Produções africanas tem identidade própria na profundidade da sua cultura e do silêncio que atua, ou na superficialidade de tentar pisar em terrenos que não são seus. Ame-á ou deixe-á. E conseguimos sentir o que tem a entregar nos primeiros minutos.
Esse filme é a essencia, é o despir. A nudez, sem vergonha e sem julgamentos, das nossas próprias fragilidades e ignorancias de que todos são vítimas. É mostrar o caminho sendo trilhado. Esse filme é o dedo da ferida causando dores que não imaginaríamos poder sentir.
O que esse filme entrega nos primeiros minutos não é o questionamento se continuamos ou não a assistir. É o questionamento da nossa capacidade de continuar ao mesmo tempo de que a nossa indignação misturada com a compreensão nos impede de fechar os olhos. Precisamos, desesperadamente, chegar ao fim e ver a evolução do ser-humano.
A roupagem de mistério caiu muito bem para o contexto do super humano ainda mais relis mortal.
Mas a psicopatia, não caricata, exige drama. E é ai que as peças não se encaixam. Trocaram o drama por melancolia. E com o quebra-cabeça desencaixado, a DC cria uma nova imagem de herói: em profundo estado de anemia.
Se Liga da Justiça fosse literatura, teríamos violado a sagrada lei da arte e invertido a ordem natural da imaginação humana.
Em 2017, o resumo, a adaptação do que ainda não havia, se quer, sido escrito. Os cortes, o ignorar do contexto, a leveza. O livre-arbítrio do deus criador em moldar a criatura para caber no espaço reduzido e escuro que a sétima arte é coagida a se esconder.
Quatro anos depois, carregada no colo pela licença poética, a imaginação liberta-se em um livro de quatro mil páginas. Com tantos detalhes de um contexto tão gigantesco à se perder nos capítulos. Com a mesma capacidade de responder muitas perguntas e formular outras ao ponto de comprometer a linearidade dos antecessores e sucessores volumes.
Isso chama-se ousadia! A arte vive em e através dos ousados.
Cada Super-Herói tem o vilão e as motivações que merece. No caso da Mulher, mesmo que Maravilha, merece uma anti-heroína forjada pela inveja e suas decisões sendo emocionalmente tomadas por um rélis mortal. Nada de novo no vale da imaginação feminina contada apartir da visão de homens.
O que torna 2h30 mais suportaveis é a artéria, com espessura de veia, culta e histórica que precisa oxigenar o contexto de uma antropologa cultural e arqueóloga com a classe de Gal Gadot.
Pra quem, na atual era da sétima arte, compara DC e Marvel, talvez não tenha percebido que o pior inimigo da DC é a própria DC.
Só vendo em sequência toda franquia é possível perceber que os filmes acompanham as exigencias do público, com alguns deslizes. E sim, já tivemos outras prioridades e já fomos melhores!
A DC só demorou um pouco mais, mas se rendeu aos apelos do século 21. Enquanto o macro é priorizado em explosões de cores em um mundo imaginário, os detalhes saltam aos olhos ao ponto de doer.
Na era das não exigências e piadinhas fora de hora, pegue sua pipoca, aperte os cintos porque a viagem é psicodélica e relaxe porque não precisará usar cognição.
Batman o super mais humano nasceu trapalhão, se tornou um adolescente de rebeldia sem causa com Robin e entrou na maturidade.
Um filme feito por gente grande! Tudo levado à sério! De contexto próximo da realidade à roteiro e o sempre destaque das franquias: o vilão, que nesse caso, nem tão vilão assim: Heath Ledger foi essencial para essa loucura tão lúcida, tão fluída. Ledger não somente atuou e deu rosto ao Coringa, ele deu vida e personalidade.
A não transição da década de 1990 para 2000 custou caro ao mais Super dos Supers. Saiu do "Fazemos o melhor com o que temos" para começar a cavar a cova que receberia no futuro a lápide com a frase: "DC finalmente". Do eterno Christopher Reeve para o sócia que passaria sete temporadas enterrado em DC's Legend of Tomorrow como uma mini lata. Passou do Superman à um homem que usa a cueca por cima da calça.
Uma vez ouvi o comentário: "Qual é o superpoder de Tony Stark? - Ser rico." Mas ele tinha um precursor da arquirrival DC.
Batman, embora não seja o mais super dos supers, é o que mais poderia se assemelhar à um utópico herói da vida real. No desastre desenfreado das franquias de super-heróis, esse acertou no alvo apostando aproximar o herói, o vilão e o contexto da nossa realidade. Como live action, é um bom drama.
O maior responsável pelo sucesso do herói é a construção do vilão. Por esse ponto de análise Batman leva vantagem, seus vilões são tão reais quanto a pior parte do ser humano.
Opostos e dispostos. Batman não existe sem Coringa. E nesse contraponto, sem esforço do julgo ético, o monocromático bem e mau vandalizando a obra policromo 'Nietzscheriana' da moral.
Como a maioria, essa foi mais uma franquia em declínio vertiginoso com o desfecho de uma modalidade que os estadunidenses são heróis, a autopropaganda inflamada de falsa modéstia.
Apesar do Supeman ser o mais, mais sério e afamado dos supers, é nítido que os problemas de produção e roteiro não é uma característica de época, talvez seja de público alvo e é até hoje. Nesse mesmo espaço-tempo, Star Wars estava dando uma surra monumental em qualquer aspecto enquanto, até nos dias atuais, aturamos uma comédia fora de ritmo e hora da infindáveis produções de super heróis.
Primeira tentativa de feminismo da DC nos anos de 1980: bruxas, no padrão cinematográfico, rivalizando por homem com o contraponto do Super-Homem, a Super-Garota em cenário colegial.
O começo, do ciclo viciante, da destruição de New York como meio e não como fim, não poderia expressar melhor o olhar inocente e profissional da decada de 1980.
Belgica
3.3 14Quando olhamos para o precipício e o precipício retribuí, é sobre o nosso ponto de vista.
Dramas do oeste europeu são tão profundos que são metáforas.
O Diário do Pescador
3.6 10 Assista AgoraProduções africanas tem identidade própria na profundidade da sua cultura e do silêncio que atua, ou na superficialidade de tentar pisar em terrenos que não são seus. Ame-á ou deixe-á. E conseguimos sentir o que tem a entregar nos primeiros minutos.
Esse filme é a essencia, é o despir. A nudez, sem vergonha e sem julgamentos, das nossas próprias fragilidades e ignorancias de que todos são vítimas. É mostrar o caminho sendo trilhado.
Esse filme é o dedo da ferida causando dores que não imaginaríamos poder sentir.
O que esse filme entrega nos primeiros minutos não é o questionamento se continuamos ou não a assistir. É o questionamento da nossa capacidade de continuar ao mesmo tempo de que a nossa indignação misturada com a compreensão nos impede de fechar os olhos. Precisamos, desesperadamente, chegar ao fim e ver a evolução do ser-humano.
É assim na vida é assim na arte.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraA roupagem de mistério caiu muito bem para o contexto do super humano ainda mais relis mortal.
Mas a psicopatia, não caricata, exige drama. E é ai que as peças não se encaixam. Trocaram o drama por melancolia.
E com o quebra-cabeça desencaixado, a DC cria uma nova imagem de herói: em profundo estado de anemia.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KSe Liga da Justiça fosse literatura, teríamos violado a sagrada lei da arte e invertido a ordem natural da imaginação humana.
Em 2017, o resumo, a adaptação do que ainda não havia, se quer, sido escrito. Os cortes, o ignorar do contexto, a leveza. O livre-arbítrio do deus criador em moldar a criatura para caber no espaço reduzido e escuro que a sétima arte é coagida a se esconder.
Quatro anos depois, carregada no colo pela licença poética, a imaginação liberta-se em um livro de quatro mil páginas. Com tantos detalhes de um contexto tão gigantesco à se perder nos capítulos. Com a mesma capacidade de responder muitas perguntas e formular outras ao ponto de comprometer a linearidade dos antecessores e sucessores volumes.
Isso chama-se ousadia!
A arte vive em e através dos ousados.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraCada Super-Herói tem o vilão e as motivações que merece.
No caso da Mulher, mesmo que Maravilha, merece uma anti-heroína forjada pela inveja e suas decisões sendo emocionalmente tomadas por um rélis mortal. Nada de novo no vale da imaginação feminina contada apartir da visão de homens.
O que torna 2h30 mais suportaveis é a artéria, com espessura de veia, culta e histórica que precisa oxigenar o contexto de uma antropologa cultural e arqueóloga com a classe de Gal Gadot.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraPra quem, na atual era da sétima arte, compara DC e Marvel, talvez não tenha percebido que o pior inimigo da DC é a própria DC.
Só vendo em sequência toda franquia é possível perceber que os filmes acompanham as exigencias do público, com alguns deslizes. E sim, já tivemos outras prioridades e já fomos melhores!
A DC só demorou um pouco mais, mas se rendeu aos apelos do século 21.
Enquanto o macro é priorizado em explosões de cores em um mundo imaginário, os detalhes saltam aos olhos ao ponto de doer.
Na era das não exigências e piadinhas fora de hora, pegue sua pipoca, aperte os cintos porque a viagem é psicodélica e relaxe porque não precisará usar cognição.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraA DC, quase sempre tendeu, salvo algumas ressalvas seja por direção catastrófica ou apelo à época que exigia exageros, a humanizar seus contextos.
Eis a excessão. Filme de bilheteria. Fracasso de crítica.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraAlemães falando inglês é só um péssimo e irritante detalhe, digno estadunidense, do imenso simbolismo de uma mulher judia chutar a bunda de nazistas.
O filme é sobre ela, com um razoável contexto.
Gal Gadot com toda propriedade!
A personificação da Mulher-Maravilha.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 4,9K Assista AgoraQuando há equilíbrio, o exagero cai tão bem.
A construção da fragilidade de heróis é humanizá-los.
Snyder é o Super.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraPara nascer um super-herói no século 21 é preciso destruir uma lenda, uma cidade inteira e ter o planeta do tamanho do umbigo estadunidense.
Muitos efeitos visuais para pouco filme.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraA sequência tem altos e baixos. O topo é Anne Hathaway.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraBatman o super mais humano nasceu trapalhão, se tornou um adolescente de rebeldia sem causa com Robin e entrou na maturidade.
Um filme feito por gente grande! Tudo levado à sério! De contexto próximo da realidade à roteiro e o sempre destaque das franquias: o vilão, que nesse caso, nem tão vilão assim: Heath Ledger foi essencial para essa loucura tão lúcida, tão fluída. Ledger não somente atuou e deu rosto ao Coringa, ele deu vida e personalidade.
A nossa criança levada à serio.
Superman: O Retorno
2.6 778 Assista AgoraA não transição da década de 1990 para 2000 custou caro ao mais Super dos Supers. Saiu do "Fazemos o melhor com o que temos" para começar a cavar a cova que receberia no futuro a lápide com a frase: "DC finalmente". Do eterno Christopher Reeve para o sócia que passaria sete temporadas enterrado em DC's Legend of Tomorrow como uma mini lata. Passou do Superman à um homem que usa a cueca por cima da calça.
Não é de todo mal. É de tudo ruim.
Batman Begins
4.0 1,4K Assista AgoraUma vez ouvi o comentário: "Qual é o superpoder de Tony Stark? - Ser rico."
Mas ele tinha um precursor da arquirrival DC.
Batman, embora não seja o mais super dos supers, é o que mais poderia se assemelhar à um utópico herói da vida real. No desastre desenfreado das franquias de super-heróis, esse acertou no alvo apostando aproximar o herói, o vilão e o contexto da nossa realidade. Como live action, é um bom drama.
Mulher-Gato
2.0 1,1KComo transformar uma vilã quase moral em uma heroína quase imoral: Halle Barry, a mais Mulher-Gato.
Batman & Robin
2.3 993 Assista AgoraÉ impressionante a capacidade dessa franquia em convencer bons atores à personagens que não são pra eles e em meio a tanta porcaria.
Batman Eternamente
2.6 721 Assista AgoraJim Carrey é a única peça a encaixar nessa charada dramática caricata psicodélica.
Batman: O Retorno
3.4 852 Assista AgoraO maior responsável pelo sucesso do herói é a construção do vilão. Por esse ponto de análise Batman leva vantagem, seus vilões são tão reais quanto a pior parte do ser humano.
Batman
3.5 831 Assista AgoraOpostos e dispostos. Batman não existe sem Coringa.
E nesse contraponto, sem esforço do julgo ético, o monocromático bem e mau vandalizando a obra policromo 'Nietzscheriana' da moral.
Superman IV: Em Busca da Paz
2.6 234 Assista AgoraComo a maioria, essa foi mais uma franquia em declínio vertiginoso com o desfecho de uma modalidade que os estadunidenses são heróis, a autopropaganda inflamada de falsa modéstia.
Apesar do Supeman ser o mais, mais sério e afamado dos supers, é nítido que os problemas de produção e roteiro não é uma característica de época, talvez seja de público alvo e é até hoje. Nesse mesmo espaço-tempo, Star Wars estava dando uma surra monumental em qualquer aspecto enquanto, até nos dias atuais, aturamos uma comédia fora de ritmo e hora da infindáveis produções de super heróis.
Supergirl
2.2 99 Assista AgoraPrimeira tentativa de feminismo da DC nos anos de 1980: bruxas, no padrão cinematográfico, rivalizando por homem com o contraponto do Super-Homem, a Super-Garota em cenário colegial.
Superman III
2.7 231 Assista AgoraÉ uma crítica social que cedeu, sem nenhuma relutância, à era dos trapalhões.
Superman II: A Aventura Continua
3.5 252 Assista AgoraO começo, do ciclo viciante, da destruição de New York como meio e não como fim, não poderia expressar melhor o olhar inocente e profissional da decada de 1980.
Superman: O Filme
3.7 515 Assista AgoraO melhor superman, provavelmente.
Christopher Reeve o melhor Clark Kent, certamente.