Permanece tão boa quanto a primeira temporada, se não melhor. Acho que essa temporada trabalhou mais os dramas pessoais do Batman e eu particularmente adoro os episódios em que Bruce Wayne e Batman são defrontados por dilemas entre quem são e o que deveriam ser para Gotham City. Assim, os episódios "Um sonho por acaso", "O estranho segredo de Bruce Wayne" e principalmente "Eu sou a noite" (o mais dramático e depressivo, na minha opinião) são verdadeiras pérolas. E por falar em drama, "O ajuste de contas de Robin" (partes 1 e 2) estão entre os meus episódios preferidos; Dick Grayson é o único Robin de que eu gosto, então essa apresentação de suas origens desde a tragédia no circo até o vínculo de empatia criado com Bruce através da orfandade em comum foi algo memorável. Quanto aos vilões nessa temporada, achei o episódio "Pássaros idênticos", protagonizado pelo Pinguim, tão bom quanto "Batman está no meu porão" (da primeira temporada). "O Cassino do Coringa" foi o meu preferido com o Palhaço do Crime nessa temporada. Depois do Coringa, o vilão de que mais gosto é o Charada; embora ele seja pouco aproveitado nessa série, adoro os episódios "Se você é tão esperto, por que não é rico?" e "O que é realidade?". Por fim, menção honrosa a dois episódios: "Tigre, Tigre" (que é claramente inspirado em "A ilha do Dr. Moreau") e "Quase o peguei", onde os principais vilões se reúnem para um "concurso" em que relatam as vezes em que quase liquidaram o Cavaleiro das Trevas. O final desse episódio é brilhante.
Adoro essa mistura de MIB e Scooby-Doo! Martin Mystery era um dos meus desenhos favoritos na TV Globinho e rever os episódios agora pelo YouTube trouxe à tona o saudosismo daquela época. Mais do que isso, revisitar esse desenho me deu uma percepção bem maior da riqueza de referências ao gênero terror sobrenatural. Alguns episódios fazem clara homenagem a filmes famosos, como o do hotel assombrado, que lembra "O Iluminado", o da escola de bruxas ("Suspiria"), o da criatura na neve que infecta e assume a forma dos hospedeiros ("O enigma de outro mundo") e o da caixa que liberta um demônio ("Hellraiser"). Além dessas analogias diretas, o desenho também homenageia o universo de Lovecraft com histórias que giram em torno de criaturas ancestrais tentaculares e gosmentas que habitam outras dimensões. Como se isso não bastasse há um episódio que homenageia ninguém menos que Stephen King! Nesse episódio um aclamado escritor de livros de terror com os mesmos traços de King (incluindo os óculos) tem que lidar com uma máquina de escrever amaldiçoada. E olha o nome do escritor: Evan Prince! De PRINCE para KING a distância é pouca! Enfim, acho que Martin Mystery é um desenho incrível para quem gosta de "terrir", muito criativo nos casos e nas mitologias apresentadas em cada episódio. Para tornar ainda melhor, tem um protagonista carismático e divertido, sempre arrastando asa para a mulherada e levando foras (geralmente acompanhados de pancadas). A dinâmica dele com a irmã (sempre cortando o barato dele) e com o Java é ótima: isso sem contar o Billy, que é outro personagem adorável e que felizmente ganha mais destaque nos últimos episódios.
Se fosse só por Aziraphale e Crowley, eu daria nota máxima a essa série e até colocaria entre as favoritas, porque Michael Sheen e David Tennant estão sensacionais em seus respectivos papéis. Que dupla dinâmica! Infelizmente, o resto do elenco não ajuda: achei o núcleo infantil péssimo, principalmente o "filho da Besta". O "Cão" tinha mais personalidade que ele. O final também, além de previsível, foi bem bobo:
É sério que os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, tão ameaçadores, foram destruídos com a maior facilidade pelos pivetes que, inclusive usam a espada que tomaram de um deles por vacilo? Pior, o grande Satã foi derrotado por uma bronca do filho? Tosco de doer.
Por outro lado, além das ótimas atuações de Sheen e Tennant (onde já se viu um demônio mais estiloso?), os efeitos visuais são excelentes, os créditos de abertura também, e o humor britânico funciona na maior parte das vezes. E, só pelo fato de ser melhor do que a 2ª temporada de "American gods", já valeu a pena.
Melhor série animada de super-herói: claro ou com certeza? Impossível não favoritar, pois além de ser o desenho mais marcante da minha infância, permanece sendo (para mim) a adaptação definitiva de Batman para a TV. Não é só a nostalgia falando, porque revendo essa primeira temporada agora, ainda acho-a tecnicamente perfeita, desde o cuidado com o roteiro de cada episódio até as representações maravilhosas dos vilões. Isso sem falar do primor que é a dublagem clássica brasileira: aquele vozeirão do Bruce/Batman é inesquecível. Ironicamente, eu só não gostei do primeiro episódio, porque achei o vilão muito insignificante para um piloto. E por falar em episódios, os de que mais gostei foram os que tinham os vilões clássicos. Até fiz uma seleção dos meus episódios favoritos: • Natal com o Coringa • Nada a temer • Doce veneno • Um palhaço • Duas Caras (partes 1 e 2) • Batman está no meu porão • Coração de gelo • A Gata e suas garras (partes 1 e 2) • Cuidado com o Fantasma Cinzento • Um favor para o Coringa • Medo da vitória • Louco como um Chapeleiro • Sonhos na escuridão
Nudez, alusão a drogas pesadas, máfia, violência explícita com mortes e torturas sangrentas: o pacote completo para um bom anime "infantil" dos anos 90, sem a caretice do politicamente correto de hoje. Talvez seja a nostalgia falando mais alto, mas revendo agora, esse desenho não envelheceu para mim. Ótimo roteiro, ótimos personagens, sequências de lutas incríveis, um vilão barra pesada e, o principal, uma dupla de protagonistas carismáticos: Ryu e Ken são demais! Aliás, até já adotei o bordão do Ken: "Ih, ó o cara aí!". Também adoro o Guile: é durão, mas é gente boa. Outros pontos que merecem nota: os gritos do Vega e do Fei Long em combate (são impagáveis) e a sensualidade de mulher fatal (literalmente) da Cammy, bem como seus ataques acrobáticos. Ah, uma menção honrosa à dublagem brasileira (com direito a Kiko e Seu Barriga), que funciona muito bem nesse anime. É isso; depois dessa bajulação toda, só não dou nota máxima porque achei o final muito atropelado. São 29 episódios, mas bem que poderiam ser os 30 somente para amarrar melhor as pontas dos personagens, porque ficou muito corrido nos últimos minutos do último episódio: em mais um episódio eu queria
que o Fei Long e o Ken tivessem a luta (amistosa, claro) prometida quando eles se separaram nas gravações daquele filme nos primeiros episódios; queria ver Chun Li reencontrando seu pai, e a recuperação dele; queria ver o que foi feito do Vega; também queria ver uma revanche entre Guile, Ken e Ryu, para conferir se os dois últimos ainda apanhariam: não uma luta de vida ou morte ou para "lavar honra"; seria mais como uma despedida entre eles. E por falar em despedida, também senti falta de um adeus melhorzinho entre Ryu e Ken: depois de tantas aventuras juntos, eles pareceram indiferentes com a separação. Enfim, essas lacunas eu vou ter que preencher só na minha cabeça mesmo.
Considerando a série isoladamente, por ainda não ter lido os quadrinhos originais, achei esta temporada bem irregular, com alguns episódios ótimos (como o piloto e o season finale), e outros bem chatinhos e arrastados. Assim, por causa dessa falta de uniformidade, ainda não sei dizer se é uma série boa ou ruim; terei que assistir à segunda temporada para decidir se vale a pena continuar investindo meu tempo nela. O gore, o humor negro e as blasfêmias cáusticas (principalmente no último episódio, com direito até à esperada participação especial de Deus) são pontos muito positivos para a série, mas o que rouba a cena e é a melhor coisa nessa produção é o vampiro cara-de-pau beberrão, drogado e preguiçoso: Cassidy! Ele é um personagem impagável!
Depois do fiasco que foi a 2ª temporada de "American Gods", estou rezando (literalmente) para que Neil Gaiman e a Amazon consigam se redimir com essa nova parceria.
Mais uma maravilha da BBC! Seguindo uma estrutura semelhante a de "Penny Dreadful", esta série consegue intercalar os arcos narrativos de vários personagens célebres da literatura inglesa. Porém, achei ainda mais consistente do que PD porque aqui praticamente todos os personagens vieram direta ou indiretamente das páginas de Dickens e seus livros mais famosos, como "Grandes esperanças", "Oliver Twist", "Um conto de Natal" e "A Casa Soturna". O trabalho dos roteiristas criando conexões entre os personagens e suas histórias a partir da morte de Marley está louvável A investigação policial dá uma atmosfera de mistério muito bem-vinda à série, misturando o drama dos livros a um tom de suspense equilibrado (só não gostei da revelação da identidade do assassino). Quanto às tramas, a de que mais gostei foi a dos Havisham; talvez por já ter lido "Grandes esperanças" e saber o destino daqueles personagens, fiquei indignado com a ingenuidade da jovem Miss Havisham e com a cretinice do Compeyson. Em outras palavras, me importei com os personagens. Se uma série consegue esse efeito no espectador, merece ser vista.
No começo, parecia que essa temporada seria ruim; no final parecia o começo. Teoricamente, nesta temporada os deuses estão numa espécie de "guerra fria" enquanto recrutam aliados, mas na prática fica só na encheção de linguiça mesmo e o episódio final foi tão anticlímax que deu vontade de abandonar a série ali. Meu Zeus, como senti falta da Gillian Anderson! Essa "Nova Mídia" asiática é simplesmente ridícula, não apenas por não se parecer em nada com a "original", mas por ser caricata e descartável, tendo uma participação insignificante nessa temporada. Sinceramente, eu acho que já que a Gillian saiu da série, a personagem Mídia poderia passar a ser uma presença não-física, visualizada apenas em silhuetas de pixels... ou, no cúmulo da apelação, poderiam colocar a Katy Perry para substituí-la (risos), porque essa mulher é uma Mídia dos clipes, sempre "camaleando" no visual. Outra decepção foi Mr. World: na primeira temporada ele era uma presença ameaçadora e constante, mesmo aparecendo pouco. Agora ocorreu o contrário: deram destaque demais a ele, e mesmo assim ele não faz nada de realmente importante, a não ser cochichar para a câmera naqueles closes horríveis na cara de Crispin Glover. Exageros à parte, pelo menos alguns coadjuvantes se salvam: na minha opinião, o melhor foi Anansi. Ri muito com as falas e atitudes dele. No mais, é aguardar que a 3ª temporada seja melhor, beeem melhor que esta.
"Quando a beleza, a cor e o perfume de uma rosa se esvaem, só uma palavra permanece: o nome dela." Maravilhosa adaptação do livro de Umberto Eco! Também adoro o filme com Sean Connery, mas como a minissérie tem 8 episódios de quase uma hora cada um, foi possível aprofundar melhor algumas questões do romance. Rupert Everett está perfeito como Bernard Gui e, além disso, gostei mais desse novo Adso do que do interpretado por Christian Slater.
É maravilhoso quando os criadores de uma série sabem a hora certa de encerrá-la; melhor ainda, quando sabem COMO terminá-la. Dito isso, achei esse final um dos mais dignos e memoráveis que já vi. Assim como o de “Six feet under”, souberam fazer um desfecho absolutamente condizente com a proposta original da série. Verdade seja dita, “The Leftovers” nunca teve o hype dos Game of Thrones e outras séries da moda que congestionam as redes sociais, dando margem a trocentas temporadas; mas, longe de ser um problema, isso acabou sendo uma vantagem, pois desde o começo fica claro que a narração das vidas dos que “ficaram para trás” não devia se estender indefinidamente conforme o gosto do público. Três temporadas foram a medida perfeita para contar essa história e fazer o espectador filosofar um bocado. Só é uma pena que, por não ser popular, esta série seja tão subestimada. Falando especificamente desta temporada, gostei do destaque dado à Nora e ao pai do Kevin, mas meu personagem favorito continua sendo o Matt. A propósito, essa temporada continua com a estrutura de episódios fragmentados, o que eu achei ótimo. Dessa vez tive 3 episódios preferidos, todos equilibrando o dramático e o cômico:
o episódio com as andanças e trapalhadas do pai do Kevin à procura das “canções mágicas”; o penúltimo episódio, com a última viagem surreal do Kevin ao “outro lado”... e, na minha opinião, o melhor de todos: o episódio da “balsa do leão”. Neste, o Matt está impagável, mais uma vez se metendo em confusão por questões teológicas (tive um ataque de riso na cena em que ele é forçado a participar de um ritual sexual pagão).
A primeira temporada não me empolgou muito, mas esta aqui eleva o conceito de série viajada a um novo nível... e eu adorei isso! O que eu achei mais interessante nesta temporada foi a ideia de fragmentar a história e fazer “intervalos” com episódios que giram em torno de um personagem em específico. Nesse sentido, tive dois episódios favoritos:
primeiro, aquele que é uma viagem do Kevin ao “outro lado” para “exorcizar” Patti definitivamente; segundo, o episódio focado nas desgraças do Matt depois que descobre que Mary está grávida. A situação é dramática, mas achei esse episódio hilário, porque desde o começo da série eu considerei o Matt um personagem tragicômico, meio quixotesco nos idealismos religiosos dele. E percebi que sempre que ele fica muito inspirado acaba se estrepando; só para recapitular, na primeira temporada, depois de ganhar em apostas “inspiradas” o dinheiro necessário para comprar a igreja e quando está prestes a fechar o acordo, decide bancar o bom samaritano ao ver um RC sendo apedrejado; ao tentar socorrê-lo, leva uma pedrada, vai parar no hospital, fica inconsciente por dias e quando finalmente acorda, o prazo da compra já venceu. Dessa vez, ao voltar do hospital radiante de felicidade pela gravidez da esposa, decide compartilhar sua alegria e ajudar o próximo... O “próximo” em questão é aquele sujeito do carro enguiçado; e lá vai o Matt, todo sorridente e caridoso ajudar o pobre homem... e receber aquela gratidão! A cena em que ele tenta voltar para a cidade pelo esgoto durante uma tempestade, recitando salmos e sendo arrastado pela enxurrada junto com a Mary é simplesmente impagável!
No mais, também adorei o destaque dado à personagem da Liv Tyler: além de ser a mulher mais linda do universo, ela encarna uma Meg visceral: elegância e loucura sem moderação! A única coisa que me incomodou nessa temporada foram os novos créditos de abertura: achei muito brega e sem graça. Eu já tinha comentado o quanto gostei dos créditos da primeira temporada; acho que teria sido bem melhor se tivessem mantido o mesmo padrão de afresco, mas substituindo as alusões ao Arrebatamento por referências a milagres, destacando a Ressurreição. Enfim, são questões menores que não estragam a experiência como um todo.
Em se tratando de dramas sobre perda, dor e como lidar com elas em vários aspectos (religioso, filosófico, cultural, etc.) ainda acho "Six feet under" insuperável (aliás, Justin Theroux faz umas pontas lá também); entretanto, concordo que "The Leftovers" tem muitos méritos pela originalidade da abordagem, em grande parte devidos ao co-criador e autor do livro no qual a série se baseia. Não chega a ser uma das minhas séries favoritas, mas com certeza merece ser vista. Adoro os créditos de abertura com aquele design de afresco que evoca o sentido pretensamente religioso do "arrebatamento" discutido nessa temporada.
Por causa dessa propaganda enganosa no cadastro (série de vampiros com censura +18) fui ver esperando algo no estilo ousado de True Blood num cenário exótico (Istambul)... Dei com os burros n'água: é basicamente um The Vampire Diaries turco. E o plano do vilão, então? Obter uma relíquia para deixá-lo mais poderoso... Santa originalidade... Abandonei nos primeiros episódios. Eu já tinha achado The passage fraca, mas esta se supera no quesito mediocridade. Agora é continuar esperando a série da Anne Rice, torcendo para ela botar esses vampiros genéricos todos no chinelo.
Que final pessimista e frustrante! Depois de acompanhar as durezas, tragédias e sonhos dos personagens, eu esperava um desfecho mais “definitivo”, como o de “Six feet under”: seria maravilhoso ver o destino de pelo menos alguns dos personagens, se conseguiriam a liberdade ou morreriam. Parece que Tom Fontana não gosta dessa perspectiva, e preferiu encerrar a série com uma atmosfera de incerteza, mágoa e impotência. E, realmente, a sensação que fica é que propositalmente nada deu certo nessa temporada: é uma sucessão de fracassos sem fim.
O projeto de Kareem para a publicação de livros fracassa; a tentativa de Arif de liderar os muçulmanos fracassa (de novo); o plano de Burr para dar trabalho digno aos negros e livrá-los das drogas fracassa; o sonho de Miguel em conseguir a condicional fracassa mais uma vez, a mobilização para impedir a execução de Cyril fracassa; até a ideia de Busmalis para ter um filho com Norma fracassa! Isso sem falar na cereja do bolo: Tobias; ele saiu da prisão só para sentir o gostinho da liberdade e cair numa nova armadilha por amor àquele cretino do Keller... E termina a série correndo risco de ir para o corredor da morte. Não tem jeito: Beecher é a escrava Isaura de OZ.
No mais, achei que essa última temporada teve algumas ideias estranhas e mal resolvidas:
aquilo de Schibetta fazendo feitiço fez a série derrapar de novo no sobrenatural (e, afinal, por que ele não mandou enfeitiçar os arianos?). A história da enfermeira assassina também foi desnecessária; eu esperava que dessem uma explicação plausível para o comportamento dela (por exemplo, ela ser parente ou ter alguma ligação com uma das gangues); por fim, o mais absurdo foi o ariano morto por Robson (ah, como eu adorei vê-lo sofrer e virar mulherzinha nessa temporada!) ter deixado Miguel como “herdeiro”. Hã?! Eles nem se conheciam, e eram de gangues rivais, então por que cargas d’água ele deixaria qualquer coisa para o Miguel? Isso foi difícil de engolir. E por falar em arianos... Schillinger. Passei tanto tempo odiando-o e no final não gostei da morte dele: achei muito “teatral”, não só porque foi literalmente feita no teatro, mas porque foi muito rápida e “fácil”. E, para cúmulo da ironia, Tobias o matou sem querer.
Eu tinha muita coisa ainda para falar sobre essa temporada, mas este textão já passou dos limites, então vou concluir citando os personagens de que sentirei falta: Kareem (no começo eu o detestava, achava muito fanático, mas ele se "humanizou" muito nas últimas temporadas), irmã Peter Marie, Busmalis, Rebadow, Diane, Augustus, Cyril, Tobias e Keller (apesar da relação destrutiva deles, foram personagens icônicos).
o apelo sobrenatural, em especial o desaparecimento do pastor queimado e as habilidades proféticas do Rebadow (sim, desde a primeira temporada ele diz que "fala com Deus", mas de ser esquizofrênico a acertar os números da loteria há uma grande distância).
Fora isso, não tenho do que me queixar. Tobias continua tentando ser bom samaritano, mas nós já sabemos que sempre que ele faz algo bom por alguém, é recompensado com desgraça e ingratidão: tentar proteger estuprador mimado não é diferente. Omar está arrumando confusão a cada instante, Schibetta voltou só para provar que é mesmo a bunda mais azarada de OZ, Kareem continua enfrentando seus demônios, Schillinger fazendo jogo duplo, Howell mais vaca que nunca (é sério que a série vai terminar e essa mulher não ainda não morreu?),
e Augustus morreu. Para mim, isso foi um impacto tremendo, pois mesmo o personagem sendo um tanto neutro na ação, acostumamo-nos a vê-lo como a "alma" de Oz, algo acima de toda aquela sordidez.
Mesmo tendo rompido a seriedade da temporada, achei o episódio do "show de variedades" muito divertido. A cena do Tobias e o Schillinger fazendo um dueto romântico e uma dança sensual é impagável e impensável! Vou até deixar o link para quem quiser rever esse momento icônico: https://www.youtube.com/watch?v=BtnseslYvlY
Que temporada, meus amigos, que temporada... Na minha opinião, é a mais sofrida até agora. Tendo o dobro de episódios em relação às demais, então é bem mais intensa e tem mais surpresas. Sim, é nesta que o Tobias mais sofre (eu ainda me surpreendo com a habilidade de Tom Fontana inventar novas formas de atormentar esse personagem):
a relação destrutiva de amor e ódio com Keller, a separação deles, o sequestro dos filhos, a mutilação e morte do filho, e, para coroar o suplício, a esperança de ganhar a liberdade indo pelo ralo. A cena dele saindo de Oz foi um prazer indescritível de se ver; foi a cena mais bonita da série. Mas aí, quando vemos ele, a filha e a advogada juntos e plenos de felicidade, o criador vem nos lembrar que isso não é final de novela das oito e que, para manter o equilíbrio do universo, Beecher não pode ser livre nem Schillinger pode morrer.
Entretanto, essa temporada foi muito além dos sofrimentos do Tobias; teve muita coisa “boa” também:
as mortes de Adebisi, Kenny, Clayton e Nikolai, que já foram tarde. Agora estou torcendo pelas mortes da Howell e do Robson. Até a metade da temporada tive uma puta raiva do Glynn, por se deixar levar pelas promessas políticas daquele governador tampinha e ficar tão negligente com a zona em que Emerald City se transformou, mas finalmente as coisas voltaram ao “normal”.
Gostei do foco dado à questão religiosa, com o embate entre os católicos e os seguidores do novo pastor, bem como a nova postura do Said à frente dos muçulmanos;
aliás, adorei esse Said “pós-Adebisi”, mais violento (a facada no Schillinger valeu a temporada toda). A única coisa de que não gostei foi o Miguel: até a 3ª temporada ele era um personagem importante, mas depois ele perdeu espaço e propósito e agora parece que os roteiristas não sabem o que fazer com ele: se era para ser recapturado somente para ficar na solitária brincando com merda e descascando banana, seria melhor matá-lo em grande estilo.
Ah, é, não posso deixar de fazer uma menção honrosa a Busmalis e Rebadow: me divirto muito com os dois, são quase um casal, Busmalis tão ingênuoe alienado, e Rebadow tão instável com seus demônios geriátricos. Enfim, vamos ver no que isso vai dar; ansioso para a próxima temporada, já virou vício! Só lamento que esta seja uma série “antiga”, que eu não pude assistir na época da exibição original e, atualmente, não encontro ninguém com quem conversar sobre ela; só se fala em Game of Thrones e nas séries da moda da Netflix.
"Os miseráveis" é o meu clássico favorito, então eu sou muito exigente com as adaptações desse livro em específico. Já vi vários filmes e até agora eles sempre deixavam muito a desejar, na minha opinião; o que mais tinha me agradado era o musical de 2012 (detesto musicais, mas aquele filme é cheio de méritos, da direção de arte às atuações inspiradas). Ainda assim, para adaptar satisfatoriamente um livro de quase mil e quinhentas páginas com muitos personagens e ação, o melhor formato é mesmo minissérie. Nesse quesito, essa produção da BBC foi a melhor versão da obra que já vi; achei, inclusive, bem superior à minissérie francesa (de quem foi a ideia de colocar Depardieu como Valjean? Com aquela cara de bicho-papão narigudo, ele devia ser, no máximo, o Thénardier). Para mim, o melhor Valjean foi Hugh Jackman e o melhor Javert foi Geoffrey Rush, mas aqui há os melhores Thénardier, Cosette, Marius e Fantine. Aliás, destaque para Lily Collins, que roubou a cena, mesmo estando presente só até a metade da série. Ela fez uma Fantine excepcional, com toda a carga dramática, todo o sofrimento, toda a devoção exigida para o papel: o segundo episódio é de cortar coração.
Apesar de ver muitos comentários sobre esta temporada ser melhor ou pior que as anteriores, na minha opinião OZ se mantém (até agora) num ritmo e desenvolvimento uniformes, o que eu acho ótimo. Realmente, se não fosse pelas mudanças de corte de cabelo do Beecher, do O'Reily, do padre e da freira, eu não saberia distinguir onde uma temporada termina e outra começa. Quanto à trama, continua desenvolvendo os dramas dos personagens, criando e rompendo alianças com o padrão HBO de reviravoltas e mortes quando menos se espera. Por falar em mortes,
fiquei revoltado com o fim do Richie, que além de ser um personagem muito injustiçado, era um cara legal. E o pior é que ele morreu por causa de um mal-entendido! Desde então, torço para aquele russo cretino morrer.
Outra coisa que lamentei foi o fim do "pequeno Schilinger"; era um personagem promissor e achei que com ele o Tobias poderia controlar e atormentar o "Schilinger pai"... ledo engano. No mais, Adebisi me surpreendeu pela astúcia nessa temporada: o plano para descartar Nappa foi genial. O'Reily voltou a ser o cretino trapaceiro e oportunista de antes (só tenho pena do Cyril, que às vezes é um alívio cômico na série). Beecher passou a temporada toda fazendo cu doce com o Keller; é claro que ele teve razão para não confiar nele depois da última traição, e o próprio Keller está se mostrando bem mais cafajeste e indigno do que parecia (manipular a irmã Pete é imperdoável). Por fim, adoro os momentos com a tia Sally em seu programa educativo... e os prisioneiros nem piscam, haha!
E a HBO, lá nos anos 90, já sabia se superar! Essa temporada continua brutal e intensa como a primeira, mas consegue ir além, desenvolvendo ainda mais alguns personagens (como Adebisi, O’Reily e Beecher) e seus conflitos entre interesses pessoais e ideologias de gangues. É interessante que estamos tão acostumados à violência e crueldade de OZ que quando as gangues se juntam por uma causa altruísta
(a contribuição que todos dão para o tratamento do neto do Rebadow)
é algo que soa desconcertante. Nessa temporada o personagem que, na minha opinião, mais se destaca é Beecher; tenho para mim que o criador e roteirista tem um fetiche sádico com esse personagem, porque é o que mais sofre; na primeira temporada ele come o pão que o diabo amassou nas mãos de Schillinger. Finalmente aqui até mais ou menos a metade da temporada ele consegue dar o troco infernizando e atrapalhando os planos de Schillinger; mas Tom Fontana prefere que Beecher sofra e aí vira o jogo de novo,
Mike Flanagan e Carla Gugino são o melhor casamento que já aconteceu na Netflix! Ambos fazem um trabalho competentíssimo no filme "Jogo perigoso", e repetem a dose aqui nessa série. Se ele tem um pleno domínio de técnicas de direção para tramas perturbadoras, ela traz atuações incríveis para personagens problemáticas. Perfeito! Destaque também para Oliver Jackson-Cohen, o irmão gêmeo pobre de Jake Gyllenhaal. Com todas as suas neuroses, crises de dependência e ansiedade, Luke é o meu personagem favorito (tanto na versão adulta quanto infantil).
Para mim, essa série foi a maior decepção do ano. Ela prometia intercalar personagens e situações do universo de Stephen King, mas o que é visto na tela passa longe de ser satisfatório: poucas e vagas referências a personagens (isso quando não são forçadas e broxantes, como a conexão com "O iluminado") e uma mistureba tosca de cenários, como Harmony Hill, Shawshank e Juniper Hill. Tudo é abafado por uma trama "original" insossa e desinteressante, com personagens que deveriam ser enigmáticos, mas só conseguem ser cansativos. O pior de todos é Andre Holland: sempre apático ou de cara amarrada, é impossível ter qualquer sentimento de empatia ou se importar com ele. Até Bill Skarsgård, que tem mesmo cara de doido, foi muito mal-aproveitado aqui. Lá pelas tantas parece que quiseram seguir a fórmula de "Westworld", com as rupturas na linearidade, nos avanços e recuos no tempo e nas perspectivas dos personagens, mas, juntando a isso um discurso de fanatismo religioso que dá nos nervos. No começo até me animei com a participação relâmpago da Frances Conroy, mas a mulher nem bem chega na tela e já é descartada do roteiro. Terminar essa temporada foi um exercício de (im)paciência e só consegui por causa da Sissy Spacek, cujas cenas eram o mais próximo de suportável dessa série. Estou totalmente desmotivado a ver uma próxima temporada; a não ser que seja independente dessa, com outros arcos narrativos, enterrando de vez esse fiasco de Shawshank.
Batman: A Série Animada (2ª Temporada)
4.3 19 Assista AgoraPermanece tão boa quanto a primeira temporada, se não melhor. Acho que essa temporada trabalhou mais os dramas pessoais do Batman e eu particularmente adoro os episódios em que Bruce Wayne e Batman são defrontados por dilemas entre quem são e o que deveriam ser para Gotham City. Assim, os episódios "Um sonho por acaso", "O estranho segredo de Bruce Wayne" e principalmente "Eu sou a noite" (o mais dramático e depressivo, na minha opinião) são verdadeiras pérolas. E por falar em drama, "O ajuste de contas de Robin" (partes 1 e 2) estão entre os meus episódios preferidos; Dick Grayson é o único Robin de que eu gosto, então essa apresentação de suas origens desde a tragédia no circo até o vínculo de empatia criado com Bruce através da orfandade em comum foi algo memorável.
Quanto aos vilões nessa temporada, achei o episódio "Pássaros idênticos", protagonizado pelo Pinguim, tão bom quanto "Batman está no meu porão" (da primeira temporada). "O Cassino do Coringa" foi o meu preferido com o Palhaço do Crime nessa temporada. Depois do Coringa, o vilão de que mais gosto é o Charada; embora ele seja pouco aproveitado nessa série, adoro os episódios "Se você é tão esperto, por que não é rico?" e "O que é realidade?".
Por fim, menção honrosa a dois episódios: "Tigre, Tigre" (que é claramente inspirado em "A ilha do Dr. Moreau") e "Quase o peguei", onde os principais vilões se reúnem para um "concurso" em que relatam as vezes em que quase liquidaram o Cavaleiro das Trevas. O final desse episódio é brilhante.
Martin Mystery
3.8 20Adoro essa mistura de MIB e Scooby-Doo! Martin Mystery era um dos meus desenhos favoritos na TV Globinho e rever os episódios agora pelo YouTube trouxe à tona o saudosismo daquela época. Mais do que isso, revisitar esse desenho me deu uma percepção bem maior da riqueza de referências ao gênero terror sobrenatural. Alguns episódios fazem clara homenagem a filmes famosos, como o do hotel assombrado, que lembra "O Iluminado", o da escola de bruxas ("Suspiria"), o da criatura na neve que infecta e assume a forma dos hospedeiros ("O enigma de outro mundo") e o da caixa que liberta um demônio ("Hellraiser"). Além dessas analogias diretas, o desenho também homenageia o universo de Lovecraft com histórias que giram em torno de criaturas ancestrais tentaculares e gosmentas que habitam outras dimensões. Como se isso não bastasse há um episódio que homenageia ninguém menos que Stephen King! Nesse episódio um aclamado escritor de livros de terror com os mesmos traços de King (incluindo os óculos) tem que lidar com uma máquina de escrever amaldiçoada. E olha o nome do escritor: Evan Prince! De PRINCE para KING a distância é pouca!
Enfim, acho que Martin Mystery é um desenho incrível para quem gosta de "terrir", muito criativo nos casos e nas mitologias apresentadas em cada episódio. Para tornar ainda melhor, tem um protagonista carismático e divertido, sempre arrastando asa para a mulherada e levando foras (geralmente acompanhados de pancadas). A dinâmica dele com a irmã (sempre cortando o barato dele) e com o Java é ótima: isso sem contar o Billy, que é outro personagem adorável e que felizmente ganha mais destaque nos últimos episódios.
Belas Maldições (1ª Temporada)
4.1 230 Assista AgoraSe fosse só por Aziraphale e Crowley, eu daria nota máxima a essa série e até colocaria entre as favoritas, porque Michael Sheen e David Tennant estão sensacionais em seus respectivos papéis. Que dupla dinâmica!
Infelizmente, o resto do elenco não ajuda: achei o núcleo infantil péssimo, principalmente o "filho da Besta". O "Cão" tinha mais personalidade que ele.
O final também, além de previsível, foi bem bobo:
É sério que os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, tão ameaçadores, foram destruídos com a maior facilidade pelos pivetes que, inclusive usam a espada que tomaram de um deles por vacilo? Pior, o grande Satã foi derrotado por uma bronca do filho? Tosco de doer.
Por outro lado, além das ótimas atuações de Sheen e Tennant (onde já se viu um demônio mais estiloso?), os efeitos visuais são excelentes, os créditos de abertura também, e o humor britânico funciona na maior parte das vezes. E, só pelo fato de ser melhor do que a 2ª temporada de "American gods", já valeu a pena.
Game of Thrones (2ª Temporada)
4.6 1,6K Assista AgoraA melhor coisa nessa temporada é a Batalha do Cu do Cadáver. Épica.
Batman: A Série Animada (1ª Temporada)
4.4 65 Assista AgoraMelhor série animada de super-herói: claro ou com certeza? Impossível não favoritar, pois além de ser o desenho mais marcante da minha infância, permanece sendo (para mim) a adaptação definitiva de Batman para a TV. Não é só a nostalgia falando, porque revendo essa primeira temporada agora, ainda acho-a tecnicamente perfeita, desde o cuidado com o roteiro de cada episódio até as representações maravilhosas dos vilões. Isso sem falar do primor que é a dublagem clássica brasileira: aquele vozeirão do Bruce/Batman é inesquecível.
Ironicamente, eu só não gostei do primeiro episódio, porque achei o vilão muito insignificante para um piloto. E por falar em episódios, os de que mais gostei foram os que tinham os vilões clássicos. Até fiz uma seleção dos meus episódios favoritos:
• Natal com o Coringa
• Nada a temer
• Doce veneno
• Um palhaço
• Duas Caras (partes 1 e 2)
• Batman está no meu porão
• Coração de gelo
• A Gata e suas garras (partes 1 e 2)
• Cuidado com o Fantasma Cinzento
• Um favor para o Coringa
• Medo da vitória
• Louco como um Chapeleiro
• Sonhos na escuridão
Street Fighter II - Victory
4.1 137Nudez, alusão a drogas pesadas, máfia, violência explícita com mortes e torturas sangrentas: o pacote completo para um bom anime "infantil" dos anos 90, sem a caretice do politicamente correto de hoje. Talvez seja a nostalgia falando mais alto, mas revendo agora, esse desenho não envelheceu para mim. Ótimo roteiro, ótimos personagens, sequências de lutas incríveis, um vilão barra pesada e, o principal, uma dupla de protagonistas carismáticos: Ryu e Ken são demais! Aliás, até já adotei o bordão do Ken: "Ih, ó o cara aí!". Também adoro o Guile: é durão, mas é gente boa.
Outros pontos que merecem nota: os gritos do Vega e do Fei Long em combate (são impagáveis) e a sensualidade de mulher fatal (literalmente) da Cammy, bem como seus ataques acrobáticos. Ah, uma menção honrosa à dublagem brasileira (com direito a Kiko e Seu Barriga), que funciona muito bem nesse anime.
É isso; depois dessa bajulação toda, só não dou nota máxima porque achei o final muito atropelado. São 29 episódios, mas bem que poderiam ser os 30 somente para amarrar melhor as pontas dos personagens, porque ficou muito corrido nos últimos minutos do último episódio: em mais um episódio eu queria
que o Fei Long e o Ken tivessem a luta (amistosa, claro) prometida quando eles se separaram nas gravações daquele filme nos primeiros episódios; queria ver Chun Li reencontrando seu pai, e a recuperação dele; queria ver o que foi feito do Vega; também queria ver uma revanche entre Guile, Ken e Ryu, para conferir se os dois últimos ainda apanhariam: não uma luta de vida ou morte ou para "lavar honra"; seria mais como uma despedida entre eles. E por falar em despedida, também senti falta de um adeus melhorzinho entre Ryu e Ken: depois de tantas aventuras juntos, eles pareceram indiferentes com a separação. Enfim, essas lacunas eu vou ter que preencher só na minha cabeça mesmo.
Preacher (1ª Temporada)
4.0 325Considerando a série isoladamente, por ainda não ter lido os quadrinhos originais, achei esta temporada bem irregular, com alguns episódios ótimos (como o piloto e o season finale), e outros bem chatinhos e arrastados. Assim, por causa dessa falta de uniformidade, ainda não sei dizer se é uma série boa ou ruim; terei que assistir à segunda temporada para decidir se vale a pena continuar investindo meu tempo nela. O gore, o humor negro e as blasfêmias cáusticas (principalmente no último episódio, com direito até à esperada participação especial de Deus) são pontos muito positivos para a série, mas o que rouba a cena e é a melhor coisa nessa produção é o vampiro cara-de-pau beberrão, drogado e preguiçoso: Cassidy! Ele é um personagem impagável!
Belas Maldições (1ª Temporada)
4.1 230 Assista AgoraDepois do fiasco que foi a 2ª temporada de "American Gods", estou rezando (literalmente) para que Neil Gaiman e a Amazon consigam se redimir com essa nova parceria.
Contos de Charles Dickens (1ª Temporada)
3.7 4Mais uma maravilha da BBC!
Seguindo uma estrutura semelhante a de "Penny Dreadful", esta série consegue intercalar os arcos narrativos de vários personagens célebres da literatura inglesa. Porém, achei ainda mais consistente do que PD porque aqui praticamente todos os personagens vieram direta ou indiretamente das páginas de Dickens e seus livros mais famosos, como "Grandes esperanças", "Oliver Twist", "Um conto de Natal" e "A Casa Soturna". O trabalho dos roteiristas criando conexões entre os personagens e suas histórias a partir da morte de Marley está louvável A investigação policial dá uma atmosfera de mistério muito bem-vinda à série, misturando o drama dos livros a um tom de suspense equilibrado (só não gostei da revelação da identidade do assassino).
Quanto às tramas, a de que mais gostei foi a dos Havisham; talvez por já ter lido "Grandes esperanças" e saber o destino daqueles personagens, fiquei indignado com a ingenuidade da jovem Miss Havisham e com a cretinice do Compeyson. Em outras palavras, me importei com os personagens. Se uma série consegue esse efeito no espectador, merece ser vista.
Deuses Americanos (2ª Temporada)
3.4 185 Assista AgoraNo começo, parecia que essa temporada seria ruim; no final parecia o começo.
Teoricamente, nesta temporada os deuses estão numa espécie de "guerra fria" enquanto recrutam aliados, mas na prática fica só na encheção de linguiça mesmo e o episódio final foi tão anticlímax que deu vontade de abandonar a série ali.
Meu Zeus, como senti falta da Gillian Anderson! Essa "Nova Mídia" asiática é simplesmente ridícula, não apenas por não se parecer em nada com a "original", mas por ser caricata e descartável, tendo uma participação insignificante nessa temporada. Sinceramente, eu acho que já que a Gillian saiu da série, a personagem Mídia poderia passar a ser uma presença não-física, visualizada apenas em silhuetas de pixels... ou, no cúmulo da apelação, poderiam colocar a Katy Perry para substituí-la (risos), porque essa mulher é uma Mídia dos clipes, sempre "camaleando" no visual.
Outra decepção foi Mr. World: na primeira temporada ele era uma presença ameaçadora e constante, mesmo aparecendo pouco. Agora ocorreu o contrário: deram destaque demais a ele, e mesmo assim ele não faz nada de realmente importante, a não ser cochichar para a câmera naqueles closes horríveis na cara de Crispin Glover.
Exageros à parte, pelo menos alguns coadjuvantes se salvam: na minha opinião, o melhor foi Anansi. Ri muito com as falas e atitudes dele.
No mais, é aguardar que a 3ª temporada seja melhor, beeem melhor que esta.
O Nome da Rosa
3.7 17"Quando a beleza, a cor e o perfume de uma rosa se esvaem, só uma palavra permanece: o nome dela."
Maravilhosa adaptação do livro de Umberto Eco! Também adoro o filme com Sean Connery, mas como a minissérie tem 8 episódios de quase uma hora cada um, foi possível aprofundar melhor algumas questões do romance. Rupert Everett está perfeito como Bernard Gui e, além disso, gostei mais desse novo Adso do que do interpretado por Christian Slater.
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427 Assista AgoraÉ maravilhoso quando os criadores de uma série sabem a hora certa de encerrá-la; melhor ainda, quando sabem COMO terminá-la. Dito isso, achei esse final um dos mais dignos e memoráveis que já vi. Assim como o de “Six feet under”, souberam fazer um desfecho absolutamente condizente com a proposta original da série. Verdade seja dita, “The Leftovers” nunca teve o hype dos Game of Thrones e outras séries da moda que congestionam as redes sociais, dando margem a trocentas temporadas; mas, longe de ser um problema, isso acabou sendo uma vantagem, pois desde o começo fica claro que a narração das vidas dos que “ficaram para trás” não devia se estender indefinidamente conforme o gosto do público. Três temporadas foram a medida perfeita para contar essa história e fazer o espectador filosofar um bocado. Só é uma pena que, por não ser popular, esta série seja tão subestimada.
Falando especificamente desta temporada, gostei do destaque dado à Nora e ao pai do Kevin, mas meu personagem favorito continua sendo o Matt. A propósito, essa temporada continua com a estrutura de episódios fragmentados, o que eu achei ótimo. Dessa vez tive 3 episódios preferidos, todos equilibrando o dramático e o cômico:
o episódio com as andanças e trapalhadas do pai do Kevin à procura das “canções mágicas”; o penúltimo episódio, com a última viagem surreal do Kevin ao “outro lado”... e, na minha opinião, o melhor de todos: o episódio da “balsa do leão”. Neste, o Matt está impagável, mais uma vez se metendo em confusão por questões teológicas (tive um ataque de riso na cena em que ele é forçado a participar de um ritual sexual pagão).
The Leftovers (2ª Temporada)
4.5 422 Assista AgoraA primeira temporada não me empolgou muito, mas esta aqui eleva o conceito de série viajada a um novo nível... e eu adorei isso! O que eu achei mais interessante nesta temporada foi a ideia de fragmentar a história e fazer “intervalos” com episódios que giram em torno de um personagem em específico. Nesse sentido, tive dois episódios favoritos:
primeiro, aquele que é uma viagem do Kevin ao “outro lado” para “exorcizar” Patti definitivamente; segundo, o episódio focado nas desgraças do Matt depois que descobre que Mary está grávida. A situação é dramática, mas achei esse episódio hilário, porque desde o começo da série eu considerei o Matt um personagem tragicômico, meio quixotesco nos idealismos religiosos dele. E percebi que sempre que ele fica muito inspirado acaba se estrepando; só para recapitular, na primeira temporada, depois de ganhar em apostas “inspiradas” o dinheiro necessário para comprar a igreja e quando está prestes a fechar o acordo, decide bancar o bom samaritano ao ver um RC sendo apedrejado; ao tentar socorrê-lo, leva uma pedrada, vai parar no hospital, fica inconsciente por dias e quando finalmente acorda, o prazo da compra já venceu. Dessa vez, ao voltar do hospital radiante de felicidade pela gravidez da esposa, decide compartilhar sua alegria e ajudar o próximo... O “próximo” em questão é aquele sujeito do carro enguiçado; e lá vai o Matt, todo sorridente e caridoso ajudar o pobre homem... e receber aquela gratidão! A cena em que ele tenta voltar para a cidade pelo esgoto durante uma tempestade, recitando salmos e sendo arrastado pela enxurrada junto com a Mary é simplesmente impagável!
No mais, também adorei o destaque dado à personagem da Liv Tyler: além de ser a mulher mais linda do universo, ela encarna uma Meg visceral: elegância e loucura sem moderação!
A única coisa que me incomodou nessa temporada foram os novos créditos de abertura: achei muito brega e sem graça. Eu já tinha comentado o quanto gostei dos créditos da primeira temporada; acho que teria sido bem melhor se tivessem mantido o mesmo padrão de afresco, mas substituindo as alusões ao Arrebatamento por referências a milagres, destacando a Ressurreição. Enfim, são questões menores que não estragam a experiência como um todo.
The Leftovers (1ª Temporada)
4.2 583 Assista AgoraEm se tratando de dramas sobre perda, dor e como lidar com elas em vários aspectos (religioso, filosófico, cultural, etc.) ainda acho "Six feet under" insuperável (aliás, Justin Theroux faz umas pontas lá também); entretanto, concordo que "The Leftovers" tem muitos méritos pela originalidade da abordagem, em grande parte devidos ao co-criador e autor do livro no qual a série se baseia. Não chega a ser uma das minhas séries favoritas, mas com certeza merece ser vista. Adoro os créditos de abertura com aquele design de afresco que evoca o sentido pretensamente religioso do "arrebatamento" discutido nessa temporada.
Immortals (1ª Temporada)
2.2 18Por causa dessa propaganda enganosa no cadastro (série de vampiros com censura +18) fui ver esperando algo no estilo ousado de True Blood num cenário exótico (Istambul)...
Dei com os burros n'água: é basicamente um The Vampire Diaries turco. E o plano do vilão, então? Obter uma relíquia para deixá-lo mais poderoso... Santa originalidade...
Abandonei nos primeiros episódios. Eu já tinha achado The passage fraca, mas esta se supera no quesito mediocridade. Agora é continuar esperando a série da Anne Rice, torcendo para ela botar esses vampiros genéricos todos no chinelo.
Oz (6ª Temporada)
4.3 63Que final pessimista e frustrante! Depois de acompanhar as durezas, tragédias e sonhos dos personagens, eu esperava um desfecho mais “definitivo”, como o de “Six feet under”: seria maravilhoso ver o destino de pelo menos alguns dos personagens, se conseguiriam a liberdade ou morreriam. Parece que Tom Fontana não gosta dessa perspectiva, e preferiu encerrar a série com uma atmosfera de incerteza, mágoa e impotência. E, realmente, a sensação que fica é que propositalmente nada deu certo nessa temporada: é uma sucessão de fracassos sem fim.
O projeto de Kareem para a publicação de livros fracassa; a tentativa de Arif de liderar os muçulmanos fracassa (de novo); o plano de Burr para dar trabalho digno aos negros e livrá-los das drogas fracassa; o sonho de Miguel em conseguir a condicional fracassa mais uma vez, a mobilização para impedir a execução de Cyril fracassa; até a ideia de Busmalis para ter um filho com Norma fracassa! Isso sem falar na cereja do bolo: Tobias; ele saiu da prisão só para sentir o gostinho da liberdade e cair numa nova armadilha por amor àquele cretino do Keller... E termina a série correndo risco de ir para o corredor da morte. Não tem jeito: Beecher é a escrava Isaura de OZ.
No mais, achei que essa última temporada teve algumas ideias estranhas e mal resolvidas:
aquilo de Schibetta fazendo feitiço fez a série derrapar de novo no sobrenatural (e, afinal, por que ele não mandou enfeitiçar os arianos?). A história da enfermeira assassina também foi desnecessária; eu esperava que dessem uma explicação plausível para o comportamento dela (por exemplo, ela ser parente ou ter alguma ligação com uma das gangues); por fim, o mais absurdo foi o ariano morto por Robson (ah, como eu adorei vê-lo sofrer e virar mulherzinha nessa temporada!) ter deixado Miguel como “herdeiro”. Hã?! Eles nem se conheciam, e eram de gangues rivais, então por que cargas d’água ele deixaria qualquer coisa para o Miguel? Isso foi difícil de engolir.
E por falar em arianos... Schillinger. Passei tanto tempo odiando-o e no final não gostei da morte dele: achei muito “teatral”, não só porque foi literalmente feita no teatro, mas porque foi muito rápida e “fácil”. E, para cúmulo da ironia, Tobias o matou sem querer.
Eu tinha muita coisa ainda para falar sobre essa temporada, mas este textão já passou dos limites, então vou concluir citando os personagens de que sentirei falta: Kareem (no começo eu o detestava, achava muito fanático, mas ele se "humanizou" muito nas últimas temporadas), irmã Peter Marie, Busmalis, Rebadow, Diane, Augustus, Cyril, Tobias e Keller (apesar da relação destrutiva deles, foram personagens icônicos).
Oz (5ª Temporada)
4.4 28Continua ótima, mas essa temporada deu umas derrapadas que comprometeram um pouco a proposta de realismo cru da série visto até então:
o apelo sobrenatural, em especial o desaparecimento do pastor queimado e as habilidades proféticas do Rebadow (sim, desde a primeira temporada ele diz que "fala com Deus", mas de ser esquizofrênico a acertar os números da loteria há uma grande distância).
Tobias continua tentando ser bom samaritano, mas nós já sabemos que sempre que ele faz algo bom por alguém, é recompensado com desgraça e ingratidão: tentar proteger estuprador mimado não é diferente. Omar está arrumando confusão a cada instante, Schibetta voltou só para provar que é mesmo a bunda mais azarada de OZ, Kareem continua enfrentando seus demônios, Schillinger fazendo jogo duplo, Howell mais vaca que nunca (é sério que a série vai terminar e essa mulher não ainda não morreu?),
e Augustus morreu. Para mim, isso foi um impacto tremendo, pois mesmo o personagem sendo um tanto neutro na ação, acostumamo-nos a vê-lo como a "alma" de Oz, algo acima de toda aquela sordidez.
Mesmo tendo rompido a seriedade da temporada, achei o episódio do "show de variedades" muito divertido. A cena do Tobias e o Schillinger fazendo um dueto romântico e uma dança sensual é impagável e impensável!
Vou até deixar o link para quem quiser rever esse momento icônico: https://www.youtube.com/watch?v=BtnseslYvlY
Oz (4ª Temporada)
4.4 46Que temporada, meus amigos, que temporada... Na minha opinião, é a mais sofrida até agora. Tendo o dobro de episódios em relação às demais, então é bem mais intensa e tem mais surpresas. Sim, é nesta que o Tobias mais sofre (eu ainda me surpreendo com a habilidade de Tom Fontana inventar novas formas de atormentar esse personagem):
a relação destrutiva de amor e ódio com Keller, a separação deles, o sequestro dos filhos, a mutilação e morte do filho, e, para coroar o suplício, a esperança de ganhar a liberdade indo pelo ralo. A cena dele saindo de Oz foi um prazer indescritível de se ver; foi a cena mais bonita da série. Mas aí, quando vemos ele, a filha e a advogada juntos e plenos de felicidade, o criador vem nos lembrar que isso não é final de novela das oito e que, para manter o equilíbrio do universo, Beecher não pode ser livre nem Schillinger pode morrer.
Entretanto, essa temporada foi muito além dos sofrimentos do Tobias; teve muita coisa “boa” também:
as mortes de Adebisi, Kenny, Clayton e Nikolai, que já foram tarde. Agora estou torcendo pelas mortes da Howell e do Robson. Até a metade da temporada tive uma puta raiva do Glynn, por se deixar levar pelas promessas políticas daquele governador tampinha e ficar tão negligente com a zona em que Emerald City se transformou, mas finalmente as coisas voltaram ao “normal”.
Gostei do foco dado à questão religiosa, com o embate entre os católicos e os seguidores do novo pastor, bem como a nova postura do Said à frente dos muçulmanos;
aliás, adorei esse Said “pós-Adebisi”, mais violento (a facada no Schillinger valeu a temporada toda). A única coisa de que não gostei foi o Miguel: até a 3ª temporada ele era um personagem importante, mas depois ele perdeu espaço e propósito e agora parece que os roteiristas não sabem o que fazer com ele: se era para ser recapturado somente para ficar na solitária brincando com merda e descascando banana, seria melhor matá-lo em grande estilo.
Ah, é, não posso deixar de fazer uma menção honrosa a Busmalis e Rebadow: me divirto muito com os dois, são quase um casal, Busmalis tão ingênuoe alienado, e Rebadow tão instável com seus demônios geriátricos.
Enfim, vamos ver no que isso vai dar; ansioso para a próxima temporada, já virou vício! Só lamento que esta seja uma série “antiga”, que eu não pude assistir na época da exibição original e, atualmente, não encontro ninguém com quem conversar sobre ela; só se fala em Game of Thrones e nas séries da moda da Netflix.
Os Miseráveis
4.1 28"Os miseráveis" é o meu clássico favorito, então eu sou muito exigente com as adaptações desse livro em específico. Já vi vários filmes e até agora eles sempre deixavam muito a desejar, na minha opinião; o que mais tinha me agradado era o musical de 2012 (detesto musicais, mas aquele filme é cheio de méritos, da direção de arte às atuações inspiradas). Ainda assim, para adaptar satisfatoriamente um livro de quase mil e quinhentas páginas com muitos personagens e ação, o melhor formato é mesmo minissérie. Nesse quesito, essa produção da BBC foi a melhor versão da obra que já vi; achei, inclusive, bem superior à minissérie francesa (de quem foi a ideia de colocar Depardieu como Valjean? Com aquela cara de bicho-papão narigudo, ele devia ser, no máximo, o Thénardier).
Para mim, o melhor Valjean foi Hugh Jackman e o melhor Javert foi Geoffrey Rush, mas aqui há os melhores Thénardier, Cosette, Marius e Fantine. Aliás, destaque para Lily Collins, que roubou a cena, mesmo estando presente só até a metade da série. Ela fez uma Fantine excepcional, com toda a carga dramática, todo o sofrimento, toda a devoção exigida para o papel: o segundo episódio é de cortar coração.
Oz (3ª Temporada)
4.3 40Apesar de ver muitos comentários sobre esta temporada ser melhor ou pior que as anteriores, na minha opinião OZ se mantém (até agora) num ritmo e desenvolvimento uniformes, o que eu acho ótimo. Realmente, se não fosse pelas mudanças de corte de cabelo do Beecher, do O'Reily, do padre e da freira, eu não saberia distinguir onde uma temporada termina e outra começa.
Quanto à trama, continua desenvolvendo os dramas dos personagens, criando e rompendo alianças com o padrão HBO de reviravoltas e mortes quando menos se espera. Por falar em mortes,
fiquei revoltado com o fim do Richie, que além de ser um personagem muito injustiçado, era um cara legal. E o pior é que ele morreu por causa de um mal-entendido! Desde então, torço para aquele russo cretino morrer.
Outra coisa que lamentei foi o fim do "pequeno Schilinger"; era um personagem promissor e achei que com ele o Tobias poderia controlar e atormentar o "Schilinger pai"... ledo engano.
No mais, Adebisi me surpreendeu pela astúcia nessa temporada: o plano para descartar Nappa foi genial. O'Reily voltou a ser o cretino trapaceiro e oportunista de antes (só tenho pena do Cyril, que às vezes é um alívio cômico na série). Beecher passou a temporada toda fazendo cu doce com o Keller; é claro que ele teve razão para não confiar nele depois da última traição, e o próprio Keller está se mostrando bem mais cafajeste e indigno do que parecia (manipular a irmã Pete é imperdoável).
Por fim, adoro os momentos com a tia Sally em seu programa educativo... e os prisioneiros nem piscam, haha!
Oz (2ª Temporada)
4.3 46E a HBO, lá nos anos 90, já sabia se superar! Essa temporada continua brutal e intensa como a primeira, mas consegue ir além, desenvolvendo ainda mais alguns personagens (como Adebisi, O’Reily e Beecher) e seus conflitos entre interesses pessoais e ideologias de gangues.
É interessante que estamos tão acostumados à violência e crueldade de OZ que quando as gangues se juntam por uma causa altruísta
(a contribuição que todos dão para o tratamento do neto do Rebadow)
Nessa temporada o personagem que, na minha opinião, mais se destaca é Beecher; tenho para mim que o criador e roteirista tem um fetiche sádico com esse personagem, porque é o que mais sofre; na primeira temporada ele come o pão que o diabo amassou nas mãos de Schillinger. Finalmente aqui até mais ou menos a metade da temporada ele consegue dar o troco infernizando e atrapalhando os planos de Schillinger; mas Tom Fontana prefere que Beecher sofra e aí vira o jogo de novo,
faz o coitado se apaixonar e cair naquela armadilha terrível, o cúmulo da humilhação... até agora. Não foi só o coração dele que ficou em pedaços.
E, para concluir, tenho que dizer que adoro os monólogos filosóficos do Augustus; de vez em quando anoto um para ficar remoendo depois.
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraMike Flanagan e Carla Gugino são o melhor casamento que já aconteceu na Netflix! Ambos fazem um trabalho competentíssimo no filme "Jogo perigoso", e repetem a dose aqui nessa série. Se ele tem um pleno domínio de técnicas de direção para tramas perturbadoras, ela traz atuações incríveis para personagens problemáticas. Perfeito!
Destaque também para Oliver Jackson-Cohen, o irmão gêmeo pobre de Jake Gyllenhaal. Com todas as suas neuroses, crises de dependência e ansiedade, Luke é o meu personagem favorito (tanto na versão adulta quanto infantil).
Os Miseráveis
4.1 28O trailer, que saiu essa semana, está a coisa mais linda! Nunca fiquei com tanta ansiedade por uma série!
Castle Rock (1ª Temporada)
3.7 173Para mim, essa série foi a maior decepção do ano. Ela prometia intercalar personagens e situações do universo de Stephen King, mas o que é visto na tela passa longe de ser satisfatório: poucas e vagas referências a personagens (isso quando não são forçadas e broxantes, como a conexão com "O iluminado") e uma mistureba tosca de cenários, como Harmony Hill, Shawshank e Juniper Hill. Tudo é abafado por uma trama "original" insossa e desinteressante, com personagens que deveriam ser enigmáticos, mas só conseguem ser cansativos. O pior de todos é Andre Holland: sempre apático ou de cara amarrada, é impossível ter qualquer sentimento de empatia ou se importar com ele. Até Bill Skarsgård, que tem mesmo cara de doido, foi muito mal-aproveitado aqui. Lá pelas tantas parece que quiseram seguir a fórmula de "Westworld", com as rupturas na linearidade, nos avanços e recuos no tempo e nas perspectivas dos personagens, mas, juntando a isso um discurso de fanatismo religioso que dá nos nervos. No começo até me animei com a participação relâmpago da Frances Conroy, mas a mulher nem bem chega na tela e já é descartada do roteiro. Terminar essa temporada foi um exercício de (im)paciência e só consegui por causa da Sissy Spacek, cujas cenas eram o mais próximo de suportável dessa série. Estou totalmente desmotivado a ver uma próxima temporada; a não ser que seja independente dessa, com outros arcos narrativos, enterrando de vez esse fiasco de Shawshank.