Dificilmente um filme de ação consegue fugir de clichês, frases de efeito ou personagens canastrões. E isso não é um problema. O problema é não saber usar usá-los a seu favor. De Volta ao Jogo tem um quê de absurdo. Desde seu enredo exagerado, que dá ênfase na invencibilidade do seu herói-título e cria um motivo diferente do padrão pra dar o start em toda a violência no filme até o fato de já sabermos o desfecho: ele é invencível mesmo, tá na cara. Mas esse quê de absurdo, que muitas vezes me remeteu à filmes baseados em HQs, é o grande trunfo do filme. Veja bem, é cinema, é ficcional, não precisa ser real, não precisa ser verossímil, é um filme de ação, precisa ter ação, precisa entreter, precisa convencer, não parecer palpável. Adorei todo o exagero em torno do personagem e vibrei com todas as cenas de tiroteio. Nunca vi tantos headshots em sequencia, o cara é um mestre. Dirigido com competência e com um jogo de cores foda (fiquei pirando na fotografia durante o filme todo), é o típico filme de ação competente e, tecnicamente, bem feito. Utiliza bem os clichês disponíveis e mesmo assim ainda cria um personagem que não é rapidamente esquecível. Tomara que não caguem na sequência.
O primeiro embate sobre infidelidade entre Clive Owen e Julia Roberts está entre os diálogos mais fortes que já vi. Os dois estão viscerais em cena.
Aliás, os 4 protagonistas estão perfeitos, mas Alice (Portman) é o personagem chave pra mim. Ela não é de ninguém, ela não pertence a ninguém, ela é dela, ela não é do mundo, o mundo é dela, mas se ela amar, ela ama até o fim, só não estrague isso. Ela não é de ninguém, mas se fosse sua, seria só sua, para sempre.
Achei o desfecho muito foda! Mostra todo o egoísmo presente nos relacionamentos e que são poucos os que fogem dele <3
Revi ontem e tive a sensação de estar assistindo um dos filmes mais belos já feitos. Poderia estar falando apenas da direção de arte, da fotografia, do roteiro, etc. Mas não, falo de toda a obra, inclusive tudo o que pode ser subentendido. Ofelia não era daquele mundo mal, feio e arrogante, cheio de guerras e assassinos frios e cruéis. Ofelia merecia viver num mundo diferente, mesmo que de fantasia. Sua pureza merecia um conto de fadas. Gostei mais do que da última revisão, Del Toro merece minha admiração.
''O filme mais esperado do ano'' chega e deixa um gostinho de frustração. Filmes com vários personagens sofrem com a falta de identidade, temos muitos rostos e queremos saber sobre todos, mas é difícil trabalhar bem com cada um. Os Vingadores é um caso a parte, já que tivemos filmes solos para saciar essa curiosidade. Eu, como um não leitor de HQs queria saber sobre cada personagem do Esquadrão em questão e o que vi foram resumos superficiais de cada um, e pior, vi uma interação forçada, recheada de draminhas ridículos e frases prontas como ''já perdi uma família, não perderei outra''. Enredo fraquíssimo, vilã que dá sono, personagem do Will Smith é bom mas pessimamente mal aproveitado nas cenas mais dramáticas (que seriam o ponto de empatia entre público e personagem, ao meu ver). Joker é, sem dúvidas, o mais fraco e esquecível entre todos que já vi. Soundtrack muito bacana, mas funciona bem no trailer, no filme é mal encaixada, assim como os flashbacks e o início hiper moroso contando didaticamente sobre os personagens (e mesmo assim não me senti aproximado de nenhum, vai entender rs) Algumas piadas salvam o filme de ser detestável e o tornam até assistível, e graças a Arlequina consegui me divertir e não levantar da cadeira do cinema. Resumindo, filme fraco mas não desprezível. Só não esperem um filme para se lembrar. Totalmente esquecível e sem identidade própria, infelizmente.
Preciso confessar que há tempos não via um filme tão sincero e humano. Nesse filme somos inseridos no ambiente familiar, na cultura e na religião de um povo que é totalmente distinto do que conhecemos, mas o bacana é que isso tudo é feito sem preconceitos, julgamentos ou estereótipos forçados. A trama se desenvolve leve e bem amarrada, de forma que os personagens tornam-se marcantes e as atuações (soberbas) nos fazem ficar estáticos, sem torcer pra A ou B, apenas observar o desenrolar daquele mundinho tão particular. O desfecho retrata bem o que é uma separação, não poderia ser melhor - e mais realista. Recomendo essa obra-prima com fervor! Vejam! Pra ontem!
Revi ontem em casa e continua com o mesmo efeito do cinema: hipnótico, angustiante, dilacerante. Fincher fez uma obra prima aqui e Rosamund Pike eternizou um personagem. <3
Me gelou a espinha como nenhum filme de terror já fez. Só de pensar que todas as críticas fazem total sentido eu tenho muito medo do que virá nos próximos anos.
Tão profundo quanto um pires. A ideia é interessante mas a forma contemplativa em que a narrativa é criada deixa o filme bem chatinho em alguns momentos. Arnold está bem, mas nada que justifique tantos elogios, qualquer ator dramático faria Wade numa boa.
Esse curta: http://filmow.com/cargo-t77324/, consegue, em 7 minutos, fazer algo mais profundo e emocionante. Gosto da mescla de histórias de zumbis com dramas, mas não precisa exagerar na melancolia e esquecer de construir e/ou desenvolver a sua história né?
Juro que tentei. Mas a magia do primeiro filme se estragou assim que o policial infectado parou de atacar o outro quando o cara faz uma oração. Não dá pra misturar uma temática próxima a zumbis / raiva / vírus com possessão. Aí vi um menino zumbi andando no teto e desliguei essa merda, prefiro ficar apenas com o magnífico Rec 1 na mente e nem tentar ver isso, 20 minutos foram o suficiente para essa decisão.
Depois de ver o americaníssimo ''Sniper Americano'' e ter detestado a forma como a guerra é abordada, me peguei pensando se estava sendo cruel demais, afinal, não se tratava de um filme ruim, ele só partia de um princípio que eu considero errado. Bom, vi Tangerines, um filme estoniano que concorre ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e tive uma certeza: existem muitas maneiras de se falar sobre guerra e, enquanto Sniper prefere ser parcial e panfletário, Tangerines é humano e introspectivo. O segundo acerta em cheio, criando um clima denso, emocionante e reflexivo, sem tomar partido de países ou bandeiras, simplesmente mostrando o quanto a guerra e toda essa violência são desnecessários e nada, nada glorificantes. Como eu queria que todo filme sobre guerras fosse tão humano quanto esse. A trama é simples: às vésperas de uma guerra iminente, Ivo (Lembit Ulfsak), um senhor de idade avançada, ajuda seu vizinho Margus (Elmo Nüganen) - talvez o seu único vizinho, pois todos já se mandaram para longe por medo da tal guerra - construindo caixotes de madeira para que possam colher a sua grande plantação de Tangerinas antes que o combate venha de fato até a região. Após um tiroteio na frente de sua casa, ele se vê obrigado a cuidar de dois homens que se feriram, o mercenário checheno Ahmed (Giorgi Nakashidze) e Niko (Misha Meskhi), um soldado Giorgiano. Esses foram os únicos sobreviventes - um de cada lado - de um embate mortal entre dois grupos inimigos que lutam pela mesma terra. Não demora até que os dois soldados feridos comecem a melhorar e tenham que enfrentar suas diferenças e semelhanças (são muitas), enquanto Ivo tenta convencê-los a não se matarem. Um filme único, tocante mas sem melodramas, mostrando a real face de uma guerra. Não há lado certo ou razão para matar. O final é lindo e emociona, mas não apela. A emoção e a comoção são genuínos, pois vemos humanos ali, lutando por suas causas e por sua vida, que em algum momento lembraram que a vida do outro vale tanto quanto a sua e mais que sua causa tão justa. Obra-prima.
Acho que já foi o tempo em que Gyllenhaal precisava convencer que era um bom ator. Depois dessa sequência de excelentes papéis no ano passado (Homem Duplicado, Os Suspeitos e O Abutre) está mais que comprovado que o cara sabe o que está fazendo. Nesse filme, ele é o atrativo principal, interpretando Lou Bloom, um oportunista frio e calculista que, desesperado por trabalho, acaba ''esbarrando'' no mundo do jornalismo sensacionalista. No sórdido mundo onde a notícia mais polêmica ou amedrontadora vende mais, no ramo onde impor medo e causar desespero no espectador é o auge da carreira, um abutre como ele pode muito bem sobreviver apenas da desgraça alheia. E é assim, correndo pelas ruas de Los Angeles a fim do acidente mais fatal, do assassinato mais brutal ou da imagem mais forte, que conhecemos o lado sombrio do jornalismo policial. Qualquer semelhança com a sede de sangue de nossos apresentadores conhecidos não é por mero acaso. Graças a edição frenética que nos põe dentro da história, como se fossemos um parceiro do anti-herói, querendo um ângulo melhor ou uma imagem mais brutal para comentar depois e o roteiro redondo, o filme erra pouco e, sem se arriscar muito, cumpre o que promete e o faz muito bem. Rene Russo também tem uma ótima participação nesse, que pra mim, está entre os 5 melhores filmes do último ano. Vale a pena ver.
Poucos dias depois de ver Sniper Americano, vejo esse Tangerines... como eu queria poder apagar aquela baboseira da mente e ficar só com essa obra-prima. Que espetáculo!
É notória a mão experiente do nosso querido Eastwood nesse filme. Ele consegue exibir bem o espírito americano em relação à guerra e ainda mostrar os transtornos que toda aquela matança trás ao soldado. O único problema da obra é ser parcial demais, mostrar os iraquianos como lobos selvagens e os americanos como cães pastores que protegem o resto do mundo (ovelhas). Sim, essa metáfora / lavagem cerebral vergonhosa faz parte do filme. Essa propaganda americana tirou todo o prazer que um bom filme de guerra proporcionaria a um fã do gênero. Bom, mas vamos relevar isso um pouco, afinal é uma adaptação do livro que conta a história do maior atirador da história dos EUA, Chris Kyle (Bradley Cooper), o cara matou mais de 100 pessoas em nome do seu país, se um filme desse não for patriota, quem será? Vemos Kyle quando era apenas um cowboy junto com seu irmão até que um ataque terrorista a uma embaixada americana o faz pensar na vida militar. Kyle une-se aos SEALS. O bacana do filme é que, mesmo em menos de duas horas, podemos presenciar um pouco de cada fase da vida militar do soldado, desde o duro treinamento - que lembra a triagem grotesca do BOPE - até sua última missão, onde ele encontrou a paz de espírito que só um assassino como ele poderia esperar. O roteiro desenha tudo isso com maestria, pintando qualquer áraque que surgir como vilão, seja protegendo terroristas, atacando soldados americanos ou chantageando para dar informações. Segundo Sniper, todas as mortes executadas por soldados americanos foram legítimas. Até a morte de crianças pode ser relevada, já que todas podem estar portando granadas ou lança-mísseis. É CLARO que o personagem sofre no seu consciente por atirar nesses momentos e isso também deve ser mencionado, mas o fato de não haver uma exceção, uma correção ou uma crítica se quer em relação a postura americana, faz de Sniper um ótimo filme-propaganda, e isso não dá pra engolir. Volto a afirmar, filme tecnicamente muito bom, a história do Kyle, sua relação com a esposa, os transtornos que a guerra trouxe, tudo isso é muito interessante, mas o filme me soou como uma ode ao exército americano, um louvor à guerra mortal, egoísta e desnecessária travada contra o Iraque, Afeganistão e tantos outros países nos últimos anos. Isso chateia qualquer um que vê o cinema não só como entretenimento, mas como veículo de informação.
O sucesso não é eterno, muitas pessoas tornam-se celebridades obtendo acesso apenas aqueles ''15 minutos de fama'' e, como que numa ordem natural, acabam caindo no esquecimento e morrendo agarradas a um passado que nunca se repetiu. Com atores e atrizes isso não seria diferente. Quantos heróis, vilões e mocinhas em perigo não chamaram sua atenção em um ótimo filme e depois sumiram do mapa? E agora, com o avanço da tecnologia nos trazendo um novo mundo, onde instagram, facebook e outras redes sociais criam celebridades aos montes, vemos o quanto um ''artista'' se difere de uma ''celebridade'', comparação feita no filme e que funciona muito bem pra explicar a ideia do diretor Iñarritu ao conceber esse que, pra mim, é um dos filmes mais geniais e críticos dos últimos anos, apertando o sapato da própria Hollywood e a indústria implacável e acéfala do cinema contemporâneo. No filme, Riggan Thomson (Michael Keaton) é um ator em decadência que fez muito sucesso no passado interpretando um super herói chamado Birdman. Em busca da fama perdida, ele investe todas as suas fichas adaptando um famoso texto para a Broadway. Diretor, roteirista e principal estrela, ele tem que comandar um time disfuncional e um tanto patético de atores formado por Mike Shiner (Edward Norton), Lesley (Naomi Watts) e Laura (Andrea Riseborough). Mas a peça, apesar de um grande atrativo e palco de praticamente todo o filme, não é o foco principal. Riggan tem visitas constantes de alguém que só ele vê, o seu passado. Birdman, seu principal sucesso, agora é o seu conselheiro. Seu lado celebridade o atormenta quando ele não consegue apenas ser um artista de prestígio. A partir daí, relembrando, remoendo e retorcendo esse falso sucesso que obteve no passado, vemos uma crítica feroz a fama ilusória que os Blockbusters trazem, sem esquecer da crítica especializada que pode destruir um artista batalhador, mas também pode criar falsos mitos e contrariar tudo aquilo que critica. Talvez o filme torne-se uma incógnita que incomoda em seu desfecho, mas nada que tire o brilhantismo dessa obra que, mesmo batendo de frente com o sistema, ainda recebe flores como recompensa. E são merecidas, o filme é excelente. Destaque para as atuações de Emma Stone, como Sam, a filha que Riggan não deu a atenção suficiente na infância e Zach Galifianakis, como o agente do ator. Mas as grandes atuações são mesmo de Keaton, voltando a sua melhor forma (se é que já teve uma), Norton, interpretando um ator que funciona apenas no palco, levando uma vida fracassada, Naomi Watts, passando todas as dúvidas e incertezas de uma atriz mediana e sonhadora e é claro, IÑARRITU, pois sua obra ultrapassa a marca de apenas um bom filme e cria algo único. Seja com a trilha experimental apenas com bateria, a edição que cria uma sensação de que o filme tenha sido feito em um único plano sequência ou o roteiro ágil e inteligente, tudo em Birdman é genial e merece ser visto mais de uma vez.
O segmento do ''Papai Noel'' (terceiro) é foda demais. O primeiro é muito bacana em alguns momentos, apesar da luta com o cartoon / coringa / joker ser um pouco chata, mas seguindo a linha bizarro / surreal / non-sense, o filme consegue aliar tudo isso com uma puta crítica social e comportamental, além de muita violência haha. Vale a pena conferir.
Boa ideia, execução abaixo do esperado. Muita escuridão não causa medo, causa desconforto visual, pois não conseguimos ver nada do que acontece kkk.
Querem ver um bom filme de terror nacional? Indico: http://filmow.com/a-noite-do-chupacabras-t34974/
Bem brasileiro, com efeitos bem feitos e mortes convincentes.
Nesse Isolados, uma impressão que tive é que nem diretor, nem elenco ou diretor de fotografia sabem ou já ouviram falar do que é terror ou suspense psicológico. A trilha é boa em alguns momentos e exagerada em outros, mas, ao menos, ela está na média. Por sorte, a reviravolta no desfecho dá um gás na trama e explica um pouco sobre os personagens, tirando um pouco os furos que havia encontrado no roteiro. Vale pela tentativa de tirar o cinema nacional do padrão comédia-favelamovie e tentar inserir outros gêneros no nosso circuito.
Confesso que conferi esse filme por conta do Aaron Paul, desde Breaking Bad queria vê-lo em alguma produção e não arrisquei o Need for Speed, rs. O filme tem uma boa narrativa e os personagens são interessantes, mas peca em ser ''raso'' demais, tudo bem que ele aproxima-se bem de um certo realismo, mas achei a história pobre em relação ao seu potencial. Não que o filme seja ruim, mas poderia ser bem melhor se fosse um pouco mais corajoso. Um ponto positivo dessa leveza é que ela cria um filme gostoso de se ver, mas acho que o tema exige algo mais sujo e degradante. Porém, acima de tudo isso, não posso deixar de destacar a Mary Elizabeth Winstead, eu nem sabia de sua existência e agora vou ficar de olho em tudo que ela fizer. Que atuação esplêndida! Sem sua atuação convincente, o filme não seria nem um terço do que é. Boa obra, vale a conferida.
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraDificilmente um filme de ação consegue fugir de clichês, frases de efeito ou personagens canastrões. E isso não é um problema. O problema é não saber usar usá-los a seu favor.
De Volta ao Jogo tem um quê de absurdo. Desde seu enredo exagerado, que dá ênfase na invencibilidade do seu herói-título e cria um motivo diferente do padrão pra dar o start em toda a violência no filme até o fato de já sabermos o desfecho: ele é invencível mesmo, tá na cara. Mas esse quê de absurdo, que muitas vezes me remeteu à filmes baseados em HQs, é o grande trunfo do filme.
Veja bem, é cinema, é ficcional, não precisa ser real, não precisa ser verossímil, é um filme de ação, precisa ter ação, precisa entreter, precisa convencer, não parecer palpável. Adorei todo o exagero em torno do personagem e vibrei com todas as cenas de tiroteio. Nunca vi tantos headshots em sequencia, o cara é um mestre.
Dirigido com competência e com um jogo de cores foda (fiquei pirando na fotografia durante o filme todo), é o típico filme de ação competente e, tecnicamente, bem feito. Utiliza bem os clichês disponíveis e mesmo assim ainda cria um personagem que não é rapidamente esquecível. Tomara que não caguem na sequência.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraÉ o típico filme que melhora a cada revisitada.
O primeiro embate sobre infidelidade entre Clive Owen e Julia Roberts está entre os diálogos mais fortes que já vi. Os dois estão viscerais em cena.
Aliás, os 4 protagonistas estão perfeitos, mas Alice (Portman) é o personagem chave pra mim. Ela não é de ninguém, ela não pertence a ninguém, ela é dela, ela não é do mundo, o mundo é dela, mas se ela amar, ela ama até o fim, só não estrague isso. Ela não é de ninguém, mas se fosse sua, seria só sua, para sempre.
Achei o desfecho muito foda! Mostra todo o egoísmo presente nos relacionamentos e que são poucos os que fogem dele <3
Impossível dar menos que 5 estrelas.
O Labirinto do Fauno
4.2 2,9KRevi ontem e tive a sensação de estar assistindo um dos filmes mais belos já feitos. Poderia estar falando apenas da direção de arte, da fotografia, do roteiro, etc. Mas não, falo de toda a obra, inclusive tudo o que pode ser subentendido. Ofelia não era daquele mundo mal, feio e arrogante, cheio de guerras e assassinos frios e cruéis. Ofelia merecia viver num mundo diferente, mesmo que de fantasia. Sua pureza merecia um conto de fadas.
Gostei mais do que da última revisão, Del Toro merece minha admiração.
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista Agora''O filme mais esperado do ano'' chega e deixa um gostinho de frustração.
Filmes com vários personagens sofrem com a falta de identidade, temos muitos rostos e queremos saber sobre todos, mas é difícil trabalhar bem com cada um. Os Vingadores é um caso a parte, já que tivemos filmes solos para saciar essa curiosidade. Eu, como um não leitor de HQs queria saber sobre cada personagem do Esquadrão em questão e o que vi foram resumos superficiais de cada um, e pior, vi uma interação forçada, recheada de draminhas ridículos e frases prontas como ''já perdi uma família, não perderei outra''.
Enredo fraquíssimo, vilã que dá sono, personagem do Will Smith é bom mas pessimamente mal aproveitado nas cenas mais dramáticas (que seriam o ponto de empatia entre público e personagem, ao meu ver).
Joker é, sem dúvidas, o mais fraco e esquecível entre todos que já vi.
Soundtrack muito bacana, mas funciona bem no trailer, no filme é mal encaixada, assim como os flashbacks e o início hiper moroso contando didaticamente sobre os personagens (e mesmo assim não me senti aproximado de nenhum, vai entender rs)
Algumas piadas salvam o filme de ser detestável e o tornam até assistível, e graças a Arlequina consegui me divertir e não levantar da cadeira do cinema.
Resumindo, filme fraco mas não desprezível. Só não esperem um filme para se lembrar. Totalmente esquecível e sem identidade própria, infelizmente.
A Separação
4.2 726 Assista AgoraPreciso confessar que há tempos não via um filme tão sincero e humano. Nesse filme somos inseridos no ambiente familiar, na cultura e na religião de um povo que é totalmente distinto do que conhecemos, mas o bacana é que isso tudo é feito sem preconceitos, julgamentos ou estereótipos forçados.
A trama se desenvolve leve e bem amarrada, de forma que os personagens tornam-se marcantes e as atuações (soberbas) nos fazem ficar estáticos, sem torcer pra A ou B, apenas observar o desenrolar daquele mundinho tão particular.
O desfecho retrata bem o que é uma separação, não poderia ser melhor - e mais realista.
Recomendo essa obra-prima com fervor! Vejam! Pra ontem!
Acordar para a Vida
4.3 789Pra quem deseja ter o filme em dvd, achei um anúncio com ótimo preço (R$32) no mercado livre:
MLB-738939575-dvd-waking-life-richard-linklater-_JM
Produto novo e só boas qualificações, acho que esse é um filme que vale a pena ter.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraRevi ontem em casa e continua com o mesmo efeito do cinema: hipnótico, angustiante, dilacerante. Fincher fez uma obra prima aqui e Rosamund Pike eternizou um personagem. <3
Ele Está de Volta
3.8 681Me gelou a espinha como nenhum filme de terror já fez. Só de pensar que todas as críticas fazem total sentido eu tenho muito medo do que virá nos próximos anos.
Amor Para a Eternidade
4.0 52 Assista AgoraQue sinopse! Preciso ver pra ontem!!
Maggie: A Transformação
2.7 449Tão profundo quanto um pires. A ideia é interessante mas a forma contemplativa em que a narrativa é criada deixa o filme bem chatinho em alguns momentos. Arnold está bem, mas nada que justifique tantos elogios, qualquer ator dramático faria Wade numa boa.
Esse curta: http://filmow.com/cargo-t77324/, consegue, em 7 minutos, fazer algo mais profundo e emocionante. Gosto da mescla de histórias de zumbis com dramas, mas não precisa exagerar na melancolia e esquecer de construir e/ou desenvolver a sua história né?
Filme mediano, mas vale a pena a conferida.
[REC]² Possuídos
3.1 1,4K Assista AgoraJuro que tentei. Mas a magia do primeiro filme se estragou assim que o policial infectado parou de atacar o outro quando o cara faz uma oração. Não dá pra misturar uma temática próxima a zumbis / raiva / vírus com possessão. Aí vi um menino zumbi andando no teto e desliguei essa merda, prefiro ficar apenas com o magnífico Rec 1 na mente e nem tentar ver isso, 20 minutos foram o suficiente para essa decisão.
Dr. Giggles: Especialista em Óbitos
3.1 24hahahaha finalmente achei o ''dr. risadinha'', vi na infância e nunca esqueci esse nome hahaha
Shooting Clerks
3.8 1Foda!!! Ansioso pra ver
Sem Retorno
3.4 296 Assista Agoragostei da premissa, apesar do Reynolds, verei rsrs
A Filha do Meu Melhor Amigo
2.8 362 Assista AgoraVi metade e desisti, melhor dormir mesmo rs. Na boa, não gostei muito desse humor e os personagens são beeeem chatinhos, cansei.
Tangerinas
4.3 243Finalmente resolvi escrever algo sobre o filme.
Depois de ver o americaníssimo ''Sniper Americano'' e ter detestado a forma como a guerra é abordada, me peguei pensando se estava sendo cruel demais, afinal, não se tratava de um filme ruim, ele só partia de um princípio que eu considero errado. Bom, vi Tangerines, um filme estoniano que concorre ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e tive uma certeza: existem muitas maneiras de se falar sobre guerra e, enquanto Sniper prefere ser parcial e panfletário, Tangerines é humano e introspectivo. O segundo acerta em cheio, criando um clima denso, emocionante e reflexivo, sem tomar partido de países ou bandeiras, simplesmente mostrando o quanto a guerra e toda essa violência são desnecessários e nada, nada glorificantes. Como eu queria que todo filme sobre guerras fosse tão humano quanto esse.
A trama é simples: às vésperas de uma guerra iminente, Ivo (Lembit Ulfsak), um senhor de idade avançada, ajuda seu vizinho Margus (Elmo Nüganen) - talvez o seu único vizinho, pois todos já se mandaram para longe por medo da tal guerra - construindo caixotes de madeira para que possam colher a sua grande plantação de Tangerinas antes que o combate venha de fato até a região. Após um tiroteio na frente de sua casa, ele se vê obrigado a cuidar de dois homens que se feriram, o mercenário checheno Ahmed (Giorgi Nakashidze) e Niko (Misha Meskhi), um soldado Giorgiano. Esses foram os únicos sobreviventes - um de cada lado - de um embate mortal entre dois grupos inimigos que lutam pela mesma terra. Não demora até que os dois soldados feridos comecem a melhorar e tenham que enfrentar suas diferenças e semelhanças (são muitas), enquanto Ivo tenta convencê-los a não se matarem.
Um filme único, tocante mas sem melodramas, mostrando a real face de uma guerra. Não há lado certo ou razão para matar. O final é lindo e emociona, mas não apela. A emoção e a comoção são genuínos, pois vemos humanos ali, lutando por suas causas e por sua vida, que em algum momento lembraram que a vida do outro vale tanto quanto a sua e mais que sua causa tão justa. Obra-prima.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraAcho que já foi o tempo em que Gyllenhaal precisava convencer que era um bom ator. Depois dessa sequência de excelentes papéis no ano passado (Homem Duplicado, Os Suspeitos e O Abutre) está mais que comprovado que o cara sabe o que está fazendo.
Nesse filme, ele é o atrativo principal, interpretando Lou Bloom, um oportunista frio e calculista que, desesperado por trabalho, acaba ''esbarrando'' no mundo do jornalismo sensacionalista. No sórdido mundo onde a notícia mais polêmica ou amedrontadora vende mais, no ramo onde impor medo e causar desespero no espectador é o auge da carreira, um abutre como ele pode muito bem sobreviver apenas da desgraça alheia. E é assim, correndo pelas ruas de Los Angeles a fim do acidente mais fatal, do assassinato mais brutal ou da imagem mais forte, que conhecemos o lado sombrio do jornalismo policial. Qualquer semelhança com a sede de sangue de nossos apresentadores conhecidos não é por mero acaso.
Graças a edição frenética que nos põe dentro da história, como se fossemos um parceiro do anti-herói, querendo um ângulo melhor ou uma imagem mais brutal para comentar depois e o roteiro redondo, o filme erra pouco e, sem se arriscar muito, cumpre o que promete e o faz muito bem. Rene Russo também tem uma ótima participação nesse, que pra mim, está entre os 5 melhores filmes do último ano. Vale a pena ver.
Tangerinas
4.3 243Poucos dias depois de ver Sniper Americano, vejo esse Tangerines... como eu queria poder apagar aquela baboseira da mente e ficar só com essa obra-prima. Que espetáculo!
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraÉ notória a mão experiente do nosso querido Eastwood nesse filme. Ele consegue exibir bem o espírito americano em relação à guerra e ainda mostrar os transtornos que toda aquela matança trás ao soldado. O único problema da obra é ser parcial demais, mostrar os iraquianos como lobos selvagens e os americanos como cães pastores que protegem o resto do mundo (ovelhas). Sim, essa metáfora / lavagem cerebral vergonhosa faz parte do filme. Essa propaganda americana tirou todo o prazer que um bom filme de guerra proporcionaria a um fã do gênero.
Bom, mas vamos relevar isso um pouco, afinal é uma adaptação do livro que conta a história do maior atirador da história dos EUA, Chris Kyle (Bradley Cooper), o cara matou mais de 100 pessoas em nome do seu país, se um filme desse não for patriota, quem será? Vemos Kyle quando era apenas um cowboy junto com seu irmão até que um ataque terrorista a uma embaixada americana o faz pensar na vida militar. Kyle une-se aos SEALS.
O bacana do filme é que, mesmo em menos de duas horas, podemos presenciar um pouco de cada fase da vida militar do soldado, desde o duro treinamento - que lembra a triagem grotesca do BOPE - até sua última missão, onde ele encontrou a paz de espírito que só um assassino como ele poderia esperar.
O roteiro desenha tudo isso com maestria, pintando qualquer áraque que surgir como vilão, seja protegendo terroristas, atacando soldados americanos ou chantageando para dar informações. Segundo Sniper, todas as mortes executadas por soldados americanos foram legítimas. Até a morte de crianças pode ser relevada, já que todas podem estar portando granadas ou lança-mísseis. É CLARO que o personagem sofre no seu consciente por atirar nesses momentos e isso também deve ser mencionado, mas o fato de não haver uma exceção, uma correção ou uma crítica se quer em relação a postura americana, faz de Sniper um ótimo filme-propaganda, e isso não dá pra engolir. Volto a afirmar, filme tecnicamente muito bom, a história do Kyle, sua relação com a esposa, os transtornos que a guerra trouxe, tudo isso é muito interessante, mas o filme me soou como uma ode ao exército americano, um louvor à guerra mortal, egoísta e desnecessária travada contra o Iraque, Afeganistão e tantos outros países nos últimos anos. Isso chateia qualquer um que vê o cinema não só como entretenimento, mas como veículo de informação.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraO sucesso não é eterno, muitas pessoas tornam-se celebridades obtendo acesso apenas aqueles ''15 minutos de fama'' e, como que numa ordem natural, acabam caindo no esquecimento e morrendo agarradas a um passado que nunca se repetiu. Com atores e atrizes isso não seria diferente. Quantos heróis, vilões e mocinhas em perigo não chamaram sua atenção em um ótimo filme e depois sumiram do mapa? E agora, com o avanço da tecnologia nos trazendo um novo mundo, onde instagram, facebook e outras redes sociais criam celebridades aos montes, vemos o quanto um ''artista'' se difere de uma ''celebridade'', comparação feita no filme e que funciona muito bem pra explicar a ideia do diretor Iñarritu ao conceber esse que, pra mim, é um dos filmes mais geniais e críticos dos últimos anos, apertando o sapato da própria Hollywood e a indústria implacável e acéfala do cinema contemporâneo.
No filme, Riggan Thomson (Michael Keaton) é um ator em decadência que fez muito sucesso no passado interpretando um super herói chamado Birdman. Em busca da fama perdida, ele investe todas as suas fichas adaptando um famoso texto para a Broadway. Diretor, roteirista e principal estrela, ele tem que comandar um time disfuncional e um tanto patético de atores formado por Mike Shiner (Edward Norton), Lesley (Naomi Watts) e Laura (Andrea Riseborough).
Mas a peça, apesar de um grande atrativo e palco de praticamente todo o filme, não é o foco principal. Riggan tem visitas constantes de alguém que só ele vê, o seu passado. Birdman, seu principal sucesso, agora é o seu conselheiro. Seu lado celebridade o atormenta quando ele não consegue apenas ser um artista de prestígio. A partir daí, relembrando, remoendo e retorcendo esse falso sucesso que obteve no passado, vemos uma crítica feroz a fama ilusória que os Blockbusters trazem, sem esquecer da crítica especializada que pode destruir um artista batalhador, mas também pode criar falsos mitos e contrariar tudo aquilo que critica. Talvez o filme torne-se uma incógnita que incomoda em seu desfecho, mas nada que tire o brilhantismo dessa obra que, mesmo batendo de frente com o sistema, ainda recebe flores como recompensa. E são merecidas, o filme é excelente.
Destaque para as atuações de Emma Stone, como Sam, a filha que Riggan não deu a atenção suficiente na infância e Zach Galifianakis, como o agente do ator. Mas as grandes atuações são mesmo de Keaton, voltando a sua melhor forma (se é que já teve uma), Norton, interpretando um ator que funciona apenas no palco, levando uma vida fracassada, Naomi Watts, passando todas as dúvidas e incertezas de uma atriz mediana e sonhadora e é claro, IÑARRITU, pois sua obra ultrapassa a marca de apenas um bom filme e cria algo único. Seja com a trilha experimental apenas com bateria, a edição que cria uma sensação de que o filme tenha sido feito em um único plano sequência ou o roteiro ágil e inteligente, tudo em Birdman é genial e merece ser visto mais de uma vez.
Adeus Século 20
3.4 10O segmento do ''Papai Noel'' (terceiro) é foda demais. O primeiro é muito bacana em alguns momentos, apesar da luta com o cartoon / coringa / joker ser um pouco chata, mas seguindo a linha bizarro / surreal / non-sense, o filme consegue aliar tudo isso com uma puta crítica social e comportamental, além de muita violência haha. Vale a pena conferir.
''O futuro é tão fracassado como o passado!''
Isolados
2.5 328 Assista AgoraBoa ideia, execução abaixo do esperado.
Muita escuridão não causa medo, causa desconforto visual, pois não conseguimos ver nada do que acontece kkk.
Querem ver um bom filme de terror nacional?
Indico: http://filmow.com/a-noite-do-chupacabras-t34974/
Bem brasileiro, com efeitos bem feitos e mortes convincentes.
Nesse Isolados, uma impressão que tive é que nem diretor, nem elenco ou diretor de fotografia sabem ou já ouviram falar do que é terror ou suspense psicológico. A trilha é boa em alguns momentos e exagerada em outros, mas, ao menos, ela está na média.
Por sorte, a reviravolta no desfecho dá um gás na trama e explica um pouco sobre os personagens, tirando um pouco os furos que havia encontrado no roteiro.
Vale pela tentativa de tirar o cinema nacional do padrão comédia-favelamovie e tentar inserir outros gêneros no nosso circuito.
Smashed: De Volta à Realidade
3.5 178 Assista AgoraConfesso que conferi esse filme por conta do Aaron Paul, desde Breaking Bad queria vê-lo em alguma produção e não arrisquei o Need for Speed, rs.
O filme tem uma boa narrativa e os personagens são interessantes, mas peca em ser ''raso'' demais, tudo bem que ele aproxima-se bem de um certo realismo, mas achei a história pobre em relação ao seu potencial. Não que o filme seja ruim, mas poderia ser bem melhor se fosse um pouco mais corajoso. Um ponto positivo dessa leveza é que ela cria um filme gostoso de se ver, mas acho que o tema exige algo mais sujo e degradante.
Porém, acima de tudo isso, não posso deixar de destacar a Mary Elizabeth Winstead, eu nem sabia de sua existência e agora vou ficar de olho em tudo que ela fizer. Que atuação esplêndida! Sem sua atuação convincente, o filme não seria nem um terço do que é. Boa obra, vale a conferida.
Annabelle
2.7 2,7K Assista AgoraEnquanto ''Invocação do Mal'' deu medo, ''Annabelle'' deu sono. Filmezinho mais ou menos...