A premissa é melhor que o desenvolvido em si. Lugar ermo, pradarias, fotografia, maquiagem e personagens sinistros, boas notas por isso, somada a interpretação da personagem de Jodelle Ferland. Quando chega no roteiro mais ou menos... bem mais ou menosr.
Um bom filme para refletir várias questões: o processo democrático, a organização e vida adolescente nas escolas, a realidade da escola pública, os sentimentos de repressão nas periferias, as expectativas com a realidade da juventude, enfim são múltiplas e importantes questões.
Parabéns ao professor que provocou e ajudou a fazer o processo de eleição (não anotei ou não notei se falou o nome dele ou disciplina). Como educador também, o que destaco principalmente neste documentário foi o processo em si: a autonomia em deixar os jovens se organizarem e desenvolverem suas ideias (dentro dos acordos, obviamente) e ver o quanto o processo todo os fez amadurecer e crescer, seja politicamente, seja nas suas relações interpessoais e no modo de perceber os desafios, e, sobretudo, necessidade da democracia. A prática em si foi/é muito melhor que muitas aulas sobre Cidadania, Ética e Democracia. Parabéns.
Um documentário forte e triste. Necessário. De múltiplas sensações ao longo dele: raiva, choque, alegria, alívio, tristeza... também enche os olhos as reflexões sobre o poder da arte, da educação, do afeto.
Achei impressionante como o diretor conseguiu filmá-los e envolver-se praticamente sem que a câmera estivesse presente, mais realidade impossível. Alguns spoilers de momentos memoráveis.
Que agonia de todo mundo se drogando no apê com aquele cubículo e o menino ali do lado. Além das drogas, falta o básico: comida, fogão, dignidade.
Como professor, emocionou-me muito ver a cena em que Andrea conseguiu escrever para a mãe (em vista que não sabia ler ou escrever no início do filme). Também a transformação que a dança (e as artes de maneira geral) fazem com Toto e Andrea... os olhos deles admirados, depois o envolvimento e como os ajudam a crescer, emancipar, se libertar.
Retrato dos guetos de Paris. Filme de gueto mesmo. Necessário e ajuda a entender parte dos ataques de hoje do mundo islâmico, especialmente e quase recorrentes na França. Logicamente nos chega uma narrativa quase que exclusiva lidando apenas o mundo árabe/africano como "terrorista". Esse filme ajuda a entender um pouco de como o processo de repressão continua, com outros traços e formas.
Boa comédia. Divertida, como humor minimalista. Os diálogos são memoráveis, mas claro que como boa parte dos filmes do diretor, exige atenção e empatia, logicamente não pega um espectador mais displicente. Como boa parte dos filmes de Rohmer reflete a liberdade feminina e seus anseios, por vezes desastradas ou cheia de fantasias, mas em si, a realidade prevalece.
Ótimo filme e necessário. Apenas é um "Dramor", um terror dramático (e não de terror necessariamente). Não que isso seja problema, apenas que a Mubi o publicizou como "parte da semana de Halloween", assim ao final saí mais reflexivo do que com experiência com o horror. Como filme em si é muito bom. Direção e atuações ótimas e excelente fotografia. O uso das cores como parte da narrativa é um primor. Filmão.
É uma inegável perspectiva diferente de narrar a história dos EUA em uma lógica a partir dos povos indígenas, sindicalistas, feministas, enfim, "os oprimidos e dominados". Pode parecer enfadonho de início e mesmo durante, mas o compreendi como uma mensagem subliminar a tantas mortes (não explicita sempre por não ter uma narração em si, somente imagens) geradas pelo "progresso" ou mesmo quantas vidas custaram para se construir "o sonho americano". Make America Great Again. RIP.
Os temas e alguns momentos da trama funcionam mais do que a obra como um todo. Marina Person e João Miguel destacam-se muito em suas interpretações (achei o restante do elenco, mesmo secundário), dissonante em suas cenas.
Assustador, especialmente como o discurso não mudou ou pouco mudou:, grupos pró-vida… religiosos pensando a sexualidade como patologia. (não à toa o fundamentalismo religioso e político se assemelha e por vezes até ultrapassa atualmente o que foi na década de 70).
Como produção em si é um documentário necessário, seja como registro histórico e importante da luta LGBTQI+, seja como um olhar de uma década em especial e claro, entender algumas coisas do presente.
Um filme simples e ao mesmo tempo filosófico-existencial. Caminhar, recomeçar, reencontrar-se.
O documentário é um convite a conhecer lugares remotos, gente simples e diversas situações pelo interior da França. Também é um convite a olhar para si mesmo: o que o/a faz buscar a felicidade e mesmo o que ela lhe representa.
Cabe mencionar também a inteligência da edição (quando alguém responde e fala sobre paisagem, a montagem vai lá e coloca plano de paisagem). Roteiro e edição em diálogo. Merece ser visto.
Lindíssimo. Fotografia perturbante, bela, inquietante. Não é um filme de guerra, mas sobre a guerra, sobre as trivialidades da guerra. Ele desperta curiosidade em estudar e aprofundar mais sobre o país e sobre a política/conflitos armênios.
Sobre o filme em si destacam-se os olhares, a cultura, a leveza e desespero... e principalmente a fotografia incrível.
um pouquinho como o fato de ser enrolado o lance com o africano. Parecia uma coisa e foi outra. Além disso, africano com nome de brasileiro? Nordestino com pouco sotaque e pouquíssimas características culturais? Não é esperar trejeitos, mas acredito que ajudaria a dar mais densidade nos estudos e papéis dos personagens. 🤔
A direção e o lance da vida cotidiana sem dúvida são os pontos fortes.
Maluco mesmo. O que é legal no filme é a originalidade e ser diferente de tudo. Ele perde força no seu lado scifi, deveria ter ficado no humor ou na comédia dramática, que é a meu ver o que executa de melhor.
Algumas cenas borradas e edição de imagens digitais não é muito legal não. Ainda assim, visivelmente inspirado no Cristiano (alguns planos mesmo parece o próprio). Agora, não tenho conhecimento tão grande para ver o quanto de fidelidade à sua vida pessoal. Muito, sem dúvidas é inspirado. O personagem principal é uma mistura de Cristiano Ronaldo, Schumacher e Forrest Gump (juntando o físico com a ingenuidade). Pontos fracos: a parte das manas e construir um personagem assexuado de tamanha bizarrice, ainda mais dentro daquele universo.
A parte do projeto é tosca. Completamente inverídico, mesmo com lance scifi. Sei que ajuda a refletir o lance da xenofobia e destes avanços todos que estão voltando com força na União Europeia, mas mesmo assim.
"As hienas não são as más, são os humanos que devemos temer".
Filme/documentário sensível, a câmera acompanha quase que imperceptivelmente a rotina de Asalif. Realidade comum em tantos países, infelizmente. O filme mostra o tempo todo e põe-nos a pensar o que é de fato inóspito (o selvagem não vem da natureza não-humana), mas do que põe tanta gente na margem da margem.
O filme faz correlacionar tanta coisa, imagens e sensibilidades, vou destacar Milton, na lembrança de Asalif sua mãe e sua gente que segue vivendo e sonhando voar alto, encarando os dias, sendo "uma gente que ri quando deve chorar e não vive apenas aguenta".
Impressionante o quanto o diretor soube extrair do elenco infantil, especialmente de Victoire Thivisol, interpretando Ponette. A sensibilidade e verdade de grande parte das cenas é algo comovente e quase que por vezes fazendo-nos esquecer que estamos vendo uma ficção.
"Nada perturba a rotina dos meus dias que são muitos e quase sempre iguais".
Que maravilha de filme/documentário, um verdadeiro deleite para os cinéfilos (antigos e/ou em construção, rs). É quase que uma dança em perfeita sincronia de imagens, roteiro e poesia; um diálogo permanente, frenético (na sua sutileza existencial) e com poucas pausas (respiros narrativos). Cada frame possui infindas referências de filmes, autores, textos e subtextos (do mundo artístico em geral).
Só ao pensar no prólogo que o autor faz logo no início da projeção (de que viu mais de 400 filmes em sete meses) já seria uma grande façanha, mas somar isso a riqueza de referências e a quase perfeita sincronia entre texto, imagem e reflexões é extasiante. Caramba! Diria que é daqueles filmes que se precisa ver pelo menos uma vez ao ano para revisitar, pegar novas referências e ganhar algum frescor. Nele, há humor, poesia, reflexões sociais, ideológicas, existencialistas. Fala de relacionamento, desejos, ideia de bem-estar social, etc. O texto corroborado pela montagem é riquíssimo.
Vi algumas críticas negativas, sem as quais não vejo razão senão pela desatenção (sim, precisa ser visto com atenção, um olhar descompromissado pode ser bem enfadonho) ou mesmo com o estilo narrativo do diretor. Claro, há de se falar, não é um filme para iniciantes (nem mesmo para desavisados), especialmente pelas múltiplas referências e pelo seu ritmo. Possivelmente é o filme com mais referências (subjetivas e objetivas) que eu já tenha visto até o momento. Só reforço minha ignorância cinéfila ao vê-lo, especialmente em muitos “cinemas” ainda que pouco explorei, hehe.
Acrescento que sua atualidade em consonância com o contexto de isolamento do diretor/autor só ratifica-se ainda mais com o momento de distanciamento social atual (escrevo isso em 21/07/2020 em meio à pandemia, rs).
Vejo que este filme deveria (ou deverá) ser passado para estudantes de cinema (especialmente para quem busca ser diretor, roteirista ou trabalhar com montagem, pois esta harmonia é feita com frescor e maestria).
No mais, somente agradeço ao Mubi pela descoberta.
Parece perder-se um pouco. Deixou-me a sensação de que funcionaria melhor como curta (ou então poderia desenvolver um pouco mais os personagens e a história), assim como está é um filme ok. Vale uma olhada.
repentino, a meu ver, decai bastante o filme. Embora ele parecesse previsível e necessário pareceu um pouco fora de ordem, o que afetou também um pouco do ritmo.
É um bom filme, serve para refletir e analisar várias questões do mundo (e submundo) das celebridades.
Um filme leve e com uma história simples, mas com personagens tocantes e temas secundários bastante fortes (o assédio, o machismo, a fidelidade, as relações e a vida suburbana da França nos anos 40). Alguns efeitos de câmera também são possíveis de perceber e experimentos que provam uma boa direção.
Veja sem grandes expectativas e serás surpreendido positivamente. É um filme fraco, que se perde especialmente do meio para o final, mas não chega a ser um completo desastre como muitos falavam.
Fando e Lis
3.9 61Que bonito es un entierro, Que bonito es un entierro. Ire a verte al cementerio, Con una flor y un perro.
Contraponto
3.5 218A premissa é melhor que o desenvolvido em si. Lugar ermo, pradarias, fotografia, maquiagem e personagens sinistros, boas notas por isso, somada a interpretação da personagem de Jodelle Ferland. Quando chega no roteiro mais ou menos... bem mais ou menosr.
Jeff Bridges
convence e fica bizarro até como cadáver, rsrs.
Eleições
3.8 13Um bom filme para refletir várias questões: o processo democrático, a organização e vida adolescente nas escolas, a realidade da escola pública, os sentimentos de repressão nas periferias, as expectativas com a realidade da juventude, enfim são múltiplas e importantes questões.
Parabéns ao professor que provocou e ajudou a fazer o processo de eleição (não anotei ou não notei se falou o nome dele ou disciplina). Como educador também, o que destaco principalmente neste documentário foi o processo em si: a autonomia em deixar os jovens se organizarem e desenvolverem suas ideias (dentro dos acordos, obviamente) e ver o quanto o processo todo os fez amadurecer e crescer, seja politicamente, seja nas suas relações interpessoais e no modo de perceber os desafios, e, sobretudo, necessidade da democracia. A prática em si foi/é muito melhor que muitas aulas sobre Cidadania, Ética e Democracia. Parabéns.
Toto and his sisters
4.3 2 Assista AgoraUm documentário forte e triste. Necessário. De múltiplas sensações ao longo dele: raiva, choque, alegria, alívio, tristeza... também enche os olhos as reflexões sobre o poder da arte, da educação, do afeto.
Achei impressionante como o diretor conseguiu filmá-los e envolver-se praticamente sem que a câmera estivesse presente, mais realidade impossível. Alguns spoilers de momentos memoráveis.
Que agonia de todo mundo se drogando no apê com aquele cubículo e o menino ali do lado. Além das drogas, falta o básico: comida, fogão, dignidade.
Como professor, emocionou-me muito ver a cena em que Andrea conseguiu escrever para a mãe (em vista que não sabia ler ou escrever no início do filme). Também a transformação que a dança (e as artes de maneira geral) fazem com Toto e Andrea... os olhos deles admirados, depois o envolvimento e como os ajudam a crescer, emancipar, se libertar.
O final se torna melancólico pelo fato de
não sabermos o que acontecerá com aquela viagem, aquele trem, aquela família, especialmente pela empatia que se gera com os dois, principalmente.
Wesh Wesh, o que foi?
3.1 1Retrato dos guetos de Paris. Filme de gueto mesmo. Necessário e ajuda a entender parte dos ataques de hoje do mundo islâmico, especialmente e quase recorrentes na França. Logicamente nos chega uma narrativa quase que exclusiva lidando apenas o mundo árabe/africano como "terrorista". Esse filme ajuda a entender um pouco de como o processo de repressão continua, com outros traços e formas.
Um Casamento Perfeito
3.7 24Boa comédia. Divertida, como humor minimalista. Os diálogos são memoráveis, mas claro que como boa parte dos filmes do diretor, exige atenção e empatia, logicamente não pega um espectador mais displicente. Como boa parte dos filmes de Rohmer reflete a liberdade feminina e seus anseios, por vezes desastradas ou cheia de fantasias, mas em si, a realidade prevalece.
Devorar
3.7 368 Assista AgoraÓtimo filme e necessário. Apenas é um "Dramor", um terror dramático (e não de terror necessariamente). Não que isso seja problema, apenas que a Mubi o publicizou como "parte da semana de Halloween", assim ao final saí mais reflexivo do que com experiência com o horror. Como filme em si é muito bom. Direção e atuações ótimas e excelente fotografia. O uso das cores como parte da narrativa é um primor. Filmão.
A Busca do Lucro e o Sussurro do Vento
3.6 2 Assista AgoraÉ uma inegável perspectiva diferente de narrar a história dos EUA em uma lógica a partir dos povos indígenas, sindicalistas, feministas, enfim, "os oprimidos e dominados". Pode parecer enfadonho de início e mesmo durante, mas o compreendi como uma mensagem subliminar a tantas mortes (não explicita sempre por não ter uma narração em si, somente imagens) geradas pelo "progresso" ou mesmo quantas vidas custaram para se construir "o sonho americano". Make America Great Again. RIP.
Canção da Volta
3.3 29Os temas e alguns momentos da trama funcionam mais do que a obra como um todo. Marina Person e João Miguel destacam-se muito em suas interpretações (achei o restante do elenco, mesmo secundário), dissonante em suas cenas.
Gay USA
4.1 9 Assista AgoraAssustador, especialmente como o discurso não mudou ou pouco mudou:, grupos pró-vida… religiosos pensando a sexualidade como patologia. (não à toa o fundamentalismo religioso e político se assemelha e por vezes até ultrapassa atualmente o que foi na década de 70).
Como produção em si é um documentário necessário, seja como registro histórico e importante da luta LGBTQI+, seja como um olhar de uma década em especial e claro, entender algumas coisas do presente.
Felicidade... Terra Prometida
4.3 4Um filme simples e ao mesmo tempo filosófico-existencial.
Caminhar, recomeçar, reencontrar-se.
O documentário é um convite a conhecer lugares remotos, gente simples e diversas situações pelo interior da França. Também é um convite a olhar para si mesmo: o que o/a faz buscar a felicidade e mesmo o que ela lhe representa.
Cabe mencionar também a inteligência da edição (quando alguém responde e fala sobre paisagem, a montagem vai lá e coloca plano de paisagem). Roteiro e edição em diálogo.
Merece ser visto.
O Farol
3.7 16Lindíssimo. Fotografia perturbante, bela, inquietante. Não é um filme de guerra, mas sobre a guerra, sobre as trivialidades da guerra. Ele desperta curiosidade em estudar e aprofundar mais sobre o país e sobre a política/conflitos armênios.
Sobre o filme em si destacam-se os olhares, a cultura, a leveza e desespero... e principalmente a fotografia incrível.
A Colina Sagrada
3.5 13Um pouco mais do universo hippie e psicodélico.
Eu confesso que o que mais gostei foi a parte estilo docudrama da região e povos da Nova Guiné e suas culturas.
Há sim alguns clichês hippies, mas o filme cresce com/na presença do povo local. A trilha sonora do Pink Floyd também é massa...
Cães do Espaço
3.0 2Diferentão. Tenta reproduzir a vida e ótica a partir da cadela. Trabalha aspectos reais e aspectos atuais simulando "o espírito" de laica...
mas é muita suposição (achei que fosse mais fatos reais). Por vezes cenas enfadonhas… Mas é inegável a câmera e direção inventiva.
Agora, aquela cena do gato
… 💩
Corpo Elétrico
3.5 216Primor de direção. Artístico e belo. Muito bem conduzida e sob o controle do diretor o tempo todo.
Há alguns detalhes que interferem
um pouquinho como o fato de ser enrolado o lance com o africano. Parecia uma coisa e foi outra. Além disso, africano com nome de brasileiro? Nordestino com pouco sotaque e pouquíssimas características culturais? Não é esperar trejeitos, mas acredito que ajudaria a dar mais densidade nos estudos e papéis dos personagens. 🤔
A direção e o lance da vida cotidiana sem dúvida são os pontos fortes.
Já o final
deixa a desejar a meu ver… Ficamos boiando, feito ele no mar…
Diamantino
3.2 33Maluco mesmo. O que é legal no filme é a originalidade e ser diferente de tudo. Ele perde força no seu lado scifi, deveria ter ficado no humor ou na comédia dramática, que é a meu ver o que executa de melhor.
Algumas cenas borradas e edição de imagens digitais não é muito legal não. Ainda assim, visivelmente inspirado no Cristiano (alguns planos mesmo parece o próprio). Agora, não tenho conhecimento tão grande para ver o quanto de fidelidade à sua vida pessoal. Muito, sem dúvidas é inspirado. O personagem principal é uma mistura de Cristiano Ronaldo, Schumacher e Forrest Gump (juntando o físico com a ingenuidade).
Pontos fracos: a parte das manas e construir um personagem assexuado de tamanha bizarrice, ainda mais dentro daquele universo.
A parte do projeto é tosca. Completamente inverídico, mesmo com lance scifi. Sei que ajuda a refletir o lance da xenofobia e destes avanços todos que estão voltando com força na União Europeia, mas mesmo assim.
Em resumo: tem altos e baixos...
Anbessa
3.9 3 Assista Agora"As hienas não são as más, são os humanos que devemos temer".
Filme/documentário sensível, a câmera acompanha quase que imperceptivelmente a rotina de Asalif. Realidade comum em tantos países, infelizmente. O filme mostra o tempo todo e põe-nos a pensar o que é de fato inóspito (o selvagem não vem da natureza não-humana), mas do que põe tanta gente na margem da margem.
O filme faz correlacionar tanta coisa, imagens e sensibilidades, vou destacar Milton, na lembrança de Asalif sua mãe e sua gente que segue vivendo e sonhando voar alto, encarando os dias, sendo "uma gente que ri quando deve chorar e não vive apenas aguenta".
Ponette - A Espera de um Anjo
4.1 54Impressionante o quanto o diretor soube extrair do elenco infantil, especialmente de Victoire Thivisol, interpretando Ponette. A sensibilidade e verdade de grande parte das cenas é algo comovente e quase que por vezes fazendo-nos esquecer que estamos vendo uma ficção.
Não Pense que eu vou Gritar
3.9 13"Nada perturba a rotina dos meus dias que são muitos e quase sempre iguais".
Que maravilha de filme/documentário, um verdadeiro deleite para os cinéfilos (antigos e/ou em construção, rs). É quase que uma dança em perfeita sincronia de imagens, roteiro e poesia; um diálogo permanente, frenético (na sua sutileza existencial) e com poucas pausas (respiros narrativos). Cada frame possui infindas referências de filmes, autores, textos e subtextos (do mundo artístico em geral).
Só ao pensar no prólogo que o autor faz logo no início da projeção (de que viu mais de 400 filmes em sete meses) já seria uma grande façanha, mas somar isso a riqueza de referências e a quase perfeita sincronia entre texto, imagem e reflexões é extasiante. Caramba! Diria que é daqueles filmes que se precisa ver pelo menos uma vez ao ano para revisitar, pegar novas referências e ganhar algum frescor. Nele, há humor, poesia, reflexões sociais, ideológicas, existencialistas. Fala de relacionamento, desejos, ideia de bem-estar social, etc. O texto corroborado pela montagem é riquíssimo.
Vi algumas críticas negativas, sem as quais não vejo razão senão pela desatenção (sim, precisa ser visto com atenção, um olhar descompromissado pode ser bem enfadonho) ou mesmo com o estilo narrativo do diretor. Claro, há de se falar, não é um filme para iniciantes (nem mesmo para desavisados), especialmente pelas múltiplas referências e pelo seu ritmo. Possivelmente é o filme com mais referências (subjetivas e objetivas) que eu já tenha visto até o momento. Só reforço minha ignorância cinéfila ao vê-lo, especialmente em muitos “cinemas” ainda que pouco explorei, hehe.
Acrescento que sua atualidade em consonância com o contexto de isolamento do diretor/autor só ratifica-se ainda mais com o momento de distanciamento social atual (escrevo isso em 21/07/2020 em meio à pandemia, rs).
Vejo que este filme deveria (ou deverá) ser passado para estudantes de cinema (especialmente para quem busca ser diretor, roteirista ou trabalhar com montagem, pois esta harmonia é feita com frescor e maestria).
No mais, somente agradeço ao Mubi pela descoberta.
A Arrancada
3.5 3Parece perder-se um pouco. Deixou-me a sensação de que funcionaria melhor como curta (ou então poderia desenvolver um pouco mais os personagens e a história), assim como está é um filme ok. Vale uma olhada.
Os Galhofeiros
3.6 10Filme clássico, um viva e saudação aos filmes com humor físico e absurdo.
Fedora
3.9 32Um filme cheio de metalinguagem, com boas composições de cena e reflexões sobre o mundo do cinema, a juventude, beleza e idealização.
Cria certa e boa instigação no suspense gerado, porém o plot
repentino, a meu ver, decai bastante o filme. Embora ele parecesse previsível e necessário pareceu um pouco fora de ordem, o que afetou também um pouco do ritmo.
É um bom filme, serve para refletir e analisar várias questões do mundo (e submundo) das celebridades.
Antônio e Antonieta
3.7 6Que surpresa agradável!
Um filme leve e com uma história simples, mas com personagens tocantes e temas secundários bastante fortes (o assédio, o machismo, a fidelidade, as relações e a vida suburbana da França nos anos 40). Alguns efeitos de câmera também são possíveis de perceber e experimentos que provam uma boa direção.
moral da história
1 nunca devolva um livro antes de retirar os papéis de dentro (aprendemos isso na escola, rsrs).
moral da história 2
às vezes é preciso levarmos umas porradas para acordarmos pra vida e acordarmos melhor.
moral da história 3
escolha alguém que esteja contigo em momentos bons e ruins, a isto, chamamos de amor.
Movimentos Noturnos
2.9 72 Assista AgoraVeja sem grandes expectativas e serás surpreendido positivamente. É um filme fraco, que se perde especialmente do meio para o final, mas não chega a ser um completo desastre como muitos falavam.