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Últimas opiniões enviadas

  • Thiago Vitor da Silva

    Eu honestamente não entendo o motivo na qual estas pessoas estão dizendo que o roteiro foi arrastado, que foi algo demorado e chato, eu honestamente não entendo, um filme em que as pessoas deveriam sentar a bunda na cadeira e assistir elas estão concentradas em cronometrar o quanto o filme dura, o quanto aquele roteiro dura.

    Não há spoiler pois foi um acontecido real, o que tivemos aqui fora uma encenação do que ocorreu de acordo com o que foi noticiado na época, bastante influenciado pelo racismo perverso, e também por aqueles que ainda continuam vivos ou que já se foram durante a produção, como o primo de Emmet, Simeon. Outra boa jogada da Diretora foi ter mostrado para o elenco principal o cadáver de Till somente na cena do seu funeral, de fato, percebe-se um impacto maior no semblante de cada um, inclusive no meu, que fiquei completamente inerte vendo, tanto a cena do necrotério quanto de seu funeral, Chinonye Chukwu conseguiu atingir em cheio.

    “Till” tem uma história poderosíssima, que toca num nervo principal da América e é global. Inclusive a história salva a produção que não potencializar sua emoção. É uma história que faz o filme especial, apesar dele mesmo. O destaque vai para o design de produção de reconstituição de época que também foi forte nos costumes (a cena do trem no início consegue ser forte sem ser agressiva), e também para a fotografia de Bobby Bukowski de “Escritor Fantasma” que subverte a emoção com tons coloridos, mas que, aí sim, percebe-se a arte e a justificativa artística para tal.

    Ao meu ver o que faltou no roteiro foi terem colocado que o marido de Mamie foi executado por estuprar uma mulher italiana em 1945, o que de fato é a história verídica e não que ele morreu na segunda guerra mundial.

    Quero parabenizar todo o elenco, sem deixar ninguém para trás, mas dando um destaque maior para:

    - Danielle Deadwyler (Mamie)
    - Jalyn Hall (Emmett Till)
    - Haley Bennett (Carolyn Bryant)

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  • Thiago Vitor da Silva

    Chegando para uma nova façanha, Creed III pode ser resumido por sua intenção de sair da sombra de um remake, requel e spin-off para então seguir com a subfranquia de maneira mais independente, um passo ousado para um começo iniciado com Balboa. Porém, como Ryan Coogler já esboçava em Creed – Nascido para Lutar, a releitura respeitosa de Rocky – Um Lutador buscava definir a história de seu personagem título por seus próprios méritos — ainda que espelhasse uma linguagem com acenos nostálgicos, a narrativa sempre prezava por um contexto além das alusões visuais entre os dois filmes.

    O que Michael B. Jordan faz em sua estreia na direção num filme que também protagoniza, é cortar a linha tênue entre desenvolvimento dos personagens e símbolo de nostalgia de uma trama derivada, mantendo como foco expandir a figura que dá título a agora não “sub”, mas franquia que surge com um capítulo inclinado a dizer mais sobre seu potencial de maneira solta e pessoal. Para seu debut, Jordan foi esperto ao manter por perto a proposta de Coogler de trabalhar os conflitos dos personagens em primeiro plano e deixar as lutas no ringue como uma emoção visual e estilística, característica muito bem-vinda aqui.

    Olhando por uma ótica mais fria, o roteiro de Creed III é bastante protocolar e familiar nas escolhas para impulsionar “uma nova luta” para Adonis, o que faz o longa ser um tanto que genérico quando se atenta para a adição de Jonathan Majors no papel do rival Damian, porém, o que compensa a trivialidade da trama é pelo potencial criativo na direção de Jordan em contar essa história pelo seu caráter sensível e sombrio. Nesse ponto, ter a base de Coogler no texto exprime muito bem o sentimento que fez Nascido para Lutar contagiar muito mais do que o efeito da nostalgia na era dos requels, isso porque foi um filme que conseguiu equilibrar um drama com toques de romance com carisma e personalidade.

    Jordan traduz esse sentimento ao executar o que há de melhor no roteiro de Keenan Coogler e Zach Baylin, isto é, a atmosfera de um drama mais denso. Então, por mais que todo o conflito por rivalidade, ressentimentos e perdão entre Damien e Adonis seja previsível até mesmo na resolução, resta uma força maior no teor complexo da história que dá a individualidade que Creed III precisa para ser um entretenimento envolvente como um filme de esporte e emocionalmente pelo modo que trabalha seus personagens. E essa natureza é concentrada nos arcos sobre passado e família, sem parecer um exercício melodramático vazio.

    Muito desse acerto vem do carisma e química que há entre Jordan e Tessa Thompson como Bianca, característica que ganha mais nuances dramáticas com Amara (Mila Davis-Kent), filha do casal, o que adiciona como os dilemas morais de Adonis como lutador e seus problemas emocionais envolvendo o passado implicam no contexto familiar e o que o diálogo diz para o entendimento das emoções. Embora Damien seja quem vai revelando outras rachaduras sobre o baby Creed, é mais interessante ver a performance de Majors do que a mera função como causador de conflitos do seu personagem e os desdobramentos óbvios da história. Assim, quando se isola o clima denso, reforçado pela cinematografia de Kramer Morgenthau, fica perceptível o caminho que o roteiro traça para chegar num ápice emocional comum, sem a mesma essência sólida de Coogler.

    Ao nem sequer fazer menção a Balboa (e até no salto de tempo na narrativa) é como o roteiro bate o martelo quanto ao retorno do personagem futuramente, porém, mesmo tendo uma direção interessante de Jordan — o que é evidente nos acenos a animes nas cenas de luta, oferecendo um show a parte com jogo de câmera lenta, cenários representativos e referências visuais — esse passo para uma independência como franquia não soa tão empolgante quando se pensa na criatividade da história que sempre renderá uma nova luta para Creed, e o terceiro capítulo aqui não deixa de transmitir um sentimento de desfecho de um legado ao mesmo tempo que está aberto para outro round. É sabido que Creed é um personagem definido pelo seu passado, mas até quando esse passado servirá como pontapé para voltar ao ringue?

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  • Thiago Vitor da Silva

    Agora Adonis chegou ao topo, se tornando o campeão mundial da sua categoria. Mas enquanto ele desfruta da sua nova posição, e as mudanças que decide para sua vida com Bianca (Tessa Thompson) Ivan Drago prepara seu filho, Viktor (Florian “The Big Nasty” Munteanu), para enfim desafiar Creed. Em uma luta cheia de rancor e lembranças dolorosas a ele e Rocky, ambos precisam confrontar o legado que compartilham, questionar por que vale a pena lutar e descobrir que nada é mais importante que a família.

    Ryan Coogler cede a direção para Steven Caple Jr. que, junto com Stallone, é responsável também pelo roteiro, que traz uma história sensível que presta uma homenagem aos filmes anteriores (em especial ao 4º filme, o mais diretamente ligado aqui) mas que também dá uma finalização satisfatória e com bastante peso emocional no arco de todos os personagens envolvidos. E o fato de alguns personagens passados retornarem aqui dá mais peso aos personagens principais envolvidos. Sua direção é ótima, embora muito mais burocrática que a de Coogler no primeiro filme. Coogler experimentava mais da câmera e mais planos sequênciais para jogar o espectador para o ringue junto dos lutadores, enquanto Caplan só deixa para expressar tal ação no último ato.

    A relação Rocky-Creed é levada a um novo nível, agora muito mais como Rocky sendo o pai que Adonis não teve e Creed criando uma ligação com Rocky de uma forma que este nunca teve com seu próprio filho. Ao mesmo tempo, ambos sabem que tal relação não será para sempre, e precisam criar suas próprias vidas e prioridades. E tanto Jordan quanto Stallone passam muita emoção e atuações verdadeiras. Do outro lado, temos um Drago cheio de rancor e ódio por tudo que lhe aconteceu após sua derrota há 30 anos, e nutriu seu filho com isso, vendo nele a oportunidade de retornar à vida que ele acha que deveria ter tido. Lundgren traz novamente a frieza e as frases que fizeram de Drago um “vilão” tão emblemático para a franquia e Munteanu não é somente músculos, e dá uma distância do seu personagem de tudo que está acontecendo que dá uma ótima composição à Drago filho. Não menos importante, Tessa Thompson tem menos participação em tela, mas pontuais para dar motivação a Creed e para dar momentos à mãe dele.

    Eu não entendi o por que do silêncio da crítica americana em relação à Creed 2. Embora não tenha o “fator novidade” ao seu lado, ele acrescenta mais uma história ao já ótimos filmes da franquia, e presta uma bela homenagem a eles. Creed 2 emociona com uma ótima história, respeita os personagens originais. Prepare a caixa de lencinhos.

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