Anthony Hopkins esbanja simpatia e carisma e Laura Linney é uma atriz que admiro muito. Entretanto, a narrativa é muito desinteressante e apática e a direção de James Ivory é infeliz ao sequer utilizar as belas paisagens bucólicas.
Os "zumbis" acabam se transformando mais rapidamente que anteriormente
. O subtexto religioso soa como desculpa para explicar algo que se tornaria bem mais amedrontador sem explicação. E, a subtrama dos jovens acaba sendo descartável, uma mera encheção na metragem. Ainda assim, é eficiente como exemplar do gênero de terror e nada mais.
A história é fascinante, mas a abordagem de Oliver Parker acaba simplificando demais Dorian Gray carecendo de sensibilidade e sutileza no trágico retrato de um Narcísio encantado pelo prazer. Pelo menos, Colin Firth cria um Henry grandioso, desenganado com a vida e absorto em seu conceito de beleza e juventude. Bom, mas para conhecer a fundo só mesmo no livro de Oscar Wilde.
Louvável como a estrutura paralela consegue se re-inventar a cada novo capítulo adicionando uma camada a mais na teia de motivações e consequências das ações de homens que são, na verdade, cordeiros em pele de lobos.
E, embora retrate uma realidade crua e triste, e a ausência de trilha sonora frisa exatamente isto, curiosamente consegue apenas um distante envolvimento emocional do espectador.
Selton Mello surge sensível e carismático, mas a afeição pelo personagem e a revolta com a tragédia que sucedeu decorrem não pela narrativa e sim pela bagagem do espectador dos acontecimentos que permanecem vivos na mente. Negativamente, a direção de Henrique Goldman que erra a mão ao investir em um tom intimista e pseudo-documentarial que ao invés de beneficar o desenvolvimento da narrativa, conferem a ela ares de amadorismo.
É divertidinho, precipuamente porque Heigl é uma ótima comediante quando se trata de humor físico, mas se torna repetitivo nas cenas de ação e na incompetência de Kutcher como assassino profissional (em uma cena de crime, ele sequer se tem o trabalho de evitar pôr as impressões digitais em todo o lugar). Até aí, era só um filme descartável que se torna um dos piores do ano graças à conclusão ridícula que afronta a inteligência de qualquer ser humano.
Sério? O pai dela? Senão vejamos: ele sabia que o pai dela era o alvo, mas ainda assim resolveu se apaixonar e casar com a mulher. O pai sabia que ele era o assassino e a única coisa que ele fez foi contratar espiões para vigiá-lo e pôr a vida da filha em risco depois de ativá-los. Até meia dúzia de ornitorrincos escrevia uma conclusão melhor.
Coração é o elemento indispensável em qualquer clássico, e ele é abundante em Karate Kid. Um filme maduro, até para os dias atuais, com uma bela lição de vida e uma atuação pouco ortodoxa, mas convincente de Pat Morita. O destaque fica com Ralph Machio criando um jovem que longe de ser indefeso, é espirituoso e cativante, e que conquista a afeição do espectador desde a primeira cena.
Nostálgico, nos leva aos tempos dos grandes espetáculos do teatro, e convence o espectador do talento e amizade que existem na trupe - o que é fundamental para que a narrativa funcione. Ademais, a interpretação brilhante de McKay como Welles apresenta a personalidade voraz, instável e dominadora daquele gênio.
É um prato cheio para dois talentosos atores como Brian Cox e Paul Dano. Mas o constante mergulho em uma depressiva fotografia azul e escura e o tom de auto-ajuda melancólico quase alija definitivamente a narrativa, inclusive a ironia final.
A premissa é bastante interessente, mas a execução é apenas mediana. A narrativa talvez se beneficiaria de um olhar mais sarcástico com ênfase no consumismo norte-americano do que propriamente
Tem sua parcela de defeitos, em especial na atuação rasa do elenco e do roteiro-padrão e expositivo, mas a direção inspirada de Shyamalan, os bons efeitos especiais e a trilha sonora (que pega emprestado de John Williams em Guerra nas Estrelas) acabam se sobressaindo.
Apesar de percorrer um caminho conhecido, esta comédia/drama tem tamanha afeição por seu trio de protagonistas que é impossível não se contagiar. E, o elenco de apoio é de um quilate altíssimo do cinema britânico, especialmente Ralph Fiennes.
Ruim de tantas maneiras - das péssimas atuações, do roteiro de romance clichê, da direção sem quaisquer resquício de inspiração e do olhar infantil que desfere ao cinema adulto -, que faz o cinema pornô parecer obra de arte.
Infelizmente o último filme de Murphy é um desastre. Os esforços do diretor Michael Feifer para conferir um sentimento de perseguição com cortes rápidos e imagens de câmera acabam revelando a estupidez de um roteiro muito mal escrito e plenamente justificado na última fala de Murphy no cinema: "ele poderia ao menos ter uma idéia original".
O preconceito, antipatia e alcoolismo de Marshall prejudicam qualquer identificação com o personagem e afeição com a jornada de redenção deste. Além disto, a montagem paralela acaba diluindo o impacto dramático de uma confrontação no clímax do filme. No entanto, não se pode negar o valor político da crítica com o impacto de 11 de setembro nem tampouco as duas facetas antagônicas vividas por Rasche.
Desde as ágeis criaturas de Extermínio que os lentos e desengonçados zumbis de Romero se tornaram ultrapassados. Mas até então nem os seres humanos (os "vivos") e tampouco as metáforas de Romero eram desleixadas, preguiçosas e sem criatividade como agora.
Explora bem sua ilimitada premissa sem nunca soar indecifrável, porém sem subjugar o espectador de que está vendo apenas a um blockbuster. Demanda atenção, visitas repetidas talvez e apenas prova o talento de Nolan de criar tramas complicadas sobre conceitos bastante elementares - neste caso, nossa fixação na nossa própria "realidade". Inteligente, com bom uso dos efeitos especiais e um elenco primoroso.
Quanto ao peão, pouco me importa. Me contento em saber que Cobbs abandonou qualquer intenção de distinguir realidade de sonho, e resolveu viver sua própria realidade.
Um exemplo do uso da ambientação, neste caso uma ilha praticamente deserta e isolada, no auxílio de construção de um suspeso magistral que conta com uma atuação excepcional de Ewan McGregor. Infelizmente o clímax não é tenso o bastante como deveria ter sido, mas os segundos finais (e como Polanski opta por mostrá-los) são de uma bravura enorme.
Absurdo até mesmo em seus próprio universo, é suficientemente engraçado e divertido para valer a indicação. Os minions e em especial, a Agnes, roubam todas as cenas. Pena que a dublagem brasileira de Gru seja tão, e eu digo tão, ruim!
Um filme de feiticeiros ultrapassado e datado, apesar dos seus modernos e bem utilizados efeitos especiais, que recicla a história convencional do jovem que descobre grandes poderes e deve salvar o mundo de uma ameaça. É completamente inofensivo e divertido até, mas não é bom cinema. (ver mais em cinemacomcritica.blogspot.com)
Revive os bons tempos do cinema de ação inconsequente dos anos 80, excessivamente brutal e violento, com uma boa camaradagem entre os mercenários do título, pecando apenas na montagem quase incompreensível do terceiro ato. (Ver mais em cinemacomcritica.blogspot.com)
As trajetórias das personagens de Annette Bening e Naomi Watts soam demasiadamente falsas, alterando o comportamento e personalidade delas de maneira abrupta e pouco convincente. Some-se a isto o descaso com uma terceira linha narrativa que é praticamente abandonada. No entanto, as boas atuações, discretos elementos de composição (como o ursinho de pelúcia no início contrastando com o ato sexual) e a bela trilha sonora tornam a experiência razoável. (Ver mais em cinemacomcritica.blogspot.com)
Em Busca do Amor
2.8 31 Assista AgoraAnthony Hopkins esbanja simpatia e carisma e Laura Linney é uma atriz que admiro muito. Entretanto, a narrativa é muito desinteressante e apática e a direção de James Ivory é infeliz ao sequer utilizar as belas paisagens bucólicas.
[REC]² Possuídos
3.1 1,4K Assista AgoraRecria a atmosfera do original e acrescenta alguns elementos novos. Mas, acaba sendo desonesto ao contrariar as regras do antecessor
Os "zumbis" acabam se transformando mais rapidamente que anteriormente
O Retrato de Dorian Gray
3.2 1,5K Assista AgoraA história é fascinante, mas a abordagem de Oliver Parker acaba simplificando demais Dorian Gray carecendo de sensibilidade e sutileza no trágico retrato de um Narcísio encantado pelo prazer. Pelo menos, Colin Firth cria um Henry grandioso, desenganado com a vida e absorto em seu conceito de beleza e juventude. Bom, mas para conhecer a fundo só mesmo no livro de Oscar Wilde.
Ajami
4.0 13Louvável como a estrutura paralela consegue se re-inventar a cada novo capítulo adicionando uma camada a mais na teia de motivações e consequências das ações de homens que são, na verdade, cordeiros em pele de lobos.
E, embora retrate uma realidade crua e triste, e a ausência de trilha sonora frisa exatamente isto, curiosamente consegue apenas um distante envolvimento emocional do espectador.
Jean Charles
3.0 427 Assista AgoraSelton Mello surge sensível e carismático, mas a afeição pelo personagem e a revolta com a tragédia que sucedeu decorrem não pela narrativa e sim pela bagagem do espectador dos acontecimentos que permanecem vivos na mente. Negativamente, a direção de Henrique Goldman que erra a mão ao investir em um tom intimista e pseudo-documentarial que ao invés de beneficar o desenvolvimento da narrativa, conferem a ela ares de amadorismo.
Par Perfeito
3.0 1,4K Assista AgoraÉ divertidinho, precipuamente porque Heigl é uma ótima comediante quando se trata de humor físico, mas se torna repetitivo nas cenas de ação e na incompetência de Kutcher como assassino profissional (em uma cena de crime, ele sequer se tem o trabalho de evitar pôr as impressões digitais em todo o lugar). Até aí, era só um filme descartável que se torna um dos piores do ano graças à conclusão ridícula que afronta a inteligência de qualquer ser humano.
Sério? O pai dela? Senão vejamos: ele sabia que o pai dela era o alvo, mas ainda assim resolveu se apaixonar e casar com a mulher. O pai sabia que ele era o assassino e a única coisa que ele fez foi contratar espiões para vigiá-lo e pôr a vida da filha em risco depois de ativá-los. Até meia dúzia de ornitorrincos escrevia uma conclusão melhor.
Karatê Kid: A Hora da Verdade
3.5 644 Assista AgoraCoração é o elemento indispensável em qualquer clássico, e ele é abundante em Karate Kid. Um filme maduro, até para os dias atuais, com uma bela lição de vida e uma atuação pouco ortodoxa, mas convincente de Pat Morita. O destaque fica com Ralph Machio criando um jovem que longe de ser indefeso, é espirituoso e cativante, e que conquista a afeição do espectador desde a primeira cena.
Eu e Orson Welles
2.9 71Nostálgico, nos leva aos tempos dos grandes espetáculos do teatro, e convence o espectador do talento e amizade que existem na trupe - o que é fundamental para que a narrativa funcione. Ademais, a interpretação brilhante de McKay como Welles apresenta a personalidade voraz, instável e dominadora daquele gênio.
O Bom Coração
3.8 69É um prato cheio para dois talentosos atores como Brian Cox e Paul Dano. Mas o constante mergulho em uma depressiva fotografia azul e escura e o tom de auto-ajuda melancólico quase alija definitivamente a narrativa, inclusive a ironia final.
Amor Por Contrato
3.2 495A premissa é bastante interessente, mas a execução é apenas mediana. A narrativa talvez se beneficiaria de um olhar mais sarcástico com ênfase no consumismo norte-americano do que propriamente
em uma história de amor
O Último Mestre do Ar
2.7 2,1K Assista AgoraTem sua parcela de defeitos, em especial na atuação rasa do elenco e do roteiro-padrão e expositivo, mas a direção inspirada de Shyamalan, os bons efeitos especiais e a trilha sonora (que pega emprestado de John Williams em Guerra nas Estrelas) acabam se sobressaindo.
Caindo no Mundo
3.6 96 Assista AgoraApesar de percorrer um caminho conhecido, esta comédia/drama tem tamanha afeição por seu trio de protagonistas que é impossível não se contagiar. E, o elenco de apoio é de um quilate altíssimo do cinema britânico, especialmente Ralph Fiennes.
O Amor em Êxtase
2.3 53Ruim de tantas maneiras - das péssimas atuações, do roteiro de romance clichê, da direção sem quaisquer resquício de inspiração e do olhar infantil que desfere ao cinema adulto -, que faz o cinema pornô parecer obra de arte.
Busca Alucinante
2.8 250 Assista AgoraInfelizmente o último filme de Murphy é um desastre. Os esforços do diretor Michael Feifer para conferir um sentimento de perseguição com cortes rápidos e imagens de câmera acabam revelando a estupidez de um roteiro muito mal escrito e plenamente justificado na última fala de Murphy no cinema: "ele poderia ao menos ter uma idéia original".
Olhos Azuis
3.7 140 Assista AgoraO preconceito, antipatia e alcoolismo de Marshall prejudicam qualquer identificação com o personagem e afeição com a jornada de redenção deste. Além disto, a montagem paralela acaba diluindo o impacto dramático de uma confrontação no clímax do filme. No entanto, não se pode negar o valor político da crítica com o impacto de 11 de setembro nem tampouco as duas facetas antagônicas vividas por Rasche.
A Ilha dos Mortos
2.2 346Desde as ágeis criaturas de Extermínio que os lentos e desengonçados zumbis de Romero se tornaram ultrapassados. Mas até então nem os seres humanos (os "vivos") e tampouco as metáforas de Romero eram desleixadas, preguiçosas e sem criatividade como agora.
A Origem
4.4 5,9K Assista AgoraExplora bem sua ilimitada premissa sem nunca soar indecifrável, porém sem subjugar o espectador de que está vendo apenas a um blockbuster. Demanda atenção, visitas repetidas talvez e apenas prova o talento de Nolan de criar tramas complicadas sobre conceitos bastante elementares - neste caso, nossa fixação na nossa própria "realidade". Inteligente, com bom uso dos efeitos especiais e um elenco primoroso.
Quanto ao peão, pouco me importa. Me contento em saber que Cobbs abandonou qualquer intenção de distinguir realidade de sonho, e resolveu viver sua própria realidade.
O Escritor Fantasma
3.6 582 Assista AgoraUm exemplo do uso da ambientação, neste caso uma ilha praticamente deserta e isolada, no auxílio de construção de um suspeso magistral que conta com uma atuação excepcional de Ewan McGregor. Infelizmente o clímax não é tenso o bastante como deveria ter sido, mas os segundos finais (e como Polanski opta por mostrá-los) são de uma bravura enorme.
Meu Malvado Favorito
4.0 2,8K Assista AgoraAbsurdo até mesmo em seus próprio universo, é suficientemente engraçado e divertido para valer a indicação. Os minions e em especial, a Agnes, roubam todas as cenas. Pena que a dublagem brasileira de Gru seja tão, e eu digo tão, ruim!
O Aprendiz de Feiticeiro
3.0 1,4K Assista AgoraUm filme de feiticeiros ultrapassado e datado, apesar dos seus modernos e bem utilizados efeitos especiais, que recicla a história convencional do jovem que descobre grandes poderes e deve salvar o mundo de uma ameaça. É completamente inofensivo e divertido até, mas não é bom cinema. (ver mais em cinemacomcritica.blogspot.com)
Os Mercenários
3.2 1,9K Assista AgoraRevive os bons tempos do cinema de ação inconsequente dos anos 80, excessivamente brutal e violento, com uma boa camaradagem entre os mercenários do título, pecando apenas na montagem quase incompreensível do terceiro ato. (Ver mais em cinemacomcritica.blogspot.com)
Destinos Ligados
3.5 147 Assista AgoraAs trajetórias das personagens de Annette Bening e Naomi Watts soam demasiadamente falsas, alterando o comportamento e personalidade delas de maneira abrupta e pouco convincente. Some-se a isto o descaso com uma terceira linha narrativa que é praticamente abandonada. No entanto, as boas atuações, discretos elementos de composição (como o ursinho de pelúcia no início contrastando com o ato sexual) e a bela trilha sonora tornam a experiência razoável. (Ver mais em cinemacomcritica.blogspot.com)