É um documentário mais que valoriza as parcerias do interprete do que necessariamente traz algo sobre o Bezerra. Seria mais um "dissecando a obra de Bezerra da Silva".
Documentário preciso sobre um dos nossos muitos gênios da música brasileira. Chico foi um visionário que infelizmente foi muito cedo. Mas por toda sua intensidade nos presenteou com um pequeno legado que ao mesmo tempo é gigante pela sua importância. Tem disponível no Youtube, imperdível para todo fanático por música!
Esforço inestimável para registrar ainda em vida a história de um mestre sagrado para a cena musical do estado do Pará. Estado esse por sinal que é um celeiro de expressão cultural, é impressionante como em tudo que eles se debruçam a fazer sai coisa boa! Ademais desse valor, que surpresa boa ter a Layse como entrevistadora, artista a qual sou fã demais e foi minha porta de entrada para conhecer a guitarrada. Contudo, se for ver, nem é tão surpreendente assim a presença dela no documentário, pois ela é sem dúvida uma das grandes expoentes do movimento musical atual no estado.
Só não tive como concordar tanto quanto apresentaram o som do Verequete como o primeiro registro gravado do carimbó. Um ano antes da gravação do Legítimo Carimbó, o Pinduca já tinha soltado o Carimbó e sirimbó do Pinduca e o próprio Alypyo Martins trazendo O rei do carimbó (mais um pra disputar o título de realeza).
A seleção de músicas é precisa para a época da banda, uma pancada direta e extrema. Essa fase da banda foi excelente, uma das melhores da carreira, embora eu ache que o começo dos anos 2000 também foi uma fase excepcional que perdura até hoje. É Napalm Death, vai sem medo! Algumas músicas são intercaladas por breves depoimentos dos músicos da formação.
A princípio a longuíssima duração para um documentário logo já me gerou uma rejeição, mas por se tratar de uma banda do calibre do Vulcano, eu não poderia negar a missão. Devo admitir que conforme o tempo foi passando e fui absorvendo a sua proposta de discorrer cada lançamento de forma linear e detalhadíssima, eu rapidamente me cativei. É de se notar a memória de elefante do Zhema (quem me dera eu ter metade dessa memória!) que se recorda de cada detalhe, cada nome, cada nuance de todas as ocasiões questionadas. Realmente incrível! Basicamente todos os integrantes que passaram pela banda que seria possível serem entrevistados o foram. O resultado final nos leva a constatar que foi um trabalho feito de forma exímia e que o Vulcano sem dúvida é uma das maiores bandas de metal que já existiram. Uma lenda diretamente do Brasil!
Revisto com muito gosto. Apesar de eu não lembrar nada da primeira vez que o vi, revendo meu comentário de 7 anos atrás me fez ter o mesmo impacto. Um filme muito bem amarrado e instigante!
Se eu já havia saído indignado com a temporada fraquíssima que foi a 5a, essa 6a conseguiu se superar em inúmeros aspectos. A temporada atual conseguiu entregar um excelente episódio, fazendo com que o espectador cresse que a série continuaria firme, forte e revigorada. Pois é a partir do segundo episódio que se nota que a premissa voltada à alta tecnologia basicamente se esvaziou. Tudo bem, o segundo episódio ainda é instigador, ainda que sua finalização seja efêmera. Mas o que se viu a partir daí é uma série de absurdos, que por muitas vezes me fez crer que seria uma mistura de Cidade Invisível com não sei o quê mais. Foi uma temporada completamente inconsistente e esquecível (espero que seja esquecível mesmo) que mereceria por logo um ponto final na série que até sua 3a temporada foi sólida e me deixava ansioso por novos episódios.
Acabou a criatividade ou é meramente uma tentativa de auto sabotagem?
Espantoso parar para pensar que um filme desse foi executado na distante década de 60. Pode não se tratar de algo tão explícito como O Exorcista, por exemplo, mas realmente tem seus momentos de grande assombro protagonizados pela talentosa atriz Lucyna Winnicka. Ademais da atmosfera, de fato o quê de contestações e dúvidas da fé fazem o filme ter um grande corpo.
Filme um tanto desconhecido e subestimado do diretor. Godard consegue transpor em sua discursiva anticapitalista um tema que já o atrai há muito tempo e sempre o aplica com muita mística: a linguagem. É muito interessante a quebra de quarta parede quase que na totalidade da obra para se discorrer sobre a relatividade das palavras e pensamentos enquanto a narrativa é permeada pelas críticas do consumismo e até mesmo um posicionamento contundente pré hippie acerca da Guerra do Vietnã.
Já vi muitos filmes dele, mas esse entrou na prateleira de um dos quais mais me agradou. Merece ser conferido e valorizado!
Baseado em recortes da vida e carreira de Viktor Tsoi, muitas vezes referido apenas como Kino (que trata-se na verdade da banda e não do sujeito), o filme é uma digna homenagem a uma das maiores figuras da música do país, ou ao menos da época em que se denominava como União Soviética. Traz lá algumas pinceladas da distinta cena que ocorreu na cidade de Leningrado e uma história paralela coprotagonizada pela esposa do músico que o ajudou no começo de carreira. Em parte é interessante essa dualidade entre viagem que os dois curtem juntos, pairando por clássicos do rock que ambos saem vivenciando com outros personagens e elementos da cidade, como se todos participassem juntos do momento, mas não sei bem até que ponto tudo isso contribuiu para explanar o talento compositivo de Tsoi, ou mesmo em sua vida pessoal, seja no universo real ou na adaptação cinematográfica. De toda forma, é um filme bem interessante e indispensável para quem é fã de música, especialmente do Kino, em particular.
Mais uma pérola do cinema soviético que aparentemente não teve seu lugar de destaque. Méritos também devem ser dados à instituição de Martin Scorcese voltada a restaurações de filmes que sofreram com as intempéries do tempo e que visam preservar filmes de todo o globo.
Revenge é dividido em 6 contos dando enfoque à vingança de um assassinato brutal ocorrido em um vilarejo coreano. É ditado por um ritmo monótono e que requer grande imersão por parte do espectador. Não vai ser um filme para se tentar assistir a qualquer momento, mas garanto que a tentativa bem-sucedida vai fazer valer cada segundo!
Até agora nenhum filme do Antonioni havia me pegado, mas nossa! Esse aqui eu mesmo com sono não conseguia parar de assistir. Quanta intensidade colocada em apenas um dia retratado! Algumas passagens de diálogos são ímpares, providos de grande profundidade e sentimentos resguardados. E o que falar de Jeanne Moreau? Essa atriz que em quase nenhum momento transparece qualquer alegria, parece em um profundo estado de natural melancolia. Uma aura altiva e imponente a todo momento. Deslumbrante!
Começando pelos pontos negativos: a produção é fraca! Ela peca em inúmeros pontos, tais como o tratamento de vídeo que deixa bem a desejar, cortes demasiados, takes em alguns momentos com grande defasagem de luz e, o pior de todos na minha opinião, muitos momentos que o vídeo está dessincronizado do áudio. Além de tudo, infelizmente, escolheram uma audiência bem apática e pouco presente (esse show não devia contar com mais de 500 pessoas na casa) para registrar possivelmente a melhor fase da banda. Uma turnê do brilhante Damage Done não poderia falhar em tantos aspectos, mas, é justamente esse o detalhe que salva o produto, pois melhor seleção de músicas não poderia haver! A banda estava voando, em plena forma e contando com as suas melhores composições, o que torna essa experiência imperdível.
Documentário de tiro curto que traz entrevistas pontuais de grandes personalidades do movimento. Faz jus de cumprir com o prometido: um recorte. Duração muito curta que serve primordialmente a te dar um embasamento do que foi aquilo que estava surgindo, mas de forma alguma contempla com a devida abrangência que mereceria. Minha dica é: vá além e procure por algo mais. O Botinada dizem que é um belo documentário que ainda estou por conferir.
Adoro esse tipo de documentário que trazem registros justamente de épocas gloriosas de determinados artistas, times, pessoas, pois é isso... se alguém não se dispõe a eternizar tal momento, corre-se o risco desse cair no esquecimento por muitos e inestimáveis memórias podem ser facilmente perdidas. Fiquei muito empolgado em acompanhar esse recorte da trajetória do Aimoré que de forma incrível logrou por conquistar dois acessos seguidos em um momento que poderia ser dos mais conturbados de sua história. Realmente um grande registro que parabenizo a todos os envolvidos.
Cara, é legal porque logra em trazer o lado caótico e divertido da banda enquanto estava em seu auge aqui no Brasil. Daí pra frente ainda viriam a decolar em incursões internacionais, emplacando de vez o seu nome, contudo as relações ainda viriam a se desgastar e já sabemos do resto da história. Não agrega lá muita coisa, tanto por seu formato curto quanto pela escassez de histórias que ainda simplesmente não haviam acontecido.
Trata-se de um breve retrato de uma banda que foi um fenômeno nacional e serve para darmos risadas com as situações registradas. Sem dúvida a banda mereceria um documentário gravado atualmente trazendo todos os desdobramentos que os levaram ao sucesso e seu consequente término.
Pena que tão poucos assistiram, fiquei na expectativa de debater um pouco sobre ele.
O filme traz umas transições dentro do próprio roteiro que são um tanto abruptas e esquisitas, mas de modo geral, é uma das poucas coisas negativas que posso elencar nele. Pra mim ficou desconexo o preâmbulo inicial entre o homem da pulseira de couro e o protagonista que viria a assumir a parte final do filme. Surpreende por seu esmero em produção e retrata uma sociedade pequeno burguesa da Costa do Marfim, algo que você pouco pode imaginar a respeito, mas que certamente existe em todos os lugares do mundo e é basicamente igual ou muito parecida em diversos aspectos com as nossas daqui. Essa se caracterizou por consumir uísque, ouvir música ocidental e vislumbrar grandes viagens fora da África. Nada de muito diferente até hoje, se for ver.
Fazia muito tempo mesmo que não o revia, e já que notei dando bobeira na NF, pensei que agora fosse a hora. Realmente o filme continua com impacto instigante muito semelhante, embora tenha o efeito que, se você começar a o pensar racionalmente tenderá a passar raiva. Então a melhor fómular mesmo é embarcar na noia e deixar se levar. Assim ele funciona perfeitamente. Filmaço!
A nota condiz com o que entregou: uma temporada bem inconsistente que se perdeu estruturalmente com a perda do norteador. Durante esse processo, buscou se reinventar por meio de personagens que ou não estavam aptos para segurar o protagonismo ou por seus personagens estarem em um momento da história que se encontravam desgastados, tal como o casal Jim/Pam. Se não estou enganado, de fato a atriz à época dessa temporada estava grávida de verdade. Em meio a este rebuliço, já não se sabia mais em quem prestar atenção e o apelo para o absurdo se tornou ainda mais constante do que nunca.
Foi uma temporada fraca, mas que conseguiu fazer a série sobreviver. Menos mal, pois a 9a temporada nos mostra que a série ainda não estava fadada a morrer apenas por conta da perda de Steve Carrell, ainda que sua ausência tenha causado muitos desafios.
Primeiro que eu nem consideraria a necessidade de uma continuação do que foi feito na 1a temporada. Se fosse simplesmente uma minissérie de uma temporada única, coesa e sabendo aonde quer chegar, a 1a temporada mesmo poderia ter ganhado uma esticadinha de episódios e estaria tudo certo. Mas não, né? Como séries são eternos caça-níqueis, resolveram produzir uma temporada preguiçosa de não mais de 5 episódios (dá pra chamar 5 episódios de temporada?) e empurrar pra galera. Vai que cola? O resultado não poderia ser diferente: é bem mais ou menos, e o que se salva aqui são os ríquissimos elementos culturais brasileiros. Nada mais!
História pesadona, pra se ver preparado pra levar uma pancada. Como um todo ele chega a ser meio vazio na narrativa, caindo em um ou outro descaso de continuidade contextual. Fica difícil até de definir de quem é o protagonismo. Não chega a ser um Vá e Veja, mas creio que a diretora já obteve a faca e o queijo na mão ao escolher retratar uma atrocidade alucinada de um lunático e acabou pegando na veia se a finalidade era impactar.
Em tempo, é muito provável que teve muita gente falando "ah mas o comunismo isso e aquilo". Note-se que o khmer apesar de se dizer marxista no discurso, foi apoiado sem muito segredo pelos Estados Unidos. Ou seja, para garantir a não expansão do socialismo soviético, o mundo capitalista é capaz de se aliar com as mais genocidas das coalizões. E isso não foi um caso isolado, haja visto também os contras na Nicarágua.
Onde a Coruja Dorme
4.3 38É um documentário mais que valoriza as parcerias do interprete do que necessariamente traz algo sobre o Bezerra.
Seria mais um "dissecando a obra de Bezerra da Silva".
Chico Science - Caranguejo Elétrico
4.5 21Documentário preciso sobre um dos nossos muitos gênios da música brasileira.
Chico foi um visionário que infelizmente foi muito cedo. Mas por toda sua intensidade nos presenteou com um pequeno legado que ao mesmo tempo é gigante pela sua importância.
Tem disponível no Youtube, imperdível para todo fanático por música!
Os carimbós e as guitarradas de Mestre Curica
4.5 1Esforço inestimável para registrar ainda em vida a história de um mestre sagrado para a cena musical do estado do Pará.
Estado esse por sinal que é um celeiro de expressão cultural, é impressionante como em tudo que eles se debruçam a fazer sai coisa boa!
Ademais desse valor, que surpresa boa ter a Layse como entrevistadora, artista a qual sou fã demais e foi minha porta de entrada para conhecer a guitarrada.
Contudo, se for ver, nem é tão surpreendente assim a presença dela no documentário, pois ela é sem dúvida uma das grandes expoentes do movimento musical atual no estado.
Só não tive como concordar tanto quanto apresentaram o som do Verequete como o primeiro registro gravado do carimbó. Um ano antes da gravação do Legítimo Carimbó, o Pinduca já tinha soltado o Carimbó e sirimbó do Pinduca e o próprio Alypyo Martins trazendo O rei do carimbó (mais um pra disputar o título de realeza).
Música é isso, um debate bom que nunca tem fim!
Napalm Death - Live Corruption
4.5 1A seleção de músicas é precisa para a época da banda, uma pancada direta e extrema.
Essa fase da banda foi excelente, uma das melhores da carreira, embora eu ache que o começo dos anos 2000 também foi uma fase excepcional que perdura até hoje.
É Napalm Death, vai sem medo!
Algumas músicas são intercaladas por breves depoimentos dos músicos da formação.
Os Portais do Inferno se Abrem: A história do Vulcano
4.0 4A princípio a longuíssima duração para um documentário logo já me gerou uma rejeição, mas por se tratar de uma banda do calibre do Vulcano, eu não poderia negar a missão.
Devo admitir que conforme o tempo foi passando e fui absorvendo a sua proposta de discorrer cada lançamento de forma linear e detalhadíssima, eu rapidamente me cativei.
É de se notar a memória de elefante do Zhema (quem me dera eu ter metade dessa memória!) que se recorda de cada detalhe, cada nome, cada nuance de todas as ocasiões questionadas. Realmente incrível!
Basicamente todos os integrantes que passaram pela banda que seria possível serem entrevistados o foram.
O resultado final nos leva a constatar que foi um trabalho feito de forma exímia e que o Vulcano sem dúvida é uma das maiores bandas de metal que já existiram. Uma lenda diretamente do Brasil!
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraRevisto com muito gosto.
Apesar de eu não lembrar nada da primeira vez que o vi, revendo meu comentário de 7 anos atrás me fez ter o mesmo impacto.
Um filme muito bem amarrado e instigante!
Black Mirror (6ª Temporada)
3.3 603Se eu já havia saído indignado com a temporada fraquíssima que foi a 5a, essa 6a conseguiu se superar em inúmeros aspectos.
A temporada atual conseguiu entregar um excelente episódio, fazendo com que o espectador cresse que a série continuaria firme, forte e revigorada. Pois é a partir do segundo episódio que se nota que a premissa voltada à alta tecnologia basicamente se esvaziou. Tudo bem, o segundo episódio ainda é instigador, ainda que sua finalização seja efêmera.
Mas o que se viu a partir daí é uma série de absurdos, que por muitas vezes me fez crer que seria uma mistura de Cidade Invisível com não sei o quê mais.
Foi uma temporada completamente inconsistente e esquecível (espero que seja esquecível mesmo) que mereceria por logo um ponto final na série que até sua 3a temporada foi sólida e me deixava ansioso por novos episódios.
Acabou a criatividade ou é meramente uma tentativa de auto sabotagem?
O Grito
4.0 21O trama desde seu início não me fisgou. O personagem desenhado para Aldo é superficial e seus atos são extremamente vazios e inverossímeis.
Madre Joana dos Anjos
4.0 54Espantoso parar para pensar que um filme desse foi executado na distante década de 60.
Pode não se tratar de algo tão explícito como O Exorcista, por exemplo, mas realmente tem seus momentos de grande assombro protagonizados pela talentosa atriz Lucyna Winnicka.
Ademais da atmosfera, de fato o quê de contestações e dúvidas da fé fazem o filme ter um grande corpo.
Duas ou Três Coisas que Eu Sei Dela
3.7 84 Assista AgoraFilme um tanto desconhecido e subestimado do diretor.
Godard consegue transpor em sua discursiva anticapitalista um tema que já o atrai há muito tempo e sempre o aplica com muita mística: a linguagem.
É muito interessante a quebra de quarta parede quase que na totalidade da obra para se discorrer sobre a relatividade das palavras e pensamentos enquanto a narrativa é permeada pelas críticas do consumismo e até mesmo um posicionamento contundente pré hippie acerca da Guerra do Vietnã.
Já vi muitos filmes dele, mas esse entrou na prateleira de um dos quais mais me agradou. Merece ser conferido e valorizado!
A Cor da Romã
4.1 133Tentei, até o fim.
100% de simbolismos que não me disseram absolutamente nada.
Verão
3.8 20Baseado em recortes da vida e carreira de Viktor Tsoi, muitas vezes referido apenas como Kino (que trata-se na verdade da banda e não do sujeito), o filme é uma digna homenagem a uma das maiores figuras da música do país, ou ao menos da época em que se denominava como União Soviética.
Traz lá algumas pinceladas da distinta cena que ocorreu na cidade de Leningrado e uma história paralela coprotagonizada pela esposa do músico que o ajudou no começo de carreira.
Em parte é interessante essa dualidade entre viagem que os dois curtem juntos, pairando por clássicos do rock que ambos saem vivenciando com outros personagens e elementos da cidade, como se todos participassem juntos do momento, mas não sei bem até que ponto tudo isso contribuiu para explanar o talento compositivo de Tsoi, ou mesmo em sua vida pessoal, seja no universo real ou na adaptação cinematográfica.
De toda forma, é um filme bem interessante e indispensável para quem é fã de música, especialmente do Kino, em particular.
Revenge
3.5 5Mais uma pérola do cinema soviético que aparentemente não teve seu lugar de destaque.
Méritos também devem ser dados à instituição de Martin Scorcese voltada a restaurações de filmes que sofreram com as intempéries do tempo e que visam preservar filmes de todo o globo.
Revenge é dividido em 6 contos dando enfoque à vingança de um assassinato brutal ocorrido em um vilarejo coreano.
É ditado por um ritmo monótono e que requer grande imersão por parte do espectador. Não vai ser um filme para se tentar assistir a qualquer momento, mas garanto que a tentativa bem-sucedida vai fazer valer cada segundo!
A Noite
4.2 104Até agora nenhum filme do Antonioni havia me pegado, mas nossa! Esse aqui eu mesmo com sono não conseguia parar de assistir.
Quanta intensidade colocada em apenas um dia retratado!
Algumas passagens de diálogos são ímpares, providos de grande profundidade e sentimentos resguardados.
E o que falar de Jeanne Moreau? Essa atriz que em quase nenhum momento transparece qualquer alegria, parece em um profundo estado de natural melancolia. Uma aura altiva e imponente a todo momento. Deslumbrante!
Dark Tranquillity: Live Damage
4.0 1Começando pelos pontos negativos: a produção é fraca!
Ela peca em inúmeros pontos, tais como o tratamento de vídeo que deixa bem a desejar, cortes demasiados, takes em alguns momentos com grande defasagem de luz e, o pior de todos na minha opinião, muitos momentos que o vídeo está dessincronizado do áudio.
Além de tudo, infelizmente, escolheram uma audiência bem apática e pouco presente (esse show não devia contar com mais de 500 pessoas na casa) para registrar possivelmente a melhor fase da banda.
Uma turnê do brilhante Damage Done não poderia falhar em tantos aspectos, mas, é justamente esse o detalhe que salva o produto, pois melhor seleção de músicas não poderia haver!
A banda estava voando, em plena forma e contando com as suas melhores composições, o que torna essa experiência imperdível.
In Rainbows – From the Basement
4.9 10Que apresentação maravilhosa!
Certamente vou rever várias vezes.
PUNK DOC - Um Recorte da Velha Guarda do Punk …
3.7 1Documentário de tiro curto que traz entrevistas pontuais de grandes personalidades do movimento.
Faz jus de cumprir com o prometido: um recorte.
Duração muito curta que serve primordialmente a te dar um embasamento do que foi aquilo que estava surgindo, mas de forma alguma contempla com a devida abrangência que mereceria.
Minha dica é: vá além e procure por algo mais. O Botinada dizem que é um belo documentário que ainda estou por conferir.
259 Dias
4.6 1Adoro esse tipo de documentário que trazem registros justamente de épocas gloriosas de determinados artistas, times, pessoas, pois é isso... se alguém não se dispõe a eternizar tal momento, corre-se o risco desse cair no esquecimento por muitos e inestimáveis memórias podem ser facilmente perdidas.
Fiquei muito empolgado em acompanhar esse recorte da trajetória do Aimoré que de forma incrível logrou por conquistar dois acessos seguidos em um momento que poderia ser dos mais conturbados de sua história.
Realmente um grande registro que parabenizo a todos os envolvidos.
CSS - de frente, de lado e de costas
3.2 1Cara, é legal porque logra em trazer o lado caótico e divertido da banda enquanto estava em seu auge aqui no Brasil.
Daí pra frente ainda viriam a decolar em incursões internacionais, emplacando de vez o seu nome, contudo as relações ainda viriam a se desgastar e já sabemos do resto da história.
Não agrega lá muita coisa, tanto por seu formato curto quanto pela escassez de histórias que ainda simplesmente não haviam acontecido.
Trata-se de um breve retrato de uma banda que foi um fenômeno nacional e serve para darmos risadas com as situações registradas.
Sem dúvida a banda mereceria um documentário gravado atualmente trazendo todos os desdobramentos que os levaram ao sucesso e seu consequente término.
A Mulher Com Uma Faca
3.3 2Pena que tão poucos assistiram, fiquei na expectativa de debater um pouco sobre ele.
O filme traz umas transições dentro do próprio roteiro que são um tanto abruptas e esquisitas, mas de modo geral, é uma das poucas coisas negativas que posso elencar nele. Pra mim ficou desconexo o preâmbulo inicial entre o homem da pulseira de couro e o protagonista que viria a assumir a parte final do filme.
Surpreende por seu esmero em produção e retrata uma sociedade pequeno burguesa da Costa do Marfim, algo que você pouco pode imaginar a respeito, mas que certamente existe em todos os lugares do mundo e é basicamente igual ou muito parecida em diversos aspectos com as nossas daqui.
Essa se caracterizou por consumir uísque, ouvir música ocidental e vislumbrar grandes viagens fora da África. Nada de muito diferente até hoje, se for ver.
Vidas em Jogo
3.8 727 Assista AgoraFazia muito tempo mesmo que não o revia, e já que notei dando bobeira na NF, pensei que agora fosse a hora.
Realmente o filme continua com impacto instigante muito semelhante, embora tenha o efeito que, se você começar a o pensar racionalmente tenderá a passar raiva.
Então a melhor fómular mesmo é embarcar na noia e deixar se levar. Assim ele funciona perfeitamente. Filmaço!
The Office (8ª Temporada)
4.0 302A nota condiz com o que entregou: uma temporada bem inconsistente que se perdeu estruturalmente com a perda do norteador.
Durante esse processo, buscou se reinventar por meio de personagens que ou não estavam aptos para segurar o protagonismo ou por seus personagens estarem em um momento da história que se encontravam desgastados, tal como o casal Jim/Pam. Se não estou enganado, de fato a atriz à época dessa temporada estava grávida de verdade.
Em meio a este rebuliço, já não se sabia mais em quem prestar atenção e o apelo para o absurdo se tornou ainda mais constante do que nunca.
Foi uma temporada fraca, mas que conseguiu fazer a série sobreviver. Menos mal, pois a 9a temporada nos mostra que a série ainda não estava fadada a morrer apenas por conta da perda de Steve Carrell, ainda que sua ausência tenha causado muitos desafios.
Cidade Invisível (2ª Temporada)
3.4 184 Assista AgoraPrimeiro que eu nem consideraria a necessidade de uma continuação do que foi feito na 1a temporada. Se fosse simplesmente uma minissérie de uma temporada única, coesa e sabendo aonde quer chegar, a 1a temporada mesmo poderia ter ganhado uma esticadinha de episódios e estaria tudo certo.
Mas não, né? Como séries são eternos caça-níqueis, resolveram produzir uma temporada preguiçosa de não mais de 5 episódios (dá pra chamar 5 episódios de temporada?) e empurrar pra galera. Vai que cola?
O resultado não poderia ser diferente: é bem mais ou menos, e o que se salva aqui são os ríquissimos elementos culturais brasileiros. Nada mais!
Primeiro, Mataram o Meu Pai
3.8 238 Assista AgoraHistória pesadona, pra se ver preparado pra levar uma pancada.
Como um todo ele chega a ser meio vazio na narrativa, caindo em um ou outro descaso de continuidade contextual. Fica difícil até de definir de quem é o protagonismo.
Não chega a ser um Vá e Veja, mas creio que a diretora já obteve a faca e o queijo na mão ao escolher retratar uma atrocidade alucinada de um lunático e acabou pegando na veia se a finalidade era impactar.
Em tempo, é muito provável que teve muita gente falando "ah mas o comunismo isso e aquilo".
Note-se que o khmer apesar de se dizer marxista no discurso, foi apoiado sem muito segredo pelos Estados Unidos. Ou seja, para garantir a não expansão do socialismo soviético, o mundo capitalista é capaz de se aliar com as mais genocidas das coalizões.
E isso não foi um caso isolado, haja visto também os contras na Nicarágua.