Vingança, cirurgião loco e um retardado que fez merda e... Mano do Céu, não tem como explicar. "A Pele que Habito" é a maior filme de vingança espanhola de todos os tempos! Dirigido por Pedro Almodóvar, é um drama complexo, com suspense psicológico nervoso e elementos de terror gótico, levados aos finalmentes.
O filme conta a história segue Robert Ledgard, (Antonio Banderas), um cirurgião plástico que está obcecado em desenvolver uma nova pele resistente a queimaduras e doenças após uma tragédia pessoal. Ele mantém como cobaia em sua mansão, Vera (Elena Anaya), uma jovem misteriosa na qual ele tem todos os cuidados. A relação dos é tensa e misteriosa, onde você vai vendo coisas, com flash backs explicando elas, com drama brabo piorando tudo e revelações que vão sendo costuradas na pele dos nossos olhos, que enlouquecem só de lembrar!
Vingança, loucura, obsessão e um oportunismo desgraçado! Almodóvar cola a gente no sofá e arranca a nossa pele com revelações desesperadoras, cenas chocantes, daquelas que faz cair o cu da bunda! Nunca vi alguém se fuder tanto assim. Nem tem como escrever mais nada.
Quando eu fui assisti pela primeira vez, acabei não lendo a sinapse e tomei um susto loco! Revendo agora, recomendo a todos que não leiam. É traumático, mas é dá hora! Esse foi o melhor filme do Almodóvar que eu já assisti.
Mistério, policial, terror... "O Corpo" é um thriller psicológico que conta história em torno de um caso loco, o desaparecimento do presunto de Mayka Villaverde (Belén Rueda) uma mulher rica e poderosa que some do necrotério. O detetive Jaime Peña (José Coronado), é encarregado de desvendar este enigma, enquanto lida com uma teia de intrigas e segredos. Coisas que envolvem o namorado do presunto Alex (Hugo Silva), principal suspeito do sumiço e do crime.
A trama é muito nervosa e cheia de mistérios, coisa que o genero policial carece muito hoje, você fica até nas duvidas o tema é esse, pois o terrorzinho bate nas portas da sala da nossa casa. O filme é intenso, você fica preso na sequencias de acontecimentos da trama, onde situações misteriosas surpreendem a gente o tempo todo, com as coisas que acontecem no necrotério, nos flash back e nas revelações. Fazendo eu achar que até zumbi papa defunto tinha na parada!
A direção do Oriol Paulo, é muito boa, ele tem o talento em criar suspenses envolventes, e não decepciona com este trabalho. A história é bem inteligente e muito bem construída, mas essas revelações dele, não funcionam pra mim. São muito forçadas e mirabolantes. Na minha opinião, ninguém se dedica desse jeito na vida, pra um plano de vingança como esse explicado no final. Só os coreano! Mas o coreanos não valem. A trama é muito boa, mas a revelação eu achei pirada demais. Fazer tudo aquilo no necrotério beleza, muito loco isso. Mas a filinha do cara se sujeitar a tanto, foi muito pra minha cabeça. Não desce.
Mesmo assim "O Corpo" é um ótimo entendimento, com belas cenas e cheia de momentos que fazem valer a noite de filmes.
"Contra o Tempo" é um thriller espanhol que prende me anos atrás me impressionou muito e prendeu minha atenção até o final. A trama gira em torno de Adrián Doria (Mario Casas), um empresário bem-sucedido que acorda em um quarto de hotel ao lado do corpo de sua amante morta. Sem lembranças do ocorrido e com a porta trancada por dentro o bicho se torna o principal suspeito do crime. Desesperado para provar sua inocência, ele contrata uma renomada advogada de defesa Virginia Goodman (Ana Wagener) para ajudá-lo a reconstruir os eventos da fatídica noite.
É um labirinto de tensão e mistério, onde cada flashback revela uma nova camada da história, desafiando a nossa mente em montar o quebra-cabeça de tudo, junto com os personagens. Oriol Paulo demonstra muita capacidade na direção, mantendo um ritmo ágil que envolve a gente uma narrativa tensa, cheia de reviravoltas e detalhes intricados.
As atuações são outro ponto alto, com Mario Casas e Ana Wagener tem belas atuações que ancoram a complexidade dos fatos e a urgência da situação. A fotografia limpa e digital deram o tom de Netflix ao filme que somado a esmaecida paleta de cores deram a trama a tensão que ela precisava, com a trilha sonora complementando a atmosfera de suspense, que o longa precisava para chupar a gente pra história.
Assistindo depois de um bom tempos, a experiência não tão boa quando antes, achei a trama muito ótima, mas os desfechos foram mirabolantes e artificiais demais. Eu nem lembrava de nada, achei impactante e tudo, mas hoje achei que está mais pras coisas forçadas da "La Casa de Papel".
"Um Contratempo" é um ótimo suspense, mas muito pro lado do entretenimento. Diverte e prende a gente do inicio ao fim. Vale o tempo.
De uma forma genial, Juan José Campanella leva pras telas um filme incrível, que de forma autoral e intimista ganhou o mundo todo com uma história poderosa, onde o amor e suspense, andam juntos como nos velhos tempos que o genero brindou o mundo com suas melhores obras.
"O Segredo dos Seus Olhos" é contado em forma de memórias de Benjamín Espósito, um oficial de justiça aposentado que decide escrever um romance baseado em um caso de estupro e assassinato que ele investigou 25 anos atrás. O filme é uma mistura certeira de thriller, drama e romance, que explora temas sobre justiça e vingança, numa época pesada da história argentina, onde o caos politico e militar, gerava medo e encobrindo o país em sombras, e escondendo seus assassinos.
A história mantém a gente preso do inicio ao fim, o complicado dramático caso de amor, que ora é abafado pelas memórias dolorosas e pelo reencontro no presente amargo, onde a trama tem uma reviravolta magnifica com o desfecho de todo o caso que Benjamín investigava no passado, e o romance que fazia luz, nas trevas daqueles dias.
Ricardo Darín entrega uma grande atuação como Benjamín Espósito, mostrando toda complexidade de um homem assombrado por um caso não resolvido e por sentimentos não correspondidos por sua colega de trabalho, Irene Hastings (Soledad Villamil).
A direção de Campanella é excelente, ela parece que revitaliza o gênero policial, trazendo frescor e estilo próprio com a fórmula fez miséria no passado, coisa que era foda que era chamada de clichê. A fotografia com tons envelhecidos contribuíram para criar a atmosfera densa e melancólica que permeia a história, dando um tom de memória e lembrança ao filme.
"O Segredo dos Seus Olhos" é um puta filme e o melhor filme argentino que eu já assisti. A história é marcante, a trama policial é cheia de mistério, com momentos tensos e dramáticos, com cenas nervosas de perseguição, tudo envolto num romance calado pela situação, que depois devido aos desfechos da mostrados na época se tornaram perigosos para acontecer. Campanella dirige o filme de forma intimista e original, dando pra trama um tempo para as coisas acontecerem, envolvendo os acontecimentos de forma misteriosa, inteligente e sem atropelos, mostrando assim uma grande capacidade e talento para fazer filmes. O final é foda!
Insanidade, surto, loucura. Gaspar Noé joga a gente no clube do inferno, põe nóis na pista pra dançar com o capeta, num filme audacioso e visceral, que explora um dos limites da mente humana e as consequências do descontrole químico nela.
"Climax" conta a história de um de um grupo de dançarinos urbanos na França nos anos 90, que após dias de ensaios intensos, eles celebram com uma festa que rapidamente se transforma em um pesadelo alucinante do cão quando descobrem que ponche que estão bebendo está batizado com alguma substancia química.
É um horror como eu nunca vi. O filme é uma jornada caótica através da loucura coletiva, em que cada personagem é levado ao extremo de suas emoções e desejos. Gaspar Noé utiliza seus planos sequência absurdos, com sua câmera espiritual que se move de maneira quase descontrolada, capturando a essência do surto coletivo e participando do caos que os personagens vivem. A direção é fantástica e se complementa com a atuações intensas e crua do elenco, liderado pela incrível e foda Sofia Boutella, que tem uma performance corporal fora de série, tanto na parte de danças, quanto na dramática, se considerarmos que muitos personagens ali, são dançarinos e não atores profissionais.
Tecnicamente o filme é sensacional, começa com uma entrevista fake com os dançarinos, depois pula pra uma performance enlouquecedora dos atores com uma coreografia urbana que eu nunca tinha visto. O povo agachava, rolava, se jogava, andava, saltitava, pulava e se contorcia, numa mistura de possessão, arte e atletismo. Duvido que alguém ali tenha cartilagem nos ossos! Depois veio os famosos diálogos franceses, aquelas coisas quase inúteis, onde eles conversam trivialidades que eu não consigo me conectar, mas que foi até legal de assistir. Mas nesse filme, Gaspar Noé brinda a gente, com o maior, mais real, mais honesto e mais sincero e mais inacreditável dialogo de sexo de todos os tempos. Dois homens, dois héteros, falando do jeito que se fala nas ruas, de forma imoral, suja, pecaminosa, porno e sem frescura. Coisa que faz qualquer feminista, nutello e purista surtar de desespero, de fazer passeata e piquete na casa do diretor, com pneu queimado e tudo. Cê é loco rsrsrs...
A história praticamente linear, mas a parte técnica não! Gaspar solta a apresentação da produção e do elenco de uma forma que eu nunca vi, com varias tipografias de texto, ao som de musicas e muita dança puxa, estica, solta, enrola do grupo. Mas ao mesmo tempo que o diretor brinca com isso, ele vai mostrando lentamente a mudança de comportamento dos dançarinos, sem eles e a gente perceber. Até que tudo explode!
O filme vira um pesadelo, um hospício de drogados, surtando de varias formas, gritando, berrando, rindo, chorando, brigando. Uma Cracolândia, um inferno. A câmera espiritual do Gaspar Noé faz a festa com 360 e tudo! A bicha fica possuída, fica na nóia juto com os dançarinos. A paleta de cores laranja, verde e vermelho, na penumbra do local cheio de corredores, faz que a experiência nossa vire um sonho do capeta.
Sofia Boutella enlouquece, a Mina arrebenta na atuação, daquelas que precisa se internar pra exorcizar a personagem. Impressiona, a coisa fica sem limites. A câmera do Gaspar se perde no meio da loucura, do horror e do medo. É um personagem invisível, mudo, mas que vive aquele inferno até o fim. As cenas finais são horríveis, insanas, macabras. Tudo vermelho caos, vermelho loucura, vermelho morte.
"Climax" é uma experiência única. É um filme que você se segura pra não ser sugado pra história. É perturbador, caótico, demoníaco. É um filme pra poucos. É genial, cult e tudo que tiver na sua tabela de cinema. É desafiador assistir, mas deve ter sido muito loco ter participado. De certa forma o filme é até educativo. Muita gente precisa assistir esse filme, antes de se picar. Filmão.
Violento, cru e perturbador. De trás pra frente, Gaspar Noé e sua câmera espirita, conta uma história difícil, marcante e inaceitável. O filme abre com dois homens, Marcus (Vincent Cassel) e Pierre (Albert Dupontel), navegando pelo submundo de Paris, numa caçada desesperada em busca de vingança pelo estupro brutal de Alex (Monica Bellucci), a namorada de Marcus e ex-namorada de Pierre.
A narrativa inversa de Noé não é apenas seu estilo, elas servem para desorientar e impactar, fazendo com que a violência e o trauma sejam sentidos de maneira mais real e intensa. A câmera instável e giratória, com as luzes laranjas e vermelhas contribuem para a sensação de caos e desordem, medo e sexo, sendo quase que um observador invisível, desbravando mais uma noite maldita pela cidade. A infame cena de estupro é uma das mais angustiantes e controversas que eu já vi na minha vida, e sempre é lembrada por provocar uma reação agonizante e visceral.
"Irreversível" é um filme muito de se difícil assistir, é impactante, o clima é pesadíssimo, a viagem noturna pelas bibocas parisienses é de virar o estomago. É tipo uma Cracolândia com Rua Augusta naquela época dos puteiros e inferninhos. A história começa alarmante, com a sede de vingança de Marcus, depois vira uma desgraça com a cena do estupro e só vai ficando mais leve, com o que segue no início de tudo da festa e o final que brinda a gente com um imagem bela.
Gaspar Noé criou uma obra que explora um dos extremos da violência, com o tempo e a memória sendo mostradas de uma maneira única e inesquecível. É muito forte, muito pesado e não pra todos. A obra é marcante, e mostra um pouco do horror que as vitimas desse crime abominável passam.
Ver o diabo, desafiar e brincar com ele. Kim Jee Woon nos leva pra mais uma história de vingança coreana. "Eu Vi o Diabo" conta a história de Kim Soo-hyeon (Byung-Hun Lee), um agente secreto da Coréia, cuja esposa é brutalmente assassinada por um serial killer psicopata, chamado Jang Kyung-chul, vivido pelo foda Min-Sik Choi. Desesperado e emm busca de vingança, Soo-hyeon inicia um alucinante jogo de gato e rato com o assassino, aplicando uma forma sádica de punição, torturando, capturando e soltando o bicho, para logo começar tudo de novo. O problema foi que Kyung-chul acaba gostando do jogo e decide entrar na brincadeira, desafiando e enfrentando o detetive, para ver quem é o mais forte e inteligente. Mas as consequências desse jogo, fogem do controle do detetive, levando-o para uma espiral de violência e loucura, onde o diabo não é visto, mas que um odioso aprendiz, sim.
O filme vira uma luta do bem contra o mal, do herói vingador contra um vilão sem limites, com cenas chocantes, com uma narrativa emocional, de moral turva, em que quase são rompidas a linha tênue do herói, ficando quase no nível das ações do vilão. As atrocidades de Jang Kyung-chul, são mostradas com uma lógica inacreditável e impossível de ser humana. É o mal. pelo mal, para o mal, que leva Kim Soo-hyeon, de forma quase insana a uma vingança desesperada, cega e sem limites, onde ele cai no mundo abismal do psicopata, com lugares e pessoas espelham o mal total desse mundo.
Assistir o detetive, sangrando e quase brincando com sua presa foi assustador. A forma como ele operava sua vingança, parecia ser perfeito. Mas não foi. Era revoltante ver o rastro de maldade deixado por Jang Kyung-chul, com cenas perturbadoras. Mas depois que o diabo percebe o que está acontecendo, o filme ganha um sopro maldito na história, com uma reviravolta terrível na trama, com a caça ganhando a frente de seu caçador.
Kim Jee Woon não deixa você respirar no filme todo, as cenas são frenéticas, tensas e fortes, onde você não sabe qual o melhor do pior que virá acontecer. O final foi muito bom, mas eu esperava que o detetive de alguma forma, fosse finalmente chegar ao nível do psicopata. Porque o arco de ódio, vingança e obsessão que ele tinha, parecia dar isso pro personagem.
“Eu Vi o Diabo” é um filme que nos confronta moralmente e permanece na nossa memória muito tempo depois que o filme acaba. É uma obra que questiona se a vingança realmente pode trazer paz a alguém que se vinga, e que mostra as consequências desastrosas que podem vir de quem busca suas ações.
Perturbador, macabro e sangrento. Sion Sono, leva pras telas uma história inspirada em fatos reais que faz você entender um pouco, porque tem tantos demônios nos quintos dos infernos. Psicológico, intenso e brutal, "Cold Fish" conta a história de Shamoto, um dono de uma loja modesta de peixes tropicais, que se encontra numa situação familiar quase destruída com sua esposa e filha. A vida de Shamoto toma um rumo inesperado quando ele conhece Murata, um carismático proprietário de uma loja de peixes exóticos. O que inicialmente parece ser uma amizade promissora de parceria e negócios, logo ela se transforma em um pesadelo sem fim, quando Shamoto é arrastado para o mundo sombrio e violento de Murata.
É preciso ter estomago nessa obra do Sion Sono, a maldade humana mostrada aqui, foi além do eu esperava. Filmes de serial killers, quase todo mundo está acostumado, mas assistir as coisas que o Murata e a namorada, faziam com as vitimas depois, eu nunca vi. Os caras sair matando por qualquer motivo é uma coisa, mas fazer aquela sanguera loca depois eu nunca imaginei. Mano do Céu, a felicidade e a satisfação que eles tinham em picar os corpos, separar os ossos, foi muito pra minha cabeça. E brincar ainda com partes dos órgãos. Mano... E tudo rindo, comemorando e festejando a cena, e xingando e ameaçando o pobre infeliz do Shamoto, que era um peixe frio, peixe morto, um Cold Fish, conforme o titulo sugere.
Desintegração familiar, manipulação psicológica, maldade humana. O diretor utiliza uma narrativa que combina elementos de horror, drama e humor negro para criar uma das piores experiência cinematográfica que eu já tive na vida. Uma coisa que quebrou minhas pernas, gelou meu sangue e secou minha garganta. As atuações impressionam, cheio dos trejeitos japonês, a dupla Denden (Murata) e Asuka Kurosawa (Aiko), dominam a tela com a presença ameaçadora, sarcástica e carismáticas de seus personagens, enquanto a gente agoniza vendo Mitsuru Fukikoshi (Shamoto), perdido e sem ação o filme todo.
Visualmente, "Cold Fish" é marcante, a violência das cenas são retratadas de maneira gráfica e visceral, não poupando você de se chocar com nada do que o casal Murata faz. Mas no entanto, é essa mesma brutalidade, impulsiona as mensagens que o filme passa e aprofunda o impacto perturbador da história.
Doentio, satânico e assustador. Não sei se só essas palavras definem as cenas finais do filme. Sexo, assassinato, estupro, tripa pra todo lado, eu achava que não veria mais nada, no filme, mas depois veio aquela cena do banheiro, que é treva pura.
É o melhor filme do Sion Sono que assisti, um dos melhores dos últimos tempos, mas que espero nunca possa ver. Credo.
Critica social, realidade, ricos x pobres. "Parasita" conta uma história que de alguma forma todo mundo alguma vez na vida já ouviu. Sobre as pessoas que mentem fingindo ser quem não são para levar uma vida melhor que elas tem. Ou melhor, levar a vida dos outros burlando tudo a sua volta. Não importa se é pra arrumar um relacionamento com alguém mais sofisticado ou se é pra entrar num circulo social maior do que a pessoa está.
Essa trama é um sucesso desde a idade média e neste estilo de cinema coreano, o filme ficou foda! A história contada de forma atual, mostrando de forma explicita e natural como esse povo age e dando nome e verbo bem apropriado para o que são e para o que fazem. A familia Ki-taek age como uma micro empresa de golpes e trambiques, e quando surge uma oportunidade boa, eles não perderam tempo em empregar todos seus talentos para meter o loco na família toda.
O filme é surpreendente e tudo, a forma que eles agem são pensadas e metódicas, coisa de profissional. E Bong Joon-ho mostra tudo de forma cômica, tensa um peso dramático forte, quando a situação social da família pobre piora na incrível cena da chuva. Onde os ricos se divertiam com o que acontecia e o outros perdiam até o que não tinham. Coisa quântica e bíblica.
O filme é muito bem feito, a câmera de Bong Joon-ho busca ângulos perfeitos, com uma fotografia limpa com cores vivas, onde mostra o ambiente belo e moderno da mansão de arquiteto, que faz a gente quase esquecer da casa de porão do bairro pobre que os trambiqueiros viviam. A trama se desenvolve com acontecimentos de cair o cú no chão, com momentos bem tensos e nervosos, revelações e reviravoltas que dão o titulo ao filme, e um final bem oriental, bem coreano e bem loco de ver. Grande filme.
“A vingança é um prato que se come frio”, mas eu acho que o Duralex deve ser coreano e não aquelas porcelana chinesa.
Bizarro, perverso, perturbador. Até onde vai a vingança de um ser humano? Não sei e nem imagino, mas "Oldboy" mostra um dos seus amargos limites.
Choi Min-sik vive Oh Dae-su, um homem comum, casado, pai de uma menina, que é sequestrado no dia do aniversário dela e mantido em cativeiro, num quarto sem janelas, assistindo TV por 15 anos, sem saber o motivo. Quando ele inesperadamente é libertado, Oh Dae-su se vê em uma busca frenética para descobrir a identidade de seu captor e o motivo de seu longo abordo encarceramento.
O filme é uma maldade total, você fica vendo o pobre Coréia, correndo pra lá e pra cá, fugindo como louco e investigando o que pode, batendo muito e apanhando mais ainda. Tudo pra saber o porque do sequestro maluco da sua soltura na mala vermelha. Mas nessa trilogia da vingança do Park Chan-wook, o dito popular, "Não há nada tão ruim que não possa piorar", acho que é o lema dos filmes, porque é foda. Eu achei até que ele seria feliz quando encontrou a Mi-do (Kang Hye Jung). Quinze anos preso, sem mulher, toda essa loucura na trama, ele se apaixona, e vem a praga de um paranauê desse no final? Quê quê isso...
A direção de Park Chan-wook é impressionante, a maneira como ele utiliza a fotografia e a direção de arte para criar uma atmosfera gótica e cyber, que ao mesmo tempo é bela e perturbadora, lembrando ser um Mangá cinema de tão autoral que foi a adaptação. O filme é visualmente deslumbrante, com cenas que parecem páginas vivas.
O roteiro é um poço de mistério e suspense, que vai construindo um quebra cabeça que vai além do que é mostrado. A narrativa é terror repleto de reviravoltas chocantes e revelações perturbadoras, que mantêm a gente preso até o seu desgraçado final.
Park Chan-wook mostra um filme que não se importa em chocar e provocar quem assiste. A temática de liberdade, culpa, humilhação e arrependimento, viram farinha de mandioca perto da vingança mostrada. A triste justificativa, o plano inacreditável e a disposição pra tocar o plano na história é algo surreal e particularmente pra mim exagerada. Mas é foda, "Oldboy" é uma puta experiência cinematográfica que infelizmente a gente não esquece e que ainda permanece depois que o filme acaba.
É uma obra-prima do cinema sul-coreano que marcou época e inspirou filmes no mundo inteiro.
Em mais uma cadeia de horríveis de acontecimentos, Park Chan-wook mostra mais um capitulo dessa sua trilogia sobre vingança. E depois dessa trilogia, acho que os italianos devem estar com uma ponta de inveja desse cineasta da Coréia.
"Vendetta" é a definição italiana para "Vingança" que os cineastas adoram babar nos filmes. Vingança vem do latim "Vindicta" ligado a "Vindicare", que significa “liberar alguém da escravidão”, de "Vindex", que é “protetor, defensor”. É Maaaaaaaaaaaaaaaaaiis ou menos assim.
Comparando as definições da palavra e assistindo essa trilogia do Park Chan-wook, não fica difícil perceber os significados e os conceitos da palavra em mais essa história e nos personagens desse e de outros filmes.
"Lady Vingança" conta história de Lee Geum-ja, (Lee Yeong-Ae), um mulher que puxou 13 anos de cana na prisão pelo sequestro e assassinato de um menino de 6 anos. Mas que na verdade, ela estava acobertando o verdadeiro culpado do crime, seu namorado e professor, Sr. Baek (Choi Min-Sik).
Durante seu tempo na prisão, Geum-ja planeja meticulosamente sua vingança contra o ex-amante. Após sua libertação com a ajuda de algumas amigas ex-presidiárias, ela vai atrás do fila da puta e coloca em prática seu terrível plano de vingança. Coisa que faz as definições "Vendetta, Vindicare, Vindex" sumirem e virarem a palavra "복수" Bogsu. Vingança em coreano. Maaaaaaaaaaaaaaaaaiis ou menos assim...
O filme tem uma narrativa não linear, aquela edição quebrada que destrói a cabeça da gente. Mas as sequencias são foda, a cenas são visualmente estilizadas, impactantes, com diálogos afiados, cheio de humor negro, que me manteve preso e engajado no plano da Lee Geum-ja até o fim. Coisa braba.
As cenas do filme são complicadas de explicar, Park Chan-wook tem o dom de fazer a gente rir, ao mesmo tempo que faz nosso estomago revirar de horror, medo e aflição. A história é toda dramática, mas diversas vezes você esquece de todo plano, porque o bom humor permeia quase toda trama. Menos na sequencia final, que é uma sangueira loca da porra.
"Lady Vingança" é um filme que você fica preso do inicio ao fim, junto com os outros filmes da trilogia, numa espiral de vingança. Eu nunca assisti esses filmes na sequencia, porque imagino que aqui, isso não tem importância. Foi um primeiros filmes coreanos que assisti, e me surpreendi muito com história, personagens, atores e diretor. O estilo não é novidade pra mim, mais o cinema oriental ressurgiu com os filmes desse país.
“Mr. Vingança” conta a história de Ryu, um jovem surdo que tinha uma situação difícil de doença na família, mas teve um azar normal de ser demitido. Mas depois ele teve uma ideia de girico de vender o rim, e se fudeu. Tomou um golpi. Mas o que é absurdo, foi que ele teve outra. "Sequestrar a filha do ex patrão", mas a fodocnina era tanta, mas tanta que a bichinha morreu tragicamente quando estava pra se resolver tudo.
Aí nasceu o Mr. Vingança e o primeiro filme dessa trilogia clássica do Park Chan-wook, chamada de Trilogia da Vingança". A história é um horror, é uma espiral de dor, injustiça e violência. A narrativa é tensa, porque toda essa situação nasce por um difícil problema médico, que um jovem surdo e sem recursos apela pras maldades do mundo pra resolver tudo, e se lasca.
É uma critica social, Park Chan-wook faz a gente pensar que a vitima da sociedade era um jovem surdo, com a irmã doente, mas que na realidade ele tinha tanta disposição pro mal quanto o seu patrão, que engraçado. Acaba sendo quase que o herói do filme. Mas ao mesmo tempo, se vê que as atitudes desesperadas de todos eles, geraram ações desesperadas. É foda.
O filme tem atuações fortes, como a de Song Kang-ho (Park Dong-jin), que vive o pai da menina sequestrada, e Bae Doona, que dá vida à personagem Cha Yeong-mi, uma militante de extrema esquerda que ajuda Ryu.
“Mr. Vingança” entretém, mas também provoca reflexões, pela história bem delicada e pelos intensos acontecimentos e reviravoltas que o filme dá. A obra deixou sua marca no cinema sul-coreano e deve ter inspirado muita coisa boa na década. As cenas finais são muito locas! O pai da menina faz a festa! Filmão.
"Millennium III: A Rainha do Castelo de Ar", fecha trilogia sueca de forma brilhante, com um filme de tribunal, numa trama que corre braba nos bastidores, onde o jornalista Mikael Blomkvist, fazia uma reportagem sobre o governo e acaba se deparando com uma grande conspiração envolvendo o governo, imprensa e policia para encobrir um espião russo. Um criminoso da cortina de ferro, que agora usa sua filha como escudo de uma série de assassinatos pra ele e para sua organização.
Depois dos eventos marcantes de "A Menina que Brincava com Fogo", Lisbeth Salander está hospitalizada, só o chucrute, quase em coma e praticamente presa, aguardando julgamento por crimes que ela não cometeu. Resta então ao seu quase namorado Mikael Blomkvist, investigar a parada, ele que já estava com a mão na massa, deixando o governo doidinho descobrindo os paranauê do espião, agora teve que rolar na macumba pra saber o passado de Lisbeth, seu crime na infância, sua estadia no hospício, e dos crimes que ela era acusada, como a morte do seu tutor estuprador. Um homem que ela só faltou mijar em cima.
O filme tem boas cenas de tensão e ação, mas agora com o Mikael como protagonista, você vê Lisbeth se recuperando lentamente e se preparando para um julgamento com provas certas que seriam mostradas no tribunal, mas havia um plano em movimento para destruir essas provas, sumir com as testemunhas e dar cabo de vez nessa acusada ruim de morrer.
A direção de Daniel Alfredson é muito boa, constrói ao longo de seus livros e filmes, uma história misteriosa e violenta, com momentos dramáticos, cheio de tensão e mistério, que vão sendo dosados em cada filme de um modo diferente, na medida que as revelações e reviravoltas são mostradas. O assassino vilão de 007, continua fazendo a festa, a curiosa condição e sua estrutura física do miserável, ajuda e muito o seu trabalho, e também faz que ele não tenha limites para realizar como e que ele quiser.
As cenas de corre corre do Mikael levantando a vida da Lisbeth, do pai e das cosias que aconteceram foram muito boas, assim como a fuga da Lisbeth no hospital, quando o bicho estava na bota dela, mas as cens do tribunal foram as que eu mais gostei. Primeiro com o espetáculo punk com a roupa de couro da Lisbeth, depois com o julgamento que parecia todo descreditado e sem provas, com o promotor mordendo a bunda da advogada de defesa. Mas aquele vídeo terrível do primeiro filme e o dossiê completo, brabo de tudo entregue no ultimo sanguinho pelo seu quase anjo e quase namorado Mikael.
Foi foda! Coisa humilhante! Foi aquela cena que a gente sempre sonha em ver num filme de tribunalzão.
É um grande filme! "Millennium III: A Rainha do Castelo de Ar", manteve uma espécie de coerência na produção e no desenvolvimento da história. Eu não li os livros, acredito que o filme deve ter alguns problemas de adaptação, coisa normal em qualquer filme, ainda mais com o próprio autor envolvido na roteirização o seu livro. Eu gostei muito do trabalho mostrado por Niels Arden Oplev no primeiro e Daniel Alfredson nas duas sequencias. Os três filmes, foram produzidos sem muitos recursos, sem uma Hollywood cheia de dollar para bancar a produção, coisa que na versão do David Fincher para "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres", não faltou. O filme do Fischer custou 90 pila pra ser feito, já os suecos foram gastos 13 milhões. Nos três filmes...
Dessa versão sueca, Noomi Rapace nasceu pro mundo. Noomi, a atriz deu forma pra icônica Lisbeth que fica impossível de esquecer. Sua atuação foi fria e intensa, nervosa e apática, mostrando a enigmática personalidade de Lisbeth Salander. Um ícone feminino do cinema. Grande atuação, grande atriz.
Vale muito assistir a trilogia sueca de Millennium, as coisas são mais pé no chão. Acredito que se David Fincher segui com os filmes, seria um estouro! Mas ele só fez um, queria adaptar ao seu modo os outros livros, coisa que infelizmente o autor não deixou. Depois bagunçaram toda franquia naquele "A Garota na Teia de Aranha", sem a Noomi e sem a Rooney Mara no papel da Lisbeth, mas sim com Claire Foy, que não fez feio.
Por isso que eu deixo minhas fichas nessa trilogia da terra do ABBA.
Conspirações, assassinatos, vingança. "Millennium II - A Menina que Brincava com Fogo" leva você para uma montanha sueca de acontecimentos, numa trama envolvente, misteriosa e cheia de ação. Logo após os eventos do primeiro filme, Lisbeth Salander se torna a principal suspeita em uma série de assassinatos. Ao mesmo tempo, o jornalista Mikael Blomkvist, seu amigo affaire e a aliado, retorna ao comando da famosa revista com uma reportagem daquelas que o governo paga o arrego. E se depara com o nome da raiz genealógica da sua amiguinha na papelada. Coisas brabas, aqueles passado te condena que manda matar qualquer um, até a própria filha.
O filme de Daniel Alfredson não deixa você descasar, são revelações e reviravoltas que você pira. A trama é cheia de detalhes, Lisbeth Salander é um verdadeiro enigma, tudo nela é misterioso, a aparência cyberpunk dela é um estouro e se contrapõe com sua incrível inteligência e sua capacidade foda de agir. Ela que já tinha o estado nos seus calcanhares por causa da justiça incendiaria que ela fez com o pai, e do puta golpi que ela deu no final do primeiro filme, agora a gata tem uma verdadeira organização atrás de sua bota, com um matador no estilo 007, fazendo a festa na vida da bichinha.
A coragem da Lisbeth é uma coisa que impressiona, ela é a melhor personagem feminina dos últimos anos e talvez até de décadas. Ela não tem essas habilidade impossíveis dos filmes de hoje, onde todo mundo é ninja, invencível, entendido de armas, bombas e anda de carrão. Lisbeth tem um passado desgraçado de dor, violência e superação. Ela foi a princesa jogada na caverna que precisou comer o dragão pra sobreviver. Ela nunca foi a filhinha do papai (Cê é loco), mas sim o demônio protetor de sua mãe. Ela não é heroína, e nem quer mudar nada. Ela é uma garota que pegou os cacos de si mesma, colou com cola Tenaz, pra brindar sua vida com vodka com gelo e vidro.
As cenas finais são impressionantes! A Mina foi pra matar ou morrer, vendetta pura, mas o que acontece foi foda! Que sequencia foi aquela? Sangue, barro, machado e chumbo. Mano, isso que é final!
"A Menina que Brincava com Fogo" leva a gente um pouco mais, para o passado obscuro de Lisbeth Salander, onde você se depara com um verdadeiro inferno de vida. Esses telefilmes tem seu estilo de adaptar histórias pra TV, e o cinema europeu conta essas tramas ao seu jeito. Filmaço!
"Millennium: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres".
Mikael Blomkvist, é um jornalista investigativo famoso que foi condenado por difamação por um homem forte no mercado, após uma reportagem da revista Millennium. Numa véspera de natal ele é contatado por Henrik Vanger, um inimigo em comum do homem que o processou, para resolver o mistério do desaparecimento de sua sobrinha, Harriet Vanger, ocorrido 40 anos antes. Durante sua investigação, Blomkvist se une a Lisbeth Salander, uma hacker brilhante e enigmática com um passado sombrio e doloroso.
Com uma abordagem sombria, violenta e dramática, o telefilme de Niels Arden Oplev, conta uma história cheia de ministérios e segredos. O filme explora temas como corrupção em grandes corporações, ética jornalística e violência contra as mulheres. A narrativa é intensa e cheia de suspense, que pega a gente pelo pescoço e amarra a gente no sofá com uma trama envolvente, pesada e intrincada em segredos obscuros da família Vanger. Família esta, que não queria ser investigada. Que depois se sabe porquê.
Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander, viraram ícones urbanos, uma espécie de anti-heróis, personagens diferentes, mas que ao seu modo sofrem as dores de lutar pela verdade. Blomkvist parece que trabalha na luz aos olhos vistos, sem mascara, mas com aplausos e com responsabilidades. Salander não. Lisbeth Salander anda nas sombras, nas trevas, sem medo, sem responsabilidade, inconsequente e sem remorso. Personagem profunda, cheia de dores e traumas; inteligentíssima, com um tipo de bondade que parece seguir um código de conduta, com uma métrica emocional, que paira entre o humano e o animal, com bondade e selvageria.
As atuações de Michael Nyqvist (Mikael Blomkvist) e Noomi Rapace (Lisbeth Salander) são notáveis, mas confesso que meus olhos estavam todos para a Noomi, que rouba o filme todo pra si, pela sua personagem que é simplesmente foda demais. O cinema está cheio de heróis de gaveta, heróis sem forja, heróis sem marcas, sem nada. Lisbeth quebra com essas marvels da vida, mostrando uma garota que defendeu a mãe do seu marido sádico, viveu no hospício sem ser louca, foi surrada, estuprada e devolvida pra sociedade, controlada pelo sistema. Viveu no inferno, saiu, mas o inferno não sai dela.
A trama do filme é sensacional e as cenas são foda, quando as coisas vão se resolvendo a história se encaminha pra um final surpreendente, muito nervoso, e cheio de revelações das investigações e do passado de Lisbeth.
“Os Homens que não Amavam as Mulheres” é mais do que um thriller policial comum, ele é um reflexo do cinema europeu sobre o tema. Um filme profundo e inteligente, com varias críticas sociais e algo como uma história que evolve o próprio povo sueco.
Acredito que o livro deve ser genial, mas a direção de Oplev, soube capturar a essência do material de origem, resultando num filme forte e marcante, com uma história poderosa, cheia de detalhes, em cenas intensas, pesadas e muitas vezes perturbadoras, mas com um desfecho incrível.
Eu assisti esse filme numa Super Cine na época, da metade pro fim por causa da Camilla Belle, que era muito gatinha. Mas revendo hoje, não salva nada. Filme bem genérico.
Eu já sabia que "Quando um Estranho Chama", tinha dado uma mamada loca no "Pânico", por motivos óbvios, mas a Camilla Belle me chamava. A mina fazendo essas babás gringas, me fez sonhar. Eu nunca tive babá, a Havaiana me criou. Nesse filme do Simon West, a bela atriz atraia todos os olhares, porque na maior parte da história não acontece nada, só tem a personagem andando com o telefone na mão, pra lá e pra cá.
Na época com o filme pela metade, com aquele corre corre todo, eu achei achei tudo até muito legal, a história parecia ser boa, mesmo com a decadência que o Super Cine, já apresentava. Ainda dava pra assistir o filme e se distrair, era aquela sessão de cinema faz nada na TV. Lembro da Camilla Belle fugindo e se escondendo do doido pra salvar a sua pele e das crianças. Lembro do chuvão da noite, da mansão toda de madeira e vidro, mas não imaginava que a trama toda fosse tão fraca.
Revendo o filme todo agora, eu me arrependo. Devia ter deixado quieto e ficado com a imagem da babá gatinha.
Eu fiquei nervoso! Onde já se viu um pau d'água daquele aparecer assim do nada e falar que a história era dele? Foi isso que eu senti nas primeiras cenas de "A Janela Secreta". Dirigido por David Koepp, baseado no conto “Janela Secreta, Jardim Secreto” de Stephen King, o filme conta a história de Mort Rainey, um escritor em crise criativa e pessoal após descobrir a infidelidade de sua esposa Amy, personagem vivida pro Maria Bello. Sua vida se complica ainda mais quando o estranho, John Shooter (John Turturro), aparece numa tarde vazia na porta de sua casa, o acusando de ter roubado sua história.
A frase é clássica, no trailer era a primeira cena que aparecia, e o efeito foi instantâneo... Quem é esse cara? John Turturro com seu John Shooter tinha tanta certeza que dava um certo medo dele estar certo. Já Depp com seu personagem todo chifrudo e cansado, que parecia nem ligar pro caipira na porta, afinal ele era o famoso escritor Mort Rainey, que agora era o capitão Jack Sparrow pra todos. Como um aceitar as zideía de um maluco desse?
A trama deixa a gente loco! John Shooter tinha tanta certeza que dava raiva, e as coisas que acontecia dava mais raiva ainda. "A Janela Secreta" faz isso, o filme explora temas como solidão, isolamento e paranoia, você não sabe mais qual linha separa a realidade do delírio. A atmosfera criada, deixa a gente incomodado com a presença ameaçadora do personagem de John Turturro, ao mesmo tempo que passa uma certa segurança com o escritor vivido por Depp.
Por mais que eu ache que o filme poderia ir muito mais longe na construção da trama, a direção de Koepp é excelente. A história procura mais te entreter primeiro, pra depois te causar outras sensações. O filme é cheio de mistério e suspense, as cenas deixam a gente nervoso pelas circunstancias mostradas e pelos personagens em questão.
Turturro e Depp, vivem personagens opostos. Um é seguro, forte e enigmático, o outro já é derrotado, cansado e vacilante. A trama fica tensa e nervosa, as imagens nos confundem, tudo parece um sonho, um delírio. Logo os personagens vão se revelando e o que segue depois é incrível, e pra mim até hoje inaceitável. Fila da puta!
"A Janela Secreta" parece que não é nada, mas é um filme muito bom! Eu não li o conto do King, mas imagino que uma carregada maior na trama deixaria o filme num patamar muito maior. O filme tem uma vocação foda ao medo e terror, mas David Koepp escolheu o entretenimento e mistério, acredito que pelo momento do ator com seu "Jack Sparrow" nas telas. Ficou muito bom, mas poderia ser muito melhor.
"Roubando Vidas" é um suspense forçado, clichê e cheio de ação, que eu aluguei na época por causa da Angelina Jolie. A Mina estava no auge, linda, beiçuda e com aquele par de turbina que a gente não esquece.
Angelina Jolie vive Illeana Scott, uma agente do FBI enviada a Montreal para ajudar na captura de um serial killer que bota o terror numa cidade por décadas. Este assassino possui uma tara macabra: Assumir as identidades de suas vítimas, depois que mata.
O filme tem muita perseguição, muito suspense, reviravoltas e revelações what the fuck? Angelina Jolie está linda demais e faz uma agente fodona, inteligente e sensual, que na hora certa dá o bote. Na trama tem Ethan Hawke correndo correndo um perigo loco, pois o assassino está assando a batata dele no fogo auto. Mas resumindo tudo, nada como um "Eu, Eu Mesmo e Irene" pra explicar o que vem depois...
O filme tem boas cenas de ação, um suspense continuo, uns tiros, muito corre corre, lutas e falsidade nas revelações. As cenas finais são quase que um abuso, mas ainda são boas. "Roubando Vidas" é um bom filme, é meio datado, mas distrai bastante. O final é estranho, mas não estraga a diversão.
Terror, suspense, investigação! O Super Cine existia no inicio dos anos 2000! E a noite ainda era uma criança! Eu cheguei atrasado quando passou pela primeira vez na TV, mas depois eu fiz justiça de locadora e não me decepcionei.
"Na Companhia do Medo" conta história de Miranda Grey (Halle Berry), uma psiquiatra conceituada de um Juqueri gringo, que depois de um sinistro terrível, virou paciente no próprio hospital que trampava. Na trama Miranda, tratava Chloe (Penélope Cruz), uma garota que tinha traumas terríveis e inexplicáveis, coisa meio exorcista até. E depois quando ela virou detenta, o bicho foi pra cima dela e fez a festa, mas no hospital moderno e cheio de segurança, outros perigos a aguardavam.
Sem acreditar no que fez e sem saber, como e porquê, Miranda foge. Foge naquelas fugas espetaculares, com carro roubado em noite chuvosa e escura. E vai se deparando com revelações e reviravoltas que não deixam eu pausar o filme até hoje! As coisas que ela descobre sobre a vitima, quebram as pernas! Mas depois sobra a sequencia final pra quebrar o resto da gente, com a psiquiatra, o fantasma e o mostro.
Além da Halle Berry e da Penélope Cruz, o filme conta com John Carroll Lynch, Bernard Hill, Charles S. Dutton e Robert Downey Jr.
A direção do Mathieu Kassovitz é ótima, com muita competência, todas as revelações são amarradas na camisa de força até o fim, Halle Berry dá show, Robert Downey Jr. ainda não era o Homem de Ferro e o filme tem um CGzinho bem legal, coisa que tira o filme do terror raiz e joga no entretenimento. Prefiro o terror raiz.
Horror puro! “Temos Vagas” fez eu suar frio num Super Cine da época! No maior Clima de "Psicose" o filme de Nimród Antal, mostra um dos thrillers mais brabos que eu já assisti de nicho pensão e hotelzinho de estrada.
David (Luke Wilson) e Amy Fox (Kate Beckinsale), são um casal que depois de uma situação trágica, vivem uma separação complicada. Os dois seguem á noite, numa estrada no fiofó dos EUA, perdidinhos da Silva. Até que encontram esses motéis de estrada gringos, onde são forçados a passarem a noite.
O gerente do motel, oferece a eles o que parecia ser o melhor quarto, a suíte “lua-de-mel”. Contudo, o quarto está em condições deploráveis, sujo e fedido e pra piorar, o hospede do lado, socava parede e porta, coisa que levou David até a gerencia. Tentando relaxar na cama o David encontra um videocassete com varias fitas. E foi ali, que sua estadia virou um inferno! No conteúdo dos filmes mostravam pessoas sendo assassinadas cruelmente num quarto de hotel. Adivinha qual?
O filme é alucinante! É um esquema de sádico! Luke Wilson e a deusa Kate Beckinsale, rolam na macumba pra fugir dessa raça ruim de assassinos. Mas o lugar também não contribui, é luz que apaga, entradas escondidas pelos quartos, câmeras, um horror!
A direção do Nimród Antal é muito competente! As cenas são carregadas de medo, tensão e violência. O clima é pesado demais, as cenas são escuras e muitas vezes sufocantes, quando começa a perseguição é um desespero loco que só acaba no fim. Você até reza por qualquer ajuda pros dois, mas perde a fé. A faca só descansa no final.
"Temos Vagas" é o "Hotel California" do Eagles do inferno! Não é uma obra prima, mas é muito foda. Fazia mais de uma década que não assistia. Filmão!
"Falando Com os Mortos", Cê é loco... Esses caras com esses dons, não tem sossego! Dirigido por Stephen Gyllenhaal, o filme conta a história de James Van Praagh (Ted Danson), um homem com habilidades paranormais que consegue se comunicar com os mortos desde criança, mas deu um abafa porque lá nos Estados Unidos, não tem Centro Espirita, Terreiro de Umbanda e nem Terreiro de Candomblé. Mesmo assim o médium James meio que se acostuma com seu dom e frequentemente tem suas visões desacreditadas, mas um dia ele é forçado a confrontar sua habilidade quando começa a ter visões de um menino assassinado com as mãos amarradas. Credo.
O filme é muito bom! A aura noventista dele é incrível, não é uma grande produção, alias passa longe disso, mas tem uma produção ótima, coisa de locadora, com uma história incrível e momentos cheio de suspense e tensão, que desenvolvem uma trama que prende a gente do começo ao fim, naquele estilo de filme Policial com Terror meio Espirita, das boa, que pegam a gente pelo bico até hoje!
Além de Ted Danson, o elenco conta com Queen Latifah, Mary Steenburgen e o véio Jack Palance.
Na trama tem muitas revelações, varias reviravoltas, cenas de susto, histórias paralelas, flash backs e muito espirito. As cenas finais são muito locas! Perseguições, desenterro e quase uma sessão espirita! É muita emoção! Jamais esqueço!
Ficou só na "Promessa" mesmo... O filme de Sean Penn, tinha tudo pra engatar. A história era promissora, o desenvolvimento era foda, mas tudo foi caindo pra um nada e uma sequencia final de doer os ossos e um desfecho que é muito ruim, daqueles que você assisti e vai chorar no bar.
Prestes a se aposentar e durante a sua festa de despedida, o detetive Jerry Black, (Jack Nicholson) é chamado para investigar o assassinato brutal de uma menina. Ao encontrar a mãe da vitima, Jerry faz uma promessa de encontrar o culpado, o que o leva ele a uma obsessiva e sedenta busca por justiça.
Além de Jack Nicholson, o filme conta com um elenco estelar: Aaron Eckhart, Benicio Del Toro, Helen Mirren, Mickey Rourke, Sam Shepard, Robin Wright, Vanessa Redgrave, Harry Dean Stanton.
Sério Mano, dá dó! É um dos maiores desperdícios de atores que eu já vi em um filme. Quando você acham que a história vai, ela não vai. Quando você acha que os personagens vão, também não vão. Então você espera pelo final, tipo "Agora vai!" numa fé cinéfila que a gente tem nos filmes. Mas parece que o pior de tudo ficou reservado pro final. O final mesmo, que tem as letras subindo.
"A Promessa", foi uma escorregada loca do Sean Penn. O filme tinha tudo, mas tudo pra ser foda, mas sei lá que esses caras tem na cabeça pra fazer umas coisas dessas nas histórias. Pena viu.
Depois desse filme, ele devia pagar é uma promessa pra quem assisti. Isso sim! 🙄
O inicio dos anos 2000 e suas histórias incríveis! Ainda com a sovaqueira noventista daquele estilo foda de filmagem, “O Dom da Premonição” é filme que você não dava nada na prateleira da locadora, mas depois que assistia, ficava balançando a cabeça falando: Dá hora! Muito bom!
Dirigido por Sam Raimi o enredo gira em torno de Annie Wilson, vivida pela novinha e quase desconhecida Cate Blanchett. Na história Annie é uma viúva, mãe de três filhos que possui dons psíquicos que são utilizados para oferecer leituras de cartas aos moradores da cidade onde reside, o que gera desconfiança e ceticismo e ódio entre alguns habitantes.
A trama se intensifica quando Annie começa a ter visões relacionadas a um assassinato na cidade, onde ela é chamada para ajudar a polícia local a solucionar o crime. Mas no meio disso, o filme fala de abusos e violência doméstica, situação essa de uma das suas consulentes, Valerie (Hilary Swank novinha...), que apanha feito uma condenada do marido covardão Donnie (Keanu Reeves), passa a ser um dos suspeitos, já que a vitima dava pra todo mundo e pra ele também. Jessica King (Katie Holmes), era o nome do chuchu na cerca.
A história é muito rica, tanto personagens como a trama são excelentes e não faltam mistério e suspense nas cenas, mas o filme tem belas surpresas que fazem jus a fama do diretor. Raimi desenvolve a investigação de forma dramática, porque o assassinato da garota liga ao crime domestico, mas com os dons psíquicos de Marcia Fernandes da Annie, colocam a história num outro patamar, com a personagem no centro de um crime cruel, que pelos seus dons, descobre que o assassino e quem ela menos espera.
Além da Cate Blanchett, Keanu Reeves, Hilary Swank e Katie Holmes, o elenco conta com Rosemary Harris, J. K. Simmons, Giovanni Ribisi e Greg Kinnear.
As revelações e reviravoltas do vim são excelentes e o final é incrível! Adoro esse filme! O genero Policial e Investigação, com Terror e esse lance espiritual na trama, me pegam pelo bico. Ótimo filme, história excelente, grande direção e belas atuações!
"Oh, a storm is threat'ning, My very life today, If I don't get some shelter, Oh yeah, I'm gonna fade away. War, children, it's just a shot away It's just a shot away..."
Quando começa o monólogo de Frank Costello, sobre a politica social imposta a ele, pelos italianos e pela a igreja, você ouve os primeiros acordes de "Gimme Shelter" dos Stones. "Oh, uma tempestade está ameaçando", você entende que um grande perigo, um grande caos se aproxima, e está próxima. E "...está a um tiro de distância".
"Os Infiltrados" foi um acontecimento. Dirigido de por Martin Scorsese, mesmo sendo uma adaptação do longa de Hong Kong "Conflitos Internos" (Infernal Affairs) o filme ganhou status de clássico, já em poucos meses durante o ano que foi lançado. De forma moderna, dramática e selvagem, Scorsese conta a história desses infiltrados, com uma trama policial que marcou a minha vida e a década no inteira do cinema nos anos 2000.
Billy Costigan (Leonardo DiCaprio), é um jovem policial que não passa no exame moral da policia de Boston, e obrigatoriamente de livre e espontânea vontade é convidado a se infiltrar na organização criminosa de Frank Costello, interpretado magistralmente por Jack Nicholson, e fazer um Globo Repórter na vida dele, com: "Quem são? Onde vivem? O que comem?". Coladinho com ele e com o Gugu, Matt Damon dá vida a Colin Sullivan, o informante da máfia de Costello, que ascende rapidamente no mesmo departamento de policia que Billy Costigan está. Começa então uma caçada silenciosa caçada nas sombras, onde Billy e Sullivan, lutam entre si, sem se tocarem, mas deixando um rastro de sangue ao seu redor.
O filme é emocionante, intenso e dramático, que explora temas como identidade, lealdade honra e traição. Scorsese, tem uma habilidade foda em contar histórias complexas e violentas, e não decepciona neste filme. Ele entrega uma narrativa tensa, cheia de reviravoltas e violência, apoiadas por diálogos afiados e performances excepcionais do elenco, que também conta com Mark Wahlberg,
Scorsese, é conhecido por sua habilidade em contar histórias complexas e violentas, e não decepciona neste filme. Ele entrega uma narrativa cheia de tensão e reviravoltas, apoiada por diálogos afiados e performances excepcionais do elenco estelar, que também inclui Mark Wahlberg, Martin Sheen, Alec Baldwin, Ray Winstone, Vera Farmiga e Anthony Anderson.
A direção de Scorsese é fora de série, ele mantém a trama presa em nós não só pela história tensa e perigosa, mas pelo grande apelo moral que ela tem. A trilha sonora, que inclui a icônica "Gimme Shelter" dos Rolling Stones, complementa perfeitamente o tom do filme, incorporando o significado pessimista da musica no enredo e mostrando com mais veracidade e definindo de forma dolorosa, os heróis e os vilões. "Quem são, onde vivem, o que comem..."
"Os Infiltrados" foi um marco na carreira do Scorsese, um filme que marcou uma geração inteira, e que foi reconhecido pelo o Oscar de Melhor Diretor e Melhor Filme. É uma obra-prima do gênero policial, repleta de violência e realismo, que arrastou muitos fãs do diretor pros cinemas, inclusive eu. Jack Nicholson destruiu o filme! Jack esbanjada sarcasmo e exagero em tudo que fazia. Leonardo DiCaprio teve mais um grande trabalho na carreira, o terceiro de seis obras primas em parceira com o diretor.
O filme tem cenas sensacionais, cheia de drama e violência, sempre com os personagens á um sanguinho de perderem suas falsas identidades. Até hoje as cenas do prédio com o chefe da policia Queenan (Martin Sheen), me deixam nervoso, junto com as sequencias dos documentos que deram vida a uns dos finais mais amargos que eu já num filme do diretor.
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraVingança, cirurgião loco e um retardado que fez merda e... Mano do Céu, não tem como explicar. "A Pele que Habito" é a maior filme de vingança espanhola de todos os tempos! Dirigido por Pedro Almodóvar, é um drama complexo, com suspense psicológico nervoso e elementos de terror gótico, levados aos finalmentes.
O filme conta a história segue Robert Ledgard, (Antonio Banderas), um cirurgião plástico que está obcecado em desenvolver uma nova pele resistente a queimaduras e doenças após uma tragédia pessoal. Ele mantém como cobaia em sua mansão, Vera (Elena Anaya), uma jovem misteriosa na qual ele tem todos os cuidados. A relação dos é tensa e misteriosa, onde você vai vendo coisas, com flash backs explicando elas, com drama brabo piorando tudo e revelações que vão sendo costuradas na pele dos nossos olhos, que enlouquecem só de lembrar!
Vingança, loucura, obsessão e um oportunismo desgraçado! Almodóvar cola a gente no sofá e arranca a nossa pele com revelações desesperadoras, cenas chocantes, daquelas que faz cair o cu da bunda! Nunca vi alguém se fuder tanto assim. Nem tem como escrever mais nada.
Quando eu fui assisti pela primeira vez, acabei não lendo a sinapse e tomei um susto loco! Revendo agora, recomendo a todos que não leiam. É traumático, mas é dá hora! Esse foi o melhor filme do Almodóvar que eu já assisti.
O Corpo
4.1 1,0KMistério, policial, terror... "O Corpo" é um thriller psicológico que conta história em torno de um caso loco, o desaparecimento do presunto de Mayka Villaverde (Belén Rueda) uma mulher rica e poderosa que some do necrotério. O detetive Jaime Peña (José Coronado), é encarregado de desvendar este enigma, enquanto lida com uma teia de intrigas e segredos. Coisas que envolvem o namorado do presunto Alex (Hugo Silva), principal suspeito do sumiço e do crime.
A trama é muito nervosa e cheia de mistérios, coisa que o genero policial carece muito hoje, você fica até nas duvidas o tema é esse, pois o terrorzinho bate nas portas da sala da nossa casa. O filme é intenso, você fica preso na sequencias de acontecimentos da trama, onde situações misteriosas surpreendem a gente o tempo todo, com as coisas que acontecem no necrotério, nos flash back e nas revelações. Fazendo eu achar que até zumbi papa defunto tinha na parada!
A direção do Oriol Paulo, é muito boa, ele tem o talento em criar suspenses envolventes, e não decepciona com este trabalho. A história é bem inteligente e muito bem construída, mas essas revelações dele, não funcionam pra mim. São muito forçadas e mirabolantes. Na minha opinião, ninguém se dedica desse jeito na vida, pra um plano de vingança como esse explicado no final. Só os coreano! Mas o coreanos não valem. A trama é muito boa, mas a revelação eu achei pirada demais. Fazer tudo aquilo no necrotério beleza, muito loco isso. Mas a filinha do cara se sujeitar a tanto, foi muito pra minha cabeça. Não desce.
Mesmo assim "O Corpo" é um ótimo entendimento, com belas cenas e cheia de momentos que fazem valer a noite de filmes.
Um Contratempo
4.2 2,0K"Contra o Tempo" é um thriller espanhol que prende me anos atrás me impressionou muito e prendeu minha atenção até o final. A trama gira em torno de Adrián Doria (Mario Casas), um empresário bem-sucedido que acorda em um quarto de hotel ao lado do corpo de sua amante morta. Sem lembranças do ocorrido e com a porta trancada por dentro o bicho se torna o principal suspeito do crime. Desesperado para provar sua inocência, ele contrata uma renomada advogada de defesa Virginia Goodman (Ana Wagener) para ajudá-lo a reconstruir os eventos da fatídica noite.
É um labirinto de tensão e mistério, onde cada flashback revela uma nova camada da história, desafiando a nossa mente em montar o quebra-cabeça de tudo, junto com os personagens. Oriol Paulo demonstra muita capacidade na direção, mantendo um ritmo ágil que envolve a gente uma narrativa tensa, cheia de reviravoltas e detalhes intricados.
As atuações são outro ponto alto, com Mario Casas e Ana Wagener tem belas atuações que ancoram a complexidade dos fatos e a urgência da situação. A fotografia limpa e digital deram o tom de Netflix ao filme que somado a esmaecida paleta de cores deram a trama a tensão que ela precisava, com a trilha sonora complementando a atmosfera de suspense, que o longa precisava para chupar a gente pra história.
Assistindo depois de um bom tempos, a experiência não tão boa quando antes, achei a trama muito ótima, mas os desfechos foram mirabolantes e artificiais demais. Eu nem lembrava de nada, achei impactante e tudo, mas hoje achei que está mais pras coisas forçadas da "La Casa de Papel".
"Um Contratempo" é um ótimo suspense, mas muito pro lado do entretenimento. Diverte e prende a gente do inicio ao fim. Vale o tempo.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraDe uma forma genial, Juan José Campanella leva pras telas um filme incrível, que de forma autoral e intimista ganhou o mundo todo com uma história poderosa, onde o amor e suspense, andam juntos como nos velhos tempos que o genero brindou o mundo com suas melhores obras.
"O Segredo dos Seus Olhos" é contado em forma de memórias de Benjamín Espósito, um oficial de justiça aposentado que decide escrever um romance baseado em um caso de estupro e assassinato que ele investigou 25 anos atrás. O filme é uma mistura certeira de thriller, drama e romance, que explora temas sobre justiça e vingança, numa época pesada da história argentina, onde o caos politico e militar, gerava medo e encobrindo o país em sombras, e escondendo seus assassinos.
A história mantém a gente preso do inicio ao fim, o complicado dramático caso de amor, que ora é abafado pelas memórias dolorosas e pelo reencontro no presente amargo, onde a trama tem uma reviravolta magnifica com o desfecho de todo o caso que Benjamín investigava no passado, e o romance que fazia luz, nas trevas daqueles dias.
Ricardo Darín entrega uma grande atuação como Benjamín Espósito, mostrando toda complexidade de um homem assombrado por um caso não resolvido e por sentimentos não correspondidos por sua colega de trabalho, Irene Hastings (Soledad Villamil).
A direção de Campanella é excelente, ela parece que revitaliza o gênero policial, trazendo frescor e estilo próprio com a fórmula fez miséria no passado, coisa que era foda que era chamada de clichê. A fotografia com tons envelhecidos contribuíram para criar a atmosfera densa e melancólica que permeia a história, dando um tom de memória e lembrança ao filme.
"O Segredo dos Seus Olhos" é um puta filme e o melhor filme argentino que eu já assisti. A história é marcante, a trama policial é cheia de mistério, com momentos tensos e dramáticos, com cenas nervosas de perseguição, tudo envolto num romance calado pela situação, que depois devido aos desfechos da mostrados na época se tornaram perigosos para acontecer. Campanella dirige o filme de forma intimista e original, dando pra trama um tempo para as coisas acontecerem, envolvendo os acontecimentos de forma misteriosa, inteligente e sem atropelos, mostrando assim uma grande capacidade e talento para fazer filmes. O final é foda!
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraInsanidade, surto, loucura. Gaspar Noé joga a gente no clube do inferno, põe nóis na pista pra dançar com o capeta, num filme audacioso e visceral, que explora um dos limites da mente humana e as consequências do descontrole químico nela.
"Climax" conta a história de um de um grupo de dançarinos urbanos na França nos anos 90, que após dias de ensaios intensos, eles celebram com uma festa que rapidamente se transforma em um pesadelo alucinante do cão quando descobrem que ponche que estão bebendo está batizado com alguma substancia química.
É um horror como eu nunca vi. O filme é uma jornada caótica através da loucura coletiva, em que cada personagem é levado ao extremo de suas emoções e desejos. Gaspar Noé utiliza seus planos sequência absurdos, com sua câmera espiritual que se move de maneira quase descontrolada, capturando a essência do surto coletivo e participando do caos que os personagens vivem. A direção é fantástica e se complementa com a atuações intensas e crua do elenco, liderado pela incrível e foda Sofia Boutella, que tem uma performance corporal fora de série, tanto na parte de danças, quanto na dramática, se considerarmos que muitos personagens ali, são dançarinos e não atores profissionais.
Tecnicamente o filme é sensacional, começa com uma entrevista fake com os dançarinos, depois pula pra uma performance enlouquecedora dos atores com uma coreografia urbana que eu nunca tinha visto. O povo agachava, rolava, se jogava, andava, saltitava, pulava e se contorcia, numa mistura de possessão, arte e atletismo. Duvido que alguém ali tenha cartilagem nos ossos! Depois veio os famosos diálogos franceses, aquelas coisas quase inúteis, onde eles conversam trivialidades que eu não consigo me conectar, mas que foi até legal de assistir. Mas nesse filme, Gaspar Noé brinda a gente, com o maior, mais real, mais honesto e mais sincero e mais inacreditável dialogo de sexo de todos os tempos. Dois homens, dois héteros, falando do jeito que se fala nas ruas, de forma imoral, suja, pecaminosa, porno e sem frescura. Coisa que faz qualquer feminista, nutello e purista surtar de desespero, de fazer passeata e piquete na casa do diretor, com pneu queimado e tudo. Cê é loco rsrsrs...
A história praticamente linear, mas a parte técnica não! Gaspar solta a apresentação da produção e do elenco de uma forma que eu nunca vi, com varias tipografias de texto, ao som de musicas e muita dança puxa, estica, solta, enrola do grupo. Mas ao mesmo tempo que o diretor brinca com isso, ele vai mostrando lentamente a mudança de comportamento dos dançarinos, sem eles e a gente perceber. Até que tudo explode!
O filme vira um pesadelo, um hospício de drogados, surtando de varias formas, gritando, berrando, rindo, chorando, brigando. Uma Cracolândia, um inferno. A câmera espiritual do Gaspar Noé faz a festa com 360 e tudo! A bicha fica possuída, fica na nóia juto com os dançarinos. A paleta de cores laranja, verde e vermelho, na penumbra do local cheio de corredores, faz que a experiência nossa vire um sonho do capeta.
Sofia Boutella enlouquece, a Mina arrebenta na atuação, daquelas que precisa se internar pra exorcizar a personagem. Impressiona, a coisa fica sem limites. A câmera do Gaspar se perde no meio da loucura, do horror e do medo. É um personagem invisível, mudo, mas que vive aquele inferno até o fim. As cenas finais são horríveis, insanas, macabras. Tudo vermelho caos, vermelho loucura, vermelho morte.
"Climax" é uma experiência única. É um filme que você se segura pra não ser sugado pra história. É perturbador, caótico, demoníaco. É um filme pra poucos. É genial, cult e tudo que tiver na sua tabela de cinema. É desafiador assistir, mas deve ter sido muito loco ter participado. De certa forma o filme é até educativo. Muita gente precisa assistir esse filme, antes de se picar. Filmão.
Lembro quando noticiou essa história na TV.
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraViolento, cru e perturbador. De trás pra frente, Gaspar Noé e sua câmera espirita, conta uma história difícil, marcante e inaceitável. O filme abre com dois homens, Marcus (Vincent Cassel) e Pierre (Albert Dupontel), navegando pelo submundo de Paris, numa caçada desesperada em busca de vingança pelo estupro brutal de Alex (Monica Bellucci), a namorada de Marcus e ex-namorada de Pierre.
A narrativa inversa de Noé não é apenas seu estilo, elas servem para desorientar e impactar, fazendo com que a violência e o trauma sejam sentidos de maneira mais real e intensa. A câmera instável e giratória, com as luzes laranjas e vermelhas contribuem para a sensação de caos e desordem, medo e sexo, sendo quase que um observador invisível, desbravando mais uma noite maldita pela cidade. A infame cena de estupro é uma das mais angustiantes e controversas que eu já vi na minha vida, e sempre é lembrada por provocar uma reação agonizante e visceral.
"Irreversível" é um filme muito de se difícil assistir, é impactante, o clima é pesadíssimo, a viagem noturna pelas bibocas parisienses é de virar o estomago. É tipo uma Cracolândia com Rua Augusta naquela época dos puteiros e inferninhos. A história começa alarmante, com a sede de vingança de Marcus, depois vira uma desgraça com a cena do estupro e só vai ficando mais leve, com o que segue no início de tudo da festa e o final que brinda a gente com um imagem bela.
Gaspar Noé criou uma obra que explora um dos extremos da violência, com o tempo e a memória sendo mostradas de uma maneira única e inesquecível. É muito forte, muito pesado e não pra todos. A obra é marcante, e mostra um pouco do horror que as vitimas desse crime abominável passam.
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KVer o diabo, desafiar e brincar com ele. Kim Jee Woon nos leva pra mais uma história de vingança coreana. "Eu Vi o Diabo" conta a história de Kim Soo-hyeon (Byung-Hun Lee), um agente secreto da Coréia, cuja esposa é brutalmente assassinada por um serial killer psicopata, chamado Jang Kyung-chul, vivido pelo foda Min-Sik Choi. Desesperado e emm busca de vingança, Soo-hyeon inicia um alucinante jogo de gato e rato com o assassino, aplicando uma forma sádica de punição, torturando, capturando e soltando o bicho, para logo começar tudo de novo. O problema foi que Kyung-chul acaba gostando do jogo e decide entrar na brincadeira, desafiando e enfrentando o detetive, para ver quem é o mais forte e inteligente. Mas as consequências desse jogo, fogem do controle do detetive, levando-o para uma espiral de violência e loucura, onde o diabo não é visto, mas que um odioso aprendiz, sim.
O filme vira uma luta do bem contra o mal, do herói vingador contra um vilão sem limites, com cenas chocantes, com uma narrativa emocional, de moral turva, em que quase são rompidas a linha tênue do herói, ficando quase no nível das ações do vilão. As atrocidades de Jang Kyung-chul, são mostradas com uma lógica inacreditável e impossível de ser humana. É o mal. pelo mal, para o mal, que leva Kim Soo-hyeon, de forma quase insana a uma vingança desesperada, cega e sem limites, onde ele cai no mundo abismal do psicopata, com lugares e pessoas espelham o mal total desse mundo.
Assistir o detetive, sangrando e quase brincando com sua presa foi assustador. A forma como ele operava sua vingança, parecia ser perfeito. Mas não foi. Era revoltante ver o rastro de maldade deixado por Jang Kyung-chul, com cenas perturbadoras. Mas depois que o diabo percebe o que está acontecendo, o filme ganha um sopro maldito na história, com uma reviravolta terrível na trama, com a caça ganhando a frente de seu caçador.
Kim Jee Woon não deixa você respirar no filme todo, as cenas são frenéticas, tensas e fortes, onde você não sabe qual o melhor do pior que virá acontecer. O final foi muito bom, mas eu esperava que o detetive de alguma forma, fosse finalmente chegar ao nível do psicopata. Porque o arco de ódio, vingança e obsessão que ele tinha, parecia dar isso pro personagem.
“Eu Vi o Diabo” é um filme que nos confronta moralmente e permanece na nossa memória muito tempo depois que o filme acaba. É uma obra que questiona se a vingança realmente pode trazer paz a alguém que se vinga, e que mostra as consequências desastrosas que podem vir de quem busca suas ações.
Cold Fish
3.8 115Perturbador, macabro e sangrento. Sion Sono, leva pras telas uma história inspirada em fatos reais que faz você entender um pouco, porque tem tantos demônios nos quintos dos infernos. Psicológico, intenso e brutal, "Cold Fish" conta a história de Shamoto, um dono de uma loja modesta de peixes tropicais, que se encontra numa situação familiar quase destruída com sua esposa e filha. A vida de Shamoto toma um rumo inesperado quando ele conhece Murata, um carismático proprietário de uma loja de peixes exóticos. O que inicialmente parece ser uma amizade promissora de parceria e negócios, logo ela se transforma em um pesadelo sem fim, quando Shamoto é arrastado para o mundo sombrio e violento de Murata.
É preciso ter estomago nessa obra do Sion Sono, a maldade humana mostrada aqui, foi além do eu esperava. Filmes de serial killers, quase todo mundo está acostumado, mas assistir as coisas que o Murata e a namorada, faziam com as vitimas depois, eu nunca vi. Os caras sair matando por qualquer motivo é uma coisa, mas fazer aquela sanguera loca depois eu nunca imaginei. Mano do Céu, a felicidade e a satisfação que eles tinham em picar os corpos, separar os ossos, foi muito pra minha cabeça. E brincar ainda com partes dos órgãos. Mano... E tudo rindo, comemorando e festejando a cena, e xingando e ameaçando o pobre infeliz do Shamoto, que era um peixe frio, peixe morto, um Cold Fish, conforme o titulo sugere.
Desintegração familiar, manipulação psicológica, maldade humana. O diretor utiliza uma narrativa que combina elementos de horror, drama e humor negro para criar uma das piores experiência cinematográfica que eu já tive na vida. Uma coisa que quebrou minhas pernas, gelou meu sangue e secou minha garganta. As atuações impressionam, cheio dos trejeitos japonês, a dupla Denden (Murata) e Asuka Kurosawa (Aiko), dominam a tela com a presença ameaçadora, sarcástica e carismáticas de seus personagens, enquanto a gente agoniza vendo Mitsuru Fukikoshi (Shamoto), perdido e sem ação o filme todo.
Visualmente, "Cold Fish" é marcante, a violência das cenas são retratadas de maneira gráfica e visceral, não poupando você de se chocar com nada do que o casal Murata faz. Mas no entanto, é essa mesma brutalidade, impulsiona as mensagens que o filme passa e aprofunda o impacto perturbador da história.
Doentio, satânico e assustador. Não sei se só essas palavras definem as cenas finais do filme. Sexo, assassinato, estupro, tripa pra todo lado, eu achava que não veria mais nada, no filme, mas depois veio aquela cena do banheiro, que é treva pura.
É o melhor filme do Sion Sono que assisti, um dos melhores dos últimos tempos, mas que espero nunca possa ver. Credo.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraCritica social, realidade, ricos x pobres. "Parasita" conta uma história que de alguma forma todo mundo alguma vez na vida já ouviu. Sobre as pessoas que mentem fingindo ser quem não são para levar uma vida melhor que elas tem. Ou melhor, levar a vida dos outros burlando tudo a sua volta. Não importa se é pra arrumar um relacionamento com alguém mais sofisticado ou se é pra entrar num circulo social maior do que a pessoa está.
Essa trama é um sucesso desde a idade média e neste estilo de cinema coreano, o filme ficou foda! A história contada de forma atual, mostrando de forma explicita e natural como esse povo age e dando nome e verbo bem apropriado para o que são e para o que fazem. A familia Ki-taek age como uma micro empresa de golpes e trambiques, e quando surge uma oportunidade boa, eles não perderam tempo em empregar todos seus talentos para meter o loco na família toda.
O filme é surpreendente e tudo, a forma que eles agem são pensadas e metódicas, coisa de profissional. E Bong Joon-ho mostra tudo de forma cômica, tensa um peso dramático forte, quando a situação social da família pobre piora na incrível cena da chuva. Onde os ricos se divertiam com o que acontecia e o outros perdiam até o que não tinham. Coisa quântica e bíblica.
O filme é muito bem feito, a câmera de Bong Joon-ho busca ângulos perfeitos, com uma fotografia limpa com cores vivas, onde mostra o ambiente belo e moderno da mansão de arquiteto, que faz a gente quase esquecer da casa de porão do bairro pobre que os trambiqueiros viviam. A trama se desenvolve com acontecimentos de cair o cú no chão, com momentos bem tensos e nervosos, revelações e reviravoltas que dão o titulo ao filme, e um final bem oriental, bem coreano e bem loco de ver. Grande filme.
Oldboy
4.3 2,3K Assista Agora“A vingança é um prato que se come frio”, mas eu acho que o Duralex deve ser coreano e não aquelas porcelana chinesa.
Bizarro, perverso, perturbador. Até onde vai a vingança de um ser humano? Não sei e nem imagino, mas "Oldboy" mostra um dos seus amargos limites.
Choi Min-sik vive Oh Dae-su, um homem comum, casado, pai de uma menina, que é sequestrado no dia do aniversário dela e mantido em cativeiro, num quarto sem janelas, assistindo TV por 15 anos, sem saber o motivo. Quando ele inesperadamente é libertado, Oh Dae-su se vê em uma busca frenética para descobrir a identidade de seu captor e o motivo de seu longo abordo encarceramento.
O filme é uma maldade total, você fica vendo o pobre Coréia, correndo pra lá e pra cá, fugindo como louco e investigando o que pode, batendo muito e apanhando mais ainda. Tudo pra saber o porque do sequestro maluco da sua soltura na mala vermelha. Mas nessa trilogia da vingança do Park Chan-wook, o dito popular, "Não há nada tão ruim que não possa piorar", acho que é o lema dos filmes, porque é foda. Eu achei até que ele seria feliz quando encontrou a Mi-do (Kang Hye Jung). Quinze anos preso, sem mulher, toda essa loucura na trama, ele se apaixona, e vem a praga de um paranauê desse no final? Quê quê isso...
A direção de Park Chan-wook é impressionante, a maneira como ele utiliza a fotografia e a direção de arte para criar uma atmosfera gótica e cyber, que ao mesmo tempo é bela e perturbadora, lembrando ser um Mangá cinema de tão autoral que foi a adaptação. O filme é visualmente deslumbrante, com cenas que parecem páginas vivas.
O roteiro é um poço de mistério e suspense, que vai construindo um quebra cabeça que vai além do que é mostrado. A narrativa é terror repleto de reviravoltas chocantes e revelações perturbadoras, que mantêm a gente preso até o seu desgraçado final.
Park Chan-wook mostra um filme que não se importa em chocar e provocar quem assiste. A temática de liberdade, culpa, humilhação e arrependimento, viram farinha de mandioca perto da vingança mostrada. A triste justificativa, o plano inacreditável e a disposição pra tocar o plano na história é algo surreal e particularmente pra mim exagerada. Mas é foda, "Oldboy" é uma puta experiência cinematográfica que infelizmente a gente não esquece e que ainda permanece depois que o filme acaba.
É uma obra-prima do cinema sul-coreano que marcou época e inspirou filmes no mundo inteiro.
Lady Vingança
4.0 456Em mais uma cadeia de horríveis de acontecimentos, Park Chan-wook mostra mais um capitulo dessa sua trilogia sobre vingança. E depois dessa trilogia, acho que os italianos devem estar com uma ponta de inveja desse cineasta da Coréia.
"Vendetta" é a definição italiana para "Vingança" que os cineastas adoram babar nos filmes. Vingança vem do latim "Vindicta" ligado a "Vindicare", que significa “liberar alguém da escravidão”, de "Vindex", que é “protetor, defensor”. É Maaaaaaaaaaaaaaaaaiis ou menos assim.
Comparando as definições da palavra e assistindo essa trilogia do Park Chan-wook, não fica difícil perceber os significados e os conceitos da palavra em mais essa história e nos personagens desse e de outros filmes.
"Lady Vingança" conta história de Lee Geum-ja, (Lee Yeong-Ae), um mulher que puxou 13 anos de cana na prisão pelo sequestro e assassinato de um menino de 6 anos. Mas que na verdade, ela estava acobertando o verdadeiro culpado do crime, seu namorado e professor, Sr. Baek (Choi Min-Sik).
Durante seu tempo na prisão, Geum-ja planeja meticulosamente sua vingança contra o ex-amante. Após sua libertação com a ajuda de algumas amigas ex-presidiárias, ela vai atrás do fila da puta e coloca em prática seu terrível plano de vingança. Coisa que faz as definições "Vendetta, Vindicare, Vindex" sumirem e virarem a palavra "복수" Bogsu. Vingança em coreano. Maaaaaaaaaaaaaaaaaiis ou menos assim...
O filme tem uma narrativa não linear, aquela edição quebrada que destrói a cabeça da gente. Mas as sequencias são foda, a cenas são visualmente estilizadas, impactantes, com diálogos afiados, cheio de humor negro, que me manteve preso e engajado no plano da Lee Geum-ja até o fim. Coisa braba.
As cenas do filme são complicadas de explicar, Park Chan-wook tem o dom de fazer a gente rir, ao mesmo tempo que faz nosso estomago revirar de horror, medo e aflição. A história é toda dramática, mas diversas vezes você esquece de todo plano, porque o bom humor permeia quase toda trama. Menos na sequencia final, que é uma sangueira loca da porra.
"Lady Vingança" é um filme que você fica preso do inicio ao fim, junto com os outros filmes da trilogia, numa espiral de vingança. Eu nunca assisti esses filmes na sequencia, porque imagino que aqui, isso não tem importância. Foi um primeiros filmes coreanos que assisti, e me surpreendi muito com história, personagens, atores e diretor. O estilo não é novidade pra mim, mais o cinema oriental ressurgiu com os filmes desse país.
Mr. Vingança
4.0 408Tem Alguns Spoilers...
“Mr. Vingança” conta a história de Ryu, um jovem surdo que tinha uma situação difícil de doença na família, mas teve um azar normal de ser demitido. Mas depois ele teve uma ideia de girico de vender o rim, e se fudeu. Tomou um golpi. Mas o que é absurdo, foi que ele teve outra. "Sequestrar a filha do ex patrão", mas a fodocnina era tanta, mas tanta que a bichinha morreu tragicamente quando estava pra se resolver tudo.
Aí nasceu o Mr. Vingança e o primeiro filme dessa trilogia clássica do Park Chan-wook, chamada de Trilogia da Vingança". A história é um horror, é uma espiral de dor, injustiça e violência. A narrativa é tensa, porque toda essa situação nasce por um difícil problema médico, que um jovem surdo e sem recursos apela pras maldades do mundo pra resolver tudo, e se lasca.
É uma critica social, Park Chan-wook faz a gente pensar que a vitima da sociedade era um jovem surdo, com a irmã doente, mas que na realidade ele tinha tanta disposição pro mal quanto o seu patrão, que engraçado. Acaba sendo quase que o herói do filme. Mas ao mesmo tempo, se vê que as atitudes desesperadas de todos eles, geraram ações desesperadas. É foda.
O filme tem atuações fortes, como a de Song Kang-ho (Park Dong-jin), que vive o pai da menina sequestrada, e Bae Doona, que dá vida à personagem Cha Yeong-mi, uma militante de extrema esquerda que ajuda Ryu.
“Mr. Vingança” entretém, mas também provoca reflexões, pela história bem delicada e pelos intensos acontecimentos e reviravoltas que o filme dá. A obra deixou sua marca no cinema sul-coreano e deve ter inspirado muita coisa boa na década. As cenas finais são muito locas! O pai da menina faz a festa! Filmão.
Millennium III: A Rainha do Castelo de Ar
4.1 474Tem Alguns Spoilers...
"Millennium III: A Rainha do Castelo de Ar", fecha trilogia sueca de forma brilhante, com um filme de tribunal, numa trama que corre braba nos bastidores, onde o jornalista Mikael Blomkvist, fazia uma reportagem sobre o governo e acaba se deparando com uma grande conspiração envolvendo o governo, imprensa e policia para encobrir um espião russo. Um criminoso da cortina de ferro, que agora usa sua filha como escudo de uma série de assassinatos pra ele e para sua organização.
Depois dos eventos marcantes de "A Menina que Brincava com Fogo", Lisbeth Salander está hospitalizada, só o chucrute, quase em coma e praticamente presa, aguardando julgamento por crimes que ela não cometeu. Resta então ao seu quase namorado Mikael Blomkvist, investigar a parada, ele que já estava com a mão na massa, deixando o governo doidinho descobrindo os paranauê do espião, agora teve que rolar na macumba pra saber o passado de Lisbeth, seu crime na infância, sua estadia no hospício, e dos crimes que ela era acusada, como a morte do seu tutor estuprador. Um homem que ela só faltou mijar em cima.
O filme tem boas cenas de tensão e ação, mas agora com o Mikael como protagonista, você vê Lisbeth se recuperando lentamente e se preparando para um julgamento com provas certas que seriam mostradas no tribunal, mas havia um plano em movimento para destruir essas provas, sumir com as testemunhas e dar cabo de vez nessa acusada ruim de morrer.
A direção de Daniel Alfredson é muito boa, constrói ao longo de seus livros e filmes, uma história misteriosa e violenta, com momentos dramáticos, cheio de tensão e mistério, que vão sendo dosados em cada filme de um modo diferente, na medida que as revelações e reviravoltas são mostradas. O assassino vilão de 007, continua fazendo a festa, a curiosa condição e sua estrutura física do miserável, ajuda e muito o seu trabalho, e também faz que ele não tenha limites para realizar como e que ele quiser.
As cenas de corre corre do Mikael levantando a vida da Lisbeth, do pai e das cosias que aconteceram foram muito boas, assim como a fuga da Lisbeth no hospital, quando o bicho estava na bota dela, mas as cens do tribunal foram as que eu mais gostei. Primeiro com o espetáculo punk com a roupa de couro da Lisbeth, depois com o julgamento que parecia todo descreditado e sem provas, com o promotor mordendo a bunda da advogada de defesa. Mas aquele vídeo terrível do primeiro filme e o dossiê completo, brabo de tudo entregue no ultimo sanguinho pelo seu quase anjo e quase namorado Mikael.
Foi foda! Coisa humilhante! Foi aquela cena que a gente sempre sonha em ver num filme de tribunalzão.
É um grande filme! "Millennium III: A Rainha do Castelo de Ar", manteve uma espécie de coerência na produção e no desenvolvimento da história. Eu não li os livros, acredito que o filme deve ter alguns problemas de adaptação, coisa normal em qualquer filme, ainda mais com o próprio autor envolvido na roteirização o seu livro. Eu gostei muito do trabalho mostrado por Niels Arden Oplev no primeiro e Daniel Alfredson nas duas sequencias. Os três filmes, foram produzidos sem muitos recursos, sem uma Hollywood cheia de dollar para bancar a produção, coisa que na versão do David Fincher para "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres", não faltou. O filme do Fischer custou 90 pila pra ser feito, já os suecos foram gastos 13 milhões. Nos três filmes...
Dessa versão sueca, Noomi Rapace nasceu pro mundo. Noomi, a atriz deu forma pra icônica Lisbeth que fica impossível de esquecer. Sua atuação foi fria e intensa, nervosa e apática, mostrando a enigmática personalidade de Lisbeth Salander. Um ícone feminino do cinema. Grande atuação, grande atriz.
Vale muito assistir a trilogia sueca de Millennium, as coisas são mais pé no chão. Acredito que se David Fincher segui com os filmes, seria um estouro! Mas ele só fez um, queria adaptar ao seu modo os outros livros, coisa que infelizmente o autor não deixou. Depois bagunçaram toda franquia naquele "A Garota na Teia de Aranha", sem a Noomi e sem a Rooney Mara no papel da Lisbeth, mas sim com Claire Foy, que não fez feio.
Por isso que eu deixo minhas fichas nessa trilogia da terra do ABBA.
Millennium II - A Menina que Brincava com Fogo
3.9 572Tem Alguns Spoilers...
Conspirações, assassinatos, vingança. "Millennium II - A Menina que Brincava com Fogo" leva você para uma montanha sueca de acontecimentos, numa trama envolvente, misteriosa e cheia de ação. Logo após os eventos do primeiro filme, Lisbeth Salander se torna a principal suspeita em uma série de assassinatos. Ao mesmo tempo, o jornalista Mikael Blomkvist, seu amigo affaire e a aliado, retorna ao comando da famosa revista com uma reportagem daquelas que o governo paga o arrego. E se depara com o nome da raiz genealógica da sua amiguinha na papelada. Coisas brabas, aqueles passado te condena que manda matar qualquer um, até a própria filha.
O filme de Daniel Alfredson não deixa você descasar, são revelações e reviravoltas que você pira. A trama é cheia de detalhes, Lisbeth Salander é um verdadeiro enigma, tudo nela é misterioso, a aparência cyberpunk dela é um estouro e se contrapõe com sua incrível inteligência e sua capacidade foda de agir. Ela que já tinha o estado nos seus calcanhares por causa da justiça incendiaria que ela fez com o pai, e do puta golpi que ela deu no final do primeiro filme, agora a gata tem uma verdadeira organização atrás de sua bota, com um matador no estilo 007, fazendo a festa na vida da bichinha.
A coragem da Lisbeth é uma coisa que impressiona, ela é a melhor personagem feminina dos últimos anos e talvez até de décadas. Ela não tem essas habilidade impossíveis dos filmes de hoje, onde todo mundo é ninja, invencível, entendido de armas, bombas e anda de carrão. Lisbeth tem um passado desgraçado de dor, violência e superação. Ela foi a princesa jogada na caverna que precisou comer o dragão pra sobreviver. Ela nunca foi a filhinha do papai (Cê é loco), mas sim o demônio protetor de sua mãe. Ela não é heroína, e nem quer mudar nada. Ela é uma garota que pegou os cacos de si mesma, colou com cola Tenaz, pra brindar sua vida com vodka com gelo e vidro.
As cenas finais são impressionantes! A Mina foi pra matar ou morrer, vendetta pura, mas o que acontece foi foda! Que sequencia foi aquela? Sangue, barro, machado e chumbo.
Mano, isso que é final!
"A Menina que Brincava com Fogo" leva a gente um pouco mais, para o passado obscuro de Lisbeth Salander, onde você se depara com um verdadeiro inferno de vida. Esses telefilmes tem seu estilo de adaptar histórias pra TV, e o cinema europeu conta essas tramas ao seu jeito. Filmaço!
Os Homens que não Amavam as Mulheres
4.1 1,5K"Millennium: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres".
Mikael Blomkvist, é um jornalista investigativo famoso que foi condenado por difamação por um homem forte no mercado, após uma reportagem da revista Millennium. Numa véspera de natal ele é contatado por Henrik Vanger, um inimigo em comum do homem que o processou, para resolver o mistério do desaparecimento de sua sobrinha, Harriet Vanger, ocorrido 40 anos antes. Durante sua investigação, Blomkvist se une a Lisbeth Salander, uma hacker brilhante e enigmática com um passado sombrio e doloroso.
Com uma abordagem sombria, violenta e dramática, o telefilme de Niels Arden Oplev, conta uma história cheia de ministérios e segredos. O filme explora temas como corrupção em grandes corporações, ética jornalística e violência contra as mulheres. A narrativa é intensa e cheia de suspense, que pega a gente pelo pescoço e amarra a gente no sofá com uma trama envolvente, pesada e intrincada em segredos obscuros da família Vanger. Família esta, que não queria ser investigada. Que depois se sabe porquê.
Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander, viraram ícones urbanos, uma espécie de anti-heróis, personagens diferentes, mas que ao seu modo sofrem as dores de lutar pela verdade. Blomkvist parece que trabalha na luz aos olhos vistos, sem mascara, mas com aplausos e com responsabilidades. Salander não. Lisbeth Salander anda nas sombras, nas trevas, sem medo, sem responsabilidade, inconsequente e sem remorso. Personagem profunda, cheia de dores e traumas; inteligentíssima, com um tipo de bondade que parece seguir um código de conduta, com uma métrica emocional, que paira entre o humano e o animal, com bondade e selvageria.
As atuações de Michael Nyqvist (Mikael Blomkvist) e Noomi Rapace (Lisbeth Salander) são notáveis, mas confesso que meus olhos estavam todos para a Noomi, que rouba o filme todo pra si, pela sua personagem que é simplesmente foda demais. O cinema está cheio de heróis de gaveta, heróis sem forja, heróis sem marcas, sem nada. Lisbeth quebra com essas marvels da vida, mostrando uma garota que defendeu a mãe do seu marido sádico, viveu no hospício sem ser louca, foi surrada, estuprada e devolvida pra sociedade, controlada pelo sistema. Viveu no inferno, saiu, mas o inferno não sai dela.
A trama do filme é sensacional e as cenas são foda, quando as coisas vão se resolvendo a história se encaminha pra um final surpreendente, muito nervoso, e cheio de revelações das investigações e do passado de Lisbeth.
“Os Homens que não Amavam as Mulheres” é mais do que um thriller policial comum, ele é um reflexo do cinema europeu sobre o tema. Um filme profundo e inteligente, com varias críticas sociais e algo como uma história que evolve o próprio povo sueco.
Acredito que o livro deve ser genial, mas a direção de Oplev, soube capturar a essência do material de origem, resultando num filme forte e marcante, com uma história poderosa, cheia de detalhes, em cenas intensas, pesadas e muitas vezes perturbadoras, mas com um desfecho incrível.
O visual de Lisbeth é eterno.
Filmão!
Quando um Estranho Chama
2.9 649 Assista AgoraEu assisti esse filme numa Super Cine na época, da metade pro fim por causa da Camilla Belle, que era muito gatinha. Mas revendo hoje, não salva nada. Filme bem genérico.
Eu já sabia que "Quando um Estranho Chama", tinha dado uma mamada loca no "Pânico", por motivos óbvios, mas a Camilla Belle me chamava. A mina fazendo essas babás gringas, me fez sonhar. Eu nunca tive babá, a Havaiana me criou. Nesse filme do Simon West, a bela atriz atraia todos os olhares, porque na maior parte da história não acontece nada, só tem a personagem andando com o telefone na mão, pra lá e pra cá.
Na época com o filme pela metade, com aquele corre corre todo, eu achei achei tudo até muito legal, a história parecia ser boa, mesmo com a decadência que o Super Cine, já apresentava. Ainda dava pra assistir o filme e se distrair, era aquela sessão de cinema faz nada na TV. Lembro da Camilla Belle fugindo e se escondendo do doido pra salvar a sua pele e das crianças. Lembro do chuvão da noite, da mansão toda de madeira e vidro, mas não imaginava que a trama toda fosse tão fraca.
Revendo o filme todo agora, eu me arrependo. Devia ter deixado quieto e ficado com a imagem da babá gatinha.
A Janela Secreta
3.7 1,4K Assista AgoraVocê roubou minha história.
- Oi?
Eu fiquei nervoso! Onde já se viu um pau d'água daquele aparecer assim do nada e falar que a história era dele? Foi isso que eu senti nas primeiras cenas de "A Janela Secreta". Dirigido por David Koepp, baseado no conto “Janela Secreta, Jardim Secreto” de Stephen King, o filme conta a história de Mort Rainey, um escritor em crise criativa e pessoal após descobrir a infidelidade de sua esposa Amy, personagem vivida pro Maria Bello. Sua vida se complica ainda mais quando o estranho, John Shooter (John Turturro), aparece numa tarde vazia na porta de sua casa, o acusando de ter roubado sua história.
A frase é clássica, no trailer era a primeira cena que aparecia, e o efeito foi instantâneo... Quem é esse cara? John Turturro com seu John Shooter tinha tanta certeza que dava um certo medo dele estar certo. Já Depp com seu personagem todo chifrudo e cansado, que parecia nem ligar pro caipira na porta, afinal ele era o famoso escritor Mort Rainey, que agora era o capitão Jack Sparrow pra todos. Como um aceitar as zideía de um maluco desse?
A trama deixa a gente loco! John Shooter tinha tanta certeza que dava raiva, e as coisas que acontecia dava mais raiva ainda. "A Janela Secreta" faz isso, o filme explora temas como solidão, isolamento e paranoia, você não sabe mais qual linha separa a realidade do delírio. A atmosfera criada, deixa a gente incomodado com a presença ameaçadora do personagem de John Turturro, ao mesmo tempo que passa uma certa segurança com o escritor vivido por Depp.
Por mais que eu ache que o filme poderia ir muito mais longe na construção da trama, a direção de Koepp é excelente. A história procura mais te entreter primeiro, pra depois te causar outras sensações. O filme é cheio de mistério e suspense, as cenas deixam a gente nervoso pelas circunstancias mostradas e pelos personagens em questão.
Turturro e Depp, vivem personagens opostos. Um é seguro, forte e enigmático, o outro já é derrotado, cansado e vacilante. A trama fica tensa e nervosa, as imagens nos confundem, tudo parece um sonho, um delírio. Logo os personagens vão se revelando e o que segue depois é incrível, e pra mim até hoje inaceitável. Fila da puta!
"A Janela Secreta" parece que não é nada, mas é um filme muito bom! Eu não li o conto do King, mas imagino que uma carregada maior na trama deixaria o filme num patamar muito maior. O filme tem uma vocação foda ao medo e terror, mas David Koepp escolheu o entretenimento e mistério, acredito que pelo momento do ator com seu "Jack Sparrow" nas telas. Ficou muito bom, mas poderia ser muito melhor.
Roubando Vidas
3.5 705 Assista Agora"Roubando Vidas" é um suspense forçado, clichê e cheio de ação, que eu aluguei na época por causa da Angelina Jolie. A Mina estava no auge, linda, beiçuda e com aquele par de turbina que a gente não esquece.
Angelina Jolie vive Illeana Scott, uma agente do FBI enviada a Montreal para ajudar na captura de um serial killer que bota o terror numa cidade por décadas. Este assassino possui uma tara macabra: Assumir as identidades de suas vítimas, depois que mata.
O filme tem muita perseguição, muito suspense, reviravoltas e revelações what the fuck? Angelina Jolie está linda demais e faz uma agente fodona, inteligente e sensual, que na hora certa dá o bote. Na trama tem Ethan Hawke correndo correndo um perigo loco, pois o assassino está assando a batata dele no fogo auto. Mas resumindo tudo, nada como um "Eu, Eu Mesmo e Irene" pra explicar o que vem depois...
O filme tem boas cenas de ação, um suspense continuo, uns tiros, muito corre corre, lutas e falsidade nas revelações. As cenas finais são quase que um abuso, mas ainda são boas. "Roubando Vidas" é um bom filme, é meio datado, mas distrai bastante. O final é estranho, mas não estraga a diversão.
Na Companhia do Medo
3.2 586Terror, suspense, investigação! O Super Cine existia no inicio dos anos 2000! E a noite ainda era uma criança! Eu cheguei atrasado quando passou pela primeira vez na TV, mas depois eu fiz justiça de locadora e não me decepcionei.
"Na Companhia do Medo" conta história de Miranda Grey (Halle Berry), uma psiquiatra conceituada de um Juqueri gringo, que depois de um sinistro terrível, virou paciente no próprio hospital que trampava. Na trama Miranda, tratava Chloe (Penélope Cruz), uma garota que tinha traumas terríveis e inexplicáveis, coisa meio exorcista até. E depois quando ela virou detenta, o bicho foi pra cima dela e fez a festa, mas no hospital moderno e cheio de segurança, outros perigos a aguardavam.
Sem acreditar no que fez e sem saber, como e porquê, Miranda foge. Foge naquelas fugas espetaculares, com carro roubado em noite chuvosa e escura. E vai se deparando com revelações e reviravoltas que não deixam eu pausar o filme até hoje! As coisas que ela descobre sobre a vitima, quebram as pernas! Mas depois sobra a sequencia final pra quebrar o resto da gente, com a psiquiatra, o fantasma e o mostro.
Além da Halle Berry e da Penélope Cruz, o filme conta com John Carroll Lynch, Bernard Hill, Charles S. Dutton e Robert Downey Jr.
A direção do Mathieu Kassovitz é ótima, com muita competência, todas as revelações são amarradas na camisa de força até o fim, Halle Berry dá show, Robert Downey Jr. ainda não era o Homem de Ferro e o filme tem um CGzinho bem legal, coisa que tira o filme do terror raiz e joga no entretenimento. Prefiro o terror raiz.
Muito boa essa companhia!
Temos Vagas
3.1 668 Assista AgoraHorror puro! “Temos Vagas” fez eu suar frio num Super Cine da época! No maior Clima de "Psicose" o filme de Nimród Antal, mostra um dos thrillers mais brabos que eu já assisti de nicho pensão e hotelzinho de estrada.
David (Luke Wilson) e Amy Fox (Kate Beckinsale), são um casal que depois de uma situação trágica, vivem uma separação complicada. Os dois seguem á noite, numa estrada no fiofó dos EUA, perdidinhos da Silva. Até que encontram esses motéis de estrada gringos, onde são forçados a passarem a noite.
O gerente do motel, oferece a eles o que parecia ser o melhor quarto, a suíte “lua-de-mel”. Contudo, o quarto está em condições deploráveis, sujo e fedido e pra piorar, o hospede do lado, socava parede e porta, coisa que levou David até a gerencia. Tentando relaxar na cama o David encontra um videocassete com varias fitas. E foi ali, que sua estadia virou um inferno! No conteúdo dos filmes mostravam pessoas sendo assassinadas cruelmente num quarto de hotel. Adivinha qual?
O filme é alucinante! É um esquema de sádico! Luke Wilson e a deusa Kate Beckinsale, rolam na macumba pra fugir dessa raça ruim de assassinos. Mas o lugar também não contribui, é luz que apaga, entradas escondidas pelos quartos, câmeras, um horror!
A direção do Nimród Antal é muito competente! As cenas são carregadas de medo, tensão e violência. O clima é pesado demais, as cenas são escuras e muitas vezes sufocantes, quando começa a perseguição é um desespero loco que só acaba no fim. Você até reza por qualquer ajuda pros dois, mas perde a fé. A faca só descansa no final.
"Temos Vagas" é o "Hotel California" do Eagles do inferno! Não é uma obra prima, mas é muito foda. Fazia mais de uma década que não assistia. Filmão!
Falando Com os Mortos
3.3 66"Falando Com os Mortos", Cê é loco... Esses caras com esses dons, não tem sossego! Dirigido por Stephen Gyllenhaal, o filme conta a história de James Van Praagh (Ted Danson), um homem com habilidades paranormais que consegue se comunicar com os mortos desde criança, mas deu um abafa porque lá nos Estados Unidos, não tem Centro Espirita, Terreiro de Umbanda e nem Terreiro de Candomblé. Mesmo assim o médium James meio que se acostuma com seu dom e frequentemente tem suas visões desacreditadas, mas um dia ele é forçado a confrontar sua habilidade quando começa a ter visões de um menino assassinado com as mãos amarradas. Credo.
O filme é muito bom! A aura noventista dele é incrível, não é uma grande produção, alias passa longe disso, mas tem uma produção ótima, coisa de locadora, com uma história incrível e momentos cheio de suspense e tensão, que desenvolvem uma trama que prende a gente do começo ao fim, naquele estilo de filme Policial com Terror meio Espirita, das boa, que pegam a gente pelo bico até hoje!
Além de Ted Danson, o elenco conta com Queen Latifah, Mary Steenburgen e o véio Jack Palance.
Na trama tem muitas revelações, varias reviravoltas, cenas de susto, histórias paralelas, flash backs e muito espirito. As cenas finais são muito locas! Perseguições, desenterro e quase uma sessão espirita! É muita emoção! Jamais esqueço!
Classiquinho! Literalmente um filme Fabio!
Tem dublado no Tube no Canal Eba!.
A Promessa
3.3 162 Assista AgoraFicou só na "Promessa" mesmo... O filme de Sean Penn, tinha tudo pra engatar. A história era promissora, o desenvolvimento era foda, mas tudo foi caindo pra um nada e uma sequencia final de doer os ossos e um desfecho que é muito ruim, daqueles que você assisti e vai chorar no bar.
Prestes a se aposentar e durante a sua festa de despedida, o detetive Jerry Black, (Jack Nicholson) é chamado para investigar o assassinato brutal de uma menina. Ao encontrar a mãe da vitima, Jerry faz uma promessa de encontrar o culpado, o que o leva ele a uma obsessiva e sedenta busca por justiça.
Além de Jack Nicholson, o filme conta com um elenco estelar: Aaron Eckhart, Benicio Del Toro, Helen Mirren, Mickey Rourke, Sam Shepard, Robin Wright, Vanessa Redgrave, Harry Dean Stanton.
Sério Mano, dá dó! É um dos maiores desperdícios de atores que eu já vi em um filme. Quando você acham que a história vai, ela não vai. Quando você acha que os personagens vão, também não vão. Então você espera pelo final, tipo "Agora vai!" numa fé cinéfila que a gente tem nos filmes. Mas parece que o pior de tudo ficou reservado pro final. O final mesmo, que tem as letras subindo.
"A Promessa", foi uma escorregada loca do Sean Penn. O filme tinha tudo, mas tudo pra ser foda, mas sei lá que esses caras tem na cabeça pra fazer umas coisas dessas nas histórias. Pena viu.
Depois desse filme, ele devia pagar é uma promessa pra quem assisti. Isso sim! 🙄
O Dom da Premonição
3.3 231 Assista AgoraO inicio dos anos 2000 e suas histórias incríveis! Ainda com a sovaqueira noventista daquele estilo foda de filmagem, “O Dom da Premonição” é filme que você não dava nada na prateleira da locadora, mas depois que assistia, ficava balançando a cabeça falando: Dá hora! Muito bom!
Dirigido por Sam Raimi o enredo gira em torno de Annie Wilson, vivida pela novinha e quase desconhecida Cate Blanchett. Na história Annie é uma viúva, mãe de três filhos que possui dons psíquicos que são utilizados para oferecer leituras de cartas aos moradores da cidade onde reside, o que gera desconfiança e ceticismo e ódio entre alguns habitantes.
A trama se intensifica quando Annie começa a ter visões relacionadas a um assassinato na cidade, onde ela é chamada para ajudar a polícia local a solucionar o crime. Mas no meio disso, o filme fala de abusos e violência doméstica, situação essa de uma das suas consulentes, Valerie (Hilary Swank novinha...), que apanha feito uma condenada do marido covardão Donnie (Keanu Reeves), passa a ser um dos suspeitos, já que a vitima dava pra todo mundo e pra ele também. Jessica King (Katie Holmes), era o nome do chuchu na cerca.
A história é muito rica, tanto personagens como a trama são excelentes e não faltam mistério e suspense nas cenas, mas o filme tem belas surpresas que fazem jus a fama do diretor. Raimi desenvolve a investigação de forma dramática, porque o assassinato da garota liga ao crime domestico, mas com os dons psíquicos de Marcia Fernandes da Annie, colocam a história num outro patamar, com a personagem no centro de um crime cruel, que pelos seus dons, descobre que o assassino e quem ela menos espera.
Além da Cate Blanchett, Keanu Reeves, Hilary Swank e Katie Holmes, o elenco conta com Rosemary Harris, J. K. Simmons, Giovanni Ribisi e Greg Kinnear.
As revelações e reviravoltas do vim são excelentes e o final é incrível! Adoro esse filme! O genero Policial e Investigação, com Terror e esse lance espiritual na trama, me pegam pelo bico. Ótimo filme, história excelente, grande direção e belas atuações!
Os Infiltrados
4.2 1,7K Assista Agora"Oh, a storm is threat'ning, My very life today, If I don't get some shelter, Oh yeah, I'm gonna fade away. War, children, it's just a shot away It's just a shot away..."
Quando começa o monólogo de Frank Costello, sobre a politica social imposta a ele, pelos italianos e pela a igreja, você ouve os primeiros acordes de "Gimme Shelter" dos Stones.
"Oh, uma tempestade está ameaçando", você entende que um grande perigo, um grande caos se aproxima, e está próxima. E "...está a um tiro de distância".
"Os Infiltrados" foi um acontecimento. Dirigido de por Martin Scorsese, mesmo sendo uma adaptação do longa de Hong Kong "Conflitos Internos" (Infernal Affairs) o filme ganhou status de clássico, já em poucos meses durante o ano que foi lançado. De forma moderna, dramática e selvagem, Scorsese conta a história desses infiltrados, com uma trama policial que marcou a minha vida e a década no inteira do cinema nos anos 2000.
Billy Costigan (Leonardo DiCaprio), é um jovem policial que não passa no exame moral da policia de Boston, e obrigatoriamente de livre e espontânea vontade é convidado a se infiltrar na organização criminosa de Frank Costello, interpretado magistralmente por Jack Nicholson, e fazer um Globo Repórter na vida dele, com: "Quem são? Onde vivem? O que comem?". Coladinho com ele e com o Gugu, Matt Damon dá vida a Colin Sullivan, o informante da máfia de Costello, que ascende rapidamente no mesmo departamento de policia que Billy Costigan está. Começa então uma caçada silenciosa caçada nas sombras, onde Billy e Sullivan, lutam entre si, sem se tocarem, mas deixando um rastro de sangue ao seu redor.
O filme é emocionante, intenso e dramático, que explora temas como identidade, lealdade honra e traição. Scorsese, tem uma habilidade foda em contar histórias complexas e violentas, e não decepciona neste filme. Ele entrega uma narrativa tensa, cheia de reviravoltas e violência, apoiadas por diálogos afiados e performances excepcionais do elenco, que também conta com Mark Wahlberg,
Scorsese, é conhecido por sua habilidade em contar histórias complexas e violentas, e não decepciona neste filme. Ele entrega uma narrativa cheia de tensão e reviravoltas, apoiada por diálogos afiados e performances excepcionais do elenco estelar, que também inclui Mark Wahlberg, Martin Sheen, Alec Baldwin, Ray Winstone, Vera Farmiga e Anthony Anderson.
A direção de Scorsese é fora de série, ele mantém a trama presa em nós não só pela história tensa e perigosa, mas pelo grande apelo moral que ela tem. A trilha sonora, que inclui a icônica "Gimme Shelter" dos Rolling Stones, complementa perfeitamente o tom do filme, incorporando o significado pessimista da musica no enredo e mostrando com mais veracidade e definindo de forma dolorosa, os heróis e os vilões. "Quem são, onde vivem, o que comem..."
"Os Infiltrados" foi um marco na carreira do Scorsese, um filme que marcou uma geração inteira, e que foi reconhecido pelo o Oscar de Melhor Diretor e Melhor Filme. É uma obra-prima do gênero policial, repleta de violência e realismo, que arrastou muitos fãs do diretor pros cinemas, inclusive eu. Jack Nicholson destruiu o filme! Jack esbanjada sarcasmo e exagero em tudo que fazia. Leonardo DiCaprio teve mais um grande trabalho na carreira, o terceiro de seis obras primas em parceira com o diretor.
O filme tem cenas sensacionais, cheia de drama e violência, sempre com os personagens á um sanguinho de perderem suas falsas identidades. Até hoje as cenas do prédio com o chefe da policia Queenan (Martin Sheen), me deixam nervoso, junto com as sequencias dos documentos que deram vida a uns dos finais mais amargos que eu já num filme do diretor.
Mais uma obra prima do gênio Scorsese.