Enquanto eu considero Ilha de Cachorros o melhor filme de animação do ano até agora (sorry, Os Incríveis 2), ele ainda tem uns erros que o impedem de ser perfeito.
Sendo um filme de Wes Anderson, OBVIAMENTE que toda a parte visual e técnica é incrível. No entanto eu achei o roteiro um tanto quanto pobre e convoluto em muitos momentos. Toda a temática da opressão e violência sistêmica contra um grupo é muito mal trabalhado, com o filme chutando o pau da barraca e ao invés de trabalhar o tema com cuidado, mostrando-o como algo resultante de anos de história e animosidade e do preconceito atrelado aos humanos, ele prefere culpabilizar um único indivíduo e o coloca como conscientemente arquitetando todo um plano para fazer o povo japonês odiar os cães. E depois, o final é extremamente simplista, com tudo sendo revertido em um piscar de olhos, e final feliz, os cães são integrados de volta na sociedade humana sem animosidades ou cicatrizes causadas pelo passado. Eu sinto que Wes Anderson queria colocar uma temática política em seu filme, mas não soube como fazê-la de maneira orgânica, especialmente quando queria que seu filme terminasse em um final feliz para todos, e com um tema tão sério e realista assim, isso é raramente o que aconteceria na vida real. E é triste porque não é como se o filme tivesse o tempo todo mostrando isso como algo banal que pudesse facilmente ser revertido, e ao invés ele levava muito a sério toda a segregação e opressão que os cachorros sofriam nas mãos humanas, apenas para chutar o pau da barraca no final e mudar violentamente de tom.
Além disso, senti que o filme ficou convoluto demais e lotado de subtramas e - especialmente - personagens (qual exatamente é a função da Scarlet Johanson aqui?)
Ainda assim, quando o filme acerta, ele acerta tudo. A relação entre Atari e Chefe é belissimamente construída, e a matilha de cachorros principais é muitíssimo carismática (ajudada pelo excelente texto de Anderson e pelo elenco estelar que lhes dá a voz). Parte de mim deseja que o filme apenas se mantivesse com os cachorros e Atari, sem todas as complicações políticas, porque ele funciona melhor como uma despretensiosa aventura de um garoto e seu cachorro, e até a parte política é melhor quando é deixada de plano de fundo. Nós conseguimos sentir o impacto de como a realidade difícil da sociedade afeta esses cachorros sem termos que enfiarmos um pau no vespeiro e analisarmos com uma lupa toda a conjuntura política da cidade de Megasaky. Isso só enfraquece o filme porque ele não tem os culhões necessários para tratar de algo tão complexo, então, sim, ele definitivamente deveria ter se mantido como uma história de aventura e amizade.
Essa terceira e última (eu acho) parte da trilogia Hotel Transilvânia é menos voltada para uma narrativa corpórea e é mais situacional, nos mostrando esquetes cômicas relatando todas as confusões que esses monstros se metem em um navio. Isso se torna bastante repetitivo, e o que era mais divertido e engraçado nos primeiros filmes - os amigos de Drácula - logo se tornam cansativos e suas cenas se tornam maçantes porque eles praticamente não contribuem para nada e suas cenas só vão de situação cômica para situação cômica, se tornando repetitivo. Aliás o filme é lotado de personagens que não sabe o que fazer com, como Dennis e Jonathan, que se tornaram figurantes de luxo aqui. Ainda assim, a história principal, envolvendo Drácula e sua relação amorosa (a melhor personagem do filme) é involvente e realmente divertida de se acompanhar, dando uma virada de cento e oitenta com os outros filmes, onde a trama principal envolvendo Drácula era fraca e os personagens secundários salvavam. Aqui, Drácula e Érica são a alma e a melhor parte de Hotel Transilvânia 3. No fim das contas, não é um dos meus favoritos, mas tem o suficiente para entreter quem gosta.
Hotel Transilvânia 2 tinha tudo para ser melhor do que o primeiro. A premissa era interessante, e ele expandia os horizontes de seu universo, colocando seus personagens em situações distintas (Mavis tendo que aprender a lidar com as pressões da maternidade, Johnny frustrado com o próprio casamento e Drácula cuidando de seu neto) e mostrando mais facetas do mundo onde a história acontece, como o choque entre o mundo dos monstros e dos humanos, algo que não tivemos muito a oportunidade de ver no primeiro longa, que se restringiu inteiramente ao mundo dos monstros, dentro do hotel. Mas, acima de tudo, Hotel Transilvânia começa extremamente divertido - a melhor parte do primeiro longa era as mais descontraídas, onde os monstros podiam apenas interagir e as personalidades deles conflitavam, gerando cenas realmente engraçadas, que eram muito melhores do que os momentos onde o filme tentava ser tocante ou sensível. Aqui, o filme parece ter aprendido sua lição, e não tem mais pretensões de fazer qualquer outra coisa a não ser divertir, se focando inteiramente no grupo de monstros amigos de Drácula, melhores personagens do primeiro filme, enquanto eles acompanham o vampiro em uma expedição para conseguir despertar os poderes de vampiro em seu neto, Dennis. Essa premissa dá a chance para que diversas cenas divertidas e engraçadas surgem através das interações entre esses personagens.
No entanto, tudo é desfeito no terceiro ato, que simplesmente parece ser outro filme anexado. O filme decide que quer ser sério e renega a essência puramente divertida que o guiava, ao invés decidindo que quer falar sobre preconceito, usando de analogia a relação conflitante entre os humanos e os monstros. Mas não só esse tema parece ter caído de lugar nenhum e só estar lá porque os roteiristas precisavam adicionar uma moral em sua história, independentemente se ela era adicionada na história de maneira orgânica ou não, mas o filme também não tem tato nenhum ao falar sobre esse tema, através de frases de efeito tão sutis quanto o cair de uma bigorna. E não só isso, faltando vinte minutos para o fim do filme, um novo vilão é adicionado, e a história muda inteiramente de direção. Mavis, Jonathan e os monstros viram figurantes de luxo e a narrativa se foca inteiramente nesse novo vilão, extremamente genérico, pouco natural, e caricato, com quem o público não consegue se importar porque não teve nem tempo de conhecê-lo. Parece que os roteiristas perceberam que o filme estava acabando e aos quarenta e cinco do segundo tempo foram tacando tudo o que puderam nele para cumprir cota.
Se ao menos eu pudesse fingir que o terceiro ato nunca aconteceu...
Pela minha afinação com a Aardman, eu estava ansioso por este filme. Minha animação aumentou quando eu soube que o diretor dos curtas e do longa de Wallace e Gromit e de A Fuga das Galinhas dirigiria aqui também. Mas, infelizmente, minhas esperanças foram quebradas por um filme com uma história previsível e que já vimos milhões de vezes antes (a volta por cima de um grupo de desajustados perante um grupo, supostamente, "superior"), uma amalgamação de clichês e convenções do gênero da animação que estão aqui apenas para cumprir cota (precisava mesmo de um par romântico para o protagonista?), personagens pouquíssimos desenvolvidos a ponto de eu me chegar a perguntar se o diretor e o roteirista tinham preguiça de seus próprios personagens devido a tamanho descaso para com eles, piadas pouco imaginativas e repetitivas (talvez o maior crime da obra considerando que o ponto forte de Nick Park e do Aardman como um todo)... Se não fosse pelos vilões hilários, que ficam com os melhores momentos da obra, talvez tudo não passasse de um grande tempo perdido. No fim, O Homem das Cavernas se fecha como a maior decepção de 2018 para mim até agora.
Vindo logo após o fracasso de O Caldeirão Mágico, As Peripécias do Ratinho Detetive não teria um trabalho fácil, tendo que reerguer um estúdio que se encontrava a beira da falência e restaurar a esperança no departamento animado dentro da Disney. Infelizmente, ninguém dentro da Disney acreditava que uma paródia de Sherlock Holmes envolvendo ratos pudesse fazer alguma dessas coisas, mas, surpreendentemente, foi exatamente isto que este pequeno filme fez. Não deveria ser surpresa para ninguém hoje em dia o que John Musker e Ron Clements são capazes de fazer, tendo sido eles os grandes responsáveis por deslanchar a dita Renascença dentro dos estúdios Disney, com A Pequena Seria, e engrandecê-la ainda mais com Aladdin, mas aqui eles ainda eram uma dupla de novatos desconhecidos. No entanto, basta dar uma olhada para este filme que perceberemos que o talento de ambos para contar histórias animadas já se fazia presente. O Ratinho Detetive não é um filme excepcional e inovador, longe disso, o filme possui uma história simples de aventura e do bem contra o mal, mas seu brilho, muito como os futuros filmes de Musker e Clements, está na sua execução. Assim como os filmes posteriores de seus diretores, O Ratinho Detetive sabe pegar uma pequena história e transformá-la em algo extremamente envolvente e divertido. Este filme tem de tudo; drama, comédia, ação, aventura, mistério e até alguns momentos de terror em si, e consegue mesclar tudo isso para se formar como um filme extremamente divertido de se acompanhar, e muito dificilmente alguém conseguiria assisti-lo sem um sorriso no rosto. A duração curta também é benéfica, com o filme se movendo como uma locomotiva, e tudo que está aqui é imprescindível para mover a história, e a cada curva algo novo acontece, que nos mantém presos e compelidos pelo ritmo frenético da obra. Os personagens são um deleite a parte, e passam longe de serem genéricos, uma das maiores críticas a esse período da filmografia da Disney, com sobretudo o protagonista, Basil, e o vilão, Professor Ratagão, possuindo as posições de destaque aqui, e roubando a cena totalmente com sua dinâmica de ódio mútuo. Isso para não falar da animação - este foi o primeiro filme da Disney, e uma das primeiras animações como um todo, a se utilizar do CGI, resultando no bem feitíssimo clímax nas engrenagens do Big Ben. No fim, O Ratinho Detetive é um filme que sabe se divertir consigo mesmo, e se valorizar como animação, abraçando todo o senso de ridículo e os absurdos que esse meio faz ser possível para contar uma história que, por mais que não seja das mais criativas na teoria, se transformou em algo único na prática, e foi o primeiro passo em direção ao futuro promissor que à Disney era reservado.
Não é um filme revolucionário e que vai quebrar barreiras como os pós-modernos insuportáveis querem fazer parecer mas ainda assim é um HINO filmão do caralho melhor da marvel sem dúvidas
the post conta a historia de um menino que vai a pé pra feira, compra um pastel de queijo, uma agua de coco e um biscoito globo e volta a pé pra casa. no meio do caminho ele tropeça nos fiapos da sua calça de moletom e cai no meio da rua sendo atropelado por um caminhão. como se nao bastasse, o caminhão era de mudança e passa por um quebra mola, fazendo um sofá cair da bagagem em cima do corpo ensanguentado de nosso protagonista.... Ah não, pera, esse é o enredo do sonho que eu tive enquanto dormia vendo esse PORRE de filme q consegue ser mais gore q a história que eu acabei de descrever. LIXÃO!
Eu realmente não queria ver esse filme, pra mim tinha cara de ser um daqueles filmes preguiçosos de ruim, feitos só pra ganhar o dinheiro dos pais precisando entreter as crianças no fim de semana (oi, Minions). Fiquei até decepcionado por ser um filme da DreamWorks, que já usou e abusou dessa fórmula no passado e parecia estar finalmente saindo dela, com filmes como Como Treinar Seu Dragão ou Kung Fu Panda, que, apesar de animações com o principal trabalho de agradar o público mais novo, tem o seu valor. Finalmente fui ver, e até que não é tão ruim. Tem umas piadas meio forçadas aqui e ali e a premissa é tão ridícula que o filme acaba sendo um daqueles casos onde a pessoa tem que abrir mão de todo o seu senso crítico e de lógica pra aproveitar devidamente, mas da pra divertir (obviamente mais as crianças do que os adultos). O final do filme, onde O Poderoso Chefinho abraça um lado mais emocional é provavelmente sua melhor sequencia e eu realmente não esperava aquilo de um filme que fez uma piada sobre boquete (ai, ai, DreamWorks...), ficando legitimamente surpreso. É um bom entretenimento, não sendo nenhuma obra prima, mas também nenhum caça níquel preguiçoso e vazio (cof, cof Minions cof, cofo).
Ilha dos Cachorros
4.2 655 Assista AgoraEnquanto eu considero Ilha de Cachorros o melhor filme de animação do ano até agora (sorry, Os Incríveis 2), ele ainda tem uns erros que o impedem de ser perfeito.
Sendo um filme de Wes Anderson, OBVIAMENTE que toda a parte visual e técnica é incrível. No entanto eu achei o roteiro um tanto quanto pobre e convoluto em muitos momentos. Toda a temática da opressão e violência sistêmica contra um grupo é muito mal trabalhado, com o filme chutando o pau da barraca e ao invés de trabalhar o tema com cuidado, mostrando-o como algo resultante de anos de história e animosidade e do preconceito atrelado aos humanos, ele prefere culpabilizar um único indivíduo e o coloca como conscientemente arquitetando todo um plano para fazer o povo japonês odiar os cães. E depois, o final é extremamente simplista, com tudo sendo revertido em um piscar de olhos, e final feliz, os cães são integrados de volta na sociedade humana sem animosidades ou cicatrizes causadas pelo passado. Eu sinto que Wes Anderson queria colocar uma temática política em seu filme, mas não soube como fazê-la de maneira orgânica, especialmente quando queria que seu filme terminasse em um final feliz para todos, e com um tema tão sério e realista assim, isso é raramente o que aconteceria na vida real. E é triste porque não é como se o filme tivesse o tempo todo mostrando isso como algo banal que pudesse facilmente ser revertido, e ao invés ele levava muito a sério toda a segregação e opressão que os cachorros sofriam nas mãos humanas, apenas para chutar o pau da barraca no final e mudar violentamente de tom.
Além disso, senti que o filme ficou convoluto demais e lotado de subtramas e - especialmente - personagens (qual exatamente é a função da Scarlet Johanson aqui?)
Ainda assim, quando o filme acerta, ele acerta tudo. A relação entre Atari e Chefe é belissimamente construída, e a matilha de cachorros principais é muitíssimo carismática (ajudada pelo excelente texto de Anderson e pelo elenco estelar que lhes dá a voz). Parte de mim deseja que o filme apenas se mantivesse com os cachorros e Atari, sem todas as complicações políticas, porque ele funciona melhor como uma despretensiosa aventura de um garoto e seu cachorro, e até a parte política é melhor quando é deixada de plano de fundo. Nós conseguimos sentir o impacto de como a realidade difícil da sociedade afeta esses cachorros sem termos que enfiarmos um pau no vespeiro e analisarmos com uma lupa toda a conjuntura política da cidade de Megasaky. Isso só enfraquece o filme porque ele não tem os culhões necessários para tratar de algo tão complexo, então, sim, ele definitivamente deveria ter se mantido como uma história de aventura e amizade.
https://medium.com/@migloko.serpa/ilha-de-cachorros-2018-b2befb8167a3
Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim
2.8 41 Assista AgoraEu... não odiei..............
https://medium.com/@migloko.serpa/gnomeu-e-julieta-o-mist%C3%A9rio-do-jardim-a0a6be71d205
Gnomeu e Julieta
3.1 549 Assista Agorahttps://medium.com/@migloko.serpa/gnomeu-e-julieta-2011-7ef86d3537c4
Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas
3.4 297 Assista AgoraEssa terceira e última (eu acho) parte da trilogia Hotel Transilvânia é menos voltada para uma narrativa corpórea e é mais situacional, nos mostrando esquetes cômicas relatando todas as confusões que esses monstros se metem em um navio. Isso se torna bastante repetitivo, e o que era mais divertido e engraçado nos primeiros filmes - os amigos de Drácula - logo se tornam cansativos e suas cenas se tornam maçantes porque eles praticamente não contribuem para nada e suas cenas só vão de situação cômica para situação cômica, se tornando repetitivo. Aliás o filme é lotado de personagens que não sabe o que fazer com, como Dennis e Jonathan, que se tornaram figurantes de luxo aqui. Ainda assim, a história principal, envolvendo Drácula e sua relação amorosa (a melhor personagem do filme) é involvente e realmente divertida de se acompanhar, dando uma virada de cento e oitenta com os outros filmes, onde a trama principal envolvendo Drácula era fraca e os personagens secundários salvavam. Aqui, Drácula e Érica são a alma e a melhor parte de Hotel Transilvânia 3. No fim das contas, não é um dos meus favoritos, mas tem o suficiente para entreter quem gosta.
https://medium.com/@migloko.serpa/hotel-transilv%C3%A2nia-3-f%C3%A9rias-monstruosas-2018-e7799e254d39
Hotel Transilvânia 2
3.6 427 Assista AgoraHotel Transilvânia 2 tinha tudo para ser melhor do que o primeiro. A premissa era interessante, e ele expandia os horizontes de seu universo, colocando seus personagens em situações distintas (Mavis tendo que aprender a lidar com as pressões da maternidade, Johnny frustrado com o próprio casamento e Drácula cuidando de seu neto) e mostrando mais facetas do mundo onde a história acontece, como o choque entre o mundo dos monstros e dos humanos, algo que não tivemos muito a oportunidade de ver no primeiro longa, que se restringiu inteiramente ao mundo dos monstros, dentro do hotel. Mas, acima de tudo, Hotel Transilvânia começa extremamente divertido - a melhor parte do primeiro longa era as mais descontraídas, onde os monstros podiam apenas interagir e as personalidades deles conflitavam, gerando cenas realmente engraçadas, que eram muito melhores do que os momentos onde o filme tentava ser tocante ou sensível. Aqui, o filme parece ter aprendido sua lição, e não tem mais pretensões de fazer qualquer outra coisa a não ser divertir, se focando inteiramente no grupo de monstros amigos de Drácula, melhores personagens do primeiro filme, enquanto eles acompanham o vampiro em uma expedição para conseguir despertar os poderes de vampiro em seu neto, Dennis. Essa premissa dá a chance para que diversas cenas divertidas e engraçadas surgem através das interações entre esses personagens.
No entanto, tudo é desfeito no terceiro ato, que simplesmente parece ser outro filme anexado. O filme decide que quer ser sério e renega a essência puramente divertida que o guiava, ao invés decidindo que quer falar sobre preconceito, usando de analogia a relação conflitante entre os humanos e os monstros. Mas não só esse tema parece ter caído de lugar nenhum e só estar lá porque os roteiristas precisavam adicionar uma moral em sua história, independentemente se ela era adicionada na história de maneira orgânica ou não, mas o filme também não tem tato nenhum ao falar sobre esse tema, através de frases de efeito tão sutis quanto o cair de uma bigorna. E não só isso, faltando vinte minutos para o fim do filme, um novo vilão é adicionado, e a história muda inteiramente de direção. Mavis, Jonathan e os monstros viram figurantes de luxo e a narrativa se foca inteiramente nesse novo vilão, extremamente genérico, pouco natural, e caricato, com quem o público não consegue se importar porque não teve nem tempo de conhecê-lo. Parece que os roteiristas perceberam que o filme estava acabando e aos quarenta e cinco do segundo tempo foram tacando tudo o que puderam nele para cumprir cota.
Se ao menos eu pudesse fingir que o terceiro ato nunca aconteceu...
https://medium.com/@migloko.serpa/hotel-transilv%C3%A2nia-2-87061d9b6cb0
O Homem das Cavernas
2.9 73 Assista AgoraPela minha afinação com a Aardman, eu estava ansioso por este filme. Minha animação aumentou quando eu soube que o diretor dos curtas e do longa de Wallace e Gromit e de A Fuga das Galinhas dirigiria aqui também. Mas, infelizmente, minhas esperanças foram quebradas por um filme com uma história previsível e que já vimos milhões de vezes antes (a volta por cima de um grupo de desajustados perante um grupo, supostamente, "superior"), uma amalgamação de clichês e convenções do gênero da animação que estão aqui apenas para cumprir cota (precisava mesmo de um par romântico para o protagonista?), personagens pouquíssimos desenvolvidos a ponto de eu me chegar a perguntar se o diretor e o roteirista tinham preguiça de seus próprios personagens devido a tamanho descaso para com eles, piadas pouco imaginativas e repetitivas (talvez o maior crime da obra considerando que o ponto forte de Nick Park e do Aardman como um todo)... Se não fosse pelos vilões hilários, que ficam com os melhores momentos da obra, talvez tudo não passasse de um grande tempo perdido. No fim, O Homem das Cavernas se fecha como a maior decepção de 2018 para mim até agora.
https://medium.com/@migloko.serpa/o-homem-das-cavernas-2018-51d7f00fbc70
As Peripécias do Ratinho Detetive
3.8 99 Assista AgoraVindo logo após o fracasso de O Caldeirão Mágico, As Peripécias do Ratinho Detetive não teria um trabalho fácil, tendo que reerguer um estúdio que se encontrava a beira da falência e restaurar a esperança no departamento animado dentro da Disney. Infelizmente, ninguém dentro da Disney acreditava que uma paródia de Sherlock Holmes envolvendo ratos pudesse fazer alguma dessas coisas, mas, surpreendentemente, foi exatamente isto que este pequeno filme fez. Não deveria ser surpresa para ninguém hoje em dia o que John Musker e Ron Clements são capazes de fazer, tendo sido eles os grandes responsáveis por deslanchar a dita Renascença dentro dos estúdios Disney, com A Pequena Seria, e engrandecê-la ainda mais com Aladdin, mas aqui eles ainda eram uma dupla de novatos desconhecidos. No entanto, basta dar uma olhada para este filme que perceberemos que o talento de ambos para contar histórias animadas já se fazia presente. O Ratinho Detetive não é um filme excepcional e inovador, longe disso, o filme possui uma história simples de aventura e do bem contra o mal, mas seu brilho, muito como os futuros filmes de Musker e Clements, está na sua execução. Assim como os filmes posteriores de seus diretores, O Ratinho Detetive sabe pegar uma pequena história e transformá-la em algo extremamente envolvente e divertido. Este filme tem de tudo; drama, comédia, ação, aventura, mistério e até alguns momentos de terror em si, e consegue mesclar tudo isso para se formar como um filme extremamente divertido de se acompanhar, e muito dificilmente alguém conseguiria assisti-lo sem um sorriso no rosto. A duração curta também é benéfica, com o filme se movendo como uma locomotiva, e tudo que está aqui é imprescindível para mover a história, e a cada curva algo novo acontece, que nos mantém presos e compelidos pelo ritmo frenético da obra. Os personagens são um deleite a parte, e passam longe de serem genéricos, uma das maiores críticas a esse período da filmografia da Disney, com sobretudo o protagonista, Basil, e o vilão, Professor Ratagão, possuindo as posições de destaque aqui, e roubando a cena totalmente com sua dinâmica de ódio mútuo. Isso para não falar da animação - este foi o primeiro filme da Disney, e uma das primeiras animações como um todo, a se utilizar do CGI, resultando no bem feitíssimo clímax nas engrenagens do Big Ben. No fim, O Ratinho Detetive é um filme que sabe se divertir consigo mesmo, e se valorizar como animação, abraçando todo o senso de ridículo e os absurdos que esse meio faz ser possível para contar uma história que, por mais que não seja das mais criativas na teoria, se transformou em algo único na prática, e foi o primeiro passo em direção ao futuro promissor que à Disney era reservado.
https://medium.com/@migloko.serpa/as-perip%C3%A9cias-do-ratinho-detetive-1986-181ccbc0442e
Meu Tio
4.1 115nas palavras de Trinity Taylor: Where are the jokes?
Vidas ao Vento
4.1 603 Assista Agoraesperava bem mais de uma despedida de um dos maiores genios da área da animação
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraNão é um filme revolucionário e que vai quebrar barreiras como os pós-modernos insuportáveis querem fazer parecer mas ainda assim é um HINO filmão do caralho melhor da marvel sem dúvidas
Projeto Flórida
4.1 1,0KQUE HINAO DO CARALHO PORRA
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraLegalzinho até
PomPoko: A Grande Batalha dos Guaxinins
4.0 154 Assista Agorasó salva o final pq o resto eh zzzzzzzzzzz
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraFui ver esse filme esperando odiar. Correspondeu bem minhas expectativas.
Memórias de Ontem
4.1 234sono
Trama Fantasma
3.7 803 Assista AgoraQue sono viu. Zzzzzzzzzzzzzzzz
Túmulo dos Vagalumes
4.6 2,2KNão só o meu filme favorito do Studio Ghibli, como um dos meus favoritos de todos os tempos.
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista Agorathe post conta a historia de um menino que vai a pé pra feira, compra um pastel de queijo, uma agua de coco e um biscoito globo e volta a pé pra casa. no meio do caminho ele tropeça nos fiapos da sua calça de moletom e cai no meio da rua sendo atropelado por um caminhão. como se nao bastasse, o caminhão era de mudança e passa por um quebra mola, fazendo um sofá cair da bagagem em cima do corpo ensanguentado de nosso protagonista.... Ah não, pera, esse é o enredo do sonho que eu tive enquanto dormia vendo esse PORRE de filme q consegue ser mais gore q a história que eu acabei de descrever. LIXÃO!
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista Agoraata q o cara nao percebeu as explosoes acontecendo atras dele so pq tava de fone de ouvido kkkkkkkkkkkkkk
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraAs cult tão nervosa aquikkkkk. Vai ter filme teen indicado ao Oscar sim e se reclamar vão indicar filme pra criança também.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraMéh.
A Forma da Água
3.9 2,7KAchei hino, nao gostou reclama no sac de atlantis.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraSó eu que fiquei com nojo quando os caras se beijam sendo que o Troy Sivan tinha acabado de vomitar e dar um ptzão violento?
O Poderoso Chefinho
3.4 521 Assista AgoraEu realmente não queria ver esse filme, pra mim tinha cara de ser um daqueles filmes preguiçosos de ruim, feitos só pra ganhar o dinheiro dos pais precisando entreter as crianças no fim de semana (oi, Minions). Fiquei até decepcionado por ser um filme da DreamWorks, que já usou e abusou dessa fórmula no passado e parecia estar finalmente saindo dela, com filmes como Como Treinar Seu Dragão ou Kung Fu Panda, que, apesar de animações com o principal trabalho de agradar o público mais novo, tem o seu valor.
Finalmente fui ver, e até que não é tão ruim. Tem umas piadas meio forçadas aqui e ali e a premissa é tão ridícula que o filme acaba sendo um daqueles casos onde a pessoa tem que abrir mão de todo o seu senso crítico e de lógica pra aproveitar devidamente, mas da pra divertir (obviamente mais as crianças do que os adultos). O final do filme, onde O Poderoso Chefinho abraça um lado mais emocional é provavelmente sua melhor sequencia e eu realmente não esperava aquilo de um filme que fez uma piada sobre boquete (ai, ai, DreamWorks...), ficando legitimamente surpreso.
É um bom entretenimento, não sendo nenhuma obra prima, mas também nenhum caça níquel preguiçoso e vazio (cof, cof Minions cof, cofo).