versão norte sueca de Parasita que não chega nem aos pés, mesmo tendo seus bons momentos. que final foi esse? jogou fora todo trabalho desenvolvido durante o filme. :| enfim, curti mas podia ter sido beeeeeeeeeeeeeeem melhor.
gostei demais do filme até trocar ideia com uma amiga e ela apontar algumas incongruências que facilmente poderiam ser usadas como uma propaganda anti revolucionária. começando pelo final, cheio de
Conseguiu ser melhor e mais profundo do que 80% das histórias de amor de 'adultos', mesmo tratando de um amor adolescente. Amei a estética, fotografia, atuações e a sensação que o filme passa. Achei muito única a filmagem! Quando a gente ama muito realmente DÓI, mesmo que seja uma relação saudável. As tomadas lentas, os olhares, os toques.... muito bom.
Além da pegada bem política sobre os lados, do "é eles contra nós", da questão indígena. As separações a partir da etnia mesmo numa país na sua maioria indígena, como no México.
Muito foda ver uma animação com a história do nosso país, de sangue e luta desde o princípio. Achei genial utilizar a passagem dele como um pássaro pra mostrar os tempos passando...
Queria compartilhar com vcs um texto que li sobre e me fez pensar por outra perspectiva.
Por que, no cinema americano, é sempre mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo?
A repetição sem fim dos enredos apocalípticos revela um sintoma particular desta sociedade que é a incapacidade de criar histórias que enfrentem a contradição principal do nosso momento histórico: o capitalismo é um meteoro ao qual os Estados Unidos morrerão abraçados levando o resto do mundo junto.
Esta é a conclusão que chegamos ao final do mais recente filme-catástrofe produzido por Hollywood: Não Olhe Para Cima (Don´t Look Up), dirigido por Adam Mckay, o mesmo de A Grande Aposta (The Big Short, 2015), uma tentativa de explicar o apocalipse financeiro de 2008.
Nos dois filmes, a mesma receita: é a indigência moral de indivíduos canalhas que leva a catástrofes que seriam evitáveis. Desta maneira, conclui-se que se os canalhas deixarem de existir poderemos todos nos salvar e voltar para as nossas vidas felizes.
Ledo engano. Não é a burrice boçal individual que causa os problemas sociais em um sistema econômico tão contraditório quanto o capitalismo. É o contrário: uma sociedade capitalista precisa de indivíduos imbecis para existir e se manter.
A subjetividade cretina, em especial da burguesia e dos que a servem com fidelidade canina, é a única possível no capitalismo e a catástrofe é o único final plausível.
É por isso que Não Olhe Para Cima, apesar das boas intenções, não consegue ir além dos seus antecessores. Parece mais do mesmo. Isso explica a abordagem farsesca e irônica dos materiais apresentados e as explícitas citações, na linha do pastiche pós-moderno, a outros filmes com temas semelhantes.
Das várias citações, duas chamam atenção. Em Armagedom (Armageddon, Michael Bay, 1998), Bruce Willis é o herói que salva o planeta de um meteoro, com a ajuda da Nasa e do Pentágono, em um alinhamento com o governo impensável no atual momento. Em Não Olhe para Cima, este herói é o fascista Benedict Drask (o ótimo Ron Perlan).
Em Interestelar (Interestellar, Christopher Nolan, 2014), o clima é o inimigo mortal. No entanto, o resultado é uma das obras mais fascistas já produzidas pela indústria cinematográfica americana. O filme chega a sugerir genocídio como forma de salvar a espécie humana e transforma uma das luas de Saturno no Kansas. Mckay o ridiculariza na cena final de seu filme.
Uma das diferenças de Não Olhe para Cima em relação a seus antecessores é o fato de que, no mundo real, uma catástrofe de fato está acontecendo e ela está próxima das pessoas ricas de Hollywood. Não é preciso mais imaginar qual seria a reação da sociedade e dos governos diante do imponderável.
Como a pandemia de Covid-19 e o aquecimento global não são frutos da imaginação criativa, Mckay pode se concentrar em representar a reação social que ele mesmo está vivendo na prática. Neste sentido, para muitos que se identificam com sua premissa, visto que vivemos diariamente uma realidade de absurdos, o filme acaba ajudando a desopilar o fígado. “Lava a alma”, como dizem alguns. Porém, as coisas não são tão simples.
O diretor faz parte de um círculo de indivíduos que no Brasil caracterizaríamos de esquerda light. São os “liberals”, em inglês. Neste grupo, estão alguns atores como Leonardo DiCaprio e Meryl Streep. Inclui também Brad Pitt, de A Grande Aposta. Todos poderosos, muito ricos e filantrópicos.
DiCaprio é um ativista político, defensor de causas ambientais e até teve entreveros com Bolsonaro há algum tempo. No entanto, o problema dessa gente e de suas pretensões políticas é que em sua maioria eles estão alinhados com os políticos do Partido Democrata. E não há nada mais equivocado.
Ao focar seu filme no anti-Trumpismo, Mckay poupa os Democratas como detentores de um bom senso que eles estão longe de ter. O partido serve à sujeira capitalista tanto quanto o Partido Republicano de Trump, mas o faz a partir de um discurso hipócrita que usa e abusa dos termos ligados à democracia e aos direitos humanos de modo a posar de civilizado.
O Partido Democrata americano é formado por capitalistas assassinos, genocidas e fazedores de guerra. Um deles atende pelo nome de Barack Obama. O Partido Democrata controla atualmente o discurso politicamente correto e é o responsável pelo atual identitarismo moralista, do qual boa parte da esquerda brasileira se apropriou com gosto. O Partido Democrata deu um golpe de estado no Brasil em 2016 como estratégia imperialista contra os BRICs e de submissão do país aos interesses das corporações americanas.
No caso do identitarismo moralista, a escalação de Meryl Streep para viver a oportunista presidente Orlean, retratada como um Trump de saias, é um pastiche, mas de sua performance como Margareth Thatcher em A Dama de Ferro (The Iron Lady, Phyllida Lloyd, 2011). A inglesa foi a genitora da perversão neoliberal do capitalismo, mas Meryl a retrata como uma mulher de fibra.
“Todos os dias, chove pedras na cabeça dos trabalhadores”, diz um personagem de Chuva de Pedras (Raining Stones, Ken Loach, 2011), um filme que retrata como ninguém a situação da classe operária inglesa depois dos anos Thatcher (leia nossa análise aqui). Uma simples comparação entre essas duas chuvas de pedras – a farsesca de Mckay e a consciente de Loach – mostra como a adesão ao sistema está presente no primeiro.
Nunca existiu, não existe e nunca existirá capitalismo ético, democrático, humano ou qualquer bobagem usada como paliativo para um sistema econômico que apela para o horror e o grotesco cotidianamente. Centenas de milhões de pessoas sentem isso na pele todos os dias, com ou sem pandemia ou aquecimento global.
Este é o motivo pelo qual, no universo social de um cineasta como Mckay, a solução para o dilema em seu filme é interditada ou não pode ser imaginada. Trata-se de uma escolha política. Este interdito chama-se socialismo. Algo que a esquerda light cooptada nem pensa em cogitar. Por isso, em sua fantasia, não há alternativa e seus personagens só podem morrer. "Nós tentamos tudo", diz a personagem de Jennifer Lawrence no final resignado.
É fato histórico que seria muito mais fácil destruir o meteoro do que deixá-lo nos destruir. Para começar, seria importante parar de olhar para o futuro como distopia e começar a pensar em utopia, ou seja, imaginar que podemos superar os limites do atual sistema econômico e substituí-lo por um mais racional. Precisamos querer - de maneira coletiva - outro final. É o óbvio.
Que mal há um mundo onde quem trabalha seja o real proprietário dos frutos do seu trabalho? Onde idosos e crianças sejam assistidos e bem tratados? Onde não haja fome? Onde sistemas de saúde sejam acessíveis e gratuitos a todos? Onde não haja divisão de classes? Onde a riqueza produzida por todos não esteja concentrada nas mãos de poucos?
Ou o que queremos mesmo é o final reacionário de Não Olhe para Cima? Sentar e rezar, de cabeça baixa, à espera de um milagre que certamente não virá?
superou minhas expectativas entrei em colapso pós filme pq é literalmente o que a gente faz todo dia não só sobre o covid, esse é só o exemplo mais gritante o cometa pode ser a violência doméstica, o esgotamento do planeta terra e o colapso da natureza frente ao capitalismo. coisas horríveis que nós como seres humanos ignoramos diariamente é o que não falta, é só escolher... a miséria, a violência, os suicídios estar viva é foda de bom e proporcionalmente foda de ruim também, cara... que caos que vivemos sobre a forma de se comunicar, de nos relacionarmos, como vemos uns aos outros me dá ânsia de vômito... sem direita e esquerda aqui, cara. é mais sobre o que o leo dicaprio diz
'independente de vc achar bom ou ruim, não tem como negar que existe um cometa gigante vindo na nossa direção'
e aqui não me refiro a me unir aos que não enxergam o cometa, até certo ponto quero mais é que eles se ***** e não tenho resposta pra essas perguntas e anseios que aqui escrevo, é só uma vontade de externalizar o quanto nós como humanidade falhamos miseravelmente, como seres vivos...
amei o final, achei poético e condizente com a trama toda. kate dibiaski, me bja. eu teria reagido exatamente da mesma forma em todas situações. he
falando sério agora: como eu amo o cinema brasileiro. como é bom ver numa tela uma realidade próxima a tua, mesmo que seja de miséria. até miséria, putaria tem nacionalidade. baita obra, adorei os alívios cômicos e ow,
queria entender o papel do Mr. Robertson nessa história toda... amei muito o filme, mas sinto que faltou se aprofundar nas motivações de tudo isso. até dark deu uma boa procedência do início de tudo...
Ainda processando esse filme que é um exemplo, pra mim, do porque a arte é importante. Retratar a realidade, incomodar, questionar. Sobre ser augenista:
conhecendo a diretora, duvido muito que essa tenha sido a intenção, porém foi isso que pareceu. acho que foi desnecessário,
como se a responsabilidade fosse unicamente dos pais, como se SÓ eles criassem uma criança, quando na verdade é uma sociedade INTEIRA que educa. mexeu comigo em vários níveis,
não acredito que acabei de favoritar um filme dirigido por Jonah Hill. gostei mais como diretor do que como ator, assim como Ben Stiller, me surpreendeu DEMAIS por trás das câmeras. te dizer que atores de comédia sempre me ganham pq têm uma sensibilidade apurada. filme MUITO sensível sem ter a intenção, o que pra mim configura os melhores. ótimas e naturais atuações. trata realidades distintas e profundas com uma naturalidade, como se a gente fosse o Stevie. só queria que tivessem colocado o nome de todos os atores ali do lado aqui no filmow. RAY FODA DEMAIS! <3
Filme épico! Não sei como ainda me surpreendo com a qualidade do cinema brasileiro. Irandhir Santos, eu te amo, homem! História linda, senti mó tesão nesses dois ein rssss
o filme se equilibra entre pouca graça e muita graça de uma cena pra outra. talvez se eu tivesse visto chapada... rs no mais, espero ter a mesma calma que The Dude pra resolver meus problemas mais mirabolantes. ps:
superficialmente tem argumentos válidos mas que ao se aprofundar acaba numa ditação de regra sem nenhum fundamento além do "cadê a beleza eu quero beleza burr burr"
. achei genial a construção dos personagens e histórias. contar história de uma geração sem perder o rumo é algo bem difícil e o diretor e diretora o fizeram com perfeição :)
destaque pra atuação da protagonista, enquadramentos e a trilha sonora muito bem encaixada! foda a violência institucional e das pessoas com o que foge o que consideram como normalidade. o tempo todo só quis abraça-la...
entendi o objetivo, conheço o diretor e é uma ótima produção. só não é o tipo de de filme que EU curto. mas reconheço as qualidades, por isso nota 4,0.
Nessa roda eu seria todinho o Dan. Muito foda! Quero rever, sinto que não digeri tudo que poderia. Fiquei com medo do que poderia acontecer em alguns momentos, mas de uma coisa tenho certeza: pessoas querem a VERDADE (pelo menos o mais próximo dela) mas dificilmente conseguem lidar com ela ou aceitar. principalmente quando foge da nossa lógica de conhecimento científico.
Poucos filmes causam uma sensação tão única quanto esse. Do mesmo gênero mas montado de uma forma diferente, recordei de I Origins que me deixou com a mesma sensação. Finalmente um filme que me deixa paralisada de tanta maestria na condução de um assunto que me interessa tanto e é tão complexo.
Mal Viver
3.6 5me encantou muito a fotografia e o peso das cenas, dando destaque pros silêncios sem edição. amo diálogos assim, quase reais.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista Agoraversão norte sueca de Parasita que não chega nem aos pés, mesmo tendo seus bons momentos. que final foi esse? jogou fora todo trabalho desenvolvido durante o filme. :| enfim, curti mas podia ter sido beeeeeeeeeeeeeeem melhor.
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Libertárias
4.1 28gostei demais do filme até trocar ideia com uma amiga e ela apontar algumas incongruências que facilmente poderiam ser usadas como uma propaganda anti revolucionária. começando pelo final, cheio de
xenofobia (mostrando os árabes como ruins) e os católicos como 'certos'
a moça que baixou o revolucionário
A Dor de Te Amar
3.5 13Conseguiu ser melhor e mais profundo do que 80% das histórias de amor de 'adultos', mesmo tratando de um amor adolescente.
Amei a estética, fotografia, atuações e a sensação que o filme passa. Achei muito única a filmagem! Quando a gente ama muito realmente DÓI, mesmo que seja uma relação saudável.
As tomadas lentas, os olhares, os toques.... muito bom.
Além da pegada bem política sobre os lados, do "é eles contra nós", da questão indígena. As separações a partir da etnia mesmo numa país na sua maioria indígena, como no México.
"Meu coração é igual ao seu, nem mais caro, nem mais barato."
"Vou sempre estar contigo."
"É uma promessa?"
"Não, é um pacto"
"Ela machuca"
"Ulisses, preciso te ver. Estou morrendo"
Expresso do Amanhã
3.5 1,3K Assista grátisCurti muito a premissa mas o final, na minha perspectiva, não satisfez. A não ser que tenha algo que não captei... Se alguém puder me dizer.
Uma História de Amor e Fúria
4.0 657Muito foda ver uma animação com a história do nosso país, de sangue e luta desde o princípio. Achei genial utilizar a passagem dele como um pássaro pra mostrar os tempos passando...
Só não curti
a sexualização da Janaína...
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraQueria compartilhar com vcs um texto que li sobre e me fez pensar por outra perspectiva.
Por que, no cinema americano, é sempre mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo?
A repetição sem fim dos enredos apocalípticos revela um sintoma particular desta sociedade que é a incapacidade de criar histórias que enfrentem a contradição principal do nosso momento histórico: o capitalismo é um meteoro ao qual os Estados Unidos morrerão abraçados levando o resto do mundo junto.
Esta é a conclusão que chegamos ao final do mais recente filme-catástrofe produzido por Hollywood: Não Olhe Para Cima (Don´t Look Up), dirigido por Adam Mckay, o mesmo de A Grande Aposta (The Big Short, 2015), uma tentativa de explicar o apocalipse financeiro de 2008.
Nos dois filmes, a mesma receita: é a indigência moral de indivíduos canalhas que leva a catástrofes que seriam evitáveis. Desta maneira, conclui-se que se os canalhas deixarem de existir poderemos todos nos salvar e voltar para as nossas vidas felizes.
Ledo engano. Não é a burrice boçal individual que causa os problemas sociais em um sistema econômico tão contraditório quanto o capitalismo. É o contrário: uma sociedade capitalista precisa de indivíduos imbecis para existir e se manter.
A subjetividade cretina, em especial da burguesia e dos que a servem com fidelidade canina, é a única possível no capitalismo e a catástrofe é o único final plausível.
É por isso que Não Olhe Para Cima, apesar das boas intenções, não consegue ir além dos seus antecessores. Parece mais do mesmo. Isso explica a abordagem farsesca e irônica dos materiais apresentados e as explícitas citações, na linha do pastiche pós-moderno, a outros filmes com temas semelhantes.
Das várias citações, duas chamam atenção. Em Armagedom (Armageddon, Michael Bay, 1998), Bruce Willis é o herói que salva o planeta de um meteoro, com a ajuda da Nasa e do Pentágono, em um alinhamento com o governo impensável no atual momento. Em Não Olhe para Cima, este herói é o fascista Benedict Drask (o ótimo Ron Perlan).
Em Interestelar (Interestellar, Christopher Nolan, 2014), o clima é o inimigo mortal. No entanto, o resultado é uma das obras mais fascistas já produzidas pela indústria cinematográfica americana. O filme chega a sugerir genocídio como forma de salvar a espécie humana e transforma uma das luas de Saturno no Kansas. Mckay o ridiculariza na cena final de seu filme.
Uma das diferenças de Não Olhe para Cima em relação a seus antecessores é o fato de que, no mundo real, uma catástrofe de fato está acontecendo e ela está próxima das pessoas ricas de Hollywood. Não é preciso mais imaginar qual seria a reação da sociedade e dos governos diante do imponderável.
Como a pandemia de Covid-19 e o aquecimento global não são frutos da imaginação criativa, Mckay pode se concentrar em representar a reação social que ele mesmo está vivendo na prática. Neste sentido, para muitos que se identificam com sua premissa, visto que vivemos diariamente uma realidade de absurdos, o filme acaba ajudando a desopilar o fígado. “Lava a alma”, como dizem alguns. Porém, as coisas não são tão simples.
O diretor faz parte de um círculo de indivíduos que no Brasil caracterizaríamos de esquerda light. São os “liberals”, em inglês. Neste grupo, estão alguns atores como Leonardo DiCaprio e Meryl Streep. Inclui também Brad Pitt, de A Grande Aposta. Todos poderosos, muito ricos e filantrópicos.
DiCaprio é um ativista político, defensor de causas ambientais e até teve entreveros com Bolsonaro há algum tempo. No entanto, o problema dessa gente e de suas pretensões políticas é que em sua maioria eles estão alinhados com os políticos do Partido Democrata. E não há nada mais equivocado.
Ao focar seu filme no anti-Trumpismo, Mckay poupa os Democratas como detentores de um bom senso que eles estão longe de ter. O partido serve à sujeira capitalista tanto quanto o Partido Republicano de Trump, mas o faz a partir de um discurso hipócrita que usa e abusa dos termos ligados à democracia e aos direitos humanos de modo a posar de civilizado.
O Partido Democrata americano é formado por capitalistas assassinos, genocidas e fazedores de guerra. Um deles atende pelo nome de Barack Obama. O Partido Democrata controla atualmente o discurso politicamente correto e é o responsável pelo atual identitarismo moralista, do qual boa parte da esquerda brasileira se apropriou com gosto. O Partido Democrata deu um golpe de estado no Brasil em 2016 como estratégia imperialista contra os BRICs e de submissão do país aos interesses das corporações americanas.
No caso do identitarismo moralista, a escalação de Meryl Streep para viver a oportunista presidente Orlean, retratada como um Trump de saias, é um pastiche, mas de sua performance como Margareth Thatcher em A Dama de Ferro (The Iron Lady, Phyllida Lloyd, 2011). A inglesa foi a genitora da perversão neoliberal do capitalismo, mas Meryl a retrata como uma mulher de fibra.
“Todos os dias, chove pedras na cabeça dos trabalhadores”, diz um personagem de Chuva de Pedras (Raining Stones, Ken Loach, 2011), um filme que retrata como ninguém a situação da classe operária inglesa depois dos anos Thatcher (leia nossa análise aqui). Uma simples comparação entre essas duas chuvas de pedras – a farsesca de Mckay e a consciente de Loach – mostra como a adesão ao sistema está presente no primeiro.
Nunca existiu, não existe e nunca existirá capitalismo ético, democrático, humano ou qualquer bobagem usada como paliativo para um sistema econômico que apela para o horror e o grotesco cotidianamente. Centenas de milhões de pessoas sentem isso na pele todos os dias, com ou sem pandemia ou aquecimento global.
Este é o motivo pelo qual, no universo social de um cineasta como Mckay, a solução para o dilema em seu filme é interditada ou não pode ser imaginada. Trata-se de uma escolha política. Este interdito chama-se socialismo. Algo que a esquerda light cooptada nem pensa em cogitar. Por isso, em sua fantasia, não há alternativa e seus personagens só podem morrer. "Nós tentamos tudo", diz a personagem de Jennifer Lawrence no final resignado.
É fato histórico que seria muito mais fácil destruir o meteoro do que deixá-lo nos destruir. Para começar, seria importante parar de olhar para o futuro como distopia e começar a pensar em utopia, ou seja, imaginar que podemos superar os limites do atual sistema econômico e substituí-lo por um mais racional. Precisamos querer - de maneira coletiva - outro final. É o óbvio.
Que mal há um mundo onde quem trabalha seja o real proprietário dos frutos do seu trabalho? Onde idosos e crianças sejam assistidos e bem tratados? Onde não haja fome? Onde sistemas de saúde sejam acessíveis e gratuitos a todos? Onde não haja divisão de classes? Onde a riqueza produzida por todos não esteja concentrada nas mãos de poucos?
Ou o que queremos mesmo é o final reacionário de Não Olhe para Cima? Sentar e rezar, de cabeça baixa, à espera de um milagre que certamente não virá?
Carla Dórea Bartz
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista Agorasuperou minhas expectativas
entrei em colapso pós filme pq é literalmente o que a gente faz todo dia
não só sobre o covid, esse é só o exemplo mais gritante
o cometa pode ser a violência doméstica, o esgotamento do planeta terra e o colapso da natureza frente ao capitalismo.
coisas horríveis que nós como seres humanos ignoramos diariamente é o que não falta, é só escolher... a miséria, a violência, os suicídios
estar viva é foda de bom e proporcionalmente foda de ruim também, cara...
que caos que vivemos sobre a forma de se comunicar, de nos relacionarmos, como vemos uns aos outros me dá ânsia de vômito... sem direita e esquerda aqui, cara. é mais sobre o que o leo dicaprio diz
'independente de vc achar bom ou ruim, não tem como negar que existe um cometa gigante vindo na nossa direção'
amei o final, achei poético e condizente com a trama toda. kate dibiaski, me bja. eu teria reagido exatamente da mesma forma em todas situações. he
Desejo e Obsessão
3.2 16 Assista Agoraquero mto ver mas no stremio não tem legendado aaaa, alguma dica, gente?
Estômago
4.2 1,6K Assista Agorafalando sério agora: como eu amo o cinema brasileiro. como é bom ver numa tela uma realidade próxima a tua, mesmo que seja de miséria. até miséria, putaria tem nacionalidade. baita obra, adorei os alívios cômicos e ow,
medo dele ein. quem mata quietinho são os piores.
Estômago
4.2 1,6K Assista Agoraa santa ceia tá diferente
O Predestinado
4.0 1,6K Assista Agoraqueria entender o papel do Mr. Robertson nessa história toda... amei muito o filme, mas sinto que faltou se aprofundar nas motivações de tudo isso. até dark deu uma boa procedência do início de tudo...
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraAinda processando esse filme que é um exemplo, pra mim, do porque a arte é importante. Retratar a realidade, incomodar, questionar. Sobre ser augenista:
conhecendo a diretora, duvido muito que essa tenha sido a intenção, porém foi isso que pareceu. acho que foi desnecessário,
mas juro que se o Yonas não ficasse com a mãe eu ia quebrar uma parede à socos aqui.
a do moço arquivando o processo no meio a outros milhares.
Anos 90
3.9 502não acredito que acabei de favoritar um filme dirigido por Jonah Hill. gostei mais como diretor do que como ator, assim como Ben Stiller, me surpreendeu DEMAIS por trás das câmeras. te dizer que atores de comédia sempre me ganham pq têm uma sensibilidade apurada. filme MUITO sensível sem ter a intenção, o que pra mim configura os melhores. ótimas e naturais atuações. trata realidades distintas e profundas com uma naturalidade, como se a gente fosse o Stevie. só queria que tivessem colocado o nome de todos os atores ali do lado aqui no filmow. RAY FODA DEMAIS! <3
Tatuagem
4.2 923Filme épico!
Não sei como ainda me surpreendo com a qualidade do cinema brasileiro.
Irandhir Santos, eu te amo, homem!
História linda, senti mó tesão nesses dois ein rssss
O Grande Lebowski
3.9 1,1K Assista Agorao filme se equilibra entre pouca graça e muita graça de uma cena pra outra. talvez se eu tivesse visto chapada... rs
no mais, espero ter a mesma calma que The Dude pra resolver meus problemas mais mirabolantes.
ps:
espero que a doninha na parte da banheira não tenha sido real pq, tadinha pow!
Why Beauty Matters
3.9 40superficialmente tem argumentos válidos mas que ao se aprofundar acaba numa ditação de regra sem nenhum fundamento além do "cadê a beleza eu quero beleza burr burr"
Pássaros de Verão
4.0 77ainda processando todo peso dessa obra. mano, esse final foi perfeito
(e triste/frustante)
Sete Minutos Depois da Meia-Noite
4.1 991 Assista Agora"Histórias são criaturas selvagens. Se as deixamos livres, quem sabe o caos que podem causar?"
A fé é metade da cura; Crença na cura, crença no futuro que espera. Sua crença é valiosa então deve prestar atenção onde a coloca e em quem.
Humanos são feras complicadas. Vocês creem em mentiras confortáveis embora saibam a verdade dolorosa que tornam essas mentiras necessárias.
Queria ter 100 anos. Esses 100 anos eu daria a você.
Uma Mulher Fantástica
4.1 421 Assista Agoradestaque pra atuação da protagonista, enquadramentos e a trilha sonora muito bem encaixada!
foda a violência institucional e das pessoas com o que foge o que consideram como normalidade. o tempo todo só quis abraça-la...
O Ditador
3.2 1,8K Assista Agoraachei de mau gosto. vale pelo final apenas. e olha que eu amei Bruno. rssss
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista Agoraentendi o objetivo, conheço o diretor e é uma ótima produção. só não é o tipo de de filme que EU curto. mas reconheço as qualidades, por isso nota 4,0.
O Homem da Terra
4.0 452 Assista AgoraNessa roda eu seria todinho o Dan.
Muito foda! Quero rever, sinto que não digeri tudo que poderia. Fiquei com medo do que poderia acontecer em alguns momentos, mas de uma coisa tenho certeza: pessoas querem a VERDADE (pelo menos o mais próximo dela) mas dificilmente conseguem lidar com ela ou aceitar. principalmente quando foge da nossa lógica de conhecimento científico.
Fonte da Vida
3.7 777 Assista AgoraPoucos filmes causam uma sensação tão única quanto esse. Do mesmo gênero mas montado de uma forma diferente, recordei de I Origins que me deixou com a mesma sensação. Finalmente um filme que me deixa paralisada de tanta maestria na condução de um assunto que me interessa tanto e é tão complexo.