De resto, o filme é extremamente raso, quase sem enredo, de tão genérico (o que eu já esperava, visto que o filme é da Marvel e afins). Excessivamente viajado, no sentido de que convence pouco, embora os leitores dos quadrinhos possam gostar por já estarem habituados a isso.
Uma entidade cósmica humanizada, com olhos e formato de rosto que a fazem lembrar a figura clássica do Demônio cristão? Pelo amor. (Tudo bem, tudo bem; foi interessante ele ter tornado a criatura refém dele, presa no looping infinito. Mas o resto é tão simplório e pouco criativo que parece zombar dos espectadores.)
É quase infantil, eu diria, mas já vi filmes infantis muito bons e mais elaborados que esse. Talvez eu esteja pegando pesado demais na crítica, então esclareço: não é um filme propriamente ruim, e sim raso.
Um pouco decepcionante. Assim como o filme "Now you see me 2", só pegou a fórmula pronta dos filmes anteriores e executou, quase de forma improvisada, sem muita inovação. "The Purge" e "The Purge 2" foram filmes bons; já este não me acrescentou em nada.
Como já era de se esperar, a fotografia é incrível; e, mais, e os personagens são cativantes, sobretudo a Amy. É um filme bom. Eu não diria excelente, pois não consegui depreender muito significado implícito que eu pudesse levar para a vida (isto é, não me acrescentou em nada, quase), mas não me arrependi de assistir. Cumpre o papel estrito de entreter.
Eu não costumo gostar de filmes de ação, mas Catch Me If You Can foi uma exceção. Não é um corre-corre desenfreado e sem propósito só para prender a atenção do espectador. Tem muita profundidade em algumas cenas, o que é intensificado pela atuação indescritível do Dicaprio. A atuação do Tom Hanks também foi boa, apesar de ser "mais do mesmo", já que ele sempre acaba fazendo papel de bobo/ingênuo. de qualquer forma, o filme é muito bom.
1) Logo no começo, quando a vida do Frank se despedaça com a separação dos pais e se vê obrigado a tomar a "simples decisão" de escolher se vai viver com o pai ou com a mãe. Foi uma cena muito forte pois desbanalizou o assunto "separação", que costuma ser visto como algo trivial e que ali foi retratado com o verdadeiro peso que tem, especialmente levando em conta que o Frank sempre valorizou muito a família — o que pode ser percebido pela cenas em que ele observa tanto os pais quanto os sogros dançando juntos.
2) No fim, quando o Carl permite que ele fuja, dizendo para ele olhar pra trás e perceber que não tem ninguém mais o seguindo. Pode até ter parecido uma cena boba, mas tem um significado muito profundo. Pensa bem: ele ia fugir de novo porque só sabia viver assim, sendo perseguido. Mas, de repente, isso não fazia mais sentido, pois o Carl deixou de alimentar essa expectativa. O Frank já tinha perdido o jogo (e ao mesmo tempo ganhado, por ter conseguido responder em liberdade) e queria continuar jogando, pois foi isso que aprendeu a fazer a vida toda.
A fotografia e a trilha sonora do filme são excelentes, também; Spielberg não deixa a desejar.
Sim, sim, existem alguns pontos negativos, como disseram ali nos comentários sobre ser uma trama genérica. Mas não dá para esperar muito de filmes de ação, poxa! É comum o enfoque em explosões e lutas; algumas pessoas preferem ter sua atenção sugada por esse tipo de coisa, e o uso exaustivo desse recurso inevitavelmente torna o filme superficial.
Quanto aos pontos positivos, porém, não sei nem por onde começar. Ou talvez saiba: só aquela cena do Mercúrio ao som de Sweet Dreams (Are Made of This) já me conquistou. Fiquei muito feliz por terem notado que acertaram em X-Men: Days of Future Past ao dar os holofotes a esse personagem — que em X-Men: Apocalypse se mostrou incrivelmente fofo com sua simplicidade e sua profundidade — e repetiram na dose. Aliás, essa é uma coisa que tem me agradado nos filmes mais recentes da saga X-Men. Tem-se reservado pelo menos um momento de fama, de protagonização, para cada um dos personagens centrais, por mais deslocados que eles pareçam a princípio. É como se em cada momento do filme houvesse um protagonista diferente, ao passo que, quando se olha o todo, todos eles protagonizam o filme de uma forma harmônica e intensa. É delicioso observar os traços de cada um dos personagens e ver como eles se relacionam entre si e até consigo mesmos ao longo dos anos. Já demos um mergulho e tanto na vida psicológica do Wolverine (que, graças a deus, não roubou todos os holofotes dessa vez) e do Magneto; agora, foi a vez de personagens secundários como o Noturno, cuja timidez e determinação foi muito bem delineada nas cenas.
Filme bom. Fotografia maravilhosa, atuação impecável e cenas cômicas sem igual. Só não sei se vale todo o hype que fazem em cima dele; apesar de ter retratado de modo profundo e lúdico a extravagância dos corretores da bolsa nos anos 80 e 90, me pareceu um filme extremamente supervalorizado. De qualidade indiscutível, sim, mas muito cansativo.
Um filme com uma fotografia agradável, quase perfumada, algumas mensagens muito bonitas (ainda que melancólicas, por vezes) e uma abordagem histórica muito interessante. A menção a Huxley, então, foi deliciosa!
Mas não pude deixar de torcer o nariz para a falta de profundidade da personagem Lota. Glória Pires, apesar de ser uma atriz e tanto, por algum motivo interpretou uma personagem masculinizada quase que por caricatura, e o pior, imensamente rasa.
O romance surge meio que assim, do nada, num beijo agressivo completamente fora de contexto, e quase como num descaso com o telespectador, ele cresce de uma maneira incompreensível que fura com a própria verossimilhança.
Não sei. O filme é bom e me fez criar um certo laço com as personagens históricas protagonizadas, mas me parece que, no sopesamento, os pontos negativos soam bem mais altos que os positivos. Não assistiria novamente.
Eu já estava prestes a perder as esperanças de encontrar um filme realmente bom, como foram pouquíssimos dos que já vi; veio então Predestination e isso mudou. É o filme de viagem no tempo mais confuso que já vi na vida toda, e talvez seja justamente isso que faz dele uma obra absolutamente genial.
Assim como em Donnie Darko ou em Mr. Nobody (outros filmes excelentes, diga-se de passagem), recomendo que as pessoas, logo após assistirem Predestination, também vejam alguma análise explicativa no Youtube para clarear melhor as ideias e perceber quão brilhante o filme é.
A fotografia é apaixonante, a atmosfera é quase nostálgica e os personagens são extremamente humanos. É um dos pouquíssimos filmes que não me cansaram ou entediaram em momento algum; eu poderia ver de novo, e de novo, e de novo, e a trama continuaria tendo esse toque místico que nos suga para dentro da tela e (vejam a ironia da expressão) faz com que o tempo não pareça passar.
QUANTO À FORMA: Devo confessar que achei estranho esse tipo de filme com uma cinematografia "alternativa", que mais parece um teatro filmado do que um filme propriamente dito, mas ainda assim reconheci que eu deveria me abrir e dar uma chance. Com o decorrer do filme, fui entendendo as vantagens desse tipo de cinema e até achei poético em determinados aspectos. O que me incomodou do começo ao fim, no entanto, foram alguns cortes de cenas absolutamente grotescos, que dão a entender não um cinema alternativo, mas evidentemente uma predileção à lei do menor esforço.
QUANTO AO CONTEÚDO: Muito bom; muito bom MESMO. É muito interessante observar como vários tipos de culturas engolem umas às outras à força, revelando as hipocrisias tanto da cultura dominante quanto a da dominada. Tudo isso em questões fortes abordadas de forma sutil e visceral ao mesmo tempo, o que nunca imaginei que fosse possível. Trabalhar com ideias de democracia, liberdade e justiça é algo difícil, e foi algo muito bem feito neste filme: explorando os paradoxos amargos e deliciosos que esses temas necessariamente envolvem.
Assisti quando era muito pequeno e gravei na memória a cena em que, num cenário futurista, o protagonista pede bacon para café-da-manhã e não consegue. Procurei sem sucesso durante muito tempo o filme desta cena, descobrindo por coincidência que era A Ilha.
Quanto ao filme, trabalha com algumas questões muito interessantes como a bioética, o mito da caverna de Platão e esse tipo de coisa, embora tenha sido enxertado com tanta ação que tenha ficado imensamente cansativo. Mas nada que eu já não esperasse de um filme hollywoodiano, então é um filme ok.
Filme bom, mas não criem expectativas muito altas.
Star Wars VII é 90% ação e 10% história. Pouca verossimilhança (personagens sem qualquer preparo lutando muito bem) e cenas tão parecidas com as da trilogia clássica que chegam a cair no clichê.
O filme é excelente. Recomendaria sem pensar. As únicas coisas que me desagradaram foram os personagens, mas é uma crítica pessoal, e não técnica (até seja bom que os personagens causem desconforto no espectador).
Achei a Jéssica antipática demais, a Dona Bárbara um porre e o marido dela completamente desnecessário e até meio creepy. Só gostei do Fabinho e da Val, e principalmente da relação carinhosa que eles têm.
As críticas sociais são boas demais, ainda que a questão de criar o filho dos outros (que, pelo nome do filme, presumo que seja a principal) tenha sido colocada de uma forma bem sutil. A trilha sonora impecável, a imagem deliciosa e a atuação excepcional.
Gostei da excentricidade dos personagens, do figurino e do mundo alternativo criado pelo roteirista e diretor, LaGravenese. Porém, devo concordar com a maioria dos outros comentários sobre o filme possuir muitos clichês "importados" de Crepúsculo e Jogos Vorazes, principalmente quanto ao romance central. A história tinha um potencial incrível que muito foi mal explorado, infelizmente. As coisas ficaram muito superficiais, previsíveis e não me prenderam enquanto telespectador.
Vou dar 3 estrelas pelos pontos positivos já citados no começo do comentário, pela magnífica atuação da maravilhosa Viola Davis e pela seguinte frase do filme:
"Os mortais inventam ideias, como Deus, amor e moralidade, e usam essas mesmas ideias para matar qualquer um que discorde deles."
Muitos vão dizer, até com uma certa razão, que é um filme água com açúcar. Sim, de fato o é, mas é nas entrelinhas de Pleasantville que se escondem mensagens muito bonitas.
Perfeição não existe. A vida, sem aquelas coisas que nos tornam humanos, é fria, mecânica e, bom, cinza. E não se trata apenas de comportamentos que estimulem a libido, como o sexo. Também, mas não só isso. A coisa vai muito além. É uma questão de equilíbrio: cabe a cada um estimular aquilo que lhe falta, seja a quebra de rotina, a coragem, a introspecção aos estudos.
Um filme muito leve, como uma imagem e sonoplastia ótimas, que consegue tocar o coração daqueles que lhe permitirem.
Saquei algumas referências históricas, como o apartheid (placa escrito "just for non colored people", ou algo assim), o index dos livros proibidos pela Igreja Católica e por ela queimados, e a própria submissão e reserva ao trabalho doméstico do papel feminino. É um filme com uma certa profundidade, mas é preciso assisti-lo com cautela para captar essas mensagens sutis.
P.S.: Colocar "Across The Universe", dos Beatles, no fim do filme me conquistou completamente. Foi uma jogada de mestre.
Vou dar cinco estrelas, mas sabemos que só precisamos de duas (Quem assistiu ao filme, entenderá)
Comecei a assistir ao filme com o pé atrás de quem já viu muitos filmes de contos de fadas, um mais clichê e vazio que o outro. Mas quem assistiu a Stardust sabe que, cena após cena, o filme vai provando que de vazio não tem nada. O enredo vai te encantando aos poucos, e quando você se dá conta, já está imerso no pequeno reino de Stormhold. A carta de Hogwarts já não te parece tão atraente — melhor seria atravessar O Muro. As personagens são apaixonantes: vão desde um protagonista que tem os olhos-de-cachorro-que-caiu-da-mudança mais doces de todos, até um capitão pirata que ainda não saiu do armário (literalmente). Só não digo mais porque, em primeiro lugar, não quero dar spoiler a quem ainda não assistiu e por ventura esteja lendo este texto, e, em segundo, convenhamos: o filme diz por si só.
Com uma sutileza de dar inveja a qualquer diretor, Matthew Vaughn esfrega na cara do espectador mensagens de uma profundidade inabalável. Você nem percebe, mas quando digere, sente um soco no estômago; aquele tipo de soco que você agradece quando recebe.
O verdadeiro amor está na frente de seus olhos. Não é preciso buscá-lo em outras fronteiras.
É claro que não é um filme com a densidade emocional de um "Orações para Bobby", mas seria covardia querer comparar. São propósitos totalmente diferentes. Tratando-se de um conto de fadas, Stardust EXCEDE AS EXPECTATIVAS e, com destreza, dá um baile em questões que são tratadas de forma tão banal por outros filmes. Finalizo com um trecho que me tocou bastante:
"Lembra quando disse que nada sabia sobre o amor? Bem, não era verdade. Sei bastante sobre o amor. Já o vi e o vejo ao longo dos séculos, e foi a única coisa que fez com que olhar o vosso mundo fosse tolerável. Todas as guerras, sofrimento, mentiras, ódio... Me fizeram querer virar as costas e não olhar para baixo nunca mais. Mas quando vejo a forma como a humanidade ama... podemos procurar por todo o universo, que não encontraremos nada mais bonito."
Um enredo com um potencial genial, se soubesse ser trabalhado. A questão do segregacionismo e da população marginalizada e relegada, por exemplo, é incrível.
Infelizmente, o filme ficou fraco. Muito cansativo e especial, e, convenhamos, um ator do porte do Wagner Moura não merecia aquele lixo do papel.
Doutor Estranho
4.0 2,2K Assista AgoraOs efeitos são legais e a atuação é boa. Só.
De resto, o filme é extremamente raso, quase sem enredo, de tão genérico (o que eu já esperava, visto que o filme é da Marvel e afins). Excessivamente viajado, no sentido de que convence pouco, embora os leitores dos quadrinhos possam gostar por já estarem habituados a isso.
Uma entidade cósmica humanizada, com olhos e formato de rosto que a fazem lembrar a figura clássica do Demônio cristão? Pelo amor. (Tudo bem, tudo bem; foi interessante ele ter tornado a criatura refém dele, presa no looping infinito. Mas o resto é tão simplório e pouco criativo que parece zombar dos espectadores.)
É quase infantil, eu diria, mas já vi filmes infantis muito bons e mais elaborados que esse. Talvez eu esteja pegando pesado demais na crítica, então esclareço: não é um filme propriamente ruim, e sim raso.
Sr. Ninguém
4.3 2,7KAssisti este filme há muito tempo, mas precisei voltar aqui para dizer: assistir Mr. Nobody é um doce remédio para combater a angústia sartreana.
12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição
3.3 803 Assista AgoraUm pouco decepcionante. Assim como o filme "Now you see me 2", só pegou a fórmula pronta dos filmes anteriores e executou, quase de forma improvisada, sem muita inovação. "The Purge" e "The Purge 2" foram filmes bons; já este não me acrescentou em nada.
Adam
3.9 825Um filme realista, sensível e comovente. Uma pena ter acabado tão rápido; talvez tenha sido pouco explorado, em grande parte.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraComo já era de se esperar, a fotografia é incrível; e, mais, e os personagens são cativantes, sobretudo a Amy. É um filme bom. Eu não diria excelente, pois não consegui depreender muito significado implícito que eu pudesse levar para a vida (isto é, não me acrescentou em nada, quase), mas não me arrependi de assistir. Cumpre o papel estrito de entreter.
Truque de Mestre: O 2º Ato
3.5 941 Assista AgoraDecepcionante. Pegaram a fórmula do primeiro filme e só reproduziram. É um filme ok, mas não traz nada de inovador ou relevante.
Prenda-me Se For Capaz
4.2 1,6K Assista AgoraEu não costumo gostar de filmes de ação, mas Catch Me If You Can foi uma exceção. Não é um corre-corre desenfreado e sem propósito só para prender a atenção do espectador. Tem muita profundidade em algumas cenas, o que é intensificado pela atuação indescritível do Dicaprio. A atuação do Tom Hanks também foi boa, apesar de ser "mais do mesmo", já que ele sempre acaba fazendo papel de bobo/ingênuo. de qualquer forma, o filme é muito bom.
Duas cenas em particular mexeram muito comigo:
1) Logo no começo, quando a vida do Frank se despedaça com a separação dos pais e se vê obrigado a tomar a "simples decisão" de escolher se vai viver com o pai ou com a mãe. Foi uma cena muito forte pois desbanalizou o assunto "separação", que costuma ser visto como algo trivial e que ali foi retratado com o verdadeiro peso que tem, especialmente levando em conta que o Frank sempre valorizou muito a família — o que pode ser percebido pela cenas em que ele observa tanto os pais quanto os sogros dançando juntos.
2) No fim, quando o Carl permite que ele fuja, dizendo para ele olhar pra trás e perceber que não tem ninguém mais o seguindo. Pode até ter parecido uma cena boba, mas tem um significado muito profundo. Pensa bem: ele ia fugir de novo porque só sabia viver assim, sendo perseguido. Mas, de repente, isso não fazia mais sentido, pois o Carl deixou de alimentar essa expectativa. O Frank já tinha perdido o jogo (e ao mesmo tempo ganhado, por ter conseguido responder em liberdade) e queria continuar jogando, pois foi isso que aprendeu a fazer a vida toda.
A fotografia e a trilha sonora do filme são excelentes, também; Spielberg não deixa a desejar.
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista AgoraUm filme muito bonito, em todos os aspectos.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraMuito bom. Muito bom MESMO.
Sim, sim, existem alguns pontos negativos, como disseram ali nos comentários sobre ser uma trama genérica. Mas não dá para esperar muito de filmes de ação, poxa! É comum o enfoque em explosões e lutas; algumas pessoas preferem ter sua atenção sugada por esse tipo de coisa, e o uso exaustivo desse recurso inevitavelmente torna o filme superficial.
Quanto aos pontos positivos, porém, não sei nem por onde começar. Ou talvez saiba: só aquela cena do Mercúrio ao som de Sweet Dreams (Are Made of This) já me conquistou. Fiquei muito feliz por terem notado que acertaram em X-Men: Days of Future Past ao dar os holofotes a esse personagem — que em X-Men: Apocalypse se mostrou incrivelmente fofo com sua simplicidade e sua profundidade — e repetiram na dose.
Aliás, essa é uma coisa que tem me agradado nos filmes mais recentes da saga X-Men. Tem-se reservado pelo menos um momento de fama, de protagonização, para cada um dos personagens centrais, por mais deslocados que eles pareçam a princípio. É como se em cada momento do filme houvesse um protagonista diferente, ao passo que, quando se olha o todo, todos eles protagonizam o filme de uma forma harmônica e intensa.
É delicioso observar os traços de cada um dos personagens e ver como eles se relacionam entre si e até consigo mesmos ao longo dos anos. Já demos um mergulho e tanto na vida psicológica do Wolverine (que, graças a deus, não roubou todos os holofotes dessa vez) e do Magneto; agora, foi a vez de personagens secundários como o Noturno, cuja timidez e determinação foi muito bem delineada nas cenas.
Recomendo bastante.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraFilme bom. Fotografia maravilhosa, atuação impecável e cenas cômicas sem igual. Só não sei se vale todo o hype que fazem em cima dele; apesar de ter retratado de modo profundo e lúdico a extravagância dos corretores da bolsa nos anos 80 e 90, me pareceu um filme extremamente supervalorizado. De qualidade indiscutível, sim, mas muito cansativo.
Flores Raras
3.8 567 Assista AgoraUm filme com uma fotografia agradável, quase perfumada, algumas mensagens muito bonitas (ainda que melancólicas, por vezes) e uma abordagem histórica muito interessante. A menção a Huxley, então, foi deliciosa!
Mas não pude deixar de torcer o nariz para a falta de profundidade da personagem Lota. Glória Pires, apesar de ser uma atriz e tanto, por algum motivo interpretou uma personagem masculinizada quase que por caricatura, e o pior, imensamente rasa.
O romance surge meio que assim, do nada, num beijo agressivo completamente fora de contexto, e quase como num descaso com o telespectador, ele cresce de uma maneira incompreensível que fura com a própria verossimilhança.
Não sei. O filme é bom e me fez criar um certo laço com as personagens históricas protagonizadas, mas me parece que, no sopesamento, os pontos negativos soam bem mais altos que os positivos. Não assistiria novamente.
O Predestinado
4.0 1,6K Assista AgoraEu já estava prestes a perder as esperanças de encontrar um filme realmente bom, como foram pouquíssimos dos que já vi; veio então Predestination e isso mudou. É o filme de viagem no tempo mais confuso que já vi na vida toda, e talvez seja justamente isso que faz dele uma obra absolutamente genial.
Assim como em Donnie Darko ou em Mr. Nobody (outros filmes excelentes, diga-se de passagem), recomendo que as pessoas, logo após assistirem Predestination, também vejam alguma análise explicativa no Youtube para clarear melhor as ideias e perceber quão brilhante o filme é.
A fotografia é apaixonante, a atmosfera é quase nostálgica e os personagens são extremamente humanos. É um dos pouquíssimos filmes que não me cansaram ou entediaram em momento algum; eu poderia ver de novo, e de novo, e de novo, e a trama continuaria tendo esse toque místico que nos suga para dentro da tela e (vejam a ironia da expressão) faz com que o tempo não pareça passar.
Donnie Darko
4.2 3,8K Assista AgoraHá algo de aterrorizante e de sedutor no Frank. Se pudesse, assistiria esse filme mil vezes e sentiria a música em cada uma delas.
Manderlay
4.0 297 Assista AgoraQUANTO À FORMA:
Devo confessar que achei estranho esse tipo de filme com uma cinematografia "alternativa", que mais parece um teatro filmado do que um filme propriamente dito, mas ainda assim reconheci que eu deveria me abrir e dar uma chance. Com o decorrer do filme, fui entendendo as vantagens desse tipo de cinema e até achei poético em determinados aspectos. O que me incomodou do começo ao fim, no entanto, foram alguns cortes de cenas absolutamente grotescos, que dão a entender não um cinema alternativo, mas evidentemente uma predileção à lei do menor esforço.
QUANTO AO CONTEÚDO:
Muito bom; muito bom MESMO. É muito interessante observar como vários tipos de culturas engolem umas às outras à força, revelando as hipocrisias tanto da cultura dominante quanto a da dominada. Tudo isso em questões fortes abordadas de forma sutil e visceral ao mesmo tempo, o que nunca imaginei que fosse possível. Trabalhar com ideias de democracia, liberdade e justiça é algo difícil, e foi algo muito bem feito neste filme: explorando os paradoxos amargos e deliciosos que esses temas necessariamente envolvem.
A Ilha
3.4 887Assisti quando era muito pequeno e gravei na memória a cena em que, num cenário futurista, o protagonista pede bacon para café-da-manhã e não consegue. Procurei sem sucesso durante muito tempo o filme desta cena, descobrindo por coincidência que era A Ilha.
Quanto ao filme, trabalha com algumas questões muito interessantes como a bioética, o mito da caverna de Platão e esse tipo de coisa, embora tenha sido enxertado com tanta ação que tenha ficado imensamente cansativo. Mas nada que eu já não esperasse de um filme hollywoodiano, então é um filme ok.
Minha Mãe é Uma Peça: O Filme
3.7 2,6K Assista AgoraHumor forçado demais.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraFilme bom, mas não criem expectativas muito altas.
Star Wars VII é 90% ação e 10% história. Pouca verossimilhança (personagens sem qualquer preparo lutando muito bem) e cenas tão parecidas com as da trilogia clássica que chegam a cair no clichê.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraO filme é excelente. Recomendaria sem pensar. As únicas coisas que me desagradaram foram os personagens, mas é uma crítica pessoal, e não técnica (até seja bom que os personagens causem desconforto no espectador).
Achei a Jéssica antipática demais, a Dona Bárbara um porre e o marido dela completamente desnecessário e até meio creepy. Só gostei do Fabinho e da Val, e principalmente da relação carinhosa que eles têm.
As críticas sociais são boas demais, ainda que a questão de criar o filho dos outros (que, pelo nome do filme, presumo que seja a principal) tenha sido colocada de uma forma bem sutil. A trilha sonora impecável, a imagem deliciosa e a atuação excepcional.
Dezesseis Luas
2.6 1,4K Assista AgoraGostei da excentricidade dos personagens, do figurino e do mundo alternativo criado pelo roteirista e diretor, LaGravenese. Porém, devo concordar com a maioria dos outros comentários sobre o filme possuir muitos clichês "importados" de Crepúsculo e Jogos Vorazes, principalmente quanto ao romance central. A história tinha um potencial incrível que muito foi mal explorado, infelizmente. As coisas ficaram muito superficiais, previsíveis e não me prenderam enquanto telespectador.
Vou dar 3 estrelas pelos pontos positivos já citados no começo do comentário, pela magnífica atuação da maravilhosa Viola Davis e pela seguinte frase do filme:
"Os mortais inventam ideias, como Deus, amor e moralidade, e usam essas mesmas ideias para matar qualquer um que discorde deles."
Pleasantville: A Vida em Preto e Branco
4.1 382 Assista AgoraMuitos vão dizer, até com uma certa razão, que é um filme água com açúcar. Sim, de fato o é, mas é nas entrelinhas de Pleasantville que se escondem mensagens muito bonitas.
Perfeição não existe. A vida, sem aquelas coisas que nos tornam humanos, é fria, mecânica e, bom, cinza. E não se trata apenas de comportamentos que estimulem a libido, como o sexo. Também, mas não só isso. A coisa vai muito além. É uma questão de equilíbrio: cabe a cada um estimular aquilo que lhe falta, seja a quebra de rotina, a coragem, a introspecção aos estudos.
Um filme muito leve, como uma imagem e sonoplastia ótimas, que consegue tocar o coração daqueles que lhe permitirem.
Saquei algumas referências históricas, como o apartheid (placa escrito "just for non colored people", ou algo assim), o index dos livros proibidos pela Igreja Católica e por ela queimados, e a própria submissão e reserva ao trabalho doméstico do papel feminino. É um filme com uma certa profundidade, mas é preciso assisti-lo com cautela para captar essas mensagens sutis.
P.S.: Colocar "Across The Universe", dos Beatles, no fim do filme me conquistou completamente. Foi uma jogada de mestre.
Stardust: O Mistério da Estrela
3.6 914 Assista AgoraVou dar cinco estrelas, mas sabemos que só precisamos de duas
(Quem assistiu ao filme, entenderá)
Comecei a assistir ao filme com o pé atrás de quem já viu muitos filmes de contos de fadas, um mais clichê e vazio que o outro. Mas quem assistiu a Stardust sabe que, cena após cena, o filme vai provando que de vazio não tem nada. O enredo vai te encantando aos poucos, e quando você se dá conta, já está imerso no pequeno reino de Stormhold. A carta de Hogwarts já não te parece tão atraente — melhor seria atravessar O Muro. As personagens são apaixonantes: vão desde um protagonista que tem os olhos-de-cachorro-que-caiu-da-mudança mais doces de todos, até um capitão pirata que ainda não saiu do armário (literalmente). Só não digo mais porque, em primeiro lugar, não quero dar spoiler a quem ainda não assistiu e por ventura esteja lendo este texto, e, em segundo, convenhamos: o filme diz por si só.
Com uma sutileza de dar inveja a qualquer diretor, Matthew Vaughn esfrega na cara do espectador mensagens de uma profundidade inabalável. Você nem percebe, mas quando digere, sente um soco no estômago; aquele tipo de soco que você agradece quando recebe.
O verdadeiro amor está na frente de seus olhos. Não é preciso buscá-lo em outras fronteiras.
É claro que não é um filme com a densidade emocional de um "Orações para Bobby", mas seria covardia querer comparar. São propósitos totalmente diferentes. Tratando-se de um conto de fadas, Stardust EXCEDE AS EXPECTATIVAS e, com destreza, dá um baile em questões que são tratadas de forma tão banal por outros filmes.
Finalizo com um trecho que me tocou bastante:
"Lembra quando disse que nada sabia sobre o amor? Bem, não era verdade. Sei bastante sobre o amor. Já o vi e o vejo ao longo dos séculos, e foi a única coisa que fez com que olhar o vosso mundo fosse tolerável. Todas as guerras, sofrimento, mentiras, ódio... Me fizeram querer virar as costas e não olhar para baixo nunca mais. Mas quando vejo a forma como a humanidade ama... podemos procurar por todo o universo, que não encontraremos nada mais bonito."
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraComovente.
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraUm enredo com um potencial genial, se soubesse ser trabalhado. A questão do segregacionismo e da população marginalizada e relegada, por exemplo, é incrível.
Infelizmente, o filme ficou fraco. Muito cansativo e especial, e, convenhamos, um ator do porte do Wagner Moura não merecia aquele lixo do papel.
O Universo No Olhar
4.2 1,3KTem uma fotografia excelente, e traz umas reflexões que nos obrigam a traçar uma linha entre o ceticismo sensato e o dogmatismo científico.
Mas infelizmente é só isso. Achei bem inconclusivo. Esperava mais. :(