Ao contrário do que muitos ingenuamente acham e pensam, Godard consegue ser ainda mais inovador e experimental do que muito cineasta jovem que se acha na vanguarda da pós-modernidade. Viva Godard!
Um filme verdadeiro, universal, poético, sensível, pungente e ao mesmo tempo belo. As referências aos grandes filmes que trataram o tema é recorrente , contudo "Numa Escola em Havana" tem sua identidade latino-americana.
O legado de Mario Bava é a estética,a linguagem, as causas e efeitos no gênero terror e as soluções do roteiro. O que foi original e criativo feito com poucos recursos tecnológicos e ingênuos efeitos especiais no cinema dos anos 60 e 70, hoje chamamos de trash e é alvo de risos. Mas é inegável que o gênero terror atual se inspirou e repaginou a estética e as ideias de Mario Bava e outros diretores da época.
Jérôme Bonnell nos transporta sutilmente para uma atmosfera parecida a "Brief Encounter" (1945) de David Lean. Um trem, um homem e uma mulher com vivências marcadas, estações, chegadas e partidas, solidão, traumas e emoções à flor da pele num jogo envolvente sobre escolhas. Dramático, lírico, sensível, bem humorado, sensual e descontraído na medida certa e com a atuações irretocáveis de Emmanuelle Devos e Daniel Byrne. Muito bom!
Linguagem apurada e sofisticada, personagens densos e complexos, atmosfera enigmática e onírica, cinema de arte e metalinguagem, assim Leos Carax deixa suas digitais no cinema francês como um realizador reconhecidamente inovador e atemporal.
É impossível qualquer espectador ficar indiferente à emoção revelada na arte fotográfica de Sebastião Salgado. Como bem coloca Wim Wenders em sua fala sobre a etimologia da palavra fotografia: Salgado se expressa por meio de uma “ escrita de luz”. Aos poucos, vamos descobrindo o olhar desse homem brasileiro cidadão do mundo que mais assemelha-se a um destemido anjo fotógrafo que parece estar onipresente nos confins do mundo observando e captando momentos que ninguém quer ou não consegue enxergar. (leia mais em www.eliasneves.blogspot.com.br)
Melancia, sexo e outros hortifrutis já foram muito bem explorados no cinema há tempos atrás por Joaquim Pedro de Andrade em "CONTOS ERÓTICOS" (1977), portanto Tsai Ming-liang não apresenta nenhuma novidade, apenas usa e abusa das bizarrices humanas com uma lupa e define sua marca por meio de seus planos longos e silenciosos que chegam a causar estranhamento e impaciência. A abordagem sobre a temática da escassez da água vai pelo ralo em meio a enxurrada de sexo e pedaços de melancia. Se o objetivo era tirar gargalhadas da nossa condição humana frente ao destino incerto do planeta ele conseguiu em vários momentos! Ri muito!
"Azul e Não Tão Rosa" é uma salada de frutas dramáticas e comédias com sabor artificial almodovariano e recheada de clichês do gênero. Começa dando uma sensação de drama cabeça, passa pelo planfletarismo gay, depois entra no drama adolescente, passeia pelo escracho histriônico (o melhor do filme é o tom da comédia), ensaia um road movie musical numa quase rainha do deserto, entra num tom policialesco e termina de forma edificante num belo happyend. Boa fórmula e boas risadas apenas.
Filme que pretende ser um thriller e causar suspense mas fica só na vontade. Um desfile de assassinatos sem investigação (elemento indispensável ao gênero) tendo o cinema de arte como pano de fundo e sucessivas referências cinematográficas a esmo! As cenas grotescas de mutilação beiram o risível Só faltou o psicopata se travestir de mãe - o que não me causaria espanto tamanha a falta de originalidade do filme. Ivan Cardoso faria maravilhas com esse roteiro transformando-o num ótimo "terrir"!
Em "LA VIE DOMESTIQUE", Isabelle Czajka faz uma análise social muito pertinente da França atual e coloca em cheque os ideias revolucionários da liberdade, igualdade e fraternidade dentro do microcosmo dos arredores de Paris, por meio de quatro famílias. O olhar feminino predomina a narrativa e denuncia ora sutilmente, ora abertamente o ranço machista e patriarcal que depõe contra a tal sociedade francesa berço dos direitos humanos universais e tão evoluída culturalmente. A crueldade das relações humanas e a violência que o mundo globalizado e de consumo impôs são também ponto de reflexão nesse grande filme. Atuação impecável de Emanuelle Devos no papel da super mulher Juliette - como tantas pelo mundo é "uma mulher que não vive, apenas aguenta", - parafraseando a musica de Milton Nascimento . Excelente!!
WHIPLASH conta com atuações ótimas, mas a narrativa exagera na estética do sangue, suor e lágrimas enquanto que a música - que dá título ao filme - merecia uma atenção melhor. Tudo bem , não é um filme musical mas ainda assim merecia. O personagem do professor Fletcher, demasiadamente carrasco e temperamental, parece anacrônico e incoerente dentro do métier musical americano, caberia melhor numa escola de música da época da cortina de ferro dos países do leste europeu. Um jogo de gato e rato previsível. Desde o início já sabemos que o tímido e solitário garoto mal amado pela família vai superar todas as barreiras e triunfar na última cena como uma música americana que vai crescendo em sucessivas modulações até chegar na nota aguda e triunfal ao som de mil violinos. No caso, mil convulsivos toques de bateria e metais do jazz.
Philippe Garrel tenta alçar voo pelo obscuro espaço do amor e das paixões humanas sem chegar a lugar nenhum. Hermético? Cinema de autor? Cinema de gênio incompreendido? Louis Garrel inexpressivo e sempre fazendo o mesmo bibelô do cinema francês. Só um belo rosto com o nariz adunco mas que não chega a ser útil e vibrante como foi o de Serge Gainsbourg, aliás feio de doer mas deixou sua marca no cinema. Louis Garrel vai acabar virando uma espécie de filme fetiche tal qual foi Joe Dallessandro nas mãos de Andy Warhol. Um filme para se perder tempo...
Com um roteiro genial e interpretações surpreendentes "BIRDMAN" lembra de perto a atmosfera envolvente e ao mesmo tempo sufocante de "NOITE DE ESTRÉIA" (1977) de John Cassavetes. Com texto certeiro e crítica ácida ao mundo do showbiz que envolve a indústria do cinema e a broadway, Alejandro Iñárritu acertou em cheio no seu "BIRDMAN" com toques de realismo fantástico e a sofisticada técnica do falso plano sequência único. Merece todos os prêmios e com louvor!
Desculpem o trocadilho mas o "BIG EYES" de Tim Burton não encheram os meus olhos. A história sobre o sofrido anonimato e manipulação da pintora Margaret Keane é levada no exagerado tom da comédia. Sua vida foi uma tragédia e merecia melhor tratamento. Amy Adams interpreta seu personagem no tom dramático certo, diferente de Christophe Waltz que carrega na tinta da comédia e esbarra no caricato. Aliás o carrasco nazista de "Bastardos Inglórios" (2009) parece não desencarnar do ator em seus cacoetes e trejeitos daquele personagem. A cena no tribunal poderia ficar para o material de cenas deletadas do dvd. Não precisava!! Uma direção de arte irretocável segura o espectador até o fim. Seria também um momento oportuno de refletir sobre alta e baixa cultura no mercado de arte como consumo. Vamos aguardar o pŕoximo trabalho de Tim Burton! Este deixou a desejar.
Inevitável fazer comparações com os clássicos "Os Dez Mandamentos" (1956) de Cecil B. DeMille ou "Ben-Hur" (1959) de William Wyler que não dispunham do aparato tecnológico de hoje. "Exodo - Deuses e Reis" é mais uma demonstração do poder de fogo da indústria cinematográfica dos blockbusters. Visual e tecnicamente ótimo, mas deixa a desejar nas atuações e no texto. A livre adaptação do episódio bíblico é bem interessante, mas o esforço do diretor em evitar comparações com os épicos já citados deixa a sensação de que ele precisava impressionar em imagens. Um Ben KIngsley desperdiçado como coadjuvante é triste. Uma narrativa cheia de elipses que chegam a deixar lacunas e apressar a história sem pontuar os comos e porquês da saga do povo judeu e seu libertador Moisés. A cena final fica perdida para uma história que pede um final apoteótico. Um épico menor do cinema atual. Ridley Scott já foi melhor.
Juliane Moore em uma atuação monstruosa carrega o filme nas costas até o fim. Narrativa ágil e sem apêndices o filme derrapa na emotividade excessiva típica do cinema americano (sei que vão me odiar por dizer isso!). Kristen Stewart ótima como o "patinho feio" da família, aliás personagem pouco explorada na trama poderia render muito mais juntamente com o drama vivido por Alice. Fico imaginando como seria esse roteiro e a direção desse elenco nas mãos de um Haneke ou Lars Von Trier, mas logo lembro que eles já fizeram os grandiosos "AMOR" e "DANÇANDO NO ESCURO".
Fórmulas repetidas com certo exagero mas que nunca se esgotam e caem no gosto dos fãs. Uma famosa escritora psicopata e outros ingredientes que lembram BASIC INSTINCT (1992). Só faltou a Sharon Stone fazer o papel da mãe da Amazing Amy. Previsível.
Mesclar teatro, cinema e outras linguagens é um raro talento entre os grandes realizadores. Alain Resnais foi um dos poucos a celebrar tantas artes por meio de sua própria: o cinema. Belo e divertido.
Aqui vai uma crítica muito bem feita sobre o filmeco do C. Nolan e que os "doentes de amor" de Interestelar precisam ler e não apenas ficarem em comentários vazios e monossilábicos.
O quê dizer de um filme que vende gato por lebre? Um argumento por si só arriscado e que obrigatoriamente demandava um novo olhar depois da obra definitiva de 1968, mas resvala no mesmo e cansativo americanismo heroico-redentor-messiânico dos recentes filmes do gênero, gasta-se na comoção e sentimentalismo exacerbados e o pior: remete à imagística da obra definitiva em suas formas monolíticas e esféricas. Falta de criatividade? Homenagem ao mestre? Não fica claro. Diálogos feitos para a cadeira de físicos da academia, Nolan tenta até explicar e ser didático mas complica ainda mais ficando na retórica quântica perdido no espaço-tempo. Depois de Kubrick e Tarkovski fica difícil assistir a esse tipo de filme. Interestelar poderia se chamar A ORIGEM 2. Decepção...
Adeus à Linguagem
3.5 118 Assista AgoraAo contrário do que muitos ingenuamente acham e pensam, Godard consegue ser ainda mais inovador e experimental do que muito cineasta jovem que se acha na vanguarda da pós-modernidade. Viva Godard!
Numa Escola de Havana
4.2 71Um filme verdadeiro, universal, poético, sensível, pungente e ao mesmo tempo belo. As referências aos grandes filmes que trataram o tema é recorrente , contudo "Numa Escola em Havana" tem sua identidade latino-americana.
Paisagem com Várias Luas
2.5 1Um filme ruim em todos os aspectos: roteiro ruim, atuações ruins e direção ruim. Um filme pretensioso que tenta alçar vôos Lynchianos. Péssimo!
Shock
3.4 32O legado de Mario Bava é a estética,a linguagem, as causas e efeitos no gênero terror e as soluções do roteiro. O que foi original e criativo feito com poucos recursos tecnológicos e ingênuos efeitos especiais no cinema dos anos 60 e 70, hoje chamamos de trash e é alvo de risos. Mas é inegável que o gênero terror atual se inspirou e repaginou a estética e as ideias de Mario Bava e outros diretores da época.
Apenas um suspiro
3.5 10Jérôme Bonnell nos transporta sutilmente para uma atmosfera parecida a "Brief Encounter" (1945) de David Lean. Um trem, um homem e uma mulher com vivências marcadas, estações, chegadas e partidas, solidão, traumas e emoções à flor da pele num jogo envolvente sobre escolhas. Dramático, lírico, sensível, bem humorado, sensual e descontraído na medida certa e com a atuações irretocáveis de Emmanuelle Devos e Daniel Byrne. Muito bom!
Boy Meets Girl
3.9 40 Assista AgoraLinguagem apurada e sofisticada, personagens densos e complexos, atmosfera enigmática e onírica, cinema de arte e metalinguagem, assim Leos Carax deixa suas digitais no cinema francês como um realizador reconhecidamente inovador e atemporal.
O Homem Que Elas Amavam Demais
2.9 25 Assista AgoraAndré Téchiné em ótima forma!! Catherine Deneuve, Adele Haenel e Guillaume Canet em atuações brilhantes!!!
O Sal da Terra
4.6 449 Assista AgoraÉ impossível qualquer espectador ficar indiferente à emoção revelada na arte fotográfica de Sebastião Salgado. Como bem coloca Wim Wenders em sua fala sobre a etimologia da palavra fotografia: Salgado se expressa por meio de uma “ escrita de luz”. Aos poucos, vamos descobrindo o olhar desse homem brasileiro cidadão do mundo que mais assemelha-se a um destemido anjo fotógrafo que parece estar onipresente nos confins do mundo observando e captando momentos que ninguém quer ou não consegue enxergar. (leia mais em www.eliasneves.blogspot.com.br)
O Sabor da Melancia
3.3 113Melancia, sexo e outros hortifrutis já foram muito bem explorados no cinema há tempos atrás por Joaquim Pedro de Andrade em "CONTOS ERÓTICOS" (1977), portanto Tsai Ming-liang não apresenta nenhuma novidade, apenas usa e abusa das bizarrices humanas com uma lupa e define sua marca por meio de seus planos longos e silenciosos que chegam a causar estranhamento e impaciência. A abordagem sobre a temática da escassez da água vai pelo ralo em meio a enxurrada de sexo e pedaços de melancia. Se o objetivo era tirar gargalhadas da nossa condição humana frente ao destino incerto do planeta ele conseguiu em vários momentos! Ri muito!
Azul e Não Tão Rosa
3.7 36"Azul e Não Tão Rosa" é uma salada de frutas dramáticas e comédias com sabor artificial almodovariano e recheada de clichês do gênero. Começa dando uma sensação de drama cabeça, passa pelo planfletarismo gay, depois entra no drama adolescente, passeia pelo escracho histriônico (o melhor do filme é o tom da comédia), ensaia um road movie musical numa quase rainha do deserto, entra num tom policialesco e termina de forma edificante num belo happyend. Boa fórmula e boas risadas apenas.
A Última Sessão
3.2 12Filme que pretende ser um thriller e causar suspense mas fica só na vontade. Um desfile de assassinatos sem investigação (elemento indispensável ao gênero) tendo o cinema de arte como pano de fundo e sucessivas referências cinematográficas a esmo! As cenas grotescas de mutilação beiram o risível Só faltou o psicopata se travestir de mãe - o que não me causaria espanto tamanha a falta de originalidade do filme. Ivan Cardoso faria maravilhas com esse roteiro transformando-o num ótimo "terrir"!
A Vida Doméstica
3.2 9Em "LA VIE DOMESTIQUE", Isabelle Czajka faz uma análise social muito pertinente da França atual e coloca em cheque os ideias revolucionários da liberdade, igualdade e fraternidade dentro do microcosmo dos arredores de Paris, por meio de quatro famílias. O olhar feminino predomina a narrativa e denuncia ora sutilmente, ora abertamente o ranço machista e patriarcal que depõe contra a tal sociedade francesa berço dos direitos humanos universais e tão evoluída culturalmente. A crueldade das relações humanas e a violência que o mundo globalizado e de consumo impôs são também ponto de reflexão nesse grande filme. Atuação impecável de Emanuelle Devos no papel da super mulher Juliette - como tantas pelo mundo é "uma mulher que não vive, apenas aguenta", - parafraseando a musica de Milton Nascimento . Excelente!!
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraWHIPLASH conta com atuações ótimas, mas a narrativa exagera na estética do sangue, suor e lágrimas enquanto que a música - que dá título ao filme - merecia uma atenção melhor. Tudo bem , não é um filme musical mas ainda assim merecia. O personagem do professor Fletcher, demasiadamente carrasco e temperamental, parece anacrônico e incoerente dentro do métier musical americano, caberia melhor numa escola de música da época da cortina de ferro dos países do leste europeu. Um jogo de gato e rato previsível. Desde o início já sabemos que o tímido e solitário garoto mal amado pela família vai superar todas as barreiras e triunfar na última cena como uma música americana que vai crescendo em sucessivas modulações até chegar na nota aguda e triunfal ao som de mil violinos. No caso, mil convulsivos toques de bateria e metais do jazz.
O Ciúme
3.2 76Philippe Garrel tenta alçar voo pelo obscuro espaço do amor e das paixões humanas sem chegar a lugar nenhum. Hermético? Cinema de autor? Cinema de gênio incompreendido? Louis Garrel inexpressivo e sempre fazendo o mesmo bibelô do cinema francês. Só um belo rosto com o nariz adunco mas que não chega a ser útil e vibrante como foi o de Serge Gainsbourg, aliás feio de doer mas deixou sua marca no cinema. Louis Garrel vai acabar virando uma espécie de filme fetiche tal qual foi Joe Dallessandro nas mãos de Andy Warhol. Um filme para se perder tempo...
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraCom um roteiro genial e interpretações surpreendentes "BIRDMAN" lembra de perto a atmosfera envolvente e ao mesmo tempo sufocante de "NOITE DE ESTRÉIA" (1977) de John Cassavetes. Com texto certeiro e crítica ácida ao mundo do showbiz que envolve a indústria do cinema e a broadway, Alejandro Iñárritu acertou em cheio no seu "BIRDMAN" com toques de realismo fantástico e a sofisticada técnica do falso plano sequência único. Merece todos os prêmios e com louvor!
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisDesculpem o trocadilho mas o "BIG EYES" de Tim Burton não encheram os meus olhos. A história sobre o sofrido anonimato e manipulação da pintora Margaret Keane é levada no exagerado tom da comédia. Sua vida foi uma tragédia e merecia melhor tratamento. Amy Adams interpreta seu personagem no tom dramático certo, diferente de Christophe Waltz que carrega na tinta da comédia e esbarra no caricato. Aliás o carrasco nazista de "Bastardos Inglórios" (2009) parece não desencarnar do ator em seus cacoetes e trejeitos daquele personagem. A cena no tribunal poderia ficar para o material de cenas deletadas do dvd. Não precisava!! Uma direção de arte irretocável segura o espectador até o fim. Seria também um momento oportuno de refletir sobre alta e baixa cultura no mercado de arte como consumo. Vamos aguardar o pŕoximo trabalho de Tim Burton! Este deixou a desejar.
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraInevitável fazer comparações com os clássicos "Os Dez Mandamentos" (1956) de Cecil B. DeMille ou "Ben-Hur" (1959) de William Wyler que não dispunham do aparato tecnológico de hoje. "Exodo - Deuses e Reis" é mais uma demonstração do poder de fogo da indústria cinematográfica dos blockbusters. Visual e tecnicamente ótimo, mas deixa a desejar nas atuações e no texto. A livre adaptação do episódio bíblico é bem interessante, mas o esforço do diretor em evitar comparações com os épicos já citados deixa a sensação de que ele precisava impressionar em imagens. Um Ben KIngsley desperdiçado como coadjuvante é triste. Uma narrativa cheia de elipses que chegam a deixar lacunas e apressar a história sem pontuar os comos e porquês da saga do povo judeu e seu libertador Moisés. A cena final fica perdida para uma história que pede um final apoteótico. Um épico menor do cinema atual. Ridley Scott já foi melhor.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraJuliane Moore em uma atuação monstruosa carrega o filme nas costas até o fim. Narrativa ágil e sem apêndices o filme derrapa na emotividade excessiva típica do cinema americano (sei que vão me odiar por dizer isso!). Kristen Stewart ótima como o "patinho feio" da família, aliás personagem pouco explorada na trama poderia render muito mais juntamente com o drama vivido por Alice. Fico imaginando como seria esse roteiro e a direção desse elenco nas mãos de um Haneke ou Lars Von Trier, mas logo lembro que eles já fizeram os grandiosos "AMOR" e "DANÇANDO NO ESCURO".
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraFórmulas repetidas com certo exagero mas que nunca se esgotam e caem no gosto dos fãs. Uma famosa escritora psicopata e outros ingredientes que lembram BASIC INSTINCT (1992). Só faltou a Sharon Stone fazer o papel da mãe da Amazing Amy. Previsível.
Amar, Beber e Cantar
3.0 42 Assista AgoraMesclar teatro, cinema e outras linguagens é um raro talento entre os grandes realizadores. Alain Resnais foi um dos poucos a celebrar tantas artes por meio de sua própria: o cinema. Belo e divertido.
A Noite dos Desesperados
4.2 112 Assista AgoraSensacional! O cinema estadunidense era muito melhor do que é atualmente!! Talvez o melhor filme de Sidney Pollack.
O Show Deve Continuar
4.0 126 Assista AgoraRevendo com um outro olhar e depois de tantos anos não há como negar: É uma obra-prima do cinema americano. Genial! ★★★★★★★★★★
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraAqui vai uma crítica muito bem feita sobre o filmeco do C. Nolan e que os "doentes de amor" de Interestelar precisam ler e não apenas ficarem em comentários vazios e monossilábicos.
http://filmesdochico.uol.com.br/interestelar/#comment-104154
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraO quê dizer de um filme que vende gato por lebre? Um argumento por si só arriscado e que obrigatoriamente demandava um novo olhar depois da obra definitiva de 1968, mas resvala no mesmo e cansativo americanismo heroico-redentor-messiânico dos recentes filmes do gênero, gasta-se na comoção e sentimentalismo exacerbados e o pior: remete à imagística da obra definitiva em suas formas monolíticas e esféricas. Falta de criatividade? Homenagem ao mestre? Não fica claro. Diálogos feitos para a cadeira de físicos da academia, Nolan tenta até explicar e ser didático mas complica ainda mais ficando na retórica quântica perdido no espaço-tempo. Depois de Kubrick e Tarkovski fica difícil assistir a esse tipo de filme. Interestelar poderia se chamar A ORIGEM 2. Decepção...