Eu diria que, desde o mês de junho, mais ou menos, quando começo a conversar com o chapa Fernando sobre uma possível maratona de filmes "natalinos" que sempre tive vontade de fazer no mês de dezembro, mas que nunca concretizei de fato, ele já me questiona em forma de alerta do porquê de eu cometer tamanha tortura e masoquismo comigo mesmo com uma suposta maioria de filmes bundões que figuram em tais listas.
Esse ano, e com esse filme em especial, foi que realmente me caiu a ficha de que ele tem razão até demais. O meu grande problema é que dentro dessa lista eu já coloquei vários filmes clássicos do período e alguns mais medianos mas que podem ser assistidos de boa, porém o grande mal é que em um ano desses que tentei fazer essa tal maratona, eu sai baixando toda qualidade de filme que tivesse "Natal" no título. Esse aqui por sinal eu baixei enganado com outro que tinha o título de "A Magia do Natal", que, no mínimo, seria tão bundão quanto ele, por sinal.
Enfim, o pior de tudo é que gosto de algumas produções dessas mais bundonas, seja por um ou outro argumento, tipo um figurino, fotografia ou mesmo uma produção arrojada, mas esse aqui foi demais. O filme é de uma pobreza tão grande que parece aquelas séries feitas em estúdio (Pelo que li abaixo ele é mesmo derivado de uma dessas séries), se quer tem um close da cidade nos seus quase noventa minutos, vez por outra só de uma rua e mesmo assim bem discretamente. Pelos clichês de filmes do tipo eu nem me importo tanto, mas por se tratar de um filme de natal, até uma decoração bacana ele ficou devendo (Estranho é ler nos comentários abaixo pessoas elogiando isso, quando eu se quer vi ao menos algum enfeite bacana). Hora, nem sei pra que escrevi tanto, mas que se dane, o chapa Fernando sempre esteve certo, tenho que parar de perder meu tempo com isso kkkk.
Entre desenhos e filmes, eu já devo ter visto, contanto por cima, no mínimo, umas 15 adaptações do Conto de Natal de Charles Dickens, porém é incrível como cada uma delas, apesar de repetir a mesma trama, tem o seu toque especial que a diferencia das demais. Aqui, além dos carismáticos Muppets, é preciso destacar o grande Michael Caine no papel de Ebenezer Scrooge, esse que, sem duvidas, entrou para lista dos melhores no papel do rabugento agiota.
No geral gostei do filme, embora que não tenha achado lá um dos mais caprichados do Scorsese por mínimos detalhes. Tinha uns dois anos ou mais que já acompanhava toda a mística em relação a essa produção, mas a impressão que fiquei, mesmo sendo um filme com mais de dez anos de planejamento, foi de ter sido feito as pressas em alguns momentos.
A adaptação do roteiro como sempre ficou impecável, essas mais de três horas de duração passam e o cara nem vê. O desenvolvimento dos personagens ficou muito bom também, a trilha sonora é sensacional. E como não falar da reunião do De Niro, Pacino e Pesci? Impossível não se emocionar ao ver isso ainda mais na idade avançada que cada um deles está. Enfim, apesar de achar algumas coisas meio apressadas mas não a ponto de estragar o filme, o que mais me incomodou foi o rejuvenescimento do personagem do De Niro, sei lá, mas aquelas lentes azuis me incomodaram no filme quase inteiro, achei muito artificial. Já no Pesci não posso dizer o mesmo, o cara ficou idêntico a quando era mais novo. Destaque total para as atuações do trio principal.
Mais uma trama brutal e obscura na fronteira entre os EUA e o México. Se já tinha gostado do primeiro filme, imagina esse. Não sei se foi só comigo, mas eu vi um que de Michael Mann no roteiro que desenvolve perfeitamente personagens secundários que nem mereciam tanta atenção antes de coloca-los nas vias de fato em cena.
O filme tem uma trama sinistra e de poucas palavras, em muito momentos parece que estamos assistindo um western de Sergio Leone com tantos personagens enigmáticos. Destaque total para as grandes atuações, novamente, de Benicio Del Toro e Josh Brolin. As cenas de ação ficaram espetaculares e o elenco de apoio, embora desconhecido para mim, cumpriu seu papel bem demais. E tenho que bater nessa mesma tecla novamente, esse personagem do Del Toro é um dos mais fantásticos que me apareceram nos últimos anos, soturno e sombrio. Aquela cena de abertura dele vagando por uma noturna e corrupta Medellín foi fantástica. Ah, e preciso dizer, esse filme foi o que contou com os posters mais espetaculares que já vi nos últimos anos do cinema de ação.
Mais um caso de filme que saio do cinema com a opinião dividida esse ano. Obviamente, depois do terceiro filme do Exterminador, eu não esperei nada demais dos subsequentes, principalmente quando tiraram o Arnold da franquia. Já com ele de volta, a expectativa melhorou consideravelmente, mas nada demais, até porque o contexto era outro.
Pois bem, saiu o Gênesis e não achei o filme de um todo mal, até achei maneiro as explicações que deram lá para determinados acontecimentos e para justificar a participação de um envelhecido Arnold Schwarzenegger no papel do Exterminador.
Depois lá vem a notícia desse Destino Sombrio com a volta da Linda Hamilton e a promessa de um futuro alternativo, o que causou um certo alvoroço em mim até, mas nada demais também, a demora e o esforço que fiz para ver o filme explicam melhor o meu entusiasmo.
Mas enfim, mesmo sem ter acompanhado nada a respeito da pré-produção, a não ser um trailer e algumas imagens, salvo engano, fui lá ver o filme. De início foi aquela coisa, atores completamente desconhecidos para mim em papéis principais, e atores esses completamente apáticos e sem qualquer resquício de carisma, mas vamos em frente, aparece Sarah Connor e algumas novas explicações para esse futuro alternativo são lançadas, de forma interessante também (Com destaque para a cena na Guatemala em 1998 e a recriação dos personagens do segundo filme). Sarah finalmente entra em cena de vez com todo o seu nível de casca grossa de outrora.
Mas aí vem o pior, o Arnold demorou a aparecer e a sequência que se desenrola foi pior. Jogaram o filme nas mãos desses mesmos atores sem graça e de certa forma escantearam os personagens principais, a mudança de futuro e o novo "líder" da resistência soaram altamente bundonas e sem qualquer graça. No final o que se salvou foram apenas algumas cenas de ação sob o comando da Sarah ou do T-800. E T-800 esse que rendeu umas das únicas cenas boas do filme e que me fez deixar dividido se gostei ou não da película de forma geral pelo fator de nostalgia.
Ver o T-800 sendo destruído e sem dizer o seu tradicional "Eu Voltarei" foi pra quebrar o peão. Posso dizer que foi até a única cena realmente emocionante do filme. Tudo fica mais dramático ainda quando vemos que mesmo com todo o aparato de tecnologia e a boa forma do velho Arnold, ele combina cada vez menos com o personagem. Pode não ter sido, mas acredito que esse tenha sido o seu papel de despedida do T-800. É foda, o tempo passa e demoramos demais para ter a percepção de que certos ciclos estão chegando ao fim.
É incrível como Martin Scorsese consegue manter o nível dos seus filmes, por mais longos que sejam, sem deixá-los monótonos por um minuto sequer, Cassino é um dos melhores exemplos. O filme tem uma narrativa divertida que reveza entre os personagens principais, a trama flui muito bem e você fica a par de tudo de uma maneira bastante dinâmica.
O figurino impecável e as locações conseguem transmitir perfeitamente todo o ambiente dos cassinos, a trilha sonora é um show a parte. O elenco dispensa maiores comentários, cada um dos atores entregou o que há de melhor em termos de atuações. Filmaço.
Western americano clássico, é daqueles que dispensa qualquer tipo de comentários em quesitos técnicos, porém é preciso ressaltar a mudança de cenários que o filme ganha quando o roteiro nos leva a uma região montanhosa do Novo México. Ah, e o roteiro, que roteiro! A partir do momento que o personagem do Gregory Peck segue seu rumo e leva a mulher e a criança consigo entra em cena uma trama de suspense das melhores. Filmaço, destaque total também para a magistral dublagem Herbert Richers onde temos o saudoso Antonio Pãtino na voz do Peck.
Produzido pelo mestre Steve Perry com Joel Silver envolvido, feito em 1989 com um elenco desses era a missão mais impossível do mundo esse filme ser ruim ou mediano.
Incrível como Patrick Swayze se encaixou tão bem em um papel que não era, de certa forma, a sua especialidade, mas fez e convenceu. Esse filme é mais um dos que tem uma atmosfera exclusiva pra ser ver num final de noite de fim de semana. E como eu disse em Harley Davison e Marlboro Man, é o tipo de filme que a minha geração cresceu assistindo e sempre sonhou em viver dentro desse mundo que envolve a trama. A trilha sonora é foda, completamente digna do filme e pra melhorar mais ainda temos All My Ex's Livin Texas do George Strait. Destaque total para as participações de Kelly Lynch, do grande Sam Elliott e de Marshall R. Teague, além da ponta de Keith "Moreira" David, aliás, todo o elenco de apoio é foda. Filmaço.
Falar dos caprichos desses westerns americanos clássicos é chover no molhado, a ambientação desses filmes, mesmo com toda a sua idade, é incrível. Você assiste e tudo ali parece o mais real possível, até mesmo quando a fotografia é em Preto e Branco, como no caso de Céu Amarelo. Sem desmerecer as obras, mas por vezes o capricho foi tanto nas partes técnicas que o roteiro era o mais simples possível, sem muita ação ou grandes reviravoltas. Isso tornou alguns filmes pouco monotónos e em Céu amarelo também acontece, mesmo que minimamente.
A trama do filme é interessante e se restringe a apenas um lugar, porém não consegue passar toda a tensão de um Matar ou Morrer, por exemplo. Acho que se fosse um pouco mais curto, melhoraria consideravelmente. No mais, um desfile de grandes atores. Gregory Peck sempre em grande forma. A trilha sonora é fantástica.
G. I. Joe em todos os sentidos foi uma franquia que, no geral, eu sempre conheci mas nunca tive contato ou me aprofundei, isso por vários motivos. Conheço os bonecos desde a infância, porém nunca cheguei a possuir. Um amigo foi quem ganhou um e me apresentou tudo. Também não sabia da existência de um desenho até certo tempo, ou ao menos não me recordo de nada da infância relacionado, até mesmo porque os traços do dele são os mesmos de outros clássicos que assisti fervorosamente e isso pode ter gerado um certo conflito de informações, caso tenha assistido no passado.
Enfim, o fato é que já tinha um bom tempo que estava com esse filme aqui e só agora assisti. Repetindo o que disse acima, adoro esse traço de desenho que é praticamente o mesmo de outros clássicos como Rambo A Força de Liberdade, Thundercats, Mestres do Universo e X-Men, por exemplo. Porém, apesar de boa, achei que essa animação pudesse ter tido um capricho maior no roteiro já que temos 90 minutos, o que para um filme do tipo da pra desenvolver bem melhor. Não sei qual a ligação com a série, mas esse filme tem uma trama muito aberta. O desenvolvimento dos vilões é bem feito, porém o dos G.I. Joe deixa um pouco a desejar e isso ficou meio esquisito, mas no geral uma boa animação. A trama é movimentada e tem muita ação, a trilha sonora é encantadora e com exceção do roteiro, tem todo o capricho de outros desenhos da época.
Filmaço B no melhor padrão dos anos 1990, esse aqui é obrigatório ver num final de noite de sábado. Assim que comecei a ver os créditos e vi que o coreógrafo das lutas era Art Camacho eu já tive a certeza de que vinha coisa boa pela frente e de fato foi. O filme é simples, tem aquela atmosfera futurista clássica dos filmes B dos anos 1990 e tem 90 minutos de cenas de luta altamente bem filmadas com a câmera fixa, coisa que quase não existe mais hoje em dia. Um deleite para fãs de filmes B casca grossa, um estilo de filme único que jamais irei enjoar. O elenco e a trama dispensam comentários, destaque total para a boa participação do próprio Art Camacho e de toda a atmosfera de game de luta futurístico que o filme passa.
Clássico total da minha infância, tinha pelo menos uns 20 anos que não o via. Como foi mágico rever essa obra que tantas vezes vi na TV nas tardes dos anos 1990.
Não lembrava de absolutamente nada além do Atreyu voando no Dragão que parece um cachorro. Quando vi a cena do cavalo no pântano foi que o filme surgiu por completo na minha mente novamente, lembrei de como eu sofria na infância toda vez que revia o filme e via essa cena. Para mim ele envelheceu bem até demais e todo a magia que o envolve continua viva. Esse é daqueles que irei mostrar a meus filhos e netos, sem dúvidas.
Rapaz, esse filme chega a ser um pouco difícil de comentar, pois há uma critica social nele um tanto quanto boa e que se encaixou perfeitamente para criar uma descrição contemporânea para o Coringa, mas ao mesmo tempo essa mesma situação vitimizou ao máximo um personagem que a maioria o conhecia apenas como um psicopata sem escrúpulos e que talvez não merecesse ter uma descrição dessas para, possivelmente, "justificar" os seus atos. Ok, isso tornou o filme o mais próximo do real possível, é válido, mas mesmo assim sai do cinema bastante dividido, algumas coisas do filme não me desceram, porém nada que seja suficiente para eu tentar mostrar algum demérito do filme ou provocar discussões bobas de internet.
Na verdade eu não tinha nenhuma pretensão de ver o filme e só o vi por insistência da minha esposa. Coringa nunca foi um personagem que me agradou, pra ser sincero digo que se alguma vez eu curti o personagem, foi apenas naquela série animada do Batman dos anos 1990 e mais por méritos da excelente dublagem do saudoso Darcy Pedrosa, dublagem essa também que me faz gostar bastante do personagem no filme de 1989, além de que esse apresenta a sua origem como manda o lado cartunesco do personagem.
Pois bem, no geral o filme foi uma grata surpresa, Joaquin Phoenix se entregou ao papel de forma tão brilhante que durante todo o filme o cara se quer pode imaginar que isso se trata de um personagem de quadrinhos que outrora foi descrito de forma tão diferente. Vale destacar a excelente fotografia, Ghotam sempre merece algo nesse tom de sombrio e usar Nova York (?) como plano de fundo para criar a fictícia cidade dos quadrinhos foi essencial. O roteiro tem um ou outro momento de monotonia, mas nada de absurdo. Em partes gostei da ligação de tudo com a familía Wayne. A trilha sonora é impecável, muito bom filme.
O verdadeiro filme de terror, só de se imaginar numa situação dessas sinto arrepios até na espinha, pois qualquer um está sujeito a cair nisso, infelizmente. Esse é mais um caso de filme que eu passei batido por muito tempo e não o vi antes devido a vários acasos, então eu posso dizer que desde Apocalypto que eu não ficava tão sem fôlego assistindo algo. Incrível como a trama é simples mas ao mesmo tensa, da pra sentir na pele tudo o que o personagem do Russell passa devido a sua grande atuação, principalmente na parte que ele revê a sua mulher pela primeira vez depois do sequestro.
Como o chapa Fernando frisou bem, a direção do filme é o ponto alto, as cenas de perseguição são perfeitas e todo o mérito vai para o subestimado Jonathan Mostow. Filmaço no melhor estilo noventista.
Meu único lamento foi não ter visto esse filme assim que saiu no cinema, pois é, para mim, disparado, o personagem mais foda do Tom Cruise em anos. A trama militar de Jack Reacher me fascinou tanto a ponto de eu rever o filme em menos de uma semana depois que o assisti a primeira vez, e quando soube que ia sair esse segundo eu nem de longe cogitei que o filme pudesse decair em relação ao primeiro, pois o Cruise dificilmente entrega algo medíocre.
Pois bem, o filme foi tudo o que eu esperava e mais um pouco, tem uma trama igualmente bem montada e que não dispensa nenhum dos seus personagens. Tem todo o toque de ação com cenas muito bem filmadas e tudo feito da maneira mais real com a excelente trama policial. Que bom que com esses filmes essa trama de IPM está sendo melhor explorada no cinema, aliás, talvez até apresentada, pois não me recordo, no momento, de nenhum filme que explore isso como a franquia Jack Reacher está fazendo. Enfim, só digo uma coisa: Que venham os próximos.
Finalmente consegui ver Rambo no cinema e só tenho uma coisa a dizer: Obrigado por tudo mestre Sly!
Passada a euforia (vi o filme na semana de estreia, mas só hoje tive tempo de comentar), vou fazer um comentário justo a minha maneira. Em 2008 eu não tive a oportunidade de assistir Rambo VI no cinema e apesar de concordar que aquele tinha fechado a franquia com chave de ouro, eu fui um dos que não achou nada ruim o lançamento dessa sequência, pois finalmente eu poderia ver nas telonas um dos meus personagens favoritos.
Fosse com outro ator e em outra hora, Rambo Até O Fim seria apenas mais um filme de ação, mas não, tem o mestre Sly e o que talvez seja uma despedida de um dos personagens mais casca grossa do cinema. Não vou aqui dar destaque ao roteiro, até porque não ligo muito para isso, mas seria injusto não dizer que, de fato, Linha de Frente do Statham era o roteiro que seria adaptado para Rambo, esse que com um ajuste aqui, outro ali, mudou algumas coisas e ficou bom.
O filme é rápido e não perde tempo para baboseiras, mas da pra captar algum sentimento que o veterano do Vietnã supre pelo pessoal que o rodeia. Foi legal ver as homenagens a outros filmes da franquia e as partes em que tocaram relances das trilhas sonoras dos filmes originais são de arrepiar. O diretor soube entregar cenas de ação tanto boas para quem assiste quanto boas para a atual capacidade física do velho Sly, a harmonia ficou ótima. A violência veio em prato cheio assim como em Rambo 4.
Enfim, valeu demais a homenagem e a oportunidade de ver um dos meus heróis favoritos do cinema dos anos 1980 em cena novamente. Da aquela pontada no coração só de imaginar uma linha do tempo dos filmes e saber que esse pode ter sido o último, mas assim caminha a vida.
"É uma longa estrada quando você está sozinho e dói quando eles despedaçam seus sonhos...É uma longa estrada!"
Não é preciso muitas palavras para descrever um filme do tipo de Harley Davidson e Marlboro man. Como o chapa Fernando frisou bem esses dias em conversa com o mesmo a respeito dessa obra, ele é simplesmente o encontro dos dois maiores ícones americanos: O Motoqueiro e o Cowboy, e nenhum nome seria mais adequado para o filme.
Já falei tanto aqui nos meus comentários que dificilmente farei essa observação novamente, mas como é doloroso ter a noção de que esse tipo de filme acabou hoje em dia e dificilmente voltará a figurar novamente no futuro. Fazer o quê? Cada geração tem o que merece.
A respeito da película, dispenso maiores comentários. Perfeito em todos os sentidos para quem gosta de um filme casca grossa de verdade. O elenco de apoio e as locações são incríveis, é aquele tipo de filme que a minha geração "sonhou" em viver dentro do ambiente aqui criado. Bons tempos...
Divertida comédia de ação policial. A trama simples aliada ao forte carisma do Martin Lawrence são os pontos fortes do filme, sem falar que esse tipo de ação urbana em conjunto com essas trilhas de Hip-Hop sempre tiveram um lugar especial no meu gosto para filmes. Bons tempos em que esse tipo de filme saia a rodo.
Um dos poucos filmes dos anos 1990 que me faltava ver do Sandler como protagonista, acho que agora só devo estar em falta com uns 3 ou 4 que, assim como esse, verei com certeza num momento oportuno.
Falando do filme em si, gostei demais. Altamente leve, descompromissado e de uma ambientação novaiorquina incrível, como é de costume. O humor é o destaque maior, além da boa química do Sandler com o garoto e todo o elenco de apoio. Sinto falta de produções assim hoje em dia.
Vi o trailer desse filme e me animei bastante, afinal, pelo trailer, ele aparentava ter a mesma classe do filme dos anos 2000. Com poucos dias de lançado na Netflix eu resolvo assistir. De início eu já fiquei altamente receoso e pensei até em boicotar o filme por imaginar, pelo que se apresentava ali, que se tratava apenas de mais um filme bundão tentando impor essas regrinhas de cunho social que são moda hoje em dia, além de tentar "matar" o legado de um dos filmes mais legais dos anos 2000.
Dei sequência assim mesmo e felizmente o filme foi uma grata surpresa. Apesar da maioria dos roteiros da Netflix não serem uma unanimidade, esse aqui teve o seu capricho e a partir do momento que o Samuel L. Moreira aparece em cena, o filme é outro. Foi ótimo ver esse encontro de gerações, lógico, excluindo esse sempre chato politicamente correto, e ver até o grande Richard Roundtree com um destaque até maior do que o do filme de 2000.
Em termos de produção, aqui sim mais uma unanimidade da Netflix, que sempre capricha demais. Destaque total para as sensacionais locações de Nova York e para a bela fotografia. Mais uma trilha sonora foda, e ação da melhor qualidade. Felizmente os filmes casca ainda respiram!
Primeiro filme baseado nas obras do Tom Clancy que assisto de fato, antes havia assistido pelo menos a metade de A Soma de Todos os Medos, mas como DVD estava arranhando, tive que abortar. Se tinha assistido a metade daquele filme e já havia gostado bastante mesmo sendo adaptado por um diretor desconhecido para mim, imagina esse que ganhou vida através do grande mestre John McTiernan. Agora eu já sei de onde ele levou toda a fineza para fazer um Thriller Militar foda como Código de Conduta.
Nunca cheguei a ler nenhum livro do Tom Clancy, porém já tinha ouvido falar bastante a respeito dos seus personagens e foi fácil assimilar as coisas. Repetindo, a direção do mestre John McTiernan, como sempre, está impecável. E o que dizer de um elenco desses!? Sean Connery esbanja classe, Alec Baldwin como sempre muito preciso, idem Tim Curry, James Earl Jones e Sam Neil. Se me esqueço de mais alguém, que me perdoem, mas com tanto ator foda fica difícil de lembrar. Mas claro, como não destacar a participação do gigante Sven-Ole Thorsen que entra mudo e sai calado do filme mas está sempre ali marcando presença entre os coadjuvantes.
Enfim, um roteiro que flui muito bem e consegue passar todo o clima claustrofóbico da trama, além de mostrar ao pé da letra o que foi a Guerra Fria. O figurino ficou muito bacana, idem a trilha sonora. Esse filme ao lado de Mestre dos Mares, ao menos para mim, são dois marcos no cinema de aventuras náuticas militares.
Típica superprodução atual, em quesitos técnicos, especialmente falando dos seus efeitos especiais, um filme irretocável. No mais, assim como o seu predecessor, apenas mais um filme ok, na minha opinião. Foi legal essa incursão do personagem do Harrison Ford e de como a trama se desenvolveu baseada nele. O final de fato foi inesperado. Bom filme.
Sou fã incondicional do mestre Ridley Scott, gosto muito das atuações do Harrison Ford e concordo plenamente que esse filme foi revolucionário para a sua época, além de ter envelhecido muito bem na maioria dos seus quesitos técnicos. Ah, e claro, a trilha sonora do Vangelis é fenomenal. Mas num aspecto geral, não vi absolutamente nada demais nele. Tirando o fato de ser uma superprodução para a sua época, pra mim foi só mais um filme ok com um roteiro meio arrastado.
Destaque para a boa atuação do saudoso Hutger Hauer, que mesmo entrando pouco em cena marcou com apenas uma frase do seu personagem, além da visão de mundo futurista muito bacana e de fotografia acentuada.
Um erro grosseiro que sempre cometo é esperar demais de alguns filmes B dos anos 1990, em especial os de artes marciais, pois, como já bati na tecla várias vezes, a maioria tinha um capricho incrível, coisa até difícil de se ver em alguns blockbusters de hoje em dia. Por essas e outras muitos deles se tornaram clássicos absolutos, ou na pior das hipóteses, são marcantes até demais por coisas simples, como uma dublagem foda da Herbert Richers, por exemplo, e que é o caso aqui em Tigre Branco.
Há tempos queria ver esse filme, mas por obra do destino só consegui ver agora e pra minha mais grata surpresa, o filme abre logo com diálogos do Cary-Moreira Tagawa sendo dublado pelo grande Élcio Romar, além do Gary Daniels sendo dublado pelo Marco Antonio Costa e o seu parceiro pelo Reynaldo Buzzoni. Hoje em dia pra se ver esses dubladores em um filme classe B como esses só se fosse por milagre, pois o Reynaldo Buzzoni só dubla o Keannu Reeves e o Marco Antonio Costa praticamente nem dubla mais, além do Élcior Romar dublar muito pouco e apenas em filmes mais famosos.
Mas, passada essa surpresa dessa dublagem magnifica, vamos ao filme. Como o chapa Fernando frisou bem no seu comentário mais abaixo, o filme tinha potencial pra ser bem melhor, mesmo na proporção de um filme B. A ação ficou bacana, embora que em mãos melhores as cenas de luta do Daniels teriam rendido bem melhor. Porém o ponto mais fraco fica pra o roteiro que tem furos além do normal e entrega muitas situações de bandeja. Enfim, um filme bom mas que poderia ser bem melhor. Destaque para o sempre excelente Cary-Hiroyuki Tagawa e seu clássico vilão.
A Feiticeira do Natal
3.4 17 Assista Agora"Trata-se de Bruxaria!"
Eu diria que, desde o mês de junho, mais ou menos, quando começo a conversar com o chapa Fernando sobre uma possível maratona de filmes "natalinos" que sempre tive vontade de fazer no mês de dezembro, mas que nunca concretizei de fato, ele já me questiona em forma de alerta do porquê de eu cometer tamanha tortura e masoquismo comigo mesmo com uma suposta maioria de filmes bundões que figuram em tais listas.
Esse ano, e com esse filme em especial, foi que realmente me caiu a ficha de que ele tem razão até demais. O meu grande problema é que dentro dessa lista eu já coloquei vários filmes clássicos do período e alguns mais medianos mas que podem ser assistidos de boa, porém o grande mal é que em um ano desses que tentei fazer essa tal maratona, eu sai baixando toda qualidade de filme que tivesse "Natal" no título. Esse aqui por sinal eu baixei enganado com outro que tinha o título de "A Magia do Natal", que, no mínimo, seria tão bundão quanto ele, por sinal.
Enfim, o pior de tudo é que gosto de algumas produções dessas mais bundonas, seja por um ou outro argumento, tipo um figurino, fotografia ou mesmo uma produção arrojada, mas esse aqui foi demais. O filme é de uma pobreza tão grande que parece aquelas séries feitas em estúdio (Pelo que li abaixo ele é mesmo derivado de uma dessas séries), se quer tem um close da cidade nos seus quase noventa minutos, vez por outra só de uma rua e mesmo assim bem discretamente. Pelos clichês de filmes do tipo eu nem me importo tanto, mas por se tratar de um filme de natal, até uma decoração bacana ele ficou devendo (Estranho é ler nos comentários abaixo pessoas elogiando isso, quando eu se quer vi ao menos algum enfeite bacana). Hora, nem sei pra que escrevi tanto, mas que se dane, o chapa Fernando sempre esteve certo, tenho que parar de perder meu tempo com isso kkkk.
O Conto de Natal dos Muppets
3.5 20 Assista AgoraEntre desenhos e filmes, eu já devo ter visto, contanto por cima, no mínimo, umas 15 adaptações do Conto de Natal de Charles Dickens, porém é incrível como cada uma delas, apesar de repetir a mesma trama, tem o seu toque especial que a diferencia das demais. Aqui, além dos carismáticos Muppets, é preciso destacar o grande Michael Caine no papel de Ebenezer Scrooge, esse que, sem duvidas, entrou para lista dos melhores no papel do rabugento agiota.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraNo geral gostei do filme, embora que não tenha achado lá um dos mais caprichados do Scorsese por mínimos detalhes. Tinha uns dois anos ou mais que já acompanhava toda a mística em relação a essa produção, mas a impressão que fiquei, mesmo sendo um filme com mais de dez anos de planejamento, foi de ter sido feito as pressas em alguns momentos.
A adaptação do roteiro como sempre ficou impecável, essas mais de três horas de duração passam e o cara nem vê. O desenvolvimento dos personagens ficou muito bom também, a trilha sonora é sensacional. E como não falar da reunião do De Niro, Pacino e Pesci? Impossível não se emocionar ao ver isso ainda mais na idade avançada que cada um deles está. Enfim, apesar de achar algumas coisas meio apressadas mas não a ponto de estragar o filme, o que mais me incomodou foi o rejuvenescimento do personagem do De Niro, sei lá, mas aquelas lentes azuis me incomodaram no filme quase inteiro, achei muito artificial. Já no Pesci não posso dizer o mesmo, o cara ficou idêntico a quando era mais novo. Destaque total para as atuações do trio principal.
Sicario: Dia do Soldado
3.5 234 Assista AgoraMais uma trama brutal e obscura na fronteira entre os EUA e o México. Se já tinha gostado do primeiro filme, imagina esse. Não sei se foi só comigo, mas eu vi um que de Michael Mann no roteiro que desenvolve perfeitamente personagens secundários que nem mereciam tanta atenção antes de coloca-los nas vias de fato em cena.
O filme tem uma trama sinistra e de poucas palavras, em muito momentos parece que estamos assistindo um western de Sergio Leone com tantos personagens enigmáticos. Destaque total para as grandes atuações, novamente, de Benicio Del Toro e Josh Brolin. As cenas de ação ficaram espetaculares e o elenco de apoio, embora desconhecido para mim, cumpriu seu papel bem demais. E tenho que bater nessa mesma tecla novamente, esse personagem do Del Toro é um dos mais fantásticos que me apareceram nos últimos anos, soturno e sombrio. Aquela cena de abertura dele vagando por uma noturna e corrupta Medellín foi fantástica. Ah, e preciso dizer, esse filme foi o que contou com os posters mais espetaculares que já vi nos últimos anos do cinema de ação.
O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
3.1 725 Assista AgoraMais um caso de filme que saio do cinema com a opinião dividida esse ano. Obviamente, depois do terceiro filme do Exterminador, eu não esperei nada demais dos subsequentes, principalmente quando tiraram o Arnold da franquia. Já com ele de volta, a expectativa melhorou consideravelmente, mas nada demais, até porque o contexto era outro.
Pois bem, saiu o Gênesis e não achei o filme de um todo mal, até achei maneiro as explicações que deram lá para determinados acontecimentos e para justificar a participação de um envelhecido Arnold Schwarzenegger no papel do Exterminador.
Depois lá vem a notícia desse Destino Sombrio com a volta da Linda Hamilton e a promessa de um futuro alternativo, o que causou um certo alvoroço em mim até, mas nada demais também, a demora e o esforço que fiz para ver o filme explicam melhor o meu entusiasmo.
Mas enfim, mesmo sem ter acompanhado nada a respeito da pré-produção, a não ser um trailer e algumas imagens, salvo engano, fui lá ver o filme. De início foi aquela coisa, atores completamente desconhecidos para mim em papéis principais, e atores esses completamente apáticos e sem qualquer resquício de carisma, mas vamos em frente, aparece Sarah Connor e algumas novas explicações para esse futuro alternativo são lançadas, de forma interessante também (Com destaque para a cena na Guatemala em 1998 e a recriação dos personagens do segundo filme). Sarah finalmente entra em cena de vez com todo o seu nível de casca grossa de outrora.
Mas aí vem o pior, o Arnold demorou a aparecer e a sequência que se desenrola foi pior. Jogaram o filme nas mãos desses mesmos atores sem graça e de certa forma escantearam os personagens principais, a mudança de futuro e o novo "líder" da resistência soaram altamente bundonas e sem qualquer graça. No final o que se salvou foram apenas algumas cenas de ação sob o comando da Sarah ou do T-800. E T-800 esse que rendeu umas das únicas cenas boas do filme e que me fez deixar dividido se gostei ou não da película de forma geral pelo fator de nostalgia.
Ver o T-800 sendo destruído e sem dizer o seu tradicional "Eu Voltarei" foi pra quebrar o peão. Posso dizer que foi até a única cena realmente emocionante do filme. Tudo fica mais dramático ainda quando vemos que mesmo com todo o aparato de tecnologia e a boa forma do velho Arnold, ele combina cada vez menos com o personagem. Pode não ter sido, mas acredito que esse tenha sido o seu papel de despedida do T-800. É foda, o tempo passa e demoramos demais para ter a percepção de que certos ciclos estão chegando ao fim.
Cassino
4.2 651 Assista AgoraÉ incrível como Martin Scorsese consegue manter o nível dos seus filmes, por mais longos que sejam, sem deixá-los monótonos por um minuto sequer, Cassino é um dos melhores exemplos. O filme tem uma narrativa divertida que reveza entre os personagens principais, a trama flui muito bem e você fica a par de tudo de uma maneira bastante dinâmica.
O figurino impecável e as locações conseguem transmitir perfeitamente todo o ambiente dos cassinos, a trilha sonora é um show a parte. O elenco dispensa maiores comentários, cada um dos atores entregou o que há de melhor em termos de atuações. Filmaço.
A Noite da Emboscada
3.9 11 Assista AgoraWestern americano clássico, é daqueles que dispensa qualquer tipo de comentários em quesitos técnicos, porém é preciso ressaltar a mudança de cenários que o filme ganha quando o roteiro nos leva a uma região montanhosa do Novo México. Ah, e o roteiro, que roteiro! A partir do momento que o personagem do Gregory Peck segue seu rumo e leva a mulher e a criança consigo entra em cena uma trama de suspense das melhores. Filmaço, destaque total também para a magistral dublagem Herbert Richers onde temos o saudoso Antonio Pãtino na voz do Peck.
Matador de Aluguel
3.3 156 Assista AgoraProduzido pelo mestre Steve Perry com Joel Silver envolvido, feito em 1989 com um elenco desses era a missão mais impossível do mundo esse filme ser ruim ou mediano.
Incrível como Patrick Swayze se encaixou tão bem em um papel que não era, de certa forma, a sua especialidade, mas fez e convenceu. Esse filme é mais um dos que tem uma atmosfera exclusiva pra ser ver num final de noite de fim de semana. E como eu disse em Harley Davison e Marlboro Man, é o tipo de filme que a minha geração cresceu assistindo e sempre sonhou em viver dentro desse mundo que envolve a trama. A trilha sonora é foda, completamente digna do filme e pra melhorar mais ainda temos All My Ex's Livin Texas do George Strait. Destaque total para as participações de Kelly Lynch, do grande Sam Elliott e de Marshall R. Teague, além da ponta de Keith "Moreira" David, aliás, todo o elenco de apoio é foda. Filmaço.
Céu Amarelo
3.9 27 Assista AgoraFalar dos caprichos desses westerns americanos clássicos é chover no molhado, a ambientação desses filmes, mesmo com toda a sua idade, é incrível. Você assiste e tudo ali parece o mais real possível, até mesmo quando a fotografia é em Preto e Branco, como no caso de Céu Amarelo. Sem desmerecer as obras, mas por vezes o capricho foi tanto nas partes técnicas que o roteiro era o mais simples possível, sem muita ação ou grandes reviravoltas. Isso tornou alguns filmes pouco monotónos e em Céu amarelo também acontece, mesmo que minimamente.
A trama do filme é interessante e se restringe a apenas um lugar, porém não consegue passar toda a tensão de um Matar ou Morrer, por exemplo. Acho que se fosse um pouco mais curto, melhoraria consideravelmente. No mais, um desfile de grandes atores. Gregory Peck sempre em grande forma. A trilha sonora é fantástica.
Comandos em Ação - O Filme
3.4 14G. I. Joe em todos os sentidos foi uma franquia que, no geral, eu sempre conheci mas nunca tive contato ou me aprofundei, isso por vários motivos. Conheço os bonecos desde a infância, porém nunca cheguei a possuir. Um amigo foi quem ganhou um e me apresentou tudo. Também não sabia da existência de um desenho até certo tempo, ou ao menos não me recordo de nada da infância relacionado, até mesmo porque os traços do dele são os mesmos de outros clássicos que assisti fervorosamente e isso pode ter gerado um certo conflito de informações, caso tenha assistido no passado.
Enfim, o fato é que já tinha um bom tempo que estava com esse filme aqui e só agora assisti. Repetindo o que disse acima, adoro esse traço de desenho que é praticamente o mesmo de outros clássicos como Rambo A Força de Liberdade, Thundercats, Mestres do Universo e X-Men, por exemplo. Porém, apesar de boa, achei que essa animação pudesse ter tido um capricho maior no roteiro já que temos 90 minutos, o que para um filme do tipo da pra desenvolver bem melhor. Não sei qual a ligação com a série, mas esse filme tem uma trama muito aberta. O desenvolvimento dos vilões é bem feito, porém o dos G.I. Joe deixa um pouco a desejar e isso ficou meio esquisito, mas no geral uma boa animação. A trama é movimentada e tem muita ação, a trilha sonora é encantadora e com exceção do roteiro, tem todo o capricho de outros desenhos da época.
Firepower: Inferno em Los Angeles
3.1 15Filmaço B no melhor padrão dos anos 1990, esse aqui é obrigatório ver num final de noite de sábado. Assim que comecei a ver os créditos e vi que o coreógrafo das lutas era Art Camacho eu já tive a certeza de que vinha coisa boa pela frente e de fato foi. O filme é simples, tem aquela atmosfera futurista clássica dos filmes B dos anos 1990 e tem 90 minutos de cenas de luta altamente bem filmadas com a câmera fixa, coisa que quase não existe mais hoje em dia. Um deleite para fãs de filmes B casca grossa, um estilo de filme único que jamais irei enjoar. O elenco e a trama dispensam comentários, destaque total para a boa participação do próprio Art Camacho e de toda a atmosfera de game de luta futurístico que o filme passa.
A História Sem Fim
3.8 973 Assista AgoraClássico total da minha infância, tinha pelo menos uns 20 anos que não o via. Como foi mágico rever essa obra que tantas vezes vi na TV nas tardes dos anos 1990.
Não lembrava de absolutamente nada além do Atreyu voando no Dragão que parece um cachorro. Quando vi a cena do cavalo no pântano foi que o filme surgiu por completo na minha mente novamente, lembrei de como eu sofria na infância toda vez que revia o filme e via essa cena. Para mim ele envelheceu bem até demais e todo a magia que o envolve continua viva. Esse é daqueles que irei mostrar a meus filhos e netos, sem dúvidas.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraRapaz, esse filme chega a ser um pouco difícil de comentar, pois há uma critica social nele um tanto quanto boa e que se encaixou perfeitamente para criar uma descrição contemporânea para o Coringa, mas ao mesmo tempo essa mesma situação vitimizou ao máximo um personagem que a maioria o conhecia apenas como um psicopata sem escrúpulos e que talvez não merecesse ter uma descrição dessas para, possivelmente, "justificar" os seus atos. Ok, isso tornou o filme o mais próximo do real possível, é válido, mas mesmo assim sai do cinema bastante dividido, algumas coisas do filme não me desceram, porém nada que seja suficiente para eu tentar mostrar algum demérito do filme ou provocar discussões bobas de internet.
Na verdade eu não tinha nenhuma pretensão de ver o filme e só o vi por insistência da minha esposa. Coringa nunca foi um personagem que me agradou, pra ser sincero digo que se alguma vez eu curti o personagem, foi apenas naquela série animada do Batman dos anos 1990 e mais por méritos da excelente dublagem do saudoso Darcy Pedrosa, dublagem essa também que me faz gostar bastante do personagem no filme de 1989, além de que esse apresenta a sua origem como manda o lado cartunesco do personagem.
Pois bem, no geral o filme foi uma grata surpresa, Joaquin Phoenix se entregou ao papel de forma tão brilhante que durante todo o filme o cara se quer pode imaginar que isso se trata de um personagem de quadrinhos que outrora foi descrito de forma tão diferente. Vale destacar a excelente fotografia, Ghotam sempre merece algo nesse tom de sombrio e usar Nova York (?) como plano de fundo para criar a fictícia cidade dos quadrinhos foi essencial. O roteiro tem um ou outro momento de monotonia, mas nada de absurdo. Em partes gostei da ligação de tudo com a familía Wayne. A trilha sonora é impecável, muito bom filme.
Breakdown: Implacável Perseguição
3.4 270 Assista AgoraO verdadeiro filme de terror, só de se imaginar numa situação dessas sinto arrepios até na espinha, pois qualquer um está sujeito a cair nisso, infelizmente. Esse é mais um caso de filme que eu passei batido por muito tempo e não o vi antes devido a vários acasos, então eu posso dizer que desde Apocalypto que eu não ficava tão sem fôlego assistindo algo. Incrível como a trama é simples mas ao mesmo tensa, da pra sentir na pele tudo o que o personagem do Russell passa devido a sua grande atuação, principalmente na parte que ele revê a sua mulher pela primeira vez depois do sequestro.
Como o chapa Fernando frisou bem, a direção do filme é o ponto alto, as cenas de perseguição são perfeitas e todo o mérito vai para o subestimado Jonathan Mostow. Filmaço no melhor estilo noventista.
Jack Reacher: Sem Retorno
3.1 329 Assista AgoraMeu único lamento foi não ter visto esse filme assim que saiu no cinema, pois é, para mim, disparado, o personagem mais foda do Tom Cruise em anos. A trama militar de Jack Reacher me fascinou tanto a ponto de eu rever o filme em menos de uma semana depois que o assisti a primeira vez, e quando soube que ia sair esse segundo eu nem de longe cogitei que o filme pudesse decair em relação ao primeiro, pois o Cruise dificilmente entrega algo medíocre.
Pois bem, o filme foi tudo o que eu esperava e mais um pouco, tem uma trama igualmente bem montada e que não dispensa nenhum dos seus personagens. Tem todo o toque de ação com cenas muito bem filmadas e tudo feito da maneira mais real com a excelente trama policial. Que bom que com esses filmes essa trama de IPM está sendo melhor explorada no cinema, aliás, talvez até apresentada, pois não me recordo, no momento, de nenhum filme que explore isso como a franquia Jack Reacher está fazendo. Enfim, só digo uma coisa: Que venham os próximos.
Rambo: Até o Fim
3.2 551 Assista AgoraFinalmente consegui ver Rambo no cinema e só tenho uma coisa a dizer: Obrigado por tudo mestre Sly!
Passada a euforia (vi o filme na semana de estreia, mas só hoje tive tempo de comentar), vou fazer um comentário justo a minha maneira. Em 2008 eu não tive a oportunidade de assistir Rambo VI no cinema e apesar de concordar que aquele tinha fechado a franquia com chave de ouro, eu fui um dos que não achou nada ruim o lançamento dessa sequência, pois finalmente eu poderia ver nas telonas um dos meus personagens favoritos.
Fosse com outro ator e em outra hora, Rambo Até O Fim seria apenas mais um filme de ação, mas não, tem o mestre Sly e o que talvez seja uma despedida de um dos personagens mais casca grossa do cinema. Não vou aqui dar destaque ao roteiro, até porque não ligo muito para isso, mas seria injusto não dizer que, de fato, Linha de Frente do Statham era o roteiro que seria adaptado para Rambo, esse que com um ajuste aqui, outro ali, mudou algumas coisas e ficou bom.
O filme é rápido e não perde tempo para baboseiras, mas da pra captar algum sentimento que o veterano do Vietnã supre pelo pessoal que o rodeia. Foi legal ver as homenagens a outros filmes da franquia e as partes em que tocaram relances das trilhas sonoras dos filmes originais são de arrepiar. O diretor soube entregar cenas de ação tanto boas para quem assiste quanto boas para a atual capacidade física do velho Sly, a harmonia ficou ótima. A violência veio em prato cheio assim como em Rambo 4.
Enfim, valeu demais a homenagem e a oportunidade de ver um dos meus heróis favoritos do cinema dos anos 1980 em cena novamente. Da aquela pontada no coração só de imaginar uma linha do tempo dos filmes e saber que esse pode ter sido o último, mas assim caminha a vida.
"É uma longa estrada quando você está sozinho e dói quando eles despedaçam seus sonhos...É uma longa estrada!"
Harley Davidson e Marlboro Man - Caçada Sem Tréguas
3.2 58 Assista AgoraNão é preciso muitas palavras para descrever um filme do tipo de Harley Davidson e Marlboro man. Como o chapa Fernando frisou bem esses dias em conversa com o mesmo a respeito dessa obra, ele é simplesmente o encontro dos dois maiores ícones americanos: O Motoqueiro e o Cowboy, e nenhum nome seria mais adequado para o filme.
Já falei tanto aqui nos meus comentários que dificilmente farei essa observação novamente, mas como é doloroso ter a noção de que esse tipo de filme acabou hoje em dia e dificilmente voltará a figurar novamente no futuro. Fazer o quê? Cada geração tem o que merece.
A respeito da película, dispenso maiores comentários. Perfeito em todos os sentidos para quem gosta de um filme casca grossa de verdade. O elenco de apoio e as locações são incríveis, é aquele tipo de filme que a minha geração "sonhou" em viver dentro do ambiente aqui criado. Bons tempos...
Um Tira Muito Suspeito
3.0 176 Assista AgoraDivertida comédia de ação policial. A trama simples aliada ao forte carisma do Martin Lawrence são os pontos fortes do filme, sem falar que esse tipo de ação urbana em conjunto com essas trilhas de Hip-Hop sempre tiveram um lugar especial no meu gosto para filmes. Bons tempos em que esse tipo de filme saia a rodo.
O Paizão
3.4 689 Assista AgoraUm dos poucos filmes dos anos 1990 que me faltava ver do Sandler como protagonista, acho que agora só devo estar em falta com uns 3 ou 4 que, assim como esse, verei com certeza num momento oportuno.
Falando do filme em si, gostei demais. Altamente leve, descompromissado e de uma ambientação novaiorquina incrível, como é de costume. O humor é o destaque maior, além da boa química do Sandler com o garoto e todo o elenco de apoio. Sinto falta de produções assim hoje em dia.
Shaft
3.4 164 Assista AgoraVi o trailer desse filme e me animei bastante, afinal, pelo trailer, ele aparentava ter a mesma classe do filme dos anos 2000. Com poucos dias de lançado na Netflix eu resolvo assistir. De início eu já fiquei altamente receoso e pensei até em boicotar o filme por imaginar, pelo que se apresentava ali, que se tratava apenas de mais um filme bundão tentando impor essas regrinhas de cunho social que são moda hoje em dia, além de tentar "matar" o legado de um dos filmes mais legais dos anos 2000.
Dei sequência assim mesmo e felizmente o filme foi uma grata surpresa. Apesar da maioria dos roteiros da Netflix não serem uma unanimidade, esse aqui teve o seu capricho e a partir do momento que o Samuel L. Moreira aparece em cena, o filme é outro. Foi ótimo ver esse encontro de gerações, lógico, excluindo esse sempre chato politicamente correto, e ver até o grande Richard Roundtree com um destaque até maior do que o do filme de 2000.
Em termos de produção, aqui sim mais uma unanimidade da Netflix, que sempre capricha demais. Destaque total para as sensacionais locações de Nova York e para a bela fotografia. Mais uma trilha sonora foda, e ação da melhor qualidade. Felizmente os filmes casca ainda respiram!
Caçada ao Outubro Vermelho
3.7 147 Assista AgoraPrimeiro filme baseado nas obras do Tom Clancy que assisto de fato, antes havia assistido pelo menos a metade de A Soma de Todos os Medos, mas como DVD estava arranhando, tive que abortar. Se tinha assistido a metade daquele filme e já havia gostado bastante mesmo sendo adaptado por um diretor desconhecido para mim, imagina esse que ganhou vida através do grande mestre John McTiernan. Agora eu já sei de onde ele levou toda a fineza para fazer um Thriller Militar foda como Código de Conduta.
Nunca cheguei a ler nenhum livro do Tom Clancy, porém já tinha ouvido falar bastante a respeito dos seus personagens e foi fácil assimilar as coisas. Repetindo, a direção do mestre John McTiernan, como sempre, está impecável. E o que dizer de um elenco desses!? Sean Connery esbanja classe, Alec Baldwin como sempre muito preciso, idem Tim Curry, James Earl Jones e Sam Neil. Se me esqueço de mais alguém, que me perdoem, mas com tanto ator foda fica difícil de lembrar. Mas claro, como não destacar a participação do gigante Sven-Ole Thorsen que entra mudo e sai calado do filme mas está sempre ali marcando presença entre os coadjuvantes.
Enfim, um roteiro que flui muito bem e consegue passar todo o clima claustrofóbico da trama, além de mostrar ao pé da letra o que foi a Guerra Fria. O figurino ficou muito bacana, idem a trilha sonora. Esse filme ao lado de Mestre dos Mares, ao menos para mim, são dois marcos no cinema de aventuras náuticas militares.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraTípica superprodução atual, em quesitos técnicos, especialmente falando dos seus efeitos especiais, um filme irretocável. No mais, assim como o seu predecessor, apenas mais um filme ok, na minha opinião. Foi legal essa incursão do personagem do Harrison Ford e de como a trama se desenvolveu baseada nele. O final de fato foi inesperado. Bom filme.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraSou fã incondicional do mestre Ridley Scott, gosto muito das atuações do Harrison Ford e concordo plenamente que esse filme foi revolucionário para a sua época, além de ter envelhecido muito bem na maioria dos seus quesitos técnicos. Ah, e claro, a trilha sonora do Vangelis é fenomenal. Mas num aspecto geral, não vi absolutamente nada demais nele. Tirando o fato de ser uma superprodução para a sua época, pra mim foi só mais um filme ok com um roteiro meio arrastado.
Destaque para a boa atuação do saudoso Hutger Hauer, que mesmo entrando pouco em cena marcou com apenas uma frase do seu personagem, além da visão de mundo futurista muito bacana e de fotografia acentuada.
Tigre Branco
2.4 17Um erro grosseiro que sempre cometo é esperar demais de alguns filmes B dos anos 1990, em especial os de artes marciais, pois, como já bati na tecla várias vezes, a maioria tinha um capricho incrível, coisa até difícil de se ver em alguns blockbusters de hoje em dia. Por essas e outras muitos deles se tornaram clássicos absolutos, ou na pior das hipóteses, são marcantes até demais por coisas simples, como uma dublagem foda da Herbert Richers, por exemplo, e que é o caso aqui em Tigre Branco.
Há tempos queria ver esse filme, mas por obra do destino só consegui ver agora e pra minha mais grata surpresa, o filme abre logo com diálogos do Cary-Moreira Tagawa sendo dublado pelo grande Élcio Romar, além do Gary Daniels sendo dublado pelo Marco Antonio Costa e o seu parceiro pelo Reynaldo Buzzoni. Hoje em dia pra se ver esses dubladores em um filme classe B como esses só se fosse por milagre, pois o Reynaldo Buzzoni só dubla o Keannu Reeves e o Marco Antonio Costa praticamente nem dubla mais, além do Élcior Romar dublar muito pouco e apenas em filmes mais famosos.
Mas, passada essa surpresa dessa dublagem magnifica, vamos ao filme. Como o chapa Fernando frisou bem no seu comentário mais abaixo, o filme tinha potencial pra ser bem melhor, mesmo na proporção de um filme B. A ação ficou bacana, embora que em mãos melhores as cenas de luta do Daniels teriam rendido bem melhor. Porém o ponto mais fraco fica pra o roteiro que tem furos além do normal e entrega muitas situações de bandeja. Enfim, um filme bom mas que poderia ser bem melhor. Destaque para o sempre excelente Cary-Hiroyuki Tagawa e seu clássico vilão.