Realmente, uma série muito boa - e simples! A prova de que é possível fazer comédia inteligente, trazendo críticas ácidas, humor e situações do cotidiano, facilmente identificáveis por qualquer um. A impressão que fica é que Aziz cansou de fazer stand-ups (vale a pena assistir o "Live at Madison Square Garden". Nem tanto o "Buried Alive". Todos disponíveis no Netflix) e transformou todas as piadas e situações que explorava nos palcos em quadros da série. Uma série sobre tudo e nada ao mesmo tempo. O episódio sobre o estereótipo dos indianos no cinema e na TV é sensacional.
A série é boa, tem potencial. Traz alguns questionamentos interessantes, e explora, em momentos distintos, as implicações decorrentes de uma tecnologia revolucionária e ainda secreta. Talvez a original tenha trazido ainda mais elementos à discussão, mas não assisti.
Primeiro, vemos a família Hawkings às voltas com um sintético. Situações cotidianas são colocadas à prova, a exploração completa e confortável de um robô encontra limites num inconsciente trauma coletivo da escravidão. Afinal, se o robô não tem sentimentos, porque não explorá-lo ao máximo? Mas, se ao contrário dos sintéticos, nós temos sentimentos por eles, por quê não dispensar o mínimo de dignidade a eles?
Em segundo, a descoberta da inteligência artificial suprema. Enfim, sintéticos não tem emoção, mas tem personalidade, emulam emoções. Nesse ponto, a estória se aproxima muito de Pinocchio. Drs. Millican e Elster seriam os Geppetos, em busca de seus filhos perfeitos. No caso de Elster, que "ressuscita" o próprio filho e tenta perpetuar também a esposa, além de Pinocchio, vemos um espelho de Pigmaleão e Galatéia.
Por fim, nos episódios finais, apesar de a estória tomar rumos mais emocionantes, com mais ação e reviravoltas, acho que o lado filosófico da coisa decai um pouco, e a trama começa a lembrar Changemans e Flashmans, com um grupo de seres especialmente dotados em busca de Justiça e blábláblá.
Mas, até agora, é uma boa série. Vamos ver se a segunda temporada mantém o ritmo.
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Master of None (1ª Temporada)
4.2 247 Assista AgoraRealmente, uma série muito boa - e simples!
A prova de que é possível fazer comédia inteligente, trazendo críticas ácidas, humor e situações do cotidiano, facilmente identificáveis por qualquer um.
A impressão que fica é que Aziz cansou de fazer stand-ups (vale a pena assistir o "Live at Madison Square Garden". Nem tanto o "Buried Alive". Todos disponíveis no Netflix) e transformou todas as piadas e situações que explorava nos palcos em quadros da série.
Uma série sobre tudo e nada ao mesmo tempo.
O episódio sobre o estereótipo dos indianos no cinema e na TV é sensacional.
Humans (1ª Temporada)
4.2 100A série é boa, tem potencial. Traz alguns questionamentos interessantes, e explora, em momentos distintos, as implicações decorrentes de uma tecnologia revolucionária e ainda secreta. Talvez a original tenha trazido ainda mais elementos à discussão, mas não assisti.
Primeiro, vemos a família Hawkings às voltas com um sintético. Situações cotidianas são colocadas à prova, a exploração completa e confortável de um robô encontra limites num inconsciente trauma coletivo da escravidão. Afinal, se o robô não tem sentimentos, porque não explorá-lo ao máximo? Mas, se ao contrário dos sintéticos, nós temos sentimentos por eles, por quê não dispensar o mínimo de dignidade a eles?
Em segundo, a descoberta da inteligência artificial suprema. Enfim, sintéticos não tem emoção, mas tem personalidade, emulam emoções. Nesse ponto, a estória se aproxima muito de Pinocchio. Drs. Millican e Elster seriam os Geppetos, em busca de seus filhos perfeitos. No caso de Elster, que "ressuscita" o próprio filho e tenta perpetuar também a esposa, além de Pinocchio, vemos um espelho de Pigmaleão e Galatéia.
Por fim, nos episódios finais, apesar de a estória tomar rumos mais emocionantes, com mais ação e reviravoltas, acho que o lado filosófico da coisa decai um pouco, e a trama começa a lembrar Changemans e Flashmans, com um grupo de seres especialmente dotados em busca de Justiça e blábláblá.
Mas, até agora, é uma boa série. Vamos ver se a segunda temporada mantém o ritmo.