Não dava nada por essa série e fiquei positivamente surpreso. Alta qualidade no roteiro, que conseguiu trazer questões mais atuais (foi muito bom ter um protagonista LGBTQIA+) e mesclar com uma ótima atmosfera de terror, que lembra bastante os primeiros filmes da franquia. Os personagens são legais, embora em alguns momentos os atores tenham parecido meio "travados" (principalmente o que faz o Jake, com a mesma expressão para qualquer situação). Mas de todo modo, no geral, foi muito divertido. O Chucy é um personagem muito icônico, e acho que essa produção fez justiça a ele. Por sinal, talvez o formato de séries seja um ótimo caminho para fazer um "revival" de franquias clássicas do horror.
Um excelente final para uma excelente série. É verdade que teve seus pontos baixos, mas no contexto geral foi uma jornada bem interessante de se acompanhar. Todos os personagens são complexos, e vamos de amar a odiar eles em questão de minutos. Tem alguns que são mais insuportáveis (oi, Arturo?), e outros que são memoráveis (Nairobi <3). E a história é em si simples, mas cheia de planos e reviravoltas muito legais que deixam qualquer um curioso pelo próximo episódio.
Mesmo para quem não gostou, precisa reconhecer que La Casa de Papel ajudou muito para que o grande público saísse um pouco das série zona de conforto dos EUA e pudesse explorar outras produções de outros países. Nesse ponto, a Netflix tem acertado muito e mostrado que tem muito talento e histórias boas para serem contadas.
Gosto de finais felizes, sim. Depois de toda a tragédia da primeira parte da temporada, esse final ficou perfeito pra mim. Sentirei falta de alguns personagens, especialmente do Professor que foi incrível nessa segunda parte. Grande série.
Uma série que aborda o extremismo religioso, a espetacularização da morte feita pela mídia e também os princípios humanos, nossas escolhas e responsabilidades. Tem algumas cenas muito pesadas e desconfortáveis que me deixaram revoltado, e a parte sobrenatural
poderia ter sido explicada, mas... quem sabe no futuro? Espero que tenha segunda temporada pois esse fenômeno que a série mostrou me deixou curioso, especialmente após o final.
Hellbound tá dividida em dois momentos: uma focada no detetive e a outra no produtor do documentário. Achei essa estrutura interessante, mas senti falta do personagem do "protagonista" da primeira parte pois achei que ele poderia acrescentar mais para a trama na segunda parte. Mas o seu arco foi bem fechado. A Min Hye Jin é adorável também.
A série mostra como o fanatismo cego persegue as pessoas, sendo capaz de destruir vidas com base em falsos preceitos. A "Nova Verdade" nada mais era do que uma organização criminosa que se escondia atrás de uma palavra de um Deus que eles mesmos inventaram, com suas próprias regras. Quem não estivesse de acordo com esses princípios, enfrentaria a tal "fúria divina". Enganavam uma população que tinha medo, e se promoviam com respostas prontas para ganhar seguidores fiéis. Assim, mais status. Mais dinheiro. Mais poder sobre todas as outras instituições sociais, até ser hegemônica, até ninguém ser capaz de dizer um "a" contra. Acho que fazer essa critica a forma como alguns homens conduzem a religião e sua fé é o grande trunfo dessa série, e creio que foi bem realizado.
Nos questianamos sobre a existência de seres divinos, e então sobre as ações que cometemos. O que seria o "pecado", então? Para quem acredita, existe aquilo que foi pregado por Deus (ou Deuses, no plural, uma vez que temos várias religiões), e aquilo que o homem distorce de acordo com sua vontade.
É uma série boa para debater vários aspectos sobre religião, fé, a própria corrupção do homem em busca de poder, também para ver os efeitos que esses discursos tem nas camadas sociais e como isso afeta o povo e suas crenças. Particularmente achei bem interessante, acno que tem espaço para mais coisas. Vale a pena ser visto.
Posso estar exagerando, mas absolutamente nada foi empolgante aqui. O plot do Jamie estava encancarado, então não havia muito para se descobrir. O método do Harry foi ainda mais profundo e perigoso, e eu diria que facilmente irresponsável em diversos momentos. É interessante como ele se aproxima do suspeito, mas aqui parece que foi feito de qualquer forma, sem nenhum cuidado, gerando situações incomuns (especialmente se considerarmos para um detetive experiente) e arrastadas.
Essa temporada se escondeu atrás de um debate filosófico interessante, é verdade. Alguns dos diálogos que invocavam sobre o homem e sua vontade, de estar acima do bem e do mal, de controlar a vida e a morte. A história acaba girando mais em torno da jornada e dos embates que os personagens tem consigo mesmos e com o mundo. Jamie e Harry são complexos, é verdade. E no início até achei que essa dinâmica foi bem construída, mas da metade para o final se tornou... chata. Uma repetição de perguntas. E isso gera o que comentei anteriormente, sobre os erros de um detetive, que pareceram bastante amadores.
Ao final, tudo foi intensamente ruim. Da metade até o fim da temporada senti que o roteiro não sabia mais o que fazer. Deu voltas e mais voltas, com personagens apáticos e desnecessários (Sonya entrou para... nada), e mostrando acontecimentos que, para qualquer realidade, seriam condenáveis. Um absurdo atrás do outro. Gosto do Harry, entendo o seu sofrimento e a dor que ele guarda, mas acho que abusaram demais de todos esses elementos.
Critiquei muitos aspectos de Modern Family, larguei a série na quinta temporada e voltei a ver faz umas semanas. E cheguei a esse final, lembrei de quando comecei a ver a série (na época de sua estreia) e toda semana procurava o episódio novo pois me divertia muito com essa família.
O series finale foi emocionante. É verdade que eu realmente acho que a série deveria ter sido finalizada antes, e que algumas temporadas estiveram bem abaixo do seu padrão de qualidade (especialmente após o sexto ano), mas creio que souberam finalizar até bem. Gostaríamos de ver outros finais para nossos personagens favoritos? Talvez. Mas da forma como ficou, pareceu bom para mim.
E afinal, a série nos ensinou muito. Mostrou que mudanças existem, que a vida acontece e você precisa lidar com isso, ao lado das pessoas que ama. Mostrou que não importa o tamanho do conflito, o amor é a resposta. E que ser diferente é algo fantástico, e que precisamos nos aceitar mais, abraçar mais, sentir mais. Pegue esses e vários outros ensinamentos e leve para sua realidade. Talvez ela não se torne mais fácil, mas pode significar uma baita aventura.
Anime inteligente, emocionante, delicado, com uma excelente arte e personagens muito interessantes. Algumas partes são presiveis, mas não deixam de ser chocantes. Na verdade, o fato de ser "presível" em nada atrapalha a trama do anime, pois mesmo assim continuamos naquela "descrença": "nossa, tô vendo, eu já sabia, mas não acredito!". Eu sei, não faz sentido. Mas é por aí. O roteiro tem algumas temáticas relacionadas a abusos como plano de fundo, o que torna a atmosfera da obra um pouco densa, mas pensei que poderiam ter abordado mais até mesmo como um alerta necessário. Já li que o mangá tem um final diferente, e mal posso esperar para ler. Mas o anime em si entregou um resultado fantástico, com um roteiro sensível e uma animação muito bonita, e com pouco tempo nós conseguimos gostar dos personagens. Para algo curto, esse aspecto foi até bem desenvolvido. Gostei muito.
Uma temporada de reestruturação para a equipe e que mostrou mais os sentimentos e vulnerabilidades dos personagens. A Dra. Sharon foi uma excelente introdução e sua dinâmica com o Ted foi muito bonita. Espero que agora passem a falar mais sobre questões de saúde mental no mundo esportivo e não tratem isso como se fosse um absurdo. Ted Lasso foi muito feliz na sua abordagem sobre ansiedade: ela não escolhe quem vai atacar.
Alguns momentos muito engraçados e felizes, outros tristes e alguns de pura raiva (obrigado, N***, seu traidor). Baita temporada. Ansioso pela terceira.
É uma baita de uma série divertidade, em vários angulos. Ela pega vários elementos diferentes dos "death games" e consegue criar um mundo só seu. Particularmente, achei bem diferente. Tem um vídeo bem legal da Mikannn em que ela explica sobre o universo da série e indica várias outras produções desse "gênero".
Há uma espetacularização da violência, mas creio que a crítica seja exatamente essa, de mostrar o quão longe o ser humano pode chegar. Enfim. Há vários temas legais aqui para serem debatidos, que tocam até na desigualdade social e na manutenção de uma elite. E tem outras questões que não foram respondidas e eu adoraria uma segunda temporada para saber algumas coisas, tipo:
O que aconteceu com o irmão do policial para ele ir parar ali? Quais os significados dos símbolos, cores e etc no jogo? O que aconteceu com os vencedores anteriores? Porque nunca falaram nada?
Boa série, tem muitas perguntas ainda. Veria mais, com certeza.
É uma abordagem muito interessante e eu diria que até necessária. Enquanto assistia o anime clássico, ficava me perguntando sobre as ações de outros cavaleiros enquanto os protagonistas estavam lutando. Essa ação das Saintias é algo muito legal, e o roteiro procura se encaixar em vários pontos do arco das doze casas. O lado ruim é que, infelizmente, não há desenvolvimento de personagem e nem de história porque não houve tempo para tanto. Com somente 12 episódios, não dá para explicar muito. E a animação é muito boa. Uma pena não ter ido pra frente.
Vigia, também conhecido como o precursor das tias da calçada fofocando sobre a vida alheia...
Falando sério, particularmente gostei bastante. A Marvel não se destaca no quesito animações (muito embora seja necessário lembrar das séries animadas dos X-Men e do Homem-Aranha da década de 90, que até hoje são consideradas por muitos fãs como ótimos exemplos de adaptações, e de fato foram de uma ótima qualidade) então essa aqui surpreendeu de forma positiva e entregou algo com contornos, luzes e cores diferentes do que estou acostumado a ver. E foi bom. As cenas de batalha são bem feitas. E tudo, claro, lembra muito mais o MCU do que o universo dos quadrinhos em si.
O What If... dos quadrinhos é sempre interessante, então senti falta da série adaptar alguns arcos das HQs (talvez algo relacionado a Guerra Civil, Reinado Sombrio, Vingadores: A Queda, Invasão Secreta, etc). Tem muitos arcos excelentes que podem ser adaptados para uma nova temporada, e espero que a próxima tenha
para aumentar ainda mais a riqueza de possibilidades no roteiro.
Gostei principalmente de dois episódios: o primeiro (com a Sharon Carter) e o quarto com o Doutor Estranho, que para mim foi uma ótima abordagem sobre o quão poderoso o personagem é. Mas de forma geral foi uma série irregular, com alguns episódios bons e outros bem abaixo do que se espera. É legal ver universos de personagens completamente descaracterizados, com origens diferentes e personalidades absurdas e etc, mas nem todos os episódios funcionaram bem.
Uma minisérie que explorou muito bem o extremismo religioso e a fé cega. Em muitos momentos, os personagens buscam a religião como escudo para justificar seus atos insanos - algo bastante comum na nossa realidade. Se apegar a um conjunto de imagens e orientar a sua vida com base em determinados ensinamentos não é um problema. O problema real é quando você impõe suas crenças para todos os outros como as únicas possíveis, como as mais corretas. E aí entramos no campo da intolerância religiosa, que já ceifou milhares de vidas ao longo da História da humanidade e continua fazendo vítimas até hoje. A figura do Xerife serve para mostrar como muitos ditos "cristãos" veêm outros cultos e modos de uma forma completamente errada.
Essa produção também ofereceu muitos questionamentos sobre a vida e a morte. Afinal, quem nunca pensou nisso? Para onde vamos ao morrer? O que acontece no momento em que nossa consciência deixa de existir? Destaco aqui o excelente diálogo entre Riley e Erin no episódio 4, e a passagem incrível dela no final da temporada, que foram bastante fortes e sensíveis. Ao lado do episódio 6, considero como os pontos mais altos da série.
O terror até fica em segundo plano. A explicação para o que ocorre até deixa de importar quando notamos o objetivo da série, que não é chocar e fazer "jumpscares" toda hora (embora tenha, sim, uma vez ou outra). O objetivo é talvez mostrar o indivíduo na procura por algo. O Riley, por exemplo, estava procurando um "motivo", algo pelo qual viver após o que fez. Aquele pequeno vilarejo estava procurando um guia, uma nova vida e dias mais alegres. Cada um ali com um jornada diferente, procurando algo, uma peça que faltava dentro de si. Os personagens são fragmentados, apáticos, apenas peças ambulantes. Essa busca por respostas para acalmar o que nos inquieta não é algo que todos fazemos? A série apenas mostrou que a fé pode ser um caminho, o problema é quando ela se torna demais.
Fiquei positivamente surpreso. O ritmo lento da produção pode desagradar alguns, e outros que esperavam um "terror mais intenso" também podem ficar um tanto decepcionados. Em todo caso, foi algo um pouco diferente das produções que abordam temáticas religiosas - especialmente devido a riqueza dos diálogos - e consegue despertar uma curiosidade. Vale muito a pena.
A proposta de uma nova versão para uma nova geração é sempre muito bem vinda. Nesse sentido, o anime cumpriu muito bem o seu papel. Porém, é impossível não comparar com o primeiro Digimon Adventure (por mais que tenha fãs mais extremos que defendam a nova versão e achem o efeito de comparar algo absurdo. Não é. E mesmo sem isso, o remake ainda tem muitas falhas).
Houve um claro exagero no protagonismo do Taichi. Até o Yamato, que dividia esse cenário com ele, ficou totalmente em segundo plano, em episódios que nem aparecia, enquanto o Tai aparecia em todos (a maioria, de forma completamente desnecessária). Isso travava muito o desenvolvimento e autonomia dos outros digiescolhidos, que ficaram abaixo de "coadjuvantes". Não houve história para eles.
A animação, em muitos momentos e cenas cruciais, falhou. Personagens se movimentavam mal, cenas de batalha, mesmo com novas digievoluções, não empolgavam. A trilha sonora foi boa, nostálgica. A abertura é linda. Mas as animações foram, de forma geral, muito genéricas e não passaram nenhuma emoção.
Aliás, esse é outro ponto: o drama é inexistente. Mesmo quando os personagens parecem sem saída, a gente sabe que o roteiro colocará o Tai como um "salvador", logo não há qualquer sentimento de perigo real ou mesmo motivos para os digiescolhidos terem medo. Nem o TK e a Hikari, que sempre conseguiam arrancar mais do lado dramático da trama, conseguiram se destacar. E isso porque o enredo (por muitas vezes confuso e muito lugar comum) tratava sobre digimons sagrados. E nem os dois, com Patamon e Tailmon, tiveram espaço.
A nota é 4 pela nostalgia que Digimon me proporciona, pelos bons sentimentos que guardo do primeiro que vi quando criança. A nova versão tinha um potêncial enorme, mas para mim não funcionou. "Ah, mas isso porque você esperava um novo Digimon Adventure de 99", não. Nada disso. Quando vi que o roteiro tratava de digimons sagrados e era outro rumo, fiquei muito empolgado. Uma nova história, um novo olhar. Se fosse para ver o mesmo que o primeiro com uma animação "melhor", não faria sentido. O problema é que esse remake em si... é ruim. Sem comparar com nenhum outro anime da franquia, ele por si só é raso e falha no conexão com quem o assiste. Enfim. Havia algo muito bom no começo, mas para mim foi mal executado.
A temporada me pareceu muito de "transição para algo maior". Apostou no desenvolvimento de personagens e em tramas mais lentas. Foi uma temporada inteira entregando uma "ameaça x", preparando o terreno para algo que só poderemos ver no próximo ano. Não achei tão interessante, acabou sendo a mais fraca para mim. Mas teve alguns momentos positivos, tais como a exploração do poder dos heróis (especialmente o desenvolvimento do Midoryia), o lado mais pessoal do Endeavor e de sua família, apresentação de personagem que pode vir a acrescentar no enredo e a boa construção para o lado dos vilões.
Anime muito interessante que levanta questões morais e nos passa várias reflexões sobre humanidade, sacrifícios e jornadas. A história é contada de forma muito sensível, com vários momentos intensos, tristes e pesados (como toda a história do Hyakkimaru, desde seu nascimento, e claro da Dororo que claramente sente muita falta de seus pais). É nessa busca por algo que falta para ambos que Hyakkimaru e Dororo se encontram, e em muitos momentos se complementam, se apoiam, como se fosse "eles contra o mundo".
Acima de tudo, é uma história sobre dor e perda. E como lidar com esses sentimentos. Hyakkimaru tem seu corpo sacrificado em nome da prosperidade de um povo, mas ele não teve escolha. Ele não teve chances de se defender. Ele foi oferecido a um mar de sofrimentos para que outros pudessem ser temporariamente felizes. E assim o anime nos toca na questão se isso é certo ou errado: o sacrifício de um em nome do bem maior. Mas aí que vem a pergunta: esse "bem", essa "paz", é realmente legítima? Foi construída tendo a pele de um ser inocente como base. Então, como ela poderia ser realmente boa? Parece uma mentira, algo que não foi "conquistado", mas sim simplesmente dado. E Hyakkimaru que ficou como vilão por tentar recuperar o que era dele. Nesse aspecto, o roteiro consegue despertar facilmente um sentimento de revolta. É impossível não ficar com raiva com as frases do tipo "você não pode recuperar o corpo, ele é nosso" e etc. A desumanização aqui é evidente, sendo outra temática bem explorada mais para o final da obra.
Não é um anime que vai te fazer rir (alguns momentos são mais leves, mas são poucos), e sim pensar na sua própria humanidade e também a te convidar a se colocar no lugar de um personagem ficticio e seus dramas. É um roteiro muito convidativo, que através das inquietações internas de seus personagens, consegue conversar conosco. Outro ponto positivo é a animação, que foi realmente bem feita. E a forma como abordam a cultura, religião e mitologia japonesa (sempre muita rica). Belo anime.
Temporada muito boa. Gostei muito da Kate e da volta da Audrey. Chloe bem diferente. Sempre fica a curiosidade de saber o que aconteceu nesse tempo (no caso, quatro anos desde os acontecimentos da oitava temporada) e isso foi bem explicado aqui. Todas as lacunas foram preenchidas.
O final... foi bem feito? Sim. Mas sou adepto dos finais felizes (quando bem feitos) e achei que, pelo menos agora, o Jack iria ganhar alguma paz. É de cortar o coração a forma como ele, novamente, se despede da Chloe, e reafirmando o que nós já sabemos: que ela era sua melhor amiga. Foi um final corrido para uma temporada relativamente simples (sem acontecimentos mirabolantes, embora o plot dos drones tenha sido bem legal e rendido ótimas cenas de ação), mas passa.
Por enquanto, esse é o final de 24 Horas... quem sabe Bauer não volta outro dia?
Temporada muito boa. Não inventou muito, trouxe velhos plots, mas fez de uma forma que continuasse despertando o interesse do espectador. Alguns personagens perderam completamente o caminho, e essa mudança foi interessante para ver o quão dispostos eles estavam para conseguir o que querem.
Mais um dia em que a única coisa que o Jack quer é ficar longe de confusão. Agora ele tem uma família. Mas o puxam de volta. Quando finalmente descobre minutos de felicidade, isso é retirado dele de forma brutal. Eis um personagem que conhece todo o tipo de dor e sofrimento imaginável, e o roteiro não suaviza para ele.
A cena final foi simplesmente linda e bem feita. Foi um ótimo tom e considero uma excelente forma de "encerrar" a série (na época, nem imaginavamos o Live Another Day). Chloe e Jack é de longe a melhor dupla de 24 Horas, e eles se entendem mesmo andando em caminhos opostos e entendendo que isso as vezes vai além da vontade de ambos. Em muitas cenas, Chloe é o lado que "humaniza" o Jack, que o traz de volta para a realidade.
A premissa dessa série é simples: um técnico de futebol americano passa a treinar um time de futebol da Premier League. Tem todos os clichês de sitcons? Tem. Mas "Ted Lasso" consegue ir além disso, e passar uma experiência de conforto e alegria para quem assiste. Essa série apareceu no momento certo.
O humor inteligente e sutil é bem dosado com as cenas dramáticas, de forma que fazia um bom tempo que não assistia algo tão bem equilibrado e que poderia nos fazer sorrir involuntariamente e também emocionar. Nada aqui é um exagero. O roteiro é feliz ao dar espaço para todos os personagens e principalmente em trabalhar os problemas de cada um deles. É fácil se identificar com os demônios internos que aquele time e seu novo técnico precisam lutar para continuar acreditando. A equipe de atores é sensacional, e a química entre eles é incrível. Jason Sudeikis lidera muitos dos melhores momentos da temporada, e embora a comédia seja claramente seu ponto forte, ele também se sai ótimo nas cenas mais carregadas.
O otimismo e a positividade do protagonista não são feitos de forma forçada, mas de uma maneira que vai nos ganhando a cada cena, de forma que pensamos o quão bom ser humano ele é. Não é um "idiota", um "bobo", como poderíamos pensar ao ler somente a sinopse. E aqui foge um pouco dos clichês de "protagonistas inocentes". Ted Lasso tem uma forma de conduzir sua vida baseado no perdão, no sentimento coletivo e em acreditar que as pessoas podem ser melhores. Ele tem consciência disso.
É verdade que não há como ser feliz o tempo todo, a série deixa isso claro e nós entendemos. Mas remoer a dor e o sofrimento é, também, uma forma de autossabotagem. As vezes, a melhor forma é deixar ir. Não forçar qualquer situação para ter algum falso senso de felicidade, mas só deixar que as coisas sigam seus caminhos sem amarras. Ted perdoa não porque ele não compreende o que lhe acontece, mas exatamente por sua leitura sensível das criaturas humanas ao seu redor.
Essa série deixa o coração quentinho, nos faz rir e nos comove. Sabe aquilo que te tira um sorriso, assim, do nada? É essa. E particularmente, estava precisando bastante de algo assim, algo que me faça "acreditar em acreditar". A história é simples, é verdade. Mas isso prova que não são necessários fatores complexos para criar algo que ensine ao espectador sobre aspectos da vida. E talvez, apenas talvez, todos nós precisamos de um pouco do Ted Lasso.
Renee Walker, entra na minha casa, entra na minha vida. <3
Uma temporada bastante sólida do começo ao fim, mantendo um excelente ritmo e introduzindo novos personagens bem legais e cenários diferentes (dessa vez a CTU foi desmanchada, e temos como foco as operações do FBI). O grande "tema" da temporada está no uso da tortura para conseguir respostas e o quanto que essa prática fere as leis e os direitos humanos. De fato, obviamente eu concordo. Não há como apoiar a tortura em nenhuma ocasião. Acontece que durante todo esse tempo, a série fez parecer que as ações do Jack eram justificadas. E tal como ele fala para a Renee, se ele vê um ônibus sendo atacado, ele pensa somente em salvar as pessoas dentro dele, não importante o que precisa fazer para isso. Então não é que o Jack conviva bem com o que ele fez, mas sim infelizmente foi preciso que ele fizesse. E e em muitos casos, somente ele conseguiria. Não é que ele apoie os meios de tortura, mas na cabeça do personagem essa, em muitas vezes, é a única forma. (o mais interessante nisso tudo, é que ele estava sendo acusado por pessoas que mandavam ele fazer o "trabalho sujo").
Renee Walker foi disparado a melhor nova personagem (se não a melhor em vários momentos) da temporada. Ela demonstrou um alto nível de intuição e empatia. A atriz Annie Wersching fez um excelente trabalho ao lado do Kiefer, e a química entre eles não poderia ter sido melhor. Não era exatamente um "casal", não parecia, desde o começo, algo amoroso, mas sim uma amizade em que um aprendeu com o outro. A Presidente Alison também foi incrível. E... nossa. Mais uma presidente que não tem sorte com a família: filha megalomaníaca e marido passivo que quer usar o poder da esposa para encobrir os erros da filhota detestável. Dois personagens horríveis.
Agora sobre o Tony: profundamente detestável. O roteiro deixou ele vivo para ir de "herói a vilão" com uma motivação.... fraca, muito fraca. "Ah, mas a vingança e etc...". Não justificada. Suas ações foram a de alguém cego pelo ódio. Infelizmente estragaram ele. E continua lá, enquanto o coitado do Bill...
Enfim. Temporada interessante, pra mim melhor que a sexta.
Provavelmente a temporada mais fraca até aqui, com alguns pontos positivos, mas a maioria parecem "plots reciclados" e artifícios de roteiro que foram utilizados repetidamente. O que mais prende a atenção é o retorno do Jack e o núcleo envolvendo sua nada amorosa família. Chloe, Bill, Karen e Moris conseguem se destacar, tendo excelentes cenas e formando dois casais que são realmente muito bonitos.
O que mais tem nessa temporada é a reafirmação do "Jack estava certo". Aqui temos a certeza de que 9 anos se passaram desde a primeira temporada, e ainda assim, mesmo salvando o país, desarmando bombas, sendo torturado por chineses, incriminado e etc, passando por um inferno... ainda tem personagens que duvidam da razão (e também do instinto) do Jack. Na última cena da temporada, ele confronta o idiota do Heller sobre o pouco que fizeram por ele... e de fato, que governo ingrato com seus "Heróis", não? Manda o Bauer fazer algo, ele faz, é tratado como herói, algo dá errado depois, ele leva a culpa. Foi o fim o Wayne só ter trazido ele de volta para servir de sacrifício. Ele tem todos os motivos para sair batendo em cada um ali, mas não o faz. Essa temporada mostrou um Jack ainda mais quebrado, ainda mais distante. E só uma pessoa se mobilizou realmente por ele, e foi a pessoa que ele amava e "perdeu". Ele não tem um minuto de paz.
Disparado a melhor temporada até agora. Logo nos primeiros episódios teve a coragem de matar personagens que os fãs amavam, entregou o detestável Charles Logan e tramas ainda mais tensas.
Personagens femininas ganharam ainda mais destaque. Se não gostei muito da Audrey na quarta temporada, aqui ela realmente fez tudo. Sua aliança com a Chole ditou o bom ritmo de vários episódios. Martha também não ficou para trás e foi muito poderosa em várias cenas. Essa evolução foi muito bem vinda, uma vez que a série não tratava personagens femininas da forma merecida.
Charles Logan é o ser mais horroroso aqui. Fraco, indeciso, ainda assim capaz de matar inocentes para estabelecer seu sentido distorcido de poder e receber elogios no processo. Incompetente ao extremo. O roteiro foi feito de tal forma que é impossível não odia-lo... e qualquer semelhança com a realidade brasileira não está nada longe.
A temporada mais fraca até aqui. O enredo como um todo não conseguiu prender a minha atenção como na segunda e terceira temporada, os novos personagens introduzidos são muito ruins (salvo o Edgar em alguns momentos). Houveram algumas falhas claras de roteiro (como por exemplo usar um helicóptero para se aproximar da casa de um suspeito). O plot do filho do secretário foi muito desnecessário. Audrey é outra personagem que tem breve bons momentos, mas no geral se mostrou bem ruim. A temporada tem momentos bons, claro, mas são salvos aos personagens que já conhecemos.
Uma temporada muito tensa, cheia de reviravoltas e personagens interessantes. Alguns deram adeus, outros tiveram suas vidas mudadas para sempre. A história central envolvendo um vírus foi muito bem executada, com todas as camadas de suspense e medo que se espera de um enredo assim.
Jack está visivelmente mais intenso, e sua parceria com o Chase foi muito legal de acompanhar. Palmer, coitado... não teve sorte. Uma família que só o atrapalhou desde o começo. Haja paciência. Quanto a Kim, teve uma melhora muito considerável, ganhando até alguns momentos de destaque. Tivemos a introdução da nossa amada Chloe. Tonny e Michelle fazendo uma casal muito adorável. É verdade que ao final as ações do Tonny foram questionáveis, mas não sei se a solução utilizada foi a correta pois ele teve bem mais contribuições positivas para a CTU.
Continua sendo uma série viciante. Cada episódio te deixa ainda mais curioso para saber o que está acontecendo. Temporada incrível.
A história não é criativa, mas passaria bem se as batalhas empolgassem e fossem mais bem animadas. Há um excesso de explicações e flashbacks sobre as motivações dos personagens, além de estenderem demais essas cenas repletas de uma narração desnecessária. Contextualizar é importante, mas há um claro abuso disso em Record of Ragnarok.
O design e a personalidade dos personagens são pontos positivos. A caracterização dos deuses é muito bonita. Ruim foi o "Zeus engraçadão" que, na verdade... não teve graça nenhuma. Foi bastante vergonhoso até.
Essa temporada representou um grande passo para o desenvolvimento do roteiro e dos personagens, e aumentou as possibilidades de novas histórias. Nós vimos uma June mais intensa e a procura de vingança, um tipo de justiça que respondesse seus sentimentos ainda quebrados por GIlead. A Elizabeth Moss, novamente, brilha tanto na frente quanto por trás das câmeras, pois tivemos alguns episódios dessa temporada dirigidos por ela. Ela consegue passar todo o desconforto, medo, perseverança e energia da personagem, uma June que precisa lidar com outro mundo, um que ela parecia não conhecer mais. O reajuste de seu comportamento é difícil, especialmente quando as pessoas que a fizeram sofrer tanto estão ali naquele mesmo espaço.
Os dois últimos episódios mostraram a ânsia da June em fazer sua própria justiça. E, vamos lá... alguém pode culpa-la? Alguém pode dizer que ela está errada? Uma frase que me chamou a atenção no último episódio foi "o que ele (Fred) está dando é mais importante do que tudo que eu perdi". Então aquela última cena do último episódio foi, para a June, uma resolução. Uma forma de tentar se completar. Ela de fato queria que Fred sentisse todo o medo possível, mais do que ela sentiu ao ser capturada por Gilead. E por outro aspecto, essa frase levanta os questionamentos sobre quantas mulheres sofrem algo parecido diariamente. Quantas tem seus interesses e experiências postas em segundo plano por outros? Tem suas vivências deslegitimadas? Somente elas conseguem dimensionar a dor que sentem.
Sobre a última cena, destaco o Joseph Fiennes que entregou uma grande atuação, pois ele passou de fato o medo e toda invunerabilidade do personagem. E também a ambientação da cena, uma atmosfera que lembra um filme de suspense/terror sobre perseguição.
Foi um final que eu particularmente gostei muito, pois termina um "ciclo" para June e todas que também foram abusadas por Gilead. Mas não que seja o sucifiente, afinal ainda há a Serena e a própria existência de Gilead. Estou muito curioso para saber o que mais pode acontecer, afinal há ainda vários núcleos importantes (como a Janine, Esther e a Tia Lydia. O próprio Lawrence; a relação de June com Luke). Então as mudanças que ocorreram nessa temporada foram essenciais para dar uma nova vida para The Handmaid's Tale, e só espero que continuem nesse caminho.
Chucky (1ª Temporada)
3.7 340 Assista AgoraNão dava nada por essa série e fiquei positivamente surpreso. Alta qualidade no roteiro, que conseguiu trazer questões mais atuais (foi muito bom ter um protagonista LGBTQIA+) e mesclar com uma ótima atmosfera de terror, que lembra bastante os primeiros filmes da franquia. Os personagens são legais, embora em alguns momentos os atores tenham parecido meio "travados" (principalmente o que faz o Jake, com a mesma expressão para qualquer situação). Mas de todo modo, no geral, foi muito divertido. O Chucy é um personagem muito icônico, e acho que essa produção fez justiça a ele. Por sinal, talvez o formato de séries seja um ótimo caminho para fazer um "revival" de franquias clássicas do horror.
La Casa de Papel (Parte 5)
3.7 526 Assista AgoraUm excelente final para uma excelente série. É verdade que teve seus pontos baixos, mas no contexto geral foi uma jornada bem interessante de se acompanhar. Todos os personagens são complexos, e vamos de amar a odiar eles em questão de minutos. Tem alguns que são mais insuportáveis (oi, Arturo?), e outros que são memoráveis (Nairobi <3). E a história é em si simples, mas cheia de planos e reviravoltas muito legais que deixam qualquer um curioso pelo próximo episódio.
Mesmo para quem não gostou, precisa reconhecer que La Casa de Papel ajudou muito para que o grande público saísse um pouco das série zona de conforto dos EUA e pudesse explorar outras produções de outros países. Nesse ponto, a Netflix tem acertado muito e mostrado que tem muito talento e histórias boas para serem contadas.
Gosto de finais felizes, sim. Depois de toda a tragédia da primeira parte da temporada, esse final ficou perfeito pra mim. Sentirei falta de alguns personagens, especialmente do Professor que foi incrível nessa segunda parte. Grande série.
Profecia do Inferno (1ª Temporada)
3.6 172 Assista AgoraUma série que aborda o extremismo religioso, a espetacularização da morte feita pela mídia e também os princípios humanos, nossas escolhas e responsabilidades. Tem algumas cenas muito pesadas e desconfortáveis que me deixaram revoltado, e a parte sobrenatural
poderia ter sido explicada, mas... quem sabe no futuro? Espero que tenha segunda temporada pois esse fenômeno que a série mostrou me deixou curioso, especialmente após o final.
Hellbound tá dividida em dois momentos: uma focada no detetive e a outra no produtor do documentário. Achei essa estrutura interessante, mas senti falta do personagem do "protagonista" da primeira parte pois achei que ele poderia acrescentar mais para a trama na segunda parte. Mas o seu arco foi bem fechado. A Min Hye Jin é adorável também.
A série mostra como o fanatismo cego persegue as pessoas, sendo capaz de destruir vidas com base em falsos preceitos. A "Nova Verdade" nada mais era do que uma organização criminosa que se escondia atrás de uma palavra de um Deus que eles mesmos inventaram, com suas próprias regras. Quem não estivesse de acordo com esses princípios, enfrentaria a tal "fúria divina". Enganavam uma população que tinha medo, e se promoviam com respostas prontas para ganhar seguidores fiéis. Assim, mais status. Mais dinheiro. Mais poder sobre todas as outras instituições sociais, até ser hegemônica, até ninguém ser capaz de dizer um "a" contra. Acho que fazer essa critica a forma como alguns homens conduzem a religião e sua fé é o grande trunfo dessa série, e creio que foi bem realizado.
Nos questianamos sobre a existência de seres divinos, e então sobre as ações que cometemos. O que seria o "pecado", então? Para quem acredita, existe aquilo que foi pregado por Deus (ou Deuses, no plural, uma vez que temos várias religiões), e aquilo que o homem distorce de acordo com sua vontade.
É uma série boa para debater vários aspectos sobre religião, fé, a própria corrupção do homem em busca de poder, também para ver os efeitos que esses discursos tem nas camadas sociais e como isso afeta o povo e suas crenças. Particularmente achei bem interessante, acno que tem espaço para mais coisas. Vale a pena ser visto.
The Sinner (3ª Temporada)
2.9 331 Assista AgoraUma temporada fraca, péssima, ruim. Horrível.
Posso estar exagerando, mas absolutamente nada foi empolgante aqui. O plot do Jamie estava encancarado, então não havia muito para se descobrir. O método do Harry foi ainda mais profundo e perigoso, e eu diria que facilmente irresponsável em diversos momentos. É interessante como ele se aproxima do suspeito, mas aqui parece que foi feito de qualquer forma, sem nenhum cuidado, gerando situações incomuns (especialmente se considerarmos para um detetive experiente) e arrastadas.
Essa temporada se escondeu atrás de um debate filosófico interessante, é verdade. Alguns dos diálogos que invocavam sobre o homem e sua vontade, de estar acima do bem e do mal, de controlar a vida e a morte. A história acaba girando mais em torno da jornada e dos embates que os personagens tem consigo mesmos e com o mundo. Jamie e Harry são complexos, é verdade. E no início até achei que essa dinâmica foi bem construída, mas da metade para o final se tornou... chata. Uma repetição de perguntas. E isso gera o que comentei anteriormente, sobre os erros de um detetive, que pareceram bastante amadores.
Ao final, tudo foi intensamente ruim. Da metade até o fim da temporada senti que o roteiro não sabia mais o que fazer. Deu voltas e mais voltas, com personagens apáticos e desnecessários (Sonya entrou para... nada), e mostrando acontecimentos que, para qualquer realidade, seriam condenáveis. Um absurdo atrás do outro. Gosto do Harry, entendo o seu sofrimento e a dor que ele guarda, mas acho que abusaram demais de todos esses elementos.
Família Moderna (11ª Temporada)
4.3 209 Assista AgoraCritiquei muitos aspectos de Modern Family, larguei a série na quinta temporada e voltei a ver faz umas semanas. E cheguei a esse final, lembrei de quando comecei a ver a série (na época de sua estreia) e toda semana procurava o episódio novo pois me divertia muito com essa família.
O series finale foi emocionante. É verdade que eu realmente acho que a série deveria ter sido finalizada antes, e que algumas temporadas estiveram bem abaixo do seu padrão de qualidade (especialmente após o sexto ano), mas creio que souberam finalizar até bem. Gostaríamos de ver outros finais para nossos personagens favoritos? Talvez. Mas da forma como ficou, pareceu bom para mim.
E afinal, a série nos ensinou muito. Mostrou que mudanças existem, que a vida acontece e você precisa lidar com isso, ao lado das pessoas que ama. Mostrou que não importa o tamanho do conflito, o amor é a resposta. E que ser diferente é algo fantástico, e que precisamos nos aceitar mais, abraçar mais, sentir mais. Pegue esses e vários outros ensinamentos e leve para sua realidade. Talvez ela não se torne mais fácil, mas pode significar uma baita aventura.
Boku Dake ga Inai Machi
4.5 203Anime inteligente, emocionante, delicado, com uma excelente arte e personagens muito interessantes. Algumas partes são presiveis, mas não deixam de ser chocantes. Na verdade, o fato de ser "presível" em nada atrapalha a trama do anime, pois mesmo assim continuamos naquela "descrença": "nossa, tô vendo, eu já sabia, mas não acredito!". Eu sei, não faz sentido. Mas é por aí. O roteiro tem algumas temáticas relacionadas a abusos como plano de fundo, o que torna a atmosfera da obra um pouco densa, mas pensei que poderiam ter abordado mais até mesmo como um alerta necessário. Já li que o mangá tem um final diferente, e mal posso esperar para ler. Mas o anime em si entregou um resultado fantástico, com um roteiro sensível e uma animação muito bonita, e com pouco tempo nós conseguimos gostar dos personagens. Para algo curto, esse aspecto foi até bem desenvolvido. Gostei muito.
Ted Lasso (2ª Temporada)
4.4 157Uma temporada de reestruturação para a equipe e que mostrou mais os sentimentos e vulnerabilidades dos personagens. A Dra. Sharon foi uma excelente introdução e sua dinâmica com o Ted foi muito bonita. Espero que agora passem a falar mais sobre questões de saúde mental no mundo esportivo e não tratem isso como se fosse um absurdo. Ted Lasso foi muito feliz na sua abordagem sobre ansiedade: ela não escolhe quem vai atacar.
Alguns momentos muito engraçados e felizes, outros tristes e alguns de pura raiva (obrigado, N***, seu traidor). Baita temporada. Ansioso pela terceira.
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2K Assista AgoraÉ uma baita de uma série divertidade, em vários angulos. Ela pega vários elementos diferentes dos "death games" e consegue criar um mundo só seu. Particularmente, achei bem diferente. Tem um vídeo bem legal da Mikannn em que ela explica sobre o universo da série e indica várias outras produções desse "gênero".
Há uma espetacularização da violência, mas creio que a crítica seja exatamente essa, de mostrar o quão longe o ser humano pode chegar. Enfim. Há vários temas legais aqui para serem debatidos, que tocam até na desigualdade social e na manutenção de uma elite. E tem outras questões que não foram respondidas e eu adoraria uma segunda temporada para saber algumas coisas, tipo:
O que aconteceu com o irmão do policial para ele ir parar ali?
Quais os significados dos símbolos, cores e etc no jogo?
O que aconteceu com os vencedores anteriores? Porque nunca falaram nada?
Boa série, tem muitas perguntas ainda. Veria mais, com certeza.
Os Cavaleiros do Zodíaco: Saintia Shô
2.8 13 Assista AgoraÉ uma abordagem muito interessante e eu diria que até necessária. Enquanto assistia o anime clássico, ficava me perguntando sobre as ações de outros cavaleiros enquanto os protagonistas estavam lutando. Essa ação das Saintias é algo muito legal, e o roteiro procura se encaixar em vários pontos do arco das doze casas. O lado ruim é que, infelizmente, não há desenvolvimento de personagem e nem de história porque não houve tempo para tanto. Com somente 12 episódios, não dá para explicar muito. E a animação é muito boa. Uma pena não ter ido pra frente.
What If...? (1ª Temporada)
3.8 279 Assista AgoraVigia, também conhecido como o precursor das tias da calçada fofocando sobre a vida alheia...
Falando sério, particularmente gostei bastante. A Marvel não se destaca no quesito animações (muito embora seja necessário lembrar das séries animadas dos X-Men e do Homem-Aranha da década de 90, que até hoje são consideradas por muitos fãs como ótimos exemplos de adaptações, e de fato foram de uma ótima qualidade) então essa aqui surpreendeu de forma positiva e entregou algo com contornos, luzes e cores diferentes do que estou acostumado a ver. E foi bom. As cenas de batalha são bem feitas. E tudo, claro, lembra muito mais o MCU do que o universo dos quadrinhos em si.
O What If... dos quadrinhos é sempre interessante, então senti falta da série adaptar alguns arcos das HQs (talvez algo relacionado a Guerra Civil, Reinado Sombrio, Vingadores: A Queda, Invasão Secreta, etc). Tem muitos arcos excelentes que podem ser adaptados para uma nova temporada, e espero que a próxima tenha
X-Men e Quarteto Fantástico
Gostei principalmente de dois episódios: o primeiro (com a Sharon Carter) e o quarto com o Doutor Estranho, que para mim foi uma ótima abordagem sobre o quão poderoso o personagem é. Mas de forma geral foi uma série irregular, com alguns episódios bons e outros bem abaixo do que se espera. É legal ver universos de personagens completamente descaracterizados, com origens diferentes e personalidades absurdas e etc, mas nem todos os episódios funcionaram bem.
Missa da Meia-Noite
3.9 730E Mike Flanagan faz de novo!
Uma minisérie que explorou muito bem o extremismo religioso e a fé cega. Em muitos momentos, os personagens buscam a religião como escudo para justificar seus atos insanos - algo bastante comum na nossa realidade. Se apegar a um conjunto de imagens e orientar a sua vida com base em determinados ensinamentos não é um problema. O problema real é quando você impõe suas crenças para todos os outros como as únicas possíveis, como as mais corretas. E aí entramos no campo da intolerância religiosa, que já ceifou milhares de vidas ao longo da História da humanidade e continua fazendo vítimas até hoje. A figura do Xerife serve para mostrar como muitos ditos "cristãos" veêm outros cultos e modos de uma forma completamente errada.
Essa produção também ofereceu muitos questionamentos sobre a vida e a morte. Afinal, quem nunca pensou nisso? Para onde vamos ao morrer? O que acontece no momento em que nossa consciência deixa de existir? Destaco aqui o excelente diálogo entre Riley e Erin no episódio 4, e a passagem incrível dela no final da temporada, que foram bastante fortes e sensíveis. Ao lado do episódio 6, considero como os pontos mais altos da série.
O terror até fica em segundo plano. A explicação para o que ocorre até deixa de importar quando notamos o objetivo da série, que não é chocar e fazer "jumpscares" toda hora (embora tenha, sim, uma vez ou outra). O objetivo é talvez mostrar o indivíduo na procura por algo. O Riley, por exemplo, estava procurando um "motivo", algo pelo qual viver após o que fez. Aquele pequeno vilarejo estava procurando um guia, uma nova vida e dias mais alegres. Cada um ali com um jornada diferente, procurando algo, uma peça que faltava dentro de si. Os personagens são fragmentados, apáticos, apenas peças ambulantes. Essa busca por respostas para acalmar o que nos inquieta não é algo que todos fazemos? A série apenas mostrou que a fé pode ser um caminho, o problema é quando ela se torna demais.
Fiquei positivamente surpreso. O ritmo lento da produção pode desagradar alguns, e outros que esperavam um "terror mais intenso" também podem ficar um tanto decepcionados. Em todo caso, foi algo um pouco diferente das produções que abordam temáticas religiosas - especialmente devido a riqueza dos diálogos - e consegue despertar uma curiosidade. Vale muito a pena.
Digimon Adventure
2.9 20 Assista AgoraA proposta de uma nova versão para uma nova geração é sempre muito bem vinda. Nesse sentido, o anime cumpriu muito bem o seu papel. Porém, é impossível não comparar com o primeiro Digimon Adventure (por mais que tenha fãs mais extremos que defendam a nova versão e achem o efeito de comparar algo absurdo. Não é. E mesmo sem isso, o remake ainda tem muitas falhas).
Houve um claro exagero no protagonismo do Taichi. Até o Yamato, que dividia esse cenário com ele, ficou totalmente em segundo plano, em episódios que nem aparecia, enquanto o Tai aparecia em todos (a maioria, de forma completamente desnecessária). Isso travava muito o desenvolvimento e autonomia dos outros digiescolhidos, que ficaram abaixo de "coadjuvantes". Não houve história para eles.
A animação, em muitos momentos e cenas cruciais, falhou. Personagens se movimentavam mal, cenas de batalha, mesmo com novas digievoluções, não empolgavam. A trilha sonora foi boa, nostálgica. A abertura é linda. Mas as animações foram, de forma geral, muito genéricas e não passaram nenhuma emoção.
Aliás, esse é outro ponto: o drama é inexistente. Mesmo quando os personagens parecem sem saída, a gente sabe que o roteiro colocará o Tai como um "salvador", logo não há qualquer sentimento de perigo real ou mesmo motivos para os digiescolhidos terem medo. Nem o TK e a Hikari, que sempre conseguiam arrancar mais do lado dramático da trama, conseguiram se destacar. E isso porque o enredo (por muitas vezes confuso e muito lugar comum) tratava sobre digimons sagrados. E nem os dois, com Patamon e Tailmon, tiveram espaço.
A nota é 4 pela nostalgia que Digimon me proporciona, pelos bons sentimentos que guardo do primeiro que vi quando criança. A nova versão tinha um potêncial enorme, mas para mim não funcionou. "Ah, mas isso porque você esperava um novo Digimon Adventure de 99", não. Nada disso. Quando vi que o roteiro tratava de digimons sagrados e era outro rumo, fiquei muito empolgado. Uma nova história, um novo olhar. Se fosse para ver o mesmo que o primeiro com uma animação "melhor", não faria sentido. O problema é que esse remake em si... é ruim. Sem comparar com nenhum outro anime da franquia, ele por si só é raso e falha no conexão com quem o assiste. Enfim. Havia algo muito bom no começo, mas para mim foi mal executado.
My Hero Academia (5ª Temporada)
3.7 33 Assista AgoraA temporada me pareceu muito de "transição para algo maior". Apostou no desenvolvimento de personagens e em tramas mais lentas. Foi uma temporada inteira entregando uma "ameaça x", preparando o terreno para algo que só poderemos ver no próximo ano. Não achei tão interessante, acabou sendo a mais fraca para mim. Mas teve alguns momentos positivos, tais como a exploração do poder dos heróis (especialmente o desenvolvimento do Midoryia), o lado mais pessoal do Endeavor e de sua família, apresentação de personagem que pode vir a acrescentar no enredo e a boa construção para o lado dos vilões.
Dororo
4.3 81 Assista AgoraAnime muito interessante que levanta questões morais e nos passa várias reflexões sobre humanidade, sacrifícios e jornadas. A história é contada de forma muito sensível, com vários momentos intensos, tristes e pesados (como toda a história do Hyakkimaru, desde seu nascimento, e claro da Dororo que claramente sente muita falta de seus pais). É nessa busca por algo que falta para ambos que Hyakkimaru e Dororo se encontram, e em muitos momentos se complementam, se apoiam, como se fosse "eles contra o mundo".
Acima de tudo, é uma história sobre dor e perda. E como lidar com esses sentimentos. Hyakkimaru tem seu corpo sacrificado em nome da prosperidade de um povo, mas ele não teve escolha. Ele não teve chances de se defender. Ele foi oferecido a um mar de sofrimentos para que outros pudessem ser temporariamente felizes. E assim o anime nos toca na questão se isso é certo ou errado: o sacrifício de um em nome do bem maior. Mas aí que vem a pergunta: esse "bem", essa "paz", é realmente legítima? Foi construída tendo a pele de um ser inocente como base. Então, como ela poderia ser realmente boa? Parece uma mentira, algo que não foi "conquistado", mas sim simplesmente dado. E Hyakkimaru que ficou como vilão por tentar recuperar o que era dele. Nesse aspecto, o roteiro consegue despertar facilmente um sentimento de revolta. É impossível não ficar com raiva com as frases do tipo "você não pode recuperar o corpo, ele é nosso" e etc. A desumanização aqui é evidente, sendo outra temática bem explorada mais para o final da obra.
Não é um anime que vai te fazer rir (alguns momentos são mais leves, mas são poucos), e sim pensar na sua própria humanidade e também a te convidar a se colocar no lugar de um personagem ficticio e seus dramas. É um roteiro muito convidativo, que através das inquietações internas de seus personagens, consegue conversar conosco. Outro ponto positivo é a animação, que foi realmente bem feita. E a forma como abordam a cultura, religião e mitologia japonesa (sempre muita rica). Belo anime.
24 Horas: Viva um Novo Dia
4.2 131EU ESTOU REVOLTADO!!!
Esse homem não tem UM
final feliz
Pelo amor, hein.
Temporada muito boa. Gostei muito da Kate e da volta da Audrey. Chloe bem diferente. Sempre fica a curiosidade de saber o que aconteceu nesse tempo (no caso, quatro anos desde os acontecimentos da oitava temporada) e isso foi bem explicado aqui. Todas as lacunas foram preenchidas.
O final... foi bem feito? Sim. Mas sou adepto dos finais felizes (quando bem feitos) e achei que, pelo menos agora, o Jack iria ganhar alguma paz. É de cortar o coração a forma como ele, novamente, se despede da Chloe, e reafirmando o que nós já sabemos: que ela era sua melhor amiga. Foi um final corrido para uma temporada relativamente simples (sem acontecimentos mirabolantes, embora o plot dos drones tenha sido bem legal e rendido ótimas cenas de ação), mas passa.
Por enquanto, esse é o final de 24 Horas... quem sabe Bauer não volta outro dia?
24 Horas (8ª Temporada)
4.3 112 Assista AgoraTemporada muito boa. Não inventou muito, trouxe velhos plots, mas fez de uma forma que continuasse despertando o interesse do espectador. Alguns personagens perderam completamente o caminho, e essa mudança foi interessante para ver o quão dispostos eles estavam para conseguir o que querem.
Mais um dia em que a única coisa que o Jack quer é ficar longe de confusão. Agora ele tem uma família. Mas o puxam de volta. Quando finalmente descobre minutos de felicidade, isso é retirado dele de forma brutal. Eis um personagem que conhece todo o tipo de dor e sofrimento imaginável, e o roteiro não suaviza para ele.
A cena final foi simplesmente linda e bem feita. Foi um ótimo tom e considero uma excelente forma de "encerrar" a série (na época, nem imaginavamos o Live Another Day). Chloe e Jack é de longe a melhor dupla de 24 Horas, e eles se entendem mesmo andando em caminhos opostos e entendendo que isso as vezes vai além da vontade de ambos. Em muitas cenas, Chloe é o lado que "humaniza" o Jack, que o traz de volta para a realidade.
Ted Lasso (1ª Temporada)
4.4 244 Assista AgoraA premissa dessa série é simples: um técnico de futebol americano passa a treinar um time de futebol da Premier League. Tem todos os clichês de sitcons? Tem. Mas "Ted Lasso" consegue ir além disso, e passar uma experiência de conforto e alegria para quem assiste. Essa série apareceu no momento certo.
O humor inteligente e sutil é bem dosado com as cenas dramáticas, de forma que fazia um bom tempo que não assistia algo tão bem equilibrado e que poderia nos fazer sorrir involuntariamente e também emocionar. Nada aqui é um exagero. O roteiro é feliz ao dar espaço para todos os personagens e principalmente em trabalhar os problemas de cada um deles. É fácil se identificar com os demônios internos que aquele time e seu novo técnico precisam lutar para continuar acreditando. A equipe de atores é sensacional, e a química entre eles é incrível. Jason Sudeikis lidera muitos dos melhores momentos da temporada, e embora a comédia seja claramente seu ponto forte, ele também se sai ótimo nas cenas mais carregadas.
O otimismo e a positividade do protagonista não são feitos de forma forçada, mas de uma maneira que vai nos ganhando a cada cena, de forma que pensamos o quão bom ser humano ele é. Não é um "idiota", um "bobo", como poderíamos pensar ao ler somente a sinopse. E aqui foge um pouco dos clichês de "protagonistas inocentes". Ted Lasso tem uma forma de conduzir sua vida baseado no perdão, no sentimento coletivo e em acreditar que as pessoas podem ser melhores. Ele tem consciência disso.
É verdade que não há como ser feliz o tempo todo, a série deixa isso claro e nós entendemos. Mas remoer a dor e o sofrimento é, também, uma forma de autossabotagem. As vezes, a melhor forma é deixar ir. Não forçar qualquer situação para ter algum falso senso de felicidade, mas só deixar que as coisas sigam seus caminhos sem amarras. Ted perdoa não porque ele não compreende o que lhe acontece, mas exatamente por sua leitura sensível das criaturas humanas ao seu redor.
Essa série deixa o coração quentinho, nos faz rir e nos comove. Sabe aquilo que te tira um sorriso, assim, do nada? É essa. E particularmente, estava precisando bastante de algo assim, algo que me faça "acreditar em acreditar". A história é simples, é verdade. Mas isso prova que não são necessários fatores complexos para criar algo que ensine ao espectador sobre aspectos da vida. E talvez, apenas talvez, todos nós precisamos de um pouco do Ted Lasso.
24 Horas (7ª Temporada)
4.3 59 Assista AgoraRenee Walker, entra na minha casa, entra na minha vida. <3
Uma temporada bastante sólida do começo ao fim, mantendo um excelente ritmo e introduzindo novos personagens bem legais e cenários diferentes (dessa vez a CTU foi desmanchada, e temos como foco as operações do FBI). O grande "tema" da temporada está no uso da tortura para conseguir respostas e o quanto que essa prática fere as leis e os direitos humanos. De fato, obviamente eu concordo. Não há como apoiar a tortura em nenhuma ocasião. Acontece que durante todo esse tempo, a série fez parecer que as ações do Jack eram justificadas. E tal como ele fala para a Renee, se ele vê um ônibus sendo atacado, ele pensa somente em salvar as pessoas dentro dele, não importante o que precisa fazer para isso. Então não é que o Jack conviva bem com o que ele fez, mas sim infelizmente foi preciso que ele fizesse. E e em muitos casos, somente ele conseguiria. Não é que ele apoie os meios de tortura, mas na cabeça do personagem essa, em muitas vezes, é a única forma. (o mais interessante nisso tudo, é que ele estava sendo acusado por pessoas que mandavam ele fazer o "trabalho sujo").
Renee Walker foi disparado a melhor nova personagem (se não a melhor em vários momentos) da temporada. Ela demonstrou um alto nível de intuição e empatia. A atriz Annie Wersching fez um excelente trabalho ao lado do Kiefer, e a química entre eles não poderia ter sido melhor. Não era exatamente um "casal", não parecia, desde o começo, algo amoroso, mas sim uma amizade em que um aprendeu com o outro. A Presidente Alison também foi incrível. E... nossa. Mais uma presidente que não tem sorte com a família: filha megalomaníaca e marido passivo que quer usar o poder da esposa para encobrir os erros da filhota detestável. Dois personagens horríveis.
Agora sobre o Tony: profundamente detestável. O roteiro deixou ele vivo para ir de "herói a vilão" com uma motivação.... fraca, muito fraca. "Ah, mas a vingança e etc...". Não justificada. Suas ações foram a de alguém cego pelo ódio. Infelizmente estragaram ele. E continua lá, enquanto o coitado do Bill...
Enfim. Temporada interessante, pra mim melhor que a sexta.
24 Horas (6ª Temporada)
4.1 51 Assista AgoraProvavelmente a temporada mais fraca até aqui, com alguns pontos positivos, mas a maioria parecem "plots reciclados" e artifícios de roteiro que foram utilizados repetidamente. O que mais prende a atenção é o retorno do Jack e o núcleo envolvendo sua nada amorosa família. Chloe, Bill, Karen e Moris conseguem se destacar, tendo excelentes cenas e formando dois casais que são realmente muito bonitos.
O que mais tem nessa temporada é a reafirmação do "Jack estava certo". Aqui temos a certeza de que 9 anos se passaram desde a primeira temporada, e ainda assim, mesmo salvando o país, desarmando bombas, sendo torturado por chineses, incriminado e etc, passando por um inferno... ainda tem personagens que duvidam da razão (e também do instinto) do Jack. Na última cena da temporada, ele confronta o idiota do Heller sobre o pouco que fizeram por ele... e de fato, que governo ingrato com seus "Heróis", não? Manda o Bauer fazer algo, ele faz, é tratado como herói, algo dá errado depois, ele leva a culpa. Foi o fim o Wayne só ter trazido ele de volta para servir de sacrifício. Ele tem todos os motivos para sair batendo em cada um ali, mas não o faz. Essa temporada mostrou um Jack ainda mais quebrado, ainda mais distante. E só uma pessoa se mobilizou realmente por ele, e foi a pessoa que ele amava e "perdeu". Ele não tem um minuto de paz.
24 Horas (5ª Temporada)
4.4 67 Assista AgoraDisparado a melhor temporada até agora. Logo nos primeiros episódios teve a coragem de matar personagens que os fãs amavam, entregou o detestável Charles Logan e tramas ainda mais tensas.
Personagens femininas ganharam ainda mais destaque. Se não gostei muito da Audrey na quarta temporada, aqui ela realmente fez tudo. Sua aliança com a Chole ditou o bom ritmo de vários episódios. Martha também não ficou para trás e foi muito poderosa em várias cenas. Essa evolução foi muito bem vinda, uma vez que a série não tratava personagens femininas da forma merecida.
Charles Logan é o ser mais horroroso aqui. Fraco, indeciso, ainda assim capaz de matar inocentes para estabelecer seu sentido distorcido de poder e receber elogios no processo. Incompetente ao extremo. O roteiro foi feito de tal forma que é impossível não odia-lo... e qualquer semelhança com a realidade brasileira não está nada longe.
Incrível. Temporada simplesmente extraordinária.
24 Horas (4ª Temporada)
4.2 61 Assista AgoraA temporada mais fraca até aqui. O enredo como um todo não conseguiu prender a minha atenção como na segunda e terceira temporada, os novos personagens introduzidos são muito ruins (salvo o Edgar em alguns momentos). Houveram algumas falhas claras de roteiro (como por exemplo usar um helicóptero para se aproximar da casa de um suspeito). O plot do filho do secretário foi muito desnecessário. Audrey é outra personagem que tem breve bons momentos, mas no geral se mostrou bem ruim. A temporada tem momentos bons, claro, mas são salvos aos personagens que já conhecemos.
24 Horas (3ª Temporada)
4.3 70 Assista AgoraUma temporada muito tensa, cheia de reviravoltas e personagens interessantes. Alguns deram adeus, outros tiveram suas vidas mudadas para sempre. A história central envolvendo um vírus foi muito bem executada, com todas as camadas de suspense e medo que se espera de um enredo assim.
Jack está visivelmente mais intenso, e sua parceria com o Chase foi muito legal de acompanhar. Palmer, coitado... não teve sorte. Uma família que só o atrapalhou desde o começo. Haja paciência. Quanto a Kim, teve uma melhora muito considerável, ganhando até alguns momentos de destaque. Tivemos a introdução da nossa amada Chloe. Tonny e Michelle fazendo uma casal muito adorável. É verdade que ao final as ações do Tonny foram questionáveis, mas não sei se a solução utilizada foi a correta pois ele teve bem mais contribuições positivas para a CTU.
Continua sendo uma série viciante. Cada episódio te deixa ainda mais curioso para saber o que está acontecendo. Temporada incrível.
Record of Ragnarok (1ª Temporada)
3.1 70 Assista AgoraA história não é criativa, mas passaria bem se as batalhas empolgassem e fossem mais bem animadas. Há um excesso de explicações e flashbacks sobre as motivações dos personagens, além de estenderem demais essas cenas repletas de uma narração desnecessária. Contextualizar é importante, mas há um claro abuso disso em Record of Ragnarok.
O design e a personalidade dos personagens são pontos positivos. A caracterização dos deuses é muito bonita. Ruim foi o "Zeus engraçadão" que, na verdade... não teve graça nenhuma. Foi bastante vergonhoso até.
O Conto da Aia (4ª Temporada)
4.3 428 Assista AgoraSpoilers abaixo:
"Não deixe que os bastardos te reduzam a cinzas".
Essa temporada representou um grande passo para o desenvolvimento do roteiro e dos personagens, e aumentou as possibilidades de novas histórias. Nós vimos uma June mais intensa e a procura de vingança, um tipo de justiça que respondesse seus sentimentos ainda quebrados por GIlead. A Elizabeth Moss, novamente, brilha tanto na frente quanto por trás das câmeras, pois tivemos alguns episódios dessa temporada dirigidos por ela. Ela consegue passar todo o desconforto, medo, perseverança e energia da personagem, uma June que precisa lidar com outro mundo, um que ela parecia não conhecer mais. O reajuste de seu comportamento é difícil, especialmente quando as pessoas que a fizeram sofrer tanto estão ali naquele mesmo espaço.
Os dois últimos episódios mostraram a ânsia da June em fazer sua própria justiça. E, vamos lá... alguém pode culpa-la? Alguém pode dizer que ela está errada? Uma frase que me chamou a atenção no último episódio foi "o que ele (Fred) está dando é mais importante do que tudo que eu perdi". Então aquela última cena do último episódio foi, para a June, uma resolução. Uma forma de tentar se completar. Ela de fato queria que Fred sentisse todo o medo possível, mais do que ela sentiu ao ser capturada por Gilead. E por outro aspecto, essa frase levanta os questionamentos sobre quantas mulheres sofrem algo parecido diariamente. Quantas tem seus interesses e experiências postas em segundo plano por outros? Tem suas vivências deslegitimadas? Somente elas conseguem dimensionar a dor que sentem.
Sobre a última cena, destaco o Joseph Fiennes que entregou uma grande atuação, pois ele passou de fato o medo e toda invunerabilidade do personagem. E também a ambientação da cena, uma atmosfera que lembra um filme de suspense/terror sobre perseguição.
Foi um final que eu particularmente gostei muito, pois termina um "ciclo" para June e todas que também foram abusadas por Gilead. Mas não que seja o sucifiente, afinal ainda há a Serena e a própria existência de Gilead. Estou muito curioso para saber o que mais pode acontecer, afinal há ainda vários núcleos importantes (como a Janine, Esther e a Tia Lydia. O próprio Lawrence; a relação de June com Luke). Então as mudanças que ocorreram nessa temporada foram essenciais para dar uma nova vida para The Handmaid's Tale, e só espero que continuem nesse caminho.