O filme podia ter uns trinta minutos a menos porque mesmo com quase duas horas de duração o universo do filme é mal explorado. A gente sabe que os orcs vivem nos guetos e que os elfos são a elite econômica, mas é só isso. De resto o filme segue o clichê da dupla de policiais que não se dão bem, mas que acabam se tornando grandes amigos. Os vilões são muito sem graça e o que deveria ser a grande revelação da história já está óbvio desde os primeiros cinco minutos de filme. O filme não consegue manter uma coerência com o que é mostrado dentro da própria história. Os vilões aparecem matando um esquadrão da polícia com as próprias mãos, mas logo depois estão tendo trabalho pra enfrentar os protagonistas. Uma pena porque o universo apresentado tinha potencial para fazer algo realmente criativo.
Eu já tinha ficado chocado quando li uma reportagem sobre esse caso, mas assistindo o documentário a gente tem uma noção ainda maior da bizarrice. Impossível não sentir empatia pela Gypsey Rose e torcer pra que ela saia da cadeia logo. E tomara que ela consiga um bom acompanhamento psicológico porque ninguém sai ileso de algo assim.
Star Wars: O Despertar da Força foi o filme responsável por trazer de volta aos cinemas a franquia criada por George Lucas em 1977, mas, apesar de ser muito bom, não há como negar que ele era uma repetição de coisas já vistas em Uma Nova Esperança, primeiro filme da saga. Rogue One: A Star Wars Story foi o primeiro dessa nova leva de filmes a trazer algo realmente diferente do que conhecíamos, ao mostrar um lado da Aliança Rebelde que não era composto apenas de heróis altruístas, mas também de personagens repletos de tons de cinza. Com Star Wars: Os Últimos Jedi, o diretor e roteirista Rian Johnson parece querer seguir essa tendência ao mostrar que nossos heróis também possuem falhas, entregando um filme que é bem diferente de todos os outros da franquia, ao mesmo tempo em que mantém tudo muito familiar. Isso fica claro com a batalha espacial que abre o filme, algo que é corriqueiro na saga, mas que aqui serve para mostrar a irresponsabilidade de alguns personagens e as consequências das suas ações. Além disso, o filme traz uma carga extra de drama para a Resistência ao mostrar as naves deles sofrendo com falta de combustível, fazendo com que a fuga deles lembre um pouco o excelente seriado Battlestar Galactica.
Os Últimos Jedi é provavelmente o filme menos aventuresco da saga, apostando muito mais no desenvolvimento dos personagens do que em ficar mostrando planetas e raças diferentes a todo momento. Poe Dameron (Oscar Isaac), por exemplo, deixou de ser apenas o clichê do piloto extremamente habilidoso e aparece aqui como alguém disposto a qualquer coisa para reerguer a Nova República, que foi destruída no filme anterior. Enquanto isso, Finn (John Boyega) continua demonstrando um certo egoísmo quando o assunto é tentar proteger Rey (Daisy Ridley), disposto até mesmo a deixar a Resistência para trás. Já no núcleo de usuários da Força, a história flerta com a possibilidade de Rey e Kylo Ren (Adam Driver) trocarem de lado e traz mais profundidade para ambos. Aliás, Kylo Ren se tornou um personagem muito mais interessante desde o filme anterior, com direito a um plot twist totalmente inesperado. Se em O Despertar da Força o personagem parecia muito mais um adolescente mimado e sem rumo, em Os Últimos Jedi ele está muito mais decidido e sabendo o que quer. E através de flashbacks (algo raro na saga), é possível entendermos os motivos que levaram Kylo Ren para o lado sombrio da Força. Já do lado da Rey, a revelação sobre os pais dela traz toda uma nova dimensão à saga e, apesar de polêmica, espero que mantenham essa revelação inalterada no próximo filme.
Até mesmo Luke Skywalker (Mark Hamill) aparece como alguém repleto de dúvidas se deve ou não treinar uma nova aprendiz, principalmente depois de ter falhado com o sobrinho Ben Solo. E é interessante notar como ele parece ser uma mistura de Obi-Wan Kenobi e Yoda, uma vez que ele foi treinado por ambos. O modo como ele sacaneia a Rey no início do treinamento lembra muito o Obi-Wan brincalhão de Ewan McGregor, enquanto a explicação dele sobre a energia mística da Força soa praticamente idêntica ao Yoda de Frank Oz. Já um dos momentos mais importantes do personagem no filme é uma clara homenagem à Alec Guinness, primeiro intérprete do Obi-Wan. O roteiro de Rian Johnson ainda aproveita Luke para fazer referência à trilogia de prequels, quando o personagem explica que os Jedi eram arrogantes e que acabaram caindo devido ao próprio orgulho. Essa fala dele também é interessante por servir como dica do desfecho de um personagem dentro do próprio filme.
Em meio a tantos personagens com dúvidas sobre o que devem ou não fazer, é interessante como a General Leia Organa (Carrie Fisher) continua como a grande força da saga. Assim como na trilogia original, em nenhum momento ela duvida de si mesma ou do que deve fazer. Liderando os remanescentes da Resistência, ela ainda se mostra confiante como sempre e capaz de se virar sozinha mesmo nas situações mais adversas. E devido à morte da atriz na vida real, é difícil não se emocionar nas cenas em que a personagem fala sobre vida e morte. O ponto fraco com relação aos personagens fica por conta de indivíduos como a vice-almirante Holdo (Laura Dern) que toma algumas decisões que acabam não se justificando, parecendo muito mais uma decisão de roteiro apenas com o objetivo de criar algum conflito. O mesmo acontece com o personagem de Benicio Del Toro, que parece mais um recurso de roteiro do que um personagem realmente interessante. Já a Capitã Phasma (Gwendoline Christie) continua subaproveitada e aparece bem pouco no filme, sendo uma personagem de visual cool, mas que acrescenta pouco à saga.
Apesar desses personagens mais falhos e de ter menos viagens entre diversos planetas, Os Últimos Jedi ainda mantém o espírito de Star Wars, com batalhas sensacionais e que surpreendem justamente por não entregarem exatamente o que os fãs esperam. O combate envolvendo Rey e Kylo Ren com seus sabres de luz, por exemplo, está entre as cenas mais bonitas e empolgantes de toda a franquia, com o mérito de não repetir o que já foi feito em qualquer dos outros filmes. Sem dar spoilers, é surpreendente o modo como o combate se inicia e como ele se desenrola. Tão empolgante quanto, é um combate envolvendo Luke Skywalker, que também consegue ser bastante original, ao mesmo tempo em que mostra o quão poderoso Luke se tornou no uso da Força ao longo dos anos. Já nos confrontos entre a Resistência e a Primeira Ordem, o destaque fica por conta da batalha em um planeta cuja superfície é coberta de sal e cheia de trincheiras com soldados, remetendo à Primeira Guerra Mundial. E não posso deixar de mencionar uma belíssima cena no espaço envolvendo uma grande nave da Resistência contra a frota do Supremo Líder Snoke (Andy Serkis).
Além de todas as batalhas e desenvolvimento dos personagens, o roteiro de Star Wars: Os Últimos Jedi também é interessante por trazer para a franquia a discussão sobre quem são os verdadeiros vilões em uma guerra de grandes proporções. Quando Finn e Rose Tico (Kelly Marie Tran) estão no cassino de Canto Bright, é possível ver diversas pessoas ricas se divertindo sem preocupações, mesmo que uma guerra gigantesca esteja acontecendo pela galáxia. Não demora para que Rose explique que ninguém ali faz parte da Primeira Ordem, mas que são apenas pessoas muito ricas e que simplesmente não se importam com o que está acontecendo no resto da galáxia, desde que mantenham seu status social. É a elite econômica não se importando com quem está na base da pirâmide, chegando ao cúmulo de utilizar trabalho escravo infantil. Já em outro diálogo é revelado que muitos desses milionários fizeram fortuna justamente vendendo armas tanto para a Primeira Ordem quanto para a Resistência. “Para algumas pessoas é importante que sempre exista uma guerra acontecendo”, diz o personagem interpretado por Benicio Del Toro. Assim, é interessante notar que até mesmo personagens extremamente cruéis, como Snoke, Kylo Ren e General Hux (Domhnall Gleeson), acabam sendo meros peões em um jogo comandado pela milionária indústria armamentista.
Com um bom equilíbrio entre ação e humor, Star Wars: Os Últimos Jedi é um dos melhores filmes da saga iniciada por George Lucas em 1977. Diferente de O Despertar da Força, que apenas reciclava ideias para ressuscitar a franquia nos cinemas, o filme dirigido por Rian Johnson traz realmente algo de novo. Mesmo com diversas referências à trilogia clássica, como rimas visuais (Luke olhando o horizonte em Ahch-To, assim como fez em Tatooine no Episódio IV, é lindo demais) e diálogos repetidos, além da participação de antigos personagens, a saga parece cada vez mais preparada para se despedir do antigo e dar espaço para o novo. E isso é ótimo. Além disso, em tempos de ódio cada vez maior entre as pessoas por causa de simples diferenças ideológicas, o filme traz, na fala de um dos personagens, uma mensagem que deveria servir de conselho para qualquer pessoa: “para vencer esta guerra devemos parar de destruir o que odiamos e começar a salvar aquilo que amamos”.
Achei divertido e nada além disso. A direção é muito boa, com ângulos de câmera interessantes que realmente passam a sensação de estar dentro de um trem, mas a história podia ser um pouco mais curta. A conclusão do mistério também não achei grande coisa, mas valeu o ingresso.
Cenas de guerra muito bonitas e bem produzidas, não só no visual, mas também no departamento de som. Filme pra ser visto no cinema com a melhor qualidade possível, já que tecnicamente ele é muito bom. Mas tirando a parte técnica ele é um filme bem vazio. Não existe um personagem central que possamos nos apegar, parece que a gente está assistindo a cenas de guerra e só isso mesmo. É o filme do Nolan que menos gostei até hoje.
Filme extremamente claustrofóbico e angustiante. Quanto mais gente ia surgindo na tela mais eu tinha vontade de gritar "sai daí, Jennifer Lawrence, cê vai morrer". Aliás, que grande atuação dela e do Javier Barden. Filmaço pra assistir mais de uma vez e pegar todos os detalhes da produção. Um dos melhores que eu assisti esse ano.
O filme começa como um suspense normal, de repente ele parece que vai virar uma espécie de Esqueceram de Mim, principalmente pela ambientação natalina. Aí acontece um plot twist que vira tudo de cabeça pra baixo e deixa tudo bem surpreendente. Curti demais.
Jim Carrey é um gênio ou um maluco do caralho, depende de com quem você conversa. Não sei como conseguiram terminar as filmagens de O Mundo de Andy com esse clima que o Jim Carrey criou. Eu sinceramente teria pedido as contas e ido embora. Mas acho bem maneiro ver esses processos absurdos de criação que alguns atores fazem. Documentário totalmente excelente.
A minha expectativa pra esse filme era apenas que ele não fosse um lixo como Batman vs Superman e Esquadrão Suicida. Levando isso em conta, até que eu me diverti no cinema, mas ainda está longe de ser um filmaço. Pelo menos finalmente temos cores no Universo DC, o Superman tem uniforme com cores vibrantes e é confiante como nos gibis. O modo como ele retorna é uma bosta e a Warner simplesmente jogou no lixo duas histórias clássicas do personagem: A Morte e o Retorno do Superman. O Ciborgue é um personagem vazio e o Flash é um bocó covarde e que corre de maneira desengonçada. O Aquaman é apenas o Jason Momoa respirando debaixo dágua, já que ele sempre faz o papel dele mesmo. Apesar disso tudo, o filme é legalzinho e pelo menos faz a gente querer ler um gibi da Liga depois de assistir.
Mais um filmaço coreano de ação. Aquele começo com um plano sequência todo em primeira pessoa com a porrada comendo sinistramente é sensacional. Todas as cenas de luta passam a sensação de serem sem cortes, mesmo quando a câmera faz movimentos obviamente falsos. Aquele confronto dentro de um ônibus em movimento é coisa linda demais.
Filme bem bom que mostra todos os estágios de uma transformação em zumbi, desde coisas pequenas como não sentir dor, até finalmente a fome insaciável por carne humana.
As mortes tem bastante sangue, mas infelizmente a câmera está sempre tremendo, fazendo com que a gente nem consiga ver nada direito. O filme tenta explicar a origem do Leatherface, mas achei até que dá uma enfraquecida na mitologia de O Massacre da Serra Elétrica.
Thor: Ragnarok começa com o personagem título acorrentado no covil do demônio Surtur (Clancy Brown). Mesmo em uma situação de desvantagem, o herói mantém a calma e faz algumas piadas enquanto conversa com o demônio. Não demora para ele se soltar e começar uma excelente cena de combate entre Thor (Chris Hemsworth) e os lacaios de Surtur. O personagem gira o seu martelo, arrebenta monstros no soco, usa relâmpagos e, quando arremessa o martelo, uma câmera acompanha o objeto, nos colocando dentro da ação e mostrando a “visão” dele enquanto derruba dezenas de inimigos. O combate entre Thor e o gigantesco Surtur é eletrizante e nos faz realmente acreditar que o herói é extremamente poderoso. Com esta sequência inicial, o diretor Taika Waititi já deixa claro o tom que o filme terá até o final, conseguindo um equilíbrio perfeito entre ação, aventura e humor. Além disso, os roteiristas Craig Kyle, Christopher Yost (responsáveis pelo excelente Logan) e Eric Pearson sabem utilizar o universo compartilhado dos filmes da Marvel sem ficar presos a ele. Apesar das várias referências a outras produções do Marvel Studios, é perfeitamente possível assistir Thor: Ragnarok sem nenhum tipo de conhecimento prévio.
O primeiro grande acerto do roteiro é situar o filme longe da Terra e se livrar de personagens que até então não acrescentavam nada, como Jane (Natalie Portman), paixão do Thor. Assim, em vez de salvar o nosso planeta, a grande missão do filho de Odin (Anthony Hopkins) é salvar o seu próprio lar, Asgard, que está perto de passar pelo Ragnarok, o apocalipse da mitologia nórdica. Tendo Hela (Cate Blanchett), a deusa da morte, como a grande vilã do filme, é interessante como os roteiristas resolvem de forma rápida o gancho deixado pelo filme anterior: Loki (Tom Hiddleston) governando Asgard no lugar de Odin. Em uma cena hilária, com a participação de Matt Damon e que dura poucos minutos, tudo é resolvido de maneira satisfatória e o filme está pronto para seguir com a sua própria história. Lembrando muito Guardiões da Galáxia, Thor: Ragnarok está repleto de cenas que resolvem coisas importantes, mas sem deixar de lado o humor, que é sempre inserido de forma orgânica durante as cenas, sem nunca parecer forçado demais. A expressão no rosto de Loki ao ver o Hulk (Mark Ruffalo) pela primeira vez desde Os Vingadores é impagável. Já o reencontro entre Thor e Hulk é ainda mais engraçado no filme do que já era no trailer.
E por falar em Hulk, a decisão dos realizadores de darem mais personalidade ao gigante verde era algo que estava faltando no universo cinematográfico da Marvel. Antes tratado apenas como uma máquina de destruição a serviço dos Vingadores, aqui ele finalmente ganha uma personalidade, além de diálogos excelentes. O Hulk de Thor: Ragnarok surpreende ao mostrar para o espectador que ele é tão humano e com sentimentos quanto qualquer um de nós, seja sacaneando o Thor para que ele leve um choque ou ficando triste ao constatar que as pessoas na Terra não gostam dele. Ele ainda demonstra uma certa vaidade ao curtir a vida de gladiador no planeta Sakaar e é inteligente o suficiente para parar de lutar quando recebe ordens. Além disso, pela primeira vez nós vemos que o Hulk também fica desesperado ao perceber que vai se transformar em Bruce Banner, assim como acontece com seu alter ego. É algo que humaniza o personagem e nos aproxima ainda mais dele.
O filme também aprofunda o relacionamento entre Thor e seu irmão, Loki, que deixou de ser um vilão para ser uma espécie de anti-herói. Já que Hela é a vilã da vez, Loki demonstra que é o Deus da Trapaça através de pequenas coisas, como se passar por outra pessoa ou fazer amizade com tipos estranhos. Apesar disso e do ciúme que sente de Thor, é possível perceber que ele se preocupa de verdade com o irmão. Já Thor parece muito mais preparado para as trapaças de Loki, ao mesmo tempo em que ainda deseja uma reconciliação total com ele. Até mesmo personagens mais secundários, como a Valquíria (Tessa Thompson) ou Heimdall (Idris Elba) possuem bons momentos e, no caso da primeira, têm suas motivações bem apresentadas. Praticamente todos os personagens do filme são interessantes e divertidos, algo que não acontecia nos anteriores quando tínhamos os chatos coadjuvantes terráqueos.
Thor: Ragnarok ainda possui o mérito de ser o filme do herói que mais se parece com um gibi. O diretor Taika Waititi criou um filme visualmente muito bonito e colorido, lembrando as grandes histórias desenhadas por Jack Kirby, um dos criadores do herói. Todos os cenários são muito bonitos e diferentes entre si e trazem detalhes que parecem ter sido desenhados pelo próprio Kirby. Asgard possui toda aquela imponência dourada de uma morada de deuses, enquanto Sakaar apresenta uma arquitetura toda bagunçada, com prédios magníficos dividindo espaço com pequenas construções. Além disso, o filme possui pequenos easter eggs para os fãs, como o guarda-chuva do Thor que faz as vezes da bengala de Donald Blake (alter ego do herói nos quadrinhos), ou quando Loki lembra que já transformou o irmão em um sapo. Chama atenção também a habilidade do diretor com a tecnologia 3D, mesmo este sendo o primeiro blockbuster que ele dirige. Enquanto muitos diretores insistem em planos fechados e cortes rápidos, Taika compreende a importância dos planos abertos, com mais tempo de duração e com bastante profundidade de campo para que o 3D seja eficiente. Desta forma é possível apreciar toda a beleza de Asgard ou do covil de Surtur, fugindo daquela coisa básica de atirar objetos na direção do espectador só para mostrar algum tipo de efeito 3D.
Foram duas tentativas frustradas, mas finalmente a Marvel acertou em um filme do Deus do Trovão. Com uma proposta totalmente diferente dos seus antecessores, investindo bastante no humor e com um visual que remete o tempo todo à arte de Jack Kirby, Thor: Ragnarok não é apenas a melhor encarnação do personagem nos cinemas, mas é também uma das melhores produções do Marvel Studios. Além disso, o final do filme ainda traz uma virada importante para o personagem e o deixa em uma posição muito interessante para o que vem no futuro do universo cinematográfico com Vingadores: Guerra Infinita.
Que tristeza não ter tido a chance de ver esse filme no cinema. Filmaço de ação com uma trilha sonora foda, muita violência e humor. As perseguições de carro são loucas demais e rola até uma quebra de expectativa com uma perseguição a pé. Entre os melhores que vi esse ano.
Vi muita gente criticando o filme por ele não ter um final, mas eu curti bastante. Na verdade, ele tem um final, só não é tudo mastigado pro espectador. Achei ele tenso do começo ao fim e aborda muito bem a paranoia que toma conta de pessoas que estavam vivendo em algum tipo de situação limite. O ritmo lento do filme faz a gente se sentir como mais um morador da casa.
Passei praticamente o filme todo esperando algo assustador acontecer e nada. O mais assustador vai ser ele ter uma continuação. Sem contar que a garota vive em um mundo no qual os filmes sobre Amytiville existem, mas mesmo assim ela não sabe nada sobre a casa.
O filme é tipo um Esqueceram de Mim do inferno, com um moleque tendo que enfrentar a babá e os amigos adoradores do demônio dela. Consegue divertir bastante por causa das mortes bem violentas e inesperadas de alguns personagens.
O cara perde o emprego e resolve vender maconha achando que teria vida fácil. Mas ele acaba trabalhando muito mais do que num emprego normal e se afasta da namorada e dos amigos. E é só isso mesmo.
Quando vi que era um filme do Eli Roth eu já não esperava grande coisa, já que o negócio dele é torture porn. Mas esse filme conseguiu ser pior do que eu esperava, o cara não conseguiu fazer bem nem o que ele já tem experiência. E a atuação do Keanu Reeves está mais canastrona do que nunca, o que pelo menos rendeu umas risadas.
Filme bastante claustrofóbico e que me deixou bem tenso. Angustiante ver a situação em que a protagonista foi se meter. Só achei meio sem graça e desnecessária aquela revelação final.
As mortes são até legais, mas o filme faz uma bagunça total na mitologia do Brinquedo Assassino. Nesse filme ele ganha o super poder de multiplicar a própria consciência pra quantos bonecos ou pessoas quiser. O plano do Andy pra derrotar o Chucky não faz sentido, mas pelo menos é interessante a ideia dele ter uma cabeça falante do boneco como companhia. E não sei porque ainda insistem na chatíssima noiva do Chucky.
Bright
3.1 804 Assista AgoraO filme podia ter uns trinta minutos a menos porque mesmo com quase duas horas de duração o universo do filme é mal explorado. A gente sabe que os orcs vivem nos guetos e que os elfos são a elite econômica, mas é só isso. De resto o filme segue o clichê da dupla de policiais que não se dão bem, mas que acabam se tornando grandes amigos. Os vilões são muito sem graça e o que deveria ser a grande revelação da história já está óbvio desde os primeiros cinco minutos de filme. O filme não consegue manter uma coerência com o que é mostrado dentro da própria história. Os vilões aparecem matando um esquadrão da polícia com as próprias mãos, mas logo depois estão tendo trabalho pra enfrentar os protagonistas. Uma pena porque o universo apresentado tinha potencial para fazer algo realmente criativo.
Mamãe Morta e Querida
4.0 118 Assista AgoraEu já tinha ficado chocado quando li uma reportagem sobre esse caso, mas assistindo o documentário a gente tem uma noção ainda maior da bizarrice. Impossível não sentir empatia pela Gypsey Rose e torcer pra que ela saia da cadeia logo. E tomara que ela consiga um bom acompanhamento psicológico porque ninguém sai ileso de algo assim.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraStar Wars: O Despertar da Força foi o filme responsável por trazer de volta aos cinemas a franquia criada por George Lucas em 1977, mas, apesar de ser muito bom, não há como negar que ele era uma repetição de coisas já vistas em Uma Nova Esperança, primeiro filme da saga. Rogue One: A Star Wars Story foi o primeiro dessa nova leva de filmes a trazer algo realmente diferente do que conhecíamos, ao mostrar um lado da Aliança Rebelde que não era composto apenas de heróis altruístas, mas também de personagens repletos de tons de cinza. Com Star Wars: Os Últimos Jedi, o diretor e roteirista Rian Johnson parece querer seguir essa tendência ao mostrar que nossos heróis também possuem falhas, entregando um filme que é bem diferente de todos os outros da franquia, ao mesmo tempo em que mantém tudo muito familiar. Isso fica claro com a batalha espacial que abre o filme, algo que é corriqueiro na saga, mas que aqui serve para mostrar a irresponsabilidade de alguns personagens e as consequências das suas ações. Além disso, o filme traz uma carga extra de drama para a Resistência ao mostrar as naves deles sofrendo com falta de combustível, fazendo com que a fuga deles lembre um pouco o excelente seriado Battlestar Galactica.
Os Últimos Jedi é provavelmente o filme menos aventuresco da saga, apostando muito mais no desenvolvimento dos personagens do que em ficar mostrando planetas e raças diferentes a todo momento. Poe Dameron (Oscar Isaac), por exemplo, deixou de ser apenas o clichê do piloto extremamente habilidoso e aparece aqui como alguém disposto a qualquer coisa para reerguer a Nova República, que foi destruída no filme anterior. Enquanto isso, Finn (John Boyega) continua demonstrando um certo egoísmo quando o assunto é tentar proteger Rey (Daisy Ridley), disposto até mesmo a deixar a Resistência para trás. Já no núcleo de usuários da Força, a história flerta com a possibilidade de Rey e Kylo Ren (Adam Driver) trocarem de lado e traz mais profundidade para ambos. Aliás, Kylo Ren se tornou um personagem muito mais interessante desde o filme anterior, com direito a um plot twist totalmente inesperado. Se em O Despertar da Força o personagem parecia muito mais um adolescente mimado e sem rumo, em Os Últimos Jedi ele está muito mais decidido e sabendo o que quer. E através de flashbacks (algo raro na saga), é possível entendermos os motivos que levaram Kylo Ren para o lado sombrio da Força. Já do lado da Rey, a revelação sobre os pais dela traz toda uma nova dimensão à saga e, apesar de polêmica, espero que mantenham essa revelação inalterada no próximo filme.
Até mesmo Luke Skywalker (Mark Hamill) aparece como alguém repleto de dúvidas se deve ou não treinar uma nova aprendiz, principalmente depois de ter falhado com o sobrinho Ben Solo. E é interessante notar como ele parece ser uma mistura de Obi-Wan Kenobi e Yoda, uma vez que ele foi treinado por ambos. O modo como ele sacaneia a Rey no início do treinamento lembra muito o Obi-Wan brincalhão de Ewan McGregor, enquanto a explicação dele sobre a energia mística da Força soa praticamente idêntica ao Yoda de Frank Oz. Já um dos momentos mais importantes do personagem no filme é uma clara homenagem à Alec Guinness, primeiro intérprete do Obi-Wan. O roteiro de Rian Johnson ainda aproveita Luke para fazer referência à trilogia de prequels, quando o personagem explica que os Jedi eram arrogantes e que acabaram caindo devido ao próprio orgulho. Essa fala dele também é interessante por servir como dica do desfecho de um personagem dentro do próprio filme.
Em meio a tantos personagens com dúvidas sobre o que devem ou não fazer, é interessante como a General Leia Organa (Carrie Fisher) continua como a grande força da saga. Assim como na trilogia original, em nenhum momento ela duvida de si mesma ou do que deve fazer. Liderando os remanescentes da Resistência, ela ainda se mostra confiante como sempre e capaz de se virar sozinha mesmo nas situações mais adversas. E devido à morte da atriz na vida real, é difícil não se emocionar nas cenas em que a personagem fala sobre vida e morte. O ponto fraco com relação aos personagens fica por conta de indivíduos como a vice-almirante Holdo (Laura Dern) que toma algumas decisões que acabam não se justificando, parecendo muito mais uma decisão de roteiro apenas com o objetivo de criar algum conflito. O mesmo acontece com o personagem de Benicio Del Toro, que parece mais um recurso de roteiro do que um personagem realmente interessante. Já a Capitã Phasma (Gwendoline Christie) continua subaproveitada e aparece bem pouco no filme, sendo uma personagem de visual cool, mas que acrescenta pouco à saga.
Apesar desses personagens mais falhos e de ter menos viagens entre diversos planetas, Os Últimos Jedi ainda mantém o espírito de Star Wars, com batalhas sensacionais e que surpreendem justamente por não entregarem exatamente o que os fãs esperam. O combate envolvendo Rey e Kylo Ren com seus sabres de luz, por exemplo, está entre as cenas mais bonitas e empolgantes de toda a franquia, com o mérito de não repetir o que já foi feito em qualquer dos outros filmes. Sem dar spoilers, é surpreendente o modo como o combate se inicia e como ele se desenrola. Tão empolgante quanto, é um combate envolvendo Luke Skywalker, que também consegue ser bastante original, ao mesmo tempo em que mostra o quão poderoso Luke se tornou no uso da Força ao longo dos anos. Já nos confrontos entre a Resistência e a Primeira Ordem, o destaque fica por conta da batalha em um planeta cuja superfície é coberta de sal e cheia de trincheiras com soldados, remetendo à Primeira Guerra Mundial. E não posso deixar de mencionar uma belíssima cena no espaço envolvendo uma grande nave da Resistência contra a frota do Supremo Líder Snoke (Andy Serkis).
Além de todas as batalhas e desenvolvimento dos personagens, o roteiro de Star Wars: Os Últimos Jedi também é interessante por trazer para a franquia a discussão sobre quem são os verdadeiros vilões em uma guerra de grandes proporções. Quando Finn e Rose Tico (Kelly Marie Tran) estão no cassino de Canto Bright, é possível ver diversas pessoas ricas se divertindo sem preocupações, mesmo que uma guerra gigantesca esteja acontecendo pela galáxia. Não demora para que Rose explique que ninguém ali faz parte da Primeira Ordem, mas que são apenas pessoas muito ricas e que simplesmente não se importam com o que está acontecendo no resto da galáxia, desde que mantenham seu status social. É a elite econômica não se importando com quem está na base da pirâmide, chegando ao cúmulo de utilizar trabalho escravo infantil. Já em outro diálogo é revelado que muitos desses milionários fizeram fortuna justamente vendendo armas tanto para a Primeira Ordem quanto para a Resistência. “Para algumas pessoas é importante que sempre exista uma guerra acontecendo”, diz o personagem interpretado por Benicio Del Toro. Assim, é interessante notar que até mesmo personagens extremamente cruéis, como Snoke, Kylo Ren e General Hux (Domhnall Gleeson), acabam sendo meros peões em um jogo comandado pela milionária indústria armamentista.
Com um bom equilíbrio entre ação e humor, Star Wars: Os Últimos Jedi é um dos melhores filmes da saga iniciada por George Lucas em 1977. Diferente de O Despertar da Força, que apenas reciclava ideias para ressuscitar a franquia nos cinemas, o filme dirigido por Rian Johnson traz realmente algo de novo. Mesmo com diversas referências à trilogia clássica, como rimas visuais (Luke olhando o horizonte em Ahch-To, assim como fez em Tatooine no Episódio IV, é lindo demais) e diálogos repetidos, além da participação de antigos personagens, a saga parece cada vez mais preparada para se despedir do antigo e dar espaço para o novo. E isso é ótimo. Além disso, em tempos de ódio cada vez maior entre as pessoas por causa de simples diferenças ideológicas, o filme traz, na fala de um dos personagens, uma mensagem que deveria servir de conselho para qualquer pessoa: “para vencer esta guerra devemos parar de destruir o que odiamos e começar a salvar aquilo que amamos”.
Assassinato no Expresso do Oriente
3.4 938 Assista AgoraAchei divertido e nada além disso. A direção é muito boa, com ângulos de câmera interessantes que realmente passam a sensação de estar dentro de um trem, mas a história podia ser um pouco mais curta. A conclusão do mistério também não achei grande coisa, mas valeu o ingresso.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraCenas de guerra muito bonitas e bem produzidas, não só no visual, mas também no departamento de som. Filme pra ser visto no cinema com a melhor qualidade possível, já que tecnicamente ele é muito bom. Mas tirando a parte técnica ele é um filme bem vazio. Não existe um personagem central que possamos nos apegar, parece que a gente está assistindo a cenas de guerra e só isso mesmo. É o filme do Nolan que menos gostei até hoje.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraFilme extremamente claustrofóbico e angustiante. Quanto mais gente ia surgindo na tela mais eu tinha vontade de gritar "sai daí, Jennifer Lawrence, cê vai morrer". Aliás, que grande atuação dela e do Javier Barden. Filmaço pra assistir mais de uma vez e pegar todos os detalhes da produção. Um dos melhores que eu assisti esse ano.
Perigo Próximo
3.4 484 Assista AgoraO filme começa como um suspense normal, de repente ele parece que vai virar uma espécie de Esqueceram de Mim, principalmente pela ambientação natalina. Aí acontece um plot twist que vira tudo de cabeça pra baixo e deixa tudo bem surpreendente. Curti demais.
Jim & Andy: The Great Beyond
4.2 162 Assista AgoraJim Carrey é um gênio ou um maluco do caralho, depende de com quem você conversa. Não sei como conseguiram terminar as filmagens de O Mundo de Andy com esse clima que o Jim Carrey criou. Eu sinceramente teria pedido as contas e ido embora. Mas acho bem maneiro ver esses processos absurdos de criação que alguns atores fazem. Documentário totalmente excelente.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraA minha expectativa pra esse filme era apenas que ele não fosse um lixo como Batman vs Superman e Esquadrão Suicida. Levando isso em conta, até que eu me diverti no cinema, mas ainda está longe de ser um filmaço. Pelo menos finalmente temos cores no Universo DC, o Superman tem uniforme com cores vibrantes e é confiante como nos gibis. O modo como ele retorna é uma bosta e a Warner simplesmente jogou no lixo duas histórias clássicas do personagem: A Morte e o Retorno do Superman. O Ciborgue é um personagem vazio e o Flash é um bocó covarde e que corre de maneira desengonçada. O Aquaman é apenas o Jason Momoa respirando debaixo dágua, já que ele sempre faz o papel dele mesmo. Apesar disso tudo, o filme é legalzinho e pelo menos faz a gente querer ler um gibi da Liga depois de assistir.
Creep 2
3.1 261Me divertiu bastante, mas está longe de ser tão tenso quanto o primeiro.
Creep
3.1 505 Assista AgoraFilme bem tenso e diferente de outros no estilo found footage.
A Vilã
3.6 224 Assista AgoraMais um filmaço coreano de ação. Aquele começo com um plano sequência todo em primeira pessoa com a porrada comendo sinistramente é sensacional. Todas as cenas de luta passam a sensação de serem sem cortes, mesmo quando a câmera faz movimentos obviamente falsos. Aquele confronto dentro de um ônibus em movimento é coisa linda demais.
Contágio Letal
2.4 421 Assista AgoraFilme bem bom que mostra todos os estágios de uma transformação em zumbi, desde coisas pequenas como não sentir dor, até finalmente a fome insaciável por carne humana.
Massacre no Texas
2.5 431 Assista AgoraAs mortes tem bastante sangue, mas infelizmente a câmera está sempre tremendo, fazendo com que a gente nem consiga ver nada direito. O filme tenta explicar a origem do Leatherface, mas achei até que dá uma enfraquecida na mitologia de O Massacre da Serra Elétrica.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraThor: Ragnarok começa com o personagem título acorrentado no covil do demônio Surtur (Clancy Brown). Mesmo em uma situação de desvantagem, o herói mantém a calma e faz algumas piadas enquanto conversa com o demônio. Não demora para ele se soltar e começar uma excelente cena de combate entre Thor (Chris Hemsworth) e os lacaios de Surtur. O personagem gira o seu martelo, arrebenta monstros no soco, usa relâmpagos e, quando arremessa o martelo, uma câmera acompanha o objeto, nos colocando dentro da ação e mostrando a “visão” dele enquanto derruba dezenas de inimigos. O combate entre Thor e o gigantesco Surtur é eletrizante e nos faz realmente acreditar que o herói é extremamente poderoso. Com esta sequência inicial, o diretor Taika Waititi já deixa claro o tom que o filme terá até o final, conseguindo um equilíbrio perfeito entre ação, aventura e humor. Além disso, os roteiristas Craig Kyle, Christopher Yost (responsáveis pelo excelente Logan) e Eric Pearson sabem utilizar o universo compartilhado dos filmes da Marvel sem ficar presos a ele. Apesar das várias referências a outras produções do Marvel Studios, é perfeitamente possível assistir Thor: Ragnarok sem nenhum tipo de conhecimento prévio.
O primeiro grande acerto do roteiro é situar o filme longe da Terra e se livrar de personagens que até então não acrescentavam nada, como Jane (Natalie Portman), paixão do Thor. Assim, em vez de salvar o nosso planeta, a grande missão do filho de Odin (Anthony Hopkins) é salvar o seu próprio lar, Asgard, que está perto de passar pelo Ragnarok, o apocalipse da mitologia nórdica. Tendo Hela (Cate Blanchett), a deusa da morte, como a grande vilã do filme, é interessante como os roteiristas resolvem de forma rápida o gancho deixado pelo filme anterior: Loki (Tom Hiddleston) governando Asgard no lugar de Odin. Em uma cena hilária, com a participação de Matt Damon e que dura poucos minutos, tudo é resolvido de maneira satisfatória e o filme está pronto para seguir com a sua própria história. Lembrando muito Guardiões da Galáxia, Thor: Ragnarok está repleto de cenas que resolvem coisas importantes, mas sem deixar de lado o humor, que é sempre inserido de forma orgânica durante as cenas, sem nunca parecer forçado demais. A expressão no rosto de Loki ao ver o Hulk (Mark Ruffalo) pela primeira vez desde Os Vingadores é impagável. Já o reencontro entre Thor e Hulk é ainda mais engraçado no filme do que já era no trailer.
E por falar em Hulk, a decisão dos realizadores de darem mais personalidade ao gigante verde era algo que estava faltando no universo cinematográfico da Marvel. Antes tratado apenas como uma máquina de destruição a serviço dos Vingadores, aqui ele finalmente ganha uma personalidade, além de diálogos excelentes. O Hulk de Thor: Ragnarok surpreende ao mostrar para o espectador que ele é tão humano e com sentimentos quanto qualquer um de nós, seja sacaneando o Thor para que ele leve um choque ou ficando triste ao constatar que as pessoas na Terra não gostam dele. Ele ainda demonstra uma certa vaidade ao curtir a vida de gladiador no planeta Sakaar e é inteligente o suficiente para parar de lutar quando recebe ordens. Além disso, pela primeira vez nós vemos que o Hulk também fica desesperado ao perceber que vai se transformar em Bruce Banner, assim como acontece com seu alter ego. É algo que humaniza o personagem e nos aproxima ainda mais dele.
O filme também aprofunda o relacionamento entre Thor e seu irmão, Loki, que deixou de ser um vilão para ser uma espécie de anti-herói. Já que Hela é a vilã da vez, Loki demonstra que é o Deus da Trapaça através de pequenas coisas, como se passar por outra pessoa ou fazer amizade com tipos estranhos. Apesar disso e do ciúme que sente de Thor, é possível perceber que ele se preocupa de verdade com o irmão. Já Thor parece muito mais preparado para as trapaças de Loki, ao mesmo tempo em que ainda deseja uma reconciliação total com ele. Até mesmo personagens mais secundários, como a Valquíria (Tessa Thompson) ou Heimdall (Idris Elba) possuem bons momentos e, no caso da primeira, têm suas motivações bem apresentadas. Praticamente todos os personagens do filme são interessantes e divertidos, algo que não acontecia nos anteriores quando tínhamos os chatos coadjuvantes terráqueos.
Thor: Ragnarok ainda possui o mérito de ser o filme do herói que mais se parece com um gibi. O diretor Taika Waititi criou um filme visualmente muito bonito e colorido, lembrando as grandes histórias desenhadas por Jack Kirby, um dos criadores do herói. Todos os cenários são muito bonitos e diferentes entre si e trazem detalhes que parecem ter sido desenhados pelo próprio Kirby. Asgard possui toda aquela imponência dourada de uma morada de deuses, enquanto Sakaar apresenta uma arquitetura toda bagunçada, com prédios magníficos dividindo espaço com pequenas construções. Além disso, o filme possui pequenos easter eggs para os fãs, como o guarda-chuva do Thor que faz as vezes da bengala de Donald Blake (alter ego do herói nos quadrinhos), ou quando Loki lembra que já transformou o irmão em um sapo. Chama atenção também a habilidade do diretor com a tecnologia 3D, mesmo este sendo o primeiro blockbuster que ele dirige. Enquanto muitos diretores insistem em planos fechados e cortes rápidos, Taika compreende a importância dos planos abertos, com mais tempo de duração e com bastante profundidade de campo para que o 3D seja eficiente. Desta forma é possível apreciar toda a beleza de Asgard ou do covil de Surtur, fugindo daquela coisa básica de atirar objetos na direção do espectador só para mostrar algum tipo de efeito 3D.
Foram duas tentativas frustradas, mas finalmente a Marvel acertou em um filme do Deus do Trovão. Com uma proposta totalmente diferente dos seus antecessores, investindo bastante no humor e com um visual que remete o tempo todo à arte de Jack Kirby, Thor: Ragnarok não é apenas a melhor encarnação do personagem nos cinemas, mas é também uma das melhores produções do Marvel Studios. Além disso, o final do filme ainda traz uma virada importante para o personagem e o deixa em uma posição muito interessante para o que vem no futuro do universo cinematográfico com Vingadores: Guerra Infinita.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraQue tristeza não ter tido a chance de ver esse filme no cinema. Filmaço de ação com uma trilha sonora foda, muita violência e humor. As perseguições de carro são loucas demais e rola até uma quebra de expectativa com uma perseguição a pé. Entre os melhores que vi esse ano.
Ao Cair da Noite
3.1 977 Assista AgoraVi muita gente criticando o filme por ele não ter um final, mas eu curti bastante. Na verdade, ele tem um final, só não é tudo mastigado pro espectador. Achei ele tenso do começo ao fim e aborda muito bem a paranoia que toma conta de pessoas que estavam vivendo em algum tipo de situação limite. O ritmo lento do filme faz a gente se sentir como mais um morador da casa.
Amityville: O Despertar
2.4 423 Assista AgoraPassei praticamente o filme todo esperando algo assustador acontecer e nada. O mais assustador vai ser ele ter uma continuação. Sem contar que a garota vive em um mundo no qual os filmes sobre Amytiville existem, mas mesmo assim ela não sabe nada sobre a casa.
A Babá
3.1 960 Assista AgoraO filme é tipo um Esqueceram de Mim do inferno, com um moleque tendo que enfrentar a babá e os amigos adoradores do demônio dela. Consegue divertir bastante por causa das mortes bem violentas e inesperadas de alguns personagens.
Baked in Brooklyn
2.6 14O cara perde o emprego e resolve vender maconha achando que teria vida fácil. Mas ele acaba trabalhando muito mais do que num emprego normal e se afasta da namorada e dos amigos. E é só isso mesmo.
Bata Antes de Entrar
2.3 997 Assista AgoraQuando vi que era um filme do Eli Roth eu já não esperava grande coisa, já que o negócio dele é torture porn. Mas esse filme conseguiu ser pior do que eu esperava, o cara não conseguiu fazer bem nem o que ele já tem experiência. E a atuação do Keanu Reeves está mais canastrona do que nunca, o que pelo menos rendeu umas risadas.
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista AgoraFilme bastante claustrofóbico e que me deixou bem tenso. Angustiante ver a situação em que a protagonista foi se meter. Só achei meio sem graça e desnecessária aquela revelação final.
O Culto de Chucky
2.3 611 Assista AgoraAs mortes são até legais, mas o filme faz uma bagunça total na mitologia do Brinquedo Assassino. Nesse filme ele ganha o super poder de multiplicar a própria consciência pra quantos bonecos ou pessoas quiser. O plano do Andy pra derrotar o Chucky não faz sentido, mas pelo menos é interessante a ideia dele ter uma cabeça falante do boneco como companhia. E não sei porque ainda insistem na chatíssima noiva do Chucky.
Coração Selvagem
3.7 340 Assista AgoraAcho que o David Lynch fez esse filme com o único propósito de colocar o Nicolas Cage e a Laura Dern pra dançarem igual uns loucos.