É incrível como o filme cria um choque entre três perspectivas diferentes. A melancolia de Philip frente a um mundo cada vez mais vazio de significados (de certa forma oriundo de um realismo capitalista), a pureza de Alice com sua sensibilidade, e o mundo do movimento, as cidades, transeuntes, objetos e hotéis. Tudo entra nesse conflito na narrativa e o que resulta disso é uma atmosfera dicotômica, uma mistura de tristezas e pequenas felicidades. Por fim, a maravilhosa Sibylle Baier cantando! Que filme!
Para mim, se trata de uma exploração dos labirintos oníricos da rememoração humana. Vai além de pura organização "cartesiana". São experimentações oníricas e sensoriais que embaralham as claras distinções entre realidade e ficção que criamos para nós. É um gênero que, ao adentrar na intensidade temporal da memória, reintroduz limiares indecisos e matrizes de tempos que podem ou não terem existidos. É um filme que mostra esse território indeterminado do sonho, da vigília ; um território do intermediário, da suspensão e hesitação.
A loucura tem uma força primitiva de revelação: revelação de que o onírico é real, de que a delgada superfície da ilusão se abre sobre uma profundeza irrecusável, e que o brilho instantâneo da imagem deixa o mundo às voltas com figuras inquietantes que se eternizam na noite. A trama demonstra que os loucos tem um saber - um saber proibido - uma tentação ao desejo e que a existência humana tem esse fim sem escapes possíveis.
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Alice nas Cidades
4.3 96 Assista AgoraÉ incrível como o filme cria um choque entre três perspectivas diferentes. A melancolia de Philip frente a um mundo cada vez mais vazio de significados (de certa forma oriundo de um realismo capitalista), a pureza de Alice com sua sensibilidade, e o mundo do movimento, as cidades, transeuntes, objetos e hotéis. Tudo entra nesse conflito na narrativa e o que resulta disso é uma atmosfera dicotômica, uma mistura de tristezas e pequenas felicidades. Por fim, a maravilhosa Sibylle Baier cantando! Que filme!
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraPara mim, se trata de uma exploração dos labirintos oníricos da rememoração humana. Vai além de pura organização "cartesiana". São experimentações oníricas e sensoriais que embaralham as claras distinções entre realidade e ficção que criamos para nós. É um gênero que, ao adentrar na intensidade temporal da memória, reintroduz limiares indecisos e matrizes de tempos que podem ou não terem existidos. É um filme que mostra esse território indeterminado do sonho, da vigília ; um território do intermediário, da suspensão e hesitação.
Último Tango em Paris
3.5 569Sempre achei esse filme nojento.
Um Estranho no Ninho
4.4 1,8K Assista AgoraA loucura tem uma força primitiva de revelação: revelação de que o onírico é real, de que a delgada superfície da ilusão se abre sobre uma profundeza irrecusável, e que o brilho instantâneo da imagem deixa o mundo às voltas com figuras inquietantes que se eternizam na noite. A trama demonstra que os loucos tem um saber - um saber proibido - uma tentação ao desejo e que a existência humana tem esse fim sem escapes possíveis.