Ragnarok fez muito em apenas 6 episódios. Entendi que o final da temporada foi só o começo da série, tipo o que aconteceu antes da trama realmente começar. Acredito também que isso foi para testar a reação do público, para ver se a série teria algum futuro, talvez por isso quis economizar recursos nos efeitos. Tem tudo para a 2ª temporada mostra mesmo para que veio. Mesmo o aspecto Teen que a obra passa, incomodando alguns, ainda assim é outro nível e muito mais madura que produções Teen norte-americanas. Por enquanto é só bom, vamos ver se vinga. (18/06/2020 - 09:39hs)
Finalizei essa incrível série no dia 12 de abril de 2020, vocês acreditam que consegui comentar nada até então? Tamanha era a minha incompetência, grande era minha incapacidade de traduzir a veemência que estava sentindo, sorri, entrei em êxtase, experimentei novos sabores, enlouqueci, me deprimi e chorei muito durante a série inteira. Mr. Robot marcou a minha vida, tanto pelo poder de sua narrativa completamente inovadora, tanto pela crítica tétrica de Elliot e Mr. Robot sobre o mundo (os dois foram meus grandes mestres, aprendi duras lições com eles) e sem palavras para descrever a genialidade do Sam Esmail, me tornei obcecado por esse homem, Os Anonymous precisam sequestrar esse gênio e obrigá-lo a escrever uma nova obra. Calma, gente, é brincadeira! Pois Sam Esmail pode tudo, é um semideus.
Mr. Robot foi para mim uma grande aula de psicologia humana, mormente sobre os impactos da complexidade da mente humana. Essa opípara série conseguiu como poucas dá um completo nó em nossa cabeça, nos deixar atônitos no modo mais sagaz, elaborar teorias absurdas sobre as deixas, enxergar claramente o esplendor da informática, tanto para o bem como para o mal, vimos o quanto a informática pode ser uma potente arma de guerra. Elliot era um John Rambo em seu mundo. Tão profundo que nem podia confiar em si, vimos uma das mais viscerais batalhas que alguém poderia travar contra si mesmo. "Clube da Luta" agradece a homenagem e o Transtorno Dissociativo de Identidade foi elevado ao extremo, manobrando perfeitamente o entretenimento, a comicidade, com situações tão dolorosas, como aquelas cenas em que o Mr. Robot assumia o lugar para que Elliot não sentisse aquela dor. A série de Sam Esmail consegue o efeito lindo de fazer a ficção a própria realidade, fora as inúmeras indiretas que o roteiro faz com as teorias da conspiração, viagem no tempo e Universos Paralelos.
Por mais que eu escreva e escreva, sempre vou ter a sensação de que nunca vou conseguir passar com integridade a minha experiência com Mr. Robot, uma obra-prima, um clássico (ou pelo menos tem que virar, somente o tempo dirá). O que dizer então das personagens secundárias e antagonistas? Darlene, Angela, Tyrell e sua finada esposa Joanna, Dominique, o ilustre Whiterose, brother Leon, o insano Vera, o mercenário Phillip Price, a psicóloga Krista e alguns outros, todos eles foram construídos a dedo e possuem uma envergadura singular. Destaque para Whiterose, a complexidade do líder da Dark Army daria para escrever um livro bem espesso.
Uma das melhores surpresas que tive a oportunidade de assistir, todo o momento é engenhosamente bem construído, principalmente a personagem principal, que dá um bando de impressões notórias, sua ácida crítica a sociedade, ao nosso comportamento medíocre, a nossa ilusão de controle. Sua vibe tecnológica nos faz sentir inseridos nela, já que é a representação verídica do que está acontecendo em nosso meio, sobre como estamos vulneráveis nas redes sociais, o que somos capazes de fazer em troca de "likes", a falsa sensação de importância. Tudo isso é falar pouco sobre Mr. Robot, a obra de Sam Esmail é tão repleta de reviravoltas, tão insanamente criativa que ficamos sem chão.
Agora tive a sensação de está assistindo "13 Reasons Why". Um Clay retornando à sala e não vendo mais a sua Hannah. Muito triste. Mesmo assim gostei da narrativa seca, sem romantizar a situação, o que ocorreria na maioria das séries teens.
Sinto que estou deixando de lado um dos elementos mais relevantes da trama: Quem exatamente são aqueles dois senhores que passaram (ou despertaram) os poderes de Magne? E pelo visto, outros que têm seus poderes mitológicos despertos não desconfiam a presença deles. Algo me diz que esses dois senhores (um senhor e uma senhora) serão elementes chaves na história.
Um ponto interessante que o enredo não fez suspense à genuína causa da morte de Isolde, um grande ponto positivo para a série se diferenciar, já que na maioria essa questão ficaria em aberto até o fim da temporada. Agora resta saber o que exatamente é essa fábrica.
Ainda estou entendendo qual é a filosofia de vida dessa surreal família a lá "Crepúsculo", adiantando um pouco, que dança bizarra foi aquela no baile? Vergonha alheia estampada em minha cara, rs. Aproveitando aqui para destacar igualmente as diversas abordagens que notei à naturalidade do que a sociedade vê com preconceito. Primeiro, a relação surreal entre os membros da família "Crepúsculo" (ainda não sei como os chamar), pais e filhos usando o mesmo banheiro sem o menor pudor, Saxa com a maior intimidade debochando de seu pai urinando no episódio anterior. Ran sugerindo que Fjor se retirasse para que ela pudesse curtir com os jovens rapazes no baile. Nuances assim me deixaram chocado. E o fato de Laurits já se apresentar gay sem dramatizar a questão por parte da obra. Achei isso muito interessante.
Bem, iniciei essa série por causa do Proj. Mid Season 2020 e também porque o nome me chamou bastante atenção, já que acompanho Vikings, enfim, acredito que a maioria também foi por esse motivo. Estou pensando em não mais ser influenciado por esse Proj. porque fiquei desorientado, a intenção era só assistir um episódio, mas não me conformei e mais uma série que entra para a minha grade, só para me dá ainda mais trabalho, rs.
Primeiramente o episódio já começa ao som de "Midnight City". Estremeci. Meu Deus, que início! Não tinha mais ideia do que pudesse acontecer. Bem provável que essa introdução era uma imagem bastante pessoal para o autor da série. A narrativa é bastante característica, não sei bem explicar, entretanto, me deu uma sensação a lá "Les Revenants", talvez pelo clima europeu e seco da narrativa.
Magne e Laurits muito bem apresentados. Magne o típico tímido certinho com alguns problemas sociais, nada tão grave. Laurits é o oposto, bem deslocado e com sarcástico humor. O legal que aqui a série já procura fugir dos clichês de fitas teens quando novatos chegam no colégio, o massacrante bullying, pelo contrário, até mesmo Magne é bem recebido pela turma. Outro ponto legal também que Ragnarok não forçou muito a trama de um Spider-Man descobrindo seus poderes, não arranjou uma briga absurda na escola para dá aquele impacto.
Destaque para a seleção de elenco parental. Fjor e seu pai Vidar são absurdamente parecidos, fiquei pensando na possibilidade de serem pai e filho na vida real, porque se não, que épica escolha de atores.
E claro, o ponto mais marcante do episódio foi a coragem de eliminar uma personagem tão firme como a Isolde, quem poderia imaginar? Isso com toda certeza que não ocorreria em produções norte-americanas, só que no cinema europeu, tudo é possível. Embora eu ainda ache que a Isolde volte de alguma forma, esperança de alguém que foi doutrinado pelos clichês, rs.
Gus é tão sinistro e simbólico, que tudo que ele faz acho que tem alguma mensagem de roteiro. Como ele inconformado que o guardanapo do "Los Pollos Hermanos" estivesse em um lixo menor, pega, embrulha e joga no lixo maior, como se quisesse dizer que seu negócio é grande, um grande lixo. Nada pejorativo aqui, deixando claro.
As expressões do Saul refletem as nossas. O que diabos está acontecendo mesmo com a Kim? Ela está mesmo mudando. Imaginar prejudicar o Howard em tal proporção por algo tão banal, é mesmo preocupante, até mesmo Jimmy ficou estupefato.
A maneira como o Mike tenta resolver os problemas é de muito agrado para mim. É certo que quem se mistura com porcos farelos come, todavia, ele tenta seguir um caminho diferente.
E claro, esse final maravilhosamente bem arquitetado e metafórico, encerrando ao som dos passos pesados assemelhando-se ao trovão, descrição perfeita do que ocorria no interior de Lalo. O incrível é que eu acabei me apegando ao Lalo, personagem de um carisma único que mais parece ter pacto com o diabo. Lamentável pessoas inocentes serem envolvidas nisso, malditos mercenários. Ele não ferindo ninguém que eu gosto, quero que tenha vida longa. Nacho, meu querido, se cuida, que lá vem chumbo grosso.
Caramba! (Perdoem a expressão!) Como assim a temporada já acabou? A série é tão serena e cadenciada que para muitos pode soar parada e sem graça. Entretanto, parada e sem graça, essa série nada tem. "Better Call Saul" é como a corrida do coelho com a tartaruga. A tartaruga com toda a sua experiência e manha, chega mais longe.
Episódio que simplesmente merece nota 10, como já é clichê comentar Vince Gilligan, condução magistral do início ao fim, com certeza ele deve ser amigo de Sam Esmail, rs.
Sobre a trama, a relação de Saul e Kim já se provou que vai mesmo além dos papéis, eles se amam, pelo menos da parte dela sinto que o amor é verdadeiro, ela está muito confusa, na verdade. E o Saul, parece que ainda está na fase de transição, ou seja, ainda não virou totalmente o Saul, o fato dele deixar a Kim se envolver em seus negócios como parte do acordo de transparência que eles "assinaram". Muito coisa em Saul vai mudar após essa fase traumática, essa mudança não vai agradar a Kim, todavia, ela já provou que quer está ao lado dele para o que der e vier, o futuro dela é preocupante, muito. Gente, ela enfrentando o Lalo foi pura angústica para nós espectadores. Seres como o Lalo são muito mais assustadores que seres como o Tuco, criaturas como o Lalo amedrontam pela imprevisibilidade, nós nunca sabemos ao certo o que pensa e sente. Quanto a relações dos negócios do Gus e os Salamancas, ainda não entendo bem, mas basicamente, Gus quer dominar totalmente os Salamancas e vice-versa. Acho bastante inspirador a sinceridade do Mike para com o Gus, ele não omite sua opinião sobre o Varga mesmo na frente do Fringe. Hector no aniversário é o mesmo que Freeza no paraíso, quem assistiu vai entender muito bem, rs. Final estarrecedor, sereno, nada de gritaria, Vince não precisa disso, a mágica está em sua narrativa absurdamente cadenciada. O ponto de suspense chave é a Kim, é a única personagem que não sabemos o que vai acontecer. Show!
Eis a confirmação de que tinha mesmo uma intenção estratégica na proposta de casamento da Kim, no entanto, ainda há pontas ocultas de que ela está mesmo amarrada ao Saul, sentindo muita dificuldade de romper definitivamente com ele. Embora é mais do que provável que não funcionará com o Saul a longo prazo, o golpe é a sua natureza, não se pode afastar o homem de sua natureza por muito tempo.
Excelente a postura da Kim em defesa de sua conduta profissional, falou com classe tudo o que precisava dizer ao Kevin, de forma dura, honesta e educada, a Paige até riu de orgulho, discretamente.
Quanto a parte do julgamento de Lalo, forçado dizer que aquela mulher e as crianças eram sua esposa e seus filhos, será que os responsáveis pelo caso não pesquisariam? E como Saul conseguiu essas "provas"? Outro detalhe a ser pensado, o Mike pode ser identificado, retrato falado existe.
Gus é sinistro até o último átomo de seu ser, nunca sei se ele tem afeto por alguém, mesmo "amigos" de antigas datas. Gus parece o anticristo, ele usaria todos para atingir o que quer, mesmo que precise fingir genuína amizade por vários anos. Imaginei que ele ordenaria que o Nacho explodisse seu restaurante como maneira de camuflar seu envolvimento. Esse homem é nível sobre-humano. Somente Walter White para pará-lo.
Final enérgico e revelador. Saul não é santo, ele tem mesmo complexo de Deus disfarçado de cachorrinho vestindo terno.
Uau!! Precisei de um tempo para respirar depois desse episódio. Que louco! Que surreal! Que grandeza de diálogos, roteiro e performances. O gênio dessa série é que ela não precisa de tiros, carros explodindo, sangue derramando ou de uma trilha ensurdecedora de suspense, pois ela consegue nos prender pela intensidade da engenharia das conversas, pela trama cadenciada e bem explorada, pela sutileza das atuações que beiram à perfeição. Tudo em "Better Call Saul" é conduzido com o maior primor que a cinematografia pode oferecer.
Logo no início conhecemos a caretice de Kim desde à infância, imaginamos que devia ser uma menina bastante regrada, perfeccionista e precocemente seguidora da Lei. Jimmy é o divisor de águas na vida dela, ela se sente seduzida por seu estilo flexível de manobrar as leis, porém, contradizendo sua educação primária. O impacto das sensações foi muito forte naquela sala de reunião do Mesa Verde, de tal forma que saltou pela tela e sentimos em nossa pele o frio estomacal que a Kim sentiu, foi tudo veemente demais. Saul causou uma tempestade sem precedentes.
Final surpreendente, quem imaginaria aquela derradeira frase. Nos deixando de boca aberta literalmente. Já não estava entendendo mais nada, deu um nó em meu raciocínio e tive que pensar por longos minutos para organizar as ideias. Continuo elogiando a postura das personagens mesmo em condições tão críticas. Será que o mundo não está vendo o poder que essa série tem?
Outro plote que me deixou estarrecido foi a sagacidade do Mike em implantar uma "prova" na mente da funcionária da biblioteca, de forma assustadoramente manipuladora. Mike é inteligente, todavia, dessa vez ele foi longe demais. Deixando claro que não estou julgando moralmente a condução do Mike, apenas destacando a sua monstruosa efetividade. Gente, o mundo é governado por seres desse tenebroso calibre, de modo que nem percebemos a sugestão, que torna ainda mais terrível.
O que foi aquela cena de Gus e Mike se encarando, se analisando naquele derradeiro momento do episódio? Gus venceu a jogada e descobriu a falha de Mike, com isso selou o pacto de parceria das tramoias, duas grandes mentes. O Mike assim como o Gustavo merecem uma série só deles, explicando como eles se tornaram tão incríveis.
Sem palavras também para outra grande mente dos golpes, o próprio Saul Goodman. Genial seus planos para adiar a demolição da casa de Acker. Kim igualmente não fica atrás, postura de classe. Ri horrores com a cena dela imitando o Mesa Verde, a química entre ela e Saul é mágica, quem dizer que os dois não têm "química", simplesmente é desprovido de sensibilidade.
Esses tipos como o Kevin que não dão o braço a torcer, que querem vencer tudo no orgulho e na força, na verdade mostram uma grande fragilidade. Se cair, a queda vai ser forte.
Quanto a cena do espião, achei muito curiosa e bem feita, explicando detalhes da invasão. Saul dá tantos golpes que ficamos paranoicos se até mesmo nessa situação é mais um jogo de manipulação dele, quando o espião diz que tem a carta na mangá de levar Mesa Verde ao deserto, deu a entender que foi Saul que mandou ele dizer aquilo para plantar a ideia na Kim.
Cada vez mais a trama crescendo e chegando a um nível difícil de descrever. A série usa um recurso maravilhoso de apresentar Saul fazendo algo aleatório, não possuindo conexão com o episódio passado, como ele escolhendo materiais na loja de bugigangas, complicado imaginar o que ele pretendia, ou melhor, impossível. Só no final descobrimos que era só para ferrar com o Howard. O mais próximo que conseguimos pensar que era mais uma tramoia.
Falando em maquinação, Saul é gênio nessa arte. O que foi aquela cena no julgamento? Utilizar um sósia como ferramenta de defesa? Inacreditável. Mais uma prova do que o Howard disse que ele era determinado e é do tipo que não espera as coisas acontecerem, ele faz acontecer.
A Kim parece que ainda não aprendeu a lição. "Tomou lá e tomou cá", ela tenta de todas as formas trabalhar sem romper com seus princípios. Tentou convencer o morador da residência se mudar, mesmo depois dele a ter humilhado, ainda assim esteve ao lado dele na reunião de negócios, sugestionando a compra do outro lote. Eles não deram ouvido e foi aí que ela se machucou de verdade. Saul Goodman entra no meio como jogada.
Episódio riquíssimo em nuances, também o que foi aquela cena do Gus? Sentado, postura ereta, imóvel, apenas como distração um celular em sua frente, só esperando o desfecho do plano. Seu doentio senso de perfeccionismo foi o que ilustrou todo o momento, capaz de exergar defeitos mesmo em um trabalho excelente, como do seu singelo funcionário (que mais parecia o Clay de "13 Reasons Why"). Levamos também para o lado que mesmo que o plano tenha sido bem elaborado, ele ainda assim viu falhas, entretanto, considera "aceitável".
Já o Mike, estamos conhecendo detalhes que não vimos em "Breaking Bad", o seu ponto fraco e o que isso pode levá-lo a fazer. Mike é o tipo de personagem que imaginamos nunca perder a cabeça, uma sagacidade invejável, todavia, estamos aprendendo que ele também é humano e ainda está em processo para se tornar por completo aquele Mike "badass" que conhecemos. Final de deixar sem palavras, acorda numa casa de argila mexicana? Especulações e mais especulações.
Sobre a trama, um dos melhores momentos foi a cena de diálogos entre Mike e Gus, em que Mike pergunta sarcasticamente: "compensado?". Gus responde para ele medir cuidadosamente as próximas palavras. Foi uma das poucas vezes que vimos um leve início de intriga entre os dois.
Também o episódio exibe magistralmente Saul e Kim no momento final, Goodman querendo convencer a Kim em colocar o plano de atuação em ação e ela negando prontamente. Em dado momento até pensamos que o casal já tinha caído na lábia de Saul momentos antes e que tudo fazia parte do plano dele, porém, não era. E no final das contas, a própria Kim acaba usando a estratégia de Saul, o que faz ela se sentir um lixo.
São essas nuances nada forçadas que fazem Better Call Saul ser uma série de classe, refinada, engenhosa e muito inteligente. Sou admissivelmente fã desse estilo.
E pra comentar mais, parece que o Eduardo não está muito afim de deixar Gus em paz, possivelmente virá treta das brabas.
Se fosse para descrever essa temporada com apenas uma palavra, ela seria: Emoção. Em forma de suspense, medo, relacionamentos e amor, isso mesmo, muito amor. Só o fim do último episódio desta "Season" poderia valer por toda a série, claro que isso é uma força de expressão, tamanho o impacto positivo de uma cena tão bem arquitetada, que nem de longe lembrou do clássico clichê das comédias românticas "teen", aliás, do fundo da alma de todo o espectador, queria que tudo aquilo acontecesse, todos nós estávamos torcendo por um final feliz, afinal, todos os nossos pequenos e grandes guerreiros mereciam, sem deixar a menor sombra de dúvidas, a felicidade.
Outra característica que reparei desde a primeira parte da série, tal ela também é um pouco percebível na adorável Penny Dreadful, é o apaixonante antagonismo, bem antes do Steve conseguir o que queria com a Nancy, já desconfiava que ele não era aquele típico babaca, prova disso foi que no dia seguinte ele a procurou, mostrando que queria mesmo algo sério com ela. Muitos de nós nos identificamos com o Jonathan, outra personagem sensacional e íntegra, e 99% dos seguidores acreditaram piamente que Nancy ficaria com ele no final, entretanto, a série fugiu desse clichê de forma genial, e o melhor, sem nos fazer sentir raiva do Steve. O Hopper, em sua primeira aparição, tínhamos a impressão de apenas um delegado insignificante, desbocado, fora de forma, insensível, com várias falhas de caráter, e mais uma vez, Stranger Things brinca com a gente, pois ele é completamente o inverso de tudo isso. Passo a acreditar que "Stranger Things" não se limita apenas a coisas estranhas do sobrenatural, todavia, a própria natureza de suas personagens. E para me certificar que não estou errado, o Bob é o meu melhor argumento, daríamos nada por um mero personagem secundário que surgiu apenas para distanciar o Hopper da Joyce, e mais uma redundância, a série se mostra genial no roteiro de nos fazer sofrer com a perda dessa personagem especial, ele foi importantíssimo para a resolução do problema, além de uma das qualidades admiráveis de um homem que conservou em sua essência o seu lado pueril.
O grupo mirim dispensa comentários, Will (meu preferido), Mike, Lucas, Dustin e a versão infantil da Natalie Portman, Eleven (Jane) é o melhor grupo que já vi até agora em uma série. Só tenho a dizer que essa série superou, e muito, as minhas expectativos e não consigo mais viver sem ela.
Kaneki é uma personagem bastante típica e clichê, porém, isso não deve ser visto como um fator negativo, já que no decorrer de toda a 1ª temporada ele enfrenta intensas batalhas internas sobre quem ele deve ser, ele é envolvido em um acidente logo no primeiro episódio, algo que muda sua vida para sempre. Outras personagens fogem um pouco dos estereótipos, como o Mado, um “vilão” que está no lado “certo”, de proteger os humanos dos terríveis Ghouls, entretanto, suas características insanas e sádicas são tão marcantes que ele acaba mesmo sendo classificado nessa categoria, além do mais, nos faz interrogar se ele se importa mesmo com os humanos e usa os Ghouls como ponto de fuga para deixar vazar toda a sua crueldade, pois se os Ghouls não existissem, provavelmente seria um psicopata na caça de pessoas. Para completar o quesito personagens, temos o Amon, aprendiz do Mado. Amon enfatiza as qualidades do Mado, transformando em uma pessoa digna de lembrança, alguém a ter como inspiração. A história é envolvente, tem drama, emoção, ação, lutas e muito, muito sangue. O que mais chama a atenção, que não dá para definir com precisão o certo ou o errado, se são os humanos ou os Ghouls que devem sobreviver, a trama mostra os acertos e defeitos de ambos os lados, nos obrigando a continuar a história com essa dúvida. Enfim, até essa primeira temporada, um anime bom, apenas.
Ep.1 (A Wind Skimming the River's Surface) Nota 9,5
Histórias leves, curtas, com uma narrativa tão eloquente e sensível como essa, só têm um defeito: deixar-nos com um incômodo desejo de querer um pouco mais. A gente percebe que é como comer um delicioso brigadeiro, comemos devagar com medo de acabar rápido. Além do mais, o curta-metragem ainda conta com tons culinários para deixar a obra ainda mais saborosa. (22/04/2017 – 23h38min)
Ep.2 Yuuge (Ceia) Nota 9 Correção da sinopse: O homem é um ano mais velho que a protagonista, na verdade. Mais outra belíssima história, como sempre começando com delicadeza e simplicidade, para depois, de forma quase despercebida, tratar dos sentimentos complexos. A protagonista é uma jovem mulher de 30 anos que se afastou de seu casamento oficial e arranjado por pura insatisfação, já que ela não se sentia amada. Através de um incidente, acaba conhecendo um lixeiro que passa todas as manhãs em frente a sua casa para apanhar o lixo. Ambos passam a morar juntos. Absolutamente atenciosa com tudo que faz, principalmente cozinhar, se esforça para a cada dia apresentar um prato diferente para ele, sua grande preocupação é que não falte nenhum ingrediente essencial para o bom desempenho no trabalho dele. Nisso os sentimentos vão se entrelaçando de uma forma maravilhosa de contemplar, o fundo musical causa um clima de paz indescritível. A história mostra como duas pessoas podem muito bem se entender e se amar, apesar da repetição de cada dia, tentando se disfarçar em caprichos culinários distintos. (07/05/2017 – 14h37min)
Ep.3 (Life’s Best 10) Nota 9 Mais uma história bem contada e com toques cômicos para se deixar na lembrança, assim como a temática do episódio. Apesar da ênfase feminina, os homens também podem facilmente se identificar em vários momentos, pois tratam de escolhas que fazemos de nossas vidas e o quanto o peso, para o bem ou para o mal, virá com a idade. Quantas vezes sentimos que ainda não vivemos o que sempre queríamos viver, os sonhos de nossa infância sepultados? Como nós podemos ressuscitar aquele velho “eu” tão enérgico e firme em sua vontade de fazer o melhor? É mesmo impressionante como algo de curta duração possa nos gerar muitas reflexões. (15/05/2017 – 15h03min)
Ep.4 (Note Somewhere, But Here) Nota 10 A melhor história das quatro. Por razões que no momento não consigo explicar com clareza, lágrimas desceram em várias partes do curta-metragem, como se estivesse lavando a minha alma, marcante experiência. A protagonista é mesmo uma mulher guerreira, assim como todas as mulheres desse anime, porém, essa foi a que mais me tocou. A sensação de vazio existencial que percorre toda a obra é sufocante, mas ao mesmo tempo vital pelo empenho que a mulher tem em cumprir aquilo que ela considera como o seu dever fundamental. O seu “grito de existir” no final é bastante emocionante.
Saudades do clima agradável que Better Call Saul me estimula, e com esse episódio aprendo de uma vez por todas que quando a série é mesmo boa, ela nos satisfaz independentemente de nosso humor. Até hoje não consegui identificar as razões críveis pelas quais a narrativa consegue tanto me prender e gratificar sem ao menos usar de recursos apelativos ou excessivamente dramáticos, BCS segue um caminho seguro e singelo, com ótimos diálogos, atuações, fotografia e magistrais closes de câmera, essa série é mesmo realizada por um mestre do cinema.
Como assim a Angela tinha contato com Tyrell? E como assim o “EfiBiAi” sabia de tudo? Foi agonizante aquele mapa das artimanhas, dando aquela sensação sufocante que o sistema é invencível. E Leon no final junto com Mobley e Trenton? Será que ele é um infiltrado da Whiterose? Muitas perguntas e nenhuma explicação.
Estava decidido em abandonar a série se o episódio fosse exclusivamente focado no plot da Madison e Strand buscando a Alicia e o final do episódio fosse o mesmo final do episódio anterior, ou seja, o reencontro de mãe e filha. Não teria como suportar um cliffhanger tão sacana como esse, ainda bem que não foi assim, porém, FearTWD continua dando motivos de sobra para a crescente baixa na audiência. A Madison lembrou um pouco, disse “um pouco”, a liderança do Rick na hora em que ela pretendia se juntar com o outro grupo no hotel, tal como foi o Rick na fazendo do Hershel, acabo de perceber o que está faltando nessa série é a presença de personagens fortes, o Strand tem se rebaixado, o Chris é odiado por todos, porém, se depender do roteiro, pode ocorrer um “plot twist” na personalidade do sujeito que todo aquele rancor talvez se converta em admiração, como aconteceu com o Daryl. Para mim, o Nick que tem plenas condições de elevar essa série, foi a personagem que mais evoluiu desde o início.
E outra, não entendi bem esse plano da Alicia, do que adianta jogar os Walkers no mar sendo que a maré poderia levar eles de volta à margem? Que eu saiba, zumbis não morrem afogados.
Nós, “serie maníacos”, quando estamos revoltados com a vida, usamos esses episódios como válvula de escape. Então, o que nós faríamos se estivéssemos em um apocalipse zumbi? Eu não beberia, porque naturalmente não bebo, porém, não posso dizer o mesmo dos restantes dos brasileiros que zeram a noite até acabar a última pinga, imaginem esses seres em um bar sem dono? Então, pra que reclamar da burrice da Madison e Strand?
Nick parece se agarrar a tudo que controle sua cabeça, seus impulsos, sejam as drogas, uma líder e agora, talvez, uma Universal. Deveras, a personagem tem um histórico bastante complicado, está se saindo bem melhor que os outros, por comparação.
Jon e Sansa vão achar o que mais queriam, só a Arya vale por mil soldados, vence um membro da maior organização assassina de GoT com o intestino estraçalhado. A menina Stark está voltando para casa imponente, preponderante e afiada como vidro de dragão. Ela que esteve nos confins do mundo, afastada, esquecida, mas o Norte se lembra.
Episódio focado em apenas um plot, embora com um caminhar suave, foi magnífico e intenso do início ao fim, me surpreendo cada vez mais com essa série, igualmente por mesclar bem as questões do oculto. Satanás tem irmão? E seu nome é Drácula? Socorro!! Um se alimenta do espírito, o outro da carne e sangue? Socorro mais uma vez!!
John Clare foi maravilhoso, estava achando que ele seria o vilão do hospício, lindo o romance entre eles, Penny Dreadful tem um enorme poder em nos emocionar com esses relacionamentos.
Apêndice: Achei que Vanessa Ives ía se transformar em Smigol, que Big Eyes!!
Episódio forte, surpreendente. Vemos situações que já foram abordadas em TWD, entretanto, ainda assim é bom rever nessa série, mostrando de onde foi inspirada. O apego aos entes queridos, ter que lidar com matanças de crianças infectadas e todo aquele abalo psicológico após acontecimentos tão fatídicos, era isso que estava faltando em Fear. E se bobear, vai dinamizar ainda mais, Chris enlouquecendo como o Shane, talvez até pior, final insano. Senti pegada nesse sexto episódio.
Lindo reencontro de irmãos, e agora que pensei que precisou de várias temporadas para um deles se reencontrar. Que decepção seria para a Sansa se chegasse à Patrulha e o Jon ainda estivesse morto, Martin, obrigado por essa caridade, pois a menina já sofreu demais, mas você continua sendo um sádico para mim.
Saudades Petyr, um dos meus preferidos pela artimanha, acho que é o melhor jogador dos tronos, como se ele estivesse a dois ou três passos na frente e é totalmente imprevisível, não dá para ler o que se passa na mente daquele sujeito.
Acho bom o Tyrion prestar bem atenção ao que Verme Cinzento disse para ele, tá na cara que se ele vacilar só um pouco terá sua cabeça empalada em uma estaca.
Naquele final com a Daenerys, se eu estivesse lá, acho que seria o único que não me curvaria, pois meus olhos estariam hipnotizados e fixos em outra coisa bem mais interessante.
Ragnarok (1ª Temporada)
3.4 177 Assista AgoraRagnarok fez muito em apenas 6 episódios. Entendi que o final da temporada foi só o começo da série, tipo o que aconteceu antes da trama realmente começar. Acredito também que isso foi para testar a reação do público, para ver se a série teria algum futuro, talvez por isso quis economizar recursos nos efeitos. Tem tudo para a 2ª temporada mostra mesmo para que veio. Mesmo o aspecto Teen que a obra passa, incomodando alguns, ainda assim é outro nível e muito mais madura que produções Teen norte-americanas. Por enquanto é só bom, vamos ver se vinga.
(18/06/2020 - 09:39hs)
Mr. Robot (4ª Temporada)
4.6 369Hello, friend!
Finalizei essa incrível série no dia 12 de abril de 2020, vocês acreditam que consegui comentar nada até então? Tamanha era a minha incompetência, grande era minha incapacidade de traduzir a veemência que estava sentindo, sorri, entrei em êxtase, experimentei novos sabores, enlouqueci, me deprimi e chorei muito durante a série inteira. Mr. Robot marcou a minha vida, tanto pelo poder de sua narrativa completamente inovadora, tanto pela crítica tétrica de Elliot e Mr. Robot sobre o mundo (os dois foram meus grandes mestres, aprendi duras lições com eles) e sem palavras para descrever a genialidade do Sam Esmail, me tornei obcecado por esse homem, Os Anonymous precisam sequestrar esse gênio e obrigá-lo a escrever uma nova obra. Calma, gente, é brincadeira! Pois Sam Esmail pode tudo, é um semideus.
Mr. Robot foi para mim uma grande aula de psicologia humana, mormente sobre os impactos da complexidade da mente humana. Essa opípara série conseguiu como poucas dá um completo nó em nossa cabeça, nos deixar atônitos no modo mais sagaz, elaborar teorias absurdas sobre as deixas, enxergar claramente o esplendor da informática, tanto para o bem como para o mal, vimos o quanto a informática pode ser uma potente arma de guerra. Elliot era um John Rambo em seu mundo. Tão profundo que nem podia confiar em si, vimos uma das mais viscerais batalhas que alguém poderia travar contra si mesmo. "Clube da Luta" agradece a homenagem e o Transtorno Dissociativo de Identidade foi elevado ao extremo, manobrando perfeitamente o entretenimento, a comicidade, com situações tão dolorosas, como aquelas cenas em que o Mr. Robot assumia o lugar para que Elliot não sentisse aquela dor. A série de Sam Esmail consegue o efeito lindo de fazer a ficção a própria realidade, fora as inúmeras indiretas que o roteiro faz com as teorias da conspiração, viagem no tempo e Universos Paralelos.
Por mais que eu escreva e escreva, sempre vou ter a sensação de que nunca vou conseguir passar com integridade a minha experiência com Mr. Robot, uma obra-prima, um clássico (ou pelo menos tem que virar, somente o tempo dirá). O que dizer então das personagens secundárias e antagonistas? Darlene, Angela, Tyrell e sua finada esposa Joanna, Dominique, o ilustre Whiterose, brother Leon, o insano Vera, o mercenário Phillip Price, a psicóloga Krista e alguns outros, todos eles foram construídos a dedo e possuem uma envergadura singular. Destaque para Whiterose, a complexidade do líder da Dark Army daria para escrever um livro bem espesso.
Hello, Mr. Robot é vida!
(17/06/2020 - 19:15hs)
Mr. Robot (1ª Temporada)
4.5 1,0KUma das melhores surpresas que tive a oportunidade de assistir, todo o momento é engenhosamente bem construído, principalmente a personagem principal, que dá um bando de impressões notórias, sua ácida crítica a sociedade, ao nosso comportamento medíocre, a nossa ilusão de controle. Sua vibe tecnológica nos faz sentir inseridos nela, já que é a representação verídica do que está acontecendo em nosso meio, sobre como estamos vulneráveis nas redes sociais, o que somos capazes de fazer em troca de "likes", a falsa sensação de importância. Tudo isso é falar pouco sobre Mr. Robot, a obra de Sam Esmail é tão repleta de reviravoltas, tão insanamente criativa que ficamos sem chão.
Ragnarok (1ª Temporada)
3.4 177 Assista Agora2º Episódio: 541 Metros / Nota 9
Agora tive a sensação de está assistindo "13 Reasons Why". Um Clay retornando à sala e não vendo mais a sua Hannah. Muito triste. Mesmo assim gostei da narrativa seca, sem romantizar a situação, o que ocorreria na maioria das séries teens.
Sinto que estou deixando de lado um dos elementos mais relevantes da trama: Quem exatamente são aqueles dois senhores que passaram (ou despertaram) os poderes de Magne? E pelo visto, outros que têm seus poderes mitológicos despertos não desconfiam a presença deles. Algo me diz que esses dois senhores (um senhor e uma senhora) serão elementes chaves na história.
Um ponto interessante que o enredo não fez suspense à genuína causa da morte de Isolde, um grande ponto positivo para a série se diferenciar, já que na maioria essa questão ficaria em aberto até o fim da temporada. Agora resta saber o que exatamente é essa fábrica.
Ainda estou entendendo qual é a filosofia de vida dessa surreal família a lá "Crepúsculo", adiantando um pouco, que dança bizarra foi aquela no baile? Vergonha alheia estampada em minha cara, rs. Aproveitando aqui para destacar igualmente as diversas abordagens que notei à naturalidade do que a sociedade vê com preconceito. Primeiro, a relação surreal entre os membros da família "Crepúsculo" (ainda não sei como os chamar), pais e filhos usando o mesmo banheiro sem o menor pudor, Saxa com a maior intimidade debochando de seu pai urinando no episódio anterior. Ran sugerindo que Fjor se retirasse para que ela pudesse curtir com os jovens rapazes no baile. Nuances assim me deixaram chocado. E o fato de Laurits já se apresentar gay sem dramatizar a questão por parte da obra. Achei isso muito interessante.
Ragnarok (1ª Temporada)
3.4 177 Assista Agora1º Episódio: New Boy / Nota 8,5
Bem, iniciei essa série por causa do Proj. Mid Season 2020 e também porque o nome me chamou bastante atenção, já que acompanho Vikings, enfim, acredito que a maioria também foi por esse motivo. Estou pensando em não mais ser influenciado por esse Proj. porque fiquei desorientado, a intenção era só assistir um episódio, mas não me conformei e mais uma série que entra para a minha grade, só para me dá ainda mais trabalho, rs.
Primeiramente o episódio já começa ao som de "Midnight City". Estremeci. Meu Deus, que início! Não tinha mais ideia do que pudesse acontecer. Bem provável que essa introdução era uma imagem bastante pessoal para o autor da série. A narrativa é bastante característica, não sei bem explicar, entretanto, me deu uma sensação a lá "Les Revenants", talvez pelo clima europeu e seco da narrativa.
Magne e Laurits muito bem apresentados. Magne o típico tímido certinho com alguns problemas sociais, nada tão grave. Laurits é o oposto, bem deslocado e com sarcástico humor. O legal que aqui a série já procura fugir dos clichês de fitas teens quando novatos chegam no colégio, o massacrante bullying, pelo contrário, até mesmo Magne é bem recebido pela turma. Outro ponto legal também que Ragnarok não forçou muito a trama de um Spider-Man descobrindo seus poderes, não arranjou uma briga absurda na escola para dá aquele impacto.
Destaque para a seleção de elenco parental. Fjor e seu pai Vidar são absurdamente parecidos, fiquei pensando na possibilidade de serem pai e filho na vida real, porque se não, que épica escolha de atores.
E claro, o ponto mais marcante do episódio foi a coragem de eliminar uma personagem tão firme como a Isolde, quem poderia imaginar? Isso com toda certeza que não ocorreria em produções norte-americanas, só que no cinema europeu, tudo é possível. Embora eu ainda ache que a Isolde volte de alguma forma, esperança de alguém que foi doutrinado pelos clichês, rs.
Better Call Saul (5ª Temporada)
4.6 326 Assista Agora10º Episódio: Something Unforgivable / Nota 9,5
Gus é tão sinistro e simbólico, que tudo que ele faz acho que tem alguma mensagem de roteiro. Como ele inconformado que o guardanapo do "Los Pollos Hermanos" estivesse em um lixo menor, pega, embrulha e joga no lixo maior, como se quisesse dizer que seu negócio é grande, um grande lixo. Nada pejorativo aqui, deixando claro.
As expressões do Saul refletem as nossas. O que diabos está acontecendo mesmo com a Kim? Ela está mesmo mudando. Imaginar prejudicar o Howard em tal proporção por algo tão banal, é mesmo preocupante, até mesmo Jimmy ficou estupefato.
A maneira como o Mike tenta resolver os problemas é de muito agrado para mim. É certo que quem se mistura com porcos farelos come, todavia, ele tenta seguir um caminho diferente.
E claro, esse final maravilhosamente bem arquitetado e metafórico, encerrando ao som dos passos pesados assemelhando-se ao trovão, descrição perfeita do que ocorria no interior de Lalo. O incrível é que eu acabei me apegando ao Lalo, personagem de um carisma único que mais parece ter pacto com o diabo. Lamentável pessoas inocentes serem envolvidas nisso, malditos mercenários. Ele não ferindo ninguém que eu gosto, quero que tenha vida longa. Nacho, meu querido, se cuida, que lá vem chumbo grosso.
Caramba! (Perdoem a expressão!) Como assim a temporada já acabou? A série é tão serena e cadenciada que para muitos pode soar parada e sem graça. Entretanto, parada e sem graça, essa série nada tem. "Better Call Saul" é como a corrida do coelho com a tartaruga. A tartaruga com toda a sua experiência e manha, chega mais longe.
Better Call Saul (5ª Temporada)
4.6 326 Assista Agora9º Episódio: Bad Choice Road / Nota 10
Episódio que simplesmente merece nota 10, como já é clichê comentar Vince Gilligan, condução magistral do início ao fim, com certeza ele deve ser amigo de Sam Esmail, rs.
Sobre a trama, a relação de Saul e Kim já se provou que vai mesmo além dos papéis, eles se amam, pelo menos da parte dela sinto que o amor é verdadeiro, ela está muito confusa, na verdade. E o Saul, parece que ainda está na fase de transição, ou seja, ainda não virou totalmente o Saul, o fato dele deixar a Kim se envolver em seus negócios como parte do acordo de transparência que eles "assinaram". Muito coisa em Saul vai mudar após essa fase traumática, essa mudança não vai agradar a Kim, todavia, ela já provou que quer está ao lado dele para o que der e vier, o futuro dela é preocupante, muito. Gente, ela enfrentando o Lalo foi pura angústica para nós espectadores. Seres como o Lalo são muito mais assustadores que seres como o Tuco, criaturas como o Lalo amedrontam pela imprevisibilidade, nós nunca sabemos ao certo o que pensa e sente. Quanto a relações dos negócios do Gus e os Salamancas, ainda não entendo bem, mas basicamente, Gus quer dominar totalmente os Salamancas e vice-versa. Acho bastante inspirador a sinceridade do Mike para com o Gus, ele não omite sua opinião sobre o Varga mesmo na frente do Fringe. Hector no aniversário é o mesmo que Freeza no paraíso, quem assistiu vai entender muito bem, rs. Final estarrecedor, sereno, nada de gritaria, Vince não precisa disso, a mágica está em sua narrativa absurdamente cadenciada. O ponto de suspense chave é a Kim, é a única personagem que não sabemos o que vai acontecer. Show!
Better Call Saul (5ª Temporada)
4.6 326 Assista Agora7º Episódio: JMM / Nota 9
Eis a confirmação de que tinha mesmo uma intenção estratégica na proposta de casamento da Kim, no entanto, ainda há pontas ocultas de que ela está mesmo amarrada ao Saul, sentindo muita dificuldade de romper definitivamente com ele. Embora é mais do que provável que não funcionará com o Saul a longo prazo, o golpe é a sua natureza, não se pode afastar o homem de sua natureza por muito tempo.
Excelente a postura da Kim em defesa de sua conduta profissional, falou com classe tudo o que precisava dizer ao Kevin, de forma dura, honesta e educada, a Paige até riu de orgulho, discretamente.
Quanto a parte do julgamento de Lalo, forçado dizer que aquela mulher e as crianças eram sua esposa e seus filhos, será que os responsáveis pelo caso não pesquisariam? E como Saul conseguiu essas "provas"? Outro detalhe a ser pensado, o Mike pode ser identificado, retrato falado existe.
Gus é sinistro até o último átomo de seu ser, nunca sei se ele tem afeto por alguém, mesmo "amigos" de antigas datas. Gus parece o anticristo, ele usaria todos para atingir o que quer, mesmo que precise fingir genuína amizade por vários anos. Imaginei que ele ordenaria que o Nacho explodisse seu restaurante como maneira de camuflar seu envolvimento. Esse homem é nível sobre-humano. Somente Walter White para pará-lo.
Final enérgico e revelador. Saul não é santo, ele tem mesmo complexo de Deus disfarçado de cachorrinho vestindo terno.
Better Call Saul (5ª Temporada)
4.6 326 Assista Agora6º Episódio: Wexler v. Goodman / Nota 10
Uau!! Precisei de um tempo para respirar depois desse episódio. Que louco! Que surreal! Que grandeza de diálogos, roteiro e performances. O gênio dessa série é que ela não precisa de tiros, carros explodindo, sangue derramando ou de uma trilha ensurdecedora de suspense, pois ela consegue nos prender pela intensidade da engenharia das conversas, pela trama cadenciada e bem explorada, pela sutileza das atuações que beiram à perfeição. Tudo em "Better Call Saul" é conduzido com o maior primor que a cinematografia pode oferecer.
Logo no início conhecemos a caretice de Kim desde à infância, imaginamos que devia ser uma menina bastante regrada, perfeccionista e precocemente seguidora da Lei. Jimmy é o divisor de águas na vida dela, ela se sente seduzida por seu estilo flexível de manobrar as leis, porém, contradizendo sua educação primária. O impacto das sensações foi muito forte naquela sala de reunião do Mesa Verde, de tal forma que saltou pela tela e sentimos em nossa pele o frio estomacal que a Kim sentiu, foi tudo veemente demais. Saul causou uma tempestade sem precedentes.
Final surpreendente, quem imaginaria aquela derradeira frase. Nos deixando de boca aberta literalmente. Já não estava entendendo mais nada, deu um nó em meu raciocínio e tive que pensar por longos minutos para organizar as ideias. Continuo elogiando a postura das personagens mesmo em condições tão críticas. Será que o mundo não está vendo o poder que essa série tem?
Outro plote que me deixou estarrecido foi a sagacidade do Mike em implantar uma "prova" na mente da funcionária da biblioteca, de forma assustadoramente manipuladora. Mike é inteligente, todavia, dessa vez ele foi longe demais. Deixando claro que não estou julgando moralmente a condução do Mike, apenas destacando a sua monstruosa efetividade. Gente, o mundo é governado por seres desse tenebroso calibre, de modo que nem percebemos a sugestão, que torna ainda mais terrível.
Coitado do Howard, mexeu no tigre com vara curta.
Better Call Saul (5ª Temporada)
4.6 326 Assista Agora5º Episódio: Dedicado a Max / 9,5
Nossa, que episódio incrível!!
O que foi aquela cena de Gus e Mike se encarando, se analisando naquele derradeiro momento do episódio? Gus venceu a jogada e descobriu a falha de Mike, com isso selou o pacto de parceria das tramoias, duas grandes mentes. O Mike assim como o Gustavo merecem uma série só deles, explicando como eles se tornaram tão incríveis.
Sem palavras também para outra grande mente dos golpes, o próprio Saul Goodman. Genial seus planos para adiar a demolição da casa de Acker. Kim igualmente não fica atrás, postura de classe. Ri horrores com a cena dela imitando o Mesa Verde, a química entre ela e Saul é mágica, quem dizer que os dois não têm "química", simplesmente é desprovido de sensibilidade.
Esses tipos como o Kevin que não dão o braço a torcer, que querem vencer tudo no orgulho e na força, na verdade mostram uma grande fragilidade. Se cair, a queda vai ser forte.
Quanto a cena do espião, achei muito curiosa e bem feita, explicando detalhes da invasão. Saul dá tantos golpes que ficamos paranoicos se até mesmo nessa situação é mais um jogo de manipulação dele, quando o espião diz que tem a carta na mangá de levar Mesa Verde ao deserto, deu a entender que foi Saul que mandou ele dizer aquilo para plantar a ideia na Kim.
Essa série mexe muito com a nossa mente.
Better Call Saul (5ª Temporada)
4.6 326 Assista Agora4º Episódio: Namaste / Nota 9,5
Cada vez mais a trama crescendo e chegando a um nível difícil de descrever. A série usa um recurso maravilhoso de apresentar Saul fazendo algo aleatório, não possuindo conexão com o episódio passado, como ele escolhendo materiais na loja de bugigangas, complicado imaginar o que ele pretendia, ou melhor, impossível. Só no final descobrimos que era só para ferrar com o Howard. O mais próximo que conseguimos pensar que era mais uma tramoia.
Falando em maquinação, Saul é gênio nessa arte. O que foi aquela cena no julgamento? Utilizar um sósia como ferramenta de defesa? Inacreditável. Mais uma prova do que o Howard disse que ele era determinado e é do tipo que não espera as coisas acontecerem, ele faz acontecer.
A Kim parece que ainda não aprendeu a lição. "Tomou lá e tomou cá", ela tenta de todas as formas trabalhar sem romper com seus princípios. Tentou convencer o morador da residência se mudar, mesmo depois dele a ter humilhado, ainda assim esteve ao lado dele na reunião de negócios, sugestionando a compra do outro lote. Eles não deram ouvido e foi aí que ela se machucou de verdade. Saul Goodman entra no meio como jogada.
Episódio riquíssimo em nuances, também o que foi aquela cena do Gus? Sentado, postura ereta, imóvel, apenas como distração um celular em sua frente, só esperando o desfecho do plano. Seu doentio senso de perfeccionismo foi o que ilustrou todo o momento, capaz de exergar defeitos mesmo em um trabalho excelente, como do seu singelo funcionário (que mais parecia o Clay de "13 Reasons Why"). Levamos também para o lado que mesmo que o plano tenha sido bem elaborado, ele ainda assim viu falhas, entretanto, considera "aceitável".
Já o Mike, estamos conhecendo detalhes que não vimos em "Breaking Bad", o seu ponto fraco e o que isso pode levá-lo a fazer. Mike é o tipo de personagem que imaginamos nunca perder a cabeça, uma sagacidade invejável, todavia, estamos aprendendo que ele também é humano e ainda está em processo para se tornar por completo aquele Mike "badass" que conhecemos. Final de deixar sem palavras, acorda numa casa de argila mexicana? Especulações e mais especulações.
Better Call Saul (5ª Temporada)
4.6 326 Assista Agora1º Episódio: Magic Man / Nota 9
Mais um excelente episódio. É sempre bom lembrar o quanto é admirável a direção segura que a série apresenta, é algo de alto nível.
Sobre a trama, um dos melhores momentos foi a cena de diálogos entre Mike e Gus, em que Mike pergunta sarcasticamente: "compensado?". Gus responde para ele medir cuidadosamente as próximas palavras. Foi uma das poucas vezes que vimos um leve início de intriga entre os dois.
Também o episódio exibe magistralmente Saul e Kim no momento final, Goodman querendo convencer a Kim em colocar o plano de atuação em ação e ela negando prontamente. Em dado momento até pensamos que o casal já tinha caído na lábia de Saul momentos antes e que tudo fazia parte do plano dele, porém, não era. E no final das contas, a própria Kim acaba usando a estratégia de Saul, o que faz ela se sentir um lixo.
São essas nuances nada forçadas que fazem Better Call Saul ser uma série de classe, refinada, engenhosa e muito inteligente. Sou admissivelmente fã desse estilo.
E pra comentar mais, parece que o Eduardo não está muito afim de deixar Gus em paz, possivelmente virá treta das brabas.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KSe fosse para descrever essa temporada com apenas uma palavra, ela seria: Emoção. Em forma de suspense, medo, relacionamentos e amor, isso mesmo, muito amor. Só o fim do último episódio desta "Season" poderia valer por toda a série, claro que isso é uma força de expressão, tamanho o impacto positivo de uma cena tão bem arquitetada, que nem de longe lembrou do clássico clichê das comédias românticas "teen", aliás, do fundo da alma de todo o espectador, queria que tudo aquilo acontecesse, todos nós estávamos torcendo por um final feliz, afinal, todos os nossos pequenos e grandes guerreiros mereciam, sem deixar a menor sombra de dúvidas, a felicidade.
Outra característica que reparei desde a primeira parte da série, tal ela também é um pouco percebível na adorável Penny Dreadful, é o apaixonante antagonismo, bem antes do Steve conseguir o que queria com a Nancy, já desconfiava que ele não era aquele típico babaca, prova disso foi que no dia seguinte ele a procurou, mostrando que queria mesmo algo sério com ela. Muitos de nós nos identificamos com o Jonathan, outra personagem sensacional e íntegra, e 99% dos seguidores acreditaram piamente que Nancy ficaria com ele no final, entretanto, a série fugiu desse clichê de forma genial, e o melhor, sem nos fazer sentir raiva do Steve. O Hopper, em sua primeira aparição, tínhamos a impressão de apenas um delegado insignificante, desbocado, fora de forma, insensível, com várias falhas de caráter, e mais uma vez, Stranger Things brinca com a gente, pois ele é completamente o inverso de tudo isso. Passo a acreditar que "Stranger Things" não se limita apenas a coisas estranhas do sobrenatural, todavia, a própria natureza de suas personagens. E para me certificar que não estou errado, o Bob é o meu melhor argumento, daríamos nada por um mero personagem secundário que surgiu apenas para distanciar o Hopper da Joyce, e mais uma redundância, a série se mostra genial no roteiro de nos fazer sofrer com a perda dessa personagem especial, ele foi importantíssimo para a resolução do problema, além de uma das qualidades admiráveis de um homem que conservou em sua essência o seu lado pueril.
O grupo mirim dispensa comentários, Will (meu preferido), Mike, Lucas, Dustin e a versão infantil da Natalie Portman, Eleven (Jane) é o melhor grupo que já vi até agora em uma série. Só tenho a dizer que essa série superou, e muito, as minhas expectativos e não consigo mais viver sem ela.
#strangerthingsforever
One Punch Man (1ª Temporada)
4.3 332 Assista AgoraAssisti no original, mas pelo visto vou ter que rever no dublado. :)
Tokyo Ghoul (1ª Temporada)
4.0 118Kaneki é uma personagem bastante típica e clichê, porém, isso não deve ser visto como um fator negativo, já que no decorrer de toda a 1ª temporada ele enfrenta intensas batalhas internas sobre quem ele deve ser, ele é envolvido em um acidente logo no primeiro episódio, algo que muda sua vida para sempre. Outras personagens fogem um pouco dos estereótipos, como o Mado, um “vilão” que está no lado “certo”, de proteger os humanos dos terríveis Ghouls, entretanto, suas características insanas e sádicas são tão marcantes que ele acaba mesmo sendo classificado nessa categoria, além do mais, nos faz interrogar se ele se importa mesmo com os humanos e usa os Ghouls como ponto de fuga para deixar vazar toda a sua crueldade, pois se os Ghouls não existissem, provavelmente seria um psicopata na caça de pessoas. Para completar o quesito personagens, temos o Amon, aprendiz do Mado. Amon enfatiza as qualidades do Mado, transformando em uma pessoa digna de lembrança, alguém a ter como inspiração.
A história é envolvente, tem drama, emoção, ação, lutas e muito, muito sangue. O que mais chama a atenção, que não dá para definir com precisão o certo ou o errado, se são os humanos ou os Ghouls que devem sobreviver, a trama mostra os acertos e defeitos de ambos os lados, nos obrigando a continuar a história com essa dúvida. Enfim, até essa primeira temporada, um anime bom, apenas.
Otona Joshi no Anime Time
4.5 2Ep.1 (A Wind Skimming the River's Surface) Nota 9,5
Histórias leves, curtas, com uma narrativa tão eloquente e sensível como essa, só têm um defeito: deixar-nos com um incômodo desejo de querer um pouco mais. A gente percebe que é como comer um delicioso brigadeiro, comemos devagar com medo de acabar rápido. Além do mais, o curta-metragem ainda conta com tons culinários para deixar a obra ainda mais saborosa. (22/04/2017 – 23h38min)
Ep.2 Yuuge (Ceia) Nota 9
Correção da sinopse: O homem é um ano mais velho que a protagonista, na verdade.
Mais outra belíssima história, como sempre começando com delicadeza e simplicidade, para depois, de forma quase despercebida, tratar dos sentimentos complexos.
A protagonista é uma jovem mulher de 30 anos que se afastou de seu casamento oficial e arranjado por pura insatisfação, já que ela não se sentia amada. Através de um incidente, acaba conhecendo um lixeiro que passa todas as manhãs em frente a sua casa para apanhar o lixo. Ambos passam a morar juntos. Absolutamente atenciosa com tudo que faz, principalmente cozinhar, se esforça para a cada dia apresentar um prato diferente para ele, sua grande preocupação é que não falte nenhum ingrediente essencial para o bom desempenho no trabalho dele. Nisso os sentimentos vão se entrelaçando de uma forma maravilhosa de contemplar, o fundo musical causa um clima de paz indescritível.
A história mostra como duas pessoas podem muito bem se entender e se amar, apesar da repetição de cada dia, tentando se disfarçar em caprichos culinários distintos. (07/05/2017 – 14h37min)
Ep.3 (Life’s Best 10) Nota 9
Mais uma história bem contada e com toques cômicos para se deixar na lembrança, assim como a temática do episódio. Apesar da ênfase feminina, os homens também podem facilmente se identificar em vários momentos, pois tratam de escolhas que fazemos de nossas vidas e o quanto o peso, para o bem ou para o mal, virá com a idade. Quantas vezes sentimos que ainda não vivemos o que sempre queríamos viver, os sonhos de nossa infância sepultados? Como nós podemos ressuscitar aquele velho “eu” tão enérgico e firme em sua vontade de fazer o melhor? É mesmo impressionante como algo de curta duração possa nos gerar muitas reflexões. (15/05/2017 – 15h03min)
Ep.4 (Note Somewhere, But Here) Nota 10
A melhor história das quatro. Por razões que no momento não consigo explicar com clareza, lágrimas desceram em várias partes do curta-metragem, como se estivesse lavando a minha alma, marcante experiência. A protagonista é mesmo uma mulher guerreira, assim como todas as mulheres desse anime, porém, essa foi a que mais me tocou. A sensação de vazio existencial que percorre toda a obra é sufocante, mas ao mesmo tempo vital pelo empenho que a mulher tem em cumprir aquilo que ela considera como o seu dever fundamental. O seu “grito de existir” no final é bastante emocionante.
Better Call Saul (3ª Temporada)
4.4 312 Assista AgoraEpisódio 1: Mabel / Nota 10
Saudades do clima agradável que Better Call Saul me estimula, e com esse episódio aprendo de uma vez por todas que quando a série é mesmo boa, ela nos satisfaz independentemente de nosso humor. Até hoje não consegui identificar as razões críveis pelas quais a narrativa consegue tanto me prender e gratificar sem ao menos usar de recursos apelativos ou excessivamente dramáticos, BCS segue um caminho seguro e singelo, com ótimos diálogos, atuações, fotografia e magistrais closes de câmera, essa série é mesmo realizada por um mestre do cinema.
Mr. Robot (2ª Temporada)
4.4 518Como assim a Angela tinha contato com Tyrell? E como assim o “EfiBiAi” sabia de tudo? Foi agonizante aquele mapa das artimanhas, dando aquela sensação sufocante que o sistema é invencível. E Leon no final junto com Mobley e Trenton? Será que ele é um infiltrado da Whiterose? Muitas perguntas e nenhuma explicação.
Fear the Walking Dead (2ª Temporada)
3.4 284 Assista AgoraEpisódio 11
Estava decidido em abandonar a série se o episódio fosse exclusivamente focado no plot da Madison e Strand buscando a Alicia e o final do episódio fosse o mesmo final do episódio anterior, ou seja, o reencontro de mãe e filha. Não teria como suportar um cliffhanger tão sacana como esse, ainda bem que não foi assim, porém, FearTWD continua dando motivos de sobra para a crescente baixa na audiência. A Madison lembrou um pouco, disse “um pouco”, a liderança do Rick na hora em que ela pretendia se juntar com o outro grupo no hotel, tal como foi o Rick na fazendo do Hershel, acabo de perceber o que está faltando nessa série é a presença de personagens fortes, o Strand tem se rebaixado, o Chris é odiado por todos, porém, se depender do roteiro, pode ocorrer um “plot twist” na personalidade do sujeito que todo aquele rancor talvez se converta em admiração, como aconteceu com o Daryl. Para mim, o Nick que tem plenas condições de elevar essa série, foi a personagem que mais evoluiu desde o início.
E outra, não entendi bem esse plano da Alicia, do que adianta jogar os Walkers no mar sendo que a maré poderia levar eles de volta à margem? Que eu saiba, zumbis não morrem afogados.
Fear the Walking Dead (2ª Temporada)
3.4 284 Assista AgoraEpisódio 9
Nós, “serie maníacos”, quando estamos revoltados com a vida, usamos esses episódios como válvula de escape. Então, o que nós faríamos se estivéssemos em um apocalipse zumbi? Eu não beberia, porque naturalmente não bebo, porém, não posso dizer o mesmo dos restantes dos brasileiros que zeram a noite até acabar a última pinga, imaginem esses seres em um bar sem dono? Então, pra que reclamar da burrice da Madison e Strand?
Nick parece se agarrar a tudo que controle sua cabeça, seus impulsos, sejam as drogas, uma líder e agora, talvez, uma Universal. Deveras, a personagem tem um histórico bastante complicado, está se saindo bem melhor que os outros, por comparação.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KEpisódio 8 (No One)
Jon e Sansa vão achar o que mais queriam, só a Arya vale por mil soldados, vence um membro da maior organização assassina de GoT com o intestino estraçalhado. A menina Stark está voltando para casa imponente, preponderante e afiada como vidro de dragão. Ela que esteve nos confins do mundo, afastada, esquecida, mas o Norte se lembra.
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646 Assista AgoraEp 04
Episódio focado em apenas um plot, embora com um caminhar suave, foi magnífico e intenso do início ao fim, me surpreendo cada vez mais com essa série, igualmente por mesclar bem as questões do oculto. Satanás tem irmão? E seu nome é Drácula? Socorro!! Um se alimenta do espírito, o outro da carne e sangue? Socorro mais uma vez!!
John Clare foi maravilhoso, estava achando que ele seria o vilão do hospício, lindo o romance entre eles, Penny Dreadful tem um enorme poder em nos emocionar com esses relacionamentos.
Apêndice: Achei que Vanessa Ives ía se transformar em Smigol, que Big Eyes!!
Fear the Walking Dead (2ª Temporada)
3.4 284 Assista AgoraEpisódio 6
Episódio forte, surpreendente. Vemos situações que já foram abordadas em TWD, entretanto, ainda assim é bom rever nessa série, mostrando de onde foi inspirada. O apego aos entes queridos, ter que lidar com matanças de crianças infectadas e todo aquele abalo psicológico após acontecimentos tão fatídicos, era isso que estava faltando em Fear. E se bobear, vai dinamizar ainda mais, Chris enlouquecendo como o Shane, talvez até pior, final insano. Senti pegada nesse sexto episódio.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KEpisódio 04 (Book of the Stranger)
Lindo reencontro de irmãos, e agora que pensei que precisou de várias temporadas para um deles se reencontrar. Que decepção seria para a Sansa se chegasse à Patrulha e o Jon ainda estivesse morto, Martin, obrigado por essa caridade, pois a menina já sofreu demais, mas você continua sendo um sádico para mim.
Saudades Petyr, um dos meus preferidos pela artimanha, acho que é o melhor jogador dos tronos, como se ele estivesse a dois ou três passos na frente e é totalmente imprevisível, não dá para ler o que se passa na mente daquele sujeito.
Acho bom o Tyrion prestar bem atenção ao que Verme Cinzento disse para ele, tá na cara que se ele vacilar só um pouco terá sua cabeça empalada em uma estaca.
Naquele final com a Daenerys, se eu estivesse lá, acho que seria o único que não me curvaria, pois meus olhos estariam hipnotizados e fixos em outra coisa bem mais interessante.