Não sou muito fã do filme original sueco. Gostei e tal, mas NADA de espetacular. E digo o mesmo de Noomi Rapace (que venham as pedras!), dura e correta pro papel, mas depois mostrou ter zero versatilidade. Pois só um cara como David Fincher pra derrubar todos os queixos e desfazer a ideia do “pra que refilmar? e tão cedo?”. Ele mais uma vez acertou em cheio, superando em todo e qualquer aspecto o original. E isso inclui a escalação de Rooney Mara, que me fez morder a língua e perder a abominável impressão que tinha dela do novo A Hora do Pesadelo. E pra variar, a trilha de Trent Reznor & Atticus Finch beira a perfeição. Aonde vai parar esse Fincher, hein?
Filme muito peculiar, de poucas falas, muitos silêncios, personagens contemplativos, mas com relações familiares interessantes o suficiente para fazer a gente sentir a dor e a tensão que eles sentem. Elenco excepcional e linda fotografia.
Esse filme é um fenômeno de várias espécies. Primeiro o tal vai-e-vem de discussões e processos que atrasou espantosos SEIS anos a estreia - se o mérito foi mesmo a montagem que o direitor não gostou, é até justificado, pois é de longe o ponto fraco do filme. Agora, houve uma repetina (e inédita) campanha dos críticos aqui de Londres para que o filme expandisse sua exibição (estreou em uma mísera única sala) e de cara o colocaram no Top 10 do ano. Quer saber? Todo o burburinho é merecido. É um filme que supera qualquer expectativa. Se a sinopse não promete muita coisa, o roteiro comprova que esse Kenneth Lonergan mereceu toda o confete de estreia e a espera de 11 anos desde Conta Comigo (You Can Count on Me), que indicou ele e Laura Linney ao Oscar. O que parece uma história banal e comum cresce numa complexidade e delicadeza estarrecedora. Recomendo NÃO ASSISTIR AO TRAILER, nem ler críticas densas antes de ver o filme (se é que um dia vai chegar a muitos lugares, já que a distribuidora parece fazer questão de enterrá-lo). Se precisar convencer aquele amigo meio desconfiado, vale exaltar o elenco excepcional - ainda que, com exceção de Anna Paquin (fazendo valer finalmente seu Oscar de melhor pirralha em 93), são os menos famosos que dão verdadeiro show (a mãe, principalmente). Coisa boa aparecer uma belezura dessas bem no fim do ano pra chacoalhar a lista dos melhores que já estava pré-pronta. Lindo e ponto final.
Nem Cameron, nem Spielberg, nem ninguém usou o 3D até hoje como Mr. Scorsese. Aos 69 anos, e mais de 40 anos de carreira, o cara se aventura na “modernidade do momento” e arrasa com todo mundo. NADA na tela é gratuito, forçado, fora de propósito. Os olhos se enchem no momento preciso, as cores brilham na cena exata, e nada da história é alterada ou prejudicada por causa deste “recurso extra”, tãããão diferente de (quase) tudo que se vê em 3D hoje em dia. O filme é um delícia completa, como esperado. É feito para quem gosta de cinema, entende de cinema, estuda cinema, se encanta pelo cinema. Ou seja, Scorsese fez o filme para ele próprio, e isto está estampado na tela: não são poucas as “pausas” que ele faz na narrativa para ilustrar os primórdios da sétima arte. Isto até dá uma arrastadinha na história vez por outra mas, de novo, quem gosta de verdade de cinema, não há de se incomodar nem um pouco. Só fico imaginando o prazer que ele teve durante a feitura deste filme… possivelmente as brincadeiras dele quando criança, só que agora trocando as caixas de papelão por câmeras 3D de uma tonelada. Mais aqui:
É o tipo de filme que não tem como não se encantar. Quem gosta/entende de cinema, tem Marilyn no coração pra sempre, então ver uma história de bastidores tão deliciosa como essa (independente se é totalmente verdadeira ou não - who cares?) é um prato cheio. O resultado? Não brilhante, mas deveras interessante. O personagem principal, o tal Colin Clark, faz o espectador embarcar na dele, ou seja, a gente fica encantado e baba pela Marilyn que nem ele (e Eddie Redmayne manda bem). Kenneth Branagh é o mais provável do elenco a concorrer ao Oscar (tem as melhores falas como Olivier). E Michelle Williams, mesmo pra quem torceu o nariz no início (eu mesmo confesso... não achei que ela ia perder aquela mesma cara de sofredora/introspectiva de todos os seus filmes), mas hei sim de reverenciá-la e dizer que simplesmente esqueci da Michelle já nas primeiras cenas e só via Marilyn na minha frente. Depois cantando então, ai ai... Faltou cenas de mais impacto ou dramaticidade, especialmente na meia hora final, pra ser uma obra-prima. Mas duvide-o-dó se qualquer cinéfilo não vá sair feliz do cinema.
Ia dar 3 estrelas, mas vou de 2,5 pelo fator decepção. Quem mandou Andrew Niccol ter escrito dois filmes geniais (Truman Show e Gattaca) e depois vir com esse meia-boca. Sim, é interessante, curioso, cheio de potencial, mas fica na promessa. Não empolga, e tem muitos, mas muitos furos e forçações... a começar pelo figurino mais ridículo dos últimos tempos (a "heroína" correndo feito louca num sapato a la Lady Gaga é meio demais), e o elenco TODO com olhos insuportavelmente AZUIS e com caras de anúncio de cueca que não passa um pingo de credibilidade. Estilo só não basta, Mr. Niccol.
No meio de tantas decepções recentes, uma bela surpresa. Acho que foi o filme que mais me fez rir este ano depois de Bridesmaids. Funciona direitinho: a comédia, a aventura, as cenas de ação e "suspense" (ou quase isso)... Elenco todo ótimo, do Alan Alda até a Precious! Tudo bem enxuto e sem tanta piração a la Onze Homens. Seu Brett Ratner cagou no Oscar, mas fez um filme decente depois de muito tempo.
Repito: o cara que fez o trailer é um gênio. o cara que fez o filme... nem tanto. O filme mais chato do ano, disparado! Não é comédia, não é aventura, não é suspense, não é romance, n]ao é porcaria nenhuma. Nunca vii isso. Fica tudo pela metade, nada engrena, nada empolga. Nem Johnny Depp salva! Enganação pura. Pena.
Duas afirmações depois de ver esse filme: 1. Melancolia é conto-de-fadas pra recém-nascidos perto desse. 2. Muito provavelmente não haverá uma interpretação tão impactante quanto a de Olivia Colman este ano. ok, três então: Paddy Considine promete como diretor.
tem uma trama meio enroscada, que às vezes chateia. Mas as cenas de ação pagam o ingresso. E desculpa, mas THE STATH é o cara! pra mim é o melhor do gênero.
Vê-lo 18 anos depois, novamente no cinema, e num telão do IMAX, me fez ter a mesma sensação que em 1993. Acho perfeito, do início ao fim. Difícil é parar de ficar assoviando a trilha do John Williams (pra mim comparável a de Tubarão ou Indiana Jones) depois...
nada de diferente, mas ainda assim causa boas risadas. eu gosto da Anna Faris né, então sou suspeito. mas não é um bridesmaids, claro. vale o ingresso.
O Babá(Ca)
2.8 280 Assista AgoraNão. Eu não li este título em português.
Aqui é o Meu Lugar
3.6 580 Assista AgoraMeu filme #8 de 2011.
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraMeu filme #6 de 2011.
Missão Madrinha de Casamento
3.2 1,7K Assista AgoraMeu filme #7 de 2011.
O Garoto da Bicicleta
3.7 323Meu filme #5 de 2011.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraMeu filme #4 de 2011.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraMeu #3 de 2011. Sem mais.
A Separação
4.2 726 Assista Agorasimplesmente meu filme preferido de 2011
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraMeu filme #9 de 2011.
Margaret
2.9 175Meu filme #10 de 2011.
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraNão sou muito fã do filme original sueco. Gostei e tal, mas NADA de espetacular. E digo o mesmo de Noomi Rapace (que venham as pedras!), dura e correta pro papel, mas depois mostrou ter zero versatilidade. Pois só um cara como David Fincher pra derrubar todos os queixos e desfazer a ideia do “pra que refilmar? e tão cedo?”. Ele mais uma vez acertou em cheio, superando em todo e qualquer aspecto o original. E isso inclui a escalação de Rooney Mara, que me fez morder a língua e perder a abominável impressão que tinha dela do novo A Hora do Pesadelo. E pra variar, a trilha de Trent Reznor & Atticus Finch beira a perfeição. Aonde vai parar esse Fincher, hein?
Archipelago
3.4 9Filme muito peculiar, de poucas falas, muitos silêncios, personagens contemplativos, mas com relações familiares interessantes o suficiente para fazer a gente sentir a dor e a tensão que eles sentem. Elenco excepcional e linda fotografia.
Margaret
2.9 175Esse filme é um fenômeno de várias espécies. Primeiro o tal vai-e-vem de discussões e processos que atrasou espantosos SEIS anos a estreia - se o mérito foi mesmo a montagem que o direitor não gostou, é até justificado, pois é de longe o ponto fraco do filme. Agora, houve uma repetina (e inédita) campanha dos críticos aqui de Londres para que o filme expandisse sua exibição (estreou em uma mísera única sala) e de cara o colocaram no Top 10 do ano.
Quer saber? Todo o burburinho é merecido. É um filme que supera qualquer expectativa. Se a sinopse não promete muita coisa, o roteiro comprova que esse Kenneth Lonergan mereceu toda o confete de estreia e a espera de 11 anos desde Conta Comigo (You Can Count on Me), que indicou ele e Laura Linney ao Oscar.
O que parece uma história banal e comum cresce numa complexidade e delicadeza estarrecedora. Recomendo NÃO ASSISTIR AO TRAILER, nem ler críticas densas antes de ver o filme (se é que um dia vai chegar a muitos lugares, já que a distribuidora parece fazer questão de enterrá-lo). Se precisar convencer aquele amigo meio desconfiado, vale exaltar o elenco excepcional - ainda que, com exceção de Anna Paquin (fazendo valer finalmente seu Oscar de melhor pirralha em 93), são os menos famosos que dão verdadeiro show (a mãe, principalmente).
Coisa boa aparecer uma belezura dessas bem no fim do ano pra chacoalhar a lista dos melhores que já estava pré-pronta. Lindo e ponto final.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraNem Cameron, nem Spielberg, nem ninguém usou o 3D até hoje como Mr. Scorsese. Aos 69 anos, e mais de 40 anos de carreira, o cara se aventura na “modernidade do momento” e arrasa com todo mundo. NADA na tela é gratuito, forçado, fora de propósito. Os olhos se enchem no momento preciso, as cores brilham na cena exata, e nada da história é alterada ou prejudicada por causa deste “recurso extra”, tãããão diferente de (quase) tudo que se vê em 3D hoje em dia.
O filme é um delícia completa, como esperado. É feito para quem gosta de cinema, entende de cinema, estuda cinema, se encanta pelo cinema. Ou seja, Scorsese fez o filme para ele próprio, e isto está estampado na tela: não são poucas as “pausas” que ele faz na narrativa para ilustrar os primórdios da sétima arte. Isto até dá uma arrastadinha na história vez por outra mas, de novo, quem gosta de verdade de cinema, não há de se incomodar nem um pouco. Só fico imaginando o prazer que ele teve durante a feitura deste filme… possivelmente as brincadeiras dele quando criança, só que agora trocando as caixas de papelão por câmeras 3D de uma tonelada.
Mais aqui:
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraÉ o tipo de filme que não tem como não se encantar. Quem gosta/entende de cinema, tem Marilyn no coração pra sempre, então ver uma história de bastidores tão deliciosa como essa (independente se é totalmente verdadeira ou não - who cares?) é um prato cheio. O resultado? Não brilhante, mas deveras interessante.
O personagem principal, o tal Colin Clark, faz o espectador embarcar na dele, ou seja, a gente fica encantado e baba pela Marilyn que nem ele (e Eddie Redmayne manda bem). Kenneth Branagh é o mais provável do elenco a concorrer ao Oscar (tem as melhores falas como Olivier). E Michelle Williams, mesmo pra quem torceu o nariz no início (eu mesmo confesso... não achei que ela ia perder aquela mesma cara de sofredora/introspectiva de todos os seus filmes), mas hei sim de reverenciá-la e dizer que simplesmente esqueci da Michelle já nas primeiras cenas e só via Marilyn na minha frente. Depois cantando então, ai ai... Faltou cenas de mais impacto ou dramaticidade, especialmente na meia hora final, pra ser uma obra-prima. Mas duvide-o-dó se qualquer cinéfilo não vá sair feliz do cinema.
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraIa dar 3 estrelas, mas vou de 2,5 pelo fator decepção. Quem mandou Andrew Niccol ter escrito dois filmes geniais (Truman Show e Gattaca) e depois vir com esse meia-boca. Sim, é interessante, curioso, cheio de potencial, mas fica na promessa. Não empolga, e tem muitos, mas muitos furos e forçações... a começar pelo figurino mais ridículo dos últimos tempos (a "heroína" correndo feito louca num sapato a la Lady Gaga é meio demais), e o elenco TODO com olhos insuportavelmente AZUIS e com caras de anúncio de cueca que não passa um pingo de credibilidade. Estilo só não basta, Mr. Niccol.
Roubo nas Alturas
3.1 703 Assista AgoraNo meio de tantas decepções recentes, uma bela surpresa. Acho que foi o filme que mais me fez rir este ano depois de Bridesmaids. Funciona direitinho: a comédia, a aventura, as cenas de ação e "suspense" (ou quase isso)... Elenco todo ótimo, do Alan Alda até a Precious! Tudo bem enxuto e sem tanta piração a la Onze Homens. Seu Brett Ratner cagou no Oscar, mas fez um filme decente depois de muito tempo.
Diário de um Jornalista Bêbado
3.0 774 Assista grátisRepito: o cara que fez o trailer é um gênio. o cara que fez o filme... nem tanto.
O filme mais chato do ano, disparado!
Não é comédia, não é aventura, não é suspense, não é romance, n]ao é porcaria nenhuma. Nunca vii isso. Fica tudo pela metade, nada engrena, nada empolga. Nem Johnny Depp salva!
Enganação pura. Pena.
Bem Amadas
3.5 254Lindo demais. E Chiara é a minha mais nova atriz preferida.
Tiranossauro
4.0 236 Assista AgoraDuas afirmações depois de ver esse filme:
1. Melancolia é conto-de-fadas pra recém-nascidos perto desse.
2. Muito provavelmente não haverá uma interpretação tão impactante quanto a de Olivia Colman este ano.
ok, três então: Paddy Considine promete como diretor.
Os Especialistas
3.2 509 Assista Agoratem uma trama meio enroscada, que às vezes chateia. Mas as cenas de ação pagam o ingresso. E desculpa, mas THE STATH é o cara! pra mim é o melhor do gênero.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraVê-lo 18 anos depois, novamente no cinema, e num telão do IMAX, me fez ter a mesma sensação que em 1993. Acho perfeito, do início ao fim. Difícil é parar de ficar assoviando a trilha do John Williams (pra mim comparável a de Tubarão ou Indiana Jones) depois...
Qual Seu Número?
3.3 1,4K Assista Agoranada de diferente, mas ainda assim causa boas risadas. eu gosto da Anna Faris né, então sou suspeito. mas não é um bridesmaids, claro. vale o ingresso.
Drive
3.9 3,5K Assista Agorasó uma palavra descreve esse filme: F-O-D-A
tá pra nascer alguém mais cool que Ryan Gosling... (pelo menos esse ano)
e esse Refn tem futuro...