Esse filme tava muito a frente de seu tempo. Tirando alguns tipos de piadas datados típicos dos anos 90/2000, é uma sátira brilhante tanto do que eram super heróis pra época, quanto uma grande previsão do que eles acabariam se tornando no futuro do entretenimento. Vejam o meu vídeo analisando mais a frente o filme no meu canal >>>> Balcão Pop <<<<<
Esse filme talvez represente o marco inicial daquilo que chamamos hoje de "pós-horror". Num roteiro sagaz e criativo, o filme parece satirizar e desconstruir todos os principais subgêneros de horror, e ao final do longa os destrói num show de horrores divertido e irreverente. A mensagem que fica ao final de assistir essa pérola dos anos de 2010 é "Ok, acho que tudo que poderia ser tirado do estilo antigo de se fazer filmes de terror se esgotou. Pra onde vamos agora?"
Desde então os filmes de horror se tornaram (em grande parte) bem mais sofisticados e menos presos a antigos tropes narrativos e esteriótipos problemáticos. E sinto que esse filme foi o grande marco involuntário dessa guinada criativa.
Sou totalmente paga pau do primeiro filme do Joe Penna (Artico), então uma parte de mim quer chamar "Passageiro Acidental" de obra prima da ficção científica moderna, com uma história intimista que trabalha ao redor de uma premissa simples que lida com ética e humanidade, numa forma parecida com a de "12 homens e uma sentença", num lugar fechado e poucos personagens num show de interpretações fortes.
Mas outra parte de mim aponta o quão desperdiçado foi o potencial enorme desse filme. Diálogos muito fracos e que não aproveitam toda a real gravidade e temáticas que a trama oferece. Uma pena...
Esse é um daqueles filmes tão bizarros e únicos, que eu não consigo não sentir ao menos um certo fascínio. Em alguns momentos me senti vendo um clipe dos anos 2000, em outros uma adaptação de "Os invisíveis" de Grant Morrison, em outros só uma peça trash constrangedora. Seja como for, é uma experiência como poucas. Diria até que é a grande obra prima do Richard Kelly.
Taí um filme muito subestimado apenas por ser infantil. Filmes infantis em live action sempre são muito hostilizados, muitas vezes com razão, mas esse aqui é um dos melhores exemplos que consigo lembrar, especialmente dos anos 2000.
É um filme genuinamente engraçado, com um conceito de universo fantástico, com várias piadas que apenas adultos entendem (o que é sempre um sinal de filme que não subestima a capacidade das crianças), pequenos momentos brilhantes como a sequência do criador de bugigangas de fada alá Q do 007, ou do Seth McFarlene como traficante de pó mágico. A mensagem final do filme é meio piegas e no geral força muito a suspensão de descrença, mas ainda é um belo ensinamento sobre pq não desistir dos seus sonhos mesmo que você saiba o quão impossível ele deve ser no grande esquema do universo.
Ta aqui um filme que eu acho verdadeiramente sensacional! Pra mim é fácil um dos melhores filmes de ação dos anos 2000. Não só as cenas de luta e tiroteio são brilhantemente coreografadas e completamente exageradas da melhor forma possível, como há um forte subtexto político anti-colonialista na história que dificilmente vemos em filmes do gênero, especialmente norte americanos.
Christopher Walken é um dos atores mais icônicos e intensos da história, e aqui ele ta repleto de momentos fortes e monólogos de vilão que tornam ele igualmente ameaçador e engraçado. Um dos personagens mais interessantes que o The Rock já fez no gênero. O filme também não tem medo de ser brincar com o ridículo e tem cenas psicodélicos que tornam tudo ainda mais divertido e único.
Acho um filme injustiçado na real. É um dos filmes de ação dos anos 2000 com mais cenas icônicas, personagens memoráveis e ótimo background mitológico. Tem um feeling de alguns dos melhores filmes de ação dos anos 80, coisa que os anos 2000 penou muito,
Eu gosto muito da parte técnica do filme e o quão imersivo ele consegue ser, em alguns momentos eu quase me senti vendo gravações reais da época (caso isso fosse possível). Por outro lado, este filme é a representação perfeita de tudo o que há de errado com a maior parte dos grupos cristãos hoje em dia.
Vêem Jesus como esse homem martirizado e esvaziam desse símbolo toda a profundidade de sua mensagem, num roteiro pobre e simplificado que se contenta em alternar entre uma espécie de "melhores e mais famosos momentos de Jesus" com imagens chocantes e gráficas que servem justamente pra tentar converter pessoas pelo desespero e brutalidade do que por valores humanos e espirituais.
É exatamente como reacionários enxergam e lidam com sua própria crença. Sem ligar pros ensinamentos, obcecados pela violência e cheios de preconceito (evidente em coisas como o retrato do dêmonio como um ser hermafrodito com uma criança deformada, além das inúmeras cenas antisemitas e que passam pano pros romanos).
Serve mais como um experimento do quão simples um filme pode ser e ainda funcionar, do que de fato uma obra relevante de terror moderno. Recomendo mais pra cineastas independentes do que espectadores querendo se divertir.
No começo do filme eu não tava entendendo muito bem. No final parecia que tava no começo.
(Brincadeiras a parte, eu sinto que existe uma excelente animação e filosofia perdida no meio desse filme. Mas a superfície dele é tão bagunçada e sem foco que falta incentivo o suficiente pra me fazer procurar)
Uma das animações mainstream mais criativas e únicas dos últimos anos. A história está sempre adentrando novos caminhos que você não espera, uma aventura cheia de surpresas e com um tempero de humor negro que causa um desconforto mas sem nunca perder o charme e jovialidade.
Uma das animações mais únicas que já vi. A poesia, simplicidade e nonsense se alternam de forma tão natural e lúdica, quase como um sonho de pré-adolescência materializado em audiovisual,
Talvez o filme que vi em 2021 que mais me impactou. Isso aqui é cinema de artes marciais em seu pico! Um dos melhores filmes de ação que já vi, não sei como não é mais comentado por aí. Iniciou um vicio meu em filmes do gênero mas fora "A 36° Câmara de Shaolin" nenhum chegou perto. As cores, experimentos de câmera, história simples mas cheia de mitologia... Tudo aqui ta no ponto!
Um dos mockumentaries mais legais que já assisti! Sou fascinado tanto por cryptozoologia (por mais besta que possa ser) e por Werner Herzog. E esse filme, por mais que se preocupe mais em ser uma comédia que satiriza a carreira do Herzog e documentários sensacionalistas, ainda consegue achar tempo pra de fato discutir os temas que o Herzog realmente discutiria caso fosse fazer um documentário sobre cryptos. Como ele explica no início, o mais fascinante sobre essas criaturas não é a possibilidade de sua existência, mas como essas lendas se relacionam com a vida de uma comunidade e tem o poder de cativar o imaginário popular em tamanha escala.
Por mais clássico que esse filme seja, e a denúncia ainda tão relevante que ele faz, eu sinto que já estamos preparados pra discutir mais profundamente o quão ético (ou não-ético) são produções como esta, que usaram de pessoas reais (não meros atores) que viviam nas condições que acompanhamos no filme, sendo colocadas pra reviver momentos que possivelmente passaram na vida real (desde estupro, tortura até uso de drogas) sem terem algum tipo de ajuda real por parte dos produtores para que, ao menos ao participarem do filme, pudessem sair dessas condições terríveis que viviam após a produção do filme. Ainda mais se tratando de menores de idade.
Esses problemas pra mim tornam esse filme particularmente difícil de assistir...
Queria tanto dar uma nota mais positiva pra esse filme. Adoro os designs das criaturas e conceitos, além de efeitos práticos muito inventivos. Mas o tato dos diretores é derivativo de tudo que havia de mais tóxico e irresponsável nos filmes trash da década de 70. Já é difícil hoje em dia engolir essas problemáticas dos filmes da época, num filme de 2016 então...
O mais evidente desses problemas é a constante objetificação das mulheres mesmo em contextos de abuso, mas o mais imperdoável pra mim é a utilização do esteriótipo do "negro mágico" tantas vezes ao longo dos curtas. Em especial na história do lobisomem, há uma das cenas mais de mal gosto e intragáveis que eu já vi em qualquer filme. Quando aquele capanga vestido de guerreiro medieval mata o senhor negro, o filme retrata a cena como algo engraçado, extravagante e divertido (dentro do contexto de um terror trash, então é como se fosse uma cena do Ash em Evil Dead matando um dêmonio... Com a diferença de que aqui é um cara branco mutilando um senhor negro de forma totalmente gratuita e sem qualquer relação com o resto da história fora o escapismo de humor negro.)
Eu adoro cinema trash e humor negro quando bem utilizado, mas esse filme aqui é um ótimo exemplo de quanto tempo demorou para que fossemos críticos desse tipo de falta de tato na arte, e o quão intragáveis esse vícios se tornaram.
A história do mundo é marcado pela disputa egoísta de pequenos grupos com mais poder, lutando por seus próprios interesses enquanto no meio dessas guerras, quem realmente paga por tudo é o povo.
"A culpa não é do povo Antonio!"
Esse filme é perfeito em representar essa disputa e as cicatrizes que deixa. Os poderosos usando de toda força que podem para tirar tudo da terra e do povo, já pobre e destruído, que tem como única forma de sobrevivência criar fantasias e sonhos inalcançáveis, louvar santos e religiões para se confortaram de que um dia os ricos pegarão pelos males que causam no mundo. Do outro lado o povo em busca de vingança acaba caindo nos vícios do inimigo e causando ainda mais mal a quem fica perdido entre os extremos, Manoel tenta a todo custo se manter no meio, lutando contra a tirania dos poderosos mas agarrado a sua fé e desafiando o vingativo Corisco.
Quando esse sofrimento vai acabar? Isso fica aberto pra interpretação, mas acredito que a mensagem é que o povo precisa largar das ideias de intervenção divina e justiça no pós-vida e reinvindicar a terra agora, já que essa terra é deles, nem do Deus e nem do Diabo.
"A Voz Suprema do Blues" é, felizmente, td oq estavam falando q era. Um puta soco no estômago na temática de apropriação cultural e racismo na indústria fonográfica, além da maior e mais incrível atuação q o Chadwick Boseman entregou na vida. Descanse em paz mestre, e obrigado <3
A obra audiovisual de Star Wars mais focada em explorar simplesmente o quão fodão os jedis podem ser huahauua. O Tartakovsky parece uma criança brincando de jedi com seus bonecos. Diversão sem fim, mas com um toque especial de alma, tensão e charme característico do Genndy.
Apesar de ainda se manter a melhor série de super-heróis que já vi, essa temporada foi bem decepcionante. Essa mania q toda série de TV tem de ter que ser grandiosa o tempo todo e sempre ter algo emocional ou de ação acontecendo, acaba não sobrando tempo pros personagens respirarem e vc simplesmente ver eles curtindo a presença um do outro. Sempre tem q ter algo gigante acontecendo, e com isso a série tbm fica muito repetitiva e os momentos q eram pra ser especiais vão ficando banalizados.
Além disso essa temporada evidenciou um grande problema da série que foi a ideia de dar um pulo de 30 anos no tempo logo no piloto, oq deixou uma lacuna enorme de desenvolvimento de personagem q eles ficam tentando preencher com flashbacks intermináveis.
Diferente da 1° temporada que as mudanças da HQ pra série eram bem inventivas e ajudavam a por a trama numa linha + coerente pro formato de TV, na 2° tds as mudanças deixaram a parada muito inferior. Desperdiçam vilões e arcos fodas em episódios que são totalmente filler. Tipo o do Red Jack, aquele episódio joga no lixo o personagem sem pudor. O Candlemaker perdeu mt da ameaça que ele tem nas hqs, juntam uns 3 arcos por episódio, fica tudo apressado e sem peso. E os momentos bizarros aqui não são mais engraçados e orgânicos, parecem mais desespero dos produtores em fazer algo bizarro pra galera falar "Nossa, SO RANDOM!". Tipo o episódio dos Sexmen, q é engraçado mas tira o peso dramático do arco da rua Danny.
Uma das melhores temporadas que já vi de qualquer coisa! Irreverente, sem medo de adaptar as bizarrices da fase brilhante do Grant Morrison nas HQ's (um dos meus quadrinhos favoritos da vida representado aqui com total dignidade!).
Grandes atuações e tramas muito mais focadas na introspecção e mentalidade dos personagens do que qualquer outra coisa. Além é claro da inventividade sem fim de cada episódio. O único problema aqui foi a ideia de dar um salto de tantas décadas na vida dos personagens. Isso criou uma lacuna de desenvolvimento de personagem indispensável, em consequência a isso a série depende de constantes flash backs e retcoms pra fazer com que a trama fique coerente.
Mas esse problema só gera problemas reais na segunda temporada, nessa aqui esse problema é ofuscado pela genialidade criativa de cada episódio.
Pelo conceito do filme e os atores envolvidos poderia ser tão melhor. Parece que os roteiristas deixaram todo o cargo da ´"comédia" que o filme supostamente é nas costas dos atores e nem se esforçaram em escrever cenas genuinamente engraçadas. Se não fosse pelo Murphy principalmente esse filme seria totalmente ignorado pela história, mesmo tendo o Landis na direção que costuma acertar.
O filme se vende como uma trasheira mas ta mais próximo de um drama e thriller familiar na pegada dos irmãos Coen. Eu entendo como isso pode ser frustrante pra alguns, mas pra mim foi maravilhoso. Especialmente pela atuação do Gibson que há tempos não se dedicava tanto numa performance.
Heavy Traffic
3.3 5O que o Ralph Bakshi tem de estilo ele tem de insuportável...
Heróis Muito Loucos
2.9 81 Assista AgoraEsse filme tava muito a frente de seu tempo. Tirando alguns tipos de piadas datados típicos dos anos 90/2000, é uma sátira brilhante tanto do que eram super heróis pra época, quanto uma grande previsão do que eles acabariam se tornando no futuro do entretenimento. Vejam o meu vídeo analisando mais a frente o filme no meu canal >>>> Balcão Pop <<<<<
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KEsse filme talvez represente o marco inicial daquilo que chamamos hoje de "pós-horror". Num roteiro sagaz e criativo, o filme parece satirizar e desconstruir todos os principais subgêneros de horror, e ao final do longa os destrói num show de horrores divertido e irreverente. A mensagem que fica ao final de assistir essa pérola dos anos de 2010 é "Ok, acho que tudo que poderia ser tirado do estilo antigo de se fazer filmes de terror se esgotou. Pra onde vamos agora?"
Desde então os filmes de horror se tornaram (em grande parte) bem mais sofisticados e menos presos a antigos tropes narrativos e esteriótipos problemáticos. E sinto que esse filme foi o grande marco involuntário dessa guinada criativa.
Passageiro Acidental
2.7 277Sou totalmente paga pau do primeiro filme do Joe Penna (Artico), então uma parte de mim quer chamar "Passageiro Acidental" de obra prima da ficção científica moderna, com uma história intimista que trabalha ao redor de uma premissa simples que lida com ética e humanidade, numa forma parecida com a de "12 homens e uma sentença", num lugar fechado e poucos personagens num show de interpretações fortes.
Mas outra parte de mim aponta o quão desperdiçado foi o potencial enorme desse filme. Diálogos muito fracos e que não aproveitam toda a real gravidade e temáticas que a trama oferece. Uma pena...
Southland Tales: O Fim do Mundo
2.2 168Esse é um daqueles filmes tão bizarros e únicos, que eu não consigo não sentir ao menos um certo fascínio. Em alguns momentos me senti vendo um clipe dos anos 2000, em outros uma adaptação de "Os invisíveis" de Grant Morrison, em outros só uma peça trash constrangedora. Seja como for, é uma experiência como poucas. Diria até que é a grande obra prima do Richard Kelly.
O Fada do Dente
2.6 659Taí um filme muito subestimado apenas por ser infantil. Filmes infantis em live action sempre são muito hostilizados, muitas vezes com razão, mas esse aqui é um dos melhores exemplos que consigo lembrar, especialmente dos anos 2000.
É um filme genuinamente engraçado, com um conceito de universo fantástico, com várias piadas que apenas adultos entendem (o que é sempre um sinal de filme que não subestima a capacidade das crianças), pequenos momentos brilhantes como a sequência do criador de bugigangas de fada alá Q do 007, ou do Seth McFarlene como traficante de pó mágico. A mensagem final do filme é meio piegas e no geral força muito a suspensão de descrença, mas ainda é um belo ensinamento sobre pq não desistir dos seus sonhos mesmo que você saiba o quão impossível ele deve ser no grande esquema do universo.
Bem-Vindo à Selva
2.9 266 Assista AgoraTa aqui um filme que eu acho verdadeiramente sensacional! Pra mim é fácil um dos melhores filmes de ação dos anos 2000. Não só as cenas de luta e tiroteio são brilhantemente coreografadas e completamente exageradas da melhor forma possível, como há um forte subtexto político anti-colonialista na história que dificilmente vemos em filmes do gênero, especialmente norte americanos.
Christopher Walken é um dos atores mais icônicos e intensos da história, e aqui ele ta repleto de momentos fortes e monólogos de vilão que tornam ele igualmente ameaçador e engraçado. Um dos personagens mais interessantes que o The Rock já fez no gênero. O filme também não tem medo de ser brincar com o ridículo e tem cenas psicodélicos que tornam tudo ainda mais divertido e único.
O Escorpião Rei
2.7 447 Assista AgoraAcho um filme injustiçado na real. É um dos filmes de ação dos anos 2000 com mais cenas icônicas, personagens memoráveis e ótimo background mitológico. Tem um feeling de alguns dos melhores filmes de ação dos anos 80, coisa que os anos 2000 penou muito,
A Paixão de Cristo
3.7 1,2K Assista AgoraEu gosto muito da parte técnica do filme e o quão imersivo ele consegue ser, em alguns momentos eu quase me senti vendo gravações reais da época (caso isso fosse possível). Por outro lado, este filme é a representação perfeita de tudo o que há de errado com a maior parte dos grupos cristãos hoje em dia.
Vêem Jesus como esse homem martirizado e esvaziam desse símbolo toda a profundidade de sua mensagem, num roteiro pobre e simplificado que se contenta em alternar entre uma espécie de "melhores e mais famosos momentos de Jesus" com imagens chocantes e gráficas que servem justamente pra tentar converter pessoas pelo desespero e brutalidade do que por valores humanos e espirituais.
É exatamente como reacionários enxergam e lidam com sua própria crença. Sem ligar pros ensinamentos, obcecados pela violência e cheios de preconceito (evidente em coisas como o retrato do dêmonio como um ser hermafrodito com uma criança deformada, além das inúmeras cenas antisemitas e que passam pano pros romanos).
Creep
3.1 507 Assista AgoraServe mais como um experimento do quão simples um filme pode ser e ainda funcionar, do que de fato uma obra relevante de terror moderno. Recomendo mais pra cineastas independentes do que espectadores querendo se divertir.
A Garota que Conquistou o Tempo
4.1 320No começo do filme eu não tava entendendo muito bem. No final parecia que tava no começo.
(Brincadeiras a parte, eu sinto que existe uma excelente animação e filosofia perdida no meio desse filme. Mas a superfície dele é tão bagunçada e sem foco que falta incentivo o suficiente pra me fazer procurar)
Os Irmãos Willoughbys
3.5 154 Assista AgoraUma das animações mainstream mais criativas e únicas dos últimos anos. A história está sempre adentrando novos caminhos que você não espera, uma aventura cheia de surpresas e com um tempero de humor negro que causa um desconforto mas sem nunca perder o charme e jovialidade.
On-Gaku: Our Sound
4.0 6Uma das animações mais únicas que já vi. A poesia, simplicidade e nonsense se alternam de forma tão natural e lúdica, quase como um sonho de pré-adolescência materializado em audiovisual,
O Super Dragão Chinês
3.5 12 Assista AgoraTalvez o filme que vi em 2021 que mais me impactou. Isso aqui é cinema de artes marciais em seu pico! Um dos melhores filmes de ação que já vi, não sei como não é mais comentado por aí. Iniciou um vicio meu em filmes do gênero mas fora "A 36° Câmara de Shaolin" nenhum chegou perto. As cores, experimentos de câmera, história simples mas cheia de mitologia... Tudo aqui ta no ponto!
Incidente em Loch Ness
3.3 8 Assista AgoraUm dos mockumentaries mais legais que já assisti! Sou fascinado tanto por cryptozoologia (por mais besta que possa ser) e por Werner Herzog. E esse filme, por mais que se preocupe mais em ser uma comédia que satiriza a carreira do Herzog e documentários sensacionalistas, ainda consegue achar tempo pra de fato discutir os temas que o Herzog realmente discutiria caso fosse fazer um documentário sobre cryptos. Como ele explica no início, o mais fascinante sobre essas criaturas não é a possibilidade de sua existência, mas como essas lendas se relacionam com a vida de uma comunidade e tem o poder de cativar o imaginário popular em tamanha escala.
Pixote: A Lei do Mais Fraco
4.0 450Por mais clássico que esse filme seja, e a denúncia ainda tão relevante que ele faz, eu sinto que já estamos preparados pra discutir mais profundamente o quão ético (ou não-ético) são produções como esta, que usaram de pessoas reais (não meros atores) que viviam nas condições que acompanhamos no filme, sendo colocadas pra reviver momentos que possivelmente passaram na vida real (desde estupro, tortura até uso de drogas) sem terem algum tipo de ajuda real por parte dos produtores para que, ao menos ao participarem do filme, pudessem sair dessas condições terríveis que viviam após a produção do filme. Ainda mais se tratando de menores de idade.
Esses problemas pra mim tornam esse filme particularmente difícil de assistir...
As Fábulas Negras
3.4 61 Assista AgoraQueria tanto dar uma nota mais positiva pra esse filme. Adoro os designs das criaturas e conceitos, além de efeitos práticos muito inventivos. Mas o tato dos diretores é derivativo de tudo que havia de mais tóxico e irresponsável nos filmes trash da década de 70. Já é difícil hoje em dia engolir essas problemáticas dos filmes da época, num filme de 2016 então...
O mais evidente desses problemas é a constante objetificação das mulheres mesmo em contextos de abuso, mas o mais imperdoável pra mim é a utilização do esteriótipo do "negro mágico" tantas vezes ao longo dos curtas. Em especial na história do lobisomem, há uma das cenas mais de mal gosto e intragáveis que eu já vi em qualquer filme. Quando aquele capanga vestido de guerreiro medieval mata o senhor negro, o filme retrata a cena como algo engraçado, extravagante e divertido (dentro do contexto de um terror trash, então é como se fosse uma cena do Ash em Evil Dead matando um dêmonio... Com a diferença de que aqui é um cara branco mutilando um senhor negro de forma totalmente gratuita e sem qualquer relação com o resto da história fora o escapismo de humor negro.)
Eu adoro cinema trash e humor negro quando bem utilizado, mas esse filme aqui é um ótimo exemplo de quanto tempo demorou para que fossemos críticos desse tipo de falta de tato na arte, e o quão intragáveis esse vícios se tornaram.
Deus e o Diabo na Terra do Sol
4.1 430 Assista Agora"A terra é do homem, não é de Deus nem do Diabo"
A história do mundo é marcado pela disputa egoísta de pequenos grupos com mais poder, lutando por seus próprios interesses enquanto no meio dessas guerras, quem realmente paga por tudo é o povo.
"A culpa não é do povo Antonio!"
Esse filme é perfeito em representar essa disputa e as cicatrizes que deixa. Os poderosos usando de toda força que podem para tirar tudo da terra e do povo, já pobre e destruído, que tem como única forma de sobrevivência criar fantasias e sonhos inalcançáveis, louvar santos e religiões para se confortaram de que um dia os ricos pegarão pelos males que causam no mundo. Do outro lado o povo em busca de vingança acaba caindo nos vícios do inimigo e causando ainda mais mal a quem fica perdido entre os extremos, Manoel tenta a todo custo se manter no meio, lutando contra a tirania dos poderosos mas agarrado a sua fé e desafiando o vingativo Corisco.
Quando esse sofrimento vai acabar? Isso fica aberto pra interpretação, mas acredito que a mensagem é que o povo precisa largar das ideias de intervenção divina e justiça no pós-vida e reinvindicar a terra agora, já que essa terra é deles, nem do Deus e nem do Diabo.
A Voz Suprema do Blues
3.5 541 Assista Agora"A Voz Suprema do Blues" é, felizmente, td oq estavam falando q era. Um puta soco no estômago na temática de apropriação cultural e racismo na indústria fonográfica, além da maior e mais incrível atuação q o Chadwick Boseman entregou na vida. Descanse em paz mestre, e obrigado <3
Star Wars: Guerras Clônicas (1ª Temporada)
4.0 26A obra audiovisual de Star Wars mais focada em explorar simplesmente o quão fodão os jedis podem ser huahauua. O Tartakovsky parece uma criança brincando de jedi com seus bonecos. Diversão sem fim, mas com um toque especial de alma, tensão e charme característico do Genndy.
Patrulha do Destino (2ª Temporada)
4.1 42Apesar de ainda se manter a melhor série de super-heróis que já vi, essa temporada foi bem decepcionante. Essa mania q toda série de TV tem de ter que ser grandiosa o tempo todo e sempre ter algo emocional ou de ação acontecendo, acaba não sobrando tempo pros personagens respirarem e vc simplesmente ver eles curtindo a presença um do outro. Sempre tem q ter algo gigante acontecendo, e com isso a série tbm fica muito repetitiva e os momentos q eram pra ser especiais vão ficando banalizados.
Além disso essa temporada evidenciou um grande problema da série que foi a ideia de dar um pulo de 30 anos no tempo logo no piloto, oq deixou uma lacuna enorme de desenvolvimento de personagem q eles ficam tentando preencher com flashbacks intermináveis.
Diferente da 1° temporada que as mudanças da HQ pra série eram bem inventivas e ajudavam a por a trama numa linha + coerente pro formato de TV, na 2° tds as mudanças deixaram a parada muito inferior. Desperdiçam vilões e arcos fodas em episódios que são totalmente filler. Tipo o do Red Jack, aquele episódio joga no lixo o personagem sem pudor. O Candlemaker perdeu mt da ameaça que ele tem nas hqs, juntam uns 3 arcos por episódio, fica tudo apressado e sem peso. E os momentos bizarros aqui não são mais engraçados e orgânicos, parecem mais desespero dos produtores em fazer algo bizarro pra galera falar "Nossa, SO RANDOM!". Tipo o episódio dos Sexmen, q é engraçado mas tira o peso dramático do arco da rua Danny.
Patrulha do Destino (1ª Temporada)
4.2 156Uma das melhores temporadas que já vi de qualquer coisa! Irreverente, sem medo de adaptar as bizarrices da fase brilhante do Grant Morrison nas HQ's (um dos meus quadrinhos favoritos da vida representado aqui com total dignidade!).
Grandes atuações e tramas muito mais focadas na introspecção e mentalidade dos personagens do que qualquer outra coisa. Além é claro da inventividade sem fim de cada episódio. O único problema aqui foi a ideia de dar um salto de tantas décadas na vida dos personagens. Isso criou uma lacuna de desenvolvimento de personagem indispensável, em consequência a isso a série depende de constantes flash backs e retcoms pra fazer com que a trama fique coerente.
Mas esse problema só gera problemas reais na segunda temporada, nessa aqui esse problema é ofuscado pela genialidade criativa de cada episódio.
Trocando as Bolas
3.5 203 Assista AgoraPelo conceito do filme e os atores envolvidos poderia ser tão melhor. Parece que os roteiristas deixaram todo o cargo da ´"comédia" que o filme supostamente é nas costas dos atores e nem se esforçaram em escrever cenas genuinamente engraçadas. Se não fosse pelo Murphy principalmente esse filme seria totalmente ignorado pela história, mesmo tendo o Landis na direção que costuma acertar.
Entre Armas e Brinquedos
2.7 51O filme se vende como uma trasheira mas ta mais próximo de um drama e thriller familiar na pegada dos irmãos Coen. Eu entendo como isso pode ser frustrante pra alguns, mas pra mim foi maravilhoso. Especialmente pela atuação do Gibson que há tempos não se dedicava tanto numa performance.