Hellraiser é um bom reboot. Dá um frescor atual à franquia, mas com o mesmo ar sombrio do fim dos anos 80.
Contudo, a personagem principal não tem carisma o suficiente para carregar o filme, e o protagonismo verdadeiro fica a cargo dos efeitos e maquiagem. Que delícia que a maioria tenha sido efeito prático numa época tomada pelo CGI. Dá uma textura completamente diferente.
O que me leva a dois pontos conflitantes:
1- Costumo preferir a sugestão do que algo explícito em terror. Sobretudo quando se trata de caracterização de monstros. Jogos de câmera, sombras... Mas aqui a maquiagem é tão boa, mas tão boa, que pela primeira vez senti que deveriam ter mostrado mais detalhes dos personagens. Tenho a impressão de que criaram designs bem detalhados que mereciam destaque. Isso não é uma crítica, mais curiosidade mesmo.
2- Contrastando com o item anterior: ironicamente, achei que Pinhead ficou um pouco abaixo do nível dos outros Cenobites. Isso porque a máscara e maquiagem foram feitas de uma forma que, dependendo da iluminação, parecia CGI. Pode ser culpa da própria iluminação, já que na sequência final isso não me incomoda tanto. Mas acredito que seja mais pela ausência total de textura. Talvez alguns detalhes na prótese, ou mesmo na maquiagem pudessem melhorar isso.
No mais, gostoso de assistir. Pode ser o início de uma ótima timeline na franquia.
Com uma estética a la Mágico de Oz e doses inseguras de loucura, Pearl é hipnotizante. Simples e completamente desvairado.
Entendo ter sido considerado um dos melhores de 2022 na categoria terror, mas num ano tão prolífico pro gênero, não sei se seria o meu primeiro.
Ainda assim, Ti West se consolida como uma das mentes mais degeneradas de Hollywood (o que é super um elogio).
Mas vamos falar da maior estrela do filme: Mia Goth é estupenda, hein? Caramba, que atuação! A cena final, dos créditos, me embasbacou. O monólogo também é genial, mas vale dizer que o da mãe também não deixa a desejar.
Tantos filmes passando a marca das 2h por aí... Barbeque deixa um gosto de quero-mais. Pun intended.
O fim não é ruim, mas talvez fosse preciso um pouco mais de desenvolvimento pra chegar a ele. Ou talvez eu fale isso por estar me divertindo e não querer que o filme acabasse.
Depois de Todo Mundo em Pânico, as pessoas acabaram esquecendo que Pânico é uma sátira de slashers. Uma sátira inteligente e que funciona bem como slasher per se, mas uma sátira.
Nesse sentido, foi uma sacada muito inusitada e divertida colocar Ghostface em Nova York. Uma óbvia alusão ao oitavo Sexta-Feira 13. Espero, superando-o.
Contudo, a ausência de Neve Campbell certamente abalará a franquia.
Como fã (não só dos filmes, mas do gênero), abraço a ideia e tento permanecer otimista, já que, tirando o quarto filme, Pânico segue entregando! O quinto foi delicioso.
Não gosto muito das comparações com Bros. Vejo como duas comédias românticas que seguem receitas bem diferentes. Bros é mais satírico e ácido e Fire Island mais fofo.
Ambos tem problemas, como toda romcom: roteiro fraco, previsível, e zás. Mas são filmes que mereciam ser feitos.
Se filmes LGBTQ+ sempre serão bem-vindos, por que não os de gênero, não é mesmo? Comédia, comédia romântica, ação, suspense, etc. É bom ter filmes que não girem em torno de saídas de armário apenas.
Talvez a comparação que vale a pena, seria em relação ao lançamento. Fire Island teria se beneficiado BEM mais de um lançamento amplo invés de Bros. É muito mais palatável pra todas as audiências.
Dito isso, duas coisas: por que o personagem Max existe? E pra que ter Margaret Cho se não vai usá-la? O mesmo pra alguns dos outros personagens secundários.
Considerado um dos melhores terrores do ano pelo Rotten Tomatoes, Deadstream traz um frescor pro found-footage. Quando a gente achava que o subgênero já estava morto, ele ressurge com novos aparatos e novas possibilidades.
O filme começa um pouco mais sombrio e sério. Alguns bons sustos e uma atmosfera bastante tensa que é construída pouco a pouco. A segunda toma um desvio, e passa a beber da fórmula de Evil Dead. Demônios que podem ser machucados, humor e insanidades. É bem divertido.
Em uma época de filmes de terror atmosféricos e inteligentes, slashers com roteiros criativos, aparece a sequência de Terrifier: péssimas atuações, situações burras e roteiro tonto. Ou seja: tudo o que estávamos esperando!
Terrifier 2 é um filme nos moldes daquilo que víamos nos anos 80/ início dos 90. Evil Dead, Braindead, etc... Diria que amplificado até. Não imagino o tanto de sangue gasto nessa produção e perdi a conta de quantas cabeças foram explodidas.
Totalmente compreensível estarem desmaiando e vomitando no cinema. Divertidíssimo pra quem gosta.
Mesmo que a resolução seja COMPLETAMENTE inesperada e mágica
Só fico pensando: quem é que dá o aval pra se produzir um filme desses com DUAS HORAS E DEZOITO MINUTOS. Não que seja um problema, mas esse tipo de coisa não acontece nem com terror "superior", mainstream, como que acontece com um terror de qualidade duvidosa que nem esse? Que bom hahaha
Achei muito estranho um filme com um plot desses encabeçar as listas de melhores terrores do ano, mas estava errada. Que filme aflitivo!
O que assusta é que crianças são realmente assim: de uma inocência por vezes cruel. Sem a maturidade cerebral pra frear seus impulsos.
The Innocents é extremamente pesado, mas de um jeito tão simples. Eskil Vogt mostra que além de excelente roteirista, é um ótimo diretor. Fez um filme lindo e com as melhores atuações infantis que já vi na vida.
desconfiou da menina. Do nada já tava lá toda trabalhada nos maus tratos. Acho que pra ser mais realista, ela cairia mais um pouco na ladainha da Lily.
Incrível como esse filme consegue capturar a atmosfera de trabalhos em escritórios, e, dentro desse microcosmo, desenvolver um conflito tão simples de forma tão complexa.
Contudo, um cuidado ao catalogá-lo como comédia. Não é muito uma comédia no senso comum, mas uma comédia típica dos filmes independente dos anos 90.
PS: Parker Posey não erra, né? Sempre rouba o show, mesmo com um elenco desses.
Halloween Ends vem com a premissa de terminar uma trilogia. O ponto é: essa é mesmo uma trilogia? David Gordon Green consegue um feito único: os três filmes parecem ser escritos e dirigidos por pessoas diferentes, completamente avulsos.
Sobre o filme em si: é um filme ame-o ou deixe-o. Para fãs de slasher, essa pegada fora da caixa, com um caminho criativo, não é novidade.
não é nem de longe uma das piores coisas já feitas em franquias do tipo. Se teremos Ghostface em Nova York, por que não isso daqui?
Halloween Ends é muito superior a Halloween Kills. Sem uma comédia escrachada que nunca tinha sido um traço dos filmes, sem aquela BOBAGEM de Big John e Little John, nem nada do tipo. Enquanto Kills trazia mortes com uma pegada mais ação, com menos suspense, Ends retorna ao terror, com mortes muito boas. Inclusive é muito importante mencionar a abertura. É uma ótima abertura, totalmente inesperada e criativa. A ideia das consequências e do efeito Michael Myers em Haddonfield é muito interessante, mas é desenvolvida de forma um pouco fraca.
É triste que Laurie Strode e sua neta percam completamente seu protagonismo. É notável a incapacidade de Green de escrever personagens femininas complexas, ainda que uma delas já fosse uma personagem bem estabelecida. Elas são completamente superficiais e Allyson, do absoluto nada, se torna uma pamonha. Fora que Rohan Campbell, o Corey, está péssimo e nem de longe serviria como protagonista.
Outro que perde o protagonismo é Michael Myers. O que é absurdo. Aqui uma questão pessoal, mas me incomoda muito essa mania de tirar a máscara do Michael. Aqui tem relevância, mas essa tentativa de humanização dele, esse lance de meio monstro, meio gente não me agrada. Abracemos o fato dele ser a personificação do mal e pronto.
Por esses motivos, Halloween Ends poderia servir como uma boa sequência, mas não é o que se espera pra um capítulo final de uma série como Halloween. Um péssimo fechamento.
Espero que Jamie Lee ainda volte fugindo de bengalas pra dar um fim digno àquela que provavelmente é a melhor franquia de assassinos.
Uma família entediada durante a pandemia decide fazer um filme e o resultado é Hellbender, um filme de folk-horror muito bem feito.
Embora desande do meio pro fim e não tenha um roteiro muito forte, não tem como não aplaudir esse feito. Projetos assim me interessam muito e me impressionam: baixo orçamento e vontade de fazer.
Ótima fotografia (menos nas partes musicais, que parece um pouco amador) e ótimas atuações (menos de Amber - aliás, chato isso, poxa. Enquanto a irmã atua bem, participa do roteiro e faz a fotografia, ela tinha apenas uma função hahaha).
Mas o principal aqui são: edição e efeitos! Maravilhosos. Meus parabéns.
Difícil avaliar. Se visualmente é muito bonito e bem atuado, o roteiro incomoda. Embora o incômodo seja proposital e a passividade seja o ponto central do filme, há um excesso de conveniências.
Hellraiser
3.2 406 Assista AgoraHellraiser é um bom reboot. Dá um frescor atual à franquia, mas com o mesmo ar sombrio do fim dos anos 80.
Contudo, a personagem principal não tem carisma o suficiente para carregar o filme, e o protagonismo verdadeiro fica a cargo dos efeitos e maquiagem. Que delícia que a maioria tenha sido efeito prático numa época tomada pelo CGI. Dá uma textura completamente diferente.
O que me leva a dois pontos conflitantes:
1- Costumo preferir a sugestão do que algo explícito em terror. Sobretudo quando se trata de caracterização de monstros. Jogos de câmera, sombras... Mas aqui a maquiagem é tão boa, mas tão boa, que pela primeira vez senti que deveriam ter mostrado mais detalhes dos personagens. Tenho a impressão de que criaram designs bem detalhados que mereciam destaque. Isso não é uma crítica, mais curiosidade mesmo.
2- Contrastando com o item anterior: ironicamente, achei que Pinhead ficou um pouco abaixo do nível dos outros Cenobites. Isso porque a máscara e maquiagem foram feitas de uma forma que, dependendo da iluminação, parecia CGI. Pode ser culpa da própria iluminação, já que na sequência final isso não me incomoda tanto. Mas acredito que seja mais pela ausência total de textura. Talvez alguns detalhes na prótese, ou mesmo na maquiagem pudessem melhorar isso.
No mais, gostoso de assistir. Pode ser o início de uma ótima timeline na franquia.
Veja Por Mim
2.8 55 Assista AgoraE cadê o gato?
Pearl
3.9 989Com uma estética a la Mágico de Oz e doses inseguras de loucura, Pearl é hipnotizante. Simples e completamente desvairado.
Entendo ter sido considerado um dos melhores de 2022 na categoria terror, mas num ano tão prolífico pro gênero, não sei se seria o meu primeiro.
Ainda assim, Ti West se consolida como uma das mentes mais degeneradas de Hollywood (o que é super um elogio).
Mas vamos falar da maior estrela do filme: Mia Goth é estupenda, hein? Caramba, que atuação! A cena final, dos créditos, me embasbacou. O monólogo também é genial, mas vale dizer que o da mãe também não deixa a desejar.
Quanto Mais Mal-Passado Melhor
3.6 24Tantos filmes passando a marca das 2h por aí... Barbeque deixa um gosto de quero-mais. Pun intended.
O fim não é ruim, mas talvez fosse preciso um pouco mais de desenvolvimento pra chegar a ele. Ou talvez eu fale isso por estar me divertindo e não querer que o filme acabasse.
Boa Sorte, Leo Grande
3.8 117 Assista AgoraMeia estrela a mais pela cena final.
Tár
3.7 394 Assista AgoraCate Blanchett lésbica-predatória é a minha Cate Blanchett favorita. E lésbica-predatória também.
Pânico VI
3.5 797 Assista AgoraDepois de Todo Mundo em Pânico, as pessoas acabaram esquecendo que Pânico é uma sátira de slashers. Uma sátira inteligente e que funciona bem como slasher per se, mas uma sátira.
Nesse sentido, foi uma sacada muito inusitada e divertida colocar Ghostface em Nova York. Uma óbvia alusão ao oitavo Sexta-Feira 13. Espero, superando-o.
Contudo, a ausência de Neve Campbell certamente abalará a franquia.
Como fã (não só dos filmes, mas do gênero), abraço a ideia e tento permanecer otimista, já que, tirando o quarto filme, Pânico segue entregando! O quinto foi delicioso.
Fire Island: Orgulho & Sedução
3.4 87 Assista AgoraNão gosto muito das comparações com Bros. Vejo como duas comédias românticas que seguem receitas bem diferentes. Bros é mais satírico e ácido e Fire Island mais fofo.
Ambos tem problemas, como toda romcom: roteiro fraco, previsível, e zás. Mas são filmes que mereciam ser feitos.
Se filmes LGBTQ+ sempre serão bem-vindos, por que não os de gênero, não é mesmo? Comédia, comédia romântica, ação, suspense, etc. É bom ter filmes que não girem em torno de saídas de armário apenas.
Talvez a comparação que vale a pena, seria em relação ao lançamento. Fire Island teria se beneficiado BEM mais de um lançamento amplo invés de Bros. É muito mais palatável pra todas as audiências.
Dito isso, duas coisas: por que o personagem Max existe? E pra que ter Margaret Cho se não vai usá-la? O mesmo pra alguns dos outros personagens secundários.
Black Friday
2.1 36 Assista AgoraPodiam ter exagerado um pouco mais na doideira.
Não Se Preocupe, Querida
3.3 554 Assista AgoraUm filme completamente novo que já foi feito pelo menos umas 5 vezes.
Lou
3.0 96 Assista AgoraAção-de-Mulheres é meu novo gênero favorito de filmes para passar o tempo.
PS: quem não quer ver Allison Janney quebrando a p*rra toda, não é mesmo?
Céu Vermelho-Sangue
3.0 482 Assista AgoraUé...
Como algemaram o Farid se ele perdeu uma mão?
Céu Vermelho-Sangue é um filme bastante previsível. Um daqueles casos em que o poster entrega tudo. Se bem que logo no começo tudo fica muito claro.
Foi me vendido como terror, mas na realidade é ação. Como ação é ok, como terror é ruim.
Deadstream
3.2 91Considerado um dos melhores terrores do ano pelo Rotten Tomatoes, Deadstream traz um frescor pro found-footage. Quando a gente achava que o subgênero já estava morto, ele ressurge com novos aparatos e novas possibilidades.
O filme começa um pouco mais sombrio e sério. Alguns bons sustos e uma atmosfera bastante tensa que é construída pouco a pouco. A segunda toma um desvio, e passa a beber da fórmula de Evil Dead. Demônios que podem ser machucados, humor e insanidades. É bem divertido.
O grande ponto negativo é a maquiagem.
Noites Brutais
3.4 1,0K Assista AgoraDei a nota imaginando que seja o começo de uma franquia, ou que tenha ao menos uma sequência. Senão diminuo kkkkk
Aterrorizante 2
2.9 421 Assista AgoraEm uma época de filmes de terror atmosféricos e inteligentes, slashers com roteiros criativos, aparece a sequência de Terrifier: péssimas atuações, situações burras e roteiro tonto. Ou seja: tudo o que estávamos esperando!
Terrifier 2 é um filme nos moldes daquilo que víamos nos anos 80/ início dos 90. Evil Dead, Braindead, etc... Diria que amplificado até. Não imagino o tanto de sangue gasto nessa produção e perdi a conta de quantas cabeças foram explodidas.
Totalmente compreensível estarem desmaiando e vomitando no cinema. Divertidíssimo pra quem gosta.
Mesmo que a resolução seja COMPLETAMENTE inesperada e mágica
Só fico pensando: quem é que dá o aval pra se produzir um filme desses com DUAS HORAS E DEZOITO MINUTOS. Não que seja um problema, mas esse tipo de coisa não acontece nem com terror "superior", mainstream, como que acontece com um terror de qualidade duvidosa que nem esse? Que bom hahaha
The Innocents
3.7 157Achei muito estranho um filme com um plot desses encabeçar as listas de melhores terrores do ano, mas estava errada. Que filme aflitivo!
O que assusta é que crianças são realmente assim: de uma inocência por vezes cruel. Sem a maturidade cerebral pra frear seus impulsos.
The Innocents é extremamente pesado, mas de um jeito tão simples. Eskil Vogt mostra que além de excelente roteirista, é um ótimo diretor. Fez um filme lindo e com as melhores atuações infantis que já vi na vida.
O Mistério das Duas Irmãs
3.5 1,5K Assista AgoraO que me chateia mais nesse filme foi o tanto de oportunidades pra jumpscares perdidas.
Caso 39
3.1 1,9K Assista AgoraTalvez, se tivesse assistido na época, o impacto seria maior.
Sinto que já vimos tanta coisa que é difícil algum twist ser original o suficiente.
Alguns momentos são bem interessantes e aflitivos. A morte do Bradley Cooper é bastante marcante.
O que achei mais absurdo foi a rapidez com que Emily
desconfiou da menina. Do nada já tava lá toda trabalhada nos maus tratos. Acho que pra ser mais realista, ela cairia mais um pouco na ladainha da Lily.
Quatro Garotas... Uma Grande Confusão
3.1 11 Assista AgoraGente, que tradução é essa?
Incrível como esse filme consegue capturar a atmosfera de trabalhos em escritórios, e, dentro desse microcosmo, desenvolver um conflito tão simples de forma tão complexa.
Contudo, um cuidado ao catalogá-lo como comédia. Não é muito uma comédia no senso comum, mas uma comédia típica dos filmes independente dos anos 90.
PS: Parker Posey não erra, né? Sempre rouba o show, mesmo com um elenco desses.
Halloween Ends
2.3 537 Assista AgoraHalloween Ends vem com a premissa de terminar uma trilogia. O ponto é: essa é mesmo uma trilogia? David Gordon Green consegue um feito único: os três filmes parecem ser escritos e dirigidos por pessoas diferentes, completamente avulsos.
Sobre o filme em si: é um filme ame-o ou deixe-o. Para fãs de slasher, essa pegada fora da caixa, com um caminho criativo, não é novidade.
Criar um BFF pro Michael Myers
Halloween Ends é muito superior a Halloween Kills. Sem uma comédia escrachada que nunca tinha sido um traço dos filmes, sem aquela BOBAGEM de Big John e Little John, nem nada do tipo. Enquanto Kills trazia mortes com uma pegada mais ação, com menos suspense, Ends retorna ao terror, com mortes muito boas. Inclusive é muito importante mencionar a abertura. É uma ótima abertura, totalmente inesperada e criativa. A ideia das consequências e do efeito Michael Myers em Haddonfield é muito interessante, mas é desenvolvida de forma um pouco fraca.
É triste que Laurie Strode e sua neta percam completamente seu protagonismo. É notável a incapacidade de Green de escrever personagens femininas complexas, ainda que uma delas já fosse uma personagem bem estabelecida. Elas são completamente superficiais e Allyson, do absoluto nada, se torna uma pamonha. Fora que Rohan Campbell, o Corey, está péssimo e nem de longe serviria como protagonista.
Outro que perde o protagonismo é Michael Myers. O que é absurdo. Aqui uma questão pessoal, mas me incomoda muito essa mania de tirar a máscara do Michael. Aqui tem relevância, mas essa tentativa de humanização dele, esse lance de meio monstro, meio gente não me agrada. Abracemos o fato dele ser a personificação do mal e pronto.
Por esses motivos, Halloween Ends poderia servir como uma boa sequência, mas não é o que se espera pra um capítulo final de uma série como Halloween. Um péssimo fechamento.
Espero que Jamie Lee ainda volte fugindo de bengalas pra dar um fim digno àquela que provavelmente é a melhor franquia de assassinos.
Os Demônios de Dorothy
3.2 4Se o mundo fosse justo, ganhava a Palme d'Or, Oscar e Kikitos.
Hellbender
2.6 48Uma família entediada durante a pandemia decide fazer um filme e o resultado é Hellbender, um filme de folk-horror muito bem feito.
Embora desande do meio pro fim e não tenha um roteiro muito forte, não tem como não aplaudir esse feito. Projetos assim me interessam muito e me impressionam: baixo orçamento e vontade de fazer.
Ótima fotografia (menos nas partes musicais, que parece um pouco amador) e ótimas atuações (menos de Amber - aliás, chato isso, poxa. Enquanto a irmã atua bem, participa do roteiro e faz a fotografia, ela tinha apenas uma função hahaha).
Mas o principal aqui são: edição e efeitos! Maravilhosos. Meus parabéns.
Fazendo Amor
3.5 20Making Love quebrou todas as minhas expectativas.
Esperava que fosse mais um filme repleto de clichês e, pelo poster e pelo início, algo excessivamente sentimental, brega até. Me enganei demais.
O filme não toma nenhum caminho previsível e, embora o tom positivo as vezes soe fantasioso, é muito gostoso de assistir.
Até hoje, filmes assim são difíceis de achar.
Não Fale o Mal
3.6 674Difícil avaliar. Se visualmente é muito bonito e bem atuado, o roteiro incomoda.
Embora o incômodo seja proposital e a passividade seja o ponto central do filme, há um excesso de conveniências.
Por exemplo: a história do coelho no carro.
É um bom filme, com uma boa atmosfera e uma boa fábula sobre cordialidade, mas inverossímil.
No mais, pelo menos nos últimos 3 filmes de terror eu reclamei da mesma coisa, e aqui não é diferente
essa tendência de todos morrerem no final já deu tudo o que tinha que dar.