Comecei assistindo despretensiosamente, mas me peguei identificada com várias passagens da vida da protagonista. As pautas abordadas são muito importantes: o abuso que, muitas vezes, não precisa ser físico para te traumatizar; a importância de conseguir reagir diante de situações de risco; a importância de se sentir acolhida pelo governo, quando não há nenhum familiar ou amigo para contar — e aqui eu acho que no Brasil seria muito mais difícil. E, claro, a jornada da heroína que sofre a série inteira como tantas que conheço, mas consegue ter um final feliz. Dá uma instiga pra a gente conseguir se desenlaçar do nó manipulador que alguns homens conseguem nos prender e estimula a independência feminina.
Boa direção, algumas atuações boas, outras deploráveis. Confesso que o que me desanimou no começo da série foram algumas atuações horríveis que me fizeram desacreditar do conteúdo. Os plots são de certo modo previsíveis, pois brincam com simbologias já tão batidas e aproveitadas, como a crítica à modificação genética que desencadeia doenças, crítica à apatia causada pela tecnologia, alienação religiosa, solução na natureza (óleo de canabidiol?), e a boa e velha história do homem robusto de trabalhos braçais que na verdade é um sujeito sensível e apaixonado. Enfim, uma síntese de todos os clichês que a juventude aprecia. Ter vindo em meio à pandemia foi mais uma sacada que veio em boa hora, e culmina numa proposta bem atual.
De resto, a fotografia salva em alguns momentos e algumas ótimas atuações que nos contagiam enquanto espectadores, como a carismática performance de Michel Joelsas e Caio Horowicz.
À critério artístico, encarando até como episódio isolado, o melhor desta temporada, com certeza, foi o segundo. Comparado com o episódio embaixo d'água da temporada anterior, A horse with no name, podendo ser visualizado como um curta até descolado da série, e garantindo seu potencial no que concerne qualidade artística e do roteiro, ultrapassa a boca do que até então pensou analisar das personagens da série, escorregando para seus coadjuvantes e trazendo um aprofundamento verdadeiro na psiquê dos protagonistas. Como no caso de Bojack, que nos sentimos cavando cada vez mais no seu interior, quando entendemos a relação de sua mãe com a sua avó, pai, marido, e posteriormente, a vida. De uma delicadeza sem tamanho, ainda pincelou ao longo da narrativa - e agora, da temporada como um todo - referências a Mad Men, quando, mais do que nunca, enxergarmos um Don Draper decadente, e conseguimos aproximar cada vez mais Diane com sua Peggy. O último episódio foi um tiro; quando deixa tantas afirmativas, consegue, a seu modo, preencher todos os pingos nos is, e dessa forma, incita nossa curiosidade. O mesmo tipo de sentimento que me travou do segundo episódio em diante carrega a semelhança dolorida com a mutação para o que foi se transformando meu sentimento por Beatrice, ao crescer minha empatia e compaixão.
Pra variar, me destroçou. Até mais, Bojack. No aguardo da próxima.
No fim das contas todo mundo teve, a seu modo, seu lugarzinho ao sol. Só esse fim de Betty que me arrebentou foi o peito e o coração tá em pedacinhos. Impossível não se debulhar em lágrimas em como, diante da iminência da morte, ela continua linda, penteada, com unhas enormes e um cigarrinho à tiracolo. Minha segunda personagem favorita mesmo. Feliz pelo fim da minha primeira favorita, Peggy terminou como deveria. Sobre Don, ainda não sei bem o que pensar de seu fim, mas eu já devia imaginar que o (genial!) roteirista iria deixar várias pontas que podem ser unidas desde o início da série até o último episódio. Don virando exatamente o oposto do que ele sempre foi, e seria cínico se ele tivesse em algum momento criticado esse estilo de vida, mas pelo contrário, desde a primeira temporada, com a sua primeira amante, ele sempre se mostrou um bom entusiasta dos hippies.
O(s) diretor(es) obviamente é(são) incrível(eis), a série carrega do início ao fim uma preocupação com a estética de cair o queixo, isso é bem claro, mas não seria tão perfeita sem a precisão de todos os atores que caem em seus papeis como luvas, e ministram a arte de atuar com extrema perfeição. Porém ainda digo que os créditos merecidos devem ser dados ao(s) roteirista(s) que, nossa, são realmente geniais.
Que série! Eu realmente não consigo encontrar defeitos. Não sei o calor do término, já que as lágrimas ainda estão rolando, mas com certeza uma das melhores séries que já vi na vida.
Conseguiu se redimir da péssima temporada que foi a anterior. Manteve o mesmo nível do começo da série, e, diferentemente de Mitch, a empatia com Charlie foi imediata. Todos os personagens foram, aos poucos, tomando forma, amadurecendo, se moldando quanto ao futuro, e ter acompanhado tudo isso foi lindo.
Uma hora Red teria que flagrar o círculo, e eu nunca achei uma cena tão engraçada quanto essa.
Ademais, a única coisa que incomodou foi esse fim de Jackie, por motivos óbvios: shippo Jackie e Hyde até o fim. Esse puxa-encolhe de Kelso pra Hyde, Hyde pra Kelso já deu o que tinha que dar.
Esta temporada é o atestado de que a série decaiu drasticamente. E eu ainda estou tentando entender porquê decidiram incluir o Mitch no grupo, mesmo que por apenas três episódios; definitivamente, Mitch é o personagem mais irritante de todos.
A volta de Midge talvez tenha sido um pedido de clemência - só espero que a sétima temporada não seja tão ruim quanto a sexta.
A série vai ganhando uma nova narrativa, e os personagens vão ganhando maturidade. Só não entendi a intenção dos produtores em mudar completamente a personagem de Donna. Se até a quarta temporada ela demonstrava alguém forte e que buscava a todo custo uma independência fora de Wisconsin, na quinta temporada Donna vira alguém submissa, sem vontades e totalmente permissivista. O maior erro de continuação de uma série é, sem dúvida, mudar o foco e personalidade de uma personagem sem especificar o motivo. Nesta temporada Donna faz questão de se personificar como a típica dona de casa americana, e não se indigna quando é objetificada em seu próprio trabalho - até disso tiraram o foco. Se nas temporadas anteriores o trabalho de Donna servia para dá-la maior liberdade e fazer Eric reconhecer o quanto ele é machista e egoísta, nesta temporada este trabalho serve única e exclusivamente para destacar o quanto a personagem virou "Hot Donna" profissionalmente, e apenas isso.
E talvez os produtores tenham esquecido que o motivo de Donna ter terminado com Eric foi um anel. E num intervalo de uma temporada pra outra ela aceita um anel de casamento super feliz... Não é apenas o anel que ela aceita, mas a condição de ser dona de casa e ficar presa na mesma cidade com a mesma vida pacata que ela sempre temeu; sem mais delongas: o oposto do que ela sempre quis.
E talvez tenham esquecido também que Donna tinha uma irmã mais jovem, de 14 anos, que, curiosamente, só aparece na primeira temporada. Depois ela some, morre, desaparece ou sei lá, tal qual Midge.
Desde a primeira temporada é perceptível a crítica transição do tempo no decorrer dos anos. É quente o sabor dos anos 90: feminismo, niilismo e uma protagonista tão humana que, ao longo das temporadas, até me pego pensando que as personagens vão mudar de roupa a cada dia. E, claro, sem deixar de lado a coadjuvante mais espetacular de todos os tempos: eu amo Jane Lane!
Atlanta (3ª Temporada)
4.4 83OBRA DE ARTEEEEEEEE
Normal People
4.4 438Não que isso importe, mas é bem fiel ao livro
Insecure (4ª Temporada)
4.4 45 Assista AgoraMolly simplesmente insuportável
Farzar (1ª Temporada)
2.6 5 Assista AgoraUm Paradise Police espacial, com direito a reaproveitamento de personagens.
Trash
Arlequina (2ª Temporada)
4.4 42 Assista AgoraO melhor fan service sapatão desde Marceline e Princesa Jujuba <3
Titãs (3ª Temporada)
2.9 92 Assista AgoraPelo menos os piores personagens saem da série (Rapina e Columba)...
Vingança Sabor Cereja
3.6 107 Assista AgoraMesmo modelo de todos os filmes de Lynch, mesmo plot, mesma estética...
Achei ousado, mas conseguiram trazer as referências dele sem tornar forçado e caricato, com atuações ótimas.
Maid
4.5 366 Assista AgoraComecei assistindo despretensiosamente, mas me peguei identificada com várias passagens da vida da protagonista. As pautas abordadas são muito importantes: o abuso que, muitas vezes, não precisa ser físico para te traumatizar; a importância de conseguir reagir diante de situações de risco; a importância de se sentir acolhida pelo governo, quando não há nenhum familiar ou amigo para contar — e aqui eu acho que no Brasil seria muito mais difícil. E, claro, a jornada da heroína que sofre a série inteira como tantas que conheço, mas consegue ter um final feliz.
Dá uma instiga pra a gente conseguir se desenlaçar do nó manipulador que alguns homens conseguem nos prender e estimula a independência feminina.
Boa série.
Como Eu Conheci Sua Mãe (9ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraTemporada ruim, final péssimo. Dá até preguiça de comentar todos os pontos baixos dessa temporada, de tantos.
Baby (3ª Temporada)
3.6 40Que saudade das minhas meninas
Boca a Boca (1ª Temporada)
3.8 168 Assista AgoraBoa direção, algumas atuações boas, outras deploráveis. Confesso que o que me desanimou no começo da série foram algumas atuações horríveis que me fizeram desacreditar do conteúdo. Os plots são de certo modo previsíveis, pois brincam com simbologias já tão batidas e aproveitadas, como a crítica à modificação genética que desencadeia doenças, crítica à apatia causada pela tecnologia, alienação religiosa, solução na natureza (óleo de canabidiol?), e a boa e velha história do homem robusto de trabalhos braçais que na verdade é um sujeito sensível e apaixonado. Enfim, uma síntese de todos os clichês que a juventude aprecia. Ter vindo em meio à pandemia foi mais uma sacada que veio em boa hora, e culmina numa proposta bem atual.
De resto, a fotografia salva em alguns momentos e algumas ótimas atuações que nos contagiam enquanto espectadores, como a carismática performance de Michel Joelsas e Caio Horowicz.
Spin Out (1ª Temporada)
4.0 146 Assista AgoraPra quem, como eu, assistiu Skins e curte >muito ver a Kaya Scodelario no papel de surtada.
The Midnight Gospel (1ª Temporada)
4.5 455 Assista AgoraNossa, nunca assisti uma animação tão boa como esta.
Atlanta (1ª Temporada)
4.5 294 Assista AgoraSutil, singelo, forte e estético. Bem Glover mesmo.
BoJack Horseman (4ª Temporada)
4.5 240 Assista AgoraÀ critério artístico, encarando até como episódio isolado, o melhor desta temporada, com certeza, foi o segundo. Comparado com o episódio embaixo d'água da temporada anterior, A horse with no name, podendo ser visualizado como um curta até descolado da série, e garantindo seu potencial no que concerne qualidade artística e do roteiro, ultrapassa a boca do que até então pensou analisar das personagens da série, escorregando para seus coadjuvantes e trazendo um aprofundamento verdadeiro na psiquê dos protagonistas. Como no caso de Bojack, que nos sentimos cavando cada vez mais no seu interior, quando entendemos a relação de sua mãe com a sua avó, pai, marido, e posteriormente, a vida. De uma delicadeza sem tamanho, ainda pincelou ao longo da narrativa - e agora, da temporada como um todo - referências a Mad Men, quando, mais do que nunca, enxergarmos um Don Draper decadente, e conseguimos aproximar cada vez mais Diane com sua Peggy.
O último episódio foi um tiro; quando deixa tantas afirmativas, consegue, a seu modo, preencher todos os pingos nos is, e dessa forma, incita nossa curiosidade. O mesmo tipo de sentimento que me travou do segundo episódio em diante carrega a semelhança dolorida com a mutação para o que foi se transformando meu sentimento por Beatrice, ao crescer minha empatia e compaixão.
Pra variar, me destroçou. Até mais, Bojack. No aguardo da próxima.
Mad Men (7ª Temporada)
4.6 387 Assista AgoraNo fim das contas todo mundo teve, a seu modo, seu lugarzinho ao sol. Só esse fim de Betty que me arrebentou foi o peito e o coração tá em pedacinhos.
Impossível não se debulhar em lágrimas em como, diante da iminência da morte, ela continua linda, penteada, com unhas enormes e um cigarrinho à tiracolo. Minha segunda personagem favorita mesmo. Feliz pelo fim da minha primeira favorita, Peggy terminou como deveria. Sobre Don, ainda não sei bem o que pensar de seu fim, mas eu já devia imaginar que o (genial!) roteirista iria deixar várias pontas que podem ser unidas desde o início da série até o último episódio. Don virando exatamente o oposto do que ele sempre foi, e seria cínico se ele tivesse em algum momento criticado esse estilo de vida, mas pelo contrário, desde a primeira temporada, com a sua primeira amante, ele sempre se mostrou um bom entusiasta dos hippies.
Que série! Eu realmente não consigo encontrar defeitos. Não sei o calor do término, já que as lágrimas ainda estão rolando, mas com certeza uma das melhores séries que já vi na vida.
BoJack Horseman (3ª Temporada)
4.6 266 Assista AgoraQue peso.
That '70s Show (7ª Temporada)
4.1 77QUE TEMPORADA!!!!!!!!
Conseguiu se redimir da péssima temporada que foi a anterior. Manteve o mesmo nível do começo da série, e, diferentemente de Mitch, a empatia com Charlie foi imediata.
Todos os personagens foram, aos poucos, tomando forma, amadurecendo, se moldando quanto ao futuro, e ter acompanhado tudo isso foi lindo.
Uma hora Red teria que flagrar o círculo, e eu nunca achei uma cena tão engraçada quanto essa.
Ademais, a única coisa que incomodou foi esse fim de Jackie, por motivos óbvios: shippo Jackie e Hyde até o fim. Esse puxa-encolhe de Kelso pra Hyde, Hyde pra Kelso já deu o que tinha que dar.
That '70s Show (6ª Temporada)
4.2 87Esta temporada é o atestado de que a série decaiu drasticamente. E eu ainda estou tentando entender porquê decidiram incluir o Mitch no grupo, mesmo que por apenas três episódios; definitivamente, Mitch é o personagem mais irritante de todos.
A volta de Midge talvez tenha sido um pedido de clemência - só espero que a sétima temporada não seja tão ruim quanto a sexta.
That '70s Show (5ª Temporada)
4.4 113A série vai ganhando uma nova narrativa, e os personagens vão ganhando maturidade. Só não entendi a intenção dos produtores em mudar completamente a personagem de Donna. Se até a quarta temporada ela demonstrava alguém forte e que buscava a todo custo uma independência fora de Wisconsin, na quinta temporada Donna vira alguém submissa, sem vontades e totalmente permissivista. O maior erro de continuação de uma série é, sem dúvida, mudar o foco e personalidade de uma personagem sem especificar o motivo. Nesta temporada Donna faz questão de se personificar como a típica dona de casa americana, e não se indigna quando é objetificada em seu próprio trabalho - até disso tiraram o foco. Se nas temporadas anteriores o trabalho de Donna servia para dá-la maior liberdade e fazer Eric reconhecer o quanto ele é machista e egoísta, nesta temporada este trabalho serve única e exclusivamente para destacar o quanto a personagem virou "Hot Donna" profissionalmente, e apenas isso.
E talvez os produtores tenham esquecido que o motivo de Donna ter terminado com Eric foi um anel. E num intervalo de uma temporada pra outra ela aceita um anel de casamento super feliz... Não é apenas o anel que ela aceita, mas a condição de ser dona de casa e ficar presa na mesma cidade com a mesma vida pacata que ela sempre temeu; sem mais delongas: o oposto do que ela sempre quis.
E talvez tenham esquecido também que Donna tinha uma irmã mais jovem, de 14 anos, que, curiosamente, só aparece na primeira temporada. Depois ela some, morre, desaparece ou sei lá, tal qual Midge.
Daria (5ª Temporada)
4.7 35Desde a primeira temporada é perceptível a crítica transição do tempo no decorrer dos anos. É quente o sabor dos anos 90: feminismo, niilismo e uma protagonista tão humana que, ao longo das temporadas, até me pego pensando que as personagens vão mudar de roupa a cada dia. E, claro, sem deixar de lado a coadjuvante mais espetacular de todos os tempos: eu amo Jane Lane!
Girls (4ª Temporada)
4.1 180Pelo menos até agora, a melhor temporada de Girls de todas.
O que foi esse final?! Meu deus do céu...
Vicious (1ª Temporada)
4.3 94Penelope <3
Bob's Burgers (2ª Temporada)
4.4 20 Assista AgoraJimmy Jr pseudo-bêbado com seu rebolado contagiante. Como não se apaixonar?