Jarmusch não precisou trazer muitas falas para traduzir em um filme o desânimo de uma pessoa em viver uma vida a qual ela não se encaixa e se sente despertencente. O filme tem muita força e não traz qualquer mensagem otimista em seu contexto, mesmo não se tratando de um filme fossa deprê como muitos outros que tentam trilhar esse caminho.
Uma impressionante estreia de um diretor impressionante!
Possivelmente a mais monótona de todas as temporadas até então. Não acrescentou muita coisa e parece que não engrenou, sem nenhum episódio de destaque.
São os filhos abandonados que obrigatoriamente entrariam em um mundo das drogas e álcool, usarem de violência física para retaliar sua mãe.
Mesmo o fato da mãe que buscou um embranquecimento para se sobresair socialmente foi pessimamente explorado de uma forma simplória que se resume apenas a uma pífia cena introdutória no filme. O desenvolvimento dos personagens beirou o amadorismo em um envolvimento extremamente preguiçoso por parte dos atores. É provável que a falta de experiência da direção tenha algo que ver nesses pontos, espero que algo mais profícuo se densenvolva a partir dessa experiência que foi desperdiçada, pois percebe-se que houveram excelentes premissas aí.
Realidade nua e crua de uma sociedade conservadora onde todos já tem que se virar desde muito cedo não tendo nem conhecimento do que de fato é ser criança. As cenas iniciais já te dão uma porrada na cara dizendo ao que o filme veio.
O roteiro é excelente e agregaria demais na filmografia do Haneke, contudo a montagem tornou-o extremamente desinteressante e, ao seu término, dá aquela sensação clara de que o filme foi incompetente na sua proposta. Um verdadeiro desperdício, mas não de tempo, e sim de oportunidade, pois as retratações ao racismo e à xenofobia estão lá escancaradas, prontas a serem exploradas.
Pode não ser um 70s Show, mas é um 90s Show muito digno. Eu creio que foi uma série tão importante que seria muito triste não ter uma retomada. Fico muito feliz que ainda encontraram um elenco passado ainda muito disposto a participar desse retorno, ainda mais no que concerne ao Kurtwood e Debra, ambos na casa dos 70 (e nem parece!). Se vai realmente ser possível fazer uma 2a temporada, ainda não sabemos, mas é de muita satisfação que temos em mãos o que foi entregue nesse momento.
Filme que há muito tempo já merecia uma revisita de minha parte. Aproveitando que, por um acaso, ele foi inserido no catálogo da NF, chegou esse momento. Trata-se de um filme que minha memória afetiva de adolescente traziam mais boas lembranças do que ele de fato pode proporcionar. Na carona dos grandes filmes de máfia que a época pós-Poderoso Chefão ainda proporcionava, Intocáveis constatemente figura o topo das listas de filmes do gênero. Após reassistí-lo, vejo que mais se trata de uma aventura super produzida sob o renome de um dos gangsters mais famosos da história do que necessariamente um grande clássico. Ok, não é de se jogar o status do filme no vinagre, ele é realmente um grande filme, mas um tanto superestimado, coisa que venho constatando com frequência conforme vou revendo filmes do De Palma. Ele força demais certas situações para construir grandes cenas, não se fazendo de forma orgânica. Além do mais, o tom heroico constante do filme chega a ser irritante, desperdiçando por muiitas vezes o talento irrevogável de Morricone para reforçar cenas fortes por meio de sua soberba trilha sonora. Há de se ressaltar que, no geral, os atores presentes entregaram grandes atuações, incluindo um novato Kevin Costner em um papel completamente fora de sua zona de conforto e um mais novato ainda Andy Garcia que viria a brirlhar futuramente em uma terceira parte do Poderoso Chefão.
Com a oportunidade que a NF proporcionou de revisitar inserindo esse clássico em seu catálogo, não poderia deixar passar.
Reassistir uma pancada dessa, especialmente quando você se lembra bem que é uma pancada, não faz o efeito amenizar para esse caso. Expresso da Meia noite impressiona por uma solidez gigantesca e uma vivacidade sem tamanho que transporta o espectador para dentro de uma angústia inexpressiva. Mesmo se tratando de uma obra estadunidense, os realizadores tiveram muita destreza em conduzi-lo na alternância real das linguagens, sem aquele antigo vício de homogeinizar uma narrativa apenas no inglês, consolidando ainda mais uma característica fidedigna para a narrativa.
Quem diria! A temporada da 1a pra 2a temporada melhorou bastante. Deixaram de lado o romancezinho desinteressante com a Sigrid que estabeleceu a 1a e realmente se firmou nas atividades do mafioso. É verdade que mais parece que mal existe um departamento de polícia nessa cidade, mas deixa quieto, né. Para fins de entretenimento está de bom tamanho. Adorei as homenagens ao Família Soprano do último episódio! Talvez o melhor episódio da série.
Mesmo tendo gostado muito na época do lançamento, foi um filme que pouco refleti e acabei esquecendo com o tempo. Tendo em vista que é um dos meus diretores favoritos, já estava mais do que na hora de revê-lo. Sem dúvida nenhuma um grande filme! Uma obra poderosa! Da época mais recente, é provável que tenha sido uma de suas maiores realizações.
Sem muitas cerimônias, Cronenberg se propõe a desvelar a indústria do cinema hollywoodiano pontuando toda sua falta de caráter, empatia e predominância de uma brutal falsidade. Seus consequentes traumas também ficam muito caracterizados. Ver uma cerimônia do Oscar depois desse filme nunca mais seria a mesma coisa! Creio que deva ter chocalhado muitas "amizades".
A proposta é ótima, caráter intimista, câmeras nos mais diferentes estilos, altos efeitos estéticos. Contudo, creio que exista duas formas de assistir esse filme: como filho (talvez o intuito dele) e como pai. Fui assisti-lo da segunda maneira, e de fato o filme não me pegou como deveria.
uma angústia tremenda de uma pessoa que, aparentemente, já havia entregado os pontos por sua solidão perpétua.
Minha relação com meu pai também teve essas similaridades, um afastamento constante entremeado por alguns períodos de pequena proximidade. Mesmo assim, talvez o filme não tenha chegado em mim por já estar com a cabeça em outras prioridades. Uma pena, pois queria ter sentido isso que quase todo mundo sentiu ao assisti-lo.
Lav Diaz é notoriamente conhecido por seu cinema contestador em terras filipinas. Crítico em todas as formas das desigualdades sociais de seu país e um consquente flagelo assolado por um esquecimento e descaso das comunidades internacionais atrelado a um regime ditarorial que colocou seu povo em um estado constante de penúria. Esta obra parece trazer algo diferente, mas se olhado a fundo, nem tanto.
A saga aborda sua personagem central, Florentina, uma jovem que constantemente sobre os abusos de seu pai, um bêbado que demonstra uma personalidade da maior perversidade possível. O desenrolar agrega Hector, um camponês que recebe parentes afastados já há algum tempo. Como todas as longas tramas do diretor, não se faz possível traçar com precisão quem é quem e o porquê de suas histórias estarem sendo cruzadas (Evolução de uma Família Filipina é um dos maiores exemplos desse tipo de construção), contudo, é de uma satisfação impressionante quando com muita primazia o corpo da trama ganha forma e começamos a entender seus desfechos que usualmente se fazem em uma espécie de vortex, onde o espectador vai sendo envolvido e, sem perceber, se encontra em um funil.
As simbologias são poucas, mas são importantíssimas. As entediantes cenas dos familiares cavando um buraco dia e noite representam a inocente esperança de sair de uma realidade implacável e cruel, mesmo que isso custe passar fome, se enfiar na lama até enlouquecer. Hector é um personagem que serve também como narrador (antes mesmo dele ser apresentado) e até 4 horas de filme parece insignificante, no entanto, é um pilar da narrativa. Ele representaria a segurança, um sujeito que une a comunidade e se dispõe a transpor as adversidades, ainda que ele também se encontre em uma realidade extremamente desesperançosa e depressiva. Os bonecos gigantes apareceram somente à Florentina, e em uma cena em específico as realidades dela criança e adulta se misturem. Creio que aí fique a dica de que se trata de algo que ela presenciou ainda em sua infância na cidade grande (ao que vi, Antipolo se trata de uma cidade com quase 1 milhão de habitantes). Possivelmente, foi algo que a marcou muito e essa imagem lhe traz segurança e conforto. Dessa maneira, a partir do momento que se iniciaram os traumas com seu pai, ela buscava essas imagens na esperança de ser confortada e até mesmo socorrida por eles. Não obstante, é tecnicamente brilhante a atuação de Hazel Orencio nestes momentos. A quebra parcial da quarta-parede traz consigo um apelo ativo da busca de ajuda não só aos bonecos, que na realidade são inexistentes, e se estende ao próprio espectador!
De um modo geral eu achei um filme fácil de se assistir do diretor, talvez dos mais acessíveis, mas vejo que a sua profundidade não para apenas por aí. Apesar de eu considerar Lav Diaz um especialista em retratar o sofrimento individual de um sujeito, ele igualmente o é, como dito anterirlmente, também um ferrenho militante dos direitos humanos de seu povo. Florentina Hubaldo é um filme que retrata o sofrimento de uma mulher em uma sociedade bruta e desigual. Uma sociedade sem direitos e sem resguardo. Em minha opinião, Lav Diaz amplifica essa análise em um âmbito social completo, onde o povo filipino, tal como a personagem central, prossegue à míngua e busca desesperadamente por sua liberdade, mas não sem que sofra todas as sequelas de seus traumas passados.
Até então, trata-se de uma série caricata e lá sem muito esmero. Adorei o Steve Van Zandt no Sopranos e por ele e por se tratar de um misto de comédia, eu topei de acompanhar. Não me arrependi, a primeira temporada foi satisfatória, mas confesso que espero que alguma coisinha aqui e ali tenha sido um pouquinho mais caprichada nas duas próximas temporadas.
Eu acho que a nuance que toca a relação da morte dentre os vivos é a característica marcante desse filme, acima até das disparidades abordadas entre o rural e o urbano, esse último caracterizado pela personagem de Shirley. Por sua vez, Jeison acaba sendo a âncora dessa trama, a qual sutilmente transita em direção a ele. Mascaro levanta pontos interessantes para o filme, mas não decola. Trata-se de mais um filme que agrada no momento de assistir, mas que facilmente já se identifica que em pouco tempo já não será mais lembrado.
Primeiro filme que realmente me dececpcionei com o Fassbinder. Tava até que tudo muito bem, suas críticas pontuais à classe média aspirando ascenção, o puxa saco do chefe, a mulher cocota sustentada pelo marido, o filho único mimado que dá problema na escola etc. etc.
Nada muito atrativo cozinhado num ritmo morno até a derradeira sequência final, essa repugnante e que tratou de estragar de vez o filme para mim. Uma ruptura, é verdade, mas matar o filho e a mulher de forma tão gratuita para mim foi grostesco!
Muito interessante a proposta de uma minissérie elaborada e dirigida por Varda intentando em discorrer sobre os mais diversos assuntos e comparecendo em inúmeros lugares. Conta com uma visita interessante no Brasil (Fortaleza e Rio), contudo percebe-se nichado, pois a maioria dos entrevistados sabe falar um mínimo de francês - logo se constata que os mesmos foram escolhidos por esse mérito, e não por outros, necessariamente. De toda maneira, Varda, como na maioria das vezes, cumpre com o pressuposto de fazer o corriqueiro e banal da vida se fazer relevante e instigante.
Drama que retrata o desejo em contrapartida à amizade de dois colegas de faculdade que aparentemente perdura para a vida, pois o mesmo é articulado até a fase que ambos estão na casa dos 40 anos de idade. Particularmente eu o considerei enfadonho e e superficial, ainda que eu tenha constatado semelhanças de comportamento com um amigo talarico que mantenho amizade até hoje, por sinal. Mesmo assim, traduz um universo meramente masculino, machista e fetichizado que considero ultrapassado e pouquíssimo relevante em nossa sociedade atual. Se teve relevância em algum momento antigamente, hoje não passa de um fóssil cinematográfico. Fraco!
A soma de ser excêntrico + ter dinheiro e uma obsessão. Acho que por vezes a genialidade da Varda nos força a botar pilha em coisas que não necessariamente tem tanto apelo assim. Realmente um dom da cineasta de permear a sensibilidade extrema dela em tudo que resolvia retratar.
Trata-se de um documentário vanguardista e não datado, ainda que já possua quase 60 anos! Pasolini se utiliza de uma metodologia muito bem delineada e embasada por meio de dialogar concomitantemente com especialistas da área, questionando-se frequentemente a respeito de seu método e roteiro. Contudo, creio que o grande defeito da obra seja o próprio Pasolini como entrevistador que não demonstra tato necessário para se fazer um intermediador de opiniões. Percebe-se nitidamente que, quando o entrevistado contraria suas opiniões, o mesmo força o questionamento ou põe a pessoa em dúvida sobre o que ele exprime. Dessa maneira, pode-se dizer que o resultudo da pesquisa, ao menos em parte, foi comprometida.
Quase que não vale comentar. Na verdade nem sei o que comentar. O filme é um catado de ideias que não se conversam e tenta conversar por meio de emendas que mais parecem ter sido improvisadas do que planejadas. Nicolas Cage ainda consegue trazer atuações decentes, mas por vezes a faz de forma tão dramática a fim de tentar tapear os furos de roteiro que adianta situações forçadas e enfadonhas. Nesse filme temos um monte delas! Não chega a ser uma pocaria completa, tem os seus momentos, mas não recomendo.
Férias Permanentes
3.6 57 Assista AgoraJarmusch não precisou trazer muitas falas para traduzir em um filme o desânimo de uma pessoa em viver uma vida a qual ela não se encaixa e se sente despertencente.
O filme tem muita força e não traz qualquer mensagem otimista em seu contexto, mesmo não se tratando de um filme fossa deprê como muitos outros que tentam trilhar esse caminho.
Uma impressionante estreia de um diretor impressionante!
Outlander (6ª Temporada)
3.8 34 Assista AgoraPossivelmente a mais monótona de todas as temporadas até então.
Não acrescentou muita coisa e parece que não engrenou, sem nenhum episódio de destaque.
Excluídos
2.6 170 Assista AgoraA proposta da inversão de papeis de gênero teria um potencial incível de engrandecer a obra, entretanto o filme entra em uma espiral de banalizações.
São os filhos abandonados que obrigatoriamente entrariam em um mundo das drogas e álcool, usarem de violência física para retaliar sua mãe.
Mesmo o fato da mãe que buscou um embranquecimento para se sobresair socialmente foi pessimamente explorado de uma forma simplória que se resume apenas a uma pífia cena introdutória no filme.
O desenvolvimento dos personagens beirou o amadorismo em um envolvimento extremamente preguiçoso por parte dos atores. É provável que a falta de experiência da direção tenha algo que ver nesses pontos, espero que algo mais profícuo se densenvolva a partir dessa experiência que foi desperdiçada, pois percebe-se que houveram excelentes premissas aí.
Tempo de Cavalos Bêbados
4.1 56 Assista AgoraRealidade nua e crua de uma sociedade conservadora onde todos já tem que se virar desde muito cedo não tendo nem conhecimento do que de fato é ser criança.
As cenas iniciais já te dão uma porrada na cara dizendo ao que o filme veio.
Código Desconhecido
3.7 79 Assista AgoraO roteiro é excelente e agregaria demais na filmografia do Haneke, contudo a montagem tornou-o extremamente desinteressante e, ao seu término, dá aquela sensação clara de que o filme foi incompetente na sua proposta.
Um verdadeiro desperdício, mas não de tempo, e sim de oportunidade, pois as retratações ao racismo e à xenofobia estão lá escancaradas, prontas a serem exploradas.
That '90s Show (1ª Temporada)
3.5 77Pode não ser um 70s Show, mas é um 90s Show muito digno.
Eu creio que foi uma série tão importante que seria muito triste não ter uma retomada.
Fico muito feliz que ainda encontraram um elenco passado ainda muito disposto a participar desse retorno, ainda mais no que concerne ao Kurtwood e Debra, ambos na casa dos 70 (e nem parece!).
Se vai realmente ser possível fazer uma 2a temporada, ainda não sabemos, mas é de muita satisfação que temos em mãos o que foi entregue nesse momento.
Gata Preta, Gato Branco
4.2 44Não consigo entender como um filme desse tem uma nota tão alta. Custoso demais chegar até o final dessa bagunça que sequer entendi qual a premissa.
Memória de um Crime
2.1 50 Assista AgoraFilme interessante. Tem bastante ação e um roteiro não pretencioso.
Conseguiu me prender do começo ao fim, é médio.
Os Intocáveis
4.2 841 Assista AgoraFilme que há muito tempo já merecia uma revisita de minha parte.
Aproveitando que, por um acaso, ele foi inserido no catálogo da NF, chegou esse momento.
Trata-se de um filme que minha memória afetiva de adolescente traziam mais boas lembranças do que ele de fato pode proporcionar.
Na carona dos grandes filmes de máfia que a época pós-Poderoso Chefão ainda proporcionava, Intocáveis constatemente figura o topo das listas de filmes do gênero.
Após reassistí-lo, vejo que mais se trata de uma aventura super produzida sob o renome de um dos gangsters mais famosos da história do que necessariamente um grande clássico.
Ok, não é de se jogar o status do filme no vinagre, ele é realmente um grande filme, mas um tanto superestimado, coisa que venho constatando com frequência conforme vou revendo filmes do De Palma.
Ele força demais certas situações para construir grandes cenas, não se fazendo de forma orgânica. Além do mais, o tom heroico constante do filme chega a ser irritante, desperdiçando por muiitas vezes o talento irrevogável de Morricone para reforçar cenas fortes por meio de sua soberba trilha sonora.
Há de se ressaltar que, no geral, os atores presentes entregaram grandes atuações, incluindo um novato Kevin Costner em um papel completamente fora de sua zona de conforto e um mais novato ainda Andy Garcia que viria a brirlhar futuramente em uma terceira parte do Poderoso Chefão.
O Expresso da Meia-Noite
4.1 476 Assista AgoraCom a oportunidade que a NF proporcionou de revisitar inserindo esse clássico em seu catálogo, não poderia deixar passar.
Reassistir uma pancada dessa, especialmente quando você se lembra bem que é uma pancada, não faz o efeito amenizar para esse caso.
Expresso da Meia noite impressiona por uma solidez gigantesca e uma vivacidade sem tamanho que transporta o espectador para dentro de uma angústia inexpressiva.
Mesmo se tratando de uma obra estadunidense, os realizadores tiveram muita destreza em conduzi-lo na alternância real das linguagens, sem aquele antigo vício de homogeinizar uma narrativa apenas no inglês, consolidando ainda mais uma característica fidedigna para a narrativa.
Esse filme é perfeito e eterno!
Lilyhammer (2ª Temporada)
4.3 20 Assista AgoraQuem diria! A temporada da 1a pra 2a temporada melhorou bastante.
Deixaram de lado o romancezinho desinteressante com a Sigrid que estabeleceu a 1a e realmente se firmou nas atividades do mafioso.
É verdade que mais parece que mal existe um departamento de polícia nessa cidade, mas deixa quieto, né. Para fins de entretenimento está de bom tamanho.
Adorei as homenagens ao Família Soprano do último episódio! Talvez o melhor episódio da série.
Mapas para as Estrelas
3.3 477 Assista AgoraMesmo tendo gostado muito na época do lançamento, foi um filme que pouco refleti e acabei esquecendo com o tempo.
Tendo em vista que é um dos meus diretores favoritos, já estava mais do que na hora de revê-lo.
Sem dúvida nenhuma um grande filme! Uma obra poderosa! Da época mais recente, é provável que tenha sido uma de suas maiores realizações.
Sem muitas cerimônias, Cronenberg se propõe a desvelar a indústria do cinema hollywoodiano pontuando toda sua falta de caráter, empatia e predominância de uma brutal falsidade. Seus consequentes traumas também ficam muito caracterizados. Ver uma cerimônia do Oscar depois desse filme nunca mais seria a mesma coisa!
Creio que deva ter chocalhado muitas "amizades".
Aftersun
4.1 711A proposta é ótima, caráter intimista, câmeras nos mais diferentes estilos, altos efeitos estéticos.
Contudo, creio que exista duas formas de assistir esse filme: como filho (talvez o intuito dele) e como pai. Fui assisti-lo da segunda maneira, e de fato o filme não me pegou como deveria.
Fiquei a todo momento imaginando que algo pesado fosse acontecer com a filha, no entanto tardiamente fui perceber que o foco mesmo era o pai.
Para mim foi um filme que ficou calcado em uma simples viagem de férias e demonstrou
uma angústia tremenda de uma pessoa que, aparentemente, já havia entregado os pontos por sua solidão perpétua.
Minha relação com meu pai também teve essas similaridades, um afastamento constante entremeado por alguns períodos de pequena proximidade. Mesmo assim, talvez o filme não tenha chegado em mim por já estar com a cabeça em outras prioridades. Uma pena, pois queria ter sentido isso que quase todo mundo sentiu ao assisti-lo.
Florentina Hubaldo, CTE
3.9 2 Assista AgoraLav Diaz é notoriamente conhecido por seu cinema contestador em terras filipinas. Crítico em todas as formas das desigualdades sociais de seu país e um consquente flagelo assolado por um esquecimento e descaso das comunidades internacionais atrelado a um regime ditarorial que colocou seu povo em um estado constante de penúria.
Esta obra parece trazer algo diferente, mas se olhado a fundo, nem tanto.
A saga aborda sua personagem central, Florentina, uma jovem que constantemente sobre os abusos de seu pai, um bêbado que demonstra uma personalidade da maior perversidade possível. O desenrolar agrega Hector, um camponês que recebe parentes afastados já há algum tempo.
Como todas as longas tramas do diretor, não se faz possível traçar com precisão quem é quem e o porquê de suas histórias estarem sendo cruzadas (Evolução de uma Família Filipina é um dos maiores exemplos desse tipo de construção), contudo, é de uma satisfação impressionante quando com muita primazia o corpo da trama ganha forma e começamos a entender seus desfechos que usualmente se fazem em uma espécie de vortex, onde o espectador vai sendo envolvido e, sem perceber, se encontra em um funil.
As simbologias são poucas, mas são importantíssimas. As entediantes cenas dos familiares cavando um buraco dia e noite representam a inocente esperança de sair de uma realidade implacável e cruel, mesmo que isso custe passar fome, se enfiar na lama até enlouquecer.
Hector é um personagem que serve também como narrador (antes mesmo dele ser apresentado) e até 4 horas de filme parece insignificante, no entanto, é um pilar da narrativa. Ele representaria a segurança, um sujeito que une a comunidade e se dispõe a transpor as adversidades, ainda que ele também se encontre em uma realidade extremamente desesperançosa e depressiva.
Os bonecos gigantes apareceram somente à Florentina, e em uma cena em específico as realidades dela criança e adulta se misturem. Creio que aí fique a dica de que se trata de algo que ela presenciou ainda em sua infância na cidade grande (ao que vi, Antipolo se trata de uma cidade com quase 1 milhão de habitantes). Possivelmente, foi algo que a marcou muito e essa imagem lhe traz segurança e conforto. Dessa maneira, a partir do momento que se iniciaram os traumas com seu pai, ela buscava essas imagens na esperança de ser confortada e até mesmo socorrida por eles. Não obstante, é tecnicamente brilhante a atuação de Hazel Orencio nestes momentos. A quebra parcial da quarta-parede traz consigo um apelo ativo da busca de ajuda não só aos bonecos, que na realidade são inexistentes, e se estende ao próprio espectador!
De um modo geral eu achei um filme fácil de se assistir do diretor, talvez dos mais acessíveis, mas vejo que a sua profundidade não para apenas por aí.
Apesar de eu considerar Lav Diaz um especialista em retratar o sofrimento individual de um sujeito, ele igualmente o é, como dito anterirlmente, também um ferrenho militante dos direitos humanos de seu povo. Florentina Hubaldo é um filme que retrata o sofrimento de uma mulher em uma sociedade bruta e desigual. Uma sociedade sem direitos e sem resguardo. Em minha opinião, Lav Diaz amplifica essa análise em um âmbito social completo, onde o povo filipino, tal como a personagem central, prossegue à míngua e busca desesperadamente por sua liberdade, mas não sem que sofra todas as sequelas de seus traumas passados.
Lilyhammer (1ª Temporada)
4.1 33 Assista AgoraAté então, trata-se de uma série caricata e lá sem muito esmero.
Adorei o Steve Van Zandt no Sopranos e por ele e por se tratar de um misto de comédia, eu topei de acompanhar.
Não me arrependi, a primeira temporada foi satisfatória, mas confesso que espero que alguma coisinha aqui e ali tenha sido um pouquinho mais caprichada nas duas próximas temporadas.
Ventos de Agosto
3.3 73 Assista AgoraEu acho que a nuance que toca a relação da morte dentre os vivos é a característica marcante desse filme, acima até das disparidades abordadas entre o rural e o urbano, esse último caracterizado pela personagem de Shirley.
Por sua vez, Jeison acaba sendo a âncora dessa trama, a qual sutilmente transita em direção a ele.
Mascaro levanta pontos interessantes para o filme, mas não decola. Trata-se de mais um filme que agrada no momento de assistir, mas que facilmente já se identifica que em pouco tempo já não será mais lembrado.
Por que Deu a Louca no Sr. R.?
3.5 20Primeiro filme que realmente me dececpcionei com o Fassbinder.
Tava até que tudo muito bem, suas críticas pontuais à classe média aspirando ascenção, o puxa saco do chefe, a mulher cocota sustentada pelo marido, o filho único mimado que dá problema na escola etc. etc.
Nada muito atrativo cozinhado num ritmo morno até a derradeira sequência final, essa repugnante e que tratou de estragar de vez o filme para mim.
Uma ruptura, é verdade, mas matar o filho e a mulher de forma tão gratuita para mim foi grostesco!
1899 (1ª Temporada)
3.6 394 Assista AgoraMas que série chata da bexiga! Não intriga em nenhum momento, absolutamente nada instigante, um sacrifício chegar até o fim disso aqui...
Agnes Varda: From Here to There
4.4 4 Assista AgoraMuito interessante a proposta de uma minissérie elaborada e dirigida por Varda intentando em discorrer sobre os mais diversos assuntos e comparecendo em inúmeros lugares.
Conta com uma visita interessante no Brasil (Fortaleza e Rio), contudo percebe-se nichado, pois a maioria dos entrevistados sabe falar um mínimo de francês - logo se constata que os mesmos foram escolhidos por esse mérito, e não por outros, necessariamente.
De toda maneira, Varda, como na maioria das vezes, cumpre com o pressuposto de fazer o corriqueiro e banal da vida se fazer relevante e instigante.
Ânsia de Amar
3.6 34Drama que retrata o desejo em contrapartida à amizade de dois colegas de faculdade que aparentemente perdura para a vida, pois o mesmo é articulado até a fase que ambos estão na casa dos 40 anos de idade.
Particularmente eu o considerei enfadonho e e superficial, ainda que eu tenha constatado semelhanças de comportamento com um amigo talarico que mantenho amizade até hoje, por sinal.
Mesmo assim, traduz um universo meramente masculino, machista e fetichizado que considero ultrapassado e pouquíssimo relevante em nossa sociedade atual.
Se teve relevância em algum momento antigamente, hoje não passa de um fóssil cinematográfico. Fraco!
Ydessa, Ursos e Etc
4.1 8 Assista AgoraA soma de ser excêntrico + ter dinheiro e uma obsessão.
Acho que por vezes a genialidade da Varda nos força a botar pilha em coisas que não necessariamente tem tanto apelo assim. Realmente um dom da cineasta de permear a sensibilidade extrema dela em tudo que resolvia retratar.
O Leão Volátil
3.6 5Tão curtinho que não tem nem muito o que comentar.
Melhor tomada é a do gato no lugar do leão.
Comícios de Amor
4.2 13Trata-se de um documentário vanguardista e não datado, ainda que já possua quase 60 anos!
Pasolini se utiliza de uma metodologia muito bem delineada e embasada por meio de dialogar concomitantemente com especialistas da área, questionando-se frequentemente a respeito de seu método e roteiro.
Contudo, creio que o grande defeito da obra seja o próprio Pasolini como entrevistador que não demonstra tato necessário para se fazer um intermediador de opiniões. Percebe-se nitidamente que, quando o entrevistado contraria suas opiniões, o mesmo força o questionamento ou põe a pessoa em dúvida sobre o que ele exprime. Dessa maneira, pode-se dizer que o resultudo da pesquisa, ao menos em parte, foi comprometida.
Ajuste de Contas
2.3 56Quase que não vale comentar. Na verdade nem sei o que comentar.
O filme é um catado de ideias que não se conversam e tenta conversar por meio de emendas que mais parecem ter sido improvisadas do que planejadas.
Nicolas Cage ainda consegue trazer atuações decentes, mas por vezes a faz de forma tão dramática a fim de tentar tapear os furos de roteiro que adianta situações forçadas e enfadonhas. Nesse filme temos um monte delas!
Não chega a ser uma pocaria completa, tem os seus momentos, mas não recomendo.