), mas no fundo o que funciona, são os mecanismos naturais de todo animal que no fundo objetiva uma cópula. Evidente que para os seres humanos tudo é mais complicado pelos impulsos pré-idealizados, no entanto, os elementos estão lá: o macho que quer seduzir a fêmea e a fêmea que, em contrapartida, induz ao macho uma sedução. Digo que humanamente falando esse tipo de jogo é corriqueiro no cotidiano, vai do milionário que busca a mulher de helicóptero depois do trabalho, ao que paga um hambúrguer de 3 reais com uma nota de 100 precisamente para encantar a “mocinha”. E é justamente no fantasiar a mudança de um homem, que a mulher absorve o que ela entende como romantismo no filme. Desta vez não vou me apoiar em Schopenhauer, justamente porque ele sabiamente credita à mulher o poder da escolha. Por isso, pretensiosamente e como forma de alerta, vou resumir da seguinte forma: Não é o Christian Grey que se apresenta como especial já que existem muitos dele por ai. Especial no filme seria a figura feminina... Ela transcende objeto puramente sexual me fazendo observar algo que até então não havia compreendido: A mulher nunca esteve em busca de um príncipe encantado. Seu desejo é um caminho contrario a essa vertente, no fundo ela só quer uma coisa: que um homem lhe veja como princesa.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraEm meados de 1996 uma extinta revista de cinema e vídeo, trazia como matéria de capa, os 100 filmes mais famosos de todos os tempos. Baseando-se muito em resultados de bilheteria, entre eles estava o BATMAN de Tim Burton. Cada comentário curioso, acerca dos filmes, era sempre em cima de sua influência em contraponto a possibilidade de o mesmo não ter existido. Segundo a revista, sem o citado filme de 1989, “Michael Keaton ainda estaria em sua merecida insignificância”. Na época achei o comentário equivocado, mas passível de entendimento, justamente porque se o considero até hoje o melhor Batman, o faço mais por uma estima involuntária. Sei que soa oportunista elogiá-lo no momento e, embora mereça com louvor, não farei. Mas o engraçado é que todos os trejeitos habituais (leiam-se, suas técnicas de interpretação) estão todos presentes em BIRDMAN, ou seja, acredito que mais do que um aprimoramento individual, muito tem haver com um bom resultado de ocasião, ele está grandioso porque assim foi exigido.
É um filme de conceito obrigatório, pena não ter uma linguagem mais ampla, a geração “redes sociais” pode não se enxergar, por exemplo. Talvez, por fomentar um tipo de metalinguagem autocrítica da arte de se intencionar arte, fique bem especifico. Sem ter a capacidade de mensurar meramente o quanto a farsa consegue alimentar-se da realidade, ou, que isso se der no inverso, afirmo que me sentir ofendido enquanto pretensioso comentarista de filme. Assim, tudo será sempre passivo de um relativismo, e às vezes somos tão cruéis quando emitimos uma opinião... Quando será que começamos a achar normal desqualificar algo de que se gosta tanto? Assistir esse filme até justificaria meu desgosto com a banalização da arte num sentido geral. Mas como são muitos os “críticos de merda” que não existem como eu, serei mais humano com quem ao menos se realiza por tentar. BIRDMAN é mais que um objeto fílmico, é o prelúdio sentimental de uma nulidade estrutural que agonia toda a humanidade...
Tudo Que Deus Criou
3.8 26Considero o filme muito bem elaborado. Ou seja, analisando-o quadro por quadro, consigo tecer elogios: O enredo é simplista, mas tem certa originalidade, o elenco está afiado, a direção é minuciosa. Agora, olhando todo conjunto, seu desenvolvimento fica a desejar... Talvez o título muito pretensioso tenha criado uma perspectiva mais exigente...
Walt nos Bastidores de Mary Poppins
3.8 580 Assista AgoraFiquei muito tentado a dar cinco estrelas aqui no Filmow, infelizmente as alternâncias temporais em cima do pai da personagem, embora fundamentais para o entendimento, soam tão falsas. Fora isso, tudo é bem grandioso...
Divergente
3.5 2,1K Assista AgoraNão sei quanto aos outros, mas as adaptações da série CREPÚSCULO me deixaram arredio com filmes que chegam até mim pelo mesmo caminho. O bom disso se dá pela ausência de perspectiva positiva. Por esperar um lixo, acabei gostando, embora, não tenha despertado curiosidade quanto as suas sequências – A história é sempre um fiapo de idealismo messiânico com ensejos mega estruturais (é incrível como um pedacinho de localidade consegue sintetizar uma conjuntura mundial). Enfim, não chega a ser péssimo, mas dentro de uma fórmula populista, é só mais uma variação de JOGOS VORAZES, DOADOR DE MEMÓRIAS, A HOSPEDEIRA...
O Doador de Memórias
3.5 1,4K Assista grátisAchei o filme, com o perdão da palavra, brochante. Muito também por conta da ausência de vigor do protagonista (vou isentar os feitios aberrantes da Meryl Streep e Jeff Bridges). Há uma critica aos paradigmas de sociedade orgânica dentro de uma alegoria totalitária, porém, de forma estéril e bem previsível. Além de o filme ter a opção inicial fotográfica, em preto e branco, mais mal usada da história. Muitas presunções para pouco desenvolvimento. Até gosto de filmes curtos, mas não por estar apostando em continuações. Pareeeece inteligente, mas não é!
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraSe não estiver enganado, o filme original de 68 se passa no ano de 3978. Ou seja, com essa longitude temporal fica fácil assimilar uma re–evolução símia por conseqüência de uma catástrofe nuclear. Por isso, aceitar “origem e confronto” me parece mais um atestado de estupidez. Levando em conta também que a capacidade teleológica e cognitiva dos macacos é de causar inveja às minhas próprias limitações como humano. Brincadeira à parte, até queria dar mais que duas estrelas e meia, mas não consigo. Pelo sentimento dúbio que me causa quanto a qualidade, sei que é mais equilibrado que o anterior de 2011, mas está estruturado em um conceito que não me satisfaz. Se o roteiro fosse mais corajoso em enquadrar os humanos apenas de forma ilustrativa, uma vez que a batalha fica entre seres da mesma espécie, talvez fizesse minha cabeça.
Sabotagem
3.0 259 Assista AgoraO filme tem um bom nível técnico, a direção é segura, montagem bem elaborada. No entanto, o enredo mesmo compreensível se faz confuso por não encontrar apoio em personagens afetados demais. Seu teor de faroeste moderno ao final é até interessante, pena que desproporcional olhando todo o conjunto.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraQuando vi o trailer de Guardiões pela primeira vez, imaginei logo que o filme seria um fracasso – talvez pela falta de popularidade do grupo, do protagonista... Uns seis meses depois o filme se consolida como a maior bilheteria em solo americano. Se merece tanto, não sei. Mas assim como em OS VINGADORES o clima juvenil e as personagens funcionam que é uma beleza, ou seja, bobinho enquanto filme, mas ótimo passatempo vendo-o com crianças.