Reichardt em sua fábula política-contemporânea em tom humanista. Com seu atual minimalismo e clima intimista, a diretora dessa vez cria um suspense de tirar o fôlego, proporcionando um edukators ianque, com menos vigor e mais humanidade. De uma ação política, heróica, mas irresponsável, navegamos para o âmago dos personagens, consequências e a típica paranóia norte-americana, presente em todos os filmes da diretoras. Eisenberg é poderoso.
De uma sensibilidade imensa abrir o álbum familiar e desatar histórias e segredos sem julgamentos, culpas, medos e dores, apenas com um enorme respeito, carinho e amor. Um retrato bem honesto, íntimo e singular de sua própria família. Pura maturidade.
Uma discussão sobre aquilo que é representação ou não, e aquilo que é memória emotiva ou não... que sai pra além da câmera e percorre a gente. Àquelas memórias afetivas tornam-se nossas também, e transformam-se em verdade.
Clássico, cheio de referências e o desmascaramento de uma burguesia artística, principalmente o público desse filme. Uma grande obra, mas o tamanho da pretensão, é o tamanho do saco que se deve ter pra ver. Pros que tem um ego enorme.
Abre-se o álbum de fotografia sem um rosto e um corpo, que já forá sepultado. Passamos a narrativa toda perguntando quem é Rafael, o que houve, em que caso se deveu sua morte e como afetou as pessoas mais próximas. Procuramos seu rosto no da irmã, no irmão documentarista (logo sendo avisado que ambos eram bem diferentes) e finalizando no seu filho. Procuramos as razões do seu assassinato pela malandragem da idade, caráter duvidoso, deficiência e abandono de um estado, omissão dos pais, destino traçado, ou por um convite de jantar que poderia ter sido feito. No final, temos diversas perspectivas inconclusivas que apontam para uma mesma resposta, um ser humano.
se passa no final da década de 70, e é tão atual. a defesa da pátria, da família, dos pudores. entramos no debate sobre a ditadura militar e nossa delicada democracia. longe de renegar os avanços, mas a liberdade, o grito e a arte ainda são expressões tão contidas. a maior prova de que a censura ainda é presente... seja culturalmente, moralmente e economicamente, é infelizmente o filme chegar a um número tão restrito de salas no final, apenas vemos parte do que fomos e ainda somos, com a pergunta: e o futuro?
Lucia é apenas mencionada, mas se faz presente por sua falta em toda a narrativa. Somos um pouco de Lucia que, de forma ou outra, abandona Roberto e Alejandra antes do filme iniciar, assim como somos os colegas de classe da menina que participam do abuso ou são no mínimo omissos a ele. Ficamos perplexos pelas atitudes dos meninos, e pela falta de punição, uma mera lembrança a crime e castigo, onde a realidade crua mostra-se impassível aos fatos, assim como nós. Alejandra e Roberto também são um tanto de nós, ao ficarem calados ou responderem violentamente. O final torna-se ainda mais agonizante pela falta de solução, continuidade de falhas e reflexo de quem o está assistindo.
Gostei do roteiro, personagens, atuações, direção pesadona... tudo bacana, com algumas gratuidades. mas e daí o frango? não achei nada de tão impressionante,
Bacana por retratar um outro pólo da música popular brasileira. embora, senti que o documentário bandeou mais para os depoimentos amorosos, do que para a cultura musical. e, a cultura musical, acabou focando mais em artistas consagrados pelo gênero, do que naquilo que realmente propõe, uma cultura piamente popular, do que cê ouve nas casas.
O filme não é incrível, mas tratar com respeito a humanidade de um personagem bíblico merece louvor. Noé, longe de ser um herói divino, é um ser humano cheio de dúvidas, egoísmo, crueldade e também amor... só que pouco carismático. O roteiro em si é cansativo e perde o rumo por diversas vezes na narrativa. A edição compromete bastante o filme e a trilha é decepcionante por ter um compositor com trabalhos anteriores tão bem orquestrados. Há algumas cenas ótimas, como a da criação/evolução, e os grandes momentos de questionamentos de Noé, mas ao término o roteiro soa covarde. Um blockbuster que não vai agradar e que jamais deveria ter sido concebido pra atrair público pela falácia do cinemão comercial. Talvez nos moldes independentes e com maior liberdade artística, o filme fosse mais fiel a sua proposta.
somos familiarizados à lembranças tão íntimas de fragmentos que não vivemos. o documentário geograficamente não sai da sala de teatro, mas transpões as fronteiras da memória de cada personagem que embala sua canção.
um tesão! uma experiência incrível a reunião de nomes tão influentes, além da metamorfose de seus ensaios em nossa história cultural acerca de um período nefasto.
O blá blá blá americano de sempre, com a África mítica, mas com uma direção muito bem conduzida por Greengrass. Hanks está bem durante o filme todo, mas é na sequência final que mostra sua força. Não sou fã do cara, mas dou meu braço a torcer, poderia estar indicado ao Oscar. Já com Abdi há uma questão interessante, dentre a opção por manter a língua nativa, o que é louvável para a narrativa, o único somaliano lembrado é o que fala inglês... enfim, longe de desmerecer seu trabalho, uma atuação excelente.
a enxurradas de críticas nada originais ao catolicismo se rompem com o perdão cristão da mãe que perdeu o filho, romantizando os religiosos como pessoas melhores ao término do filme. Por toda a situação, o perdão e a omissão de Philomena são tão inaceitáveis quanto as atitudes das freiras, ressaltando ainda mais a cegueira.
Mas é claro, temos uma atriz carismática e excepcional que transborda em seus densos olhos azuis toda a memória afetiva de um filho que lhe foi negado. Dench é a alma do filme. Sem ela, Philomena seria apenas mais uma carola serva e omissa perante as barbáries da religião.
Movimentos Noturnos
2.9 72 Assista AgoraReichardt em sua fábula política-contemporânea em tom humanista.
Com seu atual minimalismo e clima intimista, a diretora dessa vez cria um suspense de tirar o fôlego, proporcionando um edukators ianque, com menos vigor e mais humanidade.
De uma ação política, heróica, mas irresponsável, navegamos para o âmago dos personagens, consequências e a típica paranóia norte-americana, presente em todos os filmes da diretoras.
Eisenberg é poderoso.
Histórias que Contamos
4.2 32 Assista AgoraDe uma sensibilidade imensa abrir o álbum familiar e desatar histórias e segredos sem julgamentos, culpas, medos e dores, apenas com um enorme respeito, carinho e amor.
Um retrato bem honesto, íntimo e singular de sua própria família. Pura maturidade.
Jogo de Cena
4.4 336Uma discussão sobre aquilo que é representação ou não, e aquilo que é memória emotiva ou não... que sai pra além da câmera e percorre a gente.
Àquelas memórias afetivas tornam-se nossas também, e transformam-se em verdade.
Pinóquio
3.6 424 Assista Agora'quero ser inteligente, não artista.'
A Grande Beleza
3.9 463 Assista AgoraClássico, cheio de referências e o desmascaramento de uma burguesia artística, principalmente o público desse filme.
Uma grande obra, mas o tamanho da pretensão, é o tamanho do saco que se deve ter pra ver.
Pros que tem um ego enorme.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraTem uns furos no roteiro, por outro lado corta uns fios soltos dos anteriores
e tudo isso para no final dizer
esqueçam todos os outros filmes
Pais e Filhos
4.3 212 Assista AgoraDesconstruindo os laços familiares sem mitificar ou querer ser conclusivo.
Mataram Meu Irmão
3.6 13Abre-se o álbum de fotografia sem um rosto e um corpo, que já forá sepultado.
Passamos a narrativa toda perguntando quem é Rafael, o que houve, em que caso se deveu sua morte e como afetou as pessoas mais próximas.
Procuramos seu rosto no da irmã, no irmão documentarista (logo sendo avisado que ambos eram bem diferentes) e finalizando no seu filho.
Procuramos as razões do seu assassinato pela malandragem da idade, caráter duvidoso, deficiência e abandono de um estado, omissão dos pais, destino traçado, ou por um convite de jantar que poderia ter sido feito.
No final, temos diversas perspectivas inconclusivas que apontam para uma mesma resposta, um ser humano.
Tatuagem
4.2 923se passa no final da década de 70, e é tão atual.
a defesa da pátria, da família, dos pudores.
entramos no debate sobre a ditadura militar e nossa delicada democracia. longe de renegar os avanços, mas a liberdade, o grito e a arte ainda são expressões tão contidas.
a maior prova de que a censura ainda é presente... seja culturalmente, moralmente e economicamente, é infelizmente o filme chegar a um número tão restrito de salas
no final, apenas vemos parte do que fomos e ainda somos, com a pergunta: e o futuro?
O Abismo Prateado
3.3 214 Assista Agoradepois de assistir só me resta tomar um sorvete para passar essa dor.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraCom algumas falhas, mas super fofo.
Depois de Lúcia
3.8 1,1KLucia é apenas mencionada, mas se faz presente por sua falta em toda a narrativa.
Somos um pouco de Lucia que, de forma ou outra, abandona Roberto e Alejandra antes do filme iniciar, assim como somos os colegas de classe da menina que participam do abuso ou são no mínimo omissos a ele.
Ficamos perplexos pelas atitudes dos meninos, e pela falta de punição, uma mera lembrança a crime e castigo, onde a realidade crua mostra-se impassível aos fatos, assim como nós.
Alejandra e Roberto também são um tanto de nós, ao ficarem calados ou responderem violentamente.
O final torna-se ainda mais agonizante pela falta de solução, continuidade de falhas e reflexo de quem o está assistindo.
Killer Joe: Matador de Aluguel
3.6 881 Assista AgoraGostei do roteiro, personagens, atuações, direção pesadona... tudo bacana, com algumas gratuidades.
mas e daí o frango?
não achei nada de tão impressionante,
a não ser a idade da menina.
Os Incríveis
3.9 1,1K Assista AgoraQuando a pixar ainda sabia ser inventiva.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraFofinho como todo filme disney.
Pontos ao dar uma contornada nos clichês sobre o amor.
Vou Rifar Meu Coração
4.1 214Bacana por retratar um outro pólo da música popular brasileira.
embora, senti que o documentário bandeou mais para os depoimentos amorosos, do que para a cultura musical.
e, a cultura musical, acabou focando mais em artistas consagrados pelo gênero, do que naquilo que realmente propõe, uma cultura piamente popular, do que cê ouve nas casas.
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraO filme não é incrível, mas tratar com respeito a humanidade de um personagem bíblico merece louvor.
Noé, longe de ser um herói divino, é um ser humano cheio de dúvidas, egoísmo, crueldade e também amor... só que pouco carismático.
O roteiro em si é cansativo e perde o rumo por diversas vezes na narrativa. A edição compromete bastante o filme e a trilha é decepcionante por ter um compositor com trabalhos anteriores tão bem orquestrados.
Há algumas cenas ótimas, como a da criação/evolução, e os grandes momentos de questionamentos de Noé, mas ao término o roteiro soa covarde.
Um blockbuster que não vai agradar e que jamais deveria ter sido concebido pra atrair público pela falácia do cinemão comercial.
Talvez nos moldes independentes e com maior liberdade artística, o filme fosse mais fiel a sua proposta.
As Canções
4.2 162somos familiarizados à lembranças tão íntimas de fragmentos que não vivemos.
o documentário geograficamente não sai da sala de teatro, mas transpões as fronteiras da memória de cada personagem que embala sua canção.
Tropicália
4.1 289um tesão! uma experiência incrível a reunião de nomes tão influentes, além da metamorfose de seus ensaios em nossa história cultural acerca de um período nefasto.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KDivertidíssimo!
A Lista: Você Está Livre Hoje?
3.0 398Que furada Williams, Jackman McGregor se meteram.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraO blá blá blá americano de sempre, com a África mítica, mas com uma direção muito bem conduzida por Greengrass.
Hanks está bem durante o filme todo, mas é na sequência final que mostra sua força. Não sou fã do cara, mas dou meu braço a torcer, poderia estar indicado ao Oscar.
Já com Abdi há uma questão interessante, dentre a opção por manter a língua nativa, o que é louvável para a narrativa, o único somaliano lembrado é o que fala inglês... enfim, longe de desmerecer seu trabalho, uma atuação excelente.
Philomena
4.0 920 Assista Agoraa enxurradas de críticas nada originais ao catolicismo se rompem com o perdão cristão da mãe que perdeu o filho, romantizando os religiosos como pessoas melhores ao término do filme.
Por toda a situação, o perdão e a omissão de Philomena são tão inaceitáveis quanto as atitudes das freiras, ressaltando ainda mais a cegueira.
Mas é claro, temos uma atriz carismática e excepcional que transborda em seus densos olhos azuis toda a memória afetiva de um filho que lhe foi negado.
Dench é a alma do filme. Sem ela, Philomena seria apenas mais uma carola serva e omissa perante as barbáries da religião.
Mar Adentro
4.2 607Humanista até a última gota do mar.