Que histórinha mais apologética do pânico moral propagado pela religião cristã. Uma ode à narrativa apocalíptica da bíblia e ao deus cheio de ira que coloca os humanos em situações de sacrifício de maneira totalmente arbitrária. Poderíamos também apontar o caráter homofóbico da obra, uma vez que o casal gay aqui, formado por dois homens brancos com comportamentos heteronormativos, têm sua redenção justamente sacrificando sua relação em nome de um "bem" maior. Enfim é uma história que entristece a quem assiste e nos coloca em estado de pânico em relação à nossa existência, uma vez aceitada a tese de um deus vingativo e arbitrário.
O Brasil é tão desigual que produz essa aberração: uma classe média medíocre culturalmente que se acha a classe dominante. Não são donos das grandes empresas, são funcionários que ganham bem. Possuem luxos incondizentes com a sua classe social: empregados, motoristas e faxineiros. A soberba é pra compensar a insegurança e o medo das classes mais baixas, dos não-brancos. Esse medo é também o medo de perder tudo, de se ver pobre como os outros. E isso se converte na paranoia da violência. Essa paranoia é adoecedora. O mundo do condomínio fechado é tão sem vida justamente por que é o lugar onde o nada acontece. E isso foi bem sintetizado na fala da criança quando ela diz que ali "não acontece nada" e o plano continua como que esperando que algo aconteça, como quem diz "não é possível que seja apenas isso". Mas é.
Não dava pra Lana fazer uma paródia do primeiro Matrix com as cenas de Kung Fu e os efeitos especiais, todo mundo já tem feito isso nos últimos 20 anos. Além de ser uma história de amor, é uma história sobre mudança. A Matrix não é a mesma de antes, tampouco Neo, Trinity, Zion, nem mesmo os programas. O jeito como Lana traz questões do mundo atual como os bots comandados pela máquina, numa analogia com os perfis falsos das redes sociais, ou os seguidores cegos de políticos da direita populista, é genial e é apenas um dos paralelos que ela traça com o mundo atual. A nova Matrix é colorida e aparentemente aconchegante. Não está mais claro se a revolução total é possível, ou mesmo desejável. Existe um conformismo que se preocupa em fazer a manutenção daquilo que já foi conquistado. Algumas dúvidas ficaram no ar e é possível que muitas não sejam respondidas. O filme é bastante honesto. Trata-se de uma história de amor genuíno e cativante. Quero assistir de novo para ter novas impressões e capturar detalhes que escaparam.
Foda para um caralho. Quem não gosta é pq não entendeu. Tem que voltar no Reloaded, entender a explicação do arquiteto, e ver que o final na real não é preguiçoso (como eu pensava na primeira vez que assisti), é uma quebra de expectativa e um gancho para um quarto filme, que vai ser lançado esse ano a propósito. Ansioso.
Esperava um filme assiste outro. Seu Jorge está exatamente como o previ, competente. Roteiro sem ambição, parece filme pra gringo ver. Mas necessário, me fez assistir ao documentário de 2013, me fez refletir.
Que filme competente no que se compromete. A estética de suspense estilo John Carpenter é muito gostosinha de assistir, a trilha, os zooms dramáticos, fora toda a questão metafórica do enredo.
4 estrelas pelo final apressado. Lembro de ter visto algumas cenas desse filme quando criança. Quando vi um post citando ele num grupo de cinema do facebook fiquei animado pra vê-lo novamente. Trata-se de um longa com uma estética típica dos anos 80, é bonita a história, apesar de clichê. O roteiro é bastante competente e a direção de arte junto à direção de fotografia e trilha sonora nos presenteia com uma atmosfera rica e envolvente.
O filme trás uma atmosfera própria. Conota um mundo de um tempo próprio com as suas peculiaridades. É uma experiência de mistério e curiosidade assistir até o final. O roteiro porém é apressado e o personagem principal mais parece um action figura a la Drive do que um ser humano com ansiedades e história próprias, por mais que o roteiro traga uma trama dele com seu pai.
Filme com uma forte carga dramática e uma narrativa bastante competente. Atuação mais do que excelente do Joaquim Phoenix. O filme é 10/10, tecnicamente falando. Dito isto, sobram outras coisas para se discutir, a respeito de roteiro, história, recorte, motivações do personagem, a ética que motiva Arthur...
Não sei ao certo a intenção do Todd Philips. Mas, de fato, a mensagem que o filme passa é a de legitimação de uma revolta violenta e psicótica a partir de um motivador principal que é a opressão de classe. Todos, ou quase todos, que oprimem Arthur estão acima dele em termos de classe social: seu chefe, Thomas Wayne, os três caras funcionários do Wayne no metrô, o popular comediante apresentador de Tv que zomba da cara dele. E a revolta do coringa contra esta opressão insistente não é a de um líder político corajoso ou de alguém que simplesmente nega a vida que lhe deram e parte para outra coisa para tentar se encontrar em outra carreira ou em outro lugar, é a revolta de um lunático, um psicopata, uma psicótico narcisista que ainda quer prestar contas a todos aqueles que o ofenderam. Não faz o mínimo esforço de raciocínio para direcionar sua revolta de uma maneira inteligente. Não é exemplo de nada. Não pode ser confundido com um herói ou com alguém que tem um mínimo de senso ético producente pra melhorar algo em algum lugar. É, no mais, um belo exemplo de revolta psicótica para adolescentes angustiados prontos para praticar chacina em massa nas suas escolas. O coringa é um vilão, eu sei. Mas, de novo, a despeito das intenções do diretor ou do estúdio, tendo em vista aquilo que o filme é, aquilo que nos apresenta, é uma ode à revolta desmedida, violenta, psicótica, narcisista que não serve de exemplo à ninguém.
Ps: Há também uma outra coincidência de tipo de personagem que interage com Arthur de uma maneira negativa. São as pessoas negras pobres ao seu redor: a tia do ônibus que é grosseira com ele, sua terapeuta que não lhe escuta, o atendente no Asilo Arkhem que desconfia de suas intenções e o impede de pegar os documentos, sua vizinha pela qual tem uma paixão platônica, os meninos latinos de pele marrom que roubam sua placa... Não leio quadrinhos, portanto não sei dizer qual a relevância desse casting que, com certeza, foi feito de maneira mais do que proposital pelo diretor - algo a justificar um futuro racismo do personagem talvez.
Assisti pensando ser um puta filme. É, na verdade, um drama de guerra careta que serve apenas para masturbar um patriotismo estadunidense que não me diz respeito. Nem parece um filme do Spielberg. Ps: virtuosismo técnico não significa nada pra mim uma vez que a história é ruim
O roteiro não sabe o que quer. Focou-se um pouco no drama pessoal da missão, um pouco no drama familiar do Neil, e um tiquinho na resistência do congresso e população em relação às missões da Nasa. Se tivesse ao menos focado em apenas um ou dois desses como fez Apollo 13 por exemplo, teria tido mais aproveitamento. O pouso na lua foi de uma brochesa tremenda. O casting do Ryan Gosling não ajudou em nada, já que o mesmo mas parece um action figure do que um pai de família.
Muito bom. Minha namorada que me mostrou. Ela faz fisioterapia e o professor dela recomendou. Enfim. Roteiro rápido, sem enrolação. O Drama ganha muito com a linguagem: planos poéticos que parecem sair da cabeça do protagonista e planos com ponto de vista.
O curioso é que ao mesmo tempo em que a história é total white people problems em um país tão desigual quanto o México, o filme faz questão de enfatizar a pobreza do país.
Amor à Flor da Pele
4.3 500 Assista AgoraFiquei triste com o final. Por um triz ele não reencontra ela...
A atmosfera me lembrou Hiroshima Mon Amour, um romance asiático delicado, poético e potente.
Batem à Porta
3.1 564 Assista AgoraQue histórinha mais apologética do pânico moral propagado pela religião cristã. Uma ode à narrativa apocalíptica da bíblia e ao deus cheio de ira que coloca os humanos em situações de sacrifício de maneira totalmente arbitrária. Poderíamos também apontar o caráter homofóbico da obra, uma vez que o casal gay aqui, formado por dois homens brancos com comportamentos heteronormativos, têm sua redenção justamente sacrificando sua relação em nome de um "bem" maior. Enfim é uma história que entristece a quem assiste e nos coloca em estado de pânico em relação à nossa existência, uma vez aceitada a tese de um deus vingativo e arbitrário.
Amigo Secreto
3.5 29Já dei 5 estrelas pq Maria Augusta Ramos nunca decepciona
Alphaville - Do Lado de Dentro do Muro
3.5 21O Brasil é tão desigual que produz essa aberração: uma classe média medíocre culturalmente que se acha a classe dominante. Não são donos das grandes empresas, são funcionários que ganham bem. Possuem luxos incondizentes com a sua classe social: empregados, motoristas e faxineiros. A soberba é pra compensar a insegurança e o medo das classes mais baixas, dos não-brancos. Esse medo é também o medo de perder tudo, de se ver pobre como os outros. E isso se converte na paranoia da violência. Essa paranoia é adoecedora. O mundo do condomínio fechado é tão sem vida justamente por que é o lugar onde o nada acontece. E isso foi bem sintetizado na fala da criança quando ela diz que ali "não acontece nada" e o plano continua como que esperando que algo aconteça, como quem diz "não é possível que seja apenas isso". Mas é.
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraNão dava pra Lana fazer uma paródia do primeiro Matrix com as cenas de Kung Fu e os efeitos especiais, todo mundo já tem feito isso nos últimos 20 anos. Além de ser uma história de amor, é uma história sobre mudança. A Matrix não é a mesma de antes, tampouco Neo, Trinity, Zion, nem mesmo os programas. O jeito como Lana traz questões do mundo atual como os bots comandados pela máquina, numa analogia com os perfis falsos das redes sociais, ou os seguidores cegos de políticos da direita populista, é genial e é apenas um dos paralelos que ela traça com o mundo atual. A nova Matrix é colorida e aparentemente aconchegante. Não está mais claro se a revolução total é possível, ou mesmo desejável. Existe um conformismo que se preocupa em fazer a manutenção daquilo que já foi conquistado. Algumas dúvidas ficaram no ar e é possível que muitas não sejam respondidas. O filme é bastante honesto. Trata-se de uma história de amor genuíno e cativante. Quero assistir de novo para ter novas impressões e capturar detalhes que escaparam.
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Show de Vizinha
3.1 821 Assista AgoraNostalgia. Roteiro bem competente
Matrix Revolutions
3.5 822 Assista AgoraFoda para um caralho. Quem não gosta é pq não entendeu. Tem que voltar no Reloaded, entender a explicação do arquiteto, e ver que o final na real não é preguiçoso (como eu pensava na primeira vez que assisti), é uma quebra de expectativa e um gancho para um quarto filme, que vai ser lançado esse ano a propósito. Ansioso.
Hellraiser: Renascido do Inferno
3.5 858 Assista AgoraEsse filme me surpreendeu. Tem 3 protagonistas, o hellraiser não é o pinhead e o plot e a premissa são minimente trabalhados.
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraEsperava um filme assiste outro. Seu Jorge está exatamente como o previ, competente. Roteiro sem ambição, parece filme pra gringo ver. Mas necessário, me fez assistir ao documentário de 2013, me fez refletir.
Cão Branco
3.7 183Que filme competente no que se compromete. A estética de suspense estilo John Carpenter é muito gostosinha de assistir, a trilha, os zooms dramáticos, fora toda a questão metafórica do enredo.
Inimigo Meu
3.8 269 Assista Agora4 estrelas pelo final apressado. Lembro de ter visto algumas cenas desse filme quando criança. Quando vi um post citando ele num grupo de cinema do facebook fiquei animado pra vê-lo novamente. Trata-se de um longa com uma estética típica dos anos 80, é bonita a história, apesar de clichê. O roteiro é bastante competente e a direção de arte junto à direção de fotografia e trilha sonora nos presenteia com uma atmosfera rica e envolvente.
Em Chamas
3.9 379 Assista AgoraUm filme pra quem gosta de cinema
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraUma alegoria muito competente
Bem-Vindo, Doutor
4.1 276Resumo: Médico competente que podia estar num lugar melhor mas prefere ficar numa cidade sem estrutura tentando agradar racista
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 851 Assista AgoraO filme trás uma atmosfera própria. Conota um mundo de um tempo próprio com as suas peculiaridades. É uma experiência de mistério e curiosidade assistir até o final. O roteiro porém é apressado e o personagem principal mais parece um action figura a la Drive do que um ser humano com ansiedades e história próprias, por mais que o roteiro traga uma trama dele com seu pai.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraFilme de ganhar Oscar. Trabalho duro em detrimento do significado artístico. Um filme que não provoca em nada e será facilmente esquecido.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraÓtimo filme. Só não devia ser um filme. Tá mais pra um episódio de Twilight Zone ou algo do tipo.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraFilme com uma forte carga dramática e uma narrativa bastante competente. Atuação mais do que excelente do Joaquim Phoenix. O filme é 10/10, tecnicamente falando. Dito isto, sobram outras coisas para se discutir, a respeito de roteiro, história, recorte, motivações do personagem, a ética que motiva Arthur...
Não sei ao certo a intenção do Todd Philips. Mas, de fato, a mensagem que o filme passa é a de legitimação de uma revolta violenta e psicótica a partir de um motivador principal que é a opressão de classe. Todos, ou quase todos, que oprimem Arthur estão acima dele em termos de classe social: seu chefe, Thomas Wayne, os três caras funcionários do Wayne no metrô, o popular comediante apresentador de Tv que zomba da cara dele. E a revolta do coringa contra esta opressão insistente não é a de um líder político corajoso ou de alguém que simplesmente nega a vida que lhe deram e parte para outra coisa para tentar se encontrar em outra carreira ou em outro lugar, é a revolta de um lunático, um psicopata, uma psicótico narcisista que ainda quer prestar contas a todos aqueles que o ofenderam. Não faz o mínimo esforço de raciocínio para direcionar sua revolta de uma maneira inteligente. Não é exemplo de nada. Não pode ser confundido com um herói ou com alguém que tem um mínimo de senso ético producente pra melhorar algo em algum lugar. É, no mais, um belo exemplo de revolta psicótica para adolescentes angustiados prontos para praticar chacina em massa nas suas escolas.
O coringa é um vilão, eu sei. Mas, de novo, a despeito das intenções do diretor ou do estúdio, tendo em vista aquilo que o filme é, aquilo que nos apresenta, é uma ode à revolta desmedida, violenta, psicótica, narcisista que não serve de exemplo à ninguém.
Ps: Há também uma outra coincidência de tipo de personagem que interage com Arthur de uma maneira negativa. São as pessoas negras pobres ao seu redor: a tia do ônibus que é grosseira com ele, sua terapeuta que não lhe escuta, o atendente no Asilo Arkhem que desconfia de suas intenções e o impede de pegar os documentos, sua vizinha pela qual tem uma paixão platônica, os meninos latinos de pele marrom que roubam sua placa... Não leio quadrinhos, portanto não sei dizer qual a relevância desse casting que, com certeza, foi feito de maneira mais do que proposital pelo diretor - algo a justificar um futuro racismo do personagem talvez.
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,6K Assista AgoraAssisti pensando ser um puta filme. É, na verdade, um drama de guerra careta que serve apenas para masturbar um patriotismo estadunidense que não me diz respeito. Nem parece um filme do Spielberg. Ps: virtuosismo técnico não significa nada pra mim uma vez que a história é ruim
Virando a Mesa do Poder
4.2 37Que lindo
O Primeiro Homem
3.6 649 Assista AgoraO roteiro não sabe o que quer. Focou-se um pouco no drama pessoal da missão, um pouco no drama familiar do Neil, e um tiquinho na resistência do congresso e população em relação às missões da Nasa. Se tivesse ao menos focado em apenas um ou dois desses como fez Apollo 13 por exemplo, teria tido mais aproveitamento. O pouso na lua foi de uma brochesa tremenda. O casting do Ryan Gosling não ajudou em nada, já que o mesmo mas parece um action figure do que um pai de família.
O Escafandro e a Borboleta
4.2 1,2KMuito bom. Minha namorada que me mostrou. Ela faz fisioterapia e o professor dela recomendou. Enfim. Roteiro rápido, sem enrolação. O Drama ganha muito com a linguagem: planos poéticos que parecem sair da cabeça do protagonista e planos com ponto de vista.
E Sua Mãe Também
4.0 519O curioso é que ao mesmo tempo em que a história é total white people problems em um país tão desigual quanto o México, o filme faz questão de enfatizar a pobreza do país.
E Sua Mãe Também
4.0 519Historia que se desenrola de maneira agradavel. Fotografia que serve ao filme. Atores que se entregaram aos papeis. Massa