Tem uma fotografia bonita, a protagonista tem muita profundidade, boa história paralela, mas o romance central não engaja tanto. A experiência não deixa de ser interessante, porque o enredo assim como o título são bem poéticos.
Convivo com crianças e uma coisa que sempre me intrigou é a sociabilização de meninos com outros meninos ser sempre agressiva, violenta, sem espaço para afetos. Agora entendi um pouco esse processo e a estrutura por trás. Depois essa agressividade acaba se perpetuando em outras relações afetivas, porque aprenderam dessa forma, convertendo-se até em violência doméstica. É triste que tenha de ser assim. Não há espaço para o amor e isso não é bom para ninguém.
Suzanne Sevakis tinha um irmão mais novo quando foi sequestrada, o sequestrador sumiu com ele também, mas em 2019-2020 ele foi encontrado através de um exame de DNA, seu nome é Phillips. Não sei se foi adotado ou como viveu até então. O corpo de Michael, filho da Suzanne/Sharon, nunca foi encontrado, eu tenho uma esperança de ele estar vivo assim como o Phillips.
Na Islândia são obcecados por ovelhas. Outras duas produções recentes do país que assisti foram Hrútar (A Ovelha Negra) e Echo (uma das história envolvia reprodução de ovelhas).
Primeiro filme da Letônia que assisti. Percebi que na maioria dos filmes produzidos no leste europeu paira essa atmosfera de vazio e desesperança, como Lilya 4-ever. Até a fotografia é cinzenta. História triste e intimista, não veja se estiver deprimido.
Gostei do começo, em estilo documental, abordando aspectos da espiritualidade do interior da Tailândia, país que tive a oportunidade de conhecer e gosto muito, sendo Apichatpong um dos meus diretores preferidos. Realmente achei que iriam explorar mais as crenças do povo isan e a vida cotidiana de um povoado do nordeste da Tailândia, mas da metade para o fim se tornou o filme de terror mais sangrento e violento que eu já vi em toda minha vida até o momento. Mais assustador que Hereditário e com cenas muito explícitas. Ainda estou em choque. O terror tailandês é mesmo o que há de mais brutal (não encontrei outra palavra) no cinema. O único filme que me causou reação similar foi o sérvio A Serbian Film. Se era para chocar, cumpriu a missão.
Tachar a abuelita de vilã é um caminho fácil. Essa animação rompeu com a dicotomia de vilões e heróis, e esse é seu grande mérito. Todas as personagens têm suas fraquezas e falhas. Se tivesse menos “cantorias” e desenvolvessem melhor as relações familiares, seria excelente. Por que Mirabel precisa de um dom fantástico? Sua capacidade de ver o que está errado (as rachaduras na casa) e acolher o tio que ninguém quer lidar nem falar sobre são, para mim, o melhor dos dons e o que une toda família para reconstruir a casita, que estava desmoronando há muito tempo.
É um filme de Apichatpong. Muitos dos elementos explorados em sua filmografia estão presentes. Gostei muito do começo, mas a imersão não foi tão profunda como nos últimos filmes do diretor e sinceramente
Detestei os efeitos especiais e aquela nave espacial (?), poderia ter deixado mais implícito.
Senti falta de Jenjira Pongpas, e da atmosfera dos demais filmes, principalmente Cemitério do Esplendor, mas os filmes de Joe são difíceis de digerir, acabei de assistir e posso mudar de ideia. 3,5 estrelas de 5.
À primeira vista tive muita antipatia pelos dois jovens protagonistas; Phillip e Lars. São garotos mimados, superficiais e muitas vezes irritantes. O modo que Phillip trata Claude é insensível, e ele demonstra a mesma falta de tato com os amigos. Lars do nada começa a fazer birra com um grupo de turistas no passeio na vinícola, uma agressão totalmente gratuita, se tivesse apanhado, seria bem merecido. Depois entendi o porquê dessas personagens serem irritantes, é uma humanização. Na visão capacitista, inclusive de pais de crianças com deficiência, PCDs são referidos como "anjos", enquanto são pessoas como outras quaisquer, podem ser egoístas, mimadas, cruéis e insensíveis, por que não? O estereótipo da pessoa com deficiência como altruísta e benevolente, quase angelical, é uma desumanização preconceituosa. Retratar os garotos como desagradáveis, como muitos jovens o são, foi o grande acerto do filme, que não apela para a vitimização, para que nos apiedemos dos jovens, nem os faz supra-humanos de moralidade ilibada.
Teve um diálogo nesse filme que me marcou bastante. Uma mulher egípcia sofre assédio em um ônibus e denuncia o assediador. A polícia pergunta a ele se reconhecia a mulher, ao que ele apenas responde: "Nem vi seu rosto, estava toda coberta", em alusão ao véu que a mulher usava. Realmente, não é a roupa.
Devido ao regime militar instaurado na Tailândia, que trouxe muita censura ao cinema, esse novo filme de Apichatpong será filmado e ambientado na América do Sul, ao invés de seu país natal. É algo completamente novo em sua filmografia, tão associada às tradições e paisagens tailandesas! Além de contar com uma atriz ocidental e creio eu, um elenco local, com colombianos. Será algo completamente novo e inédito, admito que estou bem ansiosa para conferir os resultados.
Segundo filme de Porumboiu que traz críticas à moral institucional da polícia, apesar de fugir totalmente do estilo de “Polícia, Adjetivo” por ter cenas de ação e violência. A língua sibilante da ilha de Gomera é bem interessante, poderia ter sido melhor explorada.
Já havia assistido "Panorama" do mesmo diretor, Martin Sulik, que tem obras inovadoras e conseguiu criar um estilo único de cinema, mas talvez pela parte do humor não seja para mim.
Só pela fotografia já valeria a pena ver esse filme. Mas ele é uma imersão em aspectos religiosos, sociais e culturais do Mali, um país infelizmente ainda desconhecido pelos brasileiros.
Preparativos para Ficarmos Juntos por Tempo Indefinido
2.9 21 Assista AgoraUm olhar para o cinema da Hungria.
Tem uma fotografia bonita, a protagonista tem muita profundidade, boa história paralela, mas o romance central não engaja tanto. A experiência não deixa de ser interessante, porque o enredo assim como o título são bem poéticos.
O Animal Cordial
3.4 618 Assista AgoraVi em uma mostra de cinema brasileiro.
Achei meio Gaspar Noé, mas é interessante o conceito.
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4.2 537 Assista AgoraConvivo com crianças e uma coisa que sempre me intrigou é a sociabilização de meninos com outros meninos ser sempre agressiva, violenta, sem espaço para afetos. Agora entendi um pouco esse processo e a estrutura por trás. Depois essa agressividade acaba se perpetuando em outras relações afetivas, porque aprenderam dessa forma, convertendo-se até em violência doméstica. É triste que tenha de ser assim. Não há espaço para o amor e isso não é bom para ninguém.
A Garota da Foto
3.8 139 Assista AgoraFaltou umas informações nesse documentário, que eu julgo interessantes:
Suzanne Sevakis tinha um irmão mais novo quando foi sequestrada, o sequestrador sumiu com ele também, mas em 2019-2020 ele foi encontrado através de um exame de DNA, seu nome é Phillips. Não sei se foi adotado ou como viveu até então. O corpo de Michael, filho da Suzanne/Sharon, nunca foi encontrado, eu tenho uma esperança de ele estar vivo assim como o Phillips.
Cordeiro
3.3 556 Assista AgoraNa Islândia são obcecados por ovelhas. Outras duas produções recentes do país que assisti foram Hrútar (A Ovelha Negra) e Echo (uma das história envolvia reprodução de ovelhas).
Mellow Mud
3.8 9Primeiro filme da Letônia que assisti. Percebi que na maioria dos filmes produzidos no leste europeu paira essa atmosfera de vazio e desesperança, como Lilya 4-ever. Até a fotografia é cinzenta. História triste e intimista, não veja se estiver deprimido.
A Médium
3.4 344 Assista AgoraGostei do começo, em estilo documental, abordando aspectos da espiritualidade do interior da Tailândia, país que tive a oportunidade de conhecer e gosto muito, sendo Apichatpong um dos meus diretores preferidos. Realmente achei que iriam explorar mais as crenças do povo isan e a vida cotidiana de um povoado do nordeste da Tailândia, mas da metade para o fim se tornou o filme de terror mais sangrento e violento que eu já vi em toda minha vida até o momento. Mais assustador que Hereditário e com cenas muito explícitas. Ainda estou em choque. O terror tailandês é mesmo o que há de mais brutal (não encontrei outra palavra) no cinema. O único filme que me causou reação similar foi o sérvio A Serbian Film. Se era para chocar, cumpriu a missão.
O Homem Com As Respostas
3.5 48Um road movie bem singelo, não tenha grandes expectativas.
Titane
3.5 391 Assista AgoraNão sei como avaliar esse filme.
Encanto
3.8 805Tachar a abuelita de vilã é um caminho fácil. Essa animação rompeu com a dicotomia de vilões e heróis, e esse é seu grande mérito. Todas as personagens têm suas fraquezas e falhas. Se tivesse menos “cantorias” e desenvolvessem melhor as relações familiares, seria excelente. Por que Mirabel precisa de um dom fantástico? Sua capacidade de ver o que está errado (as rachaduras na casa) e acolher o tio que ninguém quer lidar nem falar sobre são, para mim, o melhor dos dons e o que une toda família para reconstruir a casita, que estava desmoronando há muito tempo.
Memória
3.5 64 Assista AgoraÉ um filme de Apichatpong. Muitos dos elementos explorados em sua filmografia estão presentes. Gostei muito do começo, mas a imersão não foi tão profunda como nos últimos filmes do diretor e sinceramente
Detestei os efeitos especiais e aquela nave espacial (?), poderia ter deixado mais implícito.
Senti falta de Jenjira Pongpas, e da atmosfera dos demais filmes, principalmente Cemitério do Esplendor, mas os filmes de Joe são difíceis de digerir, acabei de assistir e posso mudar de ideia. 3,5 estrelas de 5.
Hasta La Vista: Venha Como Você É
4.1 90À primeira vista tive muita antipatia pelos dois jovens protagonistas; Phillip e Lars. São garotos mimados, superficiais e muitas vezes irritantes. O modo que Phillip trata Claude é insensível, e ele demonstra a mesma falta de tato com os amigos. Lars do nada começa a fazer birra com um grupo de turistas no passeio na vinícola, uma agressão totalmente gratuita, se tivesse apanhado, seria bem merecido. Depois entendi o porquê dessas personagens serem irritantes, é uma humanização. Na visão capacitista, inclusive de pais de crianças com deficiência, PCDs são referidos como "anjos", enquanto são pessoas como outras quaisquer, podem ser egoístas, mimadas, cruéis e insensíveis, por que não? O estereótipo da pessoa com deficiência como altruísta e benevolente, quase angelical, é uma desumanização preconceituosa. Retratar os garotos como desagradáveis, como muitos jovens o são, foi o grande acerto do filme, que não apela para a vitimização, para que nos apiedemos dos jovens, nem os faz supra-humanos de moralidade ilibada.
On the Rocks
3.3 120Uma hora e meia de palestra de burguês clichê.
Charlote Sp
1.6 5Espero que o diretor se aposente. Pior filme que já vi na vida. Um filme que não deveria ter sido feito.
Cairo 678
4.3 120Teve um diálogo nesse filme que me marcou bastante. Uma mulher egípcia sofre assédio em um ônibus e denuncia o assediador. A polícia pergunta a ele se reconhecia a mulher, ao que ele apenas responde: "Nem vi seu rosto, estava toda coberta", em alusão ao véu que a mulher usava. Realmente, não é a roupa.
Memória
3.5 64 Assista AgoraDevido ao regime militar instaurado na Tailândia, que trouxe muita censura ao cinema, esse novo filme de Apichatpong será filmado e ambientado na América do Sul, ao invés de seu país natal. É algo completamente novo em sua filmografia, tão associada às tradições e paisagens tailandesas! Além de contar com uma atriz ocidental e creio eu, um elenco local, com colombianos. Será algo completamente novo e inédito, admito que estou bem ansiosa para conferir os resultados.
La Gomera - A Ilha dos Assobios
3.0 12Segundo filme de Porumboiu que traz críticas à moral institucional da polícia, apesar de fugir totalmente do estilo de “Polícia, Adjetivo” por ter cenas de ação e violência. A língua sibilante da ilha de Gomera é bem interessante, poderia ter sido melhor explorada.
O Caso Hammarskjöld
3.9 6Tão polêmico e nenhum comentário?
Moolaadé
4.4 43Esse filme é para quem pensa que as mulheres que vivem em comunidades fundamentalistas são passivas e submissas.
Nabat
3.7 3Poeticamente doloroso.
Vodka Lemon
3.5 8 Assista AgoraÉ tanta coisa acontecendo que não dá para se prender tanto às personagens principais, mas é um filme até divertido. Na Armênia está sempre nevando?
O Jardim
4.2 28Já havia assistido "Panorama" do mesmo diretor, Martin Sulik, que tem obras inovadoras e conseguiu criar um estilo único de cinema, mas talvez pela parte do humor não seja para mim.
Himalaia
4.1 19Respeite quem falar que esse filme é lindo, é alguém que entende das coisas.
Timbuktu
3.8 134 Assista AgoraSó pela fotografia já valeria a pena ver esse filme. Mas ele é uma imersão em aspectos religiosos, sociais e culturais do Mali, um país infelizmente ainda desconhecido pelos brasileiros.