Quando eu vi o trailer e tive um vislumbre da ideia ousadíssima, logo pensei: ou vai ser muito bom ou muito ruim. E fico feliz que tenha sido um resultado positivo! É uma trama simples, com episódios pequenos e atores bem entrosados. Não é sensacional mas é um DESTAQUE muito grande para o meio nacional. Muito legal como trouxeram uma narrativa que, embora fantasiosa, tenta se situar o máximo possível na realidade brasileira. Dá até um conforto no coração reconhecer tantos elementos nossos numa obra de tamanha qualidade. Nossa tradição nacional é tão desvalorizada que é mais comum encontrar brasileiros muito mais interessados no folclore nórdico, por exemplo, e que acham que folclore brasileiro é "historinha de criança". Eu me descobri sendo uma dessas pessoas, para ser sincera rs. Não sabia mais do que o básico dos personagens mais conhecidos, assim como desconhecia suas origens e motivações. Ademais, vou ter que bancar a chata aqui e dizer: não tentem comparar recursos de séries brasileiras com as produções gringas. Não seja o fresquinho que dá nota baixa e diz "ai, o CGI é terrível!". Quando você desqualifica essa produção porque tem nos seus ideais as séries americanas ou europeias, isso é insensível e meio estúpido. Não temos metade da verba, estrutura, pós-produção, divulgação e interesse popular pelo formato aqui no Brasil. Somos um país que ainda curte novelas com tramas explícitas, longas e simplistas. Quanto dinheiro e apelo popular se consegue colocar numa premissa como essa da série? Tente nomear mais 5 séries brasileiras no mesmo nível TÉCNICO de Cidade Invisível que não tenha sérios defeitos quando necessita de uma pós-produção boa. Estamos numa situação que nossos melhores diretores ainda não conseguem ter um filme com ÁUDIO bom. Por isso, volto a frisar o quão legal foi a Netflix ter produzido essa série e como ela demonstra um avanço grandioso na qualidade narrativa e técnica das obras nacionais.
Bom, esse foi o primeiro dorama que eu vi inteiro e só posso dizer que: doeu. Tudo, cada episódio, doeu para cacete e principalmente quando acabou. Para quem assim como eu tinha algum tipo de preconceito com doramas/kdramas e seus atores caricatos, cenas em câmera lenta e enrolação exagerada só peço que ASSISTAM! Esses elementos estão presentes mas não atrapalham em nada os pontos fortes dessa série. Essa construção impecável de personagens numa trama ágil e realista, sem medo de ser cruel, que explora a complexidade da psique humana. É, falando assim parece vago, mas eu sinceramente não sei por onde começar os elogios (e olha que isso não acontece com muita frequência aqui). Os personagens são interessantes e movimentam a narrativa com ações certeiras, preenchendo muito bem cada episódio com acontecimentos relevantes para a trama (algo que infelizmente percebi que não é muito comum nas produções asiáticas tão prolixas). Mesmo a oposição entre personalidades consegue sair do clichê, só é necessário ter paciência para assistir ao desenvolvimento de cada um ali. E essa é a graça da coisa, é muito bonito ver como em 16 episódios de 1h você cria tanta afeição e torce para que as coisas se resolvam. Para mim, essa é a uma das principais funções da arte: Despertar as sensações mais extremas observando realidades inexistentes. Tudo Bem Não Ser Normal faz isso e muito mais. O alívio cômico é ótimo, os personagens coadjuvantes gastam o tempo perfeito da história e tem seus próprios desenvolvimentos paralelos, as pitadas de comédia e sensualidade, os erros e acertos de cada um. Isso porque nem vou me prolongar em quesitos técnicos como fotografia, direção de arte e essas animações tão delicadas inseridas para ilustrar os contos. É, não sabia como começar e, aparentemente, também não sei como acabar kkk Impecável, adulto e doloroso. Provavelmente no meu top 5 de séries da vida. E se você leu até aqui e é um conhecedor de doramas que sejam similares, por favor me indique nesse comentário.
PS: Com doramas assim + cinema de ação, os coreanos vão dominar o mundo.
Demorei muito tempo para aceitar que o hype de Dark era merecido e finalmente me forçar a ficar acordada para ver a série (sim, não recomendo assistir no escuro, muito cansado ou ansioso), já que é um exercício grande de memória e lógica. E esse é um ponto que eu gostaria de ressaltar, antes de qualquer avaliação: Muita gente quer desmerecer Dark como uma mistura pseudo-intelectual de física e filosofia, que simplifica essas áreas e se inspira em referências passadas. Isso é uma tendência comum hoje em dia e, embora todas as opiniões sejam válidas porque são percepções/críticas subjetivas, na MINHA OPINIÃO pode ser uma tentativa gratuita ou até paradoxal de diminuir algo que tem um hype intelectual muito grande. Se inspirar em referências não é sinônimo de demérito ou atenuação da complexidade da obra, do contrário podemos jogar grandes fenômenos atuais (vide Stranger Things e Rick and Morty) nessa lista também. A diferença é que uma grande parte das produções que bebem de referências e conceitos complexos - como física ou filosofia - têm uma vertente mais divertida e voltada ao entretenimento pop (inclusive as duas que citei acima), enquanto Dark opta por ser uma trama densa, sombria e pouco divertida. Além disso, existe uma diferença grande em facilitar conceitos abstratos ou teorias complexas e banalizá-las. Sempre que penso nisso lembro de Interstellar sendo julgado por ser "explicativo demais, fácil demais"(?). Isso é o uso da arte como ferramenta para acessibilizar cultura e ciência em todos os níveis, não sei como pode ser desqualificado só porque uma galera acha "pseudo-algo". Dito isso (após defender o peixe rs), Dark foi uma das séries mais coesas e interessantes que eu já vi. O projeto inteiro é impressionante em suas questões de lógica e reviravoltas, respeitando categoricamente cada um dos seus personagens e suas trajetórias narrativas. É muito bom assistir algo que promete uma complexidade quase impossível de ser resolvida e no fim obter todas as respostas (claro que devem haver furos, mas nada que impacte a conclusão geral). E sim, você terá todas as respostas, só terá que ser muito paciente e atento. Exemplificando, enquanto assistia à segunda temporada eu tive diversas perguntas que só seriam respondidas lá pelo penúltimo episódio da terceira. Todos os atores são muito afiados em todas suas versões, a reconstrução temporal é bem feita, a trilha sonora integra o sentido da obra, a fotografia é linda, até mesmo a atenção em montar um elenco alternativo parecido... É tecnicamente muito bem feita e com um roteiro ousado. Agora, sinceramente, no meio dessa última temporada eu comecei a temer pelo desfecho porque odiei a ideia dos
já era complicado demais e não gostei de como muitas coisas foram apresentadas ao mesmo tempo nos 3 primeiros episódios. Mas, de novo, tem que ser paciente kkk. Os
precisam existir para concluir toda a genealogia e motivações dos protagonistas e, embora pudessem ter apresentado alguns conceitos com mais calma, o formato de 10 episódios e o número de coisas a serem resolvidas espremem o tempo de tela. Agora,
não dá para defender. Desde a primeira temporada em sofria com essa personagem e ainda mais quando percebi que ela seria fundamental para a trama. Acho ela muito quadrada e a atuação da Lisa Vicari soa meio intensa em um sentido de ser repetitiva, entende? Terminei a série sem gostar dela e nessa temporada seus "vícios expressivos" me encheram o saco (todo episódio ela chorando, refletindo longamente sobre questões óbvias e falando as mesmas coisas). O desfecho veio muito rápido e pode parecer um Deus ex machina para muitos, não julgo pois também desgostei um pouco no princípio. Porém, se analisar atentamente, eles dão indícios
desde a primeira temporada, reforçando novamente todo o cuidado dos idealizadores em não inserir plot twists infundados. Finalizando, porque essa porra ficou longa e séria demais, é uma série linda em seu cuidado com contradições ou furos lógicos, seus embasamentos filosóficos permeando os espaços vazios que a ciência e racionalidade não preenchem, sua didática em destrinchar a própria narrativa e sua qualidade técnica. Ao meu ver, um dos melhores originais Netflix e uma das minhas séries favoritas.
Uma das minisséries mais subestimadas dos últimos anos, para não ser radical e dizer que foi ignorada tanto pelo público como pelas premiações. O enredo se desenvolve de forma direta, dinâmica e em cima de uma premissa bem básica, o que a princípio pode parecer que tornará a série repetitiva. Felizmente, isso não acontece, em grande parte graças ao formato certeiro de minissérie e o roteiro bem enxuto. As atuações são ótimas, com um grande destaque para o Christopher Abbott (John Snow do mediterrâneo para os mais íntimos) e sendo fortalecidas pela ótima reconstituição de época. Além disso, é sempre muito interessante ver outras facetas da Segunda Guerra no cinema/tv (nesse caso, fora do eixo desembarque da Normandia/combates extravagantes), um tema que cá entre nós, já está saturado. Com sorte, Catch-22 traz um frescor diferente para o evento histórico e retrata a maior problemática de toda guerra: o fator humano. Eu fui atraída por pensar que fosse uma série de comédia sobre o evento mais sangrento do século passado - e realmente é, com um humor negro elegante - mas, com o passar da trama e o desenvolvimento dos plots, vai se tornando cada vez mais agridoce até chegar em um final muito
Resumindo: comecei rindo caralhos e terminei chorando de soluçar (puta que pariu último episódio!!). Arte boa serve para isso, né? Recomendo demais, essa série merece crescer e ser mais reconhecida como a preciosidade que é.
É tão triste para mim ter que escrever uma resenha tão desfavorável e amargurada sobre uma das melhores séries que eu já assisti. E o pior foi ter decaído tanto, tão rápido e justamente no ápice da trama. Impossível reconhecer os elementos que fizeram as duas temporadas anteriores (serem tão boas) nesta terceira. E tudo bem quem achou a segunda chata, foi realmente muito densa, bagunçada temporalmente e contemplativa... Mas nem se compara com essa bagunça esquizofrênica e cheia de furos. Os episódios iniciais já trazem uma aura diferente à trama, porém nada que comprometa o interesse ou a lógica dos fatos. Do 3º ao 4º, você começa a pensar que pouca coisa aconteceu e já está no meio da temporada. Do 5º em diante, a impaciência e decepção começam a fluir. Não vou apontar cada furo da história, quem quiser discutir sobre ou saber mais é só buscar pelo excelente vídeo da Carol Moreira no YouTube. Se você não viu pelo menos uma meia dúzia, você não prestou atenção direito, SÉRIO! Agora, se tratando de macro problemas... *Não há consistência nas ações e nos personagens, eles agem sem sentido quando convém ao roteiro e são manipulados para que o plot seja agradável ao mesmo tempo que desafiador (esse-finalzinho-pau-mole-do-caralho-meu-deus-perdi-tempo-vendo-essa-bosta). *Tentativa de dinamizar a trama introduzindo elementos bem mal cuidados de ação, vide: efeitos especiais grandes, cenas de luta mal coreografadas a cada maldito episódio, embates de personagens bad-ass com uma atmosfera de video game etc. *Um desafio muito grande para ser resolvido de uma forma tão meia boca. É natural de algumas tramas pretensiosas colocar uma problemática fodida, sem aparente forma de resolução para que o público continue assistindo justamente pela curiosidade em saber como aquilo será solucionado. E, em alguns vários casos, ou você força os limites da realidade da história para resolver ou mete um Deus ex machina lá e passa a inteligência do público na bunda (sim, estou puta). Westworld conseguiu fazer os dois, parabéns! Tudo que precisaria ser explicado como um planejamento ou uma força especial foi colocado na tecnologia e, aparentemente, todo mundo pode produzir um anfitrião e sua pérola só entendendo como a máquina funciona e tendo um tablet multifuncional perto; Gente, alguém lembra como era complicado construir um anfitrião? A própria série CONSTRUIU esse universo, esses desafios. Eles bugavam constantemente, seus custos de manutenção eram caros, só conseguiam interagir se seus loops estivessem perfeitos... Mas nessa temporada, qualquer um faz
um anfitrião consciente revolucionário em menos de 30 minutos ;)
*Diálogos superficiais, sem grande profundidade, sem grande relevância, repetitivos até se tornarem vazios ("eu vou salvar o mundo blá blá"); *Dramatização excessiva, tentativa de esconder a história do personagem até ele se tornar irritantemente irrelevante (vide Caleb, Aaron Paul mal usado para caralho); *Rendição dos personagens
(e quando você resolve tornar a anti-heroína motriz da série uma salvadora, dá aquela leve sensação de que perdemos tempo acompanhando uma mentira besta)
. O Ed Harris himself achou uma bela merda o que fizeram com o Homem de Preto, então não acho que sou a única insatisfeita. É isso, a HBO está fazendo cursinho para estragar as séries de uma temporada para outra. Agora só resta Euphoria.
Poderia começar a minha crítica longa e chorona a essa temporada de várias formas, mas vou pegar em um ponto recorrente nos comentários aqui do Filmow por motivos de: que mulherzinha superestimada, rs. Gente, sinto muito, mas a série não decaiu porque a Phoebe W. não é mais a roteirista principal. Ela não o é desde a primeira temporada e que nem por isso a segunda teve uma decaída em qualidade tão grande. Só observar pelas notas do Rotten, Metacritic e até aqui do Filmow que a decaída da 1 para 2 nem se compara da 2 para a 3. Se a intenção (como dito pela própria produtora executiva/escritora principal dessa temporada) era aprofundar os personagens, sem "consertá-los", acho que o tiro saiu pela culatra. Aprofundar não significa DRAMATIZAR ou construir aquela típica, clichê e destruidora de tramas REDENÇÃO de vilões (ressalto que
isso aconteceu com TODOS os principais vilanizados,
quase ao mesmo tempo). Sinceramente, acho que dois conceitos fundamentais tiraram a série dos trilhos nessa temporada: pieguice disfarçada de ironia e previsibilidade. A pieguice está presente desde dessa capa escrota até certos detalhezinhos, como a cena da dança (observe o "disfarçado de ironia" pois é para parecer satírico, mas o humor não rola), personagem moral aleatória (oi Yara de GOT) falando coisas infantis do tipo
(lembra seriamente filmes de romance adolescente dos anos 90). Parece ingênuo, porém isso modificou toda a atmosfera da série de algo anti-heroico e descolado para... Previsível? Você pode escolher entre um vasto leque:
O plot da morte de Kenny, a tentativa fracassada de criar tensão sobre a morte do Konstantin no final da temporada, a Irina se tornando uma Villanellezinha enquanto a própria Villanelle está se tornando humana e não quer mais matar, o Niko quase ser morto MAS HEY ele obviamente não vai morrer pois isso seria imprevisível né?
hehe, dentre outros... Outras grandes âncoras que ajudaram a afundar a trama:
1 - Conveniências do roteiro para a história chegar onde querem (sempre aconteceu, porém muito mais sutil e menos frequente);
2 - Humor desregulado em piadas ou tentativa de tornar personagens excêntricos, com falas aleatórias que pareceriam engraçadas se fossem bem escritas (talvez aqui realmente a Phoebe tenha feito grande falta, já que é especialista nisso);
3 - Incongruências entre papéis e ações: Os personagens não agem mais de acordo com o que são, ponto. Só observar a cena PATÉTICA, tão ruim e clichê que nem parece da série,
da Vilanelle matando a Rhian. Ambas são assassinas FODAS, treinadas pela mesma INSTITUIÇÃO, se desentendem e saem no TAPA ? (alô, preguiçosos, pelo menos uma coreografia simples de luta seria bom), uma delas mal reage ?? e sem estar seriamente ferida, para e fica implorando por perdão antes de ser jogada numa linha de trem ??? da qual, novamente lembrando que POR NÃO ESTAR SERIAMENTE FERIDA, poderia sair facilmente ????. Essa mesma que é cotada como uma das melhores assassinas do grupo, de repente estar implorando pela vida porque levou dois tapas na cara...
Isso faz sentido? Ou era só mais uma cena necessária e manipularam os personagens para chegar lá?
4 - Personagens cada vez mais caricatos: É, era engraçado os gritinhos, rosnadas ou caretas da Villanelle... QUANDO ELES NÃO ACONTECIAM EM TODO MALDITO EPISÓDIO. Até a atuação da Jodie caiu um pouco por isso, a assassina parece caricata demais (talvez outro traço do humor desregulado) e não satisfeito, o roteiro inclui o Konstantin com aqueles sustos sequenciais muito vergonha alheia. Enfim, basicamente tudo isso unido por uma história vaga - que buscou desenvolver mais personagens do que as ações destes em si - levou a temporada a ser preenchida por nada além de plots previsiveis, humor ruim e personagens negando a si mesmos para serem mais palatáveis. Se notar atentamente, o season finale voltou para o mesmo da segunda temporada, tirando que
Produções adolescentes com senso de humor refinado e personagens inteligentes é tão raro e tão gostoso de assistir! Dá para, literalmente, juntar pessoas 10 pessoas de qualquer idade em uma sala e retirar risadas, lágrimas e vergonha alheia (por que não?) desde que se deixem levar pela história e relevem, é claro, a superficialidade desta. Sex Education e Eu Nunca... são os carros-chefe da Netflix voltada para jovens adultos, feliz de ter mais uma temporada a aguardar ♥ Assistam com a família, irmãos mais novos ou sozinhos. Vale a pena.
Foi uma tremenda surpresa prazerosa descobrir mais uma rara grande produção nacional. Não desvalorizando as toneladas de conteúdos produzidos na tv aberta, no cinema (agora investindo pesado em comédias) ou nos documentários. É que Sob Pressão trouxe um cheiro de frescor e flexibilidade narrativa, pois pode ser consumido ou ao menos atrair a atenção de qualquer país/cultura por ser uma história simples e universal. É claro que não é a premissa mais original possível, prole de E.R., House e Grey's Anatomy. Entretanto, é muito interessante e dinâmica ao mesmo tempo que traz uma faceta didática sobre um bem comum a todos: saúde. Infelizmente, senti uma grande frustração ao ver o nível da série decaindo E MUITO com as temporadas. Da primeira para a segunda foi algo sutil e facilmente disfarçado com uma nova problemática da saúde como ferramenta
. Contudo, não dá para negar que a carga dramática aumentou a ponto de beirar uma excessividade bem característica das nossas produções novelescas. Agora, da 2ª para a 3ª a questão se agravou e muito. Creio que o encerramento da temporada anterior desenharia um final digno e implacável, mas quando algo agrada sempre se criam prolongamentos desnecessários. Aliás, a decisão de voltar atrás com o encerramento da série nesta última temporada pelos bons índices, todavia dando uma pausa para que os atores possam investir em outros projetos de interesse (estariam cansados já? rs) demonstra que a prioridade se tornou colher os bons frutos até que a colheita seque. Não me estendendo demais e resumindo de forma bem coesa os principais pontos que me incomodaram: 1 - Excesso de carga dramática do casal protagonista; 2 - O drama citado acima se centra nas mesmas questões desde o início
(Carolina instável emocional se corta, Evandro explosivo se droga)
e passa a impressão que embora tenham superado momentaneamente seus problemas, os personagens não evoluíram em nada; 3 - Falta de alívio cômico e tramas paralelas que trouxessem mais versatilidade (saudades Amir kkkk), com uma enfoque quase exclusivo no casal protagonista; 4 - Personagens cada vez mais próximos de um ideal de perfeição heroica moral, optando por ações idealistas ao invés de pragmáticas (ex:
proteger um jurado de morte dentro de um hospital, para salvar UMA VIDA e colocar todos ali presentes em risco
). Enfim, acabei desanimando e desistindo de ver, ainda mais quando 7 episódios pareciam 12 e era só a metade (porque o que lucra também merece mais episódios, claro). Vai, muito provavelmente, se tornar o que as outras séries citadas acima se tornaram: tramas tão longas que se tornam quase tradicionais, roteiro prezando estender os acontecimentos e comover explicitamente o telespectador com histórias pouco elaborada. Tudo isso em um recorte temporal tão grande que daqui alguns anos teremos um elenco quase que totalmente novo + roteiristas com outros objetivos trabalhando em uma série que agora se tornou apenas um nome, uma marca. É, criamos nosso Grey's Anatomy... O que não é necessariamente ruim mas que tende a decair em questões narrativas e técnicas para priorizar o essencial: se manter com audiência.
Começa tímida, apresentando alguns clichês meio clássicos com personagens sem sal envolvidos e por algum tempo tudo o que te segura é querer ver mais dessa visão ácida e sincera sobre os Super. Mas se insistir, a série chega no seu potencial aos poucos e culmina num final que embora não muito surpreendente (e nem tudo precisa surpreender se o entretenimento é bom) é beeeem marcante e instigante para a continuação. Gostei bastante.
Comecei sem expectativas, achando que era mais uma daquelas tramas com o mesmo esqueleto de outras (vide Skins e Trainspotting) que não sendo tão velhas para serem consideradas releituras, torna-se trabalho de repaginação para não dar na cara o quão pouco original a ideia é de fato. Até que estava errada, em partes. Toda essa questão de retratar a adolescência é tão clichê e explorada quanto retratar o amor, por exemplo (mas como a nossa existência humana é limitada em eventos impactantes e estes são dois deles, não dá para pedir demais também né), porém como sempre a HBO te prende pelas maravilhosidades técnicas, elenco bem escalado e querendo ou não, um bom roteiro. Se estivesse avaliando a série até o episódio 4, mesmo que não houvesse naquele ponto o desfecho de nenhum plot, eu provavelmente daria a nota máxima. Me entusiasmei com o estilo narrativo de dar atenção a cada personagem (do contrário só acompanhar a personalidade limitada da Rue seria enfadonho, no mínimo), de como as tramas deslancharam sem muita enrolação, a trilha sonora e momentos fotográficos fodas que faziam a cabeça rodopiar... Enfim, a série realmente começou ótima e teve seu ápice por ali. O declínio para mim foram alguns personagem chatos (vide Cassie, que é tão reativa que eu nem lembro de nada relevante que fez na temporada), desgaste de algumas relações
(o shipp principal da série estava bem óbvio que seria só mais um fracasso)
, uma artificialidade de ações (por parte da Kat) e sinceramente, acho a personagem principal ridiculamente egoísta. Sei que se trata da história dela, da forma como entende e vê a própria existência, mas não consigo criar uma empatia por todo esse sofrimento egocêntrico inflado. Ela submete as pessoas que realmente importam pela sua instabilidade (família e Fezco, por exemplo) e procura um único alicerce para viver ignorando todo o resto. Se isso fosse explorado com divagações existenciais fodas ou grandes monólogos, como a fala final de Trainspotting que te faz entender todo o resto da história e até simpatizar com a narrativa... Mas não, a Rue só fica soltando frases pseudoniilistas enquanto está drogada, forçando um embasamento de que é autodestrutiva
porque sofre de transtornos psicológicos e perdeu o pai jovem.
Isso deixa a personagem presa em um limbo de "eu escolho morrer assim porque sou assim e não temo" com "sofri demais e preciso de ajuda", e os dois se anulando constantemente deixa tudo meio bleh, na minha opinião. Enfim, não sei como a temporada pode continuar sem toda essa
A HBO elevou novamente seus padrões de qualidade produzindo de forma tão sofisticada e paradoxalmente, simplista, essa minissérie. A sofisticação vem nesse perfeccionismo latente em reconstruir uma União Soviética de 33 anos atrás em seus mínimos detalhes, num elenco que além de render ótimas interpretações se assemelham deslumbrantemente aos seus espelhos históricos. Também está no cuidado em nos levar para dentro da cidade - assim como da vida - das verdadeiras vítimas. Já a simplicidade consiste em traduzir, do cientifiquês, o que é esse mal invisível, como tudo funcionava e quais foram os erros (humanos e mecânicos) envolvidos nesse grande desastre. Muita gente reclama do texto extremamente expositivo de Interstelar, que facilitou demais o entendimento de fenômenos complexos. Só consigo ver como pessoas elitistas ou no mínimo egoístas, que acham que o mundo se espelha neles como grandes entendedores de ciência especializada. Temos tantos nomes grandes, de Carl Sagan a Neil DeGrasse buscando acessibilizar o conhecimento científico para que leigos compreendam não apenas o seu mundo mas erros grotescos como este retratado em Chernobyl. Fiquei muito feliz em ver que a série seguiu o mesmo estilo de explicações com diversos exemplos práticos e linguagem simples! Para mim, foi um dos grandes pilares didáticos da obra. Outro grande intuito, sem dúvida, foi de protesto contra toda essa bagunça que se tornou o governo soviético comunista. Claro que é necessária uma grande pesquisa para confirmar alguns detalhes que parecem exageros "polonizados", mas se é admitido tais falhas crassas e também defeitos técnicos. A questão é: a mídia só reproduz as mesmas informações repetidas sobre o desastre, até pessoas que procuram aprofundar mais a sua pesquisa acabam caindo nas mesmas falas simplistas. Por isso, considero essa minissérie além de lindíssima e bem produzida, fidedigna a um lado da história que nenhum de nós honrou verdadeiramente. Todos os sacrifícios em números ocultados, toda a vergonha já ultrapassada... Não é tratada como uma falha de toda uma nação e sim como acasos que ocorrem ao mesmo tempo num mesmo lugar (vide erro por parte dos operadores e um reator instável). Recomendo demais para não só compreender o evento, mas a forma como uma cadeia de erros governamentais matam civis e como isso não passa isento em nenhuma época, liderança ou tipo de governo.
O número de pessoas satisfeitas com os rumos da série vem caindo a cada episódio, mas ainda tem aqueles que gostam e vem reclamar usando uns argumentos do tipo: "Vc só reclama porque a série não segue o rumo que quer..." "Adoro como é imprevisível, se não aguenta para de ver" "Se não gosta por que assiste?" "Critica mas não consegue escrever um roteiro né?" kkkkk gente, vocês tem problema? Isso é uma rede social de OPINIÃO acerca de OBRAS, não um ringue (e nem escola de cinema). Se for para discutir, tragam argumentos que usem a NARRATIVA. Dizer que alguém não pode desgostar é - além de impor sua vontade de fã a um ESTRANHO - tão pobre! É muito mais útil enquanto fã tentar convencer as pessoas que não receberam bem o episódio a repensarem alguns pontos, usando O SEU PONTO DE VISTA de forma coerente. PARA MIM, a série assinou seu fracasso narrativo no terceiro episódio, em que além de decepcionarem em vários aspectos, eles simplesmente acabaram com a possibilidade de uma embate final digno por simplesmente não haverem recurso humanos suficiente para o Norte/Daenerys conseguirem travar um conflito com a Cersei e sua 1) fortaleza 2) tropa naval 3) exército de mercenários. Mas eu nutria uma esperança de plot twist, talvez um anticlímax para toda essa guerra sangrenta acabar em uma jogada geopolítica foda... Ah tá, aham. Eles simplesmente: 1 - Ressuscitaram os
, por que não esqueceriam que mataram todo esse núcleo de guerreiros em 3s na Batalha de WF? Se fossem 10, 20 caras (como apareceu no episódio 4)... Mas não, subestimar a memória de quem assiste nunca dá errado né? Coloca mais da metade do exército como se ninguém tivesse morrido. E ainda uma porrada de Imaculado. 2 - Economizaram roteiro, coreografia de luta e sei lá mais o que fazendo todo o exército mercenário
"Ah, mas ela tem um dragão e tá usando..." Hmmm, 20 mil contra 1 dragão e nem tentaram? Sendo guerreiros, teoricamente pagos para isso? É assim que todas as batalhas da humanidade deixariam de acontecer? O inimigo ter mais recursos? Como parte da redenção, até entendo. Mas que foi preguiçoso, foi. 3 - Novamente, nenhuma estratégia combativa. Não sou perita e estou falando de coisa simples gente, coisa que a série mesmo sempre fez e nessa temporada (em suas maiores batalhas) abriu mão... Quem aí assiste Vikings, comparem com o último episódio da quinta temporada e reflitam. 4 - Terminaram de matar o trio parada dura da inteligência/manipulação.
Mindinho morreu tão rápido que se piscar perde, sem nenhuma consequência ou repercussão (embora tenha sido um plot twist até que legal), Varys foi morto gratuitamente (uh, prioridades em guerra hein!) e para mim Tyrion já morreu depois desse último episódio.
Reduziram ele a NADA e o que dói é que além de um dos mais carismáticos, era extremamente independente, nunca "servindo" a nada além de seus próprios interesses. Sem personalidade, sem ação, sem plano B eficiente... Ele só tá ali mesmo, coadjuvante da Daenerys e mais insosso que o Snow himself. 5 -
, acho que nem preciso comentar. Foi essa personagem, sua astúcia, maldade e inteligência que desenvolveu todo o plot da série e ela morreu da forma mais clichê possível.
Com medo, porém com seu grande amor, voltando atrás de forma moral e implorando para viver...
Nossa, Avenida Brasil deu um final mais digno à Carminha E NÃO ESTOU ZOANDO. Que coisa moralista e reducionista. 6 - Vocês perceberam que não existem mais falas grandiosas de personagens importantes? Tudo agora é uma troca de palavras, mesmo quando estão em seus momentos finais. Bom, grande como sempre, mas é isso. Acho que todos nós que acompanhamos a série, ajudamos a financiar consumindo ela de alguma forma e divulgando, temos o direito de nos expressar. O estrago feito a esse ponto não pode culminar num final bom. A produção não sofreu só com a falta dos livros, mas parece que tudo está sendo feito correndo e de forma até imprudente (vide roteiros vazados que eram realmente os oficiais).
Merece muito mais atenção do que está recebendo. É uma antologia de histórias boas, impactantes e tão bem executadas de forma técnica que chega a dar arrepio assistindo! Por serem 18 episódios, é óbvio que existem altos e baixos (mas nenhum tão baixo que chegasse a ser tedioso ou desinteressante). Vale o cuidado de não se deixar extasiar demais pelas tramas mais agressivas e ativas (A Vantagem de Sonnie, Fenda de Áquila) e não reparar no cuidado e delicadeza de outras (Zima Blue, Três Robôs). Lindíssimo, é por essas e outras raras obras que fico feliz em patrocinar a Netflix como produtora de conteúdo original.
O mais chato de tudo que envolve crítica a obras cheias de fanáticos é que eles caçam, com todos os esfoços, justificativas para amenizar falhas óbvias. Gente, gostar virou não admitir erros? Eu entendo que a decepção em admitir que o episódio mais esperado de um arco construído nas últimas 3 temporadas (senão da série desde de seu início) foi uma bela bagunça. Desde de quesitos técnicos ÓBVIOS: - Fotografia propositalmente escura e opaca para disfarçar o excessivo (e caro r$r$) uso de CGI (os produtores justificando com essa desculpa de aumentar o realismo da série é subestimar e muito a inteligência do telespectador); - Longos takes editados que deixavam um personagem esfriando para mostrar onde o outro estava naquela desgraça gráfica, não contribuindo em construir tensão e atrapalhando demais o entendimento da sequencia de eventos (lembrou até as edições infeliz de O Hobbit); E tudo bem ser uma trama fantasiosa, ninguém está reclamando desses elementos. O que dói é ver uma série que montou batalhas tão emocionantes e estratégicas entregando essa desorganização da trama justo em seu auge. O erro/decepção central para mim foi a estratégia inexistente da parte de Winterfell. Se concordarmos que ali estão os personagens remanescentes mais amados pelo público e bons na arte da sobrevivência, afinal a série não "perdoava" os fracos, cadê o mínimo de planejamento em receber esse ataque? Respeito o clima de desesperança que montaram, mas é o auge de 8 temporada mermão!! Os destaques na falta de tática: - O desperdício do núcleo Dothraki,
- Falta de sentido em ações, como tentar acender trincheiras gigantescas com flechas ao invés de usar um dragão "estacionado" do lado; - Nenhuma preparação para a
em criptas sendo que o inimigo ressuscita os mortos,
corroborou para a impressão de que não houve estratégia nenhuma. Desde que o embate iniciou, tudo que vimos foi um "plano" dar errado atrás do outro e cada personagem se mantendo vivo na base do mano a mano (o que é a forçada de barra mais grotesca, já que na proporção em que o exército dos mortos estavam ninguém ia ficar vivo lutando individualmente). E é isso, a série protege os fracos que gosta e mantem vivo mesmo sem verossimilhança nenhuma
Arya salvando tudo do nada. "Ah mas ela foi treinada para ser furtiva..." Beleza, cadê uma construção da trajetória dela no episódio que mostre isso? Como ela ao menos se moveu entre as alas do castelo, cheias de mortos, até chegar no jardim? Como ela passou pelo grupo de WW mais sofisticados, protegidos com diversos outros soldados, até saltar na cara do mais poderoso? E essa lentidão dramática simplesmente estúpido das personagens em matar os outros?
Podem ser deduções aceitáveis galera, mas vocês acham do fundo do coração que não foi falta de cuidado no roteiro e edição? Quando existem muitas elipses numa sequência de eventos simples, ou os caras não sabem explicar ou fizeram mal feito o que são pagos (e bem!) para produzir. E o pior é que esse tipo de resolução rápida (10 segundos para um problema complexo de 8 temporadas) dá a impressão de que o inimigo era um bosta e todos os personagens idiotas por terem tido tanto trabalho para algo "simples". GOT deixou de lutar suas batalhas apoiando no desenvolvimento dedicado dos personagens e em suas habilidades/atributos, como inteligência e poder, e incorporou resoluções típicas da jornada do herói em que algum abençoado vem e acaba com tudo simplesmente porque "era para ser". E ser fã da série não é encobrir isso e fingir que foi top, porque todo mundo notou que não foi.
Original netflix até que interessante, rs. Primeiramente, houve uma preocupação relevante em tornar os arcos atraentes, coesos e bem desenvolvidos, sem apressar a trama para que o público obtivesse o que queria. A construção dos personagens é muito bem feita e o uso da narrativa em off é a essência da obra, para ser sincera, constituindo um grande apelo empático de nós pelo personagem. O ritmo rápido que não fica acabando episódios com ganchos cansativos também me agradou. Embora meio clichê, a série não se propôs como algo revolucionário em nenhum momento então este aspecto é facilmente esquecido perante o envolvimento. Tem um leve aspecto juvenil plástico, nesse universo alternativo perfeito em que todos andam bem arrumados, têm vidas divertidas e confortáveis - até mesmo os personagens que deveriam ser pobres haha - e preocupações/dramas super blasé. O grande problema para mim foi a decaída que a série teve depois do 7/8 episódio. Poderiam muito bem ter corrido um pouco mais, arrumado as farpas e finalizado a história no 8o. É fácil notar, inclusive, como a edição ficou mais descuidada nos dois últimos episódios, com cortes sem noção e cenas de menos de 1 minuto para apenas finalizar um eixo, tudo intercalado com cenas aleatórias da cidade. Também deixam muito a desejar nas
Aqui eles usaram o recurso da fluidez de forma preguiçosa para simplesmente deixar furos gigantescos no roteiro, além de um gostinho de decepção pelos ápices não serem mostrados!
Além das questões técnicas como lutas corporais que envolvem muito DNA e cabelo, pessoas que somem e pais que não procuram, guardar objetos facilmente rastreáveis etc etc.
Agora sobre teoria: a) Não acho que haja uma romantização do Joe, ao contrário, demonstra muito bem um comportamento maníaco-obsessivo travestido socialmente, a um ponto em que você não consegue nem enxergar essa pessoa como maléfica. Não é assim que muitas garotas e mulheres continuam voltando para seus parceiros abusivos? b) A construção da protagonista feminina não é muito certeira. Embora se demonstre como uma mulher autônoma, lutando por uma inserção social e bem livre sexualmente, também apresenta uma mulher altamente ingênua em ocasiões óbvias e estranhamente suscetível (vide caso do editor tarado ou não conseguir prender atenção na pessoa que "mais amou"). Além de bem chata rs, com seus dramas sem fim e essa dinâmica de "faz merda, pede desculpas de forma fofa" que cansou lá para o finalzinho da trama. A forma como age no desfecho também é bem pobrezinha, desmentindo tudo que disse nos outros nove episódios sem nem ao menos um simples dilema emocional... "You" não se sobressai em nenhum aspecto além de sua trama que a princípio foi bem embasada, mas se torna cansativa por loopings e no roteiro, uma personagem principal um tanto reduzida e uma extensão de trama desnecessariamente preguiçosa.
Sharp Objects parece que vai ser uma decepção, mas acaba triunfando por uma mistura de trama muito boa + produção do caralho. O que incomoda é assistir a quase 7 episódios sem ter uma noção de como será o desfecho e então, tudo acontecer em 1 só episódio com toda a pressa e indelicadeza do mundo. O que é um pecado com essa montagem/edição/fotografia linda de maravilhosa sob a direção do Jean-Marc Vallée. Que coisa mais santa, gente! Eu adorei tudo, desde a abertura e suas nuances musicais até os detalhes mais despercebidos -
de algumas palavras que a Camille cortou no corpo aparecendo em lugares aleatórios das cenas e depois, com um piscar, sumindo
até suas memórias sempre se repetindo, pois afinal é assim que pessoas atormentadas vivem. É uma belíssima narrativa quase que em primeira pessoa, contornada por um plano de fundo TÃO bem explorado em sua simplicidade que não dá para assistir e não sentir que já caminhou por Wind Gap. Também adoro arcos narrativos com poucos personagens os quais têm a chance de ser muito bem desenvolvidos, o que torna a experiencia ainda mais verossímil. Obviamente, não há grandes trunfos em suspense ou crime policial, embora após o plot twist e considerando toda a sobriedade da obra, há um impacto melancólico e lúgubre muito grande. No geral, a série é apetitosa mas te deixa com vontade de saber com mais detalhes, porque embora tenha todo esse desenvolvimento lento e tanto investimento JUSTAMENTE NOS DETALHES, seu ápice/conclusão decaíram em todos os níveis. Não acho que desmereceu todo o resto, apenas que tirou um pouco o brilho de um plot twist bom e a chance de ser uma das melhores minisséries da HBO. Mas esse desdobramento inteligente da narrativa e essa produção tão cuidadosa e sofisticada, com ótimas atuações e gigantescos méritos técnicos, conseguiram me deixar muito satisfeita e feliz por ter persistido (e até perdoar esse final corrido do caraio). Basicamente, vai impulsionar bem as vendas do livro porque é lá que encontraremos um consolo nessas Big Little Falhas, se é que me entende haha
Primeiramente, surpresa agradabilissima é The Handmaids Tale tanto como uma série inovadora do panorama atual e também como distopia sagaz. Mas, ainda que ótimo, não consigo considerá-la tão boa quanto todo o resto. Claro que a proposta é inteligente, intrigante e bem preocupante num país tão degenerado pelos discursos de ódio e influencias religiosas radicais como o nosso; Acontecem, porém, problemas de ritmo e construção de personagem. A June é humana, inteligente mas extremamente realista (não uma superheroina sem medo que sabe sempre o que fazer) e esses são os principais atributos. Pena que em certo ponto da narrativa de flasbacks, sua personagem empaca em ser uma mãe/mulher apenas! É isso mesmo galera, se esse é cerne do principal "problema" da sociedade futura, também foi o que na minha opinião fez a série perder o brilho (O que é ironico se fomos considerá-la um quase um manifesto feminista...) Acho extremamente cansativo como ela apenas PENSA na filha;marido, LUTA pela filha;marido, RESPIRA e EXALA só isso. Queria conhecer a MULHER melhor, não só a mãe e esposa. O último suspiro independente que tem é quando
se envolve finalmente com o Nick, tendo toda sua repressão sexual e insegurança liberada de forma catártica em uma tentativa de criar laços. Logo, é engolida por uma gravidez subsequente, ou seja, ela sendo MÃE novamente...
Até a misteriosa Mrs. Waterford é mais instigante do que a protagonista, com seus ideiais contracorrente interessantes e dilemas pessoais advindo de suas próprias crenças. E a pobrezinha da Offglen, personagem muito bem interpretrada e com um arco narrativo tão promissor foi engolida no meio dos eventos sem sentido. Cadê? Proposta mordaz, toda produção envolvida de muita qualidade (de fotografia até elenco) mas enrolaram demais e têm uma personagem carro chefe pobremente "destrinchada".
Óbvio que o roteiro é clichê com toda essa história de "vamos roubar um banco e tudo dará certo porque planejei por 27 anos", mas eu gosto e muito da execução da série. Primeiramente, espanhol é demais kkkkk é muito gostoso de ouvir gente, recomendo que OUÇAM a série agora. Bom, em níveis gerais é uma série bem agradável, com personagens bem diferenciados, explorados E SIM GALERA, HUMANOS! É exatamente sobre isso que se trata tudo, como um plano por mais perfeito que seja falha porque quem o executa não é perfeito. A Tóquio e o Rio me irritam consideravelmente e eu xingei eles de burros em vários momentos até perceber que TCHARAN todos ali erraram/cagaram no pau em algum momento. Abracem os personagens pessoalzito! La Casa De Papel não é uma obra formidável que será relembrada por gerações mas nem quer ser também, serve como um ótimo entretenimento. O maior quesito filosófico para mim é refletir sobre como tenta-se estabelecer uma ordem fixa para os eventos e mesmo assim tudo o que reina é o caos! O êxito se torna um gentil presente da sorte, desta forma. Tem uns deslizes que poderiam ser chamados de licença poética, talvez?
Como a inspetora responsável que em meio ao maior assalto do país passa mais de uma noite fora (além disso quem ia aguentar dar uma fodinha depois de 30 horas acordada?), ou o fato da demora para os reféns se rebelarem, ou até mesmo da calma da polícia frente a uma situação tão tensa,
mas tudo é bem aceitável nos parâmetros da realidade. Quero ver a continuação loucamente.
Ao que parece todas as opiniões sobre a temporada entram numa espécie de padrão com um sutil desvio, então nem vou perder tempo desenvolvendo as resoluções mais óbvias: Temporada inferior às primeiras, tramas reutilizadas e episódios mornos exceto USS Callister e Black Museum. Em termos técnicos e de prestígio, a série melhorou muito depois que foi comprada pela Netflix. Mas é aquele velho dilema: Mais vale uma série sem muito recursos com histórias boas ou deslumbrantes com história morna? Eu voto pelo primeiro mas também me divirto com o segundo, rs. Acho que em relação à rotatividade das premissas, é natural que a criatividade seja um tanto limitada depois que a maioria das ideias mais interessantes e viáveis tenham sido exploradas nos eps anteriores (embora eles possuam um grande corpo de antenados em tecnologia para desenvolver os argumentos...) Black Museum foi sensacional na minha opinião, ainda com um plot twist clássico (quem não gosta?) de vingança, achei muito interessante e foi o único da temporada junto com USS Callister que me deu medo do futuro, ou melhor, de pessoas estranhas com recursos. Achei Crocodile e Metalhead bem estilísticos, fotografia boa e uma atmosfera legal também. Pena que ambos não são construídos de forma muito letárgica, dando a sensação que perderam muito tempo com cenas que poderiam ser editadas levando as ações relevantes a cabo. Não entendi todo o rebuliço sobre o final de Metal,
achei meio óbvio que alguma criança estava doente... Ou divulgaram alguma explicação mais elaborada? A atuação da Bella me irritou também, foi dramática e o personagem é o clichê "mal escrito, com ações idiotas para fomentar uma trama". Ela podia ter atirado no cachorro da escada, à distância, ou quebrado ele enquanto estava descarregado mas nem vimos tentativas disso. Isso parece bobo mas me irrita MUITO, pois é subestimar quem assiste na cara dura, além de ser um típico recurso de filme de terror fulo.
Hang the Dj é tudo isso mesmo ou perdi alguma coisa? Chega a ser uns 30% de San Junipero SENDO BOAZINHA, será que todo mundo curte tanto uma trama leve e com final feliz assim? Achei regular como Arkhangel... Enfim, temporada mediana sustentado basicamente por dois episódios. Talvez nas primeiras haviam 6 episódios e eles editaram corretamente, deixando só os melhores kkkk seria perfeito se acontecesse nessa.
Nem sei definir o que é BoJack kkkkkk uma narrativa tragicômica metalinguística existencial sobre como está todo mundo fodido com ou sem dinheiro/amor/família/fama? Só sei que melhora cada vez mais, espero que a Netflix lance muuitas temporadas iguais a essas 4
Uma série sobra, elegante e muito inteligente. O tema abordado é interessante por si só e as atuações plus ambientação fodástica da década de 70 fazem valer muito a pena! In Fincher We Trust, o cara não coloca dedo em projeto ruim de jeito nenhum.
Essa série é bem hypada e totalmente white people problems kkk, mas valorizo sua qualidade. Primeiramente, fotografia, atuações, trilha sonora e todas as paradas técnicas que você imaginar são demais! Não podia ser para menos se tratando da HBO e do porte desse elenco. Em questão de roteiro, encontro pontos tanto positivos quanto negativos sendo a maioria destes em questão de desfecho e originalidade. Embora pareça bem banal por se tratar do universo feminino classe média alta, com suas DR's intermináveis e problemas aparentemente nem um pouco complexos, a série busca exatamente tal verossimilhança com a vida real, com problemas reais e como a maioria de nós, mães e/ou mulheres, lidamos com isso. Assim como acho Sex And The City subestimada como obra primordial para ascensão de uma retratação mais empática e realista da mulher em Hollywood, creio que Big Little Lies não merece ser desvalorizada por isso. A pressão entre as protagonistas é eminente e embora o desfecho tenha sido bem cruzinho e clichê, mirando certeiramente nos ideias feministas de sororidade e independência feminina, aprecio a série por estruturar com muito requinte uma narrativa simples mas eficiente que acaba na hora correta e não deixa pontas para uma continuação (a qual espero sinceramente que não tenha).
Nas minhas leituras juvenis de alguns anos atrás (quando eu tinha tempo para baixar e ler qualquer livro que quisesse em 2 dias), me interessei e muito pela ideia de 13 Reasons Why. Após não conseguir achar em nenhum lugar, acabei me esquecendo e só fui lembrar quando vi o teaser da Netflix... Seguinte: a premissa é cheia de suspense e apresenta uma ideia criativa, pena que a série não foi desenvolvida assim. Não li o livro mas nem necessito para apontar as falhas e clichês que me saturam na história toda. Não é um obra interessante e autêntica como parece, é na verdade um apelo didático utópico para que paremos de nos odiar e magoar. Desculpe-me os que acham que é só sobre bullying, mas até mesmo no episódio final aquela frase pseudo-pacifista do Clay diz tudo:
Muito bonitinho e pregado ultimamente mas não há espaço para esse amor universal na realidade e é por isso que a série além de teenager, fútil e forçada não oferece soluções práticas nenhumas. Os primeiros eps se desenvolvem bem, mas a partir da metade começa uma enrolação entre os flashes e as revelações da Hannah (que vão cada vez mais se baseando em futilidades vitimistas), de repente
você ficou 40 minutos esperando para ver que um dos motivos de um suicídio é alguém roubar um elogio seu (?).
Consequências forçadas também são cansativas e subestimam a capacidade cognitiva do telespectador, como acreditarmos que derrubar uma placa provoca um acidente fatal. A série se baseia em nada além do uso de um nicho sócio-político em voga para ganhar uma audiência supostamente "conscientizada" e repecutir positivamente nas mídias. Entende-se porque ninguém nunca deu atenção ao simples best seller quando foi lançado em 2007, que coincide com uma introdução "mundial" ao que o bullying era. Agora que todos acham que sofreram ou sabem o que é, o assunto explode. Acontece que as ações da Hannah são um "gatilho para atos suicídas", como vários psicológos apontaram, porque sustentam que pequenas desavenças ou conflitos do dia-a-dia podem ser motivos cumulativos para desistir da vida. E me desculpem se alguém aí acha que vive em um mundo em que ninguém vai te zoar na escola ou te excluir; Transformar coisas corriqueiras (ainda que desagradáveis) em justificativas suicídas é despreparar o público alvo para lidar com essas questões. 13 reasons não veio somente para conscientizar e ajudar e blá blá blá, vem como uma representação sensacionalista da depressão juvenil - e não estou falando de cenas de estupro ou morte, mas sim da própria abordagem maquiada como educativa -, que pode influenciar a muitos de forma negativa e se não o fizer, se aproveita pretensiosamente do assunto, ou vocês acham que esse final meia boca cheio de pontas soltas não é premeditado para continuações? Não se iludem que a série mostra a realidade do suicídio, bullying ou interações na adolescência... Ela só esteriotipa, intensifica e dramatiza irracionalmente tudo.
Cidade Invisível (1ª Temporada)
4.0 751Quando eu vi o trailer e tive um vislumbre da ideia ousadíssima, logo pensei: ou vai ser muito bom ou muito ruim.
E fico feliz que tenha sido um resultado positivo! É uma trama simples, com episódios pequenos e atores bem entrosados. Não é sensacional mas é um DESTAQUE muito grande para o meio nacional.
Muito legal como trouxeram uma narrativa que, embora fantasiosa, tenta se situar o máximo possível na realidade brasileira. Dá até um conforto no coração reconhecer tantos elementos nossos numa obra de tamanha qualidade.
Nossa tradição nacional é tão desvalorizada que é mais comum encontrar brasileiros muito mais interessados no folclore nórdico, por exemplo, e que acham que folclore brasileiro é "historinha de criança". Eu me descobri sendo uma dessas pessoas, para ser sincera rs. Não sabia mais do que o básico dos personagens mais conhecidos, assim como desconhecia suas origens e motivações.
Ademais, vou ter que bancar a chata aqui e dizer: não tentem comparar recursos de séries brasileiras com as produções gringas. Não seja o fresquinho que dá nota baixa e diz "ai, o CGI é terrível!". Quando você desqualifica essa produção porque tem nos seus ideais as séries americanas ou europeias, isso é insensível e meio estúpido. Não temos metade da verba, estrutura, pós-produção, divulgação e interesse popular pelo formato aqui no Brasil. Somos um país que ainda curte novelas com tramas explícitas, longas e simplistas. Quanto dinheiro e apelo popular se consegue colocar numa premissa como essa da série?
Tente nomear mais 5 séries brasileiras no mesmo nível TÉCNICO de Cidade Invisível que não tenha sérios defeitos quando necessita de uma pós-produção boa. Estamos numa situação que nossos melhores diretores ainda não conseguem ter um filme com ÁUDIO bom.
Por isso, volto a frisar o quão legal foi a Netflix ter produzido essa série e como ela demonstra um avanço grandioso na qualidade narrativa e técnica das obras nacionais.
Tudo Bem Não Ser Normal
4.5 184Bom, esse foi o primeiro dorama que eu vi inteiro e só posso dizer que: doeu. Tudo, cada episódio, doeu para cacete e principalmente quando acabou.
Para quem assim como eu tinha algum tipo de preconceito com doramas/kdramas e seus atores caricatos, cenas em câmera lenta e enrolação exagerada só peço que ASSISTAM! Esses elementos estão presentes mas não atrapalham em nada os pontos fortes dessa série. Essa construção impecável de personagens numa trama ágil e realista, sem medo de ser cruel, que explora a complexidade da psique humana.
É, falando assim parece vago, mas eu sinceramente não sei por onde começar os elogios (e olha que isso não acontece com muita frequência aqui).
Os personagens são interessantes e movimentam a narrativa com ações certeiras, preenchendo muito bem cada episódio com acontecimentos relevantes para a trama (algo que infelizmente percebi que não é muito comum nas produções asiáticas tão prolixas).
Mesmo a oposição entre personalidades consegue sair do clichê, só é necessário ter paciência para assistir ao desenvolvimento de cada um ali. E essa é a graça da coisa, é muito bonito ver como em 16 episódios de 1h você cria tanta afeição e torce para que as coisas se resolvam.
Para mim, essa é a uma das principais funções da arte: Despertar as sensações mais extremas observando realidades inexistentes.
Tudo Bem Não Ser Normal faz isso e muito mais. O alívio cômico é ótimo, os personagens coadjuvantes gastam o tempo perfeito da história e tem seus próprios desenvolvimentos paralelos, as pitadas de comédia e sensualidade, os erros e acertos de cada um. Isso porque nem vou me prolongar em quesitos técnicos como fotografia, direção de arte e essas animações tão delicadas inseridas para ilustrar os contos.
É, não sabia como começar e, aparentemente, também não sei como acabar kkk
Impecável, adulto e doloroso. Provavelmente no meu top 5 de séries da vida. E se você leu até aqui e é um conhecedor de doramas que sejam similares, por favor me indique nesse comentário.
PS: Com doramas assim + cinema de ação, os coreanos vão dominar o mundo.
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KDemorei muito tempo para aceitar que o hype de Dark era merecido e finalmente me forçar a ficar acordada para ver a série (sim, não recomendo assistir no escuro, muito cansado ou ansioso), já que é um exercício grande de memória e lógica.
E esse é um ponto que eu gostaria de ressaltar, antes de qualquer avaliação: Muita gente quer desmerecer Dark como uma mistura pseudo-intelectual de física e filosofia, que simplifica essas áreas e se inspira em referências passadas.
Isso é uma tendência comum hoje em dia e, embora todas as opiniões sejam válidas porque são percepções/críticas subjetivas, na MINHA OPINIÃO pode ser uma tentativa gratuita ou até paradoxal de diminuir algo que tem um hype intelectual muito grande.
Se inspirar em referências não é sinônimo de demérito ou atenuação da complexidade da obra, do contrário podemos jogar grandes fenômenos atuais (vide Stranger Things e Rick and Morty) nessa lista também. A diferença é que uma grande parte das produções que bebem de referências e conceitos complexos - como física ou filosofia - têm uma vertente mais divertida e voltada ao entretenimento pop (inclusive as duas que citei acima), enquanto Dark opta por ser uma trama densa, sombria e pouco divertida.
Além disso, existe uma diferença grande em facilitar conceitos abstratos ou teorias complexas e banalizá-las. Sempre que penso nisso lembro de Interstellar sendo julgado por ser "explicativo demais, fácil demais"(?). Isso é o uso da arte como ferramenta para acessibilizar cultura e ciência em todos os níveis, não sei como pode ser desqualificado só porque uma galera acha "pseudo-algo".
Dito isso (após defender o peixe rs), Dark foi uma das séries mais coesas e interessantes que eu já vi. O projeto inteiro é impressionante em suas questões de lógica e reviravoltas, respeitando categoricamente cada um dos seus personagens e suas trajetórias narrativas. É muito bom assistir algo que promete uma complexidade quase impossível de ser resolvida e no fim obter todas as respostas (claro que devem haver furos, mas nada que impacte a conclusão geral).
E sim, você terá todas as respostas, só terá que ser muito paciente e atento. Exemplificando, enquanto assistia à segunda temporada eu tive diversas perguntas que só seriam respondidas lá pelo penúltimo episódio da terceira.
Todos os atores são muito afiados em todas suas versões, a reconstrução temporal é bem feita, a trilha sonora integra o sentido da obra, a fotografia é linda, até mesmo a atenção em montar um elenco alternativo parecido... É tecnicamente muito bem feita e com um roteiro ousado.
Agora, sinceramente, no meio dessa última temporada eu comecei a temer pelo desfecho porque odiei a ideia dos
dois mundos
um mundo só com diversas linhas de tempo
Mas, de novo, tem que ser paciente kkk. Os
dois mundos
Agora,
as "Marthas"
O desfecho veio muito rápido e pode parecer um Deus ex machina para muitos, não julgo pois também desgostei um pouco no princípio. Porém, se analisar atentamente, eles dão indícios
desse mundo original
Finalizando, porque essa porra ficou longa e séria demais, é uma série linda em seu cuidado com contradições ou furos lógicos, seus embasamentos filosóficos permeando os espaços vazios que a ciência e racionalidade não preenchem, sua didática em destrinchar a própria narrativa e sua qualidade técnica.
Ao meu ver, um dos melhores originais Netflix e uma das minhas séries favoritas.
Catch-22
4.2 11Uma das minisséries mais subestimadas dos últimos anos, para não ser radical e dizer que foi ignorada tanto pelo público como pelas premiações.
O enredo se desenvolve de forma direta, dinâmica e em cima de uma premissa bem básica, o que a princípio pode parecer que tornará a série repetitiva. Felizmente, isso não acontece, em grande parte graças ao formato certeiro de minissérie e o roteiro bem enxuto.
As atuações são ótimas, com um grande destaque para o Christopher Abbott (John Snow do mediterrâneo para os mais íntimos) e sendo fortalecidas pela ótima reconstituição de época. Além disso, é sempre muito interessante ver outras facetas da Segunda Guerra no cinema/tv (nesse caso, fora do eixo desembarque da Normandia/combates extravagantes), um tema que cá entre nós, já está saturado. Com sorte, Catch-22 traz um frescor diferente para o evento histórico e retrata a maior problemática de toda guerra: o fator humano.
Eu fui atraída por pensar que fosse uma série de comédia sobre o evento mais sangrento do século passado - e realmente é, com um humor negro elegante - mas, com o passar da trama e o desenvolvimento dos plots, vai se tornando cada vez mais agridoce até chegar em um final muito
pesado e triste.
Resumindo: comecei rindo caralhos e terminei chorando de soluçar (puta que pariu último episódio!!). Arte boa serve para isso, né?
Recomendo demais, essa série merece crescer e ser mais reconhecida como a preciosidade que é.
Westworld (3ª Temporada)
3.6 322É tão triste para mim ter que escrever uma resenha tão desfavorável e amargurada sobre uma das melhores séries que eu já assisti. E o pior foi ter decaído tanto, tão rápido e justamente no ápice da trama.
Impossível reconhecer os elementos que fizeram as duas temporadas anteriores (serem tão boas) nesta terceira. E tudo bem quem achou a segunda chata, foi realmente muito densa, bagunçada temporalmente e contemplativa... Mas nem se compara com essa bagunça esquizofrênica e cheia de furos.
Os episódios iniciais já trazem uma aura diferente à trama, porém nada que comprometa o interesse ou a lógica dos fatos. Do 3º ao 4º, você começa a pensar que pouca coisa aconteceu e já está no meio da temporada. Do 5º em diante, a impaciência e decepção começam a fluir.
Não vou apontar cada furo da história, quem quiser discutir sobre ou saber mais é só buscar pelo excelente vídeo da Carol Moreira no YouTube. Se você não viu pelo menos uma meia dúzia, você não prestou atenção direito, SÉRIO!
Agora, se tratando de macro problemas...
*Não há consistência nas ações e nos personagens, eles agem sem sentido quando convém ao roteiro e são manipulados para que o plot seja agradável ao mesmo tempo que desafiador (esse-finalzinho-pau-mole-do-caralho-meu-deus-perdi-tempo-vendo-essa-bosta).
*Tentativa de dinamizar a trama introduzindo elementos bem mal cuidados de ação, vide: efeitos especiais grandes, cenas de luta mal coreografadas a cada maldito episódio, embates de personagens bad-ass com uma atmosfera de video game etc.
*Um desafio muito grande para ser resolvido de uma forma tão meia boca. É natural de algumas tramas pretensiosas colocar uma problemática fodida, sem aparente forma de resolução para que o público continue assistindo justamente pela curiosidade em saber como aquilo será solucionado. E, em alguns vários casos, ou você força os limites da realidade da história para resolver ou mete um Deus ex machina lá e passa a inteligência do público na bunda (sim, estou puta). Westworld conseguiu fazer os dois, parabéns! Tudo que precisaria ser explicado como um planejamento ou uma força especial foi colocado na tecnologia e, aparentemente, todo mundo pode produzir um anfitrião e sua pérola só entendendo como a máquina funciona e tendo um tablet multifuncional perto;
Gente, alguém lembra como era complicado construir um anfitrião? A própria série CONSTRUIU esse universo, esses desafios. Eles bugavam constantemente, seus custos de manutenção eram caros, só conseguiam interagir se seus loops estivessem perfeitos... Mas nessa temporada, qualquer um faz
um anfitrião consciente revolucionário em menos de 30 minutos ;)
*Diálogos superficiais, sem grande profundidade, sem grande relevância, repetitivos até se tornarem vazios ("eu vou salvar o mundo blá blá");
*Dramatização excessiva, tentativa de esconder a história do personagem até ele se tornar irritantemente irrelevante (vide Caleb, Aaron Paul mal usado para caralho);
*Rendição dos personagens
(e quando você resolve tornar a anti-heroína motriz da série uma salvadora, dá aquela leve sensação de que perdemos tempo acompanhando uma mentira besta)
É isso, a HBO está fazendo cursinho para estragar as séries de uma temporada para outra. Agora só resta Euphoria.
Killing Eve - Dupla Obsessão (3ª Temporada)
3.8 168 Assista AgoraPoderia começar a minha crítica longa e chorona a essa temporada de várias formas, mas vou pegar em um ponto recorrente nos comentários aqui do Filmow por motivos de: que mulherzinha superestimada, rs.
Gente, sinto muito, mas a série não decaiu porque a Phoebe W. não é mais a roteirista principal. Ela não o é desde a primeira temporada e que nem por isso a segunda teve uma decaída em qualidade tão grande. Só observar pelas notas do Rotten, Metacritic e até aqui do Filmow que a decaída da 1 para 2 nem se compara da 2 para a 3.
Se a intenção (como dito pela própria produtora executiva/escritora principal dessa temporada) era aprofundar os personagens, sem "consertá-los", acho que o tiro saiu pela culatra. Aprofundar não significa DRAMATIZAR ou construir aquela típica, clichê e destruidora de tramas REDENÇÃO de vilões (ressalto que
isso aconteceu com TODOS os principais vilanizados,
Sinceramente, acho que dois conceitos fundamentais tiraram a série dos trilhos nessa temporada: pieguice disfarçada de ironia e previsibilidade.
A pieguice está presente desde dessa capa escrota até certos detalhezinhos, como a cena da dança (observe o "disfarçado de ironia" pois é para parecer satírico, mas o humor não rola), personagem moral aleatória (oi Yara de GOT) falando coisas infantis do tipo
"espero que você morra, você é mau"
a caminhadinha no final
Previsível? Você pode escolher entre um vasto leque:
O plot da morte de Kenny, a tentativa fracassada de criar tensão sobre a morte do Konstantin no final da temporada, a Irina se tornando uma Villanellezinha enquanto a própria Villanelle está se tornando humana e não quer mais matar, o Niko quase ser morto MAS HEY ele obviamente não vai morrer pois isso seria imprevisível né?
Outras grandes âncoras que ajudaram a afundar a trama:
1 - Conveniências do roteiro para a história chegar onde querem (sempre aconteceu, porém muito mais sutil e menos frequente);
2 - Humor desregulado em piadas ou tentativa de tornar personagens excêntricos, com falas aleatórias que pareceriam engraçadas se fossem bem escritas (talvez aqui realmente a Phoebe tenha feito grande falta, já que é especialista nisso);
3 - Incongruências entre papéis e ações: Os personagens não agem mais de acordo com o que são, ponto. Só observar a cena PATÉTICA, tão ruim e clichê que nem parece da série,
da Vilanelle matando a Rhian. Ambas são assassinas FODAS, treinadas pela mesma INSTITUIÇÃO, se desentendem e saem no TAPA ? (alô, preguiçosos, pelo menos uma coreografia simples de luta seria bom), uma delas mal reage ?? e sem estar seriamente ferida, para e fica implorando por perdão antes de ser jogada numa linha de trem ??? da qual, novamente lembrando que POR NÃO ESTAR SERIAMENTE FERIDA, poderia sair facilmente ????. Essa mesma que é cotada como uma das melhores assassinas do grupo, de repente estar implorando pela vida porque levou dois tapas na cara...
4 - Personagens cada vez mais caricatos: É, era engraçado os gritinhos, rosnadas ou caretas da Villanelle... QUANDO ELES NÃO ACONTECIAM EM TODO MALDITO EPISÓDIO. Até a atuação da Jodie caiu um pouco por isso, a assassina parece caricata demais (talvez outro traço do humor desregulado) e não satisfeito, o roteiro inclui o Konstantin com aqueles sustos sequenciais muito vergonha alheia.
Enfim, basicamente tudo isso unido por uma história vaga - que buscou desenvolver mais personagens do que as ações destes em si - levou a temporada a ser preenchida por nada além de plots previsiveis, humor ruim e personagens negando a si mesmos para serem mais palatáveis. Se notar atentamente, o season finale voltou para o mesmo da segunda temporada, tirando que
o Kenny está morto, o MI6 não está mais na jogada e os assassinos viraram covardes.
Um desperdício de potencial gigantesco :(
Killing Eve - Dupla Obsessão (3ª Temporada)
3.8 168 Assista AgoraMeu Deus estão MATANDO, diante dos nossos olhos, uma das séries com maior potencial da última década.
Eu Nunca... (1ª Temporada)
4.0 421 Assista AgoraProduções adolescentes com senso de humor refinado e personagens inteligentes é tão raro e tão gostoso de assistir! Dá para, literalmente, juntar pessoas 10 pessoas de qualquer idade em uma sala e retirar risadas, lágrimas e vergonha alheia (por que não?) desde que se deixem levar pela história e relevem, é claro, a superficialidade desta.
Sex Education e Eu Nunca... são os carros-chefe da Netflix voltada para jovens adultos, feliz de ter mais uma temporada a aguardar ♥
Assistam com a família, irmãos mais novos ou sozinhos. Vale a pena.
Sob Pressão (3ª Temporada)
4.5 60 Assista AgoraFoi uma tremenda surpresa prazerosa descobrir mais uma rara grande produção nacional. Não desvalorizando as toneladas de conteúdos produzidos na tv aberta, no cinema (agora investindo pesado em comédias) ou nos documentários. É que Sob Pressão trouxe um cheiro de frescor e flexibilidade narrativa, pois pode ser consumido ou ao menos atrair a atenção de qualquer país/cultura por ser uma história simples e universal.
É claro que não é a premissa mais original possível, prole de E.R., House e Grey's Anatomy. Entretanto, é muito interessante e dinâmica ao mesmo tempo que traz uma faceta didática sobre um bem comum a todos: saúde.
Infelizmente, senti uma grande frustração ao ver o nível da série decaindo E MUITO com as temporadas. Da primeira para a segunda foi algo sutil e facilmente disfarçado com uma nova problemática da saúde como ferramenta
para processos corruptos
Agora, da 2ª para a 3ª a questão se agravou e muito. Creio que o encerramento da temporada anterior desenharia um final digno e implacável, mas quando algo agrada sempre se criam prolongamentos desnecessários. Aliás, a decisão de voltar atrás com o encerramento da série nesta última temporada pelos bons índices, todavia dando uma pausa para que os atores possam investir em outros projetos de interesse (estariam cansados já? rs) demonstra que a prioridade se tornou colher os bons frutos até que a colheita seque.
Não me estendendo demais e resumindo de forma bem coesa os principais pontos que me incomodaram:
1 - Excesso de carga dramática do casal protagonista;
2 - O drama citado acima se centra nas mesmas questões desde o início
(Carolina instável emocional se corta, Evandro explosivo se droga)
3 - Falta de alívio cômico e tramas paralelas que trouxessem mais versatilidade (saudades Amir kkkk), com uma enfoque quase exclusivo no casal protagonista;
4 - Personagens cada vez mais próximos de um ideal de perfeição heroica moral, optando por ações idealistas ao invés de pragmáticas (ex:
proteger um jurado de morte dentro de um hospital, para salvar UMA VIDA e colocar todos ali presentes em risco
Enfim, acabei desanimando e desistindo de ver, ainda mais quando 7 episódios pareciam 12 e era só a metade (porque o que lucra também merece mais episódios, claro).
Vai, muito provavelmente, se tornar o que as outras séries citadas acima se tornaram: tramas tão longas que se tornam quase tradicionais, roteiro prezando estender os acontecimentos e comover explicitamente o telespectador com histórias pouco elaborada. Tudo isso em um recorte temporal tão grande que daqui alguns anos teremos um elenco quase que totalmente novo + roteiristas com outros objetivos trabalhando em uma série que agora se tornou apenas um nome, uma marca.
É, criamos nosso Grey's Anatomy... O que não é necessariamente ruim mas que tende a decair em questões narrativas e técnicas para priorizar o essencial: se manter com audiência.
The Boys (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraComeça tímida, apresentando alguns clichês meio clássicos com personagens sem sal envolvidos e por algum tempo tudo o que te segura é querer ver mais dessa visão ácida e sincera sobre os Super. Mas se insistir, a série chega no seu potencial aos poucos e culmina num final que embora não muito surpreendente (e nem tudo precisa surpreender se o entretenimento é bom) é beeeem marcante e instigante para a continuação.
Gostei bastante.
Euphoria (1ª Temporada)
4.3 893Comecei sem expectativas, achando que era mais uma daquelas tramas com o mesmo esqueleto de outras (vide Skins e Trainspotting) que não sendo tão velhas para serem consideradas releituras, torna-se trabalho de repaginação para não dar na cara o quão pouco original a ideia é de fato. Até que estava errada, em partes.
Toda essa questão de retratar a adolescência é tão clichê e explorada quanto retratar o amor, por exemplo (mas como a nossa existência humana é limitada em eventos impactantes e estes são dois deles, não dá para pedir demais também né), porém como sempre a HBO te prende pelas maravilhosidades técnicas, elenco bem escalado e querendo ou não, um bom roteiro.
Se estivesse avaliando a série até o episódio 4, mesmo que não houvesse naquele ponto o desfecho de nenhum plot, eu provavelmente daria a nota máxima. Me entusiasmei com o estilo narrativo de dar atenção a cada personagem (do contrário só acompanhar a personalidade limitada da Rue seria enfadonho, no mínimo), de como as tramas deslancharam sem muita enrolação, a trilha sonora e momentos fotográficos fodas que faziam a cabeça rodopiar... Enfim, a série realmente começou ótima e teve seu ápice por ali.
O declínio para mim foram alguns personagem chatos (vide Cassie, que é tão reativa que eu nem lembro de nada relevante que fez na temporada), desgaste de algumas relações
(o shipp principal da série estava bem óbvio que seria só mais um fracasso)
Se isso fosse explorado com divagações existenciais fodas ou grandes monólogos, como a fala final de Trainspotting que te faz entender todo o resto da história e até simpatizar com a narrativa... Mas não, a Rue só fica soltando frases pseudoniilistas enquanto está drogada, forçando um embasamento de que é autodestrutiva
porque sofre de transtornos psicológicos e perdeu o pai jovem.
Enfim, não sei como a temporada pode continuar sem toda essa
"fico sóbrio, algum evento da vida cotidiana acontece, recaio e quase morro"
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraA HBO elevou novamente seus padrões de qualidade produzindo de forma tão sofisticada e paradoxalmente, simplista, essa minissérie.
A sofisticação vem nesse perfeccionismo latente em reconstruir uma União Soviética de 33 anos atrás em seus mínimos detalhes, num elenco que além de render ótimas interpretações se assemelham deslumbrantemente aos seus espelhos históricos. Também está no cuidado em nos levar para dentro da cidade - assim como da vida - das verdadeiras vítimas.
Já a simplicidade consiste em traduzir, do cientifiquês, o que é esse mal invisível, como tudo funcionava e quais foram os erros (humanos e mecânicos) envolvidos nesse grande desastre. Muita gente reclama do texto extremamente expositivo de Interstelar, que facilitou demais o entendimento de fenômenos complexos. Só consigo ver como pessoas elitistas ou no mínimo egoístas, que acham que o mundo se espelha neles como grandes entendedores de ciência especializada. Temos tantos nomes grandes, de Carl Sagan a Neil DeGrasse buscando acessibilizar o conhecimento científico para que leigos compreendam não apenas o seu mundo mas erros grotescos como este retratado em Chernobyl. Fiquei muito feliz em ver que a série seguiu o mesmo estilo de explicações com diversos exemplos práticos e linguagem simples! Para mim, foi um dos grandes pilares didáticos da obra.
Outro grande intuito, sem dúvida, foi de protesto contra toda essa bagunça que se tornou o governo soviético comunista. Claro que é necessária uma grande pesquisa para confirmar alguns detalhes que parecem exageros "polonizados", mas se é admitido tais falhas crassas e também defeitos técnicos. A questão é: a mídia só reproduz as mesmas informações repetidas sobre o desastre, até pessoas que procuram aprofundar mais a sua pesquisa acabam caindo nas mesmas falas simplistas.
Por isso, considero essa minissérie além de lindíssima e bem produzida, fidedigna a um lado da história que nenhum de nós honrou verdadeiramente. Todos os sacrifícios em números ocultados, toda a vergonha já ultrapassada... Não é tratada como uma falha de toda uma nação e sim como acasos que ocorrem ao mesmo tempo num mesmo lugar (vide erro por parte dos operadores e um reator instável).
Recomendo demais para não só compreender o evento, mas a forma como uma cadeia de erros governamentais matam civis e como isso não passa isento em nenhuma época, liderança ou tipo de governo.
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraO número de pessoas satisfeitas com os rumos da série vem caindo a cada episódio, mas ainda tem aqueles que gostam e vem reclamar usando uns argumentos do tipo:
"Vc só reclama porque a série não segue o rumo que quer..."
"Adoro como é imprevisível, se não aguenta para de ver"
"Se não gosta por que assiste?"
"Critica mas não consegue escrever um roteiro né?"
kkkkk gente, vocês tem problema? Isso é uma rede social de OPINIÃO acerca de OBRAS, não um ringue (e nem escola de cinema). Se for para discutir, tragam argumentos que usem a NARRATIVA. Dizer que alguém não pode desgostar é - além de impor sua vontade de fã a um ESTRANHO - tão pobre! É muito mais útil enquanto fã tentar convencer as pessoas que não receberam bem o episódio a repensarem alguns pontos, usando O SEU PONTO DE VISTA de forma coerente.
PARA MIM, a série assinou seu fracasso narrativo no terceiro episódio, em que além de decepcionarem em vários aspectos, eles simplesmente acabaram com a possibilidade de uma embate final digno por simplesmente não haverem recurso humanos suficiente para o Norte/Daenerys conseguirem travar um conflito com a Cersei e sua 1) fortaleza 2) tropa naval 3) exército de mercenários.
Mas eu nutria uma esperança de plot twist, talvez um anticlímax para toda essa guerra sangrenta acabar em uma jogada geopolítica foda... Ah tá, aham.
Eles simplesmente:
1 - Ressuscitaram os
DOTHRAKI rapaziada, isso mesmo!!!
perde um dragão de bobeira
2 - Economizaram roteiro, coreografia de luta e sei lá mais o que fazendo todo o exército mercenário
desistir de combater (?)
3 - Novamente, nenhuma estratégia combativa. Não sou perita e estou falando de coisa simples gente, coisa que a série mesmo sempre fez e nessa temporada (em suas maiores batalhas) abriu mão... Quem aí assiste Vikings, comparem com o último episódio da quinta temporada e reflitam.
4 - Terminaram de matar o trio parada dura da inteligência/manipulação.
Mindinho morreu tão rápido que se piscar perde, sem nenhuma consequência ou repercussão (embora tenha sido um plot twist até que legal), Varys foi morto gratuitamente (uh, prioridades em guerra hein!) e para mim Tyrion já morreu depois desse último episódio.
5 -
Morte de Cersei
Com medo, porém com seu grande amor, voltando atrás de forma moral e implorando para viver...
6 - Vocês perceberam que não existem mais falas grandiosas de personagens importantes? Tudo agora é uma troca de palavras, mesmo quando estão em seus momentos finais.
Bom, grande como sempre, mas é isso. Acho que todos nós que acompanhamos a série, ajudamos a financiar consumindo ela de alguma forma e divulgando, temos o direito de nos expressar. O estrago feito a esse ponto não pode culminar num final bom. A produção não sofreu só com a falta dos livros, mas parece que tudo está sendo feito correndo e de forma até imprudente (vide roteiros vazados que eram realmente os oficiais).
Amor, Morte e Robôs (Volume 1)
4.3 673 Assista AgoraMerece muito mais atenção do que está recebendo.
É uma antologia de histórias boas, impactantes e tão bem executadas de forma técnica que chega a dar arrepio assistindo!
Por serem 18 episódios, é óbvio que existem altos e baixos (mas nenhum tão baixo que chegasse a ser tedioso ou desinteressante). Vale o cuidado de não se deixar extasiar demais pelas tramas mais agressivas e ativas (A Vantagem de Sonnie, Fenda de Áquila) e não reparar no cuidado e delicadeza de outras (Zima Blue, Três Robôs).
Lindíssimo, é por essas e outras raras obras que fico feliz em patrocinar a Netflix como produtora de conteúdo original.
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraO mais chato de tudo que envolve crítica a obras cheias de fanáticos é que eles caçam, com todos os esfoços, justificativas para amenizar falhas óbvias.
Gente, gostar virou não admitir erros? Eu entendo que a decepção em admitir que o episódio mais esperado de um arco construído nas últimas 3 temporadas (senão da série desde de seu início) foi uma bela bagunça.
Desde de quesitos técnicos ÓBVIOS:
- Fotografia propositalmente escura e opaca para disfarçar o excessivo (e caro r$r$) uso de CGI (os produtores justificando com essa desculpa de aumentar o realismo da série é subestimar e muito a inteligência do telespectador);
- Longos takes editados que deixavam um personagem esfriando para mostrar onde o outro estava naquela desgraça gráfica, não contribuindo em construir tensão e atrapalhando demais o entendimento da sequencia de eventos (lembrou até as edições infeliz de O Hobbit);
E tudo bem ser uma trama fantasiosa, ninguém está reclamando desses elementos. O que dói é ver uma série que montou batalhas tão emocionantes e estratégicas entregando essa desorganização da trama justo em seu auge.
O erro/decepção central para mim foi a estratégia inexistente da parte de Winterfell. Se concordarmos que ali estão os personagens remanescentes mais amados pelo público e bons na arte da sobrevivência, afinal a série não "perdoava" os fracos, cadê o mínimo de planejamento em receber esse ataque? Respeito o clima de desesperança que montaram, mas é o auge de 8 temporada mermão!!
Os destaques na falta de tática:
- O desperdício do núcleo Dothraki,
sendo literalmente jogados para a morte;
- Falta de sentido em ações, como tentar acender trincheiras gigantescas com flechas ao invés de usar um dragão "estacionado" do lado;
- Nenhuma preparação para a
"escalada" dos mortos nas muralhas ou ao menos um cerco nos portões que cairiam;
- Falta de colaboração entre os dois dragões vivos
para matar o morto com ataques sincronizados (afinal era 2x1)...
Vish, por aí vai.
Isso aliado com os erros de lógica básicos, como manter vulneráveis
em criptas sendo que o inimigo ressuscita os mortos,
E é isso, a série protege os fracos que gosta e mantem vivo mesmo sem verossimilhança nenhuma
(como o Sam que não apareceu morrendo em batalha, mesmo que tenha passado 2/3 dela chorando jogado)
Jorah
Ah, sem esquecer esse Deus Ex Machina bem fulo da
Arya salvando tudo do nada. "Ah mas ela foi treinada para ser furtiva..." Beleza, cadê uma construção da trajetória dela no episódio que mostre isso? Como ela ao menos se moveu entre as alas do castelo, cheias de mortos, até chegar no jardim? Como ela passou pelo grupo de WW mais sofisticados, protegidos com diversos outros soldados, até saltar na cara do mais poderoso? E essa lentidão dramática simplesmente estúpido das personagens em matar os outros?
GOT deixou de lutar suas batalhas apoiando no desenvolvimento dedicado dos personagens e em suas habilidades/atributos, como inteligência e poder, e incorporou resoluções típicas da jornada do herói em que algum abençoado vem e acaba com tudo simplesmente porque "era para ser".
E ser fã da série não é encobrir isso e fingir que foi top, porque todo mundo notou que não foi.
Você (1ª Temporada)
3.7 916 Assista AgoraOriginal netflix até que interessante, rs.
Primeiramente, houve uma preocupação relevante em tornar os arcos atraentes, coesos e bem desenvolvidos, sem apressar a trama para que o público obtivesse o que queria.
A construção dos personagens é muito bem feita e o uso da narrativa em off é a essência da obra, para ser sincera, constituindo um grande apelo empático de nós pelo personagem. O ritmo rápido que não fica acabando episódios com ganchos cansativos também me agradou.
Embora meio clichê, a série não se propôs como algo revolucionário em nenhum momento então este aspecto é facilmente esquecido perante o envolvimento. Tem um leve aspecto juvenil plástico, nesse universo alternativo perfeito em que todos andam bem arrumados, têm vidas divertidas e confortáveis - até mesmo os personagens que deveriam ser pobres haha - e preocupações/dramas super blasé.
O grande problema para mim foi a decaída que a série teve depois do 7/8 episódio. Poderiam muito bem ter corrido um pouco mais, arrumado as farpas e finalizado a história no 8o. É fácil notar, inclusive, como a edição ficou mais descuidada nos dois últimos episódios, com cortes sem noção e cenas de menos de 1 minuto para apenas finalizar um eixo, tudo intercalado com cenas aleatórias da cidade.
Também deixam muito a desejar nas
mortes finais.
Além das questões técnicas como lutas corporais que envolvem muito DNA e cabelo, pessoas que somem e pais que não procuram, guardar objetos facilmente rastreáveis etc etc.
Agora sobre teoria:
a) Não acho que haja uma romantização do Joe, ao contrário, demonstra muito bem um comportamento maníaco-obsessivo travestido socialmente, a um ponto em que você não consegue nem enxergar essa pessoa como maléfica. Não é assim que muitas garotas e mulheres continuam voltando para seus parceiros abusivos?
b) A construção da protagonista feminina não é muito certeira. Embora se demonstre como uma mulher autônoma, lutando por uma inserção social e bem livre sexualmente, também apresenta uma mulher altamente ingênua em ocasiões óbvias e estranhamente suscetível (vide caso do editor tarado ou não conseguir prender atenção na pessoa que "mais amou"). Além de bem chata rs, com seus dramas sem fim e essa dinâmica de "faz merda, pede desculpas de forma fofa" que cansou lá para o finalzinho da trama. A forma como age no desfecho também é bem pobrezinha, desmentindo tudo que disse nos outros nove episódios sem nem ao menos um simples dilema emocional...
"You" não se sobressai em nenhum aspecto além de sua trama que a princípio foi bem embasada, mas se torna cansativa por loopings e no roteiro, uma personagem principal um tanto reduzida e uma extensão de trama desnecessariamente preguiçosa.
Objetos Cortantes
4.3 832 Assista AgoraSharp Objects parece que vai ser uma decepção, mas acaba triunfando por uma mistura de trama muito boa + produção do caralho.
O que incomoda é assistir a quase 7 episódios sem ter uma noção de como será o desfecho e então, tudo acontecer em 1 só episódio com toda a pressa e indelicadeza do mundo.
O que é um pecado com essa montagem/edição/fotografia linda de maravilhosa sob a direção do Jean-Marc Vallée. Que coisa mais santa, gente! Eu adorei tudo, desde a abertura e suas nuances musicais até os detalhes mais despercebidos -
de algumas palavras que a Camille cortou no corpo aparecendo em lugares aleatórios das cenas e depois, com um piscar, sumindo
É uma belíssima narrativa quase que em primeira pessoa, contornada por um plano de fundo TÃO bem explorado em sua simplicidade que não dá para assistir e não sentir que já caminhou por Wind Gap. Também adoro arcos narrativos com poucos personagens os quais têm a chance de ser muito bem desenvolvidos, o que torna a experiencia ainda mais verossímil.
Obviamente, não há grandes trunfos em suspense ou crime policial, embora após o plot twist e considerando toda a sobriedade da obra, há um impacto melancólico e lúgubre muito grande.
No geral, a série é apetitosa mas te deixa com vontade de saber com mais detalhes, porque embora tenha todo esse desenvolvimento lento e tanto investimento JUSTAMENTE NOS DETALHES, seu ápice/conclusão decaíram em todos os níveis. Não acho que desmereceu todo o resto, apenas que tirou um pouco o brilho de um plot twist bom e a chance de ser uma das melhores minisséries da HBO.
Mas esse desdobramento inteligente da narrativa e essa produção tão cuidadosa e sofisticada, com ótimas atuações e gigantescos méritos técnicos, conseguiram me deixar muito satisfeita e feliz por ter persistido (e até perdoar esse final corrido do caraio). Basicamente, vai impulsionar bem as vendas do livro porque é lá que encontraremos um consolo nessas Big Little Falhas, se é que me entende haha
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraPrimeiramente, surpresa agradabilissima é The Handmaids Tale tanto como uma série inovadora do panorama atual e também como distopia sagaz.
Mas, ainda que ótimo, não consigo considerá-la tão boa quanto todo o resto. Claro que a proposta é inteligente, intrigante e bem preocupante num país tão degenerado pelos discursos de ódio e influencias religiosas radicais como o nosso; Acontecem, porém, problemas de ritmo e construção de personagem.
A June é humana, inteligente mas extremamente realista (não uma superheroina sem medo que sabe sempre o que fazer) e esses são os principais atributos. Pena que em certo ponto da narrativa de flasbacks, sua personagem empaca em ser uma mãe/mulher apenas! É isso mesmo galera, se esse é cerne do principal "problema" da sociedade futura, também foi o que na minha opinião fez a série perder o brilho (O que é ironico se fomos considerá-la um quase um manifesto feminista...)
Acho extremamente cansativo como ela apenas PENSA na filha;marido, LUTA pela filha;marido, RESPIRA e EXALA só isso. Queria conhecer a MULHER melhor, não só a mãe e esposa. O último suspiro independente que tem é quando
se envolve finalmente com o Nick, tendo toda sua repressão sexual e insegurança liberada de forma catártica em uma tentativa de criar laços. Logo, é engolida por uma gravidez subsequente, ou seja, ela sendo MÃE novamente...
Até a misteriosa Mrs. Waterford é mais instigante do que a protagonista, com seus ideiais contracorrente interessantes e dilemas pessoais advindo de suas próprias crenças. E a pobrezinha da Offglen, personagem muito bem interpretrada e com um arco narrativo tão promissor foi engolida no meio dos eventos sem sentido. Cadê?
Proposta mordaz, toda produção envolvida de muita qualidade (de fotografia até elenco) mas enrolaram demais e têm uma personagem carro chefe pobremente "destrinchada".
La Casa de Papel (Parte 1)
4.2 1,3K Assista AgoraÓbvio que o roteiro é clichê com toda essa história de "vamos roubar um banco e tudo dará certo porque planejei por 27 anos", mas eu gosto e muito da execução da série.
Primeiramente, espanhol é demais kkkkk é muito gostoso de ouvir gente, recomendo que OUÇAM a série agora.
Bom, em níveis gerais é uma série bem agradável, com personagens bem diferenciados, explorados E SIM GALERA, HUMANOS! É exatamente sobre isso que se trata tudo, como um plano por mais perfeito que seja falha porque quem o executa não é perfeito.
A Tóquio e o Rio me irritam consideravelmente e eu xingei eles de burros em vários momentos até perceber que TCHARAN todos ali erraram/cagaram no pau em algum momento. Abracem os personagens pessoalzito!
La Casa De Papel não é uma obra formidável que será relembrada por gerações mas nem quer ser também, serve como um ótimo entretenimento. O maior quesito filosófico para mim é refletir sobre como tenta-se estabelecer uma ordem fixa para os eventos e mesmo assim tudo o que reina é o caos! O êxito se torna um gentil presente da sorte, desta forma.
Tem uns deslizes que poderiam ser chamados de licença poética, talvez?
Como a inspetora responsável que em meio ao maior assalto do país passa mais de uma noite fora (além disso quem ia aguentar dar uma fodinha depois de 30 horas acordada?), ou o fato da demora para os reféns se rebelarem, ou até mesmo da calma da polícia frente a uma situação tão tensa,
Quero ver a continuação loucamente.
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista AgoraAo que parece todas as opiniões sobre a temporada entram numa espécie de padrão com um sutil desvio, então nem vou perder tempo desenvolvendo as resoluções mais óbvias:
Temporada inferior às primeiras, tramas reutilizadas e episódios mornos exceto USS Callister e Black Museum.
Em termos técnicos e de prestígio, a série melhorou muito depois que foi comprada pela Netflix. Mas é aquele velho dilema: Mais vale uma série sem muito recursos com histórias boas ou deslumbrantes com história morna? Eu voto pelo primeiro mas também me divirto com o segundo, rs.
Acho que em relação à rotatividade das premissas, é natural que a criatividade seja um tanto limitada depois que a maioria das ideias mais interessantes e viáveis tenham sido exploradas nos eps anteriores (embora eles possuam um grande corpo de antenados em tecnologia para desenvolver os argumentos...)
Black Museum foi sensacional na minha opinião, ainda com um plot twist clássico (quem não gosta?) de vingança, achei muito interessante e foi o único da temporada junto com USS Callister que me deu medo do futuro, ou melhor, de pessoas estranhas com recursos.
Achei Crocodile e Metalhead bem estilísticos, fotografia boa e uma atmosfera legal também. Pena que ambos não são construídos de forma muito letárgica, dando a sensação que perderam muito tempo com cenas que poderiam ser editadas levando as ações relevantes a cabo. Não entendi todo o rebuliço sobre o final de Metal,
achei meio óbvio que alguma criança estava doente... Ou divulgaram alguma explicação mais elaborada? A atuação da Bella me irritou também, foi dramática e o personagem é o clichê "mal escrito, com ações idiotas para fomentar uma trama". Ela podia ter atirado no cachorro da escada, à distância, ou quebrado ele enquanto estava descarregado mas nem vimos tentativas disso. Isso parece bobo mas me irrita MUITO, pois é subestimar quem assiste na cara dura, além de ser um típico recurso de filme de terror fulo.
Hang the Dj é tudo isso mesmo ou perdi alguma coisa? Chega a ser uns 30% de San Junipero SENDO BOAZINHA, será que todo mundo curte tanto uma trama leve e com final feliz assim? Achei regular como Arkhangel...
Enfim, temporada mediana sustentado basicamente por dois episódios. Talvez nas primeiras haviam 6 episódios e eles editaram corretamente, deixando só os melhores kkkk seria perfeito se acontecesse nessa.
BoJack Horseman (4ª Temporada)
4.5 240 Assista AgoraNem sei definir o que é BoJack kkkkkk uma narrativa tragicômica metalinguística existencial sobre como está todo mundo fodido com ou sem dinheiro/amor/família/fama?
Só sei que melhora cada vez mais, espero que a Netflix lance muuitas temporadas iguais a essas 4
Mindhunter (1ª Temporada)
4.4 803 Assista AgoraUma série sobra, elegante e muito inteligente. O tema abordado é interessante por si só e as atuações plus ambientação fodástica da década de 70 fazem valer muito a pena!
In Fincher We Trust, o cara não coloca dedo em projeto ruim de jeito nenhum.
Big Little Lies (1ª Temporada)
4.6 1,1K Assista AgoraEssa série é bem hypada e totalmente white people problems kkk, mas valorizo sua qualidade. Primeiramente, fotografia, atuações, trilha sonora e todas as paradas técnicas que você imaginar são demais! Não podia ser para menos se tratando da HBO e do porte desse elenco.
Em questão de roteiro, encontro pontos tanto positivos quanto negativos sendo a maioria destes em questão de desfecho e originalidade. Embora pareça bem banal por se tratar do universo feminino classe média alta, com suas DR's intermináveis e problemas aparentemente nem um pouco complexos, a série busca exatamente tal verossimilhança com a vida real, com problemas reais e como a maioria de nós, mães e/ou mulheres, lidamos com isso. Assim como acho Sex And The City subestimada como obra primordial para ascensão de uma retratação mais empática e realista da mulher em Hollywood, creio que Big Little Lies não merece ser desvalorizada por isso.
A pressão entre as protagonistas é eminente e embora o desfecho tenha sido bem cruzinho e clichê, mirando certeiramente nos ideias feministas de sororidade e independência feminina, aprecio a série por estruturar com muito requinte uma narrativa simples mas eficiente que acaba na hora correta e não deixa pontas para uma continuação (a qual espero sinceramente que não tenha).
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraNas minhas leituras juvenis de alguns anos atrás (quando eu tinha tempo para baixar e ler qualquer livro que quisesse em 2 dias), me interessei e muito pela ideia de 13 Reasons Why. Após não conseguir achar em nenhum lugar, acabei me esquecendo e só fui lembrar quando vi o teaser da Netflix... Seguinte: a premissa é cheia de suspense e apresenta uma ideia criativa, pena que a série não foi desenvolvida assim. Não li o livro mas nem necessito para apontar as falhas e clichês que me saturam na história toda. Não é um obra interessante e autêntica como parece, é na verdade um apelo didático utópico para que paremos de nos odiar e magoar. Desculpe-me os que acham que é só sobre bullying, mas até mesmo no episódio final aquela frase pseudo-pacifista do Clay diz tudo:
Precisamos parar de nos odiar.
você ficou 40 minutos esperando para ver que um dos motivos de um suicídio é alguém roubar um elogio seu (?).