Um filme inesperado, muito bem humorado e sagaz. Consigo entender as críticas quanto ao sexismo, mas ao mesmo tempo, o machismo e misoginia são tão escrachados, "camp" e "over the top", que surtiram o efeito contrário (pelo menos em mim). Mais ou menos como em Reefer Madness. O medo generalizado de mulheres, a ponto de transformá-las em bruxas, em conjunto com a ridícula falta de responsabilidade de um pai que leva o filho para um assalto, só contribuem para as risadas. A construção é tão exagerada que não permite que Las Brujas de Zugarramurdi seja uma crítica ao feminismo, como muitos aqui falaram. Ele funciona mais como seu reverso. Ainda sobre essa característica "reversa" vale ressaltar a cena em que outras bruxas dizem para Eva que homem é apenas objeto. Não sei se necessariamente essa tenha sido a intenção de De La Iglesia, mas qualquer que tenha sido, não nos resta nada senão rir.
Um ótimo filme com atuações brilhantes e um debate ainda muito relevante. Particularmente, gostei muito da linguagem utilizada; contudo, peca no ritmo que por vezes parece atropelado.
Se fosse classificá-lo no gênero a que realmente pertence, o gore, teria dado nota maior. Pretensioso, super-estimado e vazio. Alguns dizem "realista"... Com todo aquele elenco caucasiano?! Contudo, não posso negar, como todo bom exploitation pede uma musa: Monica Bellucci está belíssima. E gostei bastante da identidade visual do Satan e da interpretação de Rosalinda Celentano no geral. Nada muito revolucionário, mas uma boa saída da mesmice iconográfica.
Nunca fui grande fã de toda essa coisa de "menina telecinética", mas, na verdade, foi melhor do que esperava. O que mais difere este dos outros da franquia (além da telepatia, óbvio) é o foco na final girl, e isso é o que realmente faz um filme de terror. Você precisa se envolver com um personagem para que tema por seu / sua vida. Esta "relação" é provavelmente o que desapareceu nos demais filmes da saga. Um filme agradável com um final inesperado (embora bobo), mas, novamente, sendo um "Sexta-feira 13", ele pode ficar impune.
Melancolia abre com um estrondo. Literalmente. Lars von Trier, o mais polarizador e famoso sádico da indústria cinematográfica, começa seu filme com um “spoiler”: a destruição da Terra. A grandiosa exploração por parte do diretor da aniquilação, tanto pessoal quanto de toda uma espécie pode se tornar um grandioso tédio. “Pode se tornar” pois é inegável os momentos magníficos, sobretudo a respeito da fotografia e composição de planos. Abrimos com o casamento de Justine (Kirsten Dunst) e Michael (Alexander Skarsgard). Com horas de atraso, o casal chega em sua recepção na mansão palaciana que pertence a sua irmã, Claire (Charlotte Gainsbourg), e seu marido, o astrônomo amador John (Kiefer Sutherland). Ao longo de uma longa noite, Justine vai largar seu emprego, transar com um convidado aleatório de seu casamento, alienar a sua família, e terminar seu breve casamento, colocando Kim Kardashian no chinelo. Vários meses depois, Justine é liberada de um hospital devido a seu estado depressivo e agora vive com Claire, John e o filho do casal. A pequena estrela no céu crescera ao longo dos meses, e os cientistas determinaram que este novo planeta, batizado de Melancolia, está indo de encontro a Terra, mas passará direto. Eventualmente, a verdade vem a tona e descobrimos que Melancolia está em rota de colisão com nosso planeta. Do ponto de vista visual, o filme é fascinante. Melancolia abre com belas imagens perduram eu um ritmo excruciantemente lento regadas ao som de Wagner. Tal sequencia nos alerta de imediato que von Trier está para introduzir doses intensas de melodrama. Após a abertura, saltamos de volta para os últimos meses da Terra, ou, em outras palavras, o chatíssimo casamento que parece se estender por meses, uma eternidade. Nessa hora, seria perdoável desejar que a bendita profecia se realizasse de uma vez. A hora vazia de trivialidades de casamento chega a ser desgastante, um tempo mal gasto que não serve nem de apresentação de personagens. É fácil de ver que Justine está infeliz, escondendo-se em uma fachada para agradar aos outros e, talvez, a si mesma. O que não é fácil é entender porque temos de passar tanto tempo em uma sala cheia de personagens que nunca mais serão vistos novamente. A primeira metade do filme poderia facilmente ter sido condensado em 20 minutos. Se o objetivo era testar a paciência do público, bem como Justine faz para sua família, ou então simular o sentimento da própria protagonista no público, então bravo. A segunda metade de Melancolia só diz respeito aos quatro personagens principais (cinco, se contarmos o planeta). Ao contrário da primeira, há eventos substanciais para o enredo. Depois de ter visto o “prologo” já sabemos que toda a vida no planeta está condenada, mas isso não nos impede de sentir as mesmas dores de Claire. A depressão pode ser uma experiência pessoal e subjetiva com a qual nem todos podem se identificar, mas como não ter empatia quanto ao fim da vida? Ainda mais de toda a humanidade. Este inevitável confronto pode levar a uma introspecção muito séria em busca de sentido, em busca da verdade, afinal de contas é a extinção total; sem escapatória. Como a maioria, Claire tem pavor de morrer e ver todos os seus entes queridos terem o mesmo fim, mas Justine é peculiarmente calma. Ela diz que a Terra é má e que "ninguém sentirá sua falta." Para acentuar ainda mais o pessimismo sombrio de von Trier, Justine diz que não há vida em outros lugares do universo. É isso, e tudo vai acabar logo. "Eu sei", ela acrescenta, inutilmente. Nós assistimos Claire passar por diferentes estágios de sofrimento, lutando por algum fechamento em sua vida (“closure”), e, consequentemente, alívio. Alívio esse que von Trier não permitirá que aconteça. Muitos filme abordam o Apocalipse e outros desastres, mas von Trier o faz de forma inovadora, sensível e artística, mas, por vezes, sua obra escorrega do alto patamar intelectual em que se encontra para cair no óbvio. A própria idéia de que o planeta da destruição nesta dança da morte chama-se Melancolia é o exemplo mais claro. A conexão metafórica com a própria melancolia de Justine é rasa demais. O planeta, em seu casamento, é um minúsculo ponto de luz no céu, acompanhando a tentativa de Justine de enganar-se quanto a felicidade; em seguida, na segunda metade, o planeta toma proporções gigantescas à medida que se aproxima de sua colisão, paralelamente, a melancolia de nossa heroína também aumenta. Tal metáfora não parece exigir grandes esforços, nem grandes dificuldades. Difícil, porém, é se preocupar com Justine e suas tormentas. Depressão pode ser uma condição grave, mas isso não significa que o público tenha mais motivos para simpatizar com ela que com as outras sete bilhões de almas destinadas a serem incineradas. Sua atitude blasé e seu mau humor, assim como seus atos de rejeição para com a irmã, fazem dela uma personagem intragável, fútil, roubando o lugar que na primeira metade pertencia a Claire. Dunst ganhou um prêmio no Festival de Cinema de Cannes por sua performance; e com todo o mérito. Não deve ser fácil suprimir algo inerente como o carisma, em prol de uma personagem. Melancolia, apesar de seus defeitos, é um grande filme. Mais leve que seu antecessor, o Anticristo, e menos pretensioso – o que o torna até superior – este filme-catástrofe tem imagens impressionantes, de um medo paralisante, e uma grandeza apocalíptica, algo que só poderia vir da mente perversa de Lars von Trier. É lindo e lírico em seus melhores momentos, um pesadelo, frio e surrealista. Seu maior defeito talvez seja quanto ao desenvolvimento dos personagens. Se vamos passar as últimas horas na Terra, que seja ao menos com pessoas interessantes e com quem possamos ter ao menos algum rastro de simpatia/empatia.
Com o mesmo subtítulo de Onde Os Fracos Não Tem Vez – “There are no clean Getaways” (algo como “não há fugas limpas”) –, Drive compartilha de algumas peculiaridades com tal filme em termos narrativos. Ao contar a história do misterioso motorista sem nome (Ryan Gosling) que de dia é dublê e de noite presta serviços para a máfia, Nicolas Winding Refn toma um percurso semelhante ao dos Irmãos Coen, não só quanto a década passada (anos 80), mas quanto ao ritmo oscilante que passa de momentos lentos a uma brutalidade excruciante. Os protagonistas – tomo aqui como protagonista do filme dos Coen o vilão Anton Chigurh, interpretado por Javier Barden – também têm personalidades análogas, ao passo que são homens de poucas palavras e muita ação quando preciso. A maior diferença porém se dá na polarização ocorrida em Onde Os Fracos Não Tem Vez: um notável maniqueísmo quanto a caracterização dos personagens, enquanto Drive parte para um viés mais realista, onde não há “mocinho” e “vilão” e sim uma gama de possibilidades, uma escala de características que formam a personalidade humana. Repleto de violência, o filme dirigido por Nicolas Winding Refn, fora sem dúvidas um dos filmes mais comentados de 2011, consolidando o status de “cult instantâneo”. Isso não se deve apenas a seu caráter controverso e seu forte grafismo quanto a cenas de brutalidade, mas também a suas peculiaridades linguísticas e sua impecável fotografia, afinada parceria entre diretor e Newton Thomas Sigel, o diretor de foto. Quanto à peculiaridade linguística anteriormente citada, refiro-me sem dúvidas a ausência quase que completa de diálogos. Como então, um filme sem muitas falas nos dias de hoje prenderia a atenção do público? Em Drive, ouso dizer que tal “fenômeno” dá-se por meio de dois fatores. Primeiramente, à sublime atuação de Ryan Gosling; palavras não são necessárias quando há total credibilidade. Ele convence de todas as formas que podemos ser convencidos. É possível teme-lo e ao mesmo tempo enxergar toda a dor e sofrimento que formara seu temperamento reservado. Seu silêncio pode ser explicado por uma frase daquela que seria uma das maiores atrizes brasileiras, Marília Pêra em Jogo de Cena: "Quando o sentimento é doloroso, verdadeiro, a pessoa quer esconder a lágrima... O ator tenta mostrar". No caso, Gosling atua como uma “pessoa” e não como um ator. A segunda grande responsável pelo sucesso de Drive, é não outra mas a fotografia. O contraste das facetas desse mesmo homem, o misterioso personagem não-nomeado, reflete diretamente na escolha dos planos e sua composição. Aliás, contraste seria a grande palavra-chave do filme em todos os seus aspectos. Momentos de violência em sua mais crua, frenética e bruta forma contrastam com a delicadeza de “slow-motions” muito bem elaborados e de uma sensibilidade cinematográfica fora do comum. Outra área em que o contraste é extremamente visível é quanto às cores e luzes. Passando na cidade, e tendo ela como um próprio personagem, o filme utiliza-se, além de suas paisagens, suas cores e luzes próprias, sendo basicamente laranja e verde, (reflexo dos semáforos) e luzes de postes, além do marcante neon a lá anos 80. Fator curioso é a repetição dessas mesmas cores de luz pelo filme inteiro por meio da paleta de cores de cenários e vestimentas. Por se passar principalmente de noite e dentro de um carro, a luz usada é sempre mínima, mas vemos o personagem constantemente ser “atravessado” por feixes exteriores ao carro; luzes da cidade que tomam curiosas formas em seu rosto, por vezes “cortando-o”. O filme é permeado por momentos claro-escuro delegando às sombras função a parte. Vemos sua importância já na cena de abertura onde o personagem Driver é introduzido na penumbra e de forma “incompleta”. Não conseguimos reconhecer esse homem misterioso e obscuro por completo, nos sendo dadas apenas partes o tempo inteiro (inteiro mesmo, uma vez que nem seu nome nos é revelado ao decorrer da narrativa). Outra cena interessante é a primeira vez que ele entra no quarto de hotel, após a primeira perseguição, e vemos sua sombra projetada em uma parede vazia, sem nenhum adereço, a não ser sua projeção e a da janela: Driver não só como enigmático, mas solitário, contra o mundo. Uma das soluções mais bonitas para externas noturnas foi dada nesse filme com a cena do farol. A luz é deslumbrante e serve como amplificador das tensões ali contidas. Até mesmo durante o dia a penumbra prevalece sobre o personagem principal. As características da personalidade do mesmo, são ressaltadas por Refn e Sigel a todo momento, utilizando diversas ferramentas. Na decupagem, por exemplo, vemos Driver muito de costas, gerando um certo afastamento, nos lembrando que não sabemos nada sobre aquele homem. Ao passo que, paralelamente, nos é dada uma intimidade tremenda, já que a câmera insiste em acompanha-lo em todos os seus movimentos, inclusive em seus recuos e hesitações. Ainda que muito sutil por quase nunca se tratar de câmera na mão e haver leveza e delicadeza nos movimentos. Driver praticamente não sai de nosso campo de visão. O ponto de vista do personagem também nos é imposto. Não há como acompanhar o filme de outra ótica. A câmera é um personagem curioso aqui, espia sem permissão a todo o tempo, (como o próprio personagem). Mais de uma vez vemos subjetivas por detrás de algum elemento, como uma pilastra, ou gotículas de sangue, por exemplo. Não teríamos como tratar de Drive, um filme de ação, sem nos atentar as cenas de perseguição, que por si só, dão um show a parte. Logo na introdução do filme é consolidado o modelo que perdurará: as cenas são filmadas de dentro do carro, acompanhando a atuação mais que a ação do carro em si. Embora já tenha mencionado que a cidade é um personagem, em cenas como essa, o exterior é mero ilustrativo, muitas vezes desfocado; por outras até ofuscado pelo reflexo do personagem (ou seu braço) na janela fechada. O próprio carro também tem caráter meramente ilustrativo. Seu interior praticamente não aparece. A câmera não atenta para seus detalhes, destacando apenas o personagem. Ainda que se utilizando desse método não convencional, as perseguições continuam tão tensas e emocionantes quanto as mais clássicas, mais ainda a meu ver. Em grande parte por causa da variação de cortes na edição. Afinal de contas, de que outra maneira manter a tensão e a atenção do espectador em uma perseguição que se passa quase que exclusivamente no interior do veículo com closes de reação do ator? A diversidade de ângulos foi uma grande saída. Diversidade essa que faz amplo uso dos espelhos retrovisores. Aliás, um dos grandes elementos do filme como todo é a utilização dos espelhos ou para mostrar faces não “disponíveis” ou para aumentar o espaço físico de forma bastante interessante. Tudo aquilo que seria uma dificuldade – a falta de espaçamento e recuo para a câmera – das internas em veículos torna-se, em Drive, linguagem característica para o resto do filme. Vale lembrar que Drive conta com uma história romântica, possuindo uma mocinha por quem nosso motorista irá se apaixonar em um dos mais silenciosos relacionamentos do cinema. Seu nome é Irene. Irene é sempre posta em contradição com Driver, ela é seu oposto e sua salvação. Em toda as cenas que aparece, a luz é uniformemente difusa e suave, além de suas cores serem mais vivas. Sua casa, por exemplo, parece aconchegante. Os momentos com ela são os únicos que vemos o protagonista por inteiro, sem partes escuras. Não poderia me abster de citar uma das mais belas e delicadas cenas do filme: o momento em que Irene, seu filho e Driver saem de carro em um dia fortemente ensolarado, lotando a cena de flares, praticamente um resumo do papel de Irene na vida de Driver. Sob o risco de soar brega, mas por falta de outra expressão adequada no momento: Irene é “sua luz”. Na cena do elevador, uma das mais emblemáticas do filme, essa estética se repete. Mesmo no beijo, o personagem de Gosling tem seu rosto coberto por sombras, ao passo que o rosto de Carey Mulligan é completamente iluminado. Nessa mesma cena, que passa do momento mais romântico, para um dos mais violentos, de um beijo a um esmagamento de crânio no estilo Gaspar Noé, é mostrada a personalidade violenta de Driver para Irene pela primeira vez. Antes de finalizar, cito mais uma cena que prendeu minha atenção: a conversa final entre Driver e Bernie que precede a facada. A simetria dos fundos é impressionante, muitas vezes parecendo a mesma cena espelhada. O fato da conversa ser retratada individualmente, com planos e contra-planos que nunca situam ambos os personagens num só enquadramento constrói uma tensão digna de faroeste. Drive não é dos filmes mais fáceis de se assistir, mas sua construção imagética é impecável, sendo sem dúvidas um dos melhores filmes em termos técnicos há muito tempo. Fora o fato de conseguir fazer aquilo que praticamente todos os cineastas almejam: realizar um filme comercial, sobretudo de ação, com profundidade. Afinal, não é sempre que vemos um filme sobre carros que flerta com existencialismo de forma tão harmônica. Refn realmente mostra a o que veio, não sendo exagero comparações com clássicos como “Profissão: Repórter” de Michelangelo Antonioni.
Fascinante do começo ao fim. Hipnotizante até. Um belo elenco. Delphine Seyrig está brilhante aqui, e é imprescindível mencionar: que figurino fabuloso!
Ótimas performances! Winslet e Bates são gênios. De alguma forma me lembrou bastante "Who's Afraid of Virginia Woolf?", talvez a tensão e o drama. Acho que não preciso dizer mais nada.
Genial! Uma grande análise do processo de interpretação, explorando a tênue linha entre a realidade e a arte, muitas vezes provocando uma certa confusão por assimilar uma pessoa por meio de dois físicos diferentes, o que é um ótimo resultado. Além de tudo, histórias fascinantes.
Jason corre. Essa informação por si só deve mantê-lo quilômetros de distância deste filme, mas como se não bastasse, Jason é agora um seqüestrador.
Eu nunca pensei que chegaria um dia em que fariam pior do que "Jason domina o metrô", ou "Jason Pazuzu" ou mesmo a magnífica obra de arte: "Jason do espaço sideral"
Honestamente, não sei no que deveria basear minha classificação.
Repulsivo, misógino, vulgar e até mesmo ofensivo. Mas não era esse o ponto? Realmente atinge seu objetivo de chocar. Mas, novamente, talvez seja demais. Por vezes me parece que a controvérsia foi tão previamente bem pensada e elaborada que o filme sem tais elementos não seria nada. O filme é a polêmica.
A beleza visual, porém, é espetacular. Enquadramentos belíssimos. Fotografia incrível. Sequências formidáveis. As cenas que perturbam são também as mais belas, e o que faz este filme valer a pena. O prólogo também merece menção. Quando se trata de enredo e história, é apenas fraco em meu ponto de vista.
Degenerado, perturbador e um tanto quanto estúpido de início. Mas realmente gostei do final, como a história foi desenvolvida e como ela foi finalizada. Algumas partes foram bem engraçadas e inteligentes, outras (em sua maioria) insuportavelmente chatas, como cenas de Medéia. Particularmente o achei pretensioso demais, mas vazio. Ainda assim não é um filme ruim.
O motivo pelo qual tento assistir a coisas como essa está além da minha própria compreensão.
Tentei não levar o machismo e homofobia a sério, considerando o público-alvo. Mas ainda assim, pré-adolescentes realmente chegam a gostar disso? Quero dizer... Um mísero beijo? Nem ao menos tem os quesitos necessários para qualificar como um "exploitation".
Ainda que da década passada, retrata com vigor as atitudes do jovem contemporâneo. Mesmo necessário para o enredo, há muita exploração do sexo com pouquíssima inteligência. O filme realmente obteve êxito no retrato, porém o tom de alerta é claramente ofuscado pelo erotismo/heroísmo com o qual as personagens são tratadas. Boas atuações, nada mais de especial.
Depois que o Pornô Acaba
3.2 45Um documentário com uma excelente proposta, contudo um formato cansativo e momentos surpreendentemente moralistas. Ainda assim, bastante interessante.
As Bruxas de Zugarramurdi
3.3 124Um filme inesperado, muito bem humorado e sagaz. Consigo entender as críticas quanto ao sexismo, mas ao mesmo tempo, o machismo e misoginia são tão escrachados, "camp" e "over the top", que surtiram o efeito contrário (pelo menos em mim). Mais ou menos como em Reefer Madness.
O medo generalizado de mulheres, a ponto de transformá-las em bruxas, em conjunto com a ridícula falta de responsabilidade de um pai que leva o filho para um assalto, só contribuem para as risadas. A construção é tão exagerada que não permite que Las Brujas de Zugarramurdi seja uma crítica ao feminismo, como muitos aqui falaram. Ele funciona mais como seu reverso. Ainda sobre essa característica "reversa" vale ressaltar a cena em que outras bruxas dizem para Eva que homem é apenas objeto.
Não sei se necessariamente essa tenha sido a intenção de De La Iglesia, mas qualquer que tenha sido, não nos resta nada senão rir.
Acima das Nuvens
3.6 400Uma pena que um filme tão hipnótico tenha transições tão dispersantes.
Senhoras e Senhores: Corte Final
4.3 43Tamanha genialidade só poderia vir de uma mente obsessiva como a de György Pálfi.
Você Não Conhece o Jack
4.1 414 Assista AgoraUm ótimo filme com atuações brilhantes e um debate ainda muito relevante.
Particularmente, gostei muito da linguagem utilizada; contudo, peca no ritmo que por vezes parece atropelado.
E Se Vivêssemos Todos Juntos?
4.0 175Um filme de uma leveza deliciosa. A sequência final, sobretudo, é devastadora em sua sua simplicidade.
A Paixão de Cristo
3.7 1,2K Assista AgoraSe fosse classificá-lo no gênero a que realmente pertence, o gore, teria dado nota maior. Pretensioso, super-estimado e vazio. Alguns dizem "realista"... Com todo aquele elenco caucasiano?! Contudo, não posso negar, como todo bom exploitation pede uma musa: Monica Bellucci está belíssima. E gostei bastante da identidade visual do Satan e da interpretação de Rosalinda Celentano no geral. Nada muito revolucionário, mas uma boa saída da mesmice iconográfica.
Sexta-Feira 13, Parte 7: A Matança Continua
2.9 309 Assista AgoraNunca fui grande fã de toda essa coisa de "menina telecinética", mas, na verdade, foi melhor do que esperava.
O que mais difere este dos outros da franquia (além da telepatia, óbvio) é o foco na final girl, e isso é o que realmente faz um filme de terror. Você precisa se envolver com um personagem para que tema por seu / sua vida. Esta "relação" é provavelmente o que desapareceu nos demais filmes da saga.
Um filme agradável com um final inesperado (embora bobo), mas, novamente, sendo um "Sexta-feira 13", ele pode ficar impune.
O Filho de Chucky
2.2 761 Assista AgoraUm bom terrir se analisado a parte das outras sequências. Não é pra ser levado a sério. Caso contrário, acaba estragando [mais] a franquia.
Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira
2.3 349 Assista AgoraUm dos piores filmes já feitos e uma aula de como destruir uma franquia.
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraA arte da destruição ou a destruição pela arte?
Melancolia abre com um estrondo. Literalmente. Lars von Trier, o mais polarizador e famoso sádico da indústria cinematográfica, começa seu filme com um “spoiler”: a destruição da Terra. A grandiosa exploração por parte do diretor da aniquilação, tanto pessoal quanto de toda uma espécie pode se tornar um grandioso tédio. “Pode se tornar” pois é inegável os momentos magníficos, sobretudo a respeito da fotografia e composição de planos.
Abrimos com o casamento de Justine (Kirsten Dunst) e Michael (Alexander Skarsgard). Com horas de atraso, o casal chega em sua recepção na mansão palaciana que pertence a sua irmã, Claire (Charlotte Gainsbourg), e seu marido, o astrônomo amador John (Kiefer Sutherland). Ao longo de uma longa noite, Justine vai largar seu emprego, transar com um convidado aleatório de seu casamento, alienar a sua família, e terminar seu breve casamento, colocando Kim Kardashian no chinelo. Vários meses depois, Justine é liberada de um hospital devido a seu estado depressivo e agora vive com Claire, John e o filho do casal. A pequena estrela no céu crescera ao longo dos meses, e os cientistas determinaram que este novo planeta, batizado de Melancolia, está indo de encontro a Terra, mas passará direto. Eventualmente, a verdade vem a tona e descobrimos que Melancolia está em rota de colisão com nosso planeta.
Do ponto de vista visual, o filme é fascinante. Melancolia abre com belas imagens perduram eu um ritmo excruciantemente lento regadas ao som de Wagner. Tal sequencia nos alerta de imediato que von Trier está para introduzir doses intensas de melodrama. Após a abertura, saltamos de volta para os últimos meses da Terra, ou, em outras palavras, o chatíssimo casamento que parece se estender por meses, uma eternidade. Nessa hora, seria perdoável desejar que a bendita profecia se realizasse de uma vez. A hora vazia de trivialidades de casamento chega a ser desgastante, um tempo mal gasto que não serve nem de apresentação de personagens. É fácil de ver que Justine está infeliz, escondendo-se em uma fachada para agradar aos outros e, talvez, a si mesma. O que não é fácil é entender porque temos de passar tanto tempo em uma sala cheia de personagens que nunca mais serão vistos novamente. A primeira metade do filme poderia facilmente ter sido condensado em 20 minutos. Se o objetivo era testar a paciência do público, bem como Justine faz para sua família, ou então simular o sentimento da própria protagonista no público, então bravo.
A segunda metade de Melancolia só diz respeito aos quatro personagens principais (cinco, se contarmos o planeta). Ao contrário da primeira, há eventos substanciais para o enredo. Depois de ter visto o “prologo” já sabemos que toda a vida no planeta está condenada, mas isso não nos impede de sentir as mesmas dores de Claire. A depressão pode ser uma experiência pessoal e subjetiva com a qual nem todos podem se identificar, mas como não ter empatia quanto ao fim da vida? Ainda mais de toda a humanidade. Este inevitável confronto pode levar a uma introspecção muito séria em busca de sentido, em busca da verdade, afinal de contas é a extinção total; sem escapatória.
Como a maioria, Claire tem pavor de morrer e ver todos os seus entes queridos terem o mesmo fim, mas Justine é peculiarmente calma. Ela diz que a Terra é má e que "ninguém sentirá sua falta." Para acentuar ainda mais o pessimismo sombrio de von Trier, Justine diz que não há vida em outros lugares do universo. É isso, e tudo vai acabar logo. "Eu sei", ela acrescenta, inutilmente. Nós assistimos Claire passar por diferentes estágios de sofrimento, lutando por algum fechamento em sua vida (“closure”), e, consequentemente, alívio. Alívio esse que von Trier não permitirá que aconteça.
Muitos filme abordam o Apocalipse e outros desastres, mas von Trier o faz de forma inovadora, sensível e artística, mas, por vezes, sua obra escorrega do alto patamar intelectual em que se encontra para cair no óbvio. A própria idéia de que o planeta da destruição nesta dança da morte chama-se Melancolia é o exemplo mais claro. A conexão metafórica com a própria melancolia de Justine é rasa demais. O planeta, em seu casamento, é um minúsculo ponto de luz no céu, acompanhando a tentativa de Justine de enganar-se quanto a felicidade; em seguida, na segunda metade, o planeta toma proporções gigantescas à medida que se aproxima de sua colisão, paralelamente, a melancolia de nossa heroína também aumenta. Tal metáfora não parece exigir grandes esforços, nem grandes dificuldades.
Difícil, porém, é se preocupar com Justine e suas tormentas. Depressão pode ser uma condição grave, mas isso não significa que o público tenha mais motivos para simpatizar com ela que com as outras sete bilhões de almas destinadas a serem incineradas. Sua atitude blasé e seu mau humor, assim como seus atos de rejeição para com a irmã, fazem dela uma personagem intragável, fútil, roubando o lugar que na primeira metade pertencia a Claire. Dunst ganhou um prêmio no Festival de Cinema de Cannes por sua performance; e com todo o mérito. Não deve ser fácil suprimir algo inerente como o carisma, em prol de uma personagem.
Melancolia, apesar de seus defeitos, é um grande filme. Mais leve que seu antecessor, o Anticristo, e menos pretensioso – o que o torna até superior – este filme-catástrofe tem imagens impressionantes, de um medo paralisante, e uma grandeza apocalíptica, algo que só poderia vir da mente perversa de Lars von Trier. É lindo e lírico em seus melhores momentos, um pesadelo, frio e surrealista. Seu maior defeito talvez seja quanto ao desenvolvimento dos personagens. Se vamos passar as últimas horas na Terra, que seja ao menos com pessoas interessantes e com quem possamos ter ao menos algum rastro de simpatia/empatia.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraOnde os lentos não têm vez
Com o mesmo subtítulo de Onde Os Fracos Não Tem Vez – “There are no clean Getaways” (algo como “não há fugas limpas”) –, Drive compartilha de algumas peculiaridades com tal filme em termos narrativos. Ao contar a história do misterioso motorista sem nome (Ryan Gosling) que de dia é dublê e de noite presta serviços para a máfia, Nicolas Winding Refn toma um percurso semelhante ao dos Irmãos Coen, não só quanto a década passada (anos 80), mas quanto ao ritmo oscilante que passa de momentos lentos a uma brutalidade excruciante.
Os protagonistas – tomo aqui como protagonista do filme dos Coen o vilão Anton Chigurh, interpretado por Javier Barden – também têm personalidades análogas, ao passo que são homens de poucas palavras e muita ação quando preciso. A maior diferença porém se dá na polarização ocorrida em Onde Os Fracos Não Tem Vez: um notável maniqueísmo quanto a caracterização dos personagens, enquanto Drive parte para um viés mais realista, onde não há “mocinho” e “vilão” e sim uma gama de possibilidades, uma escala de características que formam a personalidade humana.
Repleto de violência, o filme dirigido por Nicolas Winding Refn, fora sem dúvidas um dos filmes mais comentados de 2011, consolidando o status de “cult instantâneo”. Isso não se deve apenas a seu caráter controverso e seu forte grafismo quanto a cenas de brutalidade, mas também a suas peculiaridades linguísticas e sua impecável fotografia, afinada parceria entre diretor e Newton Thomas Sigel, o diretor de foto.
Quanto à peculiaridade linguística anteriormente citada, refiro-me sem dúvidas a ausência quase que completa de diálogos. Como então, um filme sem muitas falas nos dias de hoje prenderia a atenção do público? Em Drive, ouso dizer que tal “fenômeno” dá-se por meio de dois fatores. Primeiramente, à sublime atuação de Ryan Gosling; palavras não são necessárias quando há total credibilidade. Ele convence de todas as formas que podemos ser convencidos. É possível teme-lo e ao mesmo tempo enxergar toda a dor e sofrimento que formara seu temperamento reservado. Seu silêncio pode ser explicado por uma frase daquela que seria uma das maiores atrizes brasileiras, Marília Pêra em Jogo de Cena: "Quando o sentimento é doloroso, verdadeiro, a pessoa quer esconder a lágrima... O ator tenta mostrar". No caso, Gosling atua como uma “pessoa” e não como um ator. A segunda grande responsável pelo sucesso de Drive, é não outra mas a fotografia.
O contraste das facetas desse mesmo homem, o misterioso personagem não-nomeado, reflete diretamente na escolha dos planos e sua composição. Aliás, contraste seria a grande palavra-chave do filme em todos os seus aspectos. Momentos de violência em sua mais crua, frenética e bruta forma contrastam com a delicadeza de “slow-motions” muito bem elaborados e de uma sensibilidade cinematográfica fora do comum.
Outra área em que o contraste é extremamente visível é quanto às cores e luzes. Passando na cidade, e tendo ela como um próprio personagem, o filme utiliza-se, além de suas paisagens, suas cores e luzes próprias, sendo basicamente laranja e verde, (reflexo dos semáforos) e luzes de postes, além do marcante neon a lá anos 80. Fator curioso é a repetição dessas mesmas cores de luz pelo filme inteiro por meio da paleta de cores de cenários e vestimentas.
Por se passar principalmente de noite e dentro de um carro, a luz usada é sempre mínima, mas vemos o personagem constantemente ser “atravessado” por feixes exteriores ao carro; luzes da cidade que tomam curiosas formas em seu rosto, por vezes “cortando-o”. O filme é permeado por momentos claro-escuro delegando às sombras função a parte. Vemos sua importância já na cena de abertura onde o personagem Driver é introduzido na penumbra e de forma “incompleta”. Não conseguimos reconhecer esse homem misterioso e obscuro por completo, nos sendo dadas apenas partes o tempo inteiro (inteiro mesmo, uma vez que nem seu nome nos é revelado ao decorrer da narrativa). Outra cena interessante é a primeira vez que ele entra no quarto de hotel, após a primeira perseguição, e vemos sua sombra projetada em uma parede vazia, sem nenhum adereço, a não ser sua projeção e a da janela: Driver não só como enigmático, mas solitário, contra o mundo.
Uma das soluções mais bonitas para externas noturnas foi dada nesse filme com a cena do farol. A luz é deslumbrante e serve como amplificador das tensões ali contidas.
Até mesmo durante o dia a penumbra prevalece sobre o personagem principal. As características da personalidade do mesmo, são ressaltadas por Refn e Sigel a todo momento, utilizando diversas ferramentas. Na decupagem, por exemplo, vemos Driver muito de costas, gerando um certo afastamento, nos lembrando que não sabemos nada sobre aquele homem. Ao passo que, paralelamente, nos é dada uma intimidade tremenda, já que a câmera insiste em acompanha-lo em todos os seus movimentos, inclusive em seus recuos e hesitações. Ainda que muito sutil por quase nunca se tratar de câmera na mão e haver leveza e delicadeza nos movimentos. Driver praticamente não sai de nosso campo de visão.
O ponto de vista do personagem também nos é imposto. Não há como acompanhar o filme de outra ótica. A câmera é um personagem curioso aqui, espia sem permissão a todo o tempo, (como o próprio personagem). Mais de uma vez vemos subjetivas por detrás de algum elemento, como uma pilastra, ou gotículas de sangue, por exemplo.
Não teríamos como tratar de Drive, um filme de ação, sem nos atentar as cenas de perseguição, que por si só, dão um show a parte. Logo na introdução do filme é consolidado o modelo que perdurará: as cenas são filmadas de dentro do carro, acompanhando a atuação mais que a ação do carro em si. Embora já tenha mencionado que a cidade é um personagem, em cenas como essa, o exterior é mero ilustrativo, muitas vezes desfocado; por outras até ofuscado pelo reflexo do personagem (ou seu braço) na janela fechada. O próprio carro também tem caráter meramente ilustrativo. Seu interior praticamente não aparece. A câmera não atenta para seus detalhes, destacando apenas o personagem.
Ainda que se utilizando desse método não convencional, as perseguições continuam tão tensas e emocionantes quanto as mais clássicas, mais ainda a meu ver. Em grande parte por causa da variação de cortes na edição. Afinal de contas, de que outra maneira manter a tensão e a atenção do espectador em uma perseguição que se passa quase que exclusivamente no interior do veículo com closes de reação do ator? A diversidade de ângulos foi uma grande saída. Diversidade essa que faz amplo uso dos espelhos retrovisores. Aliás, um dos grandes elementos do filme como todo é a utilização dos espelhos ou para mostrar faces não “disponíveis” ou para aumentar o espaço físico de forma bastante interessante.
Tudo aquilo que seria uma dificuldade – a falta de espaçamento e recuo para a câmera – das internas em veículos torna-se, em Drive, linguagem característica para o resto do filme.
Vale lembrar que Drive conta com uma história romântica, possuindo uma mocinha por quem nosso motorista irá se apaixonar em um dos mais silenciosos relacionamentos do cinema. Seu nome é Irene. Irene é sempre posta em contradição com Driver, ela é seu oposto e sua salvação. Em toda as cenas que aparece, a luz é uniformemente difusa e suave, além de suas cores serem mais vivas. Sua casa, por exemplo, parece aconchegante. Os momentos com ela são os únicos que vemos o protagonista por inteiro, sem partes escuras. Não poderia me abster de citar uma das mais belas e delicadas cenas do filme: o momento em que Irene, seu filho e Driver saem de carro em um dia fortemente ensolarado, lotando a cena de flares, praticamente um resumo do papel de Irene na vida de Driver. Sob o risco de soar brega, mas por falta de outra expressão adequada no momento: Irene é “sua luz”.
Na cena do elevador, uma das mais emblemáticas do filme, essa estética se repete. Mesmo no beijo, o personagem de Gosling tem seu rosto coberto por sombras, ao passo que o rosto de Carey Mulligan é completamente iluminado. Nessa mesma cena, que passa do momento mais romântico, para um dos mais violentos, de um beijo a um esmagamento de crânio no estilo Gaspar Noé, é mostrada a personalidade violenta de Driver para Irene pela primeira vez.
Antes de finalizar, cito mais uma cena que prendeu minha atenção: a conversa final entre Driver e Bernie que precede a facada. A simetria dos fundos é impressionante, muitas vezes parecendo a mesma cena espelhada. O fato da conversa ser retratada individualmente, com planos e contra-planos que nunca situam ambos os personagens num só enquadramento constrói uma tensão digna de faroeste.
Drive não é dos filmes mais fáceis de se assistir, mas sua construção imagética é impecável, sendo sem dúvidas um dos melhores filmes em termos técnicos há muito tempo. Fora o fato de conseguir fazer aquilo que praticamente todos os cineastas almejam: realizar um filme comercial, sobretudo de ação, com profundidade. Afinal, não é sempre que vemos um filme sobre carros que flerta com existencialismo de forma tão harmônica. Refn realmente mostra a o que veio, não sendo exagero comparações com clássicos como “Profissão: Repórter” de Michelangelo Antonioni.
Filhas das Trevas
3.6 30Fascinante do começo ao fim. Hipnotizante até. Um belo elenco.
Delphine Seyrig está brilhante aqui, e é imprescindível mencionar: que figurino fabuloso!
Foi Apenas um Sonho
3.6 1,3K Assista AgoraÓtimas performances! Winslet e Bates são gênios. De alguma forma me lembrou bastante "Who's Afraid of Virginia Woolf?", talvez a tensão e o drama. Acho que não preciso dizer mais nada.
Jogo de Cena
4.4 336Genial! Uma grande análise do processo de interpretação, explorando a tênue linha entre a realidade e a arte, muitas vezes provocando uma certa confusão por assimilar uma pessoa por meio de dois físicos diferentes, o que é um ótimo resultado. Além de tudo, histórias fascinantes.
O Menino do Pijama Listrado
4.2 3,7K Assista AgoraO filme é tão intenso que chega a ser violento sem derramar uma gota de sangue.
A atuação das crianças me deixou boquiaberta.
P.S. Eu Te Amo
3.7 2,7K Assista AgoraMelhor do que esperava. Ainda assim não tão original quanto dizem e bastante melodramático.
Sexta-Feira 13
2.9 948 Assista AgoraJason corre. Essa informação por si só deve mantê-lo quilômetros de distância deste filme, mas como se não bastasse, Jason é agora um seqüestrador.
Eu nunca pensei que chegaria um dia em que fariam pior do que "Jason domina o metrô", ou "Jason Pazuzu" ou mesmo a magnífica obra de arte: "Jason do espaço sideral"
Mortuária
1.8 61O que esperar de um filme onde os monstros derretem quando você joga sal neles?
Anticristo
3.5 2,2K Assista AgoraHonestamente, não sei no que deveria basear minha classificação.
Repulsivo, misógino, vulgar e até mesmo ofensivo. Mas não era esse o ponto? Realmente atinge seu objetivo de chocar. Mas, novamente, talvez seja demais. Por vezes me parece que a controvérsia foi tão previamente bem pensada e elaborada que o filme sem tais elementos não seria nada. O filme é a polêmica.
A beleza visual, porém, é espetacular. Enquadramentos belíssimos. Fotografia incrível. Sequências formidáveis. As cenas que perturbam são também as mais belas, e o que faz este filme valer a pena. O prólogo também merece menção.
Quando se trata de enredo e história, é apenas fraco em meu ponto de vista.
É um filme que me deixa dividida, realmente.
Otto; ou Viva Gente Morta
3.3 78Degenerado, perturbador e um tanto quanto estúpido de início. Mas realmente gostei do final, como a história foi desenvolvida e como ela foi finalizada.
Algumas partes foram bem engraçadas e inteligentes, outras (em sua maioria) insuportavelmente chatas, como cenas de Medéia.
Particularmente o achei pretensioso demais, mas vazio. Ainda assim não é um filme ruim.
Matadores de Vampiras Lésbicas
2.0 899O motivo pelo qual tento assistir a coisas como essa está além da minha própria compreensão.
Tentei não levar o machismo e homofobia a sério, considerando o público-alvo. Mas ainda assim, pré-adolescentes realmente chegam a gostar disso? Quero dizer... Um mísero beijo?
Nem ao menos tem os quesitos necessários para qualificar como um "exploitation".
Kids
3.5 665Ainda que da década passada, retrata com vigor as atitudes do jovem contemporâneo. Mesmo necessário para o enredo, há muita exploração do sexo com pouquíssima inteligência. O filme realmente obteve êxito no retrato, porém o tom de alerta é claramente ofuscado pelo erotismo/heroísmo com o qual as personagens são tratadas. Boas atuações, nada mais de especial.
Chicago
4.0 997Um filme moderno que captura a essência dos musicais clássicos.