Para entender e resolver o presente, precisamos entender o passado. Do contrário ficamos dando voltas em um ciclo sem fim.
É o que acontece hoje.. podemos tomar um rumo diferente na história, mas infelizmente algumas pessoas são lobotomizadas por um sistema que se beneficia da ignorância delas.
Revi essa semana e honestamente envelheceu como leite. Achei fraquinho ... as cenas no ar são sem dúvida muito bem feitas, mas o roteiro é fraco e desorganizado, as atuações são péssimas... Não sei como foi um sucesso na época.
O documentário não traz nenhuma novidade, nem fato surpreendente que vai mudar o país, tão pouco consegue resgatar todos os fatos que expõe de forma tão poética e melancólica como Democracia em Vertigem e dilacerante e corajosa com em O Processo. Ainda sim, o projeto coloca as peças do quebra-cabeça desses anos todos e é interessante ver tudo isso de forma bem coesa, inteligente, sensata e bem montada. A cena em que os advogados Marco A. de Carvalho e Tofic Simantob falam (a partir do ponto 44:00) resume o filme e toda a política brasileira desde o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Eles comentam que corrupção sempre teve na história da Petrobrás e não foi o PT que inventou isso ou que assaltou os cofres da Petrobrás. Na verdade nem dá para afirmar que os cofres da Petrobrás foram assaltados, pois sempre existiu uma tradição de peculato, mesmo antes dos governos do PT... e ainda sim ninguém foi preso por esse crime durante a Lava Jato. Ai que está o grande x da questão da farsa que foi a Lava Jato.... pessoas mal intencionadas se aproveitaram disso para incriminar o PT e o Lula... e assim expurgar a esquerda do governo; e o documentário é muito contundente ao correlacionar isso com a 'criação' do bolsonarismo e todas as consequências catastróficas que surgiram com isso.
O mais interessante no cinema é sua capacidade de acompanhar as mudanças do mundo, porque não existe arte conservadora, afinal arte tem como um dos seus objetivos libertar. Dito isso, é importante saber que 'O Predador: A Caçada' é um filme inovador, original e libertador, mesmo ambientado em um passado cruel e sangrento, em especial para os povos indígenas e para as mulheres. A franquia Predador, embora tenha se aventurado por crossovers e inserção de personagens femininas fortes nos últimos filmes, foi marcada inicialmente por histórias bem masculinas - quando não exclusivamente. E assistir a essa mudança no novo filme, no qual colocam uma mulher indígena como personagem principal (Naru), é não só satisfatório, como um passo muito importante no cinema. Ainda mais que Naru é representada como uma guerreira que luta para ser reconhecida e respeitada, provando vergonhosamente que a humanidade não evoluiu tanto hoje.
Na história, Naru (interpretada magistralmente pela norte-americana Amber Midthunder) mora em uma comunidade indígena e é a primeira a enxergar os sinais de que algo estava errado. Ela tenta alertar os demais, mas ninguém acredita nela. Um dos membros da comunidade é atacado pelo que eles acreditam ser um leão. Grupos de homens são enviados para caçar o animal e recuperar o membro perdido e Naru, subestimada, não se contenta de não poder ajudá-los, aliás, ela não acha justo ter de se ocupar com trabalhos ditos femininos e desperdiçar a força e habilidades de caça e rastreamento que ela sabe que possui. Nem é preciso dizer que a jovem vai desobedecer as tradições e ir até a floresta para caçar a ameaça que todos duvidam da existência. É ai que o novo colide com o antigo. A destemida Naru encontra o vilão clássico e embaralha os papéis de caçador e presa.
A atuação de maior destaque aqui é sem dúvida a de Midthunder, a qual chega até a ofuscar os demais atores. A fotografia e a locação são de tirar o fôlego e a trilha sonora, embora simples, é também um ponto positivo. Enfim, esse é sem dúvida um dos melhores filmes da franquia, e do ano, e garante cenas de adrenalina a mil, com perseguições e lutas bem orquestradas. Que venha uma sequência no mesmo nível.
Com um time de atores excelentes e uma proposta interessantíssima e atual, They/Them deixa muito a desejar, em especial no campo do terror. Como um drama o filme até se esforça e consegue explorar diversas situações em que o público lgbtqia+ passa. No entanto, o lado do terror deixa muito a desejar. A questão em si já é um terror, e foi pouco explorada. Não é ruim, mas perdeu a chance de ser um dos filmões do ano!
Animação gostosinha, com personagens cativantes e com uma mensagem bonitinha. Eu adorei o Gregório Duvivier dublando o gato... acho que trouxe ainda mais carisma para o personagem.
Animação gostosinha, com personagens cativantes e com uma mensagem bonitinha. Eu adorei o Gregório Duvivier dublando o gato... acho que trouxe ainda mais carisma para o personagem.
Documentário interessante que relembra a loucura e selvageria que foi não só a corrida eleitoral que colocou o presidente mais vulgar e vexatório dos EUA no poder, mas que também explica como Trump foi inteligente o suficiente para entender as falhas e brechas no país para tirar proveito delas e vencer preenchendo o lado sádico e monstruoso no eleitorado que ele criou. É mais curioso ainda, porque o espectador brasileiro, consciente e sensato consegue claramente traçar um paralelo com a ascensão do b0lson@r*sm0 no Brasil. Espero que como lá, nos livremos por cá de uma vez por todas dessa deselegância, dessa falta de empatia, dessa monstruosa visão de mundo das cavernas que tomou de forma tão corrupta e desleal o poder através da manipulação das mídias e da invulnerabilidade em 2018.
"A arte existe para que a realidade não nos destrua", essa frase de Nietzsche descreve perfeitamente não só a experiência transcendente que é terminar 'Boa Sorte, Leo Grande', mas também conversa muito com a atividade de um dos personagens no longa dirigido com tanta delicadeza e cuidado pela diretora australiana Sophie Hyde.
Na história, Nancy Stokes (interpretada magistralmente por Emma Thompson) é uma viúva recente, nos seus 50 e alguns anos e que viveu uma vida completamente privada de certos prazeres por causa de um marido enfadonho, talvez até machista, por causa de uma sociedade patriarcal, preconceituosa, cheia de tabus e por ela nunca conseguir transcender a vergonha dela e do próprio corpo e da ideia de que ela merecia mais. Em suma, Nancy nunca teve um orgasmo. Por conta disso, ela decide que precisa se abrir mais para novas experiências em sua vida e, portanto, ela reserva um quarto de hotel e contrata os serviços de um acompanhante.
Hyde divide o roteiro em encontros. No primeiro deles, Nancy recebe em seu quarto Leo Grande (interpretado por Daryl McCormack) e o que parece que pode ser facilmente resolvido com sexo, transforma-se em um delicioso encontro não com outro que traz prazer, mas com seu próprio interior, e essa é uma via de mão dupla. Nancy descobre que foi privada não apenas de orgasmos, mas de uma conexão tão profunda com outro ser humano, ao ponto de fazê-la se enxergar como mulher completa e bonita e como um ser merecedor de carinho, de atenção, de admiração e de desejo.
Obviamente essa colisão cósmica não é a única. Nancy contrata os serviços de Leo Grande mais vezes e isso a leva acreditar que ela está construindo uma intimidade com Leo, o qual é uma criação artística necessária para Nancy e tantos mais que o contratam, para ajudá-lo também. Leo acha que Nancy quebra essa parede entre personagem e ser humano em um momento tenso do terceiro ato, mas ele não percebe que desde o primeiro encontro deles ele já estava entregue àquela relação que, como dito lá em cima, é uma via de mão dupla.
'Boa Sorte, Leo Grande' é um filme que embora a história transcorra quase que inteiramente em um único quarto de hotel, não torna-se cansativo ou chato em momento algum. A dinâmica entre os personagens, a química entre os atores e a própria atuação monstruosa deles, em especial a de Thompson, seguram o espectador do começo ao fim em um delicioso e hipnotizante roteiro que com delicadeza e bom humor inevitavelmente leva o espectador a refletir sobre diversos temas e o deixa em um outro universo após o desfecho.
Infelizmente nos EUA o filme foi lançado diretamente no Hulu, o que talvez o impossibilite de receber indicações nas grandes premiações de cinema da próxima temporada, como se o tabu acerca do tema já não fosse um empecilho.
Não dá para exigir muito de um filme que foi concebido para ser apenas divertido. É um filme empolgante, com ótimas e caprichadas cenas de ação, bem humorado e que sem dúvida merece mais uma sequência nesse nível ou melhor. Faça pipoca, reúna a família e os amigos, e divirta-se.
A história é bem pesada e totalmente não recomendada para quem não está bem de saúde mental. Ainda sim, discute temas interessantes, de modo inteligente e sem soar cansativo e piegas.
"O tempo não é linear"... o filme prova isso não só através de sua edição interessante e caprichada, mas também com a história em si. Para quem sabe aproveitar cada segundo de sua vida, o tempo não importa, porque tudo que é bom dura para sempre.
Esse é daquele tipo de filme cativante, que te conquista já na primeira cena, e te leva para uma deliciosa jornada de alegrias e melancolias. Gostei muito!
Vejo O Telefone Preto como um combo de duas histórias, com dois gêneros diferentes, e que infelizmente não foram trabalhados e mesclados bem. A parte dramática funciona e se apoia demais nas ótimas atuações das crianças, inclusive o final é emocionante por conta disso, porém a historia de terror deixa muito a desejar optando por distanciar o vilão e o objeto que dá nome ao título, e ambos são interessantíssimos. Gosto da caracterização da máscara do vilão e da importância que ela tem, embora que muito aquém ao que poderia ter sido utilizada. Inclusive a máscara foi criada por Tom Savini, o mesmo criador da máscara do Jason de Sexta Ferira 13.
Sem dúvida uma das melhores animações do ano que além de contar com a representatividade, tem uma das histórias mais cativantes em uma animação nos últimos tempos. Sem contar a animação tão bem feita e dinâmica.
A historia da violência que uma mulher sofre nessa industria de filmes adultos você certamente ja conhece e viu em outros filmes, mas as atuações nesse filme são tão convincentes que faz dele valer muito a pena.
Eu desconhecia os detalhes por trás desses acontecimentos todos. E é muito surreal a forma como o grupo do Navalny localizou os envolvidos, descobriu o que houve e arrancou as informações daquele cara quase que num trote telefônico rs Outro ponto bizarro foi a forma do envenenamento... tudo isso é muito coisa de filme. O Putin é um homem muito baixo e cruel... bem vilão de filmes das narrativas que ele encena. E é assustador viver numa situação dessas. É pior ainda imaginar que podemos estar próximos de uma situação assim. Eu espero muito ver o dia em que o Putin e esses líderes medíocres e tiranos caiam.
Men não é um filme fácil. Primeiramente por se tratar inteiramente de uma analogia com símbolos, metáforas e etc... Segundo porque é uma história que em determinadas partes, em especial o insano desfecho, pode visualmente desagradar o público mais sensível.
Ainda sim, é um filme com uma fotografia linda, a atuação da Jessie Buckley dispensa comentários e a edição direção também são todas muito competentes. Nada no filme é entregue fácil, toda informação é colocada no momento certo e na dose adequada.
discussão de como a nossa sociedade machista pressiona as mulheres de diversos modos e intensidades. E mais que isso, as tortura, agride e as julga. Vemos isso desde o comportamento abusivo do namorado da personagem quando ela tenta terminar com ele, até nas mais diversas atitudes daqueles homens e menino no vilarejo. A personagem é julgada até pelo simples e inofensivo ato de pegar uma maçã do pomar, como referência direta ao pecado original da Bíblia.
Sem dúvida na revisita há uma maior compreensão de tudo construído ali. Gosto como o filme economiza com casting escalando o mesmo ator para diversos papéis haha
Brincadeiras à parte, eu acho que o filme é bom, e apesar de derrapar do meio pro final, consegue ser um bom filme.
Uma História de Amor e Fúria
4.0 657Para entender e resolver o presente, precisamos entender o passado.
Do contrário ficamos dando voltas em um ciclo sem fim.
É o que acontece hoje.. podemos tomar um rumo diferente na história, mas infelizmente algumas pessoas são lobotomizadas por um sistema que se beneficia da ignorância delas.
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 921 Assista AgoraRevi essa semana e honestamente envelheceu como leite.
Achei fraquinho ... as cenas no ar são sem dúvida muito bem feitas, mas o roteiro é fraco e desorganizado, as atuações são péssimas...
Não sei como foi um sucesso na época.
Amigo Secreto
3.5 29O documentário não traz nenhuma novidade, nem fato surpreendente que vai mudar o país, tão pouco consegue resgatar todos os fatos que expõe de forma tão poética e melancólica como Democracia em Vertigem e dilacerante e corajosa com em O Processo.
Ainda sim, o projeto coloca as peças do quebra-cabeça desses anos todos e é interessante ver tudo isso de forma bem coesa, inteligente, sensata e bem montada.
A cena em que os advogados Marco A. de Carvalho e Tofic Simantob falam (a partir do ponto 44:00) resume o filme e toda a política brasileira desde o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Eles comentam que corrupção sempre teve na história da Petrobrás e não foi o PT que inventou isso ou que assaltou os cofres da Petrobrás. Na verdade nem dá para afirmar que os cofres da Petrobrás foram assaltados, pois sempre existiu uma tradição de peculato, mesmo antes dos governos do PT... e ainda sim ninguém foi preso por esse crime durante a Lava Jato. Ai que está o grande x da questão da farsa que foi a Lava Jato.... pessoas mal intencionadas se aproveitaram disso para incriminar o PT e o Lula... e assim expurgar a esquerda do governo; e o documentário é muito contundente ao correlacionar isso com a 'criação' do bolsonarismo e todas as consequências catastróficas que surgiram com isso.
Dupla Jornada
3.0 178 Assista AgoraBobo e inofensivo, mas bem divertido.
Gosto de uma frase no final:
"É por isso que eu amo Los Angeles, esse bando de vampiros"
Chamada Explosiva
2.9 31 Assista AgoraIdeia interessante e em alguns pontos até bem tensa, mesmo com as pontas soltas. Mas poderia ter sido melhor desenvolvida.
O Predador: A Caçada
3.6 665O mais interessante no cinema é sua capacidade de acompanhar as mudanças do mundo, porque não existe arte conservadora, afinal arte tem como um dos seus objetivos libertar.
Dito isso, é importante saber que 'O Predador: A Caçada' é um filme inovador, original e libertador, mesmo ambientado em um passado cruel e sangrento, em especial para os povos indígenas e para as mulheres.
A franquia Predador, embora tenha se aventurado por crossovers e inserção de personagens femininas fortes nos últimos filmes, foi marcada inicialmente por histórias bem masculinas - quando não exclusivamente. E assistir a essa mudança no novo filme, no qual colocam uma mulher indígena como personagem principal (Naru), é não só satisfatório, como um passo muito importante no cinema. Ainda mais que Naru é representada como uma guerreira que luta para ser reconhecida e respeitada, provando vergonhosamente que a humanidade não evoluiu tanto hoje.
Na história, Naru (interpretada magistralmente pela norte-americana Amber Midthunder) mora em uma comunidade indígena e é a primeira a enxergar os sinais de que algo estava errado. Ela tenta alertar os demais, mas ninguém acredita nela. Um dos membros da comunidade é atacado pelo que eles acreditam ser um leão. Grupos de homens são enviados para caçar o animal e recuperar o membro perdido e Naru, subestimada, não se contenta de não poder ajudá-los, aliás, ela não acha justo ter de se ocupar com trabalhos ditos femininos e desperdiçar a força e habilidades de caça e rastreamento que ela sabe que possui. Nem é preciso dizer que a jovem vai desobedecer as tradições e ir até a floresta para caçar a ameaça que todos duvidam da existência. É ai que o novo colide com o antigo. A destemida Naru encontra o vilão clássico e embaralha os papéis de caçador e presa.
A atuação de maior destaque aqui é sem dúvida a de Midthunder, a qual chega até a ofuscar os demais atores. A fotografia e a locação são de tirar o fôlego e a trilha sonora, embora simples, é também um ponto positivo.
Enfim, esse é sem dúvida um dos melhores filmes da franquia, e do ano, e garante cenas de adrenalina a mil, com perseguições e lutas bem orquestradas. Que venha uma sequência no mesmo nível.
They/Them: O Acampamento
2.3 149Com um time de atores excelentes e uma proposta interessantíssima e atual, They/Them deixa muito a desejar, em especial no campo do terror.
Como um drama o filme até se esforça e consegue explorar diversas situações em que o público lgbtqia+ passa. No entanto, o lado do terror deixa muito a desejar. A questão em si já é um terror, e foi pouco explorada.
Não é ruim, mas perdeu a chance de ser um dos filmões do ano!
Sorte
3.5 85 Assista AgoraAnimação gostosinha, com personagens cativantes e com uma mensagem bonitinha.
Eu adorei o Gregório Duvivier dublando o gato... acho que trouxe ainda mais carisma para o personagem.
Sorte
3.5 85 Assista AgoraAnimação gostosinha, com personagens cativantes e com uma mensagem bonitinha.
Eu adorei o Gregório Duvivier dublando o gato... acho que trouxe ainda mais carisma para o personagem.
Elvis
3.8 760Filme para ver na telona!
É um espetáculo e uma experiência incrível que só o Baz Luhrmann consegue fazer.
Um acidente de presidente - como Donald Trump ganhou a …
4.7 3Documentário interessante que relembra a loucura e selvageria que foi não só a corrida eleitoral que colocou o presidente mais vulgar e vexatório dos EUA no poder, mas que também explica como Trump foi inteligente o suficiente para entender as falhas e brechas no país para tirar proveito delas e vencer preenchendo o lado sádico e monstruoso no eleitorado que ele criou.
É mais curioso ainda, porque o espectador brasileiro, consciente e sensato consegue claramente traçar um paralelo com a ascensão do b0lson@r*sm0 no Brasil.
Espero que como lá, nos livremos por cá de uma vez por todas dessa deselegância, dessa falta de empatia, dessa monstruosa visão de mundo das cavernas que tomou de forma tão corrupta e desleal o poder através da manipulação das mídias e da invulnerabilidade em 2018.
The Man in the Orange Jacket
3.4 2Slasher psicológico interessante de um assassino assombrado por seus fantasmas. A reviravolta final foi inesperada hehe
Boa Sorte, Leo Grande
3.8 117 Assista Agora"A arte existe para que a realidade não nos destrua", essa frase de Nietzsche descreve perfeitamente não só a experiência transcendente que é terminar 'Boa Sorte, Leo Grande', mas também conversa muito com a atividade de um dos personagens no longa dirigido com tanta delicadeza e cuidado pela diretora australiana Sophie Hyde.
Na história, Nancy Stokes (interpretada magistralmente por Emma Thompson) é uma viúva recente, nos seus 50 e alguns anos e que viveu uma vida completamente privada de certos prazeres por causa de um marido enfadonho, talvez até machista, por causa de uma sociedade patriarcal, preconceituosa, cheia de tabus e por ela nunca conseguir transcender a vergonha dela e do próprio corpo e da ideia de que ela merecia mais. Em suma, Nancy nunca teve um orgasmo. Por conta disso, ela decide que precisa se abrir mais para novas experiências em sua vida e, portanto, ela reserva um quarto de hotel e contrata os serviços de um acompanhante.
Hyde divide o roteiro em encontros. No primeiro deles, Nancy recebe em seu quarto Leo Grande (interpretado por Daryl McCormack) e o que parece que pode ser facilmente resolvido com sexo, transforma-se em um delicioso encontro não com outro que traz prazer, mas com seu próprio interior, e essa é uma via de mão dupla. Nancy descobre que foi privada não apenas de orgasmos, mas de uma conexão tão profunda com outro ser humano, ao ponto de fazê-la se enxergar como mulher completa e bonita e como um ser merecedor de carinho, de atenção, de admiração e de desejo.
Obviamente essa colisão cósmica não é a única. Nancy contrata os serviços de Leo Grande mais vezes e isso a leva acreditar que ela está construindo uma intimidade com Leo, o qual é uma criação artística necessária para Nancy e tantos mais que o contratam, para ajudá-lo também. Leo acha que Nancy quebra essa parede entre personagem e ser humano em um momento tenso do terceiro ato, mas ele não percebe que desde o primeiro encontro deles ele já estava entregue àquela relação que, como dito lá em cima, é uma via de mão dupla.
'Boa Sorte, Leo Grande' é um filme que embora a história transcorra quase que inteiramente em um único quarto de hotel, não torna-se cansativo ou chato em momento algum. A dinâmica entre os personagens, a química entre os atores e a própria atuação monstruosa deles, em especial a de Thompson, seguram o espectador do começo ao fim em um delicioso e hipnotizante roteiro que com delicadeza e bom humor inevitavelmente leva o espectador a refletir sobre diversos temas e o deixa em um outro universo após o desfecho.
Infelizmente nos EUA o filme foi lançado diretamente no Hulu, o que talvez o impossibilite de receber indicações nas grandes premiações de cinema da próxima temporada, como se o tabu acerca do tema já não fosse um empecilho.
Uncharted: Fora do Mapa
3.1 451 Assista AgoraNão dá para exigir muito de um filme que foi concebido para ser apenas divertido.
É um filme empolgante, com ótimas e caprichadas cenas de ação, bem humorado e que sem dúvida merece mais uma sequência nesse nível ou melhor.
Faça pipoca, reúna a família e os amigos, e divirta-se.
On the Count of Three
3.6 16A história é bem pesada e totalmente não recomendada para quem não está bem de saúde mental. Ainda sim, discute temas interessantes, de modo inteligente e sem soar cansativo e piegas.
Super-Heróis
3.8 7 Assista Agora"O tempo não é linear"... o filme prova isso não só através de sua edição interessante e caprichada, mas também com a história em si. Para quem sabe aproveitar cada segundo de sua vida, o tempo não importa, porque tudo que é bom dura para sempre.
Esse é daquele tipo de filme cativante, que te conquista já na primeira cena, e te leva para uma deliciosa jornada de alegrias e melancolias.
Gostei muito!
Agente Oculto
3.2 383 Assista AgoraÉ aquele tipo de filme para se divertir apenas. Não dá para cobrar muito de um longa assim. Entendendo isso, a diversão é garantida.
Casa de Antiguidades
3.1 30Ambicioso e verborreico demais, o que é uma pena porque considerando a importância do tema, poderia ter sido o Bacurau para o seu ano de lançamento.
O Telefone Preto
3.5 1,1K Assista AgoraVejo O Telefone Preto como um combo de duas histórias, com dois gêneros diferentes, e que infelizmente não foram trabalhados e mesclados bem.
A parte dramática funciona e se apoia demais nas ótimas atuações das crianças, inclusive o final é emocionante por conta disso, porém a historia de terror deixa muito a desejar optando por distanciar o vilão e o objeto que dá nome ao título, e ambos são interessantíssimos.
Gosto da caracterização da máscara do vilão e da importância que ela tem, embora que muito aquém ao que poderia ter sido utilizada. Inclusive a máscara foi criada por Tom Savini, o mesmo criador da máscara do Jason de Sexta Ferira 13.
A Fera do Mar
3.7 237 Assista AgoraSem dúvida uma das melhores animações do ano que além de contar com a representatividade, tem uma das histórias mais cativantes em uma animação nos últimos tempos. Sem contar a animação tão bem feita e dinâmica.
Pleasure
3.4 113 Assista AgoraA historia da violência que uma mulher sofre nessa industria de filmes adultos você certamente ja conhece e viu em outros filmes, mas as atuações nesse filme são tão convincentes que faz dele valer muito a pena.
Navalny
3.5 54 Assista AgoraEu desconhecia os detalhes por trás desses acontecimentos todos.
E é muito surreal a forma como o grupo do Navalny localizou os envolvidos, descobriu o que houve e arrancou as informações daquele cara quase que num trote telefônico rs
Outro ponto bizarro foi a forma do envenenamento... tudo isso é muito coisa de filme.
O Putin é um homem muito baixo e cruel... bem vilão de filmes das narrativas que ele encena.
E é assustador viver numa situação dessas. É pior ainda imaginar que podemos estar próximos de uma situação assim.
Eu espero muito ver o dia em que o Putin e esses líderes medíocres e tiranos caiam.
O Homem de Toronto
3.0 120 Assista AgoraQue filme divertido haha
Já quero uma sequência.
Men: Faces do Medo
3.2 413 Assista AgoraMen não é um filme fácil.
Primeiramente por se tratar inteiramente de uma analogia com símbolos, metáforas e etc...
Segundo porque é uma história que em determinadas partes, em especial o insano desfecho, pode visualmente desagradar o público mais sensível.
Ainda sim, é um filme com uma fotografia linda, a atuação da Jessie Buckley dispensa comentários e a edição direção também são todas muito competentes. Nada no filme é entregue fácil, toda informação é colocada no momento certo e na dose adequada.
Eu entendi o filme como uma
discussão de como a nossa sociedade machista pressiona as mulheres de diversos modos e intensidades. E mais que isso, as tortura, agride e as julga. Vemos isso desde o comportamento abusivo do namorado da personagem quando ela tenta terminar com ele, até nas mais diversas atitudes daqueles homens e menino no vilarejo. A personagem é julgada até pelo simples e inofensivo ato de pegar uma maçã do pomar, como referência direta ao pecado original da Bíblia.
Sem dúvida na revisita há uma maior compreensão de tudo construído ali.
Gosto como o filme economiza com casting escalando o mesmo ator para diversos papéis haha
Brincadeiras à parte, eu acho que o filme é bom, e apesar de derrapar do meio pro final, consegue ser um bom filme.