A grande novidade do filme é ser uma obra essencialmente auditiva (bom é assisti-lo usando fones de ouvido), e perfeita em demonstrar o grau de excelência em maldade que o regime nazista conseguiu, porque destituiu o mal de sua carga espiritual para transformá-lo em um problema técnico, logístico, impessoal.
Grande crítica à exploração da miséria alheia (muitas vezes travestida de "Ajuda Humanitária"), à futilidade da arte, a perda da individualização em função do objeto. Muito boa direção, tem na sua conclusão
Praticamente uma receita passo a passo de como fazer um filme de gangsters, tanto é que é bastante abrupta em mostrar a ascensão e mais rápida ainda em mostrar a decadência de Rico (Edward G Robinson, excelente!). Ambientação perfeita.
Direção de Arte e Figurinos? Estupendos. Produção? Inquestionável. Trilha Sonora? Magnífica.
O Filme? Pior obra que assisti do diretor, uma grande pretensão/presunção, na sua ideia de demonstrar que a imagem feminina não passa de um monstro artificial criado pelos Drs Frankensteins, os homens, mas diferente das outras obras de Lanthimos, não há espontaneidade e tudo parece artificial demais, talvez mesmo em razão da competição do texto e ideias com a produção suntuosa. Só uma sequência digna do histórico do diretor: o diálogo a mesa de jantar entre os Blessingtons.
Excelente retrato sobre o triste episódio do massacre de Srebenica, construído com uma tensão agoniante, tanto pela aura de morte como pela sensação de total insegurança passada por quem mais devia proteger, as inoperantes Forças de Segurança da ONU. Excelente direção, excelente atuações.
Houvessem eliminado todas as partes melodramáticas a la Michael Bay, teríamos um grande filme de aventura de 100 minutos, mas 150 minutos não dá (Deus seja louvado pela tecla Fast Forward).
Muito interessante a ideia de imiscuir todas as franquias do Homem Aranha em um único filme, agradando os antigos e novos fãs, idem seus vilões respectivos.
Eu tenho consciência que exigir lógica em filme de super heróis é coisa de chato resmungão, mas tem coisa que não resiste nem a isso: - Homem Aranha derrota Deus (conhecido como "Doutor Estranho") em uma disputa; - Um dos vilões alcança facilmente esse mesmo Homem Aranha em uma corrida; - Esse mesmo vilão que alcançou o Homem Aranha, que derrotou Deus, não consegue alcançar na corrida dois adolescentes.
Como todo o Cinema Soviético da época, serve como forma de propagar as ideias do sistema, assim como obviamente triunfá-lo. Não é um filme de fácil assimilação, as legendas são poucas e na tradução para o inglês, devem ter cortado parte do texto, que já era parco, além de uma edição não convencional.
Mas é impactante nas suas imagens (a metáfora do moribundo Simão que arava com bois para trazer a nova população mecanizada é excelente).
É tão escandalosamente irregular, que parece que foi dirigido por duas pessoas: uma conduz de forma frouxa momentos bobinhos e artificiais que parecem ter saído de uma produção da Globo Filmes, e em outros, momentos de pura autenticidade, e levou os atores (inclusive o próprio Cooper se auto dirigindo) no mesmo espírito; as cenas que encerram o filme
são a mais clara imagem disso (eu teria encerrado com Bernstein pensativo e corte), mas não, colocaram uma aparição totalmente anti-clímax de Felicia (grande atuação por sinal de Carey Mulligan)
A sequencia com o espetacular final da 2ª Sinfonia de Mahler me arrancou lágrimas, embora o final da 2ª Sinfonia de Mahler sempre me arranca lágrimas de qualquer forma.
Chega em determinado ponto que começa a cansar, até a entrada do novo Ministro da Saúde (um técnico) que dá ânimo na sua cruzada por reformas e contra a corrupção. O filme nos remete diretamente à nossa tragédia doméstica (de proporções ainda maiores) a Boate Kiss, idem em como a corrupção é tão entranhada no sistema e de que como o voto jovem é importante para se mudar as coisas em uma país (os jovens não foram votar e voilá, o mesmíssimo partido que brecava as reformas, ganhou de larga margem).
Não sei o porquê de fazer um filme tão longo para contar as mesmíssimas coisas de outros 450 filmes do gênero; junte a isso uma atuação "cômica" absolutamente irritante (Awkwafina, como "Katy"), aliás, claro que pedir lógica em um filme de super herois é o mesmo que pedir em um filme dos Smurfs, mas os caras estão lá treinando há 5000 anos e morrem como moscas, aí a mocinha que treina há 2 horas, não só sobrevive como ainda
Dou crédito pelas sequencias de lutas e bons efeitos de fundo verde, além das simpáticas atuações de Michelle Yeoh (que classe!!!!) e de Ben Kingsley (que sabe que o filme é uma bosta, por isso não leva a sério)
Buñuel e suas centenas de imagens alegóricas-oníricas-psicológicas (muitas delas com alto teor sexual, bem ao gosto freudiano da época), que só deviam fazer sentido na cabeça dele (a ideia era essa mesmo). O artista torturado por amor à Musa (no sentido metafísico mesmo), que o larga à paixão em nome da Arte. O final, citando o início do livro "Os 120 Dias de Sodoma" do Marques de Sade e mostrando Jesus Cristo como um dos 4 pervertidos (imagina o que não deve causado na época) é brutal.
Nolan na sua cruzada pessoal de filmes didáticos, que venham explanar ao grande público assuntos da forma mais rasa o possível (e assim como acontecera com "Interestelar", formar milhares de PHDs da noite pro dia), mas aqui erra fragorosamente, porque ao invés de nos entregar um grande espetáculo visual, concentra-se em 2/3 do filme nos comitês anticomunistas dos EUA, algo que nem a geração mais jovem de lá (o que dirá a de outros lugares) deve se importar. É um filme interessante, atuações satisfatórias, mas nada além disso (o que mais me chamou a atenção foi a Trilha Sonora Original, e isso diz muito sobre um filme).
Simpática animação com homenagens a diversos clássicos da ficção científica como Contatos Imediatos, 2001, ET, MIB, Sinais, Wall-E (ironicamente o sub-título nacional remete a um filme de ficção científica que não é referenciado alguma vez no filme), em um grande trabalho técnico, como de costume da série.
Mesmo que nada muito original, é uma excelente ideia extremamente desperdiçada, ao trocar todo o potencial existencial por uma solução bobinha e superficial; aliado a isso, temos o ultra canastrão Ryan Reynolds (para protagonizar um NPC teria que ser canastrão mesmo, mas o Reynolds consegue ser um canastrão além disso) e um vilão tão infantil que parece que tem 8 anos, fora as centenas de lugares comuns e os furos de roteiro
o Antwan primeira reseta o jogo, excelente, jogo offline; aí na segunda tentativa ao invés de resetar o jogo novamente e simplesmente não reiniciar, ele primeiro elimina todas as contas !! e depois destrói o hardware !!???
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Ponto positivo: o visual e as diversas homenagens aos mais diversos games
Apesar de ter entrado para a História em razão de Marlene Dietrich, como uma mulher que sabe de todo o seu poder de sedução e brinca com os homens em razão disso, a grande atuação é sem dúvida do magnânimo Emil Jannings, que interpretou com perfeição o auge e a decadência, sem nunca cair no exagero.
1929 marca os últimos anos da República de Weimar (o governo alemão que antecedeu o nazismo) e é interessante como uma população tão liberal (os bordéis são lotados, os professores são zombados e os policiais desafiados) possa ter abraçado com tanta ênfase a Adolph Hitler.
Apesar de algumas cenas/sequencias absolutamente constrangedoras, a proposta do filme é sim MUITO interessante, tanto na narrativa quanto visualmente, recheada de referências pop (2001, O Poderoso Chefão, até Monty Phyton!!!), metalinguística e ironia (adorei o aviso dos cineastas dizendo que Margot Kidder não seria um bom exemplo de uma mulher se sentir feia), e realmente me surpreendeu. (a sequencia da publicidade da "Barbie Depressiva" que fica o dia inteiro na cama, 7h de Instagram e vê sempre "Orgulho e Preconceito" é corajosa nesses tempos de ultra politicamente correto)
Jogada de gênio: a Mattel critica a si mesmo e ao seu principal produto (e a forma de vendê-lo) e o que consegue? Bilhões de dólares.
Roteiro absurdamente óbvio e aparentemente escrito em modo aleatório ativado, com personagens tão cativantes quanto um livro de Direito Tributário e canções tão saborosas quanto um suflê de chuchu.
Tem seu ponto positivo em algumas sequencias de animação: e só.
É aquele filme que ao final, você não sabe se foi bom ou ruim, então na média você fala que foi regular. Direção preguiçosa de Scott, atuações de pura canastrice de Lady Gaga, Jared Leto (em vários momentos eu via o personagem Harry do filme "Debi & Loide" ao invés de Paolo Gucci), Adam Driver ok e Pacino o mesmo de sempre. O ponto positivo é que a história (com h) é muito interessante e conseguiu sem problemas me entreter os 150 minutos propostos.
Como explicado pelo Promotor durante o julgamento, Lulu (Louise Brooks, belíssima) seria o mito de Pandora, da qual todas as tragédias são oriundas, e isso realmente acontece; porém, Lulu não é a vilã e sim uma infeliz vítima de uma vida miserável, abusada por um homem muito mais velho (que chama de "pai", mas que a abusa moral e sexualmente); vítima de homens que só veem nela chamariz para dinheiro e sexo.
Ousado para a época, mostra o ápice do liberalismo da República de Weimar (governo alemão anterior ao nazismo), com uma dos primeiras paixões lésbicas a serem narradas no Cinema.
Estruturalmente é um pouco confuso, mas é uma obra admirável.
A primeira coisa que eu pensei quando acabou o filme, foi curiosamente, no livro Dom Casmurro, de Machado de Assis ,verdadeira joia da literatura mundial, que através de uma estória simplória, deixou a resolução do enredo aberta para todo o sempre, o que acontece igualmente aqui nesse filme de roteiro excepcional. Assim como o menino narra no tribunal (muito boa atuação de Milo Machado Graner), quando não se tem certeza, você tem que descobri-la por si próprio, nem que tenha que a inventar.
PS- absolutamente genial a ideia de colocar a música "Pimp" (em uma exótica versão a base de tambor de aço) em volume absurdamente alto, enervando toda a cena. Imagina ouvir isso no Cinema.
Verdadeiro caldeirão (sem trocadilhos) de "O Senhor dos Aneis"; "Harry Potter"; "Indiana Jones" e quem diria "Um morto muito louco", extremamente competente na animação (como era de se esperar), mas com uma estória óbvia, cansativa, sem graça (não vingou nem o dragãozinho mascote pra vender pelúcias).
O grande furo no roteiro é que o mundo onde se passa, não precisava ser necessariamente constituído de figuras míticas, porque ao final tal situação foi completamente sub aproveitada no enredo.
Bobo, raso e irritante, essa desconstrução do personagem Cruella de Vil como uma vítima da sociedade, com seus amigos descolados e estereotipados até a medula e Emma Thompson atuando exatamente igual a Meryl Streep em "O Diabo Veste Prada".
Indicado à Cinco Oscars (Filme, Ator, Ator Coadjuvante, Roteiro Adaptado e Trilha Sonora), uma excelente crítica aos anos 2020 e ao neo-racismo travestido de benevolência, com diálogos fantásticos, já iniciando com essa sequência:
O professor interpretado por Jeffrey Wright (atuando com uma sutileza incrível), dissertando à sua classe de literatura sobre um livro cujo título contêm a palavra "Nigger", hoje altamente pejorativa. Uma aluna branca, extremamente "ofendida" questiona o professor, e esse explica que há de se olhar o livro dentro do seu contexto histórico, não com olhos contemporâneos, mas a aluna na continuidade de sua indignação, recebe do seu professor (que é negro): "Eu superei isso, você também vai conseguir"
Como agora eu tenho um considerável tempo livre e a benção de poder pagar alguns streamings, resolvi assistir aos filmes que concorreram aos Oscars, em todas as categorias, com apenas uma condição: assisti-los na íntegra.
Eis que chego aos indicados a Oscar de Maquiagem 2022, e a "Um Príncipe em Nova York 2", e confesso que não consegui assistir, creio que seja não apenas um dos piores filmes a já terem sido indicados a alguma premiação da Academia, como um dos piores filmes que assisti em toda a minha vida, com piadas infantis e absolutamente óbvias (antes de falarem eu já premeditava o que aconteceria em seguida); estereotipando pobres e negros no que há de pior, com Eddie Murphy fazendo as mesmas caretas de 40 anos atrás, mais no piloto automático no que atuando,,,,absolutamente terrível.
Zona de Interesse
3.6 577 Assista AgoraA grande novidade do filme é ser uma obra essencialmente auditiva (bom é assisti-lo usando fones de ouvido), e perfeita em demonstrar o grau de excelência em maldade que o regime nazista conseguiu, porque destituiu o mal de sua carga espiritual para transformá-lo em um problema técnico, logístico, impessoal.
O Homem Que Vendeu Sua Pele
3.5 99 Assista AgoraGrande crítica à exploração da miséria alheia (muitas vezes travestida de "Ajuda Humanitária"), à futilidade da arte, a perda da individualização em função do objeto. Muito boa direção, tem na sua conclusão
o seu grande porém, uma solução absolutamente convencional, que vai completamente contra ao que o filme demonstrava até então
Alma no Lodo
3.6 39 Assista AgoraPraticamente uma receita passo a passo de como fazer um filme de gangsters, tanto é que é bastante abrupta em mostrar a ascensão e mais rápida ainda em mostrar a decadência de Rico (Edward G Robinson, excelente!). Ambientação perfeita.
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista AgoraDireção de Arte e Figurinos? Estupendos.
Produção? Inquestionável.
Trilha Sonora? Magnífica.
O Filme? Pior obra que assisti do diretor, uma grande pretensão/presunção, na sua ideia de demonstrar que a imagem feminina não passa de um monstro artificial criado pelos Drs Frankensteins, os homens, mas diferente das outras obras de Lanthimos, não há espontaneidade e tudo parece artificial demais, talvez mesmo em razão da competição do texto e ideias com a produção suntuosa. Só uma sequência digna do histórico do diretor: o diálogo a mesa de jantar entre os Blessingtons.
Que decepção.
Quo Vadis, Aida?
4.2 177 Assista AgoraExcelente retrato sobre o triste episódio do massacre de Srebenica, construído com uma tensão agoniante, tanto pela aura de morte como pela sensação de total insegurança passada por quem mais devia proteger, as inoperantes Forças de Segurança da ONU.
Excelente direção, excelente atuações.
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraHouvessem eliminado todas as partes melodramáticas a la Michael Bay, teríamos um grande filme de aventura de 100 minutos, mas 150 minutos não dá (Deus seja louvado pela tecla Fast Forward).
Muito interessante a ideia de imiscuir todas as franquias do Homem Aranha em um único filme, agradando os antigos e novos fãs, idem seus vilões respectivos.
Eu tenho consciência que exigir lógica em filme de super heróis é coisa de chato resmungão, mas tem coisa que não resiste nem a isso:
- Homem Aranha derrota Deus (conhecido como "Doutor Estranho") em uma disputa;
- Um dos vilões alcança facilmente esse mesmo Homem Aranha em uma corrida;
- Esse mesmo vilão que alcançou o Homem Aranha, que derrotou Deus, não consegue alcançar na corrida dois adolescentes.
Terra
3.9 29 Assista AgoraComo todo o Cinema Soviético da época, serve como forma de propagar as ideias do sistema, assim como obviamente triunfá-lo. Não é um filme de fácil assimilação, as legendas são poucas e na tradução para o inglês, devem ter cortado parte do texto, que já era parco, além de uma edição não convencional.
Mas é impactante nas suas imagens (a metáfora do moribundo Simão que arava com bois para trazer a nova população mecanizada é excelente).
Maestro
3.1 260É tão escandalosamente irregular, que parece que foi dirigido por duas pessoas: uma conduz de forma frouxa momentos bobinhos e artificiais que parecem ter saído de uma produção da Globo Filmes, e em outros, momentos de pura autenticidade, e levou os atores (inclusive o próprio Cooper se auto dirigindo) no mesmo espírito; as cenas que encerram o filme
são a mais clara imagem disso (eu teria encerrado com Bernstein pensativo e corte), mas não, colocaram uma aparição totalmente anti-clímax de Felicia (grande atuação por sinal de Carey Mulligan)
A sequencia com o espetacular final da 2ª Sinfonia de Mahler me arrancou lágrimas, embora o final da 2ª Sinfonia de Mahler sempre me arranca lágrimas de qualquer forma.
Colectiv
4.0 99Chega em determinado ponto que começa a cansar, até a entrada do novo Ministro da Saúde (um técnico) que dá ânimo na sua cruzada por reformas e contra a corrupção. O filme nos remete diretamente à nossa tragédia doméstica (de proporções ainda maiores) a Boate Kiss, idem em como a corrupção é tão entranhada no sistema e de que como o voto jovem é importante para se mudar as coisas em uma país (os jovens não foram votar e voilá, o mesmíssimo partido que brecava as reformas, ganhou de larga margem).
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 895 Assista AgoraNão sei o porquê de fazer um filme tão longo para contar as mesmíssimas coisas de outros 450 filmes do gênero; junte a isso uma atuação "cômica" absolutamente irritante (Awkwafina, como "Katy"), aliás, claro que pedir lógica em um filme de super herois é o mesmo que pedir em um filme dos Smurfs, mas os caras estão lá treinando há 5000 anos e morrem como moscas, aí a mocinha que treina há 2 horas, não só sobrevive como ainda
destroi o monstro do tamanho do Universo
Dou crédito pelas sequencias de lutas e bons efeitos de fundo verde, além das simpáticas atuações de Michelle Yeoh (que classe!!!!) e de Ben Kingsley (que sabe que o filme é uma bosta, por isso não leva a sério)
A Idade do Ouro
3.8 85Buñuel e suas centenas de imagens alegóricas-oníricas-psicológicas (muitas delas com alto teor sexual, bem ao gosto freudiano da época), que só deviam fazer sentido na cabeça dele (a ideia era essa mesmo). O artista torturado por amor à Musa (no sentido metafísico mesmo), que o larga à paixão em nome da Arte.
O final, citando o início do livro "Os 120 Dias de Sodoma" do Marques de Sade e mostrando Jesus Cristo como um dos 4 pervertidos (imagina o que não deve causado na época) é brutal.
Oppenheimer
4.0 1,1KNolan na sua cruzada pessoal de filmes didáticos, que venham explanar ao grande público assuntos da forma mais rasa o possível (e assim como acontecera com "Interestelar", formar milhares de PHDs da noite pro dia), mas aqui erra fragorosamente, porque ao invés de nos entregar um grande espetáculo visual, concentra-se em 2/3 do filme nos comitês anticomunistas dos EUA, algo que nem a geração mais jovem de lá (o que dirá a de outros lugares) deve se importar.
É um filme interessante, atuações satisfatórias, mas nada além disso (o que mais me chamou a atenção foi a Trilha Sonora Original, e isso diz muito sobre um filme).
Shaun, O Carneiro - O Filme: A Fazenda Contra-Ataca
3.5 99 Assista AgoraSimpática animação com homenagens a diversos clássicos da ficção científica como Contatos Imediatos, 2001, ET, MIB, Sinais, Wall-E (ironicamente o sub-título nacional remete a um filme de ficção científica que não é referenciado alguma vez no filme), em um grande trabalho técnico, como de costume da série.
Free Guy - Assumindo o Controle
3.5 578 Assista AgoraMesmo que nada muito original, é uma excelente ideia extremamente desperdiçada, ao trocar todo o potencial existencial por uma solução bobinha e superficial; aliado a isso, temos o ultra canastrão Ryan Reynolds (para protagonizar um NPC teria que ser canastrão mesmo, mas o Reynolds consegue ser um canastrão além disso) e um vilão tão infantil que parece que tem 8 anos, fora as centenas de lugares comuns e os furos de roteiro
o Antwan primeira reseta o jogo, excelente, jogo offline; aí na segunda tentativa ao invés de resetar o jogo novamente e simplesmente não reiniciar, ele primeiro elimina todas as contas !! e depois destrói o hardware !!???
Ponto positivo: o visual e as diversas homenagens aos mais diversos games
O Anjo Azul
4.2 86 Assista AgoraApesar de ter entrado para a História em razão de Marlene Dietrich, como uma mulher que sabe de todo o seu poder de sedução e brinca com os homens em razão disso, a grande atuação é sem dúvida do magnânimo Emil Jannings, que interpretou com perfeição o auge e a decadência, sem nunca cair no exagero.
1929 marca os últimos anos da República de Weimar (o governo alemão que antecedeu o nazismo) e é interessante como uma população tão liberal (os bordéis são lotados, os professores são zombados e os policiais desafiados) possa ter abraçado com tanta ênfase a Adolph Hitler.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraApesar de algumas cenas/sequencias absolutamente constrangedoras, a proposta do filme é sim MUITO interessante, tanto na narrativa quanto visualmente, recheada de referências pop (2001, O Poderoso Chefão, até Monty Phyton!!!), metalinguística e ironia (adorei o aviso dos cineastas dizendo que Margot Kidder não seria um bom exemplo de uma mulher se sentir feia), e realmente me surpreendeu. (a sequencia da publicidade da "Barbie Depressiva" que fica o dia inteiro na cama, 7h de Instagram e vê sempre "Orgulho e Preconceito" é corajosa nesses tempos de ultra politicamente correto)
Jogada de gênio: a Mattel critica a si mesmo e ao seu principal produto (e a forma de vendê-lo) e o que consegue? Bilhões de dólares.
A Caminho da Lua
3.4 279Roteiro absurdamente óbvio e aparentemente escrito em modo aleatório ativado, com personagens tão cativantes quanto um livro de Direito Tributário e canções tão saborosas quanto um suflê de chuchu.
Tem seu ponto positivo em algumas sequencias de animação: e só.
Casa Gucci
3.2 705 Assista AgoraÉ aquele filme que ao final, você não sabe se foi bom ou ruim, então na média você fala que foi regular. Direção preguiçosa de Scott, atuações de pura canastrice de Lady Gaga, Jared Leto (em vários momentos eu via o personagem Harry do filme "Debi & Loide" ao invés de Paolo Gucci), Adam Driver ok e Pacino o mesmo de sempre. O ponto positivo é que a história (com h) é muito interessante e conseguiu sem problemas me entreter os 150 minutos propostos.
A Caixa de Pandora
4.2 88 Assista AgoraComo explicado pelo Promotor durante o julgamento, Lulu (Louise Brooks, belíssima) seria o mito de Pandora, da qual todas as tragédias são oriundas, e isso realmente acontece; porém, Lulu não é a vilã e sim uma infeliz vítima de uma vida miserável, abusada por um homem muito mais velho (que chama de "pai", mas que a abusa moral e sexualmente); vítima de homens que só veem nela chamariz para dinheiro e sexo.
Ousado para a época, mostra o ápice do liberalismo da República de Weimar (governo alemão anterior ao nazismo), com uma dos primeiras paixões lésbicas a serem narradas no Cinema.
Estruturalmente é um pouco confuso, mas é uma obra admirável.
Anatomia de uma Queda
4.0 780 Assista AgoraA primeira coisa que eu pensei quando acabou o filme, foi curiosamente, no livro Dom Casmurro, de Machado de Assis ,verdadeira joia da literatura mundial, que através de uma estória simplória, deixou a resolução do enredo aberta para todo o sempre, o que acontece igualmente aqui nesse filme de roteiro excepcional. Assim como o menino narra no tribunal (muito boa atuação de Milo Machado Graner), quando não se tem certeza, você tem que descobri-la por si próprio, nem que tenha que a inventar.
PS- absolutamente genial a ideia de colocar a música "Pimp" (em uma exótica versão a base de tambor de aço) em volume absurdamente alto, enervando toda a cena. Imagina ouvir isso no Cinema.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 662 Assista AgoraVerdadeiro caldeirão (sem trocadilhos) de "O Senhor dos Aneis"; "Harry Potter"; "Indiana Jones" e quem diria "Um morto muito louco", extremamente competente na animação (como era de se esperar), mas com uma estória óbvia, cansativa, sem graça (não vingou nem o dragãozinho mascote pra vender pelúcias).
O grande furo no roteiro é que o mundo onde se passa, não precisava ser necessariamente constituído de figuras míticas, porque ao final tal situação foi completamente sub aproveitada no enredo.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraBobo, raso e irritante, essa desconstrução do personagem Cruella de Vil como uma vítima da sociedade, com seus amigos descolados e estereotipados até a medula e Emma Thompson atuando exatamente igual a Meryl Streep em "O Diabo Veste Prada".
Ficção Americana
3.8 362 Assista AgoraIndicado à Cinco Oscars (Filme, Ator, Ator Coadjuvante, Roteiro Adaptado e Trilha Sonora), uma excelente crítica aos anos 2020 e ao neo-racismo travestido de benevolência, com diálogos fantásticos, já iniciando com essa sequência:
O professor interpretado por Jeffrey Wright (atuando com uma sutileza incrível), dissertando à sua classe de literatura sobre um livro cujo título contêm a palavra "Nigger", hoje altamente pejorativa. Uma aluna branca, extremamente "ofendida" questiona o professor, e esse explica que há de se olhar o livro dentro do seu contexto histórico, não com olhos contemporâneos, mas a aluna na continuidade de sua indignação, recebe do seu professor (que é negro): "Eu superei isso, você também vai conseguir"
Um Príncipe em Nova York 2
2.8 459 Assista AgoraComo agora eu tenho um considerável tempo livre e a benção de poder pagar alguns streamings, resolvi assistir aos filmes que concorreram aos Oscars, em todas as categorias, com apenas uma condição: assisti-los na íntegra.
Eis que chego aos indicados a Oscar de Maquiagem 2022, e a "Um Príncipe em Nova York 2", e confesso que não consegui assistir, creio que seja não apenas um dos piores filmes a já terem sido indicados a alguma premiação da Academia, como um dos piores filmes que assisti em toda a minha vida, com piadas infantis e absolutamente óbvias (antes de falarem eu já premeditava o que aconteceria em seguida); estereotipando pobres e negros no que há de pior, com Eddie Murphy fazendo as mesmas caretas de 40 anos atrás, mais no piloto automático no que atuando,,,,absolutamente terrível.
Nota: 0,5