Tudo que diz respeito à Conquista de Jerusalém eu gostei; a invasão pelos túneis secretos e repletos de armadilhas rendeu sequências empolgantes e que possibilitaram a série sair do lugar comum. Mas essa Conquista mesmo é só na reta final.
Olhando para a temporada como um todo, o que se percebe é um roteiro de uma autora que claramente ainda não está madura. Sendo Jebus (futura Jerusalém) parte fundamental da trama, faltaram, por exemplo, núcleos jebuseus que ajudassem a contextualizar o cenário do conflito vindouro, núcleos esses que poderiam até se entrelaçar com os núcleos israelitas, cozinhando com mais sustância o futuro choque de nações, tal qual a novela A TERRA PROMETIDA fez muito bem por 3 vezes. E mesmo nos núcleos existentes, falta ainda no roteiro aquela sacada, sabe? Aquela malandragem que autores de novelas costumam ter, de forma que os diálogos e principalmente os conflitos não sejam levados quase no automático.
Aliás, "por que A CONQUISTA?", pode perguntar o espectador leigo antes de assistir essa temporada. Como mencionamos, se trata da conquista de Jerusalém, mas em um olhar inicial ou até dúbio, o título poderia estar aludindo também a conquista de diversas mulheres que Davi toma como esposa nesse período. Bem, não há problemas em retratar isso em uma série fiel ao material original como REIS é, afinal esses casamentos estão na Bíblia. O problema é que faltou aqui equilíbrio, mais equilíbrio entre o Davi casamenteiro, que é um fato, e o Davi salmista, poeta e músico que ele ainda era nesse período, antes de sua temporária fase sombria.
As cenas de ação seguem demonstrando o esforço da direção em não deixar que, por exemplo, todas as batalhas pareçam ser diferentes takes de uma mesma. Não, uma acontece no campo aberto, outra usando florestas como elementos de estratégia, outra se desenrola à beira de um precipício, outra à luz de um céu arroxeado, e por aí vai.
Por fim, é fato que a pausa que a série fez entre a 5° e essa temporada fez muito bem a ela. Às vezes o melhor mesmo é respirar e recomeçar, ainda que isso frustre a maioria de nós.
Minha crítica completa a essa temporada, em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EzsamhqgFh4
Ter sido produzida pelo grupo HBO foi uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido a essa série, pois a escala e o realismo empregados nos cenários de toda a trama são grandes o suficiente para fazer jus à profundidade dramática do roteiro. Uma joia de 2023.
Com uma pegada das clássicas séries de ficção científica e horror, CALLS reformula esses gêneros no mainstream ao apresentar histórias com os elementos daquelas obras de uma forma (consideravelmente) nova, ou simplesmente pouco usual na era do audioVISUAL.
No entanto, o roteiro perde força ao repetir um mesmo tema em vários episódios seguidos, que é a infidelidade, sem que haja uma justificativa narrativa para isso. Ao menos a criatividade da parte visual ajuda o espectador a se distrair disso um pouco. Sim, mesmo sendo uma série em que apenas ouvimos as vozes dos personagens, há uma clara e bem-sucedida tentativa de ilustrar essas histórias através dos desenhos 2D e 3D das modulações das ligações.
Em sua conclusão CALLS lembra muito Dark, e com certeza isso é um elogio. Eu gostaria muito que a série continuasse com temporadas antológicas, pois há um caminhão de possibilidades para se explorar, até mesmo saindo da ficção científica. Ainda que na essência a série não seja incomum, na forma ela é, e em tempos como hoje qualquer traço de frescor é bem-vindo.
Não é porque uma obra se destina ao público infantojuvenil que ela deva sacrificar a qualidade de alguns de seus aspectos, e essa empreitada da Disney+ faz exatamente isso, como por exemplo nas patéticas cenas de ação, principalmente no episódio de estreia. Se brincar, até os Trapalhões já entregaram ação mais crível.
Em seus melhores momentos a série lembra algumas obras à mesma faixa etária de público produzidas pela TV Cultura há umas duas décadas atrás, graças ao elenco consideravelmente carismático e a um esforço do roteiro de criar conceitos e macguffins atraentes. Mas a série ainda precisa comer muito feijão se quiser alcançar a relevância que tais obras da Cultura alcançaram.
Permeando o clima fantástico de crepúsculo da civilização moderna e a porrada de núcleos cuja semelhança em comum é o homem que de alguma forma não presta (eita, problemão que esses roteiristas devem ter com figura masculina na vida) há o ritmo lento que não consegue se justificar todo o tempo, com potencial de aborrecimento maior do que de empolgação. Que venha uma 2° temporada consideravelmente reformulada.
Independente de fidelidade ou não à realidade, a série é extremamente divertida e viciante ao pegar personagens e histórias que conhecemos a vida toda e nos apresentar isso tudo em formato de ficção de TV, principalmente em um país que quase não imortaliza suas figuras em adaptações do tipo.
Mais que isso, é uma grande adaptação no sentido de estudar a vida do Silvio Santos e perceber ali em determinada época de sua vida um arco dramático perfeito pra se desenvolver com começo, meio e fim por uma temporada inteira. Ansiosíssimo pra 2° leva!
Duas características externas à obra ganham contornos bem diferentes quando finalmente se assiste a ela. A primeira vem da própria divulgação - e incluo aqui a página da série no Prime com todos seus textos de apoio - que se esforça para vender uma obra politicamente incorreta, como se a todo o tempo dissesse "Olha como somos depravados, sem limites e imparáveis! Somos chocantes!". Mas a verdade é que a série apenas tem boas doses de gore, porque todo o resto é muito "certinho", e o cerne da série, sua natureza propriamente dita, é totalmente progressista e politicamente correta.
A segunda característica vem mais da visão do público. Não é difícil encontrar gente falando que a série retrata os super-"heróis" como eles realmente seriam na realidade: corrompidos, arrogantes e hipócritas. Até concordo que essa seria a tendência natural, mas na série também encontramos supers que são absolutamente bondosos, como a própria Starlight. Digo tudo isso apenas para apontar como é essencialmente necessário ter contato com uma obra a fim de conhecê-la realmente, para além do bafafá e do hype.
No mais é uma temporada ok, que apresenta e estabelece muito bem seu universo, que sabe brincar com paralelos com a nossa atualidade, mas que não escapa de boas enroladas e personagens subaproveitados. Que a 2° seja melhor nesses pontos.
Apesar de o marketing ser o objetivo fim, o meio, que é a série como dramaturgia e obra de arte, não é deixado de lado (como talvez se espere) e rende momentos bonitos e tocantes.
Pra uma série produzida por financiamento coletivo, que é queridinha entre o público e que tem o Jesus mais humano e camarada que eu já vi nas adaptações bíblicas, grande foi minha surpresa ao encontrar também ali uma imensa fidelidade à verdadeira Graça apesentada no Novo Testamento, e não algo que se aproximasse mais de teologias modernas que colocam o ser humano como sendo o centro de um universo que pode e deve se curvar diante dele. Se havia demanda de uma série bíblica de várias temporadas no estilo americano de se fazer TV, não há mais.
Minha crítica completa à série com curiosidades de bastidores, em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Q93gBbqTFBc
A chegada de Davi fez muito bem à série, e entre acertos e erros (mais acertos SIM), acho que o maior trunfo dessa adaptação é conseguir abordar a história original em todos os seus detalhes.
Minha crítica completa em vídeo com todos esses ERROS e ACERTOS dessa 5° temporada: https://www.youtube.com/watch?v=KV8kicsYLBI
A ideia de um núcleo mais juvenil e multicolorido no MCU é louvável, e em alguns aspectos o objetivo da série até é alcançado graças principalmente à direção de arte e ao carisma de Iman Vellani, mas falta o pessoal da sala de roteiro alinhar melhor essas narrativas, porque aqui ou o desenrolar das coisas é bobinho demais ou uma completa bagunça.
Não um horror. Só ruim mesmo. Tem seus méritos, e dá pra aproveitar uma leveza e uma graça diluídas por ali.
Acredito que funcione melhor na hora do almoço, mais ou menos como algumas séries que passavam (ou passam) no SBT nesse horário.
A série tem uns 2 ou 3 episódios que são BEM legais e também detém a quebra de 4° parede mais INACREDITÁVEL que alguém poderia imaginar, principalmente pra um Universo tão empenhado em passar credibilidade e verossimilhança através de sua coesão e coerência nas dezenas de filmes e séries.
Se nada disso te convence pra assisti-la, bom, ao menos ela tem bastante ligação com o (injustamente) ignorado O INCRÍVEL HULK (2008) e prepara um bocado de terrenos para o futuro do MCU; nesse sentido é necessária.
Um personagem interessante de um filme bacana em uma série solo que aproveita muito bem o formato e a plataforma para a qual é produzida. História básica, mas suficiente para proporcionar ação e gore na medida, uma salada de frutas de personagens, e um humor 5° série que, apesar de às vezes repetitivo e exagerado, é escasso no mainstream e, portanto, necessário. Que venha a 2° temporada antes do suposto hard reboot da DC!
A 3° temporada fechou alguns arcos da série, e essa 4° funciona muito como um reinício de REIS por alguns bons episódios, até que os núcleos veteranos retornem e se entrelacem com essa nova história, a saga de Davi.
E esse foi um reinício que fez bem à obra, pois a qualidade subiu e o entusiasmo do público também. Com uma história como a de Davi em mãos precisa se esforçar muito para fazer uma adaptação ruim.
Minha crítica em vídeo falando de todos os pontos dessa 4° temporada: https://youtube.com/live/pjZFlEZV0gY?feature=share
Apesar de começar problemática na sintonia da 2° temporada, essa 3° conserta muita coisa da série, tem o melhor desenvolvimento de temporada até aqui e termina com um episódio final de respeito, um autêntico season finale.
Crítica completa dessa 3° temporada em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=T9kNoJpWz6s&t=34s
Apesar de ser mais um dos projetos bíblicos da Record, não deve ser encarada como uma bíblica comum. Com a intenção de atingir o público jovem, a série começa deixando claro seu estilo mais caricato, farofento e descompromissado. Entender isso é o 1° passo para entender a intenção da série como um todo. Crítica completa em vídeo da 1° temporada: https://www.youtube.com/watch?v=a_CzNBhrxj4 Nota: 7,5/10.
Ao levar seus principais personagens de Floripa para Gramado, a série ganha demais tanto visualmente quanto nas possibilidades que se abrem de novas dinâmicas entre os personagens, ao mesmo tempo que tramas do passado e do presente se entrelaçam ainda mais. Triste fim por não ter um final de fato, mas a jornada valeu a pena. Crítica completa em vídeo da 2° temporada: https://www.youtube.com/watch?v=iQclXtHKH1o Nota: 8,0/10.
Gostei nada do fato de várias tramas da 1° temporada terem sido deixadas de lado sem conclusão em prol de um reinício da série 50 anos depois. Histórias que serão sim desenvolvidas e concluídas mais à frente, mas à custa de muita enrolação. Aliás, algo consideravelmente presente nessa 2° temporada é essa "barriga", já que, por exemplo, o arco da ascensão do simples camponês Saul como rei de Israel, que poderia durar uns 5 capítulos, leva cerca de 10. Outro problema pertinente é a dita vilã Kayla, que ao menos aqui nessa leva de episódios não faz muito jus a esse cargo de antagonista, na verdade acaba irritando o público pelos motivos errados.
Por outro lado temos poucas, mas ótimas cenas de batalha e duelos menores, que pontuam uma história que é sim muito interessante: o início da monarquia israelita (enfim o tema principal da série REIS sendo desenvolvido). Inclusive com um elenco bacana, mas que só precisava de um texto um pouco melhor estruturado e desenvolvido.
Crítica completa dessa temporada em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=2Uq7WzinMSk
A direção do Juan trouxe um bem-vindo frescor às bíblicas, muito embora seu gosto por uma fotografia pálida e opaca seja extremamente controverso. Mas mais controverso é o roteiro da Raphaela Castro optando pela promoção ao protagonismo de personagens fictícios como Malquias e Lavínia, enquanto figuras bíblicas importantes como Samuel ficam um pouco mais escanteados.
Crítica completa em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=qriBCIFx0lQ
A novela parece não decidir quem é seu público ao intercalar histórias do Cristianismo com boas doses de sexo e sangue. Apesar de tudo consegue ser divertida e interessante dentro do que se propõe.
Crítica completa sobre a obra: https://www.youtube.com/watch?v=PyqJJie_y1Q
Tinha tudo pra ser A série de espionagem/pancadaria do MCU, e isso não é baseado só em outros trabalhos do Jeremy Renner, mas principalmente no histórico do próprio Clint Barton no mesmo MCU. Só que na prática a série vai por um caminho completamente diferente, sendo uma inesperada "Sessão da Tarde natalina", o que proporciona um clima maravilhoso e super bem-vindo.
Mas como nem só de cenas noturnas urbanas no Natal sobrevive uma série, a verdade é que muito dos principais conflitos da trama e de quase tudo que arrodeia os personagens é bem qualquer coisa, me faltando até palavras por pura preguiça mesmo. Próximo.
Apesar do elenco "blockbuster" e da pitada de Black Mirror, essa série se trata de uma antologia de monólogos, e o conjunto da obra (principalmente texto, atuação e direção), apesar de tudo jogar contra, consegue manter de forma satisfatória o interesse do espectador. De determinado ponto de vista é uma gracinha.
What if...? E se... nenhum episódio dessa série perdesse tempo com uma história de Thor festeiro? E se a animação fosse só um bocado mais caprichada?
Bom, se essas e outras coisas acontecessem, certamente teríamos aí uma série de alto nível, já que episódios como o dos zumbis, do serial killer de Vingadores e (principalmente) do Doutor Estranho fazem jus ao exercício de imaginação que se espera de uma obra do tipo.
Pena que não estou em um universo onde isso ocorreu, mas a variante da 1° temporada de What If...? a que tenho acesso já garantiu boas horas de diversão com a disrupção dos eventos do MCU, que em regra geral não pode ser alterado em função da coerência narrativa pela qual ficou conhecido.
Reis: A Conquista (6ª Temporada)
4.4 3Tudo que diz respeito à Conquista de Jerusalém eu gostei; a invasão pelos túneis secretos e repletos de armadilhas rendeu sequências empolgantes e que possibilitaram a série sair do lugar comum. Mas essa Conquista mesmo é só na reta final.
Olhando para a temporada como um todo, o que se percebe é um roteiro de uma autora que claramente ainda não está madura. Sendo Jebus (futura Jerusalém) parte fundamental da trama, faltaram, por exemplo, núcleos jebuseus que ajudassem a contextualizar o cenário do conflito vindouro, núcleos esses que poderiam até se entrelaçar com os núcleos israelitas, cozinhando com mais sustância o futuro choque de nações, tal qual a novela A TERRA PROMETIDA fez muito bem por 3 vezes. E mesmo nos núcleos existentes, falta ainda no roteiro aquela sacada, sabe? Aquela malandragem que autores de novelas costumam ter, de forma que os diálogos e principalmente os conflitos não sejam levados quase no automático.
Aliás, "por que A CONQUISTA?", pode perguntar o espectador leigo antes de assistir essa temporada. Como mencionamos, se trata da conquista de Jerusalém, mas em um olhar inicial ou até dúbio, o título poderia estar aludindo também a conquista de diversas mulheres que Davi toma como esposa nesse período. Bem, não há problemas em retratar isso em uma série fiel ao material original como REIS é, afinal esses casamentos estão na Bíblia. O problema é que faltou aqui equilíbrio, mais equilíbrio entre o Davi casamenteiro, que é um fato, e o Davi salmista, poeta e músico que ele ainda era nesse período, antes de sua temporária fase sombria.
As cenas de ação seguem demonstrando o esforço da direção em não deixar que, por exemplo, todas as batalhas pareçam ser diferentes takes de uma mesma. Não, uma acontece no campo aberto, outra usando florestas como elementos de estratégia, outra se desenrola à beira de um precipício, outra à luz de um céu arroxeado, e por aí vai.
Por fim, é fato que a pausa que a série fez entre a 5° e essa temporada fez muito bem a ela. Às vezes o melhor mesmo é respirar e recomeçar, ainda que isso frustre a maioria de nós.
Minha crítica completa a essa temporada, em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EzsamhqgFh4
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraTer sido produzida pelo grupo HBO foi uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido a essa série, pois a escala e o realismo empregados nos cenários de toda a trama são grandes o suficiente para fazer jus à profundidade dramática do roteiro. Uma joia de 2023.
Calls (1ª Temporada)
4.3 75Com uma pegada das clássicas séries de ficção científica e horror, CALLS reformula esses gêneros no mainstream ao apresentar histórias com os elementos daquelas obras de uma forma (consideravelmente) nova, ou simplesmente pouco usual na era do audioVISUAL.
No entanto, o roteiro perde força ao repetir um mesmo tema em vários episódios seguidos, que é a infidelidade, sem que haja uma justificativa narrativa para isso. Ao menos a criatividade da parte visual ajuda o espectador a se distrair disso um pouco. Sim, mesmo sendo uma série em que apenas ouvimos as vozes dos personagens, há uma clara e bem-sucedida tentativa de ilustrar essas histórias através dos desenhos 2D e 3D das modulações das ligações.
Em sua conclusão CALLS lembra muito Dark, e com certeza isso é um elogio. Eu gostaria muito que a série continuasse com temporadas antológicas, pois há um caminhão de possibilidades para se explorar, até mesmo saindo da ficção científica. Ainda que na essência a série não seja incomum, na forma ela é, e em tempos como hoje qualquer traço de frescor é bem-vindo.
Mila No Multiverso (1ª Temporada)
2.4 6Não é porque uma obra se destina ao público infantojuvenil que ela deva sacrificar a qualidade de alguns de seus aspectos, e essa empreitada da Disney+ faz exatamente isso, como por exemplo nas patéticas cenas de ação, principalmente no episódio de estreia. Se brincar, até os Trapalhões já entregaram ação mais crível.
Em seus melhores momentos a série lembra algumas obras à mesma faixa etária de público produzidas pela TV Cultura há umas duas décadas atrás, graças ao elenco consideravelmente carismático e a um esforço do roteiro de criar conceitos e macguffins atraentes. Mas a série ainda precisa comer muito feijão se quiser alcançar a relevância que tais obras da Cultura alcançaram.
Invasão (1ª Temporada)
3.1 71 Assista AgoraPermeando o clima fantástico de crepúsculo da civilização moderna e a porrada de núcleos cuja semelhança em comum é o homem que de alguma forma não presta (eita, problemão que esses roteiristas devem ter com figura masculina na vida) há o ritmo lento que não consegue se justificar todo o tempo, com potencial de aborrecimento maior do que de empolgação.
Que venha uma 2° temporada consideravelmente reformulada.
O Rei da TV (1ª Temporada)
3.6 64 Assista AgoraIndependente de fidelidade ou não à realidade, a série é extremamente divertida e viciante ao pegar personagens e histórias que conhecemos a vida toda e nos apresentar isso tudo em formato de ficção de TV, principalmente em um país que quase não imortaliza suas figuras em adaptações do tipo.
Mais que isso, é uma grande adaptação no sentido de estudar a vida do Silvio Santos e perceber ali em determinada época de sua vida um arco dramático perfeito pra se desenvolver com começo, meio e fim por uma temporada inteira. Ansiosíssimo pra 2° leva!
The Boys (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraDuas características externas à obra ganham contornos bem diferentes quando finalmente se assiste a ela. A primeira vem da própria divulgação - e incluo aqui a página da série no Prime com todos seus textos de apoio - que se esforça para vender uma obra politicamente incorreta, como se a todo o tempo dissesse "Olha como somos depravados, sem limites e imparáveis! Somos chocantes!". Mas a verdade é que a série apenas tem boas doses de gore, porque todo o resto é muito "certinho", e o cerne da série, sua natureza propriamente dita, é totalmente progressista e politicamente correta.
A segunda característica vem mais da visão do público. Não é difícil encontrar gente falando que a série retrata os super-"heróis" como eles realmente seriam na realidade: corrompidos, arrogantes e hipócritas. Até concordo que essa seria a tendência natural, mas na série também encontramos supers que são absolutamente bondosos, como a própria Starlight. Digo tudo isso apenas para apontar como é essencialmente necessário ter contato com uma obra a fim de conhecê-la realmente, para além do bafafá e do hype.
No mais é uma temporada ok, que apresenta e estabelece muito bem seu universo, que sabe brincar com paralelos com a nossa atualidade, mas que não escapa de boas enroladas e personagens subaproveitados. Que a 2° seja melhor nesses pontos.
O Natal Sempre Encontra o Caminho
3.3 1Apesar de o marketing ser o objetivo fim, o meio, que é a série como dramaturgia e obra de arte, não é deixado de lado (como talvez se espere) e rende momentos bonitos e tocantes.
Os Escolhidos (1ª Temporada)
4.7 88 Assista AgoraPra uma série produzida por financiamento coletivo, que é queridinha entre o público e que tem o Jesus mais humano e camarada que eu já vi nas adaptações bíblicas, grande foi minha surpresa ao encontrar também ali uma imensa fidelidade à verdadeira Graça apesentada no Novo Testamento, e não algo que se aproximasse mais de teologias modernas que colocam o ser humano como sendo o centro de um universo que pode e deve se curvar diante dele. Se havia demanda de uma série bíblica de várias temporadas no estilo americano de se fazer TV, não há mais.
Minha crítica completa à série com curiosidades de bastidores, em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Q93gBbqTFBc
Reis: A Perseguição (5ª Temporada)
4.2 1A chegada de Davi fez muito bem à série, e entre acertos e erros (mais acertos SIM), acho que o maior trunfo dessa adaptação é conseguir abordar a história original em todos os seus detalhes.
Minha crítica completa em vídeo com todos esses ERROS e ACERTOS dessa 5° temporada: https://www.youtube.com/watch?v=KV8kicsYLBI
Ms. Marvel
3.2 230 Assista AgoraA ideia de um núcleo mais juvenil e multicolorido no MCU é louvável, e em alguns aspectos o objetivo da série até é alcançado graças principalmente à direção de arte e ao carisma de Iman Vellani, mas falta o pessoal da sala de roteiro alinhar melhor essas narrativas, porque aqui ou o desenrolar das coisas é bobinho demais ou uma completa bagunça.
Mulher-Hulk: Defensora de Heróis
3.1 469 Assista AgoraA série é ruim. Ponto.
Não um horror. Só ruim mesmo. Tem seus méritos, e dá pra aproveitar uma leveza e uma graça diluídas por ali.
Acredito que funcione melhor na hora do almoço, mais ou menos como algumas séries que passavam (ou passam) no SBT nesse horário.
A série tem uns 2 ou 3 episódios que são BEM legais e também detém a quebra de 4° parede mais INACREDITÁVEL que alguém poderia imaginar, principalmente pra um Universo tão empenhado em passar credibilidade e verossimilhança através de sua coesão e coerência nas dezenas de filmes e séries.
Se nada disso te convence pra assisti-la, bom, ao menos ela tem bastante ligação com o (injustamente) ignorado O INCRÍVEL HULK (2008) e prepara um bocado de terrenos para o futuro do MCU; nesse sentido é necessária.
Pacificador (1ª Temporada)
4.2 339 Assista AgoraUm personagem interessante de um filme bacana em uma série solo que aproveita muito bem o formato e a plataforma para a qual é produzida. História básica, mas suficiente para proporcionar ação e gore na medida, uma salada de frutas de personagens, e um humor 5° série que, apesar de às vezes repetitivo e exagerado, é escasso no mainstream e, portanto, necessário. Que venha a 2° temporada antes do suposto hard reboot da DC!
Cavaleiro da Lua
3.5 420 Assista AgoraA série fica bem entre o frescor que o MCU precisa e a fórmula usual de sempre... Mas tem potencial.
Reis: A Escolha (4ª Temporada)
4.4 3A 3° temporada fechou alguns arcos da série, e essa 4° funciona muito como um reinício de REIS por alguns bons episódios, até que os núcleos veteranos retornem e se entrelacem com essa nova história, a saga de Davi.
E esse foi um reinício que fez bem à obra, pois a qualidade subiu e o entusiasmo do público também. Com uma história como a de Davi em mãos precisa se esforçar muito para fazer uma adaptação ruim.
Minha crítica em vídeo falando de todos os pontos dessa 4° temporada: https://youtube.com/live/pjZFlEZV0gY?feature=share
Reis: A Rejeição (3ª Temporada)
3.5 3Apesar de começar problemática na sintonia da 2° temporada, essa 3° conserta muita coisa da série, tem o melhor desenvolvimento de temporada até aqui e termina com um episódio final de respeito, um autêntico season finale.
Crítica completa dessa 3° temporada em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=T9kNoJpWz6s&t=34s
Todas as Garotas em Mim
3.2 3Apesar de ser mais um dos projetos bíblicos da Record, não deve ser encarada como uma bíblica comum. Com a intenção de atingir o público jovem, a série começa deixando claro seu estilo mais caricato, farofento e descompromissado. Entender isso é o 1° passo para entender a intenção da série como um todo.
Crítica completa em vídeo da 1° temporada: https://www.youtube.com/watch?v=a_CzNBhrxj4
Nota: 7,5/10.
Ao levar seus principais personagens de Floripa para Gramado, a série ganha demais tanto visualmente quanto nas possibilidades que se abrem de novas dinâmicas entre os personagens, ao mesmo tempo que tramas do passado e do presente se entrelaçam ainda mais. Triste fim por não ter um final de fato, mas a jornada valeu a pena.
Crítica completa em vídeo da 2° temporada: https://www.youtube.com/watch?v=iQclXtHKH1o
Nota: 8,0/10.
Reis: A Ingratidão (2ª Temporada)
3.5 3Gostei nada do fato de várias tramas da 1° temporada terem sido deixadas de lado sem conclusão em prol de um reinício da série 50 anos depois. Histórias que serão sim desenvolvidas e concluídas mais à frente, mas à custa de muita enrolação. Aliás, algo consideravelmente presente nessa 2° temporada é essa "barriga", já que, por exemplo, o arco da ascensão do simples camponês Saul como rei de Israel, que poderia durar uns 5 capítulos, leva cerca de 10. Outro problema pertinente é a dita vilã Kayla, que ao menos aqui nessa leva de episódios não faz muito jus a esse cargo de antagonista, na verdade acaba irritando o público pelos motivos errados.
Por outro lado temos poucas, mas ótimas cenas de batalha e duelos menores, que pontuam uma história que é sim muito interessante: o início da monarquia israelita (enfim o tema principal da série REIS sendo desenvolvido). Inclusive com um elenco bacana, mas que só precisava de um texto um pouco melhor estruturado e desenvolvido.
Crítica completa dessa temporada em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=2Uq7WzinMSk
Reis: A Decepção (1ª Temporada)
3.9 4A direção do Juan trouxe um bem-vindo frescor às bíblicas, muito embora seu gosto por uma fotografia pálida e opaca seja extremamente controverso. Mas mais controverso é o roteiro da Raphaela Castro optando pela promoção ao protagonismo de personagens fictícios como Malquias e Lavínia, enquanto figuras bíblicas importantes como Samuel ficam um pouco mais escanteados.
Crítica completa em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=qriBCIFx0lQ
María Magdalena
4.3 10A novela parece não decidir quem é seu público ao intercalar histórias do Cristianismo com boas doses de sexo e sangue. Apesar de tudo consegue ser divertida e interessante dentro do que se propõe.
Crítica completa sobre a obra:
https://www.youtube.com/watch?v=PyqJJie_y1Q
Gavião Arqueiro
3.5 327 Assista AgoraTinha tudo pra ser A série de espionagem/pancadaria do MCU, e isso não é baseado só em outros trabalhos do Jeremy Renner, mas principalmente no histórico do próprio Clint Barton no mesmo MCU. Só que na prática a série vai por um caminho completamente diferente, sendo uma inesperada "Sessão da Tarde natalina", o que proporciona um clima maravilhoso e super bem-vindo.
Mas como nem só de cenas noturnas urbanas no Natal sobrevive uma série, a verdade é que muito dos principais conflitos da trama e de quase tudo que arrodeia os personagens é bem qualquer coisa, me faltando até palavras por pura preguiça mesmo. Próximo.
The Office (1ª Temporada)
4.1 554A série que me fez ter certeza do tipo de humor que mais gosto na vida real e na ficção.
Sozinhos
3.6 64Apesar do elenco "blockbuster" e da pitada de Black Mirror, essa série se trata de uma antologia de monólogos, e o conjunto da obra (principalmente texto, atuação e direção), apesar de tudo jogar contra, consegue manter de forma satisfatória o interesse do espectador.
De determinado ponto de vista é uma gracinha.
What If...? (1ª Temporada)
3.8 279 Assista AgoraWhat if...?
E se... nenhum episódio dessa série perdesse tempo com uma história de Thor festeiro? E se a animação fosse só um bocado mais caprichada?
Bom, se essas e outras coisas acontecessem, certamente teríamos aí uma série de alto nível, já que episódios como o dos zumbis, do serial killer de Vingadores e (principalmente) do Doutor Estranho fazem jus ao exercício de imaginação que se espera de uma obra do tipo.
Pena que não estou em um universo onde isso ocorreu, mas a variante da 1° temporada de What If...? a que tenho acesso já garantiu boas horas de diversão com a disrupção dos eventos do MCU, que em regra geral não pode ser alterado em função da coerência narrativa pela qual ficou conhecido.
Vale a pena. E espero que venham mais.