Quando estamos entre iguais não nos vemos como "parte" de algo, pois somos a norma, e quem está fora, os outros. Como seria quando um "outro" entre para a "norma", e retorna para a "exceção"? Perceber o mundo com "dois olhos" sem saber quem se é? Nessa história vemos uma crise familiar de um homem de meia idade, com todos os elementos acima, numa comédia ao estilo Argentino. Não é nenhuma perfeição, mas é bom.
Uma história gentil sobre o amadurecimento de uma menina, as dificuldades da adolescência em se adaptar, sair da esfera de dependência familiar, se encontrar no mundo, tudo isso de uma forma sensível. Ainda, e sem spoilers, não é novidade Hayao Miyazaki dá um destaque ímpar ao ato de voar em suas obras, mas dos filmes que eu assisti acho que só o último (Vidas ao vento) ele representa um papel tão central na obra como neste anime, realmente bom.
Já vi continuações ruins, continuações aceitáveis, boas e até algumas superiores ao original, mas que simplesmente dessem um banho no primeiro eu nunca tinha visto, até Mad Max. O primeiro é confuso, estranho, deixando apenas muito vago a ideia de distopia (que roteirista preguiçoso esse!). Mas uma magia acontece nessa sequência, capaz de, se por um lado é inegavelmente uma continuação, ainda sim é tão novo, tão inovador, tenso, que nos prende de uma maneira particular, e quase chega a desculpar o primeiro (uma pálida introdução dessa maravilha). Assistam o primeiro apenas para não se perderem um pouco no 2, e não desanimem, vale muito a pena!
Vá ver só pelos efeitos especiais e não vai se decepcionar, porque atende as expectativas que se espera de um filme desses. O primeiro quesito para um filme ser bom, na minha opinião, sem sombra de dúvidas é entregar o que ele te promete, e este faz isso. Afinal, não só de Truffaut vive o homem.
Aguçado e inovador, nos leva a pensar num roteiro e do nada nos tira dele, só para mantermos foco na história que realmente importa: a idade que chega a todos, os preços das escolhas em nossa vida, a relação com a juventude e sua rebeldia, e tudo isso com ninguém menos que (Mr.) Sherlock Holmes! Grata surpresa do ano,
O fantástico das cinebiografias (ainda que com adaptações e licenças poéticas) é imaginar que A vida empresta à arte suas incontáveis narrativas, para que possamos ver que há histórias tão fascinantes acontecendo com gente comum, que chora, que ri, que se entristece e se alegra. Um grande filme.
Nossos hermanos tem um cinema de qualidade que vale o esforço de procurarmos ver mais (não é tão simples achar alguns), e esse é um dos casos. Não é a temática mais profunda sobre a ditadura, e acho que nem buscou sê-lo. O sempre onipresente Ricardo Darín dá vida à um homem perturbado, em conflito moral, que busca não uma redenção, mas um refúgio seguro para seus fantasmas. Peca por não aprofundar justamente onde deveria ser a cerne do problema, algumas personagens são um pouco rasas, mas como já disse, vale sim ser assistido.
Romero no seu auge de crítica social, metaforizada nos zumbis. O diretor inaugurou o gênero como o conhecemos e se despede com essa maravilhosa obra (pois, ao meu ver, foi seu último filme de zumbis realmente digno de sua história). Marxismo pós-apocalíptico? Prefiro pensar que é o homem sendo um monstro pior que o monstro.
Caindo um pouco na pretensão de entrar na cabeça das pessoas, acredito que parte do filme não é apreciada por dois motivos: Primeiro porque a Polônia não está exatamente no nosso imaginário cultural. Sabemos muito do esteriótipo cultural americano, e desconfiamos de inúmeros outros (japoneses, Argentinos, Franceses, etc)...mas tentem refletir o que sabemos dos poloneses e provavelmente vamos descobrir que quase nada, e o filme explora muito isso. Esse primeiro problema está intimamente relacionado ao segundo, ou seja, o fato do filme não ser um terror, mas também não ser um "terrir" (não tem o absurdo e exagero nas cenas, que são marcas registradas). Embora tenha algumas cenas leves de terrir (por conta do Padre e do médico, especialmente), o filme está mais para um "terror ironicamente cômico". É a risada que não pode ser dada, é o escárnio de aspectos culturais sutis, é brincar um pouco com aquilo que está sempre acima da brincadeira: o horror da II guerra. Achei brilhante como o filme trouxe isso sem cair em absurdos, sem ser grotesco ou ofensivo com essa delicada memória, respeitando, dando humor, mas trazendo em cada "k" uma lágrima, para parafrasear um ditado virtual.
Um filme sensível, discreto no seu horror (mas ainda presente), mostrando muito bem a perspectiva da criança (muito talentoso o menino) como a principal narradora, mas não furtando de mostrar também a delicada situação da mãe. História bem contada, recomendo.
Tem as suas deficiências de enredo e narrativa como um todo, mas a gente tem que pegar o retrato da época e entender que era o modelo daquele período, mas ainda sim não achei muita coisa. É um filme icônico, tem o seu charme retrô, mas não muito mais do que isso.
por fim, da conclusão que parte do que se viveu é mentira
nos deixa angustiados. Ela o tempo todo não é natural, o tempo todo tem seu espaço invadido, o tempo todo se vê frente à novos desafios emocionais - ainda que com uma aversão recém-adquirida do amor...o tempo todo tentando superar. Grande filme.
Não é ruim, mas não é exatamente bom. Como a Ryvia disse, existe a necessidade de gostar do gênero romance para apreciar a obra por completo e, como não é muito do meu gosto, uma avaliação mais séria fica comprometida. Como mérito vamos por considerar ótimos a fotografia, o cenário e os efeitos especiais; mas houve uma chance desperdiçada no dilema moral do Jim (sem spoilers) e as reações da Aurora não tiveram a fúria que eu pessoalmente acharia mais razoável para a situação. Assistível, coisa de um sábado a tarde para ver com o/a namorada/o e ficar se perguntando se o amor é um tipo de sociopatia egoísta (brincadeira!).
Não é propriamente uma novidade de roteiro, mas alguns pontos merecem nossa atenção: Inicialmente, a música de Samuel Barber, que se tornou Leitmotiv do filme é simplesmente perfeita para retratar o espírito da guerra. Depois, pouco mais de dez anos depois do filme oficial da Guerra do Vietnã ver um filme que, de certa forma, retrata sem escrúpulos a crueldade do Exercito Americano e seus inequívocos abusos também é uma novidade marcante. De resto, não é muito diferente de tudo que nós já vimos.
Um filme trash é muito mais do que lixo, não importa o quão contraditório possa parecer. A baixa produção, os roteiros excêntricos e um elenco de atuação duvidosa é o que cria o "je ne sais quoi" que tornam muito desses filmes interessantíssimos. INFELIZMENTE esse clássico trash não ganhou a continuação que merecia. O ruim é ruim aqui, o básico de coerência interna com a própria franquia não foi respeitada, as novidades insossas, os antigos personagens sem o charme de outra. Uma pena.
Em algumas raras ocasiões eu posso apreciar com totalidade o significado de uma ideia de uma antiga professora de literatura que tive no ensino médio. Essa sensível mulher dizia que não fazia sentido reclamar de temas clichês, pois o mundo era um grande clichê; antes, que o grande segredo não era o que se conta, mas COMO se conta uma história. Pois bem, esse anime surpreende por pegar um elemento bem repetido nas histórias (casal que troca de corpos / em espaço-tempo diferentes) e nos apresenta uma história sensível, delicada, atenta aos detalhes e as polivalências humanas (não sem as contradições também inerentes), e que nos surpreende no final. Uma pérola, uma pérola!
Obs.: De brinde, temos uma visão sobre vários aspectos culturais do Japão, sempre entre o futuro e o milenar. Maravilhoso.
"Esquecível" provavelmente é o melhor adjetivo para ele. Não tive a oportunidade de ler os livros, mas ouvi falar bastante através dos fãs e ao que tudo indica não chega nem a arranhar a superfície da obra. Do ponto de vista cinematográfico falta simplesmente conteúdo, pois a história condutora é bem fraca, sem contar os inúmeros buracos que deixa sem explicações (há essa tendência em obras adaptadas, vide "A bússola de ouro", que supõe que todos leram os livros). Não recomendo nem como passa tempo.
Uma pérola do humor negro, muito bom por vários motivos: nos mostra um pouco mais dos costumes sulistas americanos (a versão caipira e tida como menos "civilizada" da população dos USA - visão do Norte e Californiana), a criatividade frente a crise, os desesperos e misérias humanas, e como criamos e desfazemos laços. Excelente.
Vez por outra a gente vê está no campo minoritário. O filme é ruim por tantos motivos, mas vamos escalar alguns: I. O diretor é Michael Bay dele não vi nada de bom desde Pearl Harbor; II. O roteiro "americanos salvam o dia" só cai bem quando pelo menos o lado vilão se parece mais vilão que você mesmo, o que não foi o caso aqui; III. De uma pieguice irritante as cenas em que eles exaltam a pátria e os valores deles, quando estão sistematicamente aviltando tudo isso; IV. Mercenários fora do séc XIX ficam parecendo exatamente o que são: uma indústria da morte...os motivos poderiam se seguir, mas vamos ficar neste. Obs.:
É de uma hipocrisia tão acachapante a cena que o mercenário americano diz para o Amahl que o país dele deve dar um jeito na bagunça, quando os próprios americanos a causaram que o líbio nem se dá ao trabalho de responder.
Aquele trash que você, no famoso sábado à noite, deve assistir para relaxar. Aliás, já pararam para pensar que um filme só é ruim quando o propósito dele não é ser ruim?
Àquelas obscuras almas que em tempos sombrios clamam pelo retorno dos períodos ditatoriais, essa obra serve para humanizar e lembrar o que realmente é destruído nesses tempos de exceção: famílias, infância, inocência. Calha muito para os dias de hoje.
Fiz uma sessão argentina esses dias, e este filme foi o primeiro deles. Não vou negar que perdi a maioria extraordinária das referências por não ser um fã de futebol, mas a essência do filme vai além. Ela atinge um ponto alto da memória da maioria dos homens que foram meninos há 30 anos (não é meu caso, mas é possível imaginar): as amizades surgidas nos campinhos de futebol que duram a vida toda, não importa o rumo que tomem esses meninos, e se provam fortes nos momentos menos difíceis da vida adulta. É um filme sobre futebol, mas antes é um filme sobre amizade.
O Décimo Homem
2.8 14 Assista AgoraQuando estamos entre iguais não nos vemos como "parte" de algo, pois somos a norma, e quem está fora, os outros. Como seria quando um "outro" entre para a "norma", e retorna para a "exceção"? Perceber o mundo com "dois olhos" sem saber quem se é? Nessa história vemos uma crise familiar de um homem de meia idade, com todos os elementos acima, numa comédia ao estilo Argentino. Não é nenhuma perfeição, mas é bom.
O Serviço de Entregas da Kiki
4.3 774 Assista AgoraUma história gentil sobre o amadurecimento de uma menina, as dificuldades da adolescência em se adaptar, sair da esfera de dependência familiar, se encontrar no mundo, tudo isso de uma forma sensível. Ainda, e sem spoilers, não é novidade Hayao Miyazaki dá um destaque ímpar ao ato de voar em suas obras, mas dos filmes que eu assisti acho que só o último (Vidas ao vento) ele representa um papel tão central na obra como neste anime, realmente bom.
Mad Max 2: A Caçada Continua
3.8 475 Assista AgoraJá vi continuações ruins, continuações aceitáveis, boas e até algumas superiores ao original, mas que simplesmente dessem um banho no primeiro eu nunca tinha visto, até Mad Max. O primeiro é confuso, estranho, deixando apenas muito vago a ideia de distopia (que roteirista preguiçoso esse!). Mas uma magia acontece nessa sequência, capaz de, se por um lado é inegavelmente uma continuação, ainda sim é tão novo, tão inovador, tenso, que nos prende de uma maneira particular, e quase chega a desculpar o primeiro (uma pálida introdução dessa maravilha). Assistam o primeiro apenas para não se perderem um pouco no 2, e não desanimem, vale muito a pena!
Se Deus Quiser
3.4 12As sutilezas da humanidade, descrente e esperançosa, quando se tocam com respeito deixam florescer amizades improváveis (não chega a ser spoiler).
Thi Mai
3.5 43 Assista AgoraUm filme sensível, sobre a dor da perda e a esperança da recuperação, uma forma alternativa de contar a velha história "o amor vence no final".
Terremoto: A Falha de San Andreas
3.0 1,0K Assista AgoraVá ver só pelos efeitos especiais e não vai se decepcionar, porque atende as expectativas que se espera de um filme desses. O primeiro quesito para um filme ser bom, na minha opinião, sem sombra de dúvidas é entregar o que ele te promete, e este faz isso. Afinal, não só de Truffaut vive o homem.
Sr. Sherlock Holmes
3.8 329 Assista AgoraAguçado e inovador, nos leva a pensar num roteiro e do nada nos tira dele, só para mantermos foco na história que realmente importa: a idade que chega a todos, os preços das escolhas em nossa vida, a relação com a juventude e sua rebeldia, e tudo isso com ninguém menos que (Mr.) Sherlock Holmes! Grata surpresa do ano,
O Último Dançarino de Mao
4.1 235O fantástico das cinebiografias (ainda que com adaptações e licenças poéticas) é imaginar que A vida empresta à arte suas incontáveis narrativas, para que possamos ver que há histórias tão fascinantes acontecendo com gente comum, que chora, que ri, que se entristece e se alegra. Um grande filme.
Koblic
3.2 56 Assista AgoraNossos hermanos tem um cinema de qualidade que vale o esforço de procurarmos ver mais (não é tão simples achar alguns), e esse é um dos casos. Não é a temática mais profunda sobre a ditadura, e acho que nem buscou sê-lo. O sempre onipresente Ricardo Darín dá vida à um homem perturbado, em conflito moral, que busca não uma redenção, mas um refúgio seguro para seus fantasmas. Peca por não aprofundar justamente onde deveria ser a cerne do problema, algumas personagens são um pouco rasas, mas como já disse, vale sim ser assistido.
Terra dos Mortos
3.0 292 Assista AgoraRomero no seu auge de crítica social, metaforizada nos zumbis. O diretor inaugurou o gênero como o conhecemos e se despede com essa maravilhosa obra (pois, ao meu ver, foi seu último filme de zumbis realmente digno de sua história). Marxismo pós-apocalíptico? Prefiro pensar que é o homem sendo um monstro pior que o monstro.
Demon
3.2 52Caindo um pouco na pretensão de entrar na cabeça das pessoas, acredito que parte do filme não é apreciada por dois motivos: Primeiro porque a Polônia não está exatamente no nosso imaginário cultural. Sabemos muito do esteriótipo cultural americano, e desconfiamos de inúmeros outros (japoneses, Argentinos, Franceses, etc)...mas tentem refletir o que sabemos dos poloneses e provavelmente vamos descobrir que quase nada, e o filme explora muito isso. Esse primeiro problema está intimamente relacionado ao segundo, ou seja, o fato do filme não ser um terror, mas também não ser um "terrir" (não tem o absurdo e exagero nas cenas, que são marcas registradas). Embora tenha algumas cenas leves de terrir (por conta do Padre e do médico, especialmente), o filme está mais para um "terror ironicamente cômico". É a risada que não pode ser dada, é o escárnio de aspectos culturais sutis, é brincar um pouco com aquilo que está sempre acima da brincadeira: o horror da II guerra. Achei brilhante como o filme trouxe isso sem cair em absurdos, sem ser grotesco ou ofensivo com essa delicada memória, respeitando, dando humor, mas trazendo em cada "k" uma lágrima, para parafrasear um ditado virtual.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraUm filme sensível, discreto no seu horror (mas ainda presente), mostrando muito bem a perspectiva da criança (muito talentoso o menino) como a principal narradora, mas não furtando de mostrar também a delicada situação da mãe. História bem contada, recomendo.
Conan, o Bárbaro
3.5 371 Assista AgoraTem as suas deficiências de enredo e narrativa como um todo, mas a gente tem que pegar o retrato da época e entender que era o modelo daquele período, mas ainda sim não achei muita coisa. É um filme icônico, tem o seu charme retrô, mas não muito mais do que isso.
A Liberdade é Azul
4.1 650 Assista AgoraNenhuma palavra define melhor ao meu ver do que "melancólico". A sensação de estar apartada da própria vida, de inadequação e
por fim, da conclusão que parte do que se viveu é mentira
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraNão é ruim, mas não é exatamente bom. Como a Ryvia disse, existe a necessidade de gostar do gênero romance para apreciar a obra por completo e, como não é muito do meu gosto, uma avaliação mais séria fica comprometida. Como mérito vamos por considerar ótimos a fotografia, o cenário e os efeitos especiais; mas houve uma chance desperdiçada no dilema moral do Jim (sem spoilers) e as reações da Aurora não tiveram a fúria que eu pessoalmente acharia mais razoável para a situação. Assistível, coisa de um sábado a tarde para ver com o/a namorada/o e ficar se perguntando se o amor é um tipo de sociopatia egoísta (brincadeira!).
Platoon
4.0 624 Assista AgoraNão é propriamente uma novidade de roteiro, mas alguns pontos merecem nossa atenção: Inicialmente, a música de Samuel Barber, que se tornou Leitmotiv do filme é simplesmente perfeita para retratar o espírito da guerra. Depois, pouco mais de dez anos depois do filme oficial da Guerra do Vietnã ver um filme que, de certa forma, retrata sem escrúpulos a crueldade do Exercito Americano e seus inequívocos abusos também é uma novidade marcante. De resto, não é muito diferente de tudo que nós já vimos.
O Ataque dos Vermes Malditos 3: De Volta a Perfeição
2.8 66Um filme trash é muito mais do que lixo, não importa o quão contraditório possa parecer. A baixa produção, os roteiros excêntricos e um elenco de atuação duvidosa é o que cria o "je ne sais quoi" que tornam muito desses filmes interessantíssimos. INFELIZMENTE esse clássico trash não ganhou a continuação que merecia. O ruim é ruim aqui, o básico de coerência interna com a própria franquia não foi respeitada, as novidades insossas, os antigos personagens sem o charme de outra. Uma pena.
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraEm algumas raras ocasiões eu posso apreciar com totalidade o significado de uma ideia de uma antiga professora de literatura que tive no ensino médio. Essa sensível mulher dizia que não fazia sentido reclamar de temas clichês, pois o mundo era um grande clichê; antes, que o grande segredo não era o que se conta, mas COMO se conta uma história. Pois bem, esse anime surpreende por pegar um elemento bem repetido nas histórias (casal que troca de corpos / em espaço-tempo diferentes) e nos apresenta uma história sensível, delicada, atenta aos detalhes e as polivalências humanas (não sem as contradições também inerentes), e que nos surpreende no final. Uma pérola, uma pérola!
Obs.: De brinde, temos uma visão sobre vários aspectos culturais do Japão, sempre entre o futuro e o milenar. Maravilhoso.
A Torre Negra
2.6 839 Assista Agora"Esquecível" provavelmente é o melhor adjetivo para ele. Não tive a oportunidade de ler os livros, mas ouvi falar bastante através dos fãs e ao que tudo indica não chega nem a arranhar a superfície da obra. Do ponto de vista cinematográfico falta simplesmente conteúdo, pois a história condutora é bem fraca, sem contar os inúmeros buracos que deixa sem explicações (há essa tendência em obras adaptadas, vide "A bússola de ouro", que supõe que todos leram os livros). Não recomendo nem como passa tempo.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraUma pérola do humor negro, muito bom por vários motivos: nos mostra um pouco mais dos costumes sulistas americanos (a versão caipira e tida como menos "civilizada" da população dos USA - visão do Norte e Californiana), a criatividade frente a crise, os desesperos e misérias humanas, e como criamos e desfazemos laços. Excelente.
13 Horas - Os Soldados Secretos de Benghazi
3.5 310Vez por outra a gente vê está no campo minoritário. O filme é ruim por tantos motivos, mas vamos escalar alguns: I. O diretor é Michael Bay dele não vi nada de bom desde Pearl Harbor; II. O roteiro "americanos salvam o dia" só cai bem quando pelo menos o lado vilão se parece mais vilão que você mesmo, o que não foi o caso aqui; III. De uma pieguice irritante as cenas em que eles exaltam a pátria e os valores deles, quando estão sistematicamente aviltando tudo isso; IV. Mercenários fora do séc XIX ficam parecendo exatamente o que são: uma indústria da morte...os motivos poderiam se seguir, mas vamos ficar neste.
Obs.:
É de uma hipocrisia tão acachapante a cena que o mercenário americano diz para o Amahl que o país dele deve dar um jeito na bagunça, quando os próprios americanos a causaram que o líbio nem se dá ao trabalho de responder.
Cooties: A Epidemia
2.7 202Aquele trash que você, no famoso sábado à noite, deve assistir para relaxar. Aliás, já pararam para pensar que um filme só é ruim quando o propósito dele não é ser ruim?
Kamchatka
3.9 57Àquelas obscuras almas que em tempos sombrios clamam pelo retorno dos períodos ditatoriais, essa obra serve para humanizar e lembrar o que realmente é destruído nesses tempos de exceção: famílias, infância, inocência. Calha muito para os dias de hoje.
Papeis ao Vento
3.1 10 Assista AgoraFiz uma sessão argentina esses dias, e este filme foi o primeiro deles. Não vou negar que perdi a maioria extraordinária das referências por não ser um fã de futebol, mas a essência do filme vai além. Ela atinge um ponto alto da memória da maioria dos homens que foram meninos há 30 anos (não é meu caso, mas é possível imaginar): as amizades surgidas nos campinhos de futebol que duram a vida toda, não importa o rumo que tomem esses meninos, e se provam fortes nos momentos menos difíceis da vida adulta. É um filme sobre futebol, mas antes é um filme sobre amizade.